Ana Carla Fonseca Reis E Kátia De Marco Organizadoras
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Economia da cultura ideias e vivências Ana Carla Fonseca Reis e Kátia de Marco organizadoras 1 Copyright© 2009 por Ana Carla Fonseca Reis e Kátia de Marco Título Original: Economia da Cultura – ideias e vivências Coordenação editorial: e-livre Produção editorial: Publit Soluções Editoriais Revisão geral: Ana Carla Fonseca Reis Editoração eletrônica: Luciana Lima de Albuquerque Produção executiva: Luísa Sena e Paulo Marcolino Capa e foto: Kátia de Marco Editora e-livre - conteúdos para e-readers e impressão por demanda Linhas editoriais: economia, política, produção e gestão cultural. [email protected] www.gestaocultural.org.br/e-livre www.editoraelivre.com.br Endereço: Av. Presidente Wilson, nº 164/ 9° andar – Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20 030-021 Realização: Associação Brasileira de Gestão Cultural -ABGC Patrocínio: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES * Todos os textos são de responsabilidade dos seus respectivos autores. PUBLIT SOLUÇÕES EDITORIAIS Rua Miguel Lemos, 41 sala 605 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.071-000 Telefone: (21) 2525-3936 [email protected] www.publit.com.br 2 E19 Economia da cultura: idéias e vivências / Ana Carla Fonseca Reis e Kátia de Marco (organizadoras). — Rio de Janeiro : Publit, 2009. 252 p. : il. ; 21 cm. Inclui Bibliografia ISBN 978-85-7773-260-9 1. Economia da cultura. 2. Gestão da cultura I. Reis, Ana Carla Fonseca. II. Marco, Kátia de. III. Título. CDU 658.8/.97:008 CDD 306.4 3 4 AGRADECIMENTOS A todos os alunos do curso de Economia da Cultura da Universidade Candido Mendes e da Associação Brasileira de Gestão Cultural, em parceria com a Garimpo de Soluções, pela motivação que nos deram na criação do livro. A todos os professores destacados e colaboradores que aceitaram participar desta coletânea. À equipe de produção do livro, à Publit e aos colegas, profissionais referenciais, que nos agraciaram com os textos de apresentação e da orelha do livro. Nossos agradecimentos especiais ao Reitor da Universidade Candido Mendes, Professor Candido Mendes e à Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Professora Maria Isabel Mendes de Almeida, pelo incentivo e pelo crédito constantes na implantação pioneira do núcleo de Gestão e Produção Cultural na UCAM. Agradecemos, ainda, à Gerência de Patrocínios do BNDES pela credibilidade no projeto do livro. 5 6 SUMÁRIO Apresentação .....................................................................11 Candido Mendes Depoimentos .....................................................................13 Vinícius Lages Benjamin Taubkin Ronaldo Bianchi Prefácio ..............................................................................17 Maria Isabel Mendes de Almeida Introdução .........................................................................19 Ana Carla Fonseca Reis e Kátia de Marco I – Economia da Cultura e Desenvolvimento – estratégias nacionais e panorama global ............................................23 Ana Carla Fonseca Reis Economia da cultura e desenvolvimento .....................35 Adair Rocha – MinC II – Introdução à Economia – uma abordagem prática ..43 Leandro Valiati Reflexões sobre indicadores e estatísticas culturais....53 Cristina Lins – IBGE III – Fluxos econômicos e cadeias setoriais.....................62 Luiz Carlos Prestes Filho Gestão da produção em telenovelas - uma vivência da produção executiva em ações culturais .......................75 Carlos Frederico Barros – PROJAC 7 IV – Festivais, feiras e canais de circulação .....................82 Paulo Miguez Festival itinerante – FESTLIP .....................................98 Tânia Pires V – O tangível e intangível da produção cultural ........... 104 José Arnaldo Deutscher Festival Rio Cena Contemporânea, breve narrativa de uma idéia transformadora .......................................... 112 Fábio Ferreira – Rio Cena Contemporânea VI – Direitos de propriedade intelectual – os dois lados da moeda ......................................................................... 122 Sydney Sanches Propriedade intelectual .............................................. 136 Rita Pinheiro Machado – INPI VII – Impacto das tecnologias na produção, na distribuição e no consumo culturais............................... 147 Eliane Costa Impacto das tecnologias na produção, na distribuição e no consumo culturais ................................................. 165 Ivan Lee – GNT VIII – Gestão de espaços culturais: uma abordagem contemporânea ........................................................... 175 Kátia de Marco Gestão de espaços culturais - experiências em arte contemporânea dos CCBBs ....................................... 192 Marcos Mantoan – CCBB 8 IX – Cidades criativas, turismo cultural e regeneração urbana ......................................................................... 201 Ana Carla Fonseca Reis Cidades criativas, turismo e revitalização urbana ..... 213 Heliana Marinho – SEBRAE X – Políticas culturais: situação nacional e contrapontos latino-americanos ....................................................... 222 Lia Calabre A cultura transforma uma cidade – algumas referências a Niterói ...................................................................... 236 Kátia de Marco – SMC / Niterói Referência aos autores.................................................................. 244 9 10 APRESENTAÇÃO __________________________________________________________________ Candido Mendes* BALIZANDO O INTANGÍVEL CULTURAL Uma economia da cultura propõe-se à temeridade de um balizamento muldimensional, de condutas sociais. Detectar a sua produção, e o aparelho que a garante, deve escapar à idéia de gestão e sua rede, inseridas num espaço ortodoxo de desenvolvimento. É no prisma do simbólico que ela foge a toda articulação clássica de fluxos e cadeias setoriais, ou de canais de circulação, ou das ditas tecnologias produtivas. Vamos, sim, àquele intangível de resultados em que se mani- festa a dita “vida do espírito” ou a propriedade intelectual, para de fato aninhar-se na mais sutil das dimensões, no pro- cesso histórico, em que se assenta a identidade e o dado inconsútil de nosso “ser de ação”. Gestões políticas ou abordagens – tal como se abre neste estudo pioneiro – apontam ao próprio desse universo, em que ganham outra sintaxe expressões como “mapear”, “fluxos” ou “interagir” com a economia e tecnologia, ou definir o insight e não a captura de um desempenho. A cultura pervade a modernidade, com outra medida e surpresa que a das escalas definidas, aparentes, de mudança. Estaria no limiar destes cená- rios caprichosos para uma nova revelação na ribalta urbana e, nela, de cidades em que, de fato, brota a sua efervescência. Seria o caso, como recados antecipados, de Barcelona, Londres ou Amsterdam. 11 O presente trabalho é desbravador, no enfrentar essas per- plexidades, mas resulta, enquanto é fiel a um novo sintagma, e reconhece as transposições do mundo das realidades mensuráveis, sabendo da cautela das ambições de um planejamento estratégi- co ou da pobreza do real, assimilado ao dito normal. A práxis aí está na bateia da reflexão, e tem que ter a temeridade como mé- todo, e a cautela para chegar ao mais além que diga para, de fato, descobrir e responder pelo seu recado. __________________________________________ * Cientista Político, membro da Academia Brasileira de Letras e Reitor da Uni- versidade Candido Mendes. 12 DEPOIMENTOS __________________________________________________________________ I Um dos principais desafios que enfrentam países como o Brasil consiste em superar os incômodos indicadores que ainda nos distanciam de economias mais desenvolvidas, em especial em termos de desigualdades sociais e regionais. É nesse contexto que emerge a economia da cultura com importância singular, ao implicar em transformações quali- tativas muito inovadoras, ancoradas na economia do intangível. Países como o Brasil, que ainda tem grande parte de sua eco- nomia ligada a commodities agrícolas e minerais, pode muito bem combinar essas duas frentes e se posicionar no terceiro milênio não apenas como uma referência mundial em termos de produção de alimentos e energia, mas também como locus da produção intangível, que permite incorporar todos os avanços das tecnologias da comunicação e informação à inesgotável criatividade dos brasileiros, e gerar inovações que nos permiti- rão criar um pais mais justo, mais inovador e mais inserido na principal revolução econômica das últimas décadas, que torna o intangível, os produtos culturais e as referências imateriais, o motor do crescimento econômico. Vinícius Lages* __________________________________________ *Gerente da Unidade de Assuntos Internacionais - SEBRAE 13 II A idéia de criação e cultura traz em si vários elementos em geral ausentes do universo econômico. Trabalhamos no processo criativo na maior parte das vezes, com a idéia de construção, harmonia, escuta, respeito, valorização e apreciação das diferenças. Sustentabilidade e atenção aos detalhes. Disponibilidade para o aprendizado e troca. Muitas vezes porém, os profissionais e criadores deste setor, ao buscarem viabilidade e oportunidades econômicas para suas iniciativas, acabam neste terreno, se utilizando dos métodos tra- dicionais de competição, desgaste, e exaustão; e de certa forma não se apropriando dos valores que utilizaram para a criação de seus projetos. Creio que seria extremamente benéfico para a sociedade com um todo, se estes princípios mencionados acima fossem integral ou parcialmente, aplicados ao campo da economia.