Milton Nascimento: Num Canto Do Mundo, O Conto Do Brasil
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Universidade de Brasília Instituto de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História Área de Concentração: História Cultural Linha de Pesquisa: Identidades, Tradições, Processos Tese de Doutorado Orientadora: Eleonora Zicari Costa de Brito Milton Nascimento: Num canto do mundo, o conto do Brasil Mateus de Andrade Pacheco Brasília, Dezembro de 2014. Universidade de Brasília Milton Nascimento: Num canto do mundo, o conto do Brasil Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília, na área de Concentração de História Cultural, como requisito à obtenção do título de Doutor em História. Mateus de Andrade Pacheco Brasília, Dezembro de 2014. Banca Examinadora Profa. Dra. Eleonora Zicari Costa de Brito (UnB – Orientadora) Profa. Dra. Maria Thereza Ferraz Negrão de Mello (UnB) Profa. Dra. Maria Amélia Garcia de Alencar (UFG) Prof. Dr. Edwar de Alencar Castelo Branco (UFPI) Prof. Dr. Ivan Vilela Pinto (USP) Profa. Dra. Marcia de Melo Martins Kuyumjian – Suplente – (UnB) À dona Maria, minha eterna Paixão. E ao Bituca, menino-passarinho, que de sons fez ramagens para trançar seu ninho Ouvir um pássaro é agora ou nunca é infância ou puro momento? ouvir um pássaro é sempre (dói fundo no pensamento). Orides Fontela, Cantiga Agradecimentos Essa pesquisa foi tecida na coletividade de vozes que apanhei pelos caminhos. Pessoas que fizeram essa empreitada valer a pena, dando força e incentivo, impulsionando o voo. Agradeço à minha irmã Maria Abília, a Bia, interlocutora provocativa, sempre me instigando a me entregar mais, a correr atrás de fontes e apanhar sensibilidades para arquitetar histórias. Nossos bate-papos diários, ambientados na atmosfera percussiva da cozinha, criam espaço para maturar o pensamento musical, cavar nossos percursos para pesquisa e para a vida. Acompanhar a feitura de seu mestrado Taiguara: a volta do pássaro ameríndio foi um enorme aprendizado. Obrigado ainda por seguir de perto essa lida, dividir alegrias (mais uma vez!!) e tolerar lamúrias. Mayara, minha sobrinha-afilhada, afinada sintonia que enriqueceu esse trabalho com dicas, ideias, traduções e disposição invejável para me acompanhar em entrevistas (registrando tudo), viagens e shows que compõem as trilhas dessa pesquisa. Agradeço ao Carlos Roberto, meu cunhado, pelas brincadeiras que alegram o dia, pelo apoio espiritual e pela agilidade em resolver todas as coisas práticas da vida! Ao Douglas, meu sobrinho, pela calma que emana e me contamina, pela cumplicidade tecida às gargalhadas, “haja o que houver...”. Ao Sr Capucho, sempre rei da casa, pelos passeios cobrados e pelas rosnadas propagadas. Seu jeito ranzinza é seu maior charme! Agradeço à professora Eleonora, orientadora de sensibilidade apurada, sempre disposta a embarcar junto nessa louca aventura, transbordando alegria e coragem. Eleonora me atura como orientando desde a graduação, o que a especializou em arranjar soluções para as mais variadas demandas do meu processo de produção – Haja paciência para tanta frescura! Ao longo do percurso se transformou em amiga que levarei para vida. Obrigado pelos empurrões sempre bem-vindos, por orquestrar ambiente irreverente quando incorporo a angústia mineira. Obrigado pelas dicas, pelos incentivos e por ajuntar tanta gente no nosso grupo de pesquisa “História e Música: tecendo identidades, fazendo histórias”, lugar de inquietação pelas variações de olhares. Thereza Negrão, fonte de eterna inspiração – até rimou. Bordadeira de palavras, seus textos sempre me espantaram pela sensibilidade e ainda armaram meu primeiro contato com estudos sobre música. O encantamento diante daqueles bordados atravessou as aulas e chegou à pessoa, grande pessoa que espero ter constantemente ao lado. Obrigado ainda pelas recomendações feitas à época do exame de qualificação dessa pesquisa. E pelo curso – oferecido em dueto com a professora Márcia Kuyumjian – sobre Certeau e Maffesoli, referências que enriqueceram o olhar que jogo pra cá. Agradeço à professora Márcia pela amizade e por experiências como a do curso que ofereceu sobre Roger Chartier, referência de grande valor para quem se arrisca no solo da História Cultural. Coragem para se debruçar num autor é para poucos. Saúdo a coragem de Márcia! Obrigado à professora Nancy (in memoriam) por me incentivar a botar minha voz no texto. Lembro-me ainda hoje quando recebi um trabalho corrigido por Nancy. Em dada página circulou um instante em que me pronunciei em primeira pessoa. Ao lado, escreveu: “Finalmente você no seu trabalho!!”. É preciso coragem para se colocar na pesquisa. Isso Nancy teve de sobra e propagou com grande entusiasmo em suas aulas e textos. Obrigado pelos debates sobre memória e oralidade, pela paixão por uma narrativa desdobrável, fora dos eixos da exatidão. Estendo o agradecimento ao professor José Walter, que fez grandes duetos com Nancy nas pesquisas da vida. Ao professor Adalberto Paranhos, da UFU. O contato com Adalberto e suas reflexões sobre performances foram fundamentais em meu mestrado e reverberam na pesquisa de agora. Meu muito obrigado! Agradeço à Maria Amélia, professora da UFG que reforça a crença de que simpósios ainda são lugares de encontros verdadeiros! Do primeiro contato para cá, foram muitas as contribuições. Maria Amélia foi quem me incentivou a arriscar na realização de entrevistas, possibilitando inclusive que uma delas acontecesse. Ela e seu irmão, Chico Alencar, proporcionaram meu encontro com Milton Nascimento. Aos dois, sou eternamente grato. Agradeço ainda pelas dicas generosas na ocasião do exame de qualificação. Espero que essa interlocução se apure cada vez mais! Ao professor Edwar, da UFPI, pelo tanto que aprendi em seus textos e em suas passagens por Brasília. Seu entusiasmo diante da diversidade de caminhos para narrativas revigora a vontade de me aventurar em minha própria trilha. Obrigado por ser uma presença afetuosa e inquietante! Ao professor Ivan Vilela, da USP, com quem compartilho o encantamento com o Clube da Esquina. Suas análises e reflexões sobre o Clube enriqueceram minha pesquisa. O contato com Ivan me encorajou ainda mais à aventura de leituras musicais através da sensibilidade. Obrigado pela abertura ao diálogo e pelo incentivo à escuta apurada, aquela que se realiza quando desaceleramos pelo menos um pouquinho. Seja bem-vindo às bandas de cá. Agradeço ao Programa de Pós-Graduação em História da UnB. Meu muito obrigado ao CNPq pela bolsa de pesquisa, ingrediente fundamental para realização dessa tese. Ao João Carlos Neves, que me deu acesso a vídeos fundamentais. Agradeço aos artistas, arquitetos sonoros da música que ramifica por esse trabalho. Alguns deles foram meus interlocutores através de entrevistas. Meu eterno obrigado ao Novelli, grande baixista, compositor e narrador que, com seu espírito desarmado, muito me ensinou sobre a música brasileira. Agradeço também ao Cayê Milfont, cantor de voz emocionante que conheci nos bastidores da pesquisa da Bia e que viabilizou o encontro com Novelli. Agradeço ao Fernando Brant, que tão bem me recebeu para uma entrevista onde aprendi mais um tanto! Na fala de Fernando captei que a beleza floresce no gesto mais simples, basta ter olhos para ver e ele tem! À Simone Guimarães, que agitou minhas percepções sobre o Clube da Esquina numa entrevista que se desdobrou em tantos outros bate-papos espontâneos, fazendo brotar a amizade que sempre levarei comigo. Agradeço ao Milton Nascimento pela maneira tão acolhedora com que me recebeu. Pela emoção desconcertante daquele dia. Em sua casa me senti em casa. Em sua música encontrei meu norte. Obrigado ainda ao Keller, Eduardo e Pedro, pessoas que conheci naquele dia e que fizeram o ambiente ser ainda mais espontâneo. Estendo o agradecimento ao Danilo, assessor de imprensa de Milton que viabilizou tudo e ainda me deu importantes dicas sobre acervo. Nessa levada ainda agradeço ao Márcio Borges. Sem seus livros de memórias sobre o Clube da Esquina esse trabalho não teria alçado certos voos. O mesmo digo em relação à Maria Dolores, jornalista que encarou o desafio de escrever a biografia de Milton Nascimento. E à Andréa dos Reis Estanislau, autora de Coração americano: 35 anos do Clube da Esquina. Obrigado também ao Kiko Continentino, pianista de primeira que tão prontamente respondeu aos meus e-mails e me passou ótimos artigos de sua autoria. Os caminhos dessa pesquisa ainda me fizeram realizar entrevista com um dos personagens mais importantes da cultura popular de minha cidade, o Zim da Sá Ana, “caboclim” dos bons! Agradeço a ele pelo tanto que aprendi naquela manhã elevada pela pulsação da caixa de folia e por tantas histórias que enredam reconhecimentos e pertenças. Salve Zim! Pela sua voz saltam encantos! Aproveito para agradecer aos grandes amigos que fiz nas perambulações pela UnB. As reuniões espontâneas, quase sempre levadas por muita música, fortificaram laços de amizade e criaram lugar para compartilharmos impressões, reflexões e vivências que muito contribuíram para o recheio dessa tese: Valeska, Kênia, Leidiane, Rafael Rosa, Marcelo Brito, Débora, Anderson, Eduardo Bay, Cris Pereira, Jorge Alexandre. Agradeço especialmente ao Leandro Mendanha, grande amigo e interlocutor que acompanhou de perto a feitura dessa tese, sempre dando força quando não havia mais forças. Pelas suas mãos chegaram Deleuze e Guattari, Agamben, Cecília Meireles, Foucault e tantos outros. Contribuiu ainda com seu pensamento inquieto, partilhando o nascimento de sua pesquisa, Foucault em erupção e a decifração do magma nos trópicos. Ter o Leandro ao lado