TUDOPARA CONTRIBUIR COM QUALIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DE TODA A SOCIEDADE 008 . 009

02SÍNTESE DE GESTÃO 02.1 ORGANIGRAMA

CONSELHO DE GERÊNCIA Secretaria Geral

Participadas e Relações Internacionais

Planeamento e Controlo de Gestão Estratégico COMISSÃO CP Alta Velocidade DE FISCALIZAÇÃO Organização e Gestão de Mudança AUTORIDADE DE SEGURANÇA Finanças e Contabilidade DA EXPLORAÇÃO CP Longo Curso Auditoria Interna

Jurídico e Contencioso CP Regional Pessoal e Assuntos Sociais

Marketing e Gestão de Clientes CP Lisboa Marca e Comunicação

Imprensa e Relações Públicas

CP Coordenação Técnica

Segurança e Protecção

CP Carga Regulamentação e Segurança Circulação

Aprovisionamento e Compras

Instalações e Património

Sistemas de Informação

Gestão de Frota

História e Museologia

Gestão da Qualidade e Ambiente 010 . 011 RELATÓRIO E CONTAS 2005

02.2 ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE

A economia portuguesa teve em 2005 um cres- A nível nacional, o novo Governo que tomou posse em cimento moderado em resultado de um conjunto de Março definiu a sua política na área dos transportes condicionamentos, dos quais se destacam a nível ferroviários estabelecendo para além de prioridades externo a significativa subida do preço do petróleo no que respeita à alta velocidade, a promoção da e a quebra da procura. A nível interno também se mobilidade sustentável nas áreas metropolitanas, verificou uma diminuição do consumo privado e das tendo em vista a redução dos tempos de deslocação despesas de aquisição de habitação não compensadas casa-trabalho ou escola. Neste âmbito preconizou pelo aumento das despesas públicas. medidas de atribuição de poderes às Autoridades Metropolitanas, de concretização de projectos No sector dos transportes ferroviários, e a nível Europeu, integrados de bilhética, de reforço de coordenação assinala-se pela sua importância para a transparência física e tarifária de horários e definição de uma política das relações entre as empresas de transporte e os de gestão integrada para as empresas de transporte. No poderes públicos, a adopção pela Comissão de uma que concerne a melhoria da segurança dos utilizadores proposta revista de regulamento relativo aos serviços- do transporte, preconizou ainda a generalização de -públicos de transporte de passageiros por via-férrea utilização de sistemas de vídeo-vigilância. e estrada. Esta proposta impõe o estabelecimento de um contrato de serviço público entre a autoridade Foi com este enquadramento nacional e internacional e o operador de transportes, clarifica as regras de que a CP desenvolveu a sua actividade em 2005, o compensação e atribuição deste tipo de contratos, primeiro ano completo de implementação do Plano organiza as regras de abertura de concursos e prevê estratégico Líder 2005-2010. Relembra-se que com a possibilidade de as autoridades competentes forne- este programa a CP visa assegurar competitividade cerem elas próprias serviços públicos de transporte num mercado alargado, equilibrar as suas contas e criar ou atribuírem directamente contratos a um operador valor para o accionista, os clientes e os colaboradores. interno, independentemente do meio de transporte. Esta mensagem foi amplamente transmitida durante Esta proposta de acordo com a tramitação comunitária o ano a toda a empresa e aos sindicatos com vista aplicável encontra-se em fase de apreciação. ao alinhamento da empresa à volta dos objectivos mencionados. A inauguração da Agência Europeia Ferroviária, com a missão de elaborar regras técnicas e de segurança comuns aos Caminhos de Ferro Europeus foi também um acontecimento importante para o sector.

Refere-se ainda como positiva a apresentação da estratégia da Comissão para implementação do sistema europeu harmonizado de sinalização ferroviária nos grandes eixos prioritários da rede transeuropeia «European Rail Traffic Management System» (ERTMS)/«European Train Control System» (ETCS)], que irá implicar investimentos significativos de adaptação quer da infraestrutura, quer mesmo do material circulante. 012 . 013

02.3 SÍNTESE DE ACTIVIDADE

02.3.1 Resultados Os Proveitos Operacionais antes compensações da CP Lisboa registaram uma melhoria de 6,3%, tendo o Em 2005 a CP atingiu um Resultado Líquido de -197 Resultado Operacional melhorado 45%. Esta melhoria milhões de Euros, o que corresponde a uma redução do operacional, traduziu-se num aumento da taxa de prejuízo que registou em 2004 em cerca de 69 milhões cobertura operacional para 93%, mais 6 pontos de euros. percentuais do que em 2004.

Saliente-se que foi o primeiro ano, desde a integral Os Proveitos Operacionais antes compensações da CP separação da gestão da infraestrutura, que a empresa Porto, cresceram 13,2% face a 2004, ascendendo conseguiu atingir um Resultado Líquido inferior a 200 a 14,7 milhões de euros e o Resultado Operacional milhões de euros negativos. melhorou 11% face a 2004. A taxa de cobertura atingiu os 53%, ou seja, mais 6 pontos percentuais do O Resultado Operacional antes Compensação ascendeu que em 2004. a -160 milhões de Euros, apresentando uma melhoria em relação a 2004 de cerca de 8,5 % em resultado A CP Regional, com uma taxa de cobertura de 33%, de um acréscimo de Proveitos Operacionais antes prosseguiu o esforço de racionalização e optimização compensações de cerca de 4% e uma redução de necessário para reduzir o défice desta área de negócio Custos Operacionais de 1%. com tradução numa forte contenção dos Custos Operacionais (-19%). A taxa de cobertura operacional é de 68% apresentando assim uma melhoria de 4 pontos percentuais relati- A CP Carga aumentou a taxa de cobertura dos custos vamente a 2004. (62% de taxa de cobertura antes de em 2 pontos percentuais principalmente em resultado Indemnizações Compensatórias). da contenção dos Custos Operacionais.

Não obstante o aumento significativo dos custos de Os Proveitos do Tráfego da Empresa cresceram 6 %. energia para a tracção em consequência dos acentuados Para este crescimento contribuíram fundamentalmente aumentos do preço do Combustível e da Energia a CP Longo Curso (+ 19%), a CP Porto (+14%) e a CP eléctrica e inflação verificada, os Custos Operacionais Lisboa (+2%). diminuíram 1%. O decréscimo dos custos com o Pessoal em resultado da redução de 364 efectivos médios a 02.3.2 Procura cargo, o controlo apertado dos trabalhos especializados e dos FSE justifica o resultado. Em termos de Procura estancou-se a perda de passageiros quilómetro que se vinha a verificar desde A CP Longo Curso tornou-se a primeira Unidade de 1999 e cuja tendência de inversão se vinha a registar Negócio da CP a atingir o “break even” operacional. desde 2004. A taxa de cobertura dos Custos Operacionais saldou- se em 102%, tendo o Resultado Operacional antes Para este desempenho contribuíram os serviços de compensações atingido 1,1 milhões de euros. Longo Curso, com mais 6% de passageiros quilómetro O serviço Alfa Pendular, continuou a registar taxas de e entre estes, o Serviço Alfa Pendular que transportou crescimento acima dos dois dígitos, tendo transportado mais 13% de passageiros do que em 2004 e também cerca de 1,9 milhões de passageiros, mais 13% do os serviços Urbanos, onde se destacam os crescimentos que em 2004 e facturado 31,1 milhões de euros, mais de procura nas Linhas de Azambuja em Lisboa, com 24% do que em 2004. mais 7,3% de passageiros quilómetro e nos serviços RELATÓRIO E CONTAS 2005

Urbanos do Porto, com um acréscimo de procura na 02.3.3 Oferta ordem dos 9,3% de passageiros quilómetro. Estes aumentos atenuaram as perdas decorrentes do Em 2005 produziram-se cerca de 38 milhões de encerramento do túnel do Rossio. Comboios quilómetro, ou seja, 3,3% mais do que em 2004. No negócio de mercadorias, a crise no sector da construção civil e obras públicas tiveram influência De salientar que o serviço Intercidades na Linha da Beira negativa nos importantes tráfegos de Cimento e Baixa passou a ser efectuado com tracção eléctrica Balastro, a qual foi compensada no entanto por uma aproveitando a electrificação da infraestrutura até atitude comercial mais agressiva na obtenção de outros Castelo Branco. tráfegos nomeadamente, dos Contentores, Carvão, Petcoke e Cereais e farinhas. Em consequência houve No corrente ano reforçou-se também a oferta do um aumento de toneladas transportadas (+0,3% face serviço Alfa Pendular no Eixo Atlântico passando a 2004) e toneladas quilómetro transportadas (mais os Alfas a realizar 24.500 Km/mês, contra os 6,2% face a 2004) anteriores 18.000 Km/mês. O Serviço Intercidades foi reintroduzido na cidade de Setúbal.

Procura Global CP Relativamente ao serviço Urbano reforçou-se o Serviço Tráfego de Passageiros 2005 2004 05/04 prestado no eixo Porto-Aveiro com a introdução de uma família de comboios no percurso Granja-Porto e 3 Passageiros (10 P) 130.609 133.555 -2,2% optimizou-se o Horário de Lisboa de forma a assegurar CP Lisboa 96.336 99.891 -3,6% cadências 7/7min em Sintra e de 4/4min na Linha da CP Porto 16.574 15.682 +5,7% Azambuja. CP Regional 13.037 13.569 -3,9% CP Longo Curso 4.662 4.414 +5,6% Finalmente, no transporte Regional incrementou-se, Passageiros-Quilómetro 3.412 3.415 0% (106PK) sempre que possível, a utilização das automotoras CP Lisboa 1.271 1.303 - 2,5% em detrimento das locomotivas e carruagens. No CP Porto 446 408 + 9,3% transporte de mercadorias aproveitaram-se melhor os CP Regional 602 675 -10,8% comboios que passaram a fazer maiores percursos. CP Longo Curso 1.093 1.029 + 6,3% Proveitos do Tráfego 175.965 161.708 +8,8% Passageiros (103 €) Oferta Global CP CP Lisboa 67.563 66.473 +1,6% 2005 2004 05/04 CP Porto 14.240 12.528 +13,7% Comboios KM (103Cks) 37.675 36.462 +3,3% CP Regional 31.209 29.789 +4,8% CP Lisboa 7.226 7.010 +3,1% CP Longo Curso 62.953 52.918 +19,0% CP Porto 3.718 3.320 +12,0% Tráfego de Mercadorias* CP Regional 12.196 18.885* +0,9%* Toneladas 9.587 9.556 +0,3% CP Longo Curso 6.861 Toneladas - Quilómetro 2.422 2.281 +6,2% CP Carga 7.674 7.248 +5,9% Proveitos (103 €) 65.000 65.539 -0,8% * Vagão Completo *Corresponde a CP Regional e Longo Curso 014 . 015

02.3.4. Acções 02.3.5 Participadas

Das acções desenvolvidas pela Empresa para o Finalmente refere-se que se registou uma melhoria da Cliente durante 2005 merecem especial relevo o actividade das Participadas com principal destaque para rejuvenescimento e revitalização da imagem da CP; a a EMEF cujos Resultados Líquidos melhoraram 59%. criação de ofertas integradas de viagens e entretenimento A EMEF obteve um contrato de produção de vagões (Musicard CP); o lançamento de campanhas de ofertas para Bósnia Herzegovina no valor de 32 milhões de de bilhetes no IC19 (Bilhetes Sintra/Lisboa) e em Euros. Ainda em 2005 a CP resolveu conjuntamente Aveiro, Guimarães e Braga (Bilhetes CP/Porto); a venda com a REFER o dossier “Bombardier”, enquadrado na de comboios fretados; a oferta conjugada Comboio/ reestruturação da EMEF. Automóvel (CP/Avis); o lançamento de um novo site cp.pt; o lançamento de venda de bilhetes pela Internet para o serviço Alfa Pendular e Intercidades; a introdução do Bilhete SMS; a criação da figura do “Provedor para o Cliente com Necessidades Especiais”.

Estas acções e de uma maneira geral a actividade da empresa tiveram boa aceitação por parte dos Clientes o que se traduziu na melhoria dos Índices de satisfação.

De salientar ainda que o desejo da Empresa de satisfazer os seus Clientes traduziu-se numa preocupação de trabalhar com qualidade, reconhecida através da renovação da certificação de qualidade das Unidades CP Lisboa, CP Porto e Serviços Centrais. Iniciou-se ainda em 2005 o processo de certificação da CP Longo Curso e da Unidade de Gestão de Frota.

A CP procurou ainda rentabilizar o material descontinuado vendendo em 2005 material no valor de 6 milhões de euros para a Argentina. Preparou ainda a negociação do contrato de venda e assistência de mais 16 milhões. RELATÓRIO E CONTAS 2005

02.4 GESTÃO DE FROTA

Pela Deliberação 05/2005 de Fevereiro de 2005, o Beneficiação de Material Circulante CG definiu uma nova orientação estratégica para a Foi concluída a montagem do Sistema Convel nas gestão do material circulante, criando então a Unidade Automotoras das séries 350; 450 e 600;Foi instalado de Gestão de Frota (UGF) que passa a assegurar as o Rádio Solo-Comboio em 84 Unidades de várias competências da anterior Unidade de Material e ainda séries; as do Gabinete de Inovação e Desenvolvimento, com excepção da gestão ambiental. Foi montado o sistema de vídeo vigilância em 78 automotoras da CP Lisboa. Continuou a UGF a gerir os activos patrimoniais da Empresa em Material Circulante no sentido de Deu-se continuidade às relações com o Governo gerar mecanismos de rentabilização da frota. Com Argentino, através do seu Ministério do Planeamento a transferência das equipas de gestão de material Federal, Investimento e Serviços, com vista à venda já circulante, que existiam nas UNs, para a UGF, iniciou- em 2006 de Material Circulante excedentário. se o processo evolutivo para a transformação desta numa Unidade de Serviços Partilhados, cujo objectivo é vir a implementar um modelo de gestão de material baseado na disponibilização do material circulante às UN Operadoras com definição do valor de uma renda, a suportar por estas, indexada à utilização do material.

Como habitualmente a UGF geriu os investimentos em Material Circulante que atingiram, em 2005, o valor de 50,9 milhões de euros, destacando-se:

Aquisição de Material Circulante Contratualizou-se o fornecimento de 15 Locomotivas Eléctricas, com hipótese de opção de mais 10, princi- palmente destinadas ao transporte de mercadorias.

Modernização de Material Circulante Foi concluída a modernização das UTE de Silício com a reabilitação das últimas 21 Unidades; Foram também modernizadas 16 carruagens climatizadas do tipo Corail; Foram ainda remodeladas 5 Locomotivas Eléctricas da série 2600. 016 . 017

02.5 RECURSOS HUMANOS

02.5.1 Evolução do Efectivo As 428 saídas representam um decréscimo de 33,0% em relação ao ano transacto. Destas 363 (84,8%) Na linha do que tem acontecido nos últimos anos, corresponderam a rescisões dos contratos de trabalho voltou a verificar-se em 2005 uma significativa por mútuo acordo. contracção do efectivo vinculado de 6,1%, face a 2004. 639

EFECTIVO EM 31 DE DEZEMBRO 2004 2005 428 Efectivo Vinculado 4.747 4.459 140 125 Efectivo a Cargo 4.706 4.409 Ao Serviço 4.684 4.389 admissões saídas ao Serviço c/ contrato a termo 42 67 2004 2005 Com Suspensão do CT 20 18 Cedido Pago 2 2 Efectivo Cedido não Pago 29 25 A taxa de trabalho suplementar cresceu 0,48% Com Suspensão do CT 12 25 em relação ao ano transacto. A taxa de absentismo registou uma redução de 0,39%.

COMPARAÇÃO DO EFECTIVO MÉDIO 7,91%

12,30% 5020 11,82% 4958 4936 7,52%

Taxa trabalho suplementar taxa absentismo 4642 2004 4594 4572 2005

Vinculado Cargo ao serviço 02.5.2 Relações Laborais 2004 2005 A Empresa firmou em 2005 um acordo sobre matéria salarial e pecuniária com a quase totalidade Foram efectuadas 140 admissões, o que representa em das Organizações Sindicais representativas dos relação ao ano transacto, um acréscimo de 12,0%. trabalhadores ao seu serviço. Das admissões realizadas, 35 foram com contrato por No processo de revisão dos AE’s, em 2005, reconhecida tempo indeterminado e 105 com contrato a termo. a necessidade da ponderação das especificidades da Estas últimas inseriram-se nas necessidades pontuais CP, diferiu-se para momento posterior a negociação de serviço, nomeadamente, assegurar o funcionamento dos AE’s para adaptação ao Código do Trabalho. das colónias de férias e o combate à fraude com o apoio das Brigadas de Fiscalização. Promoveu-se o envolvimento e participação dos Sindicatos no Programa Líder 2010. RELATÓRIO E CONTAS 2005

02.5.3 Formação Profissional e Avaliação Psicológica sob o efeito de álcool e de drogas ilícitas, em colaboração com a Pactogest, que resultou num Ao longo de 2005 a empresa manteve uma forte baixo nível de abusos - dos 6.122 testes aleatórios aposta na qualificação dos seus trabalhadores de alcoolemia, apenas 10 foram positivos (com 0,5 tendo, com a participação da sua associada Fernave, gramas de álcool, ou mais, por litro de sangue) e dos elaborado planos e executado acções de formação 1.208 testes aleatórios de toxicologia, apenas um foi para os profissionais das várias categorias. positivo;

De entre as várias acções executadas destacamos a • Vistorias aos postos de trabalho, realizadas em conclusão da Campanha da Segurança na Condução, número de 604, pelos técnicos de Segurança e Higiene iniciada em 2004 e que abrangeu 1.200 formandos. e 24, pelos Médicos de Trabalho, excedendo em 16% as intervenções realizadas no ano anterior. Globalmente foram realizadas 666 acções de formação, para 4.516 formandos, num total 138.923 horas de Em resultado destas acções, o ano de 2005 registou formação. um decréscimo significativo dos acidentes de trabalho, tendo a sinistralidade grave diminuído acentuadamente, Para avaliação psicológica foram efectuados 514 relativamente aos dois anos anteriores, como se exames, 78 de controlo periódico relativos a verifica no quadro seguinte, relativo a acidentes trabalhadores com funções relevantes para a segurança ocorridos em serviço: da circulação ferroviária, nomeadamente maquinistas, 6 de controlo especial, 1 de reconversão e 429 de selecção. ACIDENTES DE TRABALHO 2003 2004 2005 02.5.4 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho COM BAIXA 223 168 147 SEM BAIXA 77 115 87 Em 2005, intensificou-se a prevenção da sinistralidade MORTAIS 2 1 0 laboral, com os objectivos de reduzir o absentismo e TOTAL 302 284 234 aumentar a produtividade. Continuaram a desenvolver- se as actividades inerentes à Protecção da Saúde e Prevenção dos Riscos Profissionais, das quais No âmbito da saúde, realizaram-se 4.330 exames mereceram especial destaque as seguintes acções: médicos periódicos, ocasionais e de admissão de acordo com as obrigações legais, mantendo-se as • Informação periódica, sobre boas práticas seguras e categorias afectas à circulação sujeitas à realização de salutares, através da e-newsletter “Trabalho Seguro” exames médicos anuais. e de folhetos;

• Formação, em colaboração com a Fernave, sobre as múltiplas vertentes da Segurança e Saúde, já abordadas em anos anteriores, acrescidas de mais acções de formação sobre a Campanha de Segurança “Tudo OK?”;

• Prevenção, controlo e tratamento de trabalhadores 018 . 019

02.6 PATRIMÓNIO HISTÓRICO

02.6.1 Actividade Museológica O material circulante eléctrico mais antigo da e uma grua rolante, de origem inglesa, dos A reorganização institucional desta área, consubs- anos 20, passaram a integrar a colecção museológica tanciada na criação do Gabinete de História e ferroviária nacional. Museologia, traduziu-se na gestão integrada e no melhor aproveitamento das sinergias dos recursos Continuou a disponibilizar-se material circulante humanos e das valências científico-históricas da de museu para as viagens turísticas em comboios a Museologia e do Arquivo Histórico e Fotográfico. vapor e veículos diesel históricos, promovidas pela CP Regional e integradas na campanha de promoção da A divulgação e preservação do património incidiu na região do Douro. remusealização dos espaços abertos ao público; na preparação da reabertura do espaço museológico O total de visitantes nos espaços museológicos de Bragança em colaboração com a Autarquia; na ultrapassou os 13 mil, sendo o Museu de Lousado promoção e participação em exposições (CC Sonae o mais visitado, com cerca de 5 mil, seguiu-se-lhe de Viana do Castelo); na produção de folhetos Macinhata do Vouga com mais de 4 mil. Para estes informativos e na publicação on-line do Regulamento números contribuiu a edição do Roteiro da “Associação e Guia do Arquivo. MC2P” de que a Empresa é membro. A Empresa é parceira do projecto comunitário “eHERITRAIN - e Railways Heritage” que trata da exploração, na Face ao novo enquadramento organizacional reviu- Internet, de conteúdos digitais relacionados com o se, no âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade, património ferroviário. o procedimento relativo ao Arquivo Histórico e Fotográfico. A colaboração institucional consubstanciou-se na produção da exposição “A mobilidade no Século XIX” Promoveu-se e dinamizou-se o acesso dos investigadores em parceria CP/ACP - Automóvel Club de ; aos fundos documentais e fotográficos pela publicação na exposição sobre os 140 Anos do Jornal Diário de na Internet do Guia e do Regulamento do Arquivo. Notícias; na participação, com a Câmara Municipal de Lousada, no evento sobre os 130 Anos da chegada do Iniciou-se o tratamento e a inventariação dos desenhos comboio a Caíde - . técnicos de material circulante. Incorporou-se documentação proveniente das áreas de Planeamento, A CP, presidindo, continuou a integrar a Comissão Apoio à Produção, Inovação e Desenvolvimento, Instaladora do Museu Nacional Ferroviário. Informática, Auditoria Interna, Comercial e Marketing e Relações Internacionais. Forneceu-se a informação de enquadramento científico e histórico da Edição Filatélica dos CTT, evocativa dos 150 Anos de Caminho de Ferro em Portugal. Prosseguiu o trabalho com a RTP para a realização do filme institucional temático.

A Empresa participou no livro “Ponte Maria Pia - A obra-prima de Seyrig”, editado pela Ordem dos Engenheiros - Região Norte. RELATÓRIO E CONTAS 2005

02.7 ACESSO ÀS INFRA-ESTRUTURAS

No final do ano de 2005, a Rede Ferroviária Nacional tinha uma extensão de 3.613 km, dos quais 2.839 km com tráfego ferroviário. As características da rede com tráfego ferroviário em 2005 estão evidenciadas no quadro seguinte.

REDE FERROVIÁRIA EM 2005 Com E SEM Tráfego Ferroviário COM Tráfego Ferroviário SEM Tráfego Ferroviário Electrificada NÃO ELECTRIFICADA TOTAL 25.000V 1.500V Sub-TOTAL

Via Larga 1.410.777 25.450 1.436.227 1.211.372 2.647.599 324.880

Via Única 844.122 844.122 1.195.933 2.040.055

Via Dupla 533.855 25.450 559.305 15.439 574.744

Via Múltipla 32.800 32.800 32.800

Via Estreita 191.733 191.733 448.672

Via Única 191.733 191.733

TOTAL 1.410.777 25.450 1.436.227 1.403.105 2.839.332 773.552 Fonte: REFER Nos ultimos quatro anos a rede electrificada aumentou inspecção REFER e LNEC; 531 km. As intervenções foram ao longo do país com • protecção de Fundações de Pontes na Linha do Douro; predominância na . • manutenção preventiva sistemática da superestrutura de via através do ataque mecânico pesado; • substituição de carris nas Linhas do Norte, Oeste Sistemas de Segurança e Controlo de Comando e Ramal de Alfarelos; • L. Sul (km 105,615 ao PK108,781) empreitada para Convel 1.232 km reabilitação da via; • estabilização de talude em várias linhas da rede; ATS 25 km • deservagem química na rede ferroviária nacional, Rádio Solo/Comboio 1.492 km a terminar em 2006; Rádio Solo/Comboio s/transmissão • L. Douro - Túneis da Má Passada, Pedra Caldeira 25 km de Dados e Valeira - empreitada para concepção e reparação. Fonte: REFER Acções de Modernização Acções de Conservação e Manutenção Destacam-se: Com o objectivo de melhorar as condições de disponibilidade da infra-estrutura, foi realizado um • Electrificação da , que contempla conjunto de acções, destacando-se: também uma nova sinalização e telecomunicações, a supressão de passagens de nível e a remodelação • reabilitação do Túnel do Rossio, reparadas anomalias de edifícios e plataformas de algumas estações e e patologias existentes e levantadas pela Equipa de apeadeiros; 020 . 021

• Progresso nos trabalhos de estabilização do Túnel Passagens de Nível do Rossio e simultaneamente remodelação da Estação do Rossio; A REFER no ano de 2005 suprimiu 128 PN’s e reclassificou 154. Apesar dos constrangimentos provocados ao cliente pelo encerramento daquela infra-estrutura ferroviária, a questão da segurança de pessoas e bens exigiu esta intervenção. De acordo com informação da REFER, a reabertura do Túnel está prevista para 4º trimestre de 2006, após concluída uma intervenção profunda;

• Conclusão das intervenções no interface Poente de Campanhã, no âmbito da construção da Nova Gare Intermodal, numa parceria entre a REFER, através da INVESFER (empresa detida pela REFER) a Câmara Municipal do Porto e a Empresa Metro do Porto, SA, o que viabilizou a abertura à exploração do novo parque de estacionamento subterrâneo, com uma capacidade para 450 viaturas; • Conclusão dos trabalhos de beneficiação da estação de Rio Tinto, os quais, para além da construção de uma passagem inferior de peões, com acesso por escadas e elevadores às novas plataformas de passageiros, contemplaram ainda a construção de um interface com capacidade para cerca de 50 lugares; • Instalação do Sistema de Controlo Automático da Velo- cidade dos Comboios (CONVEL), nos troços Ermesinde - Lousado, Contumil - Ermesinde, Cete - Caíde, Contumil - Leixões, Lousado - Santo Tirso e Lousado - Braga;

• Conclusão da modernização do Sub troço 2.1 (En- troncamento - Albergaria) - Trabalhos Gerais de Construção Civil, Via e Catenária; • Instalação de Sinalização Electrónica, no Sub troço 2.1 (Entroncamento - Albergaria); • Modernização do Sub troço 3.2 (Quintans-Ovar) - Trabalhos gerais de construção civil, via e catenária. RELATÓRIO E CONTAS 2005

02.8 SEGURANÇA

A Segurança é um dos valores basilares da actividade Dos acidentes verificados em 2005 resultaram 99 de transportes e, por isso, a Empresa possui uma mortos, 70 feridos graves e 169 feridos ligeiros, na metodologia própria de actuação, bem regulamentada, sua maioria estranhos ao caminho de ferro, como se assistida por sistemas técnicos redundantes e fiáveis, pode constatar nos gráficos: boa formação do seu pessoal e de uma organização técnica estruturada, cujo desempenho é depois objecto de monitorização integrada das componentes da a) MORTES EM 2005 segurança “Safety”, “Security”, Segurança Ambiental Total e HSST - Higiene/Saúde/Segurança no Trabalho. 99 Terceiros, não autorizados ou desconhecidos Em 2005 foram registados 845 acidentes (dos 85 quais 607 foram apedrejamentos a comboios). passageiros c/s título de transporte Todas as ocorrências foram devidamente registadas 12 e classificadas no Programa Synergi, permitindo outros trabalhos ferroviários (refer, etc.) localizar pontos negros, casos mais frequentes e calcular o nível de risco da exploração. empreiteiro/contratado/Serviços 02 Como resultado pode-se observar uma clara diminuição agente ferroviário cp do número de acidentes e, por consequência, uma melhoria continuada da segurança de 2003 a 2005: 0 20 40 60 80 100 120 ACIDENTES

1400 b) LESÕES GRAVES EM 2005 1200 1189 Total 70 1000 892 Terceiros, não autorizados ou desconhecidos 846 45 800 passageiros c/s título de transporte

616 607 23 600 outros trabalhos ferroviários (refer, etc.)

573 504 400 empreiteiro/contratado/Serviços 388 200 239 agente ferroviário cp 02 0 2003 2004 2005 0 10 20 30 40 50 60 70 80

ACIDENTES FERROVIÁRIOS APEDREJAMENTOS ACIDENTES TOTAIS 022 . 023

c) LESÕES COM TRATAMENTO EM 2005

Total 169 Terceiros, não autorizados ou desconhecidos 29 passageiros c/s título de transporte 99 outros trabalhos ferroviários (refer, etc.) 11 empreiteiro/contratado/Serviços 04 agente ferroviário cp 26

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

A grande maioria das vítimas mortais verificou-se em colhidas (88%), assim como os feridos graves (50%). Os passageiros com ferimentos ligeiros (29%) sofreram maioritariamente quedas na plataforma de embarque. Não se verificaram passageiros mortos em colisões de comboios ou descarrilamentos. RELATÓRIO E CONTAS 2005