França Sagrada

Abertura Oficial Ano França

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música Coro Nacional de España Coro Infantil Casa da Música

Baldur Brönnimann direcção musical Cyrille Dubois tenor

10 Jan 2020 · 21:00 Sala Suggia

VIVE LA FRANCE!

APOIO MECENAS MÚSICA CORAL

A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE Olivier Messiaen Hymne (1932/47; c.12min)

Hector Berlioz Te Deum, op. 22 (1849; c.52min)* 1. Te Deum 2. Tibi omnes 3. Dignare 4. Christe rex gloriae 5. Te ergo quaesumus 6. Judex crederis

*Texto original e tradução nas páginas 8 e 9. Concerto sem intervalo.

3 Em 1936, Olivier Messiaen (Avignon, 1908 – esteve muito presente na sua formação atra‑ Clichy, 1992), juntamente com os restantes vés dos tratados de composição de Vincent jovens membros do grupo auto­‑intitulado d’Indy, sobretudo vinculado não com aspec‑ “La Jeune France”, tomaram como referên‑ tos expressivos mas com a forma sonata e cia a figura de (La Côte­‑Saint­ o domínio da estrutura musical. No entanto, ‑André, 1803 – , 1869) para evidenciar a a música alemã em geral estava longe dos veemência com a qual se recusavam a aceitar seus interesses nas décadas de 20 e 30 do as circunstâncias históricas e as imposições século XX, quando apresentou as suas primei‑ estéticas que, na sua opinião, limitavam a inte‑ ras obras musicais, entre as quais se conta a gridade criativa dos mais novos. O manifesto peça programada neste concerto. É talvez do grupo assim o declarava: “À medida que as interessante saber que foi em 1940, durante condições de vida se tornam cada vez mais a Segunda Guerra Mundial, depois de ter sido severas, mecânicas e impessoais, a música capturado pelo exército alemão, que analisou deve trazer sem descanso, para quem a ama, pela primeira vez as partituras das sonatas sua violência espiritual e suas reacções gene‑ para piano de Beethoven, que um oficial do rosas.” O grupo formado por Olivier Messiaen, campo em que estava detido lhe oferecera. Daniel­‑Lesur, Yves Baudrier e André Joli‑ Nas suas próprias palavras, foi então que vet retoma um título que Berlioz utilizara e começou a apreciá­‑las, embora sempre as “propõe a divulgação de obras jovens e livres, tivesse considerado “milagres da estrutura”. distantes tanto do lugar­‑comum académico A partitura do Hymne au Saint Sacrement, a como do lugar­‑comum revolucionário. As propósito, foi perdida durante a contenda, pelo tendências deste grupo serão diversas; unir­ que Messiaen a reescreveu em 1946 abre‑ ‑se­‑ão para criar e propagar música ao vivo viando o título para Hymne. numa explosão única de sinceridade, genero‑ Para além da música, outro dos elemen‑ sidade e consciência artística.” tos que fizeram parte da construção da O estabelecimento de uma tradição musi‑ identidade nacional francesa foi a religião cal e cultural entre músicos cuja estreia no católica, a qual assumiu um significado cultu‑ domínio da composição estava separada por ral em grande medida independente da um século enquadrava­‑se dentro do que pode‑ genuinidade da fé de cada indivíduo. De facto, mos denominar a ideologia do nacionalismo. podemos considerar que Berlioz era agnós‑ No caso da música e, em geral, no da identi‑ tico, enquanto Messiaen tem chegado a ser dade francesa, esta ideologia foi construída qualificado como o “compositor teólogo”. No essencialmente a partir de 1870 em oposição entanto, resulta plausível aceitar que ambos à influência da cultura alemã e da sua suposta eram muito sensíveis ao efeito dos rituais da esterilidade intelectual. Curiosamente, Berlioz, Igreja Católica quando a música fazia parte na sua faceta de crítico musical, tinha sido deles. No caso de Messiaen, organista da um ardente defensor da música de Beetho‑ Igreja da Santíssima Trindade de Paris durante ven e da sua nova expressividade. A música toda a vida, esta afinidade é bastante evidente. sinfónica do compositor alemão foi um dos No que diz respeito a Berlioz, fica patente modelos que seguiu nas suas composições. nas suas memórias, onde em vários pontos No que diz respeito a Messiaen, Beethoven deixou provas da sua experiência, fortemente

4 estetizada, da religião. Por exemplo, lembra Para Messiaen, quando ainda não tinha nesse texto com “doçura” a sua primeira 30 anos de idade, o pensamento de Santo comunhão. Relata Berlioz como, no momento Agostinho e do poeta e filósofo Paul Valery em que recebeu a hóstia consagrada, “um coro confluíam no mesmo ideal de transcendên‑ de vozes virginais entoando um hino à Euca‑ cia do espírito no que diz respeito ao corpo e ristia” o encheu de uma emoção “ao mesmo da verdadeira beleza no que diz respeito às tempo mística e apaixonada”. Nas suas pala‑ obras artísticas concretas. Nas suas palavras: vras: “Pareceu‑me­ ver o céu aberto, um céu “Como se realiza este ideal? Não possuímos de amor e de castas delícias, um céu mais o dom das lágrimas? E não possuímos igual‑ puro e mil vezes mais belo do que me tinham mente um sentido do divino que nos permite contado. Ó maravilhoso poder da expressão envolver­‑nos com o dom da graça que o Pai verdadeira, incomparável beleza da melodia envia junto do Filho? E qual é o melhor desses do coração!” Deixou ainda referências à irri‑ novos caminhos expressivos, dormentes e tação sentida em Roma quando se deparou não explorados, senão a música daqueles que com execuções defeituosas de música sacra foram embora antes do que nós? Isto é, tudo o nos templos, mostrando­‑se sempre defensor que pode elevar‑nos­ até às coisas mais altas.” da solenidade e da magnificência necessárias a esse tipo de manifestações sonoras. A partitura do Hyme au Saint Sacrement O programa deste concerto apresenta apresenta uma espécie de díptico, cujos dois essas duas facetas da experiência estética temas principais e respectivos desenvolvi‑ da religião que acabamos de identificar nas mentos exprimem a glória de Deus e a união memórias de Berlioz. Assim, o “apaixonado amorosa entre o crente e o corpo de Jesus misticismo” sentido na sua primeira eucaris‑ simbolizada na comunhão. O “apaixonado tia pode ser vinculado com o Hymne au Saint misticismo” que Messiaen exprime nesta Sacrament de Messiaen – que foi, aliás, uma obra está conectado, do ponto de vista musi‑ das obras que preencheram o programa em cal, com um dos primeiros usos da técnica que se apresentaram perante o público os baseada nos “modos de transposição limi‑ compositores de “La Jeune France”. Em notas tada”, caracterizados pelas suas proprieda‑ explicativas, Messiaen deixou claro que a obra des simétricas. Isto implica que nenhuma das tinha sido dedicada “à real presença de Jesus notas que fazem parte de cada modo assume na Eucaristia” e que tencionava “descrever o papel de tónica – fundamento, por definição, o maravilhoso dom da comunhão: o cresci‑ do sistema tonal – o que, em consequência, mento do amor e da graça, a força contra o neutraliza a sensação de linearidade tempo‑ mal e a promessa da vida eterna.” A funda‑ ral. Esta é substituída por uma concepção mentação da composição justifica, de facto, sobretudo colorística da percepção sonora, que o compositor tenha sido conhecido com o comparável com a experiência sensorial da epíteto de “teólogo”, já que a partitura foi intro‑ luz produzida por um vitral. duzida como uma tentativa de pôr a “sinceri‑ A partitura do Te Deum apresenta, por seu dade emocional […] ao serviço dos dogmas turno, dimensões colossais, em consonân‑ da fé católica exprimida através duma nova cia com a solenidade e majestosidade que, linguagem musical”. como foi apontado atrás, Berlioz procurava

5 na música sacra interpretada no templo. A depois do último andamento, e não foi o único. obra envolve, tal como acontece com o hino Quando tudo terminou, fiquei ali, cercado por de Messiaen, o uso de técnicas de composi‑ uma multidão, incapaz de abandonar a igreja, ção musical escolhidas para terem um efeito e, não fosse a santidade do lugar, acredito que sensorial concreto, perseguido de forma teria sido esmagado em abraços.” consciente pelo compositor. Este Te Deum foi O próprio espaço consagrado era, aliás, escutado pela primeira vez em 1855, durante mais um elemento dos que integraram a a cerimónia de inauguração da Exposição concepção da obra. Cabe sublinhar neste Universal de Paris organizada naquele ano. sentido a ideia, assinalada pelo compositor Realizou‑se­ na Igreja de Santo Eustáquio, a no fragmento transcrito, de que se trata de um qual, sendo de origem renascentista, tinha gigantesco “dueto” entre o órgão de tubos e a sido restaurada em 1840. Dispunha, na altura parte coral‑sinfónica,­­ que ele personificava desta estreia, de um potente órgão de tubos, respectivamente nas figuras do Papa e do reconstruído em 1854 e que tinha sido tocado Imperador. Este elemento espacial, na Igreja publicamente pela primeira vez no mês de de Santo Eustáquio, implicava que o público Maio desse mesmo ano por César Franck. ocupava o espaço situado entre essas duas A primeira interpretação do Te Deum foi fontes sonoras. A ideia original de Berlioz tinha um acontecimento marcante, assim descrito sido a de colocar o coro dividido à direita e no dia a seguir pelo próprio Berlioz numa à esquerda do público. Depois de ter tido a carta endereçada à sua irmã: “Permite­‑me experiência de escutar, durante a Grande dizer que esta enorme cerimónia, que atraiu Exposição de Londres de 1851, um coro uma grande multidão, causou uma imensa formado por centenas de vozes de crianças, impressão. Houve um momento de emoção adicionou ainda à partitura o coro infantil. Na tão grande que, num canto da igreja, irrompe‑ execução de 1855 na Igreja de Santo Eustá‑ ram os aplausos, embora tenham sido rapi‑ quio, cantando, literalmente, “desde as altu‑ damente reprimidos. Foi colossal, garanto­‑te. ras”, este coro certamente produziu um efeito Agora sei que o meu Requiem tem um irmão verdadeiramente notável. (o Te Deum), um irmão que é digno dele. Não Berlioz inspirou­‑se na função celebra‑ consigo descrever a visão daquela vasta tória do Te Deum, que tradicionalmente catedral, tão magnificamente decorada, com consagrava a fusão entre o poder terreno e a minha orquestra a encher o coro, os meus o poder celestial – bem representada, aliás, coralistas na cruz da nave e essas oitocentas na imagem antes aludida do diálogo entre o crianças num grande anfiteatro que se elevava Papa e o Imperador. Isto também explica que a uma altura de dois andares. Também posso faça parte da versão original uma marcha dizer pouco sobre a majestade deste imenso orquestral para o momento da apresenta‑ dueto entre nós e o órgão que cantava miste‑ ção das bandeiras (não interpretada neste riosamente no outro extremo da igreja. São concerto). Enquanto criador, Berlioz era coisas que precisam de ser vistas e ouvidas… plenamente consciente da maneira como a M. Lecourt, um amante da música erudito técnica de composição e o impacto emocio‑ e dedicado que veio expressamente de nal eram duas caras da mesma moeda. Marselha, acabou encharcado em lágrimas Podemos regressar às suas memórias para

6 comprovar este ponto. Nesse texto, deixou claro que eram “a forma dos andamentos, a amplitude do estilo e a formidável lentidão de certas progressões harmónicas cujo final não se adivinha” os elementos que proporcio‑ nam à obra “a sua fisionomia estranhamente gigantesca, o seu aspecto colossal.” Para isto contribuía, ainda, a “enormidade da forma”, a qual, segundo assinala o próprio Berlioz, podia ter um duplo efeito – aliás, de signifi‑ cado oposto – no ouvinte, o qual podia ora “não compreender absolutamente nada”, ora “ficar esmagado sob o efeito de uma emoção terrível.” Para além da gestão da massa de som produzida pelos monumentais efectivos corais e instrumentais para os quais escreveu a partitura, acordes enfáticos, impressionan‑ tes fugas, passagens meditativas repletas de mistério, pontos de clímax meticulosamente construídos, longas e expressivas melodias são os elementos musicais que Berlioz põe ao serviço do efeito procurado de solene e colos‑ sal grandiosidade. TERESA CASCUDO, 2020

7 Hector Berlioz: Te Deum

1. Te Deum (Hino) Te Deum laudamus: te Dominum confitemur. Louvamos­‑te, Deus; confessamos­‑te, Senhor: Te aeternum patrem, omnis terra veneratur. Toda a terra te venera, Pai eterno.

2. Tibi omnes (Hino) Tibi omnes Angeli: A ti, todos os Anjos; tibi caeli et [universae] potestates. a ti, os céus e [todos] os poderes. Tibi Cherubim et Seraphim, A ti, os Querubins e os Serafins incessabili voce proclamant: proclamam com uma voz incessante: Sanctus, Sanctus, Sanctus Santo, Santo, Santo, Dominus Deus Sabaoth. Senhor Deus dos Exércitos Celestes. Pleni sunt caeli et terra Os céus e a terra estão repletos maiestatis gloriae tuae. da grandeza da tua glória. Te gloriosus chorus Apostolorum, Louva­‑te o glorioso coro dos Apóstolos, Te Prophetarum laudabilis numerus, Louva­‑te a venerável legião dos Profetas, Te Martyrum candidatus Louva­‑te o exército, laudat exercitus. vestido de branco, dos Mártires. (Omnes tibi proclamant: Sanctus…) (Todos te proclamam: Santo…) Te per orbem terrarum Reconhece­‑te, por toda a Terra, sancta confitetur Ecclesia: a Santa Igreja: Patrem immensae maiestatis; A ti, Pai de infinita majestade; Venerandum tuum verum et unicum Filium; Ao teu venerando, verdadeiro e único Filho; Sanctum quoque Paraclitum Spiritum. E também ao Espírito Santo, o Paracleto. (Omnes tibi proclamant: Sanctus…) (Todos te proclamam: Santo…)

3. Dignare (Oração) Dignare, Domine, die isto Digna­‑te, Senhor, a guardar­‑nos sine peccato nos custodire. sem pecado neste dia. Aeterna fac cum sanctis tuis Faz por contá­‑los entre os teus santos in gloria numerari. na glória eterna. Miserere nostri, Domine, Tem piedade de nós, Senhor, miserere nostri. tem piedade de nós.

8 4. Christe rex gloriae (Hino) Tu rex gloriae, Christe: Tu, Cristo, rei de glória: Tu Patris sempiternus es Filius. Tu és o Filho sempiterno do Pai. Tu, devicto mortis aculeo, Tu, vencido o aguilhão da morte, aperuisti credentibus regna caelorum. abriste o reino dos céus aos fiéis. Tu, ad liberandum Tu, que haverias de sofrer suscepturus hominem, para salvar o homem, non horruisti Virginis uterum. não temeste o ventre da Virgem. Tu ad dexteram Dei sedes, Tu sentas­‑te à direita de Deus, in gloria Patris. na glória do Pai.

5. Te ergo quaesumus (Oração) Te ergo quaesumus, Domine, Rogamos­‑te, por isso, Senhor, famulis tuis subveni: que protejas os teus servos, quos pretioso sanguine redemisti. que redimiste com o teu precioso sangue. Te ergo quaesemus, Rogamos­‑te, por isso, Humilibus tuis famulis subveni. que protejas os teus servos humildes. Fiat super nos misericordia tua, Domine: Sê misericordioso connosco, Senhor, quemadmodum speravimus in te. do mesmo modo que nós tivemos esperança em ti.

6. Judex crederis (Hino e Oração) Judex crederis esse venturus. Nós cremos que voltarás como juiz. In te, Domine, speravi: Tive esperança em ti, Senhor: non confundar in aeternum. que eu jamais seja confundido. Salvum fac populum tuum, Domine, Salva o teu povo, Senhor, et benedic hereditati tuae. e abençoa a tua herança Per singulos dies benedicimus te: Dia após dia, te celebramos et laudamus nomen tuum e louvamos o teu nome in saeculum, et in saeculum saeculi. para sempre e pelos séculos dos séculos.

Tradução: Joana Serafim

9 Baldur Brönnimann direcção musical Fura dels Baus e Barrie Kosky; Death of Kling­ hoffer de John Adams na English Nacional Baldur Brönnimann é considerado um dos Opera; L’Amour de Loin de Saariaho na Ópera melhores maestros de música contemporâ‑ Norueguesa e no Festival de Bergen; e Index of nea do mundo. Desenvolveu estreitas cola‑ Metals de Romitelli com Barbara Hannigan no borações com compositores de topo tais Theater an der Wien. No Teatro Colón, dirigiu como John Adams, Kaija Saariaho, Harrison também Erwartung de Schoenberg, Hagith Birtwistle, Unsuk Chin, Helmut Lachenmann, de Szymanowski, The Little Match Girl de Magnus Lindberg, Georg Friedrich Haas e Lachenmann (com o compositor no papel de outros, e dirigiu obras importantes de Ligeti, narrador) e Die Soldaten de Zimmermann. Romitelli, Boulez, Vivier e Zimmermann. Apre­ Enquanto Maestro Titular da Orquestra sentou‑se­ em festivais como BBC Proms, Sinfónica do Porto Casa da Música e da Basel Wien Modern, Darmstadt e Mostly Mozart no Sinfonietta, Baldur Brönnimann continua a Lincoln Center. Maestro de grande versatili‑ dirigir programas onde combina de uma forma dade com uma abordagem aberta à progra‑ inesperada obras contemporâneas e desco‑ mação e à interpretação musical, acredita nhecidas com o repertório corrente. Entre firmemente na importância das activida‑ 2011 e 2015, foi Director Artístico do principal des de âmbito educativo e comunitário e na ensemble norueguês de música contemporâ‑ necessidade de questionar as fronteiras tradi‑ nea, BIT20. Foi Director Musical da Orquestra cionais da música clássica. É Maestro Titu‑ Sinfónica Nacional da Colômbia em Bogotá lar da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da entre 2008 e 2012. Música e da Basel Sinfonietta. Natural da Suíça, Baldur Brönnimann estu‑ Das temporadas passadas, destacam­‑se dou na Academia de Música da Basileia e no colaborações com as Filarmónicas de Seul, Royal Northern College of Music em Manches‑ Oslo, Bergen, Luxemburgo e Real Escocesa, ter, onde foi posteriormente nomeado Profes‑ a Sinfónica WDR e as Orquestras de Câmara sor Convidado de Direcção de Orquestra. de Aurora e Munique. Em 2019/20, é convi‑ Actualmente vive em Madrid. dado a regressar às Sinfónicas das Rádios de Frankfurt e Viena – para uma interpreta‑ ção da épica Décima Sinfonia de Schnebel no Musikverein. Estreia­‑se com a Orquesta y Coro de la Comunidad de Madrid. Trabalha frequentemente com ensembles de música contemporânea de todo o mundo: dirigiu o Klangforum Wien em Viena e em digressão e o Ensemble Intercomporain nos BBC Proms, homenageando a música de Boulez. No domínio da ópera, Brönnimann dirigiu Le Grand Macabre de Ligeti na English Natio‑ nal Opera, na Komische Oper de Berlim e no Teatro Colón (Argentina), em produções de La

10 Miguel Ángel García Cañamero Itália, Viena e Budapeste. Foi membro do maestro do Coro Nacional de España Arnold Schoenberg Chor e do Coro da Cate‑ dral de Viena e dirigiu um grande número de Natural de Valência, Miguel Ángel García agrupamentos corais como Maestro Titular Cañamero aí iniciou a sua formação musical ou Convidado. Foi maestro assistente da Jove no Conservatório Municipal José Iturbi e pros‑ Orquestra de la Generalitat Valenciana, sob seguiu­‑a no Conservatório Superior Joaquín a direcção do maestro Manuel Galduf. Dirige Rodrigo. Estudou piano, órgão e direcção regularmente agrupamentos como a Orques‑ coral, obtendo sempre as qualificações máxi‑ tra Pro Arte de Viena, a Orquestra Clássica mas bem como cinco prémios de mérito e o Santa Cecília de Madrid e o European Royal Prémio José Iturbi. Ensemble de Madrid. Em 1999, com uma bolsa do Instituto Miguel Ángel García Cañamero foi maes‑ Valenciano da Música e depois de se diplomar tro assistente do CNE desde 2011 e tornou‑se­ com as especialidades de piano e direcção o seu maestro principal em Janeiro de 2015. coral, ingressa na Academia de Música de Budapeste, onde fez cursos de aper‑ feiçoamento com Gulyás Istvan (piano), Klezli János (canto), Kollár Éva e Erdei Péter (direc‑ ção coral). Este período influenciou­‑o deci‑ sivamente na sua formação como maestro, permitindo­‑lhe tomar contacto com a grande tradição coral húngara e centro­‑europeia. Em 2001 foi finalista e ganhou o prémio especial no I Concurso Internacional de Jovens Maes‑ tros Corais, em Budapeste. Posteriormente, mudou­‑se para Viena, ingressando na Universtät für Musik und Darstellende Kunst para estudar com Maria Höller (canto), Erwin Ortner (direcção coral) e Uros Lajovic, Simeon Pironkoff e Konrad Leit‑ ner (direcção orquestral). Aí obteve o diploma Magister cum Artium, com louvores, e dirigiu a Orquestra Sinfónica da Rádio de Viena. A sua formação completou‑se­ em numero‑ sas masterclasses com maestros prestigia‑ dos como Czifra János, Simon Carrington, Roy Wales, Frider Bernius, Seiji Ozawa ou Mariss Jansons. Enquanto intérprete, apresenta­‑se em concertos e recitais tanto na qualidade de solista como na de maestro, em Espanha,

11 Cyrille Dubois tenor Ao lado de Tristan Raës, com quem cola‑ bora no Duo Contraste, Cyrille Dubois arreca‑ Cyrille Dubois descobriu o canto na infância, dou o Prémio Lili e e foi triplo enquanto membro da Maîtrise de Caen, sob a vencedor na edição de 2013 do 9.º Concurso direcção de Robert Weddle. Depois de estu‑ Internacional de Música de Câmara de Lyon. dar Ciências, entrou no Conservatório Nacio‑ O duo foi convidado a actuar em prestigiados nal Superior de Música de Paris na classe palcos europeus e gravou Clairères dans le de Alain Buet (Primeiro Prémio summa cum ciel, um programa de homenagem aos músi‑ laude 2010) e aperfeiçoou o seu trabalho no cos da Grande Guerra (Editions Hortus, 2014), Atelier Lírico da Ópera Nacional de Paris. Em e O Lieb!, dedicado a Liszt (Aparté, 2019). 2015, foi distinguido como “Cantor de Ópera Colabora também com Anne Le Bozec, Jeff Revelação do Ano” nos prémios franceses Cohen, Michel Dalberto e Nicolas Stavy. Victoires de La Musique. Cyrille Dubois cantou sob a direcção de Foi rapidamente convidado para actuar prestigiados maestros, como Thomas Engel‑ em prestigiantes palcos, destacando­‑se: La brock (Orquestra de Paris), Laurence Equilbey Scala em Milão (Nathanaël, Os Contos de (Orquestra Insula), Ivor Bolton (Sinfónica da Hoffmann); em Bruxelas (Azor, Basileia), Raphaël Pichon (Ensemble Pygma‑ La Dispute de Benoît Mernier); Teatro dos lion), (Les Talens Lyriques) Campos Elísios (Almaviva, O Barbeiro de e Philippe Jordan (Sinfónica de Viena). Sevilha dirigido por Sir Roger Norrington; Na temporada 2019­/2020, Cyrille Dubois Marzio em Mitridate, com Le Concert D’As‑ interpreta os papéis de: Tamino (A Flauta tree e direcção de Emmanuelle Haïm, gravado Mágica, Ópera de Marselha), Nadir (Os Pesca­ em DVD); Ópera de Saint­‑Étienne (Gérald em dores de Pérolas, Ópera Real da Valónia), Lakmé); Festival de Ópera de Glyndebourne Fortunio (Opéra­‑Comique), Gérald (Lakmé, (Gonzalve em L’Heure Espagnole); Óperas de Sociedade Filarmónica Estatal de Moscovo), Lyon e Monte Carlo (Belmonte em O Rapto do Le Chevalier de la Force (Diálogos das Carme­ Serralho); Ópera Nacional de Paris (Oronte litas, Festival de Ópera de Glyndebourne). em Alcina; Le Laboureur em Le Roi Arthus de Gravou cerca de 30 discos. Chausson; Brighella em Ariadne Auf Naxos; Lucien de Rubempré em Trompe La Mort de Luca Francesconi; Ferrando em Così fan tutte; Tavannes e 1.º Monge em Les Hugue­ nots; Iopas em Les Troyens); Ópera Nacional de Lyon e Festival Internacional de Edimburgo (Don Ramiro em Cinderela); Ópera Real da Valónia e Ópera Cómica de Paris (Horace em Le Domino Noir); Ópera de Zurique (papel principal em ); Festival Choregies D’Orange (Ruodi em Guilherme Tell), entre outros.

12 Orquestra Sinfónica e XXI nunca antes apresentadas em Portu‑ do Porto Casa da Música gal, além de novas obras encomendadas a Philippe Manoury e Daniel Moreira. Baldur Brönnimann maestro titular As temporadas recentes da Orques‑ Christian Zacharias maestro convidado principal tra foram marcadas pela interpretação das Stefan Blunier maestro associado integrais das Sinfonias de Mahler, Prokofieff, Leopold Hager maestro emérito Brahms, Bruckner e Tchaikovski; dos Concer‑ tos para piano e orquestra de Beethoven e A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Rachmaninoff; e dos Concertos para violino e Música tem sido dirigida por reputados maes‑ orquestra de Mozart. Em 2011, o álbum “Follow tros, de entre os quais se destacam Stefan the Songlines” ganhou a categoria de Jazz dos Blunier, Olari Elts, Peter Eötvös, Heinz Holliger, prestigiados prémios Victoires de la musique, Elihau Inbal, Michail Jurowski, Christoph König, em França. Em 2013 foram editados os concer‑ Reinbert de Leeuw, Andris Nelsons, Vasily tos para piano de Lopes-Graça, pela Naxos, e o Petrenko, Emilio Pomàrico, Peter Rundel, disco com obras de Pascal Dusapin foi Escolha Michael Sanderling, Vassily Sinaisky, Tugan dos Críticos na revista Gramophone. Nos últi‑ Sokhiev, John Storgårds, Joseph Swensen, Ilan mos anos surgiram os discos monográficos de Volkov, Jörg Widmann, Ryan Wigglesworth, Luca Francesconi (2014), Unsuk Chin (2015) Antoni Wit, Christian Zacharias e Lothar e Georges Aperghis (2017), além de obras de Zagrosek. Diversos compositores trabalha‑ compositores portugueses, todos com grava‑ ram também com a orquestra, no âmbito ções ao vivo na Casa da Música. das suas residências artísticas na Casa da A origem da Orquestra remonta a 1947, Música, destacando-se os nomes de Emma‑ ano em que foi constituída a Orquestra nuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Sinfónica do Conservatório de Música do Magnus Lindberg, Pascal Dusapin, Luca Fran‑ Porto, que desde então passou por diversas cesconi, Unsuk Chin, Peter Eötvös, Helmut designações. Após a extinção das Orques‑ Lachenmann, Georges Aperghis, Heinz Holli‑ tras da Radiodifusão Portuguesa, foi fundada ger, Harrison Birtwistle, Georg Friedrich Haas a Régie Cooperativa Sinfonia (1989-1992), e Jörg Widmann, a que se junta em 2020 o vindo posteriormente a ser criada a Orquestra compositor Philippe Manoury. Clássica do Porto e, mais tarde, a Orquestra A Orquestra celebra o 20.º aniversário da Nacional do Porto (1997), alcançando a forma‑ sua formação sinfónica em 2020, o que a leva ção sinfónica com um quadro de 94 instru‑ a apresentar­‑se no Auditório Gulbenkian. Tem mentistas em 2000. A Orquestra foi integrada pisado os palcos das mais prestigiadas salas na Fundação Casa da Música em 2006, vindo de concerto de Viena, Estrasburgo, Luxem‑ a adoptar a actual designação em 2010. burgo, Antuérpia, Roterdão, Valladolid, Madrid, Santiago de Compostela e Brasil, estando programada para 2020 a sua primeira actua‑ ção na emblemática Philharmonie de Colónia. Ainda este ano, interpreta a integral das Sinfo‑ nias de Beethoven e 19 obras dos séculos XX

13 Coro Nacional de España A criação de um selo discográfico próprio da Orquesta y Coro Nacionales de España David Afkhammaestro titular e director artístico deu origem à edição de: Carmina Burana de Miguel Ángel García Cañamero maestro do CNE Carl Orff, gravada ao vivo sob a direcção do maestro Frühbeck; La vida breve de Falla, Fundado por Lola Rodríguez de Aragón com com direcção de Josep Pons; Merlín, uma a denominação inicial de Coro de la Escuela ópera inédita de Isaac Albéniz, com Plácido Superior de Canto, o Coro Nacional de España Domingo e a Orquestra Sinfónica de Madrid actuou pela primeira vez a 22 de Outubro de (Grammy Latino para melhor álbum clássico 1971, interpretando a Sinfonia n.º 2 “Ressurrei‑ em 2001); e a ópera Don Quijote de C. Halffter, ção” de Mahler ao lado da Orquesta Nacional em 2003. No âmbito do 40.º aniversário do de España sob a direcção de Rafael Frühbeck Coro Nacional de España, e sob a direcção de Burgos. À sua frente sucederam­‑se musical de Mireia Barrera, foi editado ainda vários directores artísticos de sólida forma‑ um CD de música coral espanhola. ção e ampla experiência em direcção coral. Actualmente, para além de trabalhar em Miguel Ángel García Cañamero é o maestro estreita colaboração com a Orquesta Nacio‑ do Coro Nacional de España desde Janeiro nal de España, o Coro Nacional de España de 2015, depois de ocupar a sua subdirecção intensifica as suas colaborações com desta‑ desde 2011. cadas formações espanholas e de outros O seu repertório, muito amplo e variado, países e realiza concertos polifónicos. abarca desde obras a cappella de todas as A Orquesta y Coro Nacionales de España é épocas e estilos até às grandes composições uma instituição apoiada pelo Instituto Nacio‑ corais‑sinfónicas.­ Entre os seus principais nal das Artes Cénicas e da Música (INAEM) objectivos encontra­‑se a recuperação e a e pelo Ministério Espanhol da Educação, difusão da música espanhola. Cultura e Desporto. Ao longo da sua história, o Coro Nacional de España foi dirigido por maestros de reco‑ nhecido prestígio internacional, como Rafael Frühbeck de Burgos, Antoni Ros Marba, Jesús López Cobos, Josep Pons, A. Ceccato, S. Celi‑ bidache, Y. Menuhin, R. Muti, E. Inbal, P. Maag, Tan Dun e T. Koopman, entre outros. Entre as suas actuações nos últimos anos destaca­‑se a participação no Festival de Outono de Bucareste e um concerto em Dresden com a Filarmónica de Dresden e R. Frûhbeck de Burgos, em 2007; os concer‑ tos realizados em Toulouse com a Orques‑ tra Nacional dirigida por J. Pons, em 2010; e a visita ao Lincoln Center de Nova Iorque, em Outubro do mesmo ano.

14 Coro Infantil Casa da Música

Raquel Couto maestrina titular

O Coro Infantil Casa da Música é hoje um dos grupos residentes da instituição, justificando por talento próprio a sua estreia pública num dos concertos maiores de 2017: no Dia Mundial da Música, na Sala Suggia, juntou‑se­ à Orques‑ tra Sinfónica do Porto Casa da Música, ao Coro Nacional de España e ao Coro Lira para interpretar o War Requiem de Benjamin Brit‑ ten. Depois da sua estreia, o Coro já partici‑ pou no concerto de Natal de 2018, cantando a Missa em Si menor de Bach com a Orquestra Barroca e o Coro Casa da Música, bem como num concerto de Páscoa de 2019, cantando o Stabat Mater de Dvořák com a Orquestra Sinfónica e o Coro Casa da Música. Em nome próprio, apresentou­‑se por duas vezes na Sala Suggia, tendo a última acontecido em Setem‑ bro no âmbito do festival Música no Feminino. Formado por cerca de 50 crianças, o Coro Infantil Casa da Música resulta e é parte inte‑ grante de uma dinâmica iniciada no ano lectivo de 2016/2017 e que continua. Em articulação com as escolas básicas de Quatro Caminhos (Matosinhos), Lomba (Porto) e Quinta das Chãs (Vila Nova de Gaia), desenvolveu­‑se um processo de formação coral que chamou cerca de 350 crianças, agregou educadores e famílias, motivou as comunidades vizinhas. Deste percurso resultaram três grupos corais, um por escola, de onde saem as vozes do Coro Infantil. São, assim, quatro estruturas a evoluir numa geografia alargada, orienta‑ das pelo Serviço Educativo. Exploração de repertórios corais, composição colectiva e incentivo ao sucesso curricular são alicerces deste projecto.

15 Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

Violino I Violoncelo Trompa Zofia Wóycicka Vicente Chuaqui José Bernardo Silva Álvaro Pereira Feodor Kolpachnikov Bohdan Sebestik Radu Ungureanu Sharon Kinder Eddy Tauber José Despujols Gisela Neves Hugo Carneiro Maria Kagan Michal Kiska Roumiana Badeva Bruno Cardoso Trompete Tünde Hadadi Hrant Yeranosyan Ivan Crespo Vladimir Grinman Aaron Choi José Almeida* Evandra Gonçalves Luís Granjo Ianina Khmelik Contrabaixo Rui Brito Andras Burai Rui Rodrigues Emília Vanguelova Florian Pertzborn Trombone Vadim Feldblioum Jorge Villar Paredes Severo Martinez Ana Luísa Carvalho* Nadia Choi André Conde* Joel Azevedo David Andreu* Violino II Slawomir Marzec Ana Madalena Ribeiro Tuba Nancy Frederick Flauta Sérgio Carolino Tatiana Afanasieva Paulo Barros Pedro Rocha Ana Maria Ribeiro Oficleide Karolina Andrzejczak Angelina Rodrigues Stephen Wick* José Paulo Jesus Lilit Davtyan Oboé Tímpanos Domingos Lopes Tamás Bartók Jean‑François­ Lézé Paul Almond Roberto Henriques Nikola Vasiljev Eldevina Materula Percussão Jorman Hernandez* Bruno Costa Diogo Coelho* Clarinete Paulo Oliveira Luís Silva Nuno Simões Viola Carlos Alves Isabel Pereira* João Moreira Órgão Anna Gonera Gergely Suto Rui Soares* Rute Azevedo Francisco Moreira Fagote Luís Norberto Silva Gavin Hill *instrumentistas convidados Theo Ellegiers Robert Glassburner Hazel Veitch Maria Castro* Jean Loup Lecomte Vasily Suprunov Biliana Chamlieva Emília Alves

16 Coro Nacional de España

Sopranos Tenores Carmen Gurriarán Arias (chefe de naipe) Ariel Hernández Roque (chefe de naipe) Delia Agúndez Calvo José M.ª Abad Bolufer Irene Badiola Dorronsoro Fernando Aguilera Martínez Francesca Calero Benítez Pablo Alonso Gallardo Marta Clariana Muntada Diego Blázquez Gómez Idoris Verónica Duarte Goñi Santiago Calderón Ruiz Paloma Friedhoff Bello Emiliano Cano Díaz M.ª Esther Garralón García-Quismondo Jesús Cantolla Bedia Patricia González Arroyo Javier Checa García M.ª Isabel González González Fernando Cobo Gómez Maria Agnieszka Grzywacz Enrique García Requena Gloria Londoño Aristizabal Víctor Guillén Vives Ariadna Martínez Martínez César Hualde Resano Sonia Martínez Palomino Luis Izquierdo Alvarado Rosa Miranda Fernández Eduardo López Ovies Catalina Moncloa Dextre Manuel Mendaña García M.ª de los Ángeles Pérez Panadero Diego Neira Sinde Margarita Rodríguez Martín Jaime Nieto Pérez Ana M.ª Sánchez Moreno Helios Pardell Martí Rosa María de Segovia García Xabier Pascual Blanco Carolina del Solar Salas Pedro José Prior Sánchez Diana Kay Tiegs Meredith Daniel Adolfo Rey-Grimau Garavaglia Ángel Rodríguez Rivero Contraltos Federico Teja Fernández Manuela Mesa Pérez (chefe de naipe) Marta de Andrés Martín Baixos Valentina Antón Nieto Gabriel Zornoza Martínez (chefe de naipe) M.ª Dolores Bosom Nieto José Bernardo Álvarez de Benito Marta Caamaño Hernández Jaime Carrasco González M.ª José Callizo Soriano José Antonio Carril Iruretagoyena M.ª del Mar Campo Domínguez Eliel Carvalho Rosa Ángela Castañeda Aragón Eduardo Córcoles Gómez Fátima Gálvez Hermoso de Mendoza Víctor Cruz García Helia Martínez Ortiz Simón Drago Román Ainara Morant Amezaga Hugo Abel Enrique Cagnolo Carolina Muñoz Torres Federico Gallar Zamorano Beatriz Oleaga Ballester Juan Pedro García Marqués Laura Ortiz Ballesteros Emilio Gómez Barrios Adelaida Pascual Ortiz Michael Jorge Gómez Pilar Pujol Zabala Mario Nicolás Lizán Sepúlveda Rosa María Ramón Fernández Pedro Llarena Carballo Ana María Ramos Liso Alfonso Martín González Ana Siles Jodar Jose Simón Millán María Ana Vassalo Neves Lourenço Manuel Montesinos Martinez Daniela Vladimirova Lazarova Álvaro de Pablo González

17 Coro Infantil Casa da Música

Alesander Pérez Fernández Alexandra Tulha Nestor Pindado González Ana Isabel Alves Manuel Quintana Aspra Anne Camilly Linhares Francisco Javier Rodríguez Morera António Fontelonga Ángel Rodríguez Torres Beatriz Carvalho José San Antonio Giménez Beatriz Nogueira Francisco Javier Santiago Heras Carolina Oliveira Manuel Antonio Torrado González Catarina Brito Javier Zorrilla Rodríguez Dalila Ribeiro David Ferreira Pianistas David Santos Sergio Espejo Repiso Diana Cruz Jesús Campo Ibáñez Diogo Silva Erica Azevedo Arquivo Orquesta y Filipa Silva Coro Nacionales de España Gabriel Silva Rafael Rufino Valor Gonçalo Lucena Víctor Sánchez Tortosa Joana Sousa Joana Freitas Leonor Morais Leonor Oliveira Leonor Peres Luna Leite Mafalda Filipe Margarida Carvalho Maria Clara Silva Maria Inês Madureira Maria Rita Andrade Mariana Costa Matilde Pinheiro Nazariy Kondratskiy Rafaela Filipe Rafaela Sousa Ricardo Ribeiro Rodrigo Rocha Rosana Mendes Rui Lopes Sara Nogueira Sarah Silva Suéli Fernandes

Formadores Joaquim Branco (formação musical) Joana Castro (técnica vocal) Dalila Teixeira (pianista acompanhadora) Gonçalo Vasquez (pianista acompanhador)

18 PRÓXIMOS CONCERTOS

11 JAN SÁB · 18:00 SALA SUGGIA AIMARD TOCA MESSIAEN PORTRAIT PHILIPPE MANOURY I

REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA PETER RUNDEL direcção musical PIERRE-LAURENT AIMARD piano Obras de Manoury, Bertrand e Messiaen

17:15 CIBERMÚSICA Palestra pré-concerto por RUI PEREIRA

12 JAN DOM · 18:00 SALA SUGGIA FRANÇA SAGRADA PORTRAIT PHILIPPE MANOURY II

CORO CASA DA MÚSICA SOFI JEANNIN direcção musical Obras de Machaut, Janequin, Debussy, Poulenc, Manoury, Villette e Ravel

14 JAN TER · 19:30 SALA 2 VICTOR PEREIRA

VICTOR PEREIRA clarinete WORTEN DIGITÓPIA electrónica Obras de Grisey, Hugo Vasco Reis, João Pedro Oliveira e Boulez

19 MECENAS ORQUESTRA SINFÓNICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL DO PORTO CASA DA MÚSICA CASA DA MÚSICA