Jornalismo Em Gêneros Volume 4
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jornalismo em gêneros volume 4 organização Alexandre Barbosa 1 Alexandre Barbosa organizador Jornalismo em gêneros - volume 4 Jornalismo especializado DOI 10.11606/9788572051873 São Paulo ECA-USP 2017 É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e autoria, proibindo qualquer uso para fins comerciais. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo J82b Jornalismo em gêneros - volume 4 : jornalismo especializado [recurso eletrônico] / Alexandre Barbosa (organizador) -- São Paulo: ECA/USP, 2017.220 p. ISBN 978-85-7205-187-3 DOI 10.11606/9788572051873 1. Jornalismo especializado 2. Gêneros jornalísticos I. Barbosa, Alexandre CDD 21.ed. – 070.449 Bibliotecária responsável: Sarah Lorenzon Ferreira CRB-8/6888 Jornalismo em Gêneros. Universidade de São Paulo, 2017. Coordenação e Organização Alexandre Barbosa Uma obra dos alunos da disciplina Conceitos e Gêneros do Jornalismo – 2ºsem/2017. Adriano Leonel, Ana Helena Corradini, Barbara Cavalcanti, Bárbara Reis, Bruna Arthuso, Bruna da Nobrega, Caio Nascimento, Carolina Vacchi, Danilo de Sousa, Diego Andrade, Haline Floriano, Igor Soares, Jasmine Olga, Juliana Lima, Juliana Martine Morgante, Juliana Meres, Lanna Sousa, Larissa Fernandes, Laura Castanho, Laura Raffs Guerra, Lázaro Campos Junior, Leticia Meirelles, Lucas Almeida, Lucas Tascin, Lucas Matheus de Souza, Luna Bolina, Marcella Affonso, Maria Beatriz Barros, Maria Carolina de Medeiros, Matheus Morgado, Mayara Paixão, Mirella Cordeiro, Rafael Paiva, Rodrigo Brucoli, Stephanne de Almeida, Thiago Duran, Victor Hugo Capelini Correa, Vitor Coelho Ribeiro, Vitor Garcia e Vitor Guimarães Tezzon. Revisão Ana Helena Corradini, Caio Nascimento, Diego Andrade, Luna Bolina, Maria Beatriz Barros e Maria Carolina de Medeiros. Verbetes Adriano Leonel, Carolina Vacchi, Haline Floriano, Lanna Sousa, Rafael Paiva e Vitor Garcia Projeto gráfico, diagramação e fotografia Larissa Fernandes, Lucas Tascin, Marcella Affonso e Mirella Cordeiro. Capa Marcella Affonso Sumário Apresentação 11 Jornalismo Esportivo 21 Cultural 47 Econômico 69 Político e Internacional 87 Crônicas 109 Política 113 O ofício 127 Formação 149 Cotidiano 163 Esportes 181 Cultura 199 Referências Bibliográficas 215 APRESENTAÇÃO 9 9 11 Ser generalista ou especializado não precisa ser dilema na formação do jornalista Prof. Dr. Alexandre Barbosa A coleção Jornalismo em Gêneros chega ao seu quarto volume com o tema Jornalismo Especializado. Ao final da leitura, espera-se que o leitor compreenda que a especialização, no jornalismo, não precisa ser um di- lema. Ou seja, durante a graduação é possível pensar em atividades, pes- quisas e disciplinas que ofereçam aos alunos condições de conhecerem as principais especializações de modo que, ao final, eles possam navegar por elas e, se quiserem, cursarem pós-graduações. Este livro pretende ser uma dessas atividades. Proposta didática da disciplina Conceitos e Gêneros de Jornalismo, a produção de livro contendo os principais gêneros pretendeu, nesses qua- tro semestres, congregar a heterogeneidade das turmas que nela se ma- triculam, tanto de forma obrigatória, como optativa. As salas eram for- madas por alunos de jornalismo que já passaram por jornais-laboratório e alunos de outros cursos da Universidade de São Paulo: de Contabilida- de e Administração, passando por Relações Públicas e Publicidade até Letras, Física e Matemática. A produção do livro é a chance de treinarem entrevistas coletivas, criação de textos informativos, redação de perfis e de crônicas, gênero do texto opinativo. Nos volumes anteriores, os temas foram gêneros jornalísticos, mer- cado de trabalho e América Latina, esse em homenagem aos cinquenta anos da publicação de Cem Anos de Solidão. Para este volume, o jorna- lismo especializado foi o fio condutor das coletivas. Jornalistas que de se destacam nas coberturas esportiva, cultural, econômica e política foram entrevistados em coletivas e ajudaram a construir o cenário para tentar mudar a máxima que o jornalista é um especialista em generalidades. entrevistados em coletivas e ajudaram a construir o cenário para tentar 11 mudar a máxima que o jornalista é um especialista em generalidades. A profissão exige que o jornalista se posicione diante de fatos com- plexos em demasia. Guerras civis na África, golpes de Estado na América Latina, especulação financeira, crises do capitalismo, exposições de van- guardas artísticas, experimentações de linguagens na dramaturgia, novas tecnologias para aumentar índices olímpicos, as tentativas de burlar o anti-dopping. Em tese, são os repórteres daquela editoria que cuidariam desses as- suntos. Mas a crise das redações da indústria jornalística e a própria dinâ- mica da profissão acabam levando o jornalista destacado para uma cober- tura esportiva em um determinado país, ter de repercutir a escolha do novo Papa, por exemplo. Jornalistas são repórteres, antes de tudo. E jornalismo especializado é, antes de tudo, jornalismo. Palavras dos convidados das coletivas que são endossadas por outros tantos que foram convidados a se posicionarem sobre o assunto. E mesmo diante de uma pauta pertencente à editoria de especializa- ção. Que conhecimentos sobre economia, geopolítica, cultura, antropolo- gia e história são necessários para cobrir um golpe de Estado em Hon- duras, ou um conflito de terras no Paraguai? Em tantos anos em sala de aula, os alunos respondem com olhares trêmulos a essa pergunta. Olhares questionadores também, que querem retirar dos currículos as soluções e acabam se deparando com a frustração de nem ter a técnica desenvolvida e nem receber as formações gerais necessárias para suprir esses conhe- cimentos. Porque, além de história e geopolítica, é preciso saber titular, di- vidir o texto em níveis de leitura, citar corretamente as fontes e respeitar o código de ética. A dinâmica aplicada na disciplina Conceitos e Gêneros do Jornalismo em 2016 e 2017 no Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP não é o único exemplo e nem pretende ser a salvação da lavoura. Ela se soma às experiências do Jornal do Campus e de outros laboratórios que invertem a sala de aula. O professor propõe atividades que demandam pes- quisa dos alunos e, diante das respostas feitas, há o debate, a comparação, a análise. Assim, teoria e prática não precisam estar em lados opostos da formação do jornalista, assim como é possível discutir a especialização praticando jornalismo que é aplicado às pautas gerais e específicas. 12 13 O que o leitor irá encontrar nas próximas páginas é prática da textos informativos e da edição de entrevistas sobre a presença de quatro jor- nalistas especializados em coletivas de imprensa. É a prática do texto interpretativo na construção de quatro perfis diferentes. É a prática da construção do gênero opinativo mais brasileiro, a crônica, a partir de fa- tos do jornalismo. Teoria e prática. Formação geral e especializada. O primeiro degrau, é verdade, mas a formação do jornalista é um constante aprendizado. Ainda bem! Boa leitura. Alexandre Barbosa Doutor em Ciências da Comunicação (ECA-USP), Mestre em Jornalismo Comparado (ECA-USP), Especialista em Jornalismo Internacional (PUC-SP), Jor- nalista (UMESP). Pesquisador e professor do Celacc (Centro de Estudos Latino- -americanos sobre Comunicação e Cultura), professor contratado do curso de Jornalismo da ECA-USP e professor dos cursos de jornalismo da Fapcom e da Uninove. Autor do livro A Solidão da América Latina na Indústria Jornalística Bra- sileira (Alexa Cultural) e organizador dos livros Jornalismo em Gêneros, volumes I, II e III e IV, publicados pela ECA-USP. Professor-orientador editorial do Jornal do Campus. Autor de artigos sobre Comunicação e Cultura popular da América Latina publicados em revistas científicas do Brasil e da América Latina. Foi ven- cedor do Prêmio Professor Imprensa 2017 (3a edição) na categoria Coordenador de Jornal-Laboratório região sudeste. 12 13 15 De esporte a economia: jornalistas especializados compartilham suas experiências com alunos Profissionais também discutiram a situação do jornalismo no país Por Danilo Henrique Ribeiro, Igor Soares, Lucas Matheus de Souza, Stephanne de Almeida e Victor Hugo Capelini Ao longo do segundo semestre de 2017, os alunos da disciplina Con- ceitos e Gêneros do Jornalismo, ministrada pelo professor Alexandre Barbosa, produziram o livro Jornalismo em Gêneros - Volume IV. Nesta edição, o tema escolhido foi Jornalismo Especializado. Para isso, foram convidados profissionais das áreas de esporte, cul- tura, economia e política que, em coletivas realizadas na Escola de Co- municações e Artes da USP, falaram sobre suas experiências pessoais em cada uma de suas áreas, motivações e opiniões sobre o jornalismo como um todo. A primeira coletiva contou com a presença de Celso Unzelte. O jorna- lista esportivo sempre esteve engajado com essa temática durante suas experiências profissionais. O primeiro contato com o universo jornalísti- co foi na revista Placar, mas já passou pelo jornal Notícias Populares e pela Revista Quatro Rodas ocupando cargos de repórter e de editor. Hoje Unzelte atua como professor de jornalismo na Faculdade de Comunica- ção Social Cásper Líbero. Com mais de 20 anos na área esportiva, notou grandes mudanças e evoluções sobre como o tema é abordado na grande mídia, segundo ele “o Jornalismo Esportivo era muito menos respeitado no começo da carreira”. Para o jornalista, “o esporte deveria ser tratado com a mesma seriedade do que qualquer