RELATÓRIO DE GESTÃO DEPARTAMENTO AEROVIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Secretaria de Logística e Transportes

2º quad 2019

Sumário

1. Palavra do Diretor-Superintendente ...... 1

2. O DAESP ...... 3

3. Missão, Visão e Valores ...... 4

4. A Diretoria Executiva ...... 5

5. Estrutura Organizacional ...... 7

6. A Rede de Aeroportos do DAESP ...... 8

7. O 2º Quadrimestre de 2019 em números ...... 10

8. Destaques do 2º Quadrimestre ...... 11

9. Movimento Operacional ...... 18

10. Resultado Econômico-Financeiro ...... 21

11. Execução de Investimentos ...... 26

12. Desempenho de Meio Ambiente ...... 30

13. Recursos Humanos ...... 34

14. Projetos em Destaque ...... 37

1 - PALAVRA DO DIRETOR-SUPERINTENDENTE

Ao final do 2º quadrimestre de 2019, o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP) apresenta uma evolução impressionante em relação ao fechamento do 1º quadrimestre do ano, resultado de um trabalho em prol da eficiência, com um processo de gestão bem desenhado e focado em resultados, criando um ambiente produtivo. O trabalho de cooperação entre o Departamento, seus colaboradores, o Governo do Estado de São Paulo e suas diversas Secretarias e todas as outras partes interessadas também foi fundamental para que se atingissem os resultados que serão detalhados mais à frente neste Relatório.

Durante o 1º quadrimestre, muitas oportunidades foram identificadas e medidas firmes tiveram de ser tomadas, no sentido de enxugar a máquina pública e preparar os ativos do DAESP para o principal projeto em curso, que é o da desestatização da rede aeroportuária atualmente sob gestão e exploração do Estado de São Paulo. As receitas tarifárias apresentaram crescimento significativo, bem como houve relevante redução no pacote de pessoal. Novidades em termos das receitas comerciais devem chegar até o final do ano, de forma que o DAESP, em caráter histórico, projeta cenário de EBITDA positivo para o fechamento do exercício, na casa dos R$ 2 milhões, representando margem positiva de cerca de 3 %.

Ganhamos muito em sinergia com a nova estrutura organizacional neste 2º quadrimestre, e os resultados realmente apareceram. Ressalto a grande evolução na execução de investimentos e o incremento de movimentação de passageiros e aeronaves nos aeroportos da rede. O Radar de Desempenho Empresarial, metodologia que trago desde a gestão na INFRAERO, nos permite tomar decisões mais assertivas em prol da solução de problemas e da busca por melhores resultados.

Avançamos muito também na qualidade e conformidade da instrução de nossos processos, bem como na execução de alguns projetos estratégicos, como por exemplo, a obra da nova Torre de Controle de , que tem operação prevista para novembro deste ano, a licitação para recuperação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Marília, as revitalizações diversas nos aeroportos, de forma a elevar a marca do DAESP e do Governo do Estado de São Paulo, e a importante aproximação com a imprensa, para que se gerem pautas positivas do que tem sido realizado no Departamento.

O principal projeto do DAESP é de fato a preparação do negócio para a desestatização de sua rede aeroportuária. Serão 22 aeroportos, com a inclusão de (já em Plano de Transição Operacional com o município) e de Guaratinguetá, que tem alinhamento já avançado e deve acontecer até o final do ano. A consultoria internacional que teve seu processo de contratação concluído em maio, a americana IOS PARTNERS, já entregou 2 dos 5 produtos previstos em seu contrato, de forma que, no final do mês de outubro, já deveremos ter noção do modelo sugerido que traga melhor encaixe, ou seja, maior desoneração possível do Governo do Estado de São Paulo no que tange a administração de sua rede aeroportuária.

É sim um processo de mudança, mas me impressiona a capacidade de reação que o DAESP teve diante dele, de forma a entregar resultados tão positivos neste 2º quadrimestre do ano. Agradeço ao time da

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Diretoria Executiva do DAESP e a todos os colaboradores do Departamento. Sigamos em frente, e que possamos escolher participar da melhor forma possível desse processo de mudança, pois nele certamente estarão oportunidades e, sem dúvida, evolução. E, como sempre, ACELERANDO!

Antônio Claret de Oliveira Diretor-Superintendente do DAESP

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2 – O DAESP

O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP), entidade autárquica, foi criado por uma Lei da Assembleia Legislativa, em agosto de 1970, e regulamentado pelo Governador Roberto Costa de Abreu Sodré, por meio do Decreto 52.562, em novembro de 1970. Porém, pode-se dizer que o Departamento já existia desde a década de 30, sendo uma área da então Secretaria de Transportes, a qual era vinculada administrativamente à Secretaria de Estado dos Negócios dos Transportes.

Com personalidade jurídica de direito público, patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, o DAESP tem a responsabilidade de administrar, manter e explorar 21 aeroportos públicos no interior do estado de São Paulo, mediante convênio do Governo do Estado de São Paulo com a União, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SNAC).

O DAESP idealizou, projetou e edificou os principais aeroportos paulistas, quais sejam, Aeroportos de Congonhas, Viracopos e Guarulhos, hoje grandes e ilustres aeroportos modelos da América do Sul, amostras do trabalho e competência do Departamento.

Em seus 49 anos, o DAESP tem trabalhado em prol da ética, confiabilidade, transparência e responsabilidade, e segue prestando serviços com padrões internacionais de segurança, conforto e qualidade.

Os serviços prestados pelo DAESP abrangem:

a) Operações com passageiros, incluindo os serviços e a utilização de instalações dos terminais de passageiros, com vistas ao seu embarque, desembarque, orientação, conforto e segurança;

b) Operações com aeronaves, incluindo os serviços e as facilidades proporcionadas às operações de pouso, decolagem e permanência, bem como aquelas disponíveis no pátio de manobras e na área de estadia de cada aeroporto;

c) Operações de navegação aérea, incluindo os serviços, instalações, auxílios e facilidades disponibilizados para controle de aproximação, controle de aeródromo e os serviços de informações de voo.

“Quem constrói, administra e explora aeroportos aproxima o homem das estrelas.”

Dr. Jorge Miguel

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3 – MISSÃO, VISÃO E VALORES

Administrar e desenvolver a infraestrutura aeroportuária e os serviços a ela correlatos, bem como buscar soluções aeroportuárias que agreguem valor para o passageiro, para a sociedade e demais partes interessadas, promovendo crescimento sustentável.

Ser reconhecido como o Órgão Público que facilita o acesso ao transporte aéreo para a sociedade, pela qualidade de sua infraestrutura e serviços.

 Ética;  Segurança operacional e do trabalho;  Compromisso com o interesse público;  Transparência na comunicação e nas decisões;  Zelo pelo patrimônio público e particular;  Eficiência na gestão pública;  Engajamento socioambiental.

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4 – A DIRETORIA EXECUTIVA

O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, em 2019, diante da nova gestão, com a nomeação do Sr. Antônio Claret como Diretor-Superintendente e do Sr. Ângelo Grossi para a Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças, também assumindo a Chefia de Gabinete, fez relevante mudança na estrutura organizacional do Departamento, elegendo novos nomes para sua Alta Gestão, como segue:

Diretor- Superintendente Antônio Claret de Oliveira

Diretoria de Procurador- Diretoria de Diretoria de Planejamento, Administração e Operações e Gestão e Finanças Chefe da Autarquia Comercial Aeroportos Ângelo Grossi Dr. Jorge MIguel Levi Rossi Jamil Abukater

ANTONIO CLARET DE OLIVIERA Diretor-Superintendente

Mineiro de Lavras. Pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela PUC-MG (Departamento de Engenharia Mecânica) e em Gestão de Controle e Qualidade pela JUSE – Union of Japonese Scientistis and Engineers, em Tóquio. Pós-graduado em Gestão de Negócios pelo IBMEC e em Gestão da Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral. Graduado em Engenharia Agronômica pela UFLA – Universidade Federal de Lavras. Ingressou na Vollourec Soluções Tubulares do Brasil S.A. (antiga VM do Brasil – Vallourec & Mannesmann Tubes do Brasil) em 1978, onde passou por vários cargos, até assumir, em 2006, a direção do Desenvolvimento Sustentável e Relações corporativas da empresa. Participou de cursos e programas em áreas técnicas de engenharia, gerenciamento e logística no Brasil e no exterior. Atuou como Diretor Geral da Vetorial Energética, no Estado de Mato Grosso do Sul, entre os anos de 2012 e 2014. Foi Coordenador do programa de pós-graduação em sustentabilidade do IETEC-MG. Foi Diretor-Presidente da Ecocarb, empresa voltada à aplicação de tecnologia para otimização energética. Foi presidente da INFRAERO entre os anos de 2016 a 2018. Assumiu a Direção do DAESP em janeiro/2019.

ÂNGELO LUIZ MOREIRA GROSSI Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças

Mineiro de Belo Horizonte. Graduado em Engenharia de Controle e Automação pela UFMG, tem MBA em Finanças pelo IBMEC e MBA em Gestão de Projetos pelo IETEC-MG. Possui certificado 5

de especialista em gestão empresarial pela FGV e capacitação internacional para Conselheiros de Administração pelo IBGC. É oriundo da indústria, tendo atuado nos segmentos refratarista/cerâmico, de mineração e hospitalar, com experiência em empresas de diversos tamanhos e modelos de gestão, em projetos no Brasil e no exterior. Em sua última experiência profissional, foi Diretor de Planejamento, Finanças e Relações com Investidores da INFRAERO entre junho/2016 e janeiro/2019. Ingressou no DAESP em fevereiro/2019.

DR. JORGE MIGUEL Procurador-Chefe

Formou-se em Direito pela Universidade Mackenzie. Lecionou Língua Portuguesa e Literatura durante 27 anos no Colégio Rio Branco, em São Paulo. Lecionou, em varias faculdades, as matérias: Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa e Brasileira, Direito Constitucional e Direito Penal. Integrou o Conselho de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como o Conselho de Prerrogativas da mesma Ordem. Ministrou Direito Penal na faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, onde defendeu a tese de mestrado. Coordenou o Curso Língua Portuguesa da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. De 1983 a 1985, assessorou, juridicamente, no Palácio, o Governador Franco Montoro. Ingressou no DAESP como Procurador Chefe em junho de 1985. No âmbito jurídico, participou de todas as atividades que deram estrutura e desenvolvimento aos Aeroportos. Desapropriou a área em , onde se edificou o majestoso aeroporto Bauru/. Desapropriou a área para construção do Aeroporto de São Carlos. É escritor, advogado, professor e poeta.

LEVI CRISTIANO ROSSI Diretor Administrativo e Comercial

Paulista da cidade de Americana. Admitido em março/2018 pelo DAESP, possui formação em Gestão Pública. É pós-graduado em Administração Pública e Gestão de Cidades. Atuou como Assessor da Superintendência no DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Santa Bárbara d`Oeste (2011-2012), como Chefe de Gabinete na Assembleia Legislativa do Estado de SP (2016- 2018), e atualmente é responsável pela Diretoria de Administração e Comercial do DAESP.

JAMIL ABUKATER Diretor de Operações e Aeroportos

Formado em Engenharia Civil em 1978 pela PUC-Campinas. Ingressou através de concurso público no DAESP como Engenheiro, também em 1978. Atualmente é Diretor de Operações Aeroportuárias do Departamento, abrangendo as áreas de Engenharia (planejamento, projetos e obras), Operações e de Meio Ambiente, atuando no planejamento, implantação, construção, operação e exploração dos aeroportos da rede.

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5 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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6 – A REDE DE AEROPORTOS DO DAESP

Atualmente, a rede sob gestão do DAESP é composta por 21 aeroportos espalhados pelo interior do Estado. Além deles, para outros 5 (Campinas Amarais, Jundiaí, Bragança Paulista, Itanhaém e Ubatuba), diante da concessão feita em 2017 e da qual foi vencedor o consórcio VOA-SP, o Departamento tem a função de fiscalização técnica, no que tange a execução de investimentos e manutenções para atendimento às Resoluções vigentes para o setor, as quais são emanadas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Abaixo demonstramos a composição da rede aeroportuária do DAESP e sua localização dentro do Estado de São Paulo:

São 6 os aeroportos que recebem aviação regular/comercial, ou seja, promovem o transporte regular de passageiros: Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Marília, Bauru/Arealva e Araçatuba, aeroportos que promovem a conexão regional de São Paulo com a capital paulista, com outros Estados brasileiros e com outros países do mundo.

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Os outros 15 aeroportos são dedicados à aviação geral e/ou executiva. Entre eles se destaca o aeroporto de Sorocaba, responsável pelo maior movimento de aviação executiva do país, onde estão instalados hangares de relevantes empresas de manutenção e fabricação de aeronaves.

Percebe-se que, de 20 aeroportos ao fim do 1º quadrimestre, o DAESP termina o 2º quadrimestre de 2019 com 21 aeroportos em sua rede. Está em plena execução o Plano de Transferência Operacional do Aeroporto de Barretos, antes sob gestão direta do município e que, agora, será de integral gestão do Estado de São Paulo, por meio do DAESP, a partir do final de setembro deste ano. Com isso, na figura da página anterior, já se pode notar o aeroporto de Barretos localizado no mapa. Barretos é um município que tem alguns pontos de destaque relevantes, entre eles o Hospital do Câncer e a famosa Festa do Peão. Dessa forma, já há voos regulares prospectados para o aeroporto para o médio prazo.

Faz-se importante mencionar que se iniciaram ações para a assunção pelo DAESP do Aeroporto de Guaratinguetá, que é um município que se localiza estrategicamente para receber turistas religiosos que, durante boa parte do ano, passam e permanecem por alguns dias naquela região, haja vista os fortes movimentos em Aparecida do Norte, Canção Nova, Renovação Carismática e outros. São mais de 10 milhões de turistas por ano, e acredita-se que uma parte deles teria apetite para se locomover por via aérea, podendo se consolidar mais um bom movimento de aviação regional. A expectativa é que tudo caminhe para que a delegação do município para o Estado de São Paulo se dê ainda dentro de 2019, ficando então a rede do DAESP com 22 aeroportos no total, fechando o pacote que entra nos estudos para o projeto de desestatização, que será comentado mais a frente neste Relatório.

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7 – O 2º QUADRIMESTRE DE 2019 EM NÚMEROS (ACUMULADOS E VARIAÇÃO EM RELAÇÃO AO 1º QUADRIMESTRE)

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8 – DESTAQUES DO 2º QUADRIMESTRE

1. Evolução média de 14 % nas 5 dimensões estratégicas do Radar de Desempenho Empresarial;

2. Virada do EBITDA, com evolução de 244 % em relação ao 1º quadrimestre;

3. Avanço de R$ 400 mil mensais nas receitas tarifárias, por meio da reclassificação dos aeroportos;

4. Redução de R$ 1,1 milhão no pacote de pessoal, resultado dos cortes de cargos comissionados;

5. Aumento de 8 % no movimento de passageiros e de 14 % nos movimentos de aeronaves na somatória de todos os aeroportos da rede estadual do DAESP;

6. Abertura de Chamamento Público visando ao incremento da aviação regional no Estado de São Paulo por meio da utilização de aeronaves com até 19 assentos;

7. Desdobramento da gestão para os aeroportos, com envio dos resultados mensais e análise vinda dos gestores da ponta da operação;

8. Revisão de 64% dos contratos com fornecedores, trazendo uma economia projetada de R$ 825 mil até final de 2019;

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9. Realização de acordos para débitos comerciais por meio da instituição dos Termos de Confissão de Dívida, de forma a recuperar os créditos de forma mais efetiva;

10. Início de investimento de R$ 15 milhões em 5 aeroportos que passarão a receber voos regulares, já com cronograma definido e aprovado pelo Governo e companhias aéreas: (voos da Azul), São Carlos e (voos da Passaredo), e Barretos (voos da Gol);

11. Elevação da marca e geração de valor por meio da instalação dos logotipos do Governo de São Paulo e do DAESP em 100 % dos aeroportos da rede;

12. Avanço relevante no projeto de desestatização, em trabalho conjunto com a consultoria internacional IOS Partners: já foram entregues 2 relatórios, e a modelagem sugerida deve ser apresentada ao Governo até meados de novembro;

13. Antecipação do prazo de conclusão da obra da nova Torre de Controle do Aeroporto de Sorocaba, que tem operação assistida prevista para novembro de 2019;

14. Abertura de licitação para a recuperação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Marília;

15. Aprovação de cerca de R$ 1,1 milhão em projetos de investimento na área de Meio Ambiente;

16. Definição de parâmetros e elaboração de material para processos comerciais de publicidade e de estacionamentos dos principais aeroportos da rede;

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17. Implantação de “Pesquisa de Posicionamento” para os colaboradores, com apoio, sem ônus, do IBEGESP (Instituto Brasileiro de Educação em Gestão Pública), visando à melhor percepção pela Alta Gestão de como estão se posicionando as pessoas que trabalham no DAESP em relação ao processo de desestatização em andamento, de forma a traçar ações mais assertivas para as pessoas diante do cenário de mudanças;

18. Geração de conteúdo e pauta positiva, em um trabalho em conjunto com a imprensa visando à preparação do negócio para a desestatização. As 4 páginas seguintes trazem exemplos de matérias positivas veiculadas durante o 2º quadrimestre de 2019.

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Valor Econômico, de 22/5/2019

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Jornal A Tribuna, de Ribeirão Preto, de 1/6/2019

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Jornal A Tribuna, de Ribeirão Preto, de 11/6/2019 16

Nota na Folha de São Paulo, de 12/7/2019

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9 – MOVIMENTO OPERACIONAL

Em comparação ao 1º quadrimestre, a rede de aeroportos do DAESP apresentou um aumento de 8% no movimento de passageiros e de 14% no movimento de aeronaves. Com isso, chega- se ao final do 2º quadrimestre de 2019 já com mais de 1,5 milhão de passageiros passando pelos aeroportos da rede estadual de São Paulo e mais de 100 mil movimentos (pouso + decolagem) de aeronaves. Em comparação com o ano de 2018, obtivemos apenas queda em relação ao movimento de aeronaves, cerca de 8%, estratégia recente e característica das companhias aéreas no sentido de aumentar o porte das aeronaves para obter maior ocupação e otimização da operação.

As tabelas a seguir mostram os movimentos de passageiros e aeronaves, respectivamente, comparando o 2º com o 1º quadrimestre de 2019 e, ainda, o acumulado de janeiro a agosto de 2019 com o mesmo período do ano anterior de 2018, com o devido desdobramento para todos os aeroportos da rede do DAESP.

Já os gráficos que se seguem mostram, em cascata, a evolução dos movimentos de passageiros e aeronaves, respectivamente, os fechamentos mensais, a partir do fechamento do 1º quadrimestre, até a totalização do 2º quadrimestre de 2019, deixando evidente os relevantes crescimentos obtidos.

O DAESP, em conjunto e com apoio do Governo do Estado de São Paulo, trabalha estrategicamente para trazer maior movimento aos aeroportos da rede estadual. Com a corajosa ação de redução da alíquota de ICMS sobre o combustível de aviação (de 25 % para 12 %), o Governador João Dória provocou aumento significativo de voos partindo de São Paulo, impactando positivamente os aeroportos do DAESP que já possuíam aviação regular e, mais ainda, novos 5 destinos que passarão a contar com voos regulares de passageiros (Araraquara, com a Azul e seus aviões ATR-72, Votuporanga e São Carlos, com a Passaredo e também seus ATR-72, e Barretos e Franca, com a Gol e seus jatos Boeing 737-700). Esses voos e os respectivos incrementos esperados de movimento operacional e receitas começarão, provavelmente, a fazer efeito a partir de novembro deste ano.

Além disso, o DAESP abriu, agora em agosto de 2019, um Chamamento Público para que, possivelmente, se recebam propostas para incremento da aviação regional no Estado de São Paulo, por meio da utilização de aeronaves de menor porte, até 19 lugares. A ideia é que se possa movimentar a aviação regional sem grandes necessidades de investimento e custeio, o que é possível com aeronaves que operam sob regência da RBAC 135 da ANAC. Dessa forma, as cidades do interior poderiam funcionar como “feeders” (alimentadoras) dos hubs regionais já existentes na rede do DAESP e, a partir deles, conectar os passageiros com a capital, com o Brasil e com o mundo. A data para abertura das propostas está marcada para o dia 11 de setembro, e a expectativa é que as empresas se interessem e tragam suas propostas.

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10 – RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO

A gestão para resultados, com ações firmes, planejadas e focadas na otimização dos recursos e, ao mesmo tempo, no aumento da eficiência, proporcionou realmente uma virada no cenário econômico financeiro do DAESP entre o 1º e 2º quadrimestres de 2019.

A persistência em ser cada vez mais assertivo na consolidação de informações fundamentais para tomada de decisão foi decisiva para entender a situação posta e identificar oportunidades. O Demonstrativo de Resultados do DAESP vem sendo construído e apresentado de forma cada vez mais clara e com análises cada vez mais aprofundadas, permitindo que a Alta Gestão possa navegar no rumo que o negócio precisa.

Com as visões de caixa e resultado claramente separadas, o resultado do DAESP pode ser agora apresentado de acordo com as melhores práticas de mercado.

Vale ressaltar novamente que, em sendo uma autarquia, o DAESP recebe subvenções vindas do Tesouro do Estado para cobrir parte do seu custo, tanto de pessoal quanto de outras rubricas diversas. Além disso, em razão da Emenda Constitucional nº 93, de 8/9/2016, a qual determina a desvinculação de receitas correntes de algumas instituições, fundações e autarquias, tem 30 % de sua receita retidos já na fonte, por meio do sistema financeiro do Governo de São Paulo, o SIAFEM. A questão é que, com esse cenário posto, historicamente, ao final de cada exercício o DAESP ainda precisava solicitar recursos extras, orçamentários e financeiros, para fazer jus à quitação adequada das contas. Com os resultados a serem mostrados a seguir para o 2º quadrimestre, o DAESP aponta para uma projeção de fechar o exercício de 2019 com EBITDA positivo (o que é um fato histórico) e, ainda, com uma necessidade de recursos suplementares vindos do Tesouro do Estado 60 % menor que o exercício anterior de 2018.

No Relatório de Gestão do 1º Quadrimestre, mencionou-se o seguinte:

“Vale dizer que as medidas de otimização de resultado já adotadas pela nova gestão serão efetivamente percebidas no resultado a partir de maio, de forma que se espera um 2º quadrimestre melhor que este primeiro de 2019, com desoneração da necessidade de aporte de recursos vindos do Estado.”

Tinha-se muita convicção nas ações sendo tomadas e na gestão sendo feita. O 2º quadrimestre de 2019 traz, então, um EBITDA positivo de R$ 1,30 milhão, 244 % de evolução, bem como permite que se projete o fechamento do exercício com EBITDA positivo em cerca de R$ 2,35 milhões. Os gráficos a seguir mostram a impressionante virada de resultado do 2º quadrimestre. Apresentam-se duas visões:

Gráfico 1: EBITDA com a operação do DAESP tal qual ela é, com as subvenções do Estado e com a desvinculação dos 30 % das receitas correntes, contendo também a projeção para 31/12/2019; 21

Gráfico 2: EBITDA AJUSTADO, que traz a situação simulada de como ficariam os números sem qualquer tipo de vínculo com o Tesouro do Estado de São Paulo, ou seja, não recebendo subvenções e não tendo sua receita debitada dos 30 %. É muito interessante observar que, nos dois últimos meses do 2º quadrimestre, julho e agosto, o DAESP poderia se mostrar não dependente do Tesouro do Estado para seu custeio.

EBITDA DO DAESP: 1º x 2º quadrimestre de 2019 e projeção para fechamento do exercício

EBITDA AJUSTADO: sem subvenção do Estado e com receitas correntes totais 22

Diante do desdobramento do EBITDA em receitas, custos e despesas, apresenta-se a seguir o Demonstrativo de Resultado Simplificado do DAESP, que traz três visões: (i) fechamento do 2º quadrimestre x 1º quadrimestre de 2019; (ii) acumulado jan a ago de 2019 x acumulado do mesmo período de 2018; e (iii) projeção para 31/12/2019 x realizado em 31/12/2018. Pode-se verificar a relevante evolução das receitas do 1º para o 2º quadrimestre de 2019 e, ao mesmo tempo, significativa redução de custos e despesas, o que acaba por favorecer os números comparativos das outras visões apresentadas também. As rubricas mais impactadas positivamente foram as de receitas terifárias e do pacote de paessoal. A rubrica de serviços contratados, apesar de não apresentar reduções significativas, sofreu intenso trabalho de negociação, sendo que a maioria dos contratos não sofreram reajustes. Os textos dos contratos estão sendo revistos a cada nova licitação, para que não haja obrigação de se concederem reajustes, mas sim a previsão de uma repactuação em comum acordo entre as partes.

Quando se olha para a projeção de fechamento do exercício, ela considera a incorporação de mais custos e despesas gerais para suportar as novas operações sendo vivenciadas na rede de aeroportos do DAESP, quais sejam: nova Torre de Controle do Aeroporto de Sorocaba, novos voos da Gol em Araçatuba, voos da Azul em Araraquara, adequações para novos voos da Passaredo, em Votuporanga e São Carlos, e da Gol, em Barretos e Franca.

Demonstrativo de Resultado Simplificado: 2º x 1º quad./2019, jan a ago/2019 x 2018, projeção 31/12/2019 x 2018

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Em se tratando do Fluxo de Caixa, em que se olha geralmente o saldo, ou seja, é uma análise acumulada, demonstra-se, no gráfico abaixo, o valor do saldo de Caixa Operacional Livre do DAESP, significando aquilo que há disponível para o cumprimento das obrigações de custos e despesas, não entrando nessa conta os investimentos. Pode-se abstrair que, em relação ao número de 31/12/2018, consegue-se, pelo menos até o final do 2º quadrimestre, trabalhar de forma estável e acima desse referencial, com saldo de cerca de R$ 3,13 milhões. O número positivo tem reflexo vindo do mês de janeiro, onde cerca de R$ 2 milhões de receita do ano anterior ficaram no caixa, haja vista recursos orçamentários e financeiros que vieram do Tesouro do Estado para 2019 para cobrir pagamentos em atraso quando do fechamento das contas do Departamento em 2018. Além disso, houve solicitação bem sucedida de parte do montante desvinculado da receita corrente do DAESP em 2018, o que foi creditado no caixa também no mês de janeiro (cerca de R$ 230 mil).

É muito importante a análise desse caixa concomitantemente com o EBITDA, de forma que o último, se persistentemente negativo, pode indicar consumo do Caixa Operacional Livre, acendendo alerta para a gestão do negócio. Contudo, com as medidas de gestão recentes, percebe-se, como já demonstrado, clara estabilização do EBITDA e, pois, da manutenção do nível do Caixa Operacional Livre.

Saldo do Caixa Operacional Livre: comparação do final do 1º quad./2019 com o mês a mês do 2º quad./2019 e com o saldo em 31/12/2018

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O Caixa Total do DAESP apresenta algumas rubricas vinculadas, ou seja, “carimbadas” para determinados fins, como investimentos e convênios, por exemplo. A situação em 31/8/2019, ou seja, ao final do 2º quadrimestre, é a seguinte:

CAIXA TOTAL R$ 13,87 MILHÕES INVESTIMENTOS R$ 8,86 MILHÕES CAUÇÕES (GARANTIAS) R$ 1,87 MILHÃO CONVÊNIOS R$ 0,01 MILHÃO CAIXA OPERACIONAL LIVRE R$ 3,13 MILHÕES

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11 – EXECUÇÃO DE INVESTIMENTOS

O DAESP tem focado seus projetos de investimento para manter a operacionalidade dos aeroportos, com segurança e qualidade de serviço, em cumprimento à legislação vigente, e não tem medido esforços para conseguir atender as necessidades dos aeroportos da rede.

A execução, no 2º quadrimestre do ano, subiu 61% em relação àquela do final do 1º quadrimestre, mesmo porque os recursos orçamentários e financeiros chegaram somente no mês de maio. Esses recursos não incluem a LOA/2019 do DAESP para investimentos que, por enquanto, tem cota financeira prevista somente para liberação em dezembro. Tomou-se a decisão de avançar em outras fontes possíveis de recurso, com vistas a ter mais celeridade no início dos projetos. Com isso, solicitou-se o saldo de superávit existente resultante da concessão aeroportuária concluída em 2017 (da qual o consórcio VOA-SP foi vencedor), além de se fazer jus aos Restos a Pagar do exercício de 2018. Adicionalmente a essas fontes, houve adiantamento do cronograma de execução da nova Torre de Controle do Aeroporto de Sorocaba e, portanto, o recurso previsto no Convênio com a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) foi solicitado. De maio até a visão em 31/agosto, 95 % do recurso disponível foi reservado, e quase 40 % já com licitações concluídas. A execução acumulada está em 53 % do recurso disponível. A tabela abaixo mostra, com mais detalhes, a estratificação dos números:

Visão orçamentária e status dos recursos até sua execução, em comparação com o que está disponível em 31/8/2019

A tabela acima compara os diversos status com os recursos que já se encontram disponíveis. Já o gráfico abaixo traz, em relação aos 100 % do orçamento possível, o montante referente a cada estágio de utilização dos recursos, quer seja “DISPONÍVEL”, “RESERVADO”, “EMPENHADO” ou “EXECUTADO”.

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Visão dos montantes classificados por status e comparados com o valor orçado para o período, em 31/8/2019

A principal obra desse quadrimestre foi a nova Torre de Controle do aeroporto de Sorocaba, que está em fase de finalização de instalação. Este investimento tem como objetivo a segurança operacional, com o melhor e mais assertivo ordenamento do trafego aéreo, que apresenta, atualmente, média anual de 35 mil movimentos. Há outras obras também de extrema importância em andamento, como remoção de borracha nas pistas de pouso e decolagem dos aeroportos exclusivos para aviação geral, instalação e manutenção da cerca operacional elétrica e do ar condicionado no aeroporto de Ribeirão Preto, ações estruturais e corretivas nos aeroportos de São Carlos e São José do Rio Preto, revitalizações gerais da infraestrutura, além de avanço muito significativo em investimentos da área de Meio Ambiente.

A tabela a seguir mostra o acompanhamento da execução dos recursos de investimentos, em valores acumulados e por fonte de recurso, comparando os valores do 1º e do 2º quadrimestre de 2019. Foram executados mais de R$ 9,9 milhões até agosto/2019, sendo R$ 3,8 milhões no 1º quadrimestre e 6,1 milhões no 2º quadrimestre (evolução de 61%), ficando uma previsão a executar de cerca de R$ 11,7 milhões até o final do ano, o que somará 92% do orçamento total possível, ficando então uma previsão de restos a pagar da ordem de R$ 1,9 milhão, montante que ficaria para execução em 2020, diante da evolução dos contratos vigentes no exercício de 2019.

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Execução de investimentos: 1º x 2º quad./2019, projeção para 3º quad. e previsão de Restos a Pagar e/ou empenho para LOA/2020

O gráfico abaixo ilustra de forma mais clara a evolução na execução durante o 2º quadrimestre, bem como o saldo para execução e a previsão de sua realização.

Representação gráfica: 1º x 2º quad./2019 e projeção de execução para 3º quad., com destaque para a evolução da execução obtida no 2º quad./2019

Para o próximo e último quadrimestre do ano, serão executados projetos como reparo na pista do aeroporto de Marília, adequações dos aeroportos para receber status de conformidade nos AVCB, mais avanços em passivos ambientais, especificamente no aeroporto de São José do Rio

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Preto, em regularizações ambientais em geral, além de ações corretivas e adequações normativas em todos os aeroportos da rede.

Conforme já dito na Seção “Movimento Operacional”, como resultado da redução feita pelo Governo do Estado na alíquota de ICMS sobre o combustível de aviação, 5 cidades do interior do Estado passarão a receber voos de aviação regular: Araraquara, Votuporanga, São Carlos, Barretos e Franca. Em razão das aeronaves a serem utilizadas versus a infraestrutura aeroportuária existente nas localidades versus a regulamentação preconizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), terão de ser realizadas adequações diversas nos aeroportos, desde novos contratos de custeio, como vigilância, inspeção de passageiros e limpeza, até obra significativa de recuperação da pista de pouso e decolagem de Barretos, dentre outras.

Para que o DAESP faça jus a essas necessidades, foi realizada reunião conjunta entre Governo do Estado, DAESP, ANAC, Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR) e as companhias aéreas que ofereceram voos para essas cidades (Azul, Passaredo e Gol), quando se alinharam todos os itens, responsabilidades, valores e prazos estimados. Houve registro de Ata, incluindo tabulação do escopo, por aeroporto.

Estimaram-se R$ 15,75 milhões para o investimento nos 5 aeroportos, sendo 70% para 2019 e 30% para 2020. Em relação a custeio para atendimento dessa demanda, foram estimados R$ 750 mil até o final de 2019, ou seja, cerca de R$ 3 milhões anuais incrementais. Com isso, o DAESP formalizou pedido de crédito suplementar junto ao Governo do Estado de São Paulo, haja vista que todas as fontes de recursos existentes, como já demonstrado, serão necessárias para a boa manutenção da segurança operacional, prestação de um bom serviço, revitalizações e meio ambiente. Portanto, no 3º trimestre, os processos correlatos às adequações nesses 5 aeroportos estarão em pleno vapor e, com certeza, comporão mais uma linha nos acompanhamentos mostrados nesta Seção.

As datas previstas para início dos voos são:

 Araraquara: final de outubro/2019;  Votuporanga e São Carlos: início de fevereiro/2020;  Barretos e Franca: julho/2020.

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12 – DESEMPENHO DE MEIO AMBIENTE

No 2º quadrimestre de 2019, houve importantes avanços em diversas frentes de atuação na área de Meio Ambiente.

QUALIDADE DA ÁGUA

Foi concluída a implementação de controle e monitoramento da qualidade da água nos aeroportos de Bauru/Arealva, Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto, os quais são supridos de água para consumo humano oriunda de poços tubulares profundos. Trata-se de uma importante questão de saúde pública solucionada, tendo em vista que os serviços garantem que os parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água estejam em conformidade com os padrões de qualidade vigentes, promovendo um fornecimento de água potável devidamente regularizado à comunidade aeroportuária e aos usuários dos aeroportos. A Seção de Assessoria Ambiental permaneceu realizando o acompanhamento e fiscalização do desenvolvimento do contrato de monitoramento da qualidade da água em Ribeirão Preto e São Carlos, já implementados anteriormente.

Ainda no âmbito do fornecimento de água potável, foi dada continuidade no processo de execução de adequação física e proteção sanitária dos poços tubulares profundos que abastecem os aeroportos de Tupã (já realizada), Avaré/Arandu (serviços contratados) e Franca (em contratação).

FAUNA

O gerenciamento do risco da fauna, fundamental à segurança de voo, obteve avanços significativos no segundo quadrimestre de 2019. Foram finalizados os estudos de Identificação do Perigo da Fauna (IPF) e Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF) nos aeroportos de Bauru/Arealva e Marília, e a Agência Nacional de Aviação Civil aprovou os estudos de IPF e PGRF realizados nos aeroportos de Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto.

Em Ribeirão Preto e Araçatuba, foram elaborados e aplicados treinamentos voltados para a segurança de voo, através da implementação de vistorias periódicas e aplicação dos formulários de registros pertinentes ao gerenciamento do risco da fauna (informações referentes ao monitoramento da fauna presente nas áreas operacionais e patrimoniais dos aeroportos, manutenção de áreas verdes, monitoramento de focos de atração e sistemas de proteção).

No sentido de se promover o uso racional dos recursos energéticos e redução de custos associados a desperdício, foi realizada análise dos registros de consumo de energia elétrica de todos os aeroportos da rede, para verificação da relação entre consumo versus demanda contratada e relacionamento dos relógios medidores com respectivas instalações atendidas, de forma a subsidiar solicitação de adequação da demanda contratada junto às distribuidoras de

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energia. Verificou-se a necessidade de revisão dos contratos de fornecimento dos aeroportos de Araraquara, Franca e Presidente Prudente.

EFLUENTES SANITÁRIOS

Quanto aos aspectos relacionados a efluentes sanitários, avançou-se na adequação do sistema de tratamento de esgotos do aeroporto de Bauru/Arealva (composto por fossas sépticas e filtro anaeróbio), com a elaboração de projeto e orçamento executivo para implantação de dispositivos complementares ao sistema. No aeroporto de São Carlos, foi obtida a Licença Ambiental de Operação do sistema de tratamento de esgotos, composto por fossas sépticas, filtros anaeróbios e valas de infiltração.

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Visando à regularização ambiental do gerenciamento de resíduos sólidos nos aeroportos comerciais da rede, foram realizados esforços em conjunto com a Seção de Projetos e Obras para a elaboração do projeto executivo para construção de central de armazenamento temporário de resíduos sólidos no aeroporto de Marília. Em Ribeirão Preto, houve importante avanço no gerenciamento de resíduos perigosos, com a obtenção de CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) e realização de destinação final ambientalmente adequada de lâmpadas, pilhas e baterias usadas geradas no aeroporto.

A Assessoria Ambiental permaneceu realizando o acompanhamento e fiscalização do desenvolvimento dos contratos de gerenciamento de resíduos sólidos em Ribeirão Preto e controle integrado de pragas em São Carlos.

PASSIVOS AMBIENTAIS

Foram realizados avanços em diversas frentes quanto ao gerenciamento de passivos ambientais nos aeroportos da rede. Foi executada investigação ambiental complementar no aeroporto de Registro, foram licitados os serviços de execução de investigação ambiental de passivos em São José do Rio Preto e Marília, e deu-se início à elaboração de avaliações preliminares de áreas contaminadas nos aeroportos de Bauru/Arealva e Presidente Prudente.

FLORA

Quanto ao manejo de flora, a Assessoria Ambiental acompanhou a realização da supressão de vegetação nativa no aeroporto de Jundiaí, deu andamento nas tratativas acerca do projeto de restauração florestal em Presidente Prudente (em análise na CETESB), o qual é relativo ao Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental 49290/17.

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RUÍDO AERONÁUTICO

Sobre ruído aeronáutico, foram realizadas tratativas junto a técnicos da CETESB para discussão do Plano Específico de Zoneamento de Ruído no âmbito do processo de regularização ambiental do aeroporto de São José do Rio Preto. Em Sorocaba, foi realizada reunião da Comissão de Gerenciamento de Ruído Aeronáutico (CGRA) junto a representantes da Secretaria de Planejamento (SEPLAN) da Prefeitura Municipal de Sorocaba, que teve como objetivo estreitar as relações entre as duas instituições, além da apresentar a situação atual das curvas de ruído do aeroporto (cenário 2017/2018) e traçar novas metas para futuras reuniões acerca do tema.

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DOS AEROPORTOS

No segundo quadrimestre de 2019, deu-se prosseguimento à elaboração de relatórios com informações pertinentes aos processos de licenciamento de Bauru/Arealva, Sorocaba, Marília e Ribeirão Preto.

Foram apresentados relatórios técnicos como subsídio para análise documental no âmbito dos processos de Plano Básico de Zona de Proteção de Aeroportos (PBZPA) dos aeroportos de Marília e Barretos, em resposta às atividades inerentes a segurança de voo, apontadas pelo Comando Aeronáutico.

VISTORIAS AMBIENTAIS

Além do exposto acima, foram realizadas vistorias para tratativas de diversos aspectos ambientais nos aeroportos de Araçatuba, Marília, Ribeirão Preto e Sorocaba.

O INDICADOR DE DESEMPENHO DE MEIO AMBIENTE (IDMA)

Ao final do 2º quadrimestre de 2019, o IDMA traz 64% como resultado, mostrando que 100 dos 36% restantes para efetivação completa do indicador estão paralisados em instâncias externas ao DAESP. Isso motivou a nova gestão a impulsionar os técnicos a interagirem de forma constante com todas as partes interessadas, de modo a diminuir esse número e, de outro lado, incrementar o IDMA do DAESP. A seguir toda a estratificação do indicador, que conta com 10 programas e suas respectivas carteiras de projetos e ações. Eles são classificados por status, quais sejam “Atendido”, “Em andamento”, “Paralisado”, “Atrasado”, e o indicador é pontuado com todos os projetos e/ou ações que estejam atendidas e em andamento (dentro do prazo). Ao final de agosto/2019, houve uma evolução de 35% nos projetos “Atendidos”, 14% em projetos que entraram “Em andamento”, com a consequente e positiva redução de 9,5% em projetos “Paralisados”. É um planejamento anual, de forma que, para o exercício seguinte, há que se verificarem as razões pelas quais não se atingiram os 100 % do IDMA, vislumbrar novos desafios e, a partir daí, planejar nova base para o indicador.

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IDMA - INDICADOR DE DESEMPENHO DE MEIO AMBIENTE

36% 34% 30% IDMA 64%

Atendidas Em andamento Pendente

ATENDIDOS EM ANDAMENTO PARALISADO ATRASADOS 1.º Quad. 2.º Quad. 1.º Quad. 2.º Quad. 1.º Quad. 2.º Quad. 1.º Quad. 2.º Quad. PROGRAMAS CARTEIRA DE PROJETOS 2019 2019 2019 2019 2019 2019 2019 2019 FAUNA 16 3 5 5 5 5 6 0 0 FLORA 7 1 1 4 4 2 2 0 0 RUIDO 4 1 1 2 3 0 0 0 0 RECURSOS HÍDRICOS 26 6 12 4 6 12 8 0 0 RECURSOS ENERGÉTICOS 1 0 1 0 0 0 0 0 0 RESÍDUOS SÓLIDOS 20 4 5 3 5 12 10 0 0 EMISSÕES ATMOSFERICAS 1 0 1 1 0 0 0 0 0 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 1 0 0 0 1 0 0 0 0 REGULARIZAÇÃO E RISCOS 52 18 19 12 12 22 21 0 0 SOLO 6 1 1 4 4 0 1 0 0 TOTAL 134 34 46 35 40 53 48 0 0 +35% +14% -9,5%

Indicador de Desempenho de Meio Ambiente (IDMA): consolidado e desmembrado por programa, em 31/8/2019

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13 – RECURSOS HUMANOS

O 2º quadrimestre de 2019 fecha trazendo efeitos mais claros da redução da folha de pagamento e das horas extras, com índices que superaram o emanado pelo Decreto Estadual n.º 64.069/2019. A reestruturação geral no organograma do DAESP, com enxugamento e redistribuição de atividades, além de regularização das cessões existentes, trouxe mais sinergia e permitiu maior produtividade.

O índice de absenteísmo continua decrescendo no 2º quadrimestre, conforme ilustra o gráfico a seguir, atingindo bons patamares de mercado, mostrando o compromisso dos servidores e a efetividade da gestão dos líderes do DAESP. No 2º quadrimestre, com a solução de um dos dois casos disciplinares existentes, em andamento por abandono de emprego, o impacto no indicador foi bastante positivo, representando evolução de 39 % em relação ao fechamento do 1º quadrimestre.

ABSENTEÍSMO DAESP - 2019

1,98% 1,65% 1,48% 1,30%

0,65%

-39%

1º Quadrimestre mai/19 jun/19 jul/19 ago/19

Evolução do Absenteísmo: consolidado do 1º quadrimestre x mês a mês do 2º quadrimestre

O quadro de funcionários é composto por 69% de homens e 31% de mulheres, com faixas etárias diversas, mas com maior concentração de pessoas acima dos 50 anos de idade. O quadro total é de 137 pessoas, sendo que 82 (60%) estão alocadas diretamente nos aeroportos da rede e 55 (40%) estão na Sede do Departamento, na capital paulista. Ao final do 2º quadrimestre, o pacote de pessoal dos aeroportos sofreu redução de cerca de 8% em relação ao fechamento do 1º quadrimestre, em mais uma etapa de enxugamento da máquina pública. Os gráficos abaixo ilustram o que acaba de ser dito.

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Quadro de funcionários: Sede x Aeroportos Quadro de funcionários: Faixas Etárias

- 8%

Quadro de funcionários dos aeroportos: 1º x 2º quadrimestre

Diante do cenário de mudança, principalmente relacionada ao projeto de desestatização da rede de aeroportos do DAESP, aplicou-se uma “Pesquisa de Posicionamento” para todos os colaboradores do Departamento. A adesão foi boa (próxima de 60% do quadro de ativos), e a consolidação do resultado foi muito relevante para que se possam tomar ações mais assertivas com relação às pessoas diante do momento atual. Abaixo duas tabelas que mostram, de maneira resumida, o posicionamento dos empregados diante do cenário em curso e da diretriz clara do Governo em direção à redução do Estado e à desestatização da sua rede de aeroportos:

Posicionamento dos colaboradores diante do cenário de mudança – “Pesquisa de Posicionamento”

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Como resultado, será desenvolvido projeto para incentivar a capacitação dos empregados e sua preparação, para que possam ter mais clareza e discernimento para realizar escolhas que, possivelmente, terão de ser feitas. O corpo técnico do DAESP é bastante qualificado e, com certeza, deverá ser aproveitado, em um modelo ainda a ser definido, dependente do que for a decisão do Governo em relação à forma de desestatização dos aeroportos. Imagina-se que uma maior robustez regulatória será necessárias, fora oportunidades de mercado pelo possível chegada de novos operadores aeroportuários (que podem ser inclusive internacionais), além das possibilidades de transferência daqueles que tiverem estabilidade para outras instituições do Governo Estadual.

Uma iniciativa relevante do 2º quadrimestre foi a inclusão de um Técnico de Segurança do Trabalho no escopo de contratação da empresa prestadora de serviços especializados em Segurança e Medicina do Trabalho. Com isso, esse profissional atuará em todas as unidades do DAESP, treinando, analisando, avaliando, controlando, executando, atualizando e coordenando ações de segurança e medicina do trabalho; ele poderá inclusive sugerir medidas de segurança em projetos civis do DAESP, acompanhar e orientar as áreas afins para o cumprimento das ações estabelecidas no planejamento anual do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). É a segurança do trabalho a favor do negócio e como prioridade de gestão.

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14 – PROJETOS EM DESTAQUE

14.1 – O RADAR DE DESEMPENHO EMPRESARIAL

DESCRIÇÃO

Metodologia de gestão baseada na definição de 5 dimensões norteadoras do negócio: Gestão Financeira (EBITDA, com desdobramento em rubricas de receitas e despesas, consolidadas e por aeroporto, e Caixa Operacional Livre), Operação (movimento de passageiros e aeronaves, execução de investimentos, projetos estratégicos ligados à operação), Mão de Obra (absenteísmo, segurança do trabalho e treinamentos), Metodos/Processos (inadimplência, renegociação de contratos, processos civis e trabalhistas) e Meio Ambiente (acompanhamento da execução de projetos e ações divididas em 10 programas: Fauna, Flora, Ruído, Recursos Hídricos, Recursos Energéticos, Resíduos Sólidos, Emissões Atmosféricas, Educação Ambiental, Regularização e Riscos, Solo).

STATUS

Ao final do 2º quadrimestre, o Radar apresentou evolução média de 14 % em todos os seus vértices consolidados, quando comparado com o final do 1º quadrimestre.

PRÓXIMOS PASSOS

Todas as dimensões, com exceção da de Meio Ambiente, serão replanejadas. A intenção do Radar é ser dinâmico, contendo indicadores e projetos que norteiam o curto, édio e longo prazo do negócio. Portanto, como as métricas e projetos definidos, à luz de seus respectivos pesos, foram, em sua maioria, atendidos, novos desafios e projetos serão postos para acompanhamento da Alta Gestão, o que deve ser aprovado em Reunião de Diretoria no início do 3º quadrimestre. Com relação ao Meio Ambiente, o planejamento do Indicador de Desempenho de Meio Ambiente (IDMA) já foi com visão do final do exercício, de modo que pequenas alterações devem acontecer quando da possível inclusão de itens na base de medição.

14.2 – ADEQUAÇÕES DOS AEROPORTOS QUANTO AO AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros)

DESCRIÇÃO

Esse é um projeto corporativo do DAESP, para realização de todas as adequações necessárias à obtenção dos laudos de conformidade AVCB: documento que atesta a vistoria realizada nos 37

terminais em relação à conformidade com as regras de segurança e prevenção de incêndio, cujo regulamento e competência estão com o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

STATUS

Os projetos já foram elaborados e aprovados. Agora estão em andamento os processos de licitação das empresas para execução dos projetos.

PRÓXIMOS PASSOS

Conclusão das licitações e início da execução dos projetos, com previsão de conclusão até o final do 1º trimestre de 2020.

14.3 – OBRA DA TORRE DE CONTROLE DE SOROCABA

DESCRIÇÃO

Implantação da nova Torre de Controle – EPTA Cat Especial – Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicação Aeronáutica – no Aeroporto de Sorocaba. Esse é um projeto prioritário dentro da carteira do DAESP, que permitirá nova classificação do aeroporto e que, sem dúvidas, trará mais segurança às importantes operações de aviação executiva naquele aeroporto.

STATUS

As obras civis já foram concluídas, de modo que se conseguiu antecipar o início da operação da Torre de Controle. A fase agora é de instalação dos equipamentos de navegação aérea.

PRÓXIMOS PASSOS

Processo licitatório para operação da Torre de Controle e tratativas junto ao SRPV – Serviço Regional de Proteção ao Voo do DECEA – para vistoria e homologação, de forma que o início da operação assistida tem previsão para novembro de 2019..

14.4 – INTERNACIONALIZAÇÃO DO AEROPORTO DE SOROCABA

DESCRIÇÃO

Projeto para obter condição de aeroporto internacional para manutenção e para passageiros da aviação executiva, haja vista Sorocaba ser o principal polo daquele tipo de aviação no Brasil e, pois, a demanda e consequente ganho de eficiência são bastante relevantes para a operação.

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STATUS

O projeto teve sua formalização reforçada junto aos órgãos ANVISA, VIGIAGRO, Policia Federal e Receita Federal. O DAESP aguarda a manifestação e/ou eventual necessidade de visita ao aeroporto.

PRÓXIMOS PASSOS

Com as respostas obtidas e realização de possíveis visitas técnicas, construir plano para atendimento de eventuais exigências, submeter novamente para aprovação e, com o “de acordo” de cada uma das 4 instituições, enviar para a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

14.5 – DESESTATIZAÇÃO DA REDE AEROPORTUÁRIA DO DAESP

DESCRIÇÃO

Encarado como um dos principais projetos do DAESP hoje. Visa à entrega de modelagem ao Governo do Estado de São Paulo, a partir de estudo feito em conjunto com a consultoria internacional IOS PARTNERS, para a desestatização da rede aeroportuária estadual, ou seja: serão indicadas concessões individuais, em blocos, haverá ou não necessidade de Parceria Público-Privada (PPP).

STATUS

Até o final do 2º quadrimestre, já foram entregues 2 dos 5 produtos previstos contratualmente com a consultoria: (i) “Plano de Trabalho Revisado”; e (ii) “Caracterização dos Aeroportos do DAESP”. A partir da primeira entrega, foram realizadas visitas técnicas em todos os aeroportos da rede, com presença de técnicos da consultoria, do DAESP e representantes locais, geralmente das Prefeituras e responsáveis por empreendimentos da região. Em seguida, com 30 dias, a consultoria entregou a caracterização de cada um dos aeroportos: características técnicas, de infraestrutura e instalações, análise do mercado regional e das possíveis potencialidades.

Além disso, foi realizado, na Secretaria de Governo, um market sounding, no sentido de captar impressões do mercado para com o projeto, mesmo que no seu início e ainda sem a modelagem definida. Foi bastante relevante no sentido de perceber alguns itens que são importantes para os investidores do setor, como, por exemplo, liberdade maior de escopo de investimento (obrigando ao cumprimento da manutenção dos níveis de segurança e serviço dentro dos padrões regulamentados pela ANAC), clareza em cláusulas de reequilíbrio e responsabilidades fiscais, diferenciando o que preconizam leis municipais, estaduais e federais.

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PRÓXIMOS PASSOS

A figura abaixo ilustra, de forma resumida, os passos percorridos e aqueles a percorrer, com as respectivas estimativas de datas. No final de setembro, será entregue o 3º produto previsto no projeto, o qual trará Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) individuais, ou seja, para cada aeroporto da rede do DAESP, considerando estimativa de CapEx e projeções de receita, custos e despesas para 30 anos de uma possível concessão. Após a revisão desse produto, a IOS PARTNERS partirá para estudar a melhor modelagem para a desestatização, a qual será apresentada ao Governo no final de outubro e, caso não haja solicitações relevantes de ajuste por parte do Governo Estadual, a previsão é de que se caminhe para Consulta Pública até o final de novembro e para lançamento do(s) Edital(is) em fevereiro/2020:

Ilustração resumida do projeto de desestatização dos aeroportos do DAESP

FIM DO RELATÓRIO

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