Dhafer Youssef Birds Requiem © Shiraz Fradi Como O Voo Dos Estorninhos Cada Composição Sua Reproduzem As Da Música De Transe Dessas Cerimónias

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Dhafer Youssef Birds Requiem © Shiraz Fradi Como O Voo Dos Estorninhos Cada Composição Sua Reproduzem As Da Música De Transe Dessas Cerimónias MÚSICA 11 DEZEMBRO 2015 Dhafer Youssef Birds Requiem © Shiraz Fradi Como o voo dos estorninhos cada composição sua reproduzem as da música de transe dessas cerimónias. Não é apenas em Birds Requiem. Mas ainda que haja um maior senti- A música de Dhafer Youssef lembra- mento religioso em Youssef do que em -nos, toda ela, os voos sincronizados Anouar Brahem e Rabih Abou-Khalil, dos estorninhos, quando por alturas do as duas mais conhecidas figuras do Outono chegam a Lisboa em formações Médio-Oriente que foram atraídas pelas de centenas ou milhares de indivíduos, formas do jazz (uma imagem que per- ondulando pelo ar em ordenada con- dura no imaginário de quem assina estas junção, como se se tratasse de um único linhas: o tresloucado Thelonious Monk organismo. Esse espetáculo anual é de a girar de braços abertos, com os olhos harmonia, e vindo de um músico tuni- postos no alto como um dervishe, num siano que toca oud, o tradicional alaúde aeroporto da Europa, tal como consta árabe que, ao contrário do seu parente num documentário transmitido pelo europeu, tem um papel exclusivamente canal televisivo Mezzo), o certo é que melódico, define bem não só o conceito este não se considera um devoto. de grupo do também vocalista, que é «Cresci na tradição islâmica e ainda profundamente harmónico, como até a tenho esse sentido de misticismo. Para espiritualidade que nele se revela. mim, a música é isso. Na Tunísia há Repare-se nas próprias palavras de várias correntes do sufismo, não apenas Youssef: «É como se se controlasse uma. Aquela de que saio diz que tudo o menos o corpo do que a alma. Sinto que fazemos é uma dedicação a Deus. mais a alma do que o corpo. Saio do pla- Como quando uma dançarina levanta a neta. É como se estivesse a voar. Estou mão, procurando Allah. O certo, porém, sempre à procura de novas maneiras é que se eu fosse sufi não estaria aqui. de o fazer, caso contrário ficaria preso Estaria na Tunísia, vivendo apenas para no meu corpo. Preciso de me abrir. Se Deus. Penso, no entanto, que se Deus me estou à mesa, tenho de me tornar num criou foi para me dar a oportunidade de copo. Se estou na floresta, necessito de decidir por mim mesmo como proceder, Oud, voz Dhafer Youssef Piano Kristjan Randalu ser uma planta – ou uma serpente, se e eu decidi ser músico», comentou já Contrabaixo Phil Donkin Percussão Ferenc Nemeth quiser, mas prefiro ser uma planta.» Youssef a propósito. Ouvindo-o, não pensamos só nas É por isso, aliás, que além de cantar nuvens de pássaros que anunciam os escritos sufi de Al-Hallaj e Rumi, a queda das folhas das árvores, mas Dhafer Youssef utiliza igualmente as também os dervishes da tradição sufi, odes a Baco de Abu Nawas, poeta que rodando sobre si mesmos com os seus provocou escândalo entre os muçul- longos vestidos a desenharem círculos manos devido aos temas que escolhia, no espaço, círculos que rodopiam e como o amor pelos rapazes, a mastur- nos deixam hipnotizados. A identi- bação, a sexualidade feminina e o ine- Sex 11 de dezembro dade musical de Dhafer Youssef está briamento pelo álcool. Simplesmente, 21h30 · Grande Auditório · Duração: 1h15 · M6 no misticismo sufi e as estruturas de Youssef aprecia um bom vinho e, para 3 todos os efeitos, toca música profana, a da Índia do Norte, que tanto o marcou. trumento como os demais e por sua via Assiste-lhe, agora, um propósito: apesar de todos os elementos sacros Foi aí, ainda, que encontrou os discos de tento chegar a novos sons. A sua capa- aproximar-se «da alma da música, das que a mesma contém. Algo que não se Arvo Pärt, compositor também ele de cidade não tem limites, mas vejo o oud notas e do silêncio», o que implica esperaria de um menino nascido numa invulgar cunho espiritual, no seu caso como uma extensão dela e vice-versa. haver não só «menos tecnologia» como família de muezzins. Na aldeia piscató- derivado da influência do cristianismo De qualquer modo, não gosto do termo «menos virtuosismo instrumental». ria em que vivia, Teboulba, o seu pai, o ortodoxo. E foi aí que começou a tocar “novo” – não se trata de perseguir a E provavelmente, até «menos jazz», seu avô, o seu bisavô, os seus tios tinham com músicos de jazz. Gerhard Reiter, novidade, porque na verdade este é um sendo que, para todos os efeitos, Youssef como cargo chamar o povo à oração, Wolfgang Muthpiel, Otto Leichner, processo de descoberta permanente, de nunca se preocupou com rótulos. O que subindo ao minarete da mesquita local. Achim Tang, Mino Cinelu, Nguyen Lê, ir até ao mais fundo de mim e partilhar mais lhe importa, nesta fase da sua Ele também chegou a fazê-lo ainda Markus Stockhausen (que lhe disse ter o que encontro.» vida, é «regressar às raízes», sabendo, criança, mas para descobrir o incrível tido com ele, de imediato, um entrosa- O requiem dos pássaros que nos vai porém, que a sua criatividade «está na poder da sua voz e para experimentar mento que só com meia dúzia de meses presentear não é o mesmo que está no Europa»… inéditas soluções por aquelas paragens, de ensaios conseguia trabalhando nas CD editado há dois anos. Não é, sequer, a exemplo do microfone de plástico que óperas do pai, Karlheinz Stockhausen) e aquele que apresentou sem as partici- Rui Eduardo Paes lhe transformava a sonoridade das pala- vários outros surgiram ao seu caminho. pações, fulcrais no álbum, dos turcos Ensaísta, crítico de música, vras. Quem o ouvia sentia um arrepio na Para a definição do estilo que tem Hüsnü Senlendirici e Avtaç Dogan, mas editor da revista online jazz.pt espinha, tão belo e simultaneamente tão hoje faltava fazer outra descoberta, com a adição da London Symphony estranho era o seu canto. Atualmente, e esta foi determinante no seu per- Orchestra. Nesta ocasião, a guitarra quando recorre ao falseto, é ainda esse curso: a do jazz nórdico de confeção fortemente processada, o computador miúdo que permanece. eletroacústica, aquele que se ouve e os muitos dispositivos de tratamento Sair da Tunísia para satisfazer a em catálogos discográficos como os de som de Aarset não estão envolvi- enorme curiosidade que o movia e da ECM, da Rune Grammofon ou da dos. Trata-se de um quarteto acústico, aprender mais levou-o a Viena, a Paris e Hubro. As suas associações com Nils com a típica, no jazz, secção rítmica até a Nova Iorque. Na metrópole norte- Petter Molvaer, Arve Henriksen, Bugge de piano (Kristjan Randalu), contra- -americana não ficou muito tempo, Wesseltoft e, sobretudo, Eivind Aarset baixo (Phil Donkin) e bateria (Ferenc pois aconteceu o 11 de setembro e o revelaram-se fundamentais. De resto, Nemeth). A música surge mais despida, ambiente tornou-se irrespirável para foi com o último como braço direito, um mais crua, dispensando os paisagismos quem era de origem árabe, avaliando- louríssimo guitarrista e manipulador de “samplados” e sintetizados a que a sua -se a propensão para atos terroristas eletrónica, que gravou Birds Requiem. obra registada nos habituou. Aí está o pelo tom da pele. Nesse curto período Apresentou este, em 2013, como segue: motivo de não ter havido entretanto pôde, no entanto, travar conhecimento «É a banda sonora de um filme imagi- mais um disco de Dhafer Youssef: Birds com uma das suas grandes referências, nário, um filme sobre duas entidades, Requiem é uma suite em reconstrução, Jon Hassell, e com ele viria a colabo- eu próprio e a alma errante de que ando tomando em cada conjuntura diferentes rar várias vezes em disco e nos palcos. continuamente à procura. Simboliza a configurações. Tal e qual como fazem De certo modo, o que Youssef faz é ideia de desaparecimento do corpo e os estorninhos e porque, afinal, este des- também, como os enigmáticos híbridos do vaguear da alma, refletido pelo voo cendente de pescadores nunca sabe exa- do trompetista, uma música do “quarto das aves.» tamente o que vai sair da sua garganta, mundo”. Na Áustria, pelo contrário, No centro está a voz, mas Youssef não caracterizando-se como um «músico abriram-se-lhe todas as portas… consegue distinguir esta do oud. Afirma, do momento», alguém que age diante Foi aí que viu o primeiro piano e inclusive, que uma e o outro «são da do público como se «fosse morrer logo ouviu melhor a música turca e também mesma cor»: «A minha voz é um ins- a seguir». 4 5 © Shiraz Fradi Dhafer Youssef para a vida, que nunca esqueceu apesar dos álbuns gravados em estúdio e das Tocador de oud, vocalista e compo- centenas de espetáculos que apresentou sitor, nasceu em 19 de novembro de nos quatro cantos do mundo. 1967, numa família modesta, originária Alguns anos mais tarde, integrou de Teboulba, aldeia de pescadores do como solista o grupo local de canto centro-este da Tunísia, descendente de litúrgico, mas não tardou a aborrecer-se uma longa linhagem de muezzins (os por causa da politização progressiva das que emprestam a sua voz que ressoa do atividades do grupo. Deixou de frequen- alto dos minaretes, convidando os fiéis tar os lugares de culto e foi na Casa dos à oração; antes, subiam longas escadas, Jovens de Teboulba que se iniciou no agora, com altifalantes e gravações, já oud e depois no baixo elétrico. A seguir não precisam). às melodias árabes veio o groove (pala- O controlo da voz é uma herança que vra com vários sentidos; aqui usada recebeu. Desde muito novo que o avô como música cativante, que dá vontade o iniciou no recital corânico.
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