Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Instituto De Filosofia E Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Em História

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Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Instituto De Filosofia E Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Em História UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA Entre História e Literatura: a Formação do Panteão Rio-grandense e os Primórdios da Escrita da História do Rio Grande do Sul no século XIX. Dissertação de Mestrado Luciana Fernandes Boeira Porto Alegre, 2009. 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA Entre História e Literatura: a Formação do Panteão Rio-Grandense e os Primórdios da Escrita da História do Rio Grande do Sul no século XIX. Luciana Fernandes Boeira Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em História. Orientador: Prof. Dr. Temístocles Cezar. Porto Alegre, março de 2009. 3 Entre História e Literatura: a Formação do Panteão Rio-Grandense e os Primórdios da Escrita da História do Rio Grande do Sul no século XIX. Luciana Fernandes Boeira Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em História. Banca Examinadora: Orientador: Prof. Dr. Temístocles Cezar Prof. Dr. Manoel Luiz Salgado Guimarães (PPG em História Social - UFRJ) Prof.ª Dr.ª Mara Cristina de Matos Rodrigues (PPG em História – UFRGS) Prof. Dr. Eduardo Santos Neumann (PPG em História – UFRGS) Porto Alegre, março de 2009. 4 À Silvia, que teria gostado de saber. 5 Agradecimentos Sempre gostei de ler, em livros dos mais variados gêneros, a parte relativa aos agradecimentos. Por meio desse ambiente textual, o autor permite a seu leitor, na maioria das vezes, adentrar um pouco em uma dimensão do trabalho que outros espaços da mesma obra escrita não deixariam transpor. Espero que meus agradecimentos proporcionem a meus leitores esse sentimento agradável que eu tanto aprecio experimentar. Dito isso, inicio os agradecimentos propriamente ditos. Começo, para não fugir a um padrão com que quase sempre me deparo e habitualmente simpatizo, agradecendo à minha família: meu pai, José, minhas irmãs, Rosângela, Rossana e Letícia Boeira, minha tia, Soloy e meu cunhado, Vitor. Pessoas tão amadas e tão queridas, que sempre estão ao meu lado e me dão a base pessoal necessária para conseguir levar adiante meus objetivos. Obrigada, então, pessoas queridas, por me ampararem nos períodos mais difíceis e lidarem, sempre com compreensão e sabedoria, com meus momentos mais delicados. E obrigada, claro, por rirem e se divertirem comigo, porque essa é a melhor parte. Agradeço, também, ao Ricardo, que, juntamente com minha família, tem acompanhado de perto cada passo de minha trajetória profissional, sempre me apoiando e incentivando. Obrigada, meu querido, por todos os momentos em que tu compreendeste a minha ausência e por todos os outros em que aplaudiste as minhas conquistas ou, ainda, me consolaste e me animaste quando me senti desanimada. Obrigada, também, pelos livros, pelo note e pelo suporte “técnico”, que me foram tão úteis durante essa etapa da minha vida acadêmica. E obrigada, sobretudo, pelo amor. Agora, agradeço aos amigos. Fico feliz que sejam muitos, embora receie esquecer de mencionar o nome de algum. Bom, para tentar impedir que isso ocorra (ainda que eu tenha quase certeza que será em vão), agradeço “amplamente” àqueles que nomeio meus amigos. Algumas dessas pessoas eu sei que sabem quem são: as “sete” (Bibiana Rocha, Camille Vieira, Débora Leal, Giovana Kovaleski, Karine Rufino, Lisiane Garroni e Paula Parise – sempre em ordem alfabética, para evitar ciúmes). À Paula, agradeço, também, pela ajuda com o muitas vezes tirânico Word. Agradeço, ainda, as duas “Teresas”, Márcia Kopczynski e Letícia Parmeggiani. Todas elas amigas de longuíssima duração... Obrigada, meninas, pelo apoio emocional, pela torcida sincera, pelas lágrimas partilhadas e pelas risadas divididas. Agora, os amigos e colegas. Colegas de trabalho, de estudo, de pesquisa e, também, amigos imprescindíveis: Eliete Tiburski, Evandro dos Santos, Marina de Araújo e Gustavo Coelho. A vocês o meu muito obrigada. Acima de quaisquer outros, foram vocês que me 6 suportaram e souberam me ouvir todas as vezes que precisei de uma palavra amiga, um conselho, um tricot, um texto emprestado, um telefonema, um auxílio ou, simplesmente, um carinho. Nesse conjunto de amigos e colegas especiais, figuram, também, Marisângela Martins, Cássia da Silveira e Jaisson Oliveira da Silva, que, tão prestativos, me cederam textos e torceram pela pesquisa. Agradeço aos colegas que estiveram em sala de aula junto comigo nesses dois últimos anos, seja nas cadeiras do Pós ou da Graduação, muitos dos quais companheiros de pesquisa ou de orientação. Cito alguns porque não é possível citar todos: Daniela Silveira, Carla Renata Gomes, Fernando Nicolazzi, Angela Ravazzolo, Vitor Batalhone Júnior, Rodrigo Bonaldo, Eduardo Cardoso e Pedro Silveira. Obrigada! Obrigada a todos os colegas do GT de Teoria da História e Historiografia, grupo indispensável de troca de idéias e experiências de pesquisa. Agradeço, especialmente, aos professores Álvaro Klafke, Maria da Glória de Oliveira, Lilian Carlos e Mara Cristina de Matos Rodrigues e ao querido Hugo Hruby, exemplo de colega de trabalho e grande incentivador. Quero agradecer aos professores do Departamento e do PPG em História da UFRGS, especialmente a Anderson Zalewski Vargas, Benito Bisso Schmidt, Carla Brandalise, César Augusto Barcellos Guazzelli, René Gertz, Helga Piccolo e Sílvia Petersen, com quem tive o privilégio de estudar e que me ensinaram e me ensinam sempre novas e brilhantes lições de história. Agradeço imensamente à banca examinadora dessa dissertação: o Professor Eduardo Neumann, com quem realizei um seminário muito profícuo e de quem recebi muitas sugestões interessantes e proveitosas; a querida professora Mara, ela novamente, tão interessada, tão incentivadora, tão competente. Agradeço, ainda, ao Professor Manoel Luiz Salgado Guimarães por aceitar discutir conosco essa dissertação, o que é, para mim, uma grande honra. Devo agradecer, também, a um profissional generoso e prestativo, o Professor Mauro Nicola Póvoas, que, mesmo antes de me conhecer, atendeu pronta e gentilmente as minhas mensagens de e-mail e me ofereceu textos que foram muito úteis para a pesquisa. Agradeço, também, aos funcionários da UFRGS, especialmente à Marília, secretária do PPG, e às bibliotecárias da Biblioteca Central e Biblioteca Setorial de Ciências Sociais e Humanidades da UFRGS e Biblioteca da PUCRS. Agradeço, ainda, ao CNPq, que me concedeu uma bolsa de estudos muitíssimo bem-aproveitada e com a qual eu pude comprar livros e participar de seminários e encontros de história. 7 Também não posso deixar de agradecer à querida colega Taíse Tatiana Quadros. Ela nem mesmo deve se lembrar, mas foi a Taíse, no final do ano de 2003, quem me apresentou e me presenteou com as Revistas do Instituto Histórico provincial. Foi ali que tudo começou... Por fim, agradeço ao mestre e amigo Temístocles Cezar, esse ser humano impecável, esse orientador competente, esse professor admirável e, especialmente, esse amigo extraordinário. Temístocles, sem teu apoio, teu incentivo, tua força e teu carinho, eu certamente não teria conseguido ampliar meu horizonte intelectual. Obrigada por tudo, sempre. E obrigada, principalmente, por manter unido um grupo de pesquisa coeso e trabalhador do qual eu tenho o maior orgulho de participar. Após escrever essas palavras, chego ao fim dessa seção de agradecimentos que eu tanto gostei de escrever. Caso tenha esquecido de mencionar algum nome, vou ter que conviver eternamente com isso e já peço desculpas de antemão. Me escuso, também, pelo texto escrito de supetão. É que de tanto planejar, ele veio assim, de repente e de improviso. Confesso que estou extenuada, mas, de alguma forma, me sinto feliz e, até mesmo, aliviada, pois consegui converter em escrito essa parte do trabalho que há tantos anos eu projetava registrar. Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2009. 8 Resumo O presente estudo reflete sobre a relação entre a história e a literatura no Rio Grande do Sul da segunda metade do século XIX, em um período onde ainda não havia uma clara distinção entre os campos literário e histórico. Nesse espaço, se deu um trabalho de construção da figura do homem sulino como grande herói ou grande homem nacional, ao mesmo tempo em que se promovia a inserção dessa figura nas páginas que narravam a história da nação. Era a construção, por parte de um grupo de letrados da Província de São Pedro, do registro da história rio-grandense em relação à nação e, por assim dizer, dentro da nação, de forma a acreditarem esses homens estarem contribuindo, através do próprio ato de historiar, para a formação do tipo nacional. O trabalho se preocupa em apresentar o espaço de atuação das sociedades literárias e dos literatos rio-grandenses do período por meio do estudo de três revistas literárias: a Revista do Instituto Historico e Geographico da Provincia de São Pedro (IHGPSP), publicada entre 1860 e 1863, a Revista do Parthenon Litterario, publicada entre 1869 e 1879 e a Revista Murmurios do Guahyba, que circulou de janeiro a junho de 1870. A pesquisa procura discutir acerca da constituição da escrita da história e da construção do panteão de heróis e homens ilustres sulinos, bem como tratar sobre a constituição da idéia de nação brasileira e região rio-grandense nos periódicos literários em questão. Acompanhando os caminhos que levaram à consolidação de um tipo de escrita da história marcado pelo exempla no Rio Grande do Sul, também se busca debater acerca da colaboração dessas escritas do IHGPSP, Partenon e Revista Murmurios para a construção de uma idéia de Brasil que fazia parte dos interesses das elites dominantes no cenário nacional da segunda metade do XIX. Ao mesmo tempo, forjava-se a história da pequena pátria rio- grandense, porque se explicar para o Brasil era também se auto-explicar.
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