Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro Biomédico Instituto De Medicina Social Catalina Kiss Os Desafios Do Estado Bras
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Instituto de Medicina Social Catalina Kiss Os desafios do Estado Brasileiro para garantia do acesso de medicamentos: um estudo sobre os encontros e desencontros das políticas sanitária e industrial Rio de Janeiro 2018 Catalina Kiss Os desafios do Estado Brasileiro para garantia do acesso de medicamentos: um estudo sobre os encontros e desencontros das políticas sanitária e industrial Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Política, Planejamento e Administração em Saúde. Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique de Almeida Rodrigues Rio de Janeiro 2018 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/CB/C K61 Kiss, Catalina Os desafios do Estado Brasileiro para garantia do acesso de medicamentos : um estudo sobre os encontros e desencontros das políticas sanitárias e industrial / Catalina Kiss – 2018. 252 f. Orientador: Paulo Henrique de Almeida Rodrigues. Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social. 1. Indústria farmacêutica – Teses. 2. Política farmacêutica - Teses. 3. Política Nacional de Medicamentos - Teses. 4. Desenvolvimento econômico – Teses. I. Rodrigues, Paulo Henrique de Almeida. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social. IV. Título. CDU 615.012 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese, Tese (doutorado) – Universidade do Estado do desde que citada a fonte. Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social. _____________________________________________ _____________________ 1. Indústria farmacêutica – Teses. 2. Política Assinatura Data farmacêutica - Teses. 3. Política Nacional de Medicamentos - Teses. 4. Desenvolvimento econômico – Teses. I. Rodrigues, Paulo Henrique de Almeida. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social. IV. Título. CDU 615.012 Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Catalina Kiss Os desafios do Estado Brasileiro para garantia do acesso de medicamentos: um estudo sobre os encontros e desencontros das políticas sanitária e industrial Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Política, Planejamento e Administração em Saúde. Aprovada em 28 de junho de 2018. Banca Examinadora _____________________________________________ Prof. Paulo Henrique de Almeida Rodrigues (Orientador) Instituto de Medicina Social – UERJ _____________________________________________ Prof. Jorge Antonio Zepeda Bermudez Escola Nacional de Saúde Pública _____________________________________________ Profª. Gabriela Costa Chaves Escola Nacional de Saúde Pública _____________________________________________ Profª Marilena Corrêa Instituto de Medicina Social – UERJ _____________________________________________ Prof André Mendonça Instituto de Medicina Social – UERJ Rio de Janeiro 2018 DEDICATÓRIA Aos meus pais por toda a vida. Por toda a vida aos meus filhos. Em gratidão por todo coletivo. AGRADECIMENTOS A todos os brasileiros que mantém com a força do seu trabalho, a educação pública e de qualidade que o Brasil tanto precisa e que tive o privilégio de ter acesso. Agradeço imensamente à Universidade Estadual do Rio de Janeiro e principalmente ao Instituto de Medicina Social que foi o local desse aprendizado. Já tenho saudades dos seus tons, nas paredes que parecem frias pelo cinza cimentado contrastando com o colorido da vida nos seus corredores. Uma vida que pulsa em toda a diversidade que é possível nesse espaço de diálogo e construção; das aulas, dos coletivos, da sala do café, dos auditórios, do cheiro da liberdade, da autonomia de sermos sempre aprendizes nessa vida. Muito Obrigado, UERJ. Agradeço aos amigos internos do IMS e a todos que fazem parte dessa minha trajetória cheia de ciclos. Aos encontros cotidianos, os abraços apertados e os calorosos debates. Sentirei bastante saudade do espaço acadêmico. Obrigado por cada minuto compartilhado. Obrigado Alê pelo café e pela porta aberta de todos os dias. Gulnar por toda delicadeza. Não há como relacionar nomes, nem de mestres, funcionários, ou amigos. Estão todos devidamente marcados em meu ser. Só podemos sentir o que foi processado e já está guardado no seu devido lugar sagrado. Vários “Há-Braços” para ‘Como nossos Pais e Mães’ que dará origem a outros coletivos... Agradeço também as demais instituições que tive o privilégio de fazer disciplinas externas: Instituto de Economia na UFRJ e a Escola Nacional de Saúde Pública na Fiocruz. Agradeço à família pelo apoio, pelo crédito suplementar, pela compaixão e pelo amor. Agradeço aos terapeutas que possibilitam momentos de reflexão sobre a trajetória da vida. Como diz a Paula: “consciência de classe é como o processo de análise: depois que você toma conhecimento não há retorno”. Agradeço, por último, ao orientador Paulo Henrique conhecido como PH! Você sempre lembra que esse percurso acadêmico começou no mestrado em 2011, mas eu nem sonharia com o doutorado se não fosse por você acreditar na minha ‘utopia farmacêutica’, se é que seja possível nomear sentidos. Obrigado pelos livros, debates, pela inserção no campo das ‘Humanas’ e por incentivar o pensamento crítico. Obrigado por desconfiar e por acreditar. Agradeça a Ana por toda hospitalidade, pelo verde e pela série do Merlí. Não se pode separar a filosofia da História da Filosofia, nem a cultura da História da Cultura. No sentido mais imediato e determinado, não podemos ser filósofos – isto é, ter uma concepção do mundo criticamente coerente – sem a consciência da nossa historicidade, da fase de desenvolvimento por ela representada e do fato que ela está em contradição com outras concepções ou com elementos de outras concepções. A própria concepção do mundo responde a determinados problemas colocados pela realidade, que são bem determinados e “originais” em sua atualidade. Como é possível pensar o presente, e um presente bem determinado, com um pensamento elaborado por problemas de um passado bastante remoto e superado? Se isto, ocorre, nós somos “anacrônicos” em face da época em que vivemos, nós somos fósseis e não seres modernos. Ou, pelo menos, somos “compostos” bizarramente. E ocorre, de fato, que grupos sociais que, em determinados aspectos, exprimem a mais desenvolvida modernidade, em outros manifestam-se atrasados com relação à sua posição social, sendo, portanto, incapazes de completa autonomia histórica (GRAMSCI, 1989, p. 13). RESUMO KISS, Catalina. Os desafios do Estado Brasileiro para garantia do acesso de medicamentos: um estudo sobre os encontros e desencontros das políticas sanitária e industrial. 2018. 252f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Instituto de Medicina Social. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. A garantia do acesso aos medicamentos como direito universal depende da autonomia e das parcerias que os Estados nacionais efetivem para promover políticas farmacêuticas. O papel dos Estados em desenvolvimento vem sendo condicionado pela dinâmica da hierarquia do sistema interestatal capitalista, aumentando os desafios dos mesmos para implementar políticas sanitárias que integrem com as políticas industrial, comercial, tecnológica – ICT visando a promoção do direito ao acesso aos medicamentos. Para compreender a história recente do Brasil e os desafios de instituir uma política nacional de medicamentos, a pesquisa se aproximou das raízes do processo histórico do setor no Brasil chegando na Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) de 2004, na qual foram eleitos os setores de fármacos e medicamentos como um dos quatro mais estratégicos para o país. O presente trabalho discute esse processo, a trajetória da PITCE com seus desdobramentos, abordando os limites e as possibilidades governamentais relacionados com a política industrial e a sanitária. O estudo se apoiou na abordagem neoisntitucionalista histórica e utiliza de fontes de dados secundários: normas legais e infralegais; material bibliográfico; teses e dissertações; relatórios técnicos; atas de reunião do Conselho Nacional de Saúde e da Câmara de Regulação de Medicamentos; relatórios das Conferências Nacionais de saúde; apresentações e documentos do governo; material da Biblioteca do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); mídia disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional; e demais arquivos da mídia contemporânea. A pesquisa discute a conjuntura política que a antecedeu e as principais agendas em disputa que levaram o governo a uma convergência de interesses com o setor privado nacional. A ampliação do acesso à assistência farmacêutica garantiu a base comercial para o aumento da competitividade do setor privado expandindo e fortalecendo a base industrial. O BNDES foi um dos principais agentes governamentais na condução dessa expansão industrial. Discutimos uma nova racionalidade para o papel dos Laboratórios Oficiais na garantia do acesso aos medicamentos essenciais, tendo como referência uma análise da perspectiva histórica. Apresentamos uma breve análise sobre o eixo da inovação da Picte tomando por base sua evolução no contexto da Política de Desenvolvimento Produtivo. Por fim, a pesquisa busca fomentar o debate sobre a retomada de uma perspectiva nacional-desenvolvimentista para o país, a partir do olhar do setor farmacêutico.