O Exercício Da Atividade Jornalística Na Visão Dos Profissionais: Sofrimento E Prazer Na Perspectiva Teórica Da Psicodinâmica Do Trabalho
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO CRISTIANE OLIVEIRA REIMBERG O exercício da atividade jornalística na visão dos profissionais: sofrimento e prazer na perspectiva teórica da psicodinâmica do trabalho São Paulo 2015 CRISTIANE OLIVEIRA REIMBERG O exercício da atividade jornalística na visão dos profissionais: sofrimento e prazer na perspectiva teórica da psicodinâmica do trabalho Tese apresentada à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo como exigência parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências no Programa de Ciências da Comunicação Área de Concentração: Estudo dos Meios e da Produção Mediática Orientadora: Profa. Dra. Alice Mitika Koshiyama São Paulo 2015 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo Dados fornecidos pelo(a) autor(a) Reimberg, Cristiane Oliveira O exercício da atividade jornalística na visão dos profissionais: sofrimento e prazer na perspectiva teórica da psicodinâmica do trabalho / Cristiane Oliveira Reimberg. -- São Paulo: C. O. Reimberg, 2015. 376 p. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação - Escola de Comunicações e Artes / Universidade de São Paulo. Orientadora: Alice Mitika Koshiyama Bibliografia 1. Jornalismo e Cidadania 2. História dos Jornalistas no Brasil 3. Organização do Trabalho 4. Direitos Trabalhistas 5. Psicodinâmica do Trabalho I. Koshiyama, Alice Mitika II. Título. CDD 21.ed. - 070 REIMBERG, C. O. O exercício da atividade jornalística na visão dos profissionais: sofrimento e prazer na perspectiva teórica da psicodinâmica do trabalho. Tese apresentada à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências da Comunicação. Aprovada em: Banca examinadora: Prof. Dr.: ______________________________________________________________ Instituição: _____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Assinatura:_____________________________________________________________ Prof. Dr.: ______________________________________________________________ Instituição: _____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Assinatura:_____________________________________________________________ Prof. Dr.: ______________________________________________________________ Instituição: _____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Assinatura:_____________________________________________________________ Prof. Dr.: ______________________________________________________________ Instituição: _____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Assinatura:_____________________________________________________________ Prof. Dr.: ______________________________________________________________ Instituição: _____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Assinatura:_____________________________________________________________ Aos meus pais, José e Lourdes, a quem devo o que sou. À querida irmã, Leiliane. À grande mestre, Alice. Agradecimentos Longe de ser um trabalho solitário, a elaboração de uma tese depende da colaboração de várias pessoas. A principal delas é minha orientadora, a Profa. Dra. Alice Mitika Koshiyama, que compartilhou seus conhecimentos comigo não só nesses quatro anos de doutorado, mas também na elaboração de minha dissertação de mestrado. Só tenho a agradecer por sua generosidade, sabedoria e capacidade de instruir. Esse trabalho não teria sido concluído sem o apoio de meus pais, José Bueno Reimberg e Aparecida de Lourdes Oliveira Reimberg, e minha irmã, Leiliane Oliveira Reimberg. Com eles partilhei minhas angústias e dúvidas, recebendo carinho, sugestões e equilíbrio para continuar por maiores que fossem as dificuldades. Encontrei essa mesma disponibilidade na amiga Margarida Adamatti, desde a época da faculdade de jornalismo, temos dividido nossas aventuras na profissão, na pesquisa e na vida. Também foram fundamentais as sugestões dadas pela banca de qualificação, composta pelos professores Laerte Sznelwar e Roberto Heloani, que me ajudaram a construir o fio condutor da pesquisa. Assim como foram importantes as disciplinas cursadas, ministradas pelos professores: Eugênio Bucci, estimulando reflexões filosóficas; Leny Sato, contribuindo com conceitos da psicologia social; Luciano Maluly, pensando o exercício do jornalismo e a falta que a rua faz às reportagens; Roseli Figaro, refletindo sobre a comunicação e o trabalho; e mais uma vez Alice, mostrando o processo conflituoso de construção da cidadania, e Laerte, discutindo a psicodinâmica do trabalho e a ergonomia. Outro apoio essencial foi dado pelos colegas da Fundacentro. Agradeço especialmente as amigas e jornalistas da Assessoria de Comunicação Social – ACS, Alexandra Rinaldi, Aline Souza e Débora Santos, e a nossa estagiária Rebeca Melo, pela ajuda, principalmente, na reta final da pesquisa. Agradeço ainda as companheiras do Programa Organização do Trabalho e Adoecimento da Fundacentro – Proort, sobretudo, a Maria Maeno, que aceitou a inclusão de meu projeto no programa, e a Myrian Matsuo, pelas ideias que foram incorporadas à tese. Também agradeço aos colegas do Grupo de Pesquisa “Jornalismo e a Construção da Cidadania”, da ECA/USP, pelos ricos debates e trocas de conhecimentos nesses quatro anos. Por fim, agradeço aos jornalistas que concederam entrevistas para esta pesquisa. Sem a generosidade deles em compartilharem seus trabalhos e suas vidas, este estudo não seria possível. Sozinhos, ficamos livres, mas não podemos exercitar a nossa liberdade. Com o grupo, encontramos os meios de multiplicar as forças individuais, mediante a organização. É assim que nosso campo de luta se alarga e que um maior número de pessoas se avizinha da consciência possível, rompendo as amarras da alienação. É também pela organização que pessoas inconformadas se reúnem, ampliando, destarte, sua força e arrastando, pela convicção e o exemplo, gente já predisposta mas ainda não solidamente instalada nesses princípios redentores. Milton Santos Resumo REIMBERG, C. O. O exercício da atividade jornalística na visão dos profissionais: sofrimento e prazer na perspectiva teórica da psicodinâmica do trabalho. 2015. 376 f. Tese (Doutorado) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. O objetivo desta pesquisa é refletir sobre a organização do trabalho no jornalismo, analisando quando o trabalho é fonte de sofrimento e quando ele é fonte de prazer, a partir da subjetividade dos jornalistas entrevistados. Para tanto, utilizamos a psicodinâmica do trabalho, delineada por Christophe Dejours, como referencial teórico, e entendemos a segurança e a saúde no trabalho como direitos sociais que compõem a cidadania. No estudo do contexto histórico, relacionamos a organização do trabalho e a saúde do trabalhador com a história do jornalismo e suas práticas organizacionais. Fazemos uma pesquisa qualitativa que usa a análise de conteúdo, conforme Bardin. Realizamos 21 entrevistas semiabertas com jornalistas de diferentes gerações, entre 25 e 82 anos de idade, a partir de um roteiro base de 25 perguntas. Os entrevistados dividiram conosco suas memórias e vivências para que analisássemos como se dá a organização do trabalho jornalístico na prática e como são as relações de prazer e sofrimento no trabalho. A escolha dessas pessoas se baseou em uma pesquisa, que considerou o envolvimento profissional, o trabalho por elas realizado, a pluralidade de idades e a experiência em diferentes meios de comunicação jornalísticos. Analisamos o conteúdo do material transcrito a partir de seis categorias temáticas: 1) Direitos trabalhistas, em que analisamos jornada de trabalho, formas de contratação, compensação ou pagamento de horas extras e plantões; 2) Organização do trabalho, em que discutimos a pressão, o ritmo, as relações, as limitações e as rotinas de trabalho; 3) Sofrimento, em que refletimos sobre os sofrimentos, dores e adoecimentos, estresse, assédio moral, álcool e drogas, riscos e violências relacionados ao trabalho; 4) Sentido do trabalho, em que pensamos sobre os sentidos de ser jornalista, a relação trabalho e vida pessoal e o envolvimento com o trabalho; 5) Prazer no trabalho, em que avaliamos o prazer, a satisfação, a criatividade e a autonomia presentes no trabalho do jornalista; 6) Futuro do jornalista, que nos dá pistas para a conclusão deste estudo. Os depoimentos mostram que as pessoas reconhecem situações negativas com a precarização do trabalho, mas ao mesmo tempo declaram o grande envolvimento que têm com a profissão, pois o trabalho dá sentido à vida, e o reconhecimento e o sentido do trabalho podem transformar o sofrimento em prazer. Palavras-chave: Jornalismo e Cidadania; História dos Jornalistas no Brasil; Organização do Trabalho; Direitos Trabalhistas; Psicodinâmica do Trabalho; Sofrimento; Prazer. Abstract REIMBERG, C. O. The exercise of the journalistic activity from the professionals point of view: