RELATÓRIO DE GESTÃO DEPARTAMENTO AEROVIÁRIO DO ESTADO DE

Secretaria de Logística e Transportes

2019

Sumário

1. Palavra do Diretor-Superintendente ...... 1

2. O DAESP ...... 3

3. Missão, Visão e Valores ...... 4

4. A Diretoria Executiva ...... 5

5. Estrutura Organizacional ...... 8

6. A Rede de Aeroportos do DAESP ...... 9

7. 2019 em grandes números ...... 11

8. Destaques de ano ...... 12

9. Movimento Operacional ...... 32

10. Resultado Econômico-Financeiro ...... 35

11. Execução de Investimentos ...... 39

12. Desempenho de Meio Ambiente ...... 41

13. Recursos Humanos ...... 44

14. Projetos em Destaque ...... 47

1 - PALAVRA DO DIRETOR-SUPERINTENDENTE

O ano de 2019 foi histórico para o DAESP. A partir de coleta de informações e médias anuais históricas, vimos que o EBITDA (LAJIDA, em português, para Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) fechou positivo após cerca de 2 décadas repetidamente negativo, ao final de cada exercício. Além do resultado contábil de geração de caixa, o nível de investimentos também superou cifras que há muito não se via, buscando todas as fontes possíveis de recursos para aplicar em nossa rede estadual de 22 aeroportos regionais. Todo o trabalho de formação de um Corpo Diretivo flexível, preparado para ambientes de mudança e cientes da missão a cumprir, bem como a implantação de um processo de gestão claro, propiciaram o desenho de um caminho de bons resultados até aqui. Como já mencionei em relatórios anteriores, o trabalho de cooperação entre o Departamento, seus colaboradores, o Governo do Estado de São Paulo e suas diversas Secretarias e todas as outras partes interessadas também foi fundamental para que se atingissem os resultados demonstrados neste Relatório de Gestão do DAESP de 2019.

Costumo dizer que 2019 foi marcado por 3 pilares básicos na estratégia do DAESP:

• Melhoria do resultado econômico-financeiro do Departamento; • Fortalecimento da aviação regional no Estado de São Paulo; • Desestatização da rede estadual composta por 22 aeroportos.

Em relação ao resultado econômico-financeiro, já comentei sobre o EBITDA, mas ele foi o resultado de um trabalho árduo e detalhado para enxugamento da máquina e para buscar novas receitas, trabalho esse que é contínuo, dentro do conceito de qualidade e melhoria contínua mundialmente conhecido por PDCA. Reduzimos cargos em comissão, negociamos fortemente com fornecedores, reclassificamos muitos de nossos aeroportos e procuramos processos licitatórios com mais qualidade e melhor instruídos do ponto de vista de conformidade, com foco em fornecimento de serviços que fossem mais próximos do que o mercado deseja, como foi o caso do máster de publicidade nos principais aeroportos (ainda em conclusão) e da concessão do estacionamento do aeroporto de Ribeirão Preto. Os investimentos feitos, de certa forma, também trazem efeito sobre o resultado, com pistas recuperadas em Araçatuba, Marília e , por exemplo, além da conclusão da obra da Torre de Controle de , importante ativo para segurança operacional e para o processo de internacionalização daquele aeroporto, que é o principal polo de manutenção da aviação executiva no país.

Sobre a aviação regional, o incentivo corajoso dado pelo Governo do Estado, na liderança de seu Governador João Dória, referente ao ICMS que incide sobre o combustível de aviação, fez total diferença para que houvesse um aumento de movimento nos aeroportos estaduais no último trimestre do ano, além de propiciar voos regulares/comerciais em aeroportos que ainda não os tinham. O ano de 2020 entra com voos em (empresa Azul), em e (operados pela Two Flex, em uma parceira com a empresa aérea Gol). O avanço no movimento fez com que a rede do DAESP fechasse 2019 com 5% de crescimento em número de passageiros, quando comparado com o ano anterior.

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Quando passamos a falar do projeto de desestatização, o DAESP conta com o apoio de uma consultoria internacional, a IOS Partners, para desenvolver a modelagem do que será feito para que a gestão estadual aeroportuária passe a ser da iniciativa privada a partir do final de 2020. A consultoria já entregou 4 dos 5 produtos previstos em contrato, o que significa que o modelo já foi definido e alinhado com o Governo de São Paulo. Foi um trabalho muito minucioso até aqui, com análise profunda de cada um dos 22 aeroportos da rede do DAESP, suas peculiaridades, pontos negativos, pontos positivos, oportunidades e potencial de marcado da região que os circunda, sempre respeitando à risca as Resoluções da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Foram escutados políticos e empresários regionais, bem como empresas que pudessem ser interessadas no futuro leilão. Teremos uma concessão comum internacional, dividindo a rede do DAESP em dois blocos: Bloco Noroeste, com 13 aeroportos (puxados por São José do Rio Preto), e Bloco Sudeste, com 9 aeroportos (puxados por Ribeirão Preto e Sorocaba). Serão mais de R$ 410 milhões em investimentos para 30 anos de concessão, com uma desoneração de R$ 700 milhões para o Estado de São Paulo. Chegamos, então, a um modelo viável técnica e economicamente, com previsão de lançamento do Edital em meados de agosto de 2020. A fase agora é de apresentação para o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização e para o Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado, para aprovação formal do modelo para as fases de Consulta Pública e Audiências Públicas. A consultoria IOS Partners continuará nos apoiando na elaboração dos materiais licitatórios, com encerramento do seu contrato previsto para abril de 2020. O público conhecerá mais detalhes do projeto durante a Consulta Pública, prevista para ser publicada também no final de abril.

Nesse grande processo de mudança que vive o DAESP, quero encerrar agradecendo a cada colaborador, porque demonstraram, e continuam demonstrando, grande resiliência, em uma escolha por participarem ativamente do processo em curso. Isso é louvável. Os resultados coletados demonstram a força de cada um que participou conosco durante o exercício de 2019, não podendo me esquecer das Secretarias Estaduais e de pessoas chave dentro de cada uma delas.

A única coisa certa nessa vida é a mudança, e com ela vêm novos tempos, novos ares, novos desafios, mais aprendizado. Fé em Deus, vamos em frente, ACELERANDO!

Antônio Claret de Oliveira Diretor-Superintendente do DAESP

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2 – O DAESP

O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP), entidade autárquica, foi criado por uma Lei da Assembleia Legislativa, em agosto de 1970, e regulamentado pelo Governador Roberto Costa de Abreu Sodré, por meio do Decreto 52.562, em novembro de 1970. Porém, pode- se dizer que o Departamento já existia desde a década de 30, sendo uma área da então Secretaria de Transportes, a qual era vinculada administrativamente à Secretaria de Estado dos Negócios dos Transportes.

Com personalidade jurídica de direito público, patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, o DAESP tem a responsabilidade de administrar, manter e explorar 21 aeroportos públicos no interior do estado de São Paulo, mediante convênio do Governo do Estado de São Paulo com a União, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SNAC).

O DAESP idealizou, projetou e edificou os principais aeroportos paulistas, quais sejam, Aeroportos de Congonhas, Viracopos e , hoje grandes e ilustres aeroportos modelos da América do Sul, amostras do trabalho e competência do Departamento.

Em seus 49 anos, o DAESP tem trabalhado em prol da ética, confiabilidade, transparência e responsabilidade, e segue prestando serviços com padrões internacionais de segurança, conforto e qualidade.

Os serviços prestados pelo DAESP abrangem:

a) Operações com passageiros, incluindo os serviços e a utilização de instalações dos terminais de passageiros, com vistas ao seu embarque, desembarque, orientação, conforto e segurança;

b) Operações com aeronaves, incluindo os serviços e as facilidades proporcionadas às operações de pouso, decolagem e permanência, bem como aquelas disponíveis no pátio de manobras e na área de estadia de cada aeroporto;

c) Operações de navegação aérea, incluindo os serviços, instalações, auxílios e facilidades disponibilizados para controle de aproximação, controle de aeródromo e os serviços de informações de voo.

“Quem constrói, administra e explora aeroportos aproxima o homem das estrelas.”

Dr. Jorge Miguel

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3 – MISSÃO, VISÃO E VALORES

Administrar e desenvolver a infraestrutura aeroportuária e os serviços a ela correlatos, bem como buscar soluções aeroportuárias que agreguem valor para o passageiro, para a sociedade e demais partes interessadas, promovendo crescimento sustentável.

Ser reconhecido como o Órgão Público que facilita o acesso ao transporte aéreo para a sociedade, pela qualidade de sua infraestrutura e serviços.

• Ética; • Segurança operacional e do trabalho; • Compromisso com o interesse público; • Transparência na comunicação e nas decisões; • Zelo pelo patrimônio público e particular; • Eficiência na gestão pública; • Engajamento socioambiental.

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4 – A DIRETORIA EXECUTIVA

O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo contou com uma nova gestão no ano de 2019, com a nomeação do Sr. Antônio Claret de Oliveira como Diretor-Superintendente e do Sr. Ângelo Grossi para a Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças, também assumindo a Chefia de Gabinete. A estrutura organizacional do Departamento sofreu relevante mudança, no sentido de trazer mais sinergia às discussões e foco nos resultados necessários. A Diretoria de Operações e Aeroportos, liderada pelo Engº. Jamil Abukater até outubro, fecha o ano sob a liderança de Álvaro Cardoso. Jamil teve um problema sério de saúde, mas felizmente está bem, contudo atuando mais tecnicamente na área de Engenharia. A Alta Gestão fica assim estruturada:

Diretor- Superintendente Antônio Claret de Oliveira

Diretoria de Procurador- Diretoria de Diretoria de Planejamento, Administração e Operações e Gestão e Finanças Chefe da Autarquia Comercial Aeroportos Ângelo Grossi Dr. Jorge MIguel Levi Rossi Álvaro Cardoso

ANTONIO CLARET DE OLIVIERA Diretor-Superintendente

Mineiro de Lavras. Pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela PUC-MG (Departamento de Engenharia Mecânica) e em Gestão de Controle e Qualidade pela JUSE – Union of Japonese Scientistis and Engineers, em Tóquio. Pós-graduado em Gestão de Negócios pelo IBMEC e em Gestão da Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral. Graduado em Engenharia Agronômica pela UFLA – Universidade Federal de Lavras. Ingressou na Vollourec Soluções Tubulares do Brasil S.A. (antiga VM do Brasil – Vallourec & Mannesmann Tubes do Brasil) em 1978, onde passou por vários cargos, até assumir, em 2006, a direção do Desenvolvimento Sustentável e Relações corporativas da empresa. Participou de cursos e programas em áreas técnicas de engenharia, gerenciamento e logística no Brasil e no exterior. Atuou como Diretor Geral da Vetorial Energética, no Estado de Mato Grosso do Sul, entre os anos de 2012 e 2014. Foi Coordenador do programa de pós-graduação em sustentabilidade do IETEC-MG. Foi Diretor-Presidente da Ecocarb, empresa voltada à aplicação de tecnologia para otimização energética. Foi presidente da INFRAERO entre os anos de 2016 a 2018. Assumiu a Direção do DAESP em janeiro/2019.

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ÂNGELO LUIZ MOREIRA GROSSI Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças

Mineiro de Belo Horizonte. Graduado em Engenharia de Controle e Automação pela UFMG, tem MBA em Finanças pelo IBMEC e MBA em Gestão de Projetos pelo IETEC-MG. Possui certificado de especialista em gestão empresarial pela FGV e capacitação internacional para Conselheiros de Administração pelo IBGC. É oriundo da indústria, tendo atuado nos segmentos refratarista/cerâmico, de mineração e hospitalar, com experiência em empresas de diversos tamanhos e modelos de gestão, em projetos no Brasil e no exterior. Em sua última experiência profissional, foi Diretor de Planejamento, Finanças e Relações com Investidores da INFRAERO entre junho/2016 e janeiro/2019. Ingressou no DAESP em fevereiro/2019.

DR. JORGE MIGUEL Procurador-Chefe

Formou-se em Direito pela Universidade Mackenzie. Lecionou Língua Portuguesa e Literatura durante 27 anos no Colégio Rio Branco, em São Paulo. Lecionou, em varias faculdades, as matérias: Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa e Brasileira, Direito Constitucional e Direito Penal. Integrou o Conselho de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como o Conselho de Prerrogativas da mesma Ordem. Ministrou Direito Penal na faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, onde defendeu a tese de mestrado. Coordenou o Curso Língua Portuguesa da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. De 1983 a 1985, assessorou, juridicamente, no Palácio, o Governador Franco Montoro. Ingressou no DAESP como Procurador Chefe em junho de 1985. No âmbito jurídico, participou de todas as atividades que deram estrutura e desenvolvimento aos Aeroportos. Desapropriou a área em , onde se edificou o majestoso aeroporto Bauru/. Desapropriou a área para construção do Aeroporto de São Carlos. É escritor, advogado, professor e poeta.

LEVI CRISTIANO ROSSI Diretor Administrativo e Comercial

Paulista da cidade de Americana. Admitido em março/2018 pelo DAESP, possui formação em Gestão Pública. É pós-graduado em Administração Pública e Gestão de Cidades. Atuou como Assessor da Superintendência no DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Santa Bárbara d`Oeste (2011-2012), como Chefe de Gabinete na Assembleia Legislativa do Estado de SP (2016- 2018), e atualmente é responsável pela Diretoria de Administração e Comercial do DAESP.

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ÁLVARO CARDOSO JR. Diretor de Operações Aeroportuárias

Formado em Comunicação Social, Bacharel em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-). Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade de Franca. Representante da Autarquia no Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos em Brasília – CNPAA/CENIPA. Iniciou atividades no Sistema Aeroportuário em 1982 pela INFRAERO, no aeroporto de Viracopos, em Campinas, sempre atuando nas áreas de Operações, Segurança AVSEC e SGSO – Segurança Operacional. Atuou como instrutor no Sistema pelo antigo DAC (Departamento de Aviação Civil) e Comando da Aeronáutica – DIRENG. Atualmente é Diretor de Operações Aeroportuárias do DAESP, coordenando os trabalhos das áreas de Engenharia, Operações Aeroportuárias e Meio Ambiente, além de atuação nas áreas de planejamento operacional, implantação, construção e exploração dos aeroportos da rede.

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5 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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6 – A REDE DE AEROPORTOS DO DAESP

Atualmente, a rede sob gestão do DAESP é composta por 22 aeroportos espalhados pelo interior do Estado. Além deles, para outros 5 (Campinas Amarais, Jundiaí, Bragança Paulista, Itanhaém e Ubatuba), diante da concessão feita em 2017 e da qual foi vencedor o consórcio VOA-SP, o Departamento tem a função de fiscalização técnica, no que tange a execução de investimentos e manutenções para atendimento às Resoluções vigentes para o setor, as quais são emanadas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Abaixo demonstramos a composição da rede aeroportuária do DAESP e sua localização dentro do Estado de São Paulo:

Ao final de 2019, São 9 os aeroportos que recebem aviação regular/comercial, ou seja, promovem o transporte regular de passageiros: Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru/Arealva, Franca, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, aeroportos que promovem a conexão regional de São Paulo com a capital paulista, com outros Estados brasileiros e com outros países do mundo.

Os outros 13 aeroportos são dedicados à aviação geral e/ou executiva. Entre eles se destaca o aeroporto de Sorocaba, responsável pelo maior movimento de aviação executiva do país, onde estão instalados hangares de relevantes empresas de manutenção e fabricação de aeronaves.

No ano de 2019, a rede estadual do DAESP contou com a anuência da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) para a assunção, por meio de assinatura de Convênio de Delegação entre SAC, 9

Município e Governo de São Paulo, dos aeroportos de Barretos e Guaratinguetá, o que fez com que sua rede totalizasse, então, os 22 aeroportos regionais.

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7 – 2019 EM GRANDES NÚMEROS (ACUMULADOS E VARIAÇÃO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR)

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8 – DESTAQUES DO ANO

1. Implantação de modelo de gestão voltados a resultados, com indicadores e projetos para alavancagem do negócio;

2. EBITDA positivo após cerca de 20 anos;

3. Desdobramento da gestão para os aeroportos, com envio dos resultados mensais e análise dos gestores da ponta da operação;

4. Avanço de R$ 400 mil mensais nas receitas tarifárias, por meio da reclassificação dos aeroportos;

5. Redução de cargos comissionados e enxugamento de pessoal, representando cerca de R$ 2,5 milhões anuais;

6. Aumento de 5 % no movimento de passageiros, na somatória de todos os aeroportos da rede estadual do DAESP;

7. Abertura de Chamamento Público visando ao incremento da aviação regional no Estado de São Paulo por meio da utilização de aeronaves com até 19 assentos;

8. Revisão de 64% dos contratos com fornecedores, trazendo uma economia de R$ 825 mil, acumulados até final de 2019;

9. Realização de acordos para débitos comerciais por meio da instituição dos Termos de Confissão de Dívida, de forma a reduzir a inadimplência e melhorar o resultado, o que possibilitou a redução da inadimplência comercial em 50% em 2019;

10. Investimento de R$ 11,7 milhões em 5 aeroportos que passarão a receber voos regulares, já com cronograma definido e aprovado pelo Governo e companhias aéreas: Araraquara (voos da Azul), São Carlos e Votuporanga (voos da Passaredo), Franca e Barretos (voos da Gol);

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11. Elevação da marca e geração de valor por meio da instalação dos logotipos do Governo de São Paulo e do DAESP nos aeroportos da rede;

12. Conclusão da obra da nova Torre de Controle do Aeroporto de Sorocaba;

13. Execução de importantes obras nas pistas dos aeroportos de Marília, Votuporanga e Araçatuba;

14. Aprovação de cerca de R$ 1,1 milhão em projetos de investimento na área de Meio Ambiente;

15. Geração de conteúdo e pauta positiva, em um trabalho em conjunto com a imprensa visando à preparação do negócio para a desestatização. As páginas seguintes trazem exemplos de matérias positivas veiculadas durante o ano de 2019;

16. Avanço relevante no projeto de desestatização, em trabalho conjunto com a consultoria internacional IOS Partners: já foram entregues 4 relatórios, e a modelagem sugerida já está pronta, mostrando viabilidade para a concessão de 100 % da rede do DAESP.

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Valor Econômico, de 22/5/2019

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Jornal A Tribuna, de Ribeirão Preto, de 1/6/2019

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Jornal A Tribuna, de Ribeirão Preto, de 11/6/2019 16

Nota na Folha de São Paulo, de 12/7/2019

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9 – MOVIMENTO OPERACIONAL

2019 fechou com um aumento de 5% no movimento de passageiros e uma queda de 6% no movimento de aeronaves, quando se compara com o movimento de 2018. A queda no movimento de aeronaves se dá por conta da estratégia recente e característica das companhias aéreas no sentido de aumentar o porte das aeronaves para obter maior ocupação e otimização da operação.

Chega-se, então, ao final de 2019 já com mais de 2,4 milhões de passageiros passando pelos aeroportos da rede estadual de São Paulo e mais de 150 mil movimentos (pouso + decolagem) de aeronaves.

2019 Passageiros Aeronaves 1° Quadrimestre 750.074 55.105 2° Quadrimestre 810.723 56.215 3° Quadrimestre 901.090 47.017 TOTAL 2.461.887 158.337 O DAESP, em conjunto e com apoio do Governo do Estado de São Paulo, trabalha estrategicamente para trazer maior movimento aos aeroportos da rede estadual. Com a corajosa ação de redução da alíquota de ICMS sobre o combustível de aviação, o Governador João Dória provocou aumento significativo de voos partindo de São Paulo, chegando a mais de 700 novas partidas semanais, impactando positivamente os aeroportos do DAESP que já possuíam aviação regular e, mais ainda, novos 5 destinos que passarão a contar com voos regulares de passageiros (Araraquara, com a Azul e seus aviões ATR-72, Votuporanga e São Carlos, com a Passaredo e também seus ATR-72, e Barretos e Franca, com a Gol e seus jatos Boeing 737-700/800). Os voos da Azul em Araraquara já são realidade; tiveram início no final do mês de outubro. Além disso, em Franca e Barretos, a Two Flex, em parceria com a Gol, já realiza 3 frequências diárias por meio de seus Cessna Grand Caravan, avião para transporte de 9 passageiros, além de piloto e copiloto. Grande resultado para o Estado de São Paulo, alavancando sua aviação regional.

As tabelas a seguir mostram os movimentos de passageiros e aeronaves, respectivamente, comparando o 3º com o 2º quadrimestre de 2019 e, ainda, o acumulado de janeiro a dezembro de 2019 com o mesmo período do ano anterior de 2018, com o devido desdobramento para todos os aeroportos da rede do DAESP.

Já os gráficos que se seguem mostram, em cascata, a evolução dos movimentos de passageiros e aeronaves, respectivamente, os fechamentos mensais, a partir do fechamento do 2º quadrimestre, até a totalização do 3º quadrimestre de 2019, deixando evidente os relevantes crescimentos obtidos.

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PASSAGEIROS 3º Quad. 2º Quad. Jan a Dez Jan a Dez AEROPORTO 2019 2019 2019 2018

RIBEIRÃO PRETO 343.153 300.353 14% 923.729 890.923 4% SÃO JOSÉ 286.352 267.122 7% 819.039 803.824 2% PRES. PRUDENTE 113.617 113.759 0% 319.339 280.851 14% BAURU/AREALVA 53.584 41.923 28% 135.394 134.609 1% ARAÇATUBA 50.024 36.424 37% 117.662 101.106 16% MARÍLIA 27.267 25.839 6% 73.865 66.561 11% SOROCABA 18.511 18.106 2% 48.879 45.040 9% ARARAQUARA 2.078 1.590 131% 4.962 6.187 20% 1.262 1.662 24% 4.372 4.945 12% FRANCA 1.523 121 1159% 3.672 3.462 6% PRES. EPITÁCIO 998 119 739% 2.043 3.279 38% VOTUPORANGA 371 397 7% 1.394 1.909 27% BARRETOS 1.292 0 100% 1.292 0 100% AVARÉ/ARANDU 441 363 21% 1.249 1.338 7% SÃO CARLOS 426 480 11% 1.248 1.350 8% 415 488 15% 1.237 1.439 14% SÃO MANUEL 194 228 15% 706 1.079 35% 215 202 6% 691 637 8% TUPÃ 172 227 24% 603 681 11% PENÁPOLIS 132 129 2% 383 726 47% REGISTRO 63 61 3% 128 254 50% TOTAL REDE DAESP 902.090 809.593 11% 2.461.887 2.350.200 5%

+ 11 %

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AERONAVES 3º Quad. 2º Quad. Jan a Dez Jan a Dez AEROPORTO 2019 2019 2019 2018

SOROCABA 12.263 13.405 9% 38.152 40.148 5% RIBEIRÃO PRETO 10.470 11.004 5% 30.862 32.272 4% SÃO JOSÉ 6.701 7.435 10% 21.312 24.710 14% PRES. PRUDENTE 4.094 5.431 25% 13.590 12.066 13% ARAÇATUBA 3.301 4.034 18% 10.700 10.487 2% MARÍLIA 2.385 2.772 14% 7.267 7.156 2% VOTUPORANGA 1.566 1.753 11% 5.237 6.514 20% FRANCA 2.003 1.374 46% 4.016 4.561 18% ARARAQUARA 1.058 1.434 26% 3.611 5.081 29% BAURU/AREALVA 1.451 1.102 32% 3.571 2.927 22% PENÁPOLIS 723 679 6% 2.076 2.518 18% SÃO CARLOS 597 763 22% 1.887 2.126 11% ASSIS 514 587 12% 1.702 2.614 35% AVARÉ/ARANDU 387 382 1% 1.361 1.488 9% DRACENA 376 335 12% 1.236 1.105 12% SÃO MANUEL 148 188 21% 635 828 23% ANDRADINA 216 233 12% 617 703 12% TUPÃ 169 183 8% 498 413 21% BARRETOS 380 0 100% 380 0 100% PRES. EPITÁCIO 127 44 189% 283 402 30% REGISTRO 103 84 23% 237 218 9% TOTAL REDE DAESP 49.032 53.222 -8% 149.230 158.337 -6%

- 6 %

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10 – RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO

A gestão para resultados, com ações firmes, planejadas e focadas na otimização dos recursos e, ao mesmo tempo, no aumento da eficiência, proporcionou realmente uma virada no cenário econômico financeiro do DAESP em 2019.

A persistência em ser cada vez mais assertivo na consolidação de informações fundamentais para tomada de decisão foi decisiva para entender a situação posta e identificar oportunidades. O Demonstrativo de Resultados do DAESP vem sendo construído e apresentado de forma cada vez mais clara e com análises cada vez mais aprofundadas, permitindo que a Alta Gestão possa navegar no rumo que o negócio precisa.

Com as visões de caixa e resultado claramente separadas, o resultado do DAESP pode começar a ser apresentado de acordo com as melhores práticas de mercado.

Vale ressaltar novamente que, em sendo uma autarquia, o DAESP recebe subvenções vindas do Tesouro do Estado para cobrir parte do seu custo, tanto de pessoal quanto de outras rubricas diversas. Além disso, em razão da Emenda Constitucional nº 93, de 8/9/2016, a qual determina a desvinculação de receitas correntes de algumas instituições, fundações e autarquias, tem 30 % de sua receita retidos já na fonte, por meio do sistema financeiro do Governo de São Paulo, o SIAFEM. A questão é que, com esse cenário posto, historicamente, ao final de cada exercício o DAESP ainda precisava solicitar recursos extras, orçamentários e financeiros, para fazer jus à quitação adequada das contas. Com os resultados coletados em 2019, o DAESP fechou o exercício com EBITDA positivo (o que é um fato histórico) e, ainda, com uma necessidade de recursos suplementares vindos do Tesouro do Estado quase nula.

O gráfico a seguir mostra a evolução quadrimestral do EBITDA em 2019 bem como o número consolidado do exercício.

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EBITDA DO DAESP: evolução quadrimestral e fechamento do exercício de 2019

Diante do desdobramento do EBITDA em receitas, custos e despesas, apresenta-se a seguir o Demonstrativo de Resultado Simplificado do DAESP, que traz basicamente duas visões: (i) fechamento de cada quadrimestre de 2019; (ii) fechamento de 31/12/2019 em comparação com o realizado em 31/12/2018. Pode-se verificar a relevante evolução das receitas ao longo dos quadrimestres do ano . Com relação aos custos e despesas, o aumento verificado no 3º qaudrimestre se deve às novas operações assumidas pelo Departmaento, quais sejam os aeroportos de Barretos e Guaratinguetá, a nova Torre de Controle em Sorocaba e as adequações para os voos regulares em Araraquara, Votuporanga, São Carlos, Franca e Barretos. As rubricas mais impactadas positivamente foram as de receitas terifárias e do pacote de pessoal. A rubrica de serviços contratados, apesar de não apresentar reduções significativas, sofreu intenso trabalho de negociação, sendo que a maioria dos contratos não sofreram reajustes. Os textos dos contratos estão sendo revistos a cada nova licitação, para que não haja obrigação de se concederem reajustes, mas sim a previsão de uma repactuação em comum acordo entre as partes.

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Demonstrativo de Resultado Simplificado: quadrimestres fechados e comparação 31/12/2019 x 31/12/2018

Em se tratando do Fluxo de Caixa, em que se olha geralmente o saldo, ou seja, é uma análise acumulada, demonstra-se, no gráfico abaixo, o valor do saldo de Caixa Operacional Livre do DAESP, significando aquilo que há disponível para o cumprimento das obrigações de custos e despesas, não entrando nessa conta os investimentos, haja vista que os recursos vêm do caixa do Tesouro do Estado, e não do caixa próprio do Departamento. Pode-se abstrair que, em relação ao número de 31/12/2018, o DAESP conseguiu, mesmo com os custos adicionais no final do ano, em razão das operações novas, como já mencionado aqui, conseguiu-se manter a estabilidade do caixa operacional, sempre acima do nível de 31/12/2018. 2019 fechou com o Caixa Operacional Livre em 3,7 % acima do saldo em 31/12/2018, significando cerca de R$ 2,99 milhões.

É muito importante a análise desse caixa concomitantemente com o EBITDA, de forma que o último, se persistentemente negativo, pode indicar consumo do Caixa Operacional Livre, acendendo alerta para a gestão do negócio. Contudo, com as medidas de gestão recentes, percebe-se, como já demonstrado, clara estabilização do EBITDA e, pois, da manutenção do nível do Caixa Operacional Livre.

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Saldo do Caixa Operacional Livre: comparação dos saldos ao final dos quadrimestres de 2019 com o saldo em 31/12/2018

O Caixa Total do DAESP apresenta algumas rubricas vinculadas, ou seja, “carimbadas” para determinados fins, como investimentos e convênios, por exemplo. A situação em 31/8/2019, ou seja, ao final do 2º quadrimestre, é a seguinte:

CAIXA TOTAL R$ 11,23 MILHÕES INVESTIMENTOS R$ 6,23 MILHÕES CAUÇÕES (GARANTIAS) R$ 1,94 MILHÃO CONVÊNIOS R$ 0,01 MILHÃO CAIXA OPERACIONAL LIVRE R$ 2,98 MILHÕES

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11 – EXECUÇÃO DE INVESTIMENTOS

O DAESP tem focado seus projetos de investimento para manter a operacionalidade dos aeroportos, com segurança e qualidade de serviço, em cumprimento à legislação vigente, e não tem medido esforços para conseguir atender as necessidades dos aeroportos da rede.

A execução neste ano, subiu 61% em relação à ano anterior. Tomou-se a decisão de avançar em outras fontes possíveis de recurso, com vistas a ter mais celeridade no início dos projetos. Com isso, solicitou-se o saldo de superávit existente resultante da concessão aeroportuária concluída em 2017 (da qual o consórcio VOA-SP foi vencedor), além de se fazer jus aos Restos a Pagar (RAP) do exercício de 2018. Adicionalmente a essas fontes, houve adiantamento do cronograma de execução da nova Torre de Controle do Aeroporto de Sorocaba e, portanto, o recurso previsto no Convênio com a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) foi solicitado. De janeiro a dezembro, 98 % do recurso disponível foi empenhado, e quase 80% das obras já foram concluídas. A tabela abaixo mostra, com mais detalhes, a estratificação dos números:

Visão orçamentária e status dos recursos até sua execução, incluindo previsão de superávit e RAP para 2020

Uma das principais obras deste ano foi a da nova Torre de Controle do Aeroporto de Sorocaba. Este investimento tem como objetivo a segurança operacional, com o melhor e mais assertivo ordenamento do trafego aéreo, que apresenta, atualmente, média anual de 40 mil movimentos. Outras obras de extrema importância também foram executadas, como remoção de borracha nas pistas de pouso e decolagem dos aeroportos exclusivos para aviação geral, instalação e manutenção da cerca operacional elétrica e do ar condicionado no aeroporto de Ribeirão Preto, ações estruturais e corretivas nos aeroportos de São Carlos e São José do Rio Preto, revitalização de pistas e sinalização diurna de Marília, Araçatuba, Barretos, São Carlos e Votuporanga; ações corretivas gerais da infraestrutura, modernização e ampliação de capacidade visando a segurança e o atendimento da demanda, além de avanço muito significativo em investimentos da área de Meio Ambiente.

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Foram executados mais de R$ 9,9 milhões até agosto/2019 e mais de R$ 15 milhões de setembro a dezembro/2019, somando 79% do orçamento total possível, ficando então uma previsão de Restos a Pagar (incluindo cerca de R$ 1 milhão em superávit) de cerca de R$ 6,3 milhões, montante que ficaria para execução em 2020, diante da evolução dos contratos vigentes no exercício de 2019. O superávit representa a diferença entre o que foi reservado (100 % do orçamento disponível) e o que foi efetivamente empenhado (98,5 % do orçamento possível para o exercício).

O gráfico abaixo ilustra de forma mais clara a evolução na execução durante o exercício de 2019, com números de execução consolidados ao final de cada quadrimestre, além da representação percentual em relação ao orçamento disponível.

79 % DO ORÇAMENTO DISPONÍVEL FOI EXECUTADO EM 2019

Execução quadrimestral, % em relação ao orçamento disponível e previsão de RAP

É importante destacar o montante investido (cerca de R$ 8,5 milhões) nos 5 aeroportos a receberem, ineditamente, voos regulares. Em 2019, o DAESP realizou processos licitatórios em tempo recorde, percorrendo todas as práticas de compliance, de forma a executar impressionantes 82 % do recurso disponibilizado somente em meados de setembro pelo Governo Estadual. Todo o escopo combinado junto ao Governo, ANAC, SAC, companhias aéreas envolvidas e ABEAR está, em boa parte, concluído. O DAESP, com relação a essa iniciativa, figura como um grande facilitador e apoiador do que veio como contrapartida das companhias aéreas diante da iniciativa tomada pelo Governo de São Paulo de reduzir o ICMS sob o combustível de aviação de 25 % para 12 %. 40

12 – DESEMPENHO DE MEIO AMBIENTE

No ano de 2019, houve importantes avanços em diversas frentes de atuação na área de Meio Ambiente, dentro de cada um dos Programas a seguir:

12.1. QUALIDADE DA ÁGUA

A Seção de Assessoria Ambiental permaneceu acompanhando e fiscalizando o desenvolvimento dos contratos de monitoramento da qualidade da água em Ribeirão Preto e São Carlos (já implementados anteriormente); e Bauru/Arealva, Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto (implementado no segundo quadrimestre de 2019).

Ainda no âmbito do fornecimento de água potável, concluiu-se a execução de adequação física e proteção sanitária do poço tubular profundo que abastece o aeroporto de Avaré/Arandu, e deu- se prosseguimento ao processo de contratação deste serviço para os poços tubulares profundos que abastecem os aeroportos de Franca e Barretos.

12.2. FAUNA

Foram protocolados relatórios técnicos em atendimento às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) feitas no âmbito da análise dos estudos de Identificação do Perigo da Fauna (IPF) e Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna (PGRF) dos aeroportos de Bauru/Arealva e Marília.

Para manutenção da regularidade operacional dos aeroportos de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente (os quais já possuem seus respectivos PGRFs implementados em suas rotinas operacionais), deu-se início ao processo de contratação dos estudos de atualização da IPF e do PGRF, em atendimento ao Regulamento Brasileiro de Aviação Civil - RBAC nº 164 de 2014. Paralelamente, a Seção de Assessoria Ambiental acompanha os reportes de colisão divulgados pelo CENIPA para os aeroportos que possuem aviação regular.

12.3. EFLUENTES SANITÁRIOS

Para continuidade da análise do processo de renovação da Licença de Operação – LO do aeroporto de Bauru/Arealva, a CETESB solicitou adequações ao sistema de tratamento de efluentes, então composto por 2 fossas sépticas e 1 filtro anaeróbio. Ao longo de 2019, foi elaborado projeto executivo dos dispositivos complementares de tratamento, definindo-se pela adição de 1 filtro anaeróbio e 5 sumidouros ao sistema, em conformidade com as especificações técnicas estabelecidas nas normas ABNT NBR 7.229/1993 e 13.969/1997.

Em setembro/2019, foi realizada a licitação referente à contratação das obras, as quais foram concluídas ao final de 2019. Trata-se de um importante avanço na gestão ambiental do aeroporto de Bauru/Arealva, sobre uma questão imprescindível ao processo de manutenção da regularidade ambiental do empreendimento. 41

12.4. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Para o aeroporto de Sorocaba, foram realizados esforços em conjunto com a Seção de Projetos e Obras para a elaboração do projeto executivo para construção da central de armazenamento temporário de resíduos sólidos, bem como foi iniciada a atualização do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).

Além de adequar o gerenciamento de resíduos sólidos do aeroporto à Política Nacional de Resíduos Sólidos e demais dispositivos legais aplicáveis, estas medidas também visam a atender exigências da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) no âmbito da regularização ambiental do aeroporto de Sorocaba, além de atender as demandas geradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no processo de sua internacionalização. Foi elaborado um plano de ação objetivando a adequação às normas sanitárias para emissão do Atesto Sanitário Internacional.

Ademais, a Seção de Assessoria Ambiental permaneceu acompanhando e fiscalizando o desenvolvimento dos contratos de gerenciamento de resíduos sólidos em Ribeirão Preto e do controle integrado de pragas em São Carlos.

12.5. PASSIVOS AMBIENTAIS

Deu-se prosseguimento nas diversas frentes de serviço ao longo de 2019 quanto ao gerenciamento de passivos ambientais nos aeroportos da rede. Encontram-se em andamento as investigações de passivos ambientais em São José do Rio Preto e Marília e a avaliação preliminar de áreas contaminadas em Presidente Prudente. Em Bauru/Arealva, foi concluída a avaliação preliminar de áreas contaminadas.

12.6. FLORA

Por meio da política de incentivo à aviação regional, iniciou-se a operação de aviação regular de passageiros no aeroporto de Araraquara. De forma a viabilizar e atender a legislação aeronáutica (RBAC nº 153), a Seção de Assessoria Ambiental conduziu processo de supressão de indivíduos arbóreos localizados na faixa de pista (área de 75 m a partir da borda da pista), objetivando a eliminação de obstáculos à navegação aérea.

Em Presidente Prudente, deu-se andamento nas tratativas acerca do projeto de restauração florestal (em análise na CETESB, para obtenção de anuência da Prefeitura Municipal para realização do projeto dentro do Parque Municipal São Lucas/ São Mateus.

12.7. RUÍDO AERONÁUTICO

Foram realizadas tratativas junto a técnicos da CETESB para discussão do Plano Específico de Zoneamento de Ruído no âmbito do processo de renovação de licença ambiental do aeroporto de Ribeirão Preto, com proposição de medidas mitigadoras para os impactos da região

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circunvizinha à cabeceira 18 da pista de pouso e decolagem. Ainda no âmbito deste tema, a Seção de Assessoria Ambiental deu início à elaboração de Termo de Referência para contratação da atualização dos Planos Específicos de Zoneamento de Ruído para os aeroportos de São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Araraquara, Sorocaba e Marília.

12.8. REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DOS AEROPORTOS

No terceiro quadrimestre de 2019, deu-se prosseguimento à elaboração de relatórios técnicos complementares pertinentes aos processos de regularização ambiental dos aeroportos de Bauru/Arealva, Presidente Prudente e São José do Rio Preto.

12.9. VISTORIAS AMBIENTAIS

De forma rotineira, foram realizadas vistorias para tratativas de diversos aspectos ambientais nos aeroportos de Franca, Barretos, Araraquara, Sorocaba e São José do Rio Preto.

12.10. INDICADOR DE DESEMPENHO DE MEIO AMBIENTE (IDMA) IDMA - INDICADOR DE DESEMPENHO DE MEIO AMBIENTE

84%Atendidas 84% 185 Em andamento 10% 21 Não iniciadoss 5% 10 IDMA

Sobrestado 2% 5

221 93%

10% 5% 2%

Atendidas Em andamento Não iniciadoss Sobrestado

PROGRAMAS PROJETOS ATENDIDOS EM ANDAMENTO NÃO INICIADO SOBRESTADO 2019 FAUNA 24 17 4 2 1 FLORA 28 19 2 4 3 RUIDO 9 9 0 0 0 RECURSOS HÍDRICOS 73 73 0 0 0 RESÍDUOS SÓLIDOS 34 28 4 2 0 RECURSOSMENERGÉTICOS 1 1 0 0 0 EMISSÕES ATMOSFERICAS 4 4 0 0 0 COMUNICAÇÃO AMBIENTAL 1 1 0 0 0 REGULARIZAÇÃO E RISCOS 31 21 8 2 0 SOLO 16 12 3 0 1 TOTAL 221 185 21 10 5

Indicador de Desempenho de Meio Ambiente (IDMA): consolidado e desmembrado por programa, em 31/12/2019

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13 – RECURSOS HUMANOS

O ano de 2019 fecha trazendo efeitos mais claros da redução da folha de pagamento e das horas extras, com índices que superaram o emanado pelo Decreto Estadual n.º 64.069/2019. A reestruturação geral no organograma do DAESP, com enxugamento e redistribuição de atividades, além de regularização das cessões existentes, trouxe mais sinergia e permitiu maior produtividade.

Durante o todo o ano, observam-se bons patamares de absenteísmo, quando se compara com o mercado em geral, mostrando o compromisso dos servidores e a efetividade da gestão dos líderes do DAESP. No 2º quadrimestre, com a solução de um dos dois casos disciplinares existentes, em andamento por abandono de emprego, o impacto no indicador foi bastante positivo, representando evolução de 39 % em relação ao fechamento do 1º quadrimestre. Contudo, no final do exercício, o número apresentou elevação em detrimento ao afastamento de 2 servidores por Acidentes de Trabalho no escritório da Sede do DAESP. Apesar de gravidade reduzida, mas ambos tiveram de ficar afastados por alguns dias. De toda forma, 2019 fechou com 1,10 % para dezembro, número que mostra bom monitoramento e controle desse indicador.

Evolução mensal do Absenteísmo do DAESP em 2019

O quadro de funcionários do DAESP é composto por 69 % de homens e 31 % de mulheres, com faixas etárias diversas, mas com maior concentração de pessoas acima dos 50 anos de idade. O quadro total é de 135 pessoas, sendo que 80 (59 %) estão alocadas diretamente nos aeroportos da rede, e 55 pessoas (41 %) estão na Sede do Departamento, na capital paulista.

Ao final do 3º quadrimestre, o pacote de pessoal dos aeroportos sofreu redução de cerca de 19% em relação ao ano de 2018. Os gráficos abaixo ilustram o que acaba de ser dito.

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Quadro de funcionários: Sede x Aeroportos Quadro de funcionários: Faixas Etárias

- 19%

Quadro de funcionários ao final de cada quadrimestre de 2019

Diante do cenário de mudança, principalmente relacionada ao projeto de desestatização da rede de aeroportos do DAESP, aplicou-se uma “Pesquisa de Posicionamento” para todos os colaboradores do Departamento. A adesão foi boa (próxima de 60% do quadro de ativos), e a consolidação do resultado foi muito relevante para que se pudessem tomar ações mais assertivas com relação às pessoas diante do momento atual. Abaixo duas tabelas que mostram, de maneira resumida, o posicionamento dos empregados diante do cenário em curso e da diretriz clara do Governo em direção à redução do Estado e à desestatização da sua rede de aeroportos:

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Posicionamento dos colaboradores diante do cenário de mudança – “Pesquisa de Posicionamento”

Como resultado, a partir do último trimestre de 2019, começou a ser desenvolvido projeto para incentivar a capacitação dos empregados e sua preparação, para que possam ter mais clareza e discernimento para realizar escolhas que, possivelmente, terão de ser feitas. O Departamento está planejando, para o 1º semestre de 2020, uma capacitação in company para os principais líderes das áreas, no tema “Anticorrupção e Cimpliance“, de forma que todos possam estar atentos a possíveis melhorias em conformidade para os processos, tema que é de extrema importância no mercado, quanto mais na área pública.

O corpo técnico do DAESP é bastante qualificado e, com certeza, deverá ser aproveitado, em uma política de pessoal ainda a ser definida pelo Governo do Estado de São Paulo. Imagina-se que uma maior robustez regulatória será necessária, fora oportunidades de mercado pela possível chegada de novos operadores aeroportuários (que podem ser inclusive internacionais), além das possibilidades de transferência daqueles que tiverem estabilidade para outras instituições do Governo Estadual.

Uma iniciativa relevante neste ano foi a inclusão de um Técnico de Segurança do Trabalho no escopo de contratação da empresa prestadora de serviços especializados em Segurança e Medicina do Trabalho. Com isso, esse profissional atuará em todas as unidades do DAESP, treinando, analisando, avaliando, controlando, executando, atualizando e coordenando ações de segurança e medicina do trabalho; ele poderá inclusive sugerir medidas de segurança em projetos civis do DAESP, acompanhar e orientar as áreas afins para o cumprimento das ações estabelecidas no planejamento anual do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). É a segurança do trabalho a favor do negócio e como prioridade de gestão.

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14 – OUTROS PROJETOS EM DESTAQUE

14.1 – O RADAR DE DESEMPENHO EMPRESARIAL

DESCRIÇÃO

Metodologia de gestão baseada na definição de 5 dimensões norteadoras do negócio: Gestão Financeira (EBITDA, com desdobramento em rubricas de receitas e despesas, consolidadas e por aeroporto, Caixa Operacional Livre e Inadimplência, além do projeto de recuperação de créditos), Operação (movimento de passageiros em relação à tendência, execução de investimentos, projetos estratégicos ligados à operação), Mão de Obra (absenteísmo, segurança do trabalho e treinamentos), Métodos/Processos (renegociação de contratos e licitações estratégicas selecionadas, além processos civis e trabalhistas também selecionados) e Meio Ambiente (acompanhamento da execução de projetos e ações divididas em 10 programas: Fauna, Flora, Ruído, Recursos Hídricos, Recursos Energéticos, Resíduos Sólidos, Emissões Atmosféricas, Educação Ambiental, Regularização e Riscos, Solo).

STATUS

Em 31/12/2019, o Radar de Desempenho Empresarial apresentou boa evolução em todas as dimensões, e a figura abaixo demonstra a análise do 1º nível feita, que é desdobrada em indicadores e projetos para cada dimensão, conforme mostrado na figura da página seguinte.

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Desdobramento das Dimensões em indicadores (I) e projetos (P), com seus respectivos pesos

14.2 – ADEQUAÇÕES DOS AEROPORTOS QUANTO AO AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros)

DESCRIÇÃO

Esse é um projeto corporativo do DAESP, para realização de todas as adequações necessárias à obtenção dos laudos de conformidade AVCB: documento que atesta a vistoria realizada nos terminais em relação à conformidade com as regras de segurança e prevenção de incêndio, cujo regulamento e competência estão com o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

STATUS

Os projetos já foram elaborados e aprovados. Todos os processos de licitação para execução dos projetos foram concluídos, e as obras começaram e fazem parte do rol de investimentos apresentados neste Relatório. As adequações estão em andamento, e assim devem permanecer até o fim do 1º trimestre de 2020.

PRÓXIMOS PASSOS

Continuidade da execução de pequenas obras e instalação de equipamentos, com acompanhamento próximo pela equipe de Engenharia do DAESP. A previsão é conclusão de todo o escopo até final do 1º trimestre de 2020. 48

14.4 – INTERNACIONALIZAÇÃO DO AEROPORTO DE SOROCABA

DESCRIÇÃO

Projeto para obter condição de aeroporto internacional para manutenção da aviação executiva, haja vista Sorocaba ser o principal polo daquele tipo de aviação no Brasil e, pois, a demanda e consequente ganho de eficiência são bastante relevantes para a operação.

STATUS

Em 2019, o projeto teve sua formalização reforçada junto aos órgãos ANVISA, VIGIAGRO, Policia Federal e Receita Federal. O DAESP obteve, em 2019: (i) anuência da Receita Federal para continuidade do projeto; (ii) visita da ANVISA e posterior emissão de Relatório Técnico com algumas adequações necessárias, para as quais o DAESP já está procedendo ações de atendimento; (iii) solicitação da VIGIAGRO para cadastro em sistema da instituição, prontamente feita pelo DAESP; (iv) manifestação da Polícia Federal quanto ao acesso existente para área particular de hangares e garantia de que o processo de internacionalização seja apenas para a parte de manutenção de aeronaves. O DAESP já procedeu publicação de Portaria que determina a responsabilidade dos hangares da área particular contígua ao aeroporto quanto à segurança e cumprimento de questões legais e regulatórias, além de ter iniciado processo de controle de entra e saída de aeronaves para aquela área. O Departamento emitiu também Ofício à Polícia Federal afirmando que o escopo do projeto se limita ao propósito de manutenção de aeronaves.

PRÓXIMOS PASSOS

Com as ações tomadas pelo DAESP, reagindo às manifestações dos órgãos de fronteira competentes, o Departamento aguarda retorno da VIGIAGRO e da Polícia Federal, e concluirá, dentro do 1º semestre de 2020, as adequações emanadas pela ANVISA, de forma a emitir relatório técnico final para aquela instituição. Ao finalmente obter a anuência de todos os órgãos envolvidos, enviar para a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O DAESP espera ter todo esse processo concluído dentro do exercício de 2020.

14.5 – DESESTATIZAÇÃO DA REDE AEROPORTUÁRIA DO DAESP

DESCRIÇÃO

Encarado como um dos principais projetos do DAESP hoje. Visa à entrega de modelagem ao Governo do Estado de São Paulo, a partir de estudo feito em conjunto com a consultoria internacional IOS PARTNERS, para a desestatização da rede aeroportuária estadual, de forma a indicar o melhor modelo para a desestatização: concessões individuais, em blocos, se haverá ou não necessidade de Parceria Público-Privada (PPP).

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STATUS

Ao final de 2019, já foram entregues 4 dos 5 produtos previstos contratualmente com a consultoria: (i) “Plano de Trabalho Revisado”; (ii) “Caracterização dos Aeroportos do DAESP”; (iii) “Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – Inicial”; e (iv) “Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – Para Concessão”. A partir da primeira entrega, foram realizadas visitas técnicas em todos os aeroportos da rede, com presença de técnicos da consultoria, do DAESP e representantes locais, geralmente das Prefeituras e responsáveis por empreendimentos da região. Em seguida, com 30 dias, a consultoria entregou a caracterização de cada um dos aeroportos: características técnicas, de infraestrutura e instalações, análise do mercado regional e das possíveis potencialidades. Em outubro, a consultoria IOS Partners entregou uma modelagem inicial, onde várias discussões técnicas e estratégicas foram conduzidas, para que, ao final do ano, em dezembro, a consultoria entregasse então o Produto 4, com a modelagem final sugerida para o Governo do Estado de São Paulo.

Durante o ano, foram realizados 2 market soundings (escutas de mercado): um na Secretaria de Governo, outro pela própria consultoria. Este último já com apresentação preliminar da modelagem. O interesse foi claro por parte de várias empresas relevantes do setor aeroportuário e de infraestrutura de maneira geral.

Modelo: concessão em 2 blocos, sendo o Bloco Noroeste com 13 aeroportos, e o Bloco Sudeste com 9 aeroportos. Bloco Noroeste: São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Votuporanga, Barretos, Dracena, Tupã, Presidente Epitácio, Andradina, Assis, Avaré/Arandu, Penápolis e São Manuel. Bloco Sudeste: Ribeirão Preto, Sorocaba, Bauru/Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Franca, Guaratinguetá e Registro.

Entre investimentos e custos de operação, a expectativa é que o Estado de São Paulo seja desonerado em R$ 700 milhões, ao longo de 30 anos de concessão. Além disso, há uma geração prevista de R$ 600 milhões em receita tributária para os municípios de São Paulo e para a União. Maiores detalhes sobre o regramento e sobre o modelo virão durante a fase de Consulta e Audiências Públicas, a acontecer após a aprovação do modelo inicial pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) e pelo Conselho Gestor de Parcerias Público Privadas (CGPPP), em sua 10ª reunião ordinária prevista para fevereiro de 2020.

PRÓXIMOS PASSOS

A figura abaixo ilustra, de forma resumida, os passos à frente, com as respectivas estimativas de datas:

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Ilustração resumida do cronograma do projeto de desestatização dos aeroportos do DAESP

FATO RELEVANTE:

NO MOMENTO DA FINALIZAÇÃO DESTE “RELATÓRIO DE GESTÃO 2019”, O BRASIL E O MUNDO JÁ CONHECIAM OS EFEITOS CAUSADOS PELA PANDEMIA DO COVID-19. INFELIZMENTE, SÃO PAULO É O ESTADO MAIS ATINGIDO POR CASOS CONFIRMADOS DA DOENÇA, E MEDIDAS RESTRITIVAS VÊM SENDO TOMADAS PELO GOVERNO ESTADUAL. A REDE DE AEROPORTOS DO DAESP SOFREU DRASTICAMENTE, TANTO COM RELAÇÃO AO MOVIMENTO DE PASSAGEIROS E AERONAVES NOS SEUS AEROPORTOS, QUANTO EM SUAS RECEITAS. MUITOS COLABORADORES ESTÃO TRABALHANDO À DISTÂNCIA, MAS OS AEROPORTOS CONTINUAM ABERTOS, COM O MÍNIMO DE ESTRUTURA NECESSÁRIA PARA ATENDIMENTO DA REGULAÇÃO AEROPORTUÁRIA E PARA EVENTUAIS EMERGÊNCIAS, NO SENTIDO DE APOIAR AS AÇÕES DE COMBATE À PANDEMIA. O MOMENTO É DELICADO, PORÉM A GESTÃO DO DAESP SEGUE DIARIAMENTE EM PLANEJAMENTO DINÂMICO E FLEXÍVEL, AJUSTANDO SUA OPERAÇÃO E EM INTERLOCUÇÃO COM AS PRINCIPAIS PARTES INTERESSADAS DE SEU SEGMENTO, GARANTINDO ATUAÇÃO CIRÚRGICA, OBJETIVA E COM FÉ DE QUE A SITUAÇÃO SERÁ BREVE E PASSAGEIRA.

FIM DO RELATÓRIO

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