LAUDO PERICIAL ARBITRAGEM CCI Nº 23647/GSS CAMARA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL

ÍNDICE

1.CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...... 2 2.NORMA, METODOLOGIA E REFERÊNCIAS ADOTADAS ...... 6 3.ALEGAÇÕES DAS PARTES ...... 8 4.CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOCUMENTAÇÃO DISpoNIBILIZADA NO PROCESSO ...... 13 5.AVALIAÇÃO DE IMPACTOS NO CRONOGRAMA E NOS CUSTOS DAS OBRAS ...... 30 6.CONCLUSÕES ...... 68 7.ANEXOS ...... 71 8.ENCAMINHAMENTO ...... 72

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 Histórico

1.1.1 Nome e Qualificação as Partes

REQUERENTE O requerente é o Consórcio TIISA / CONSBEM / SERVENG (doravante CONSÓRCIO ou REQUERENTE ou Contratada), inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) sob o número 11.154.767/0001-91

O Consórcio é formado pelas seguintes sociedades, nos termos do Instrumento Particular de Constituição de Consórcio:

(a) TIISA – Infraestrutura e Investimentos S.A. (TIISA), líder do Consórcio e inscrita no CNPJ sob o número 10.579.577/0001-53. (b) CONSBEM Construções e Comércio Ltda. (Consbem), inscrita no CNPJ sob o número 61.776.399/0001-91. (c) Serveng Civilsan S.A. – Empresas Associadas de Engenharia (Serveng), inscrita no CNPJ sob o número 48.540.421/0001-31.

REQUERIDOS (a) Estado de São Paulo, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sob o número 66.858.689/0001-06, representado no contrato entre as partes pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos – STM (doravante denominado PRIMEIRO REQUERIDO ou Contratante) e nessa arbitragem pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (b) Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (doravante denominada CPTM ou SEGUNDA REQUERIDA ou REQUERIDA), inscrita no CNPJ sob o número 71.832.679/0001-23

1.1.2 Histórico da Disputa

Trechos da Ata de Missão (17/08/2018) citam que:

“Em 3 de novembro de 2009, as Partes celebraram o Contrato n. STM 011/2009 (“CONTRATO”), cujo objeto é o Fornecimento e Instalação de Via Permanente e Sistema de Suprimento de Energia Catenária de Tração, entre o Km 13+365 e Km39+500 e Pátio do Estacionamento de Trem Francisco Morato entre o Km 38+000 e Km38+500, da Linha “A” da CPTM (7-Rubi) – Lote 2.”

“A data inicial de vigência do Contrato estava sujeita a certas condições suspensivas (Data de Vigência, Cláusula 3.1). O Consórcio deveria iniciar as obras dentro de 30 dias da Data de Vigência, e concluí-las no prazo de 18 meses a contar da Data de Vigência (Cláusulas PC 8.1 e 8.2). A Data de Vigência foi determinada como sendo 29 de dezembro de 2009 (Carta CT GEO 001/10 de 04 de janeiro de 2010).

Após a Data de Vigência, o Contrato foi aditado seis vezes:

(a) Em 27 de junho de 2011, as Partes celebraram o Termo de Aditamento No. 1;

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(b) Em 11 de junho de 2012, as Partes celebraram o Termo de Aditamento No. 2;

(c) Em 9 de novembro de 2012, as Partes celebraram o Termo de Aditamento No. 3;

(d) Em 18 de agosto de 2014, as Partes celebraram o Termo de Aditamento No. 4;

(e) Em 2 de setembro de 2016, as Partes Celebraram o Termo de Aditamento No. 5; e,

(f) Em 2 de janeiro de 2018, as Partes Celebraram o Termo de Aditamento No. 6.

Tais aditamentos prorrogaram o prazo do Contrato de 18 para 92 meses a contar da Data de Vigência, além de alterarem certos preços, quantitativos e cronograma das obras.

A arbitragem havida entre as Partes e perante o Tribunal Arbitral (Arbitragem CCI 20581/ASM) tratou do desequilíbrio econômico-financeiro do contrato entre o 1º (primeiro) mês de vigência contratual e o mês de fevereiro de 2016 (74º mês de vigência contratual). A presente arbitragem trata de período posterior a fevereiro de 2016, e que não foi objeto da sentença arbitral final na Arbitragem ICC 20581/ASM.

As Partes discordam acerca de quais eventuais condutas das Partes deram causa à necessidade de celebração dos aditamentos. As Partes também discordam (i) sobre o impacto dos aditamentos números 5 e 6 na preservação do equilíbrio econômico- financeiro do Contrato após o 74º mês de vigência contratual, e (ii) que os pleitos existentes antes na data de formalização dos aditamentos números 5 e 6 tenham sido contemplados em tais aditamentos.

Sem prejuízo dos detalhes fornecidos pelas Partes na Seção V abaixo e futuros memoriais:

(a) o Requerente entende que os Requeridos devem pagar indenização ao Requerente no valor estimado de R$ 19.273.988,64 (dezenove milhões duzentos e setenta e três mil novecentos e oitenta e oito reais e sessenta e quatro centavos) em valores históricos apurados até dezembro de 2017, valor este a ser acrescido da devida correção monetária e de juros, bem como os valores ainda a serem apurados, relativos ao período compreendido entre janeiro de 2018 e maio de 2018, também acrescidos das devidas correções e juros; e

(b) apesar da apresentação de pleitos administrativos pelo Requerente, a situação acima colocada ainda não foi analisada e segue sem solução.

Não tendo havido acordo entre as Partes, o Requerente deu início à presente arbitragem”.

1.2 Objetivo

O Objetivo deste trabalho pericial é atender a Ordem Procedimental No. 2 – Escopo da Perícia – de 02 de maio de 2019, referente ao Processo Arbitral CCI 23647/GSS, tendo como Requerente o Consórcio TIISA/CONSBEM/SERVENG (Brasil), doravante denominado CONSÓRCIO, formado pelas sociedades: TIISA – Infraestrutura e

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Investimentos S.A. (Brasil), CONSBEM – Construção e Comércio Ltda. (Brasil) e Serveng Civilsan S.A. – Empresas Associadas de Engenharia. (Brasil), e como Requeridos: Estado de São Paulo (Brasil) e Companhia de Trens Metropolitanos – CPTM. (Brasil), doravante denominados, em conjunto, como SP/CPTM, restrita ao período de março de 1916 a maio de 1918, cobrindo o TA 4 - Termo de Aditamento No. 4 (parcial), TA 5 - Termo de Aditamento No. 5 (integral) e TA 6 – Termo de Aditamento No. 6 (integral).

1.3 Escopo

De acordo com a Ordem Procedimental acima citada, o Tribunal Arbitral determinou o seguinte escopo para a Perícia: (i) Potenciais impactos no cronograma das obras: cálculo de eventual impacto no cronograma das obras, em razão:

(a) da efetiva quantidade e duração (intervalos menores do que os solicitados para a execução dos serviços) dos acessos à via para a realização das atividades previstas no contrato e/ou edital, conforme o caso, e levando em conta os cancelamentos e restrições de acesso e/ou interrupções causados por cada Parte;

(b) do nível de aproveitamento do Requerente em relação aos acessos concedidos;

(c) do volume dos serviços possíveis de serem executados sem o desligamento do sistema de energia elétrica no período de março de 2016 a maio de 2018;

(d) das chuvas ocorridas no período de março de 2016 a maio de 2018;

(e) da insuficiência do quadro de fiscalização da CPTM;

(ii) Potenciais impactos nos custos das obras: cálculo de eventual impacto no custo total das obras:

(a) decorrente de eventual ampliação do cronograma das obras resultante dos eventos indicados no item (i), supra:

1) custeio de administração central do Requerente (Memorial, ¶54, item (a)(I)(1));

2) custeio da administração local do Requerente (Memorial, ¶54, item (a)(i)(2));

3) seguros e garantias contratados pelo Requerente (Memorial, ¶114, item (a)(i)(3)); (b) custos e despesas diretos incorridos pelo Requerente com:

1) ociosidade de recursos do Requerente (Memorial do requerente, ¶54, item (a)(ii)(1);

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2) disponibilidade de equipes do Requerente (Memorial do Requerente, ¶54, item (a)(ii)(2); e

(iii) Correção monetária e juros: eventual impacto relativo à correção monetária e juros incidentes sobre os valores apurados relativamente aos itens acima, contados na forma prevista no contrato (Memorial do Requerente, §54, item (b);

(iv) Período relevante: os eventuais custos e despesas referidos nos itens acima deverão ser apurados após o 74º mês de vigência do contrato até o 101º mês, ou seja, até o término de vigência do contrato no início de maio de 2018. A correção monetária e os juros deverão ser calculados até a data do Relatório.

Ainda segundo a Ordem Procedimental, supra, o escopo da Perícia é de ordem exclusivamente técnico e contábil, cabendo ao Tribunal arbitral decidir sobre eventuais pontos controversos e sobre todas as questões de mérito, inclusive sobe a alocação e existência (ou não) de responsabilidade das Partes.

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2. NORMA, METODOLOGIA E REFERÊNCIAS ADOTADAS

A Norma Técnica NBR 13.752/96 – Perícias de Engenharia na Construção Civil –, publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), foi adotada para balizar as diretrizes básicas desta perícia.

Especificamente para o balizamento das avaliações de impactos no cronograma e suas consequências nos custos das obras foi adotada, como metodologia, uma das práticas recomendadas pela “AACE Práticas Recomendadas Internacionalmente No. 29R-03 – ANÁLISE INVESTIGATIVA DE CRONOGRAMA, Rev. 25 de abril 2011”.

A AACE No. 29R-03 (disponível em www.aacei.org) estabelece uma sequência de passos para escolha de metodologia para Análise Investigativa de Cronograma que, para esta perícia, ocorreu da seguinte forma:

Passo 1: Adotou-se a visão de Momento Retrospectivo: após os eventos terem ocorrido e seus impactos serem conhecidos;

Passo 2: Apesar de algumas falhas estruturais e documentais, o Método Básico escolhido foi o Modelado Impactado Como Planejado, uma vez que a avaliação pericial diz respeito a impactos, em relação ao planejado, no Cronograma e nos consequentes Custos das Obras;

Passo 3: Para isto, a referência foi o Método Específico de Modelagem Aditiva, posto que houve prorrogação de prazos contratuais;

Passo 4: A Implementação Básica desta metodologia levou em consideração o Modo Total, ou seja, a duração total das obras (no período de 01/03/2016 a 02/05/2018), posto que não foram definidos marcos contratuais intermediários, penalizáveis, de prazos;

Passo 5: A Aplicação Específica, neste caso, foi a Global, avaliando-se a inserção de impactos no Cronograma e suas consequências nos Custos das Obras, contemplando todo o período objeto de avaliação pericial, ou seja, de 01/03/2016 a 02/05/2018.

O desenvolvimento das avaliações investigativas, a partir desses passos, obedeceu aos seguintes Princípios Gerais:

a) Atrasos devem afetar o Caminho Crítico b) Todos os Cronogramas disponíveis devem ser considerados

As Fontes Validadas para as citadas avaliações de impactos no cronograma das obras foram os documentos disponibilizados no processo, de conhecimento de ambas as Partes.

Foram observadas, ainda, as seguintes Considerações Gerais:

a) Distinção entre Atraso (Impacto) Definido no nível de atividades (ALV - Activity- Level Variance), rastreado através dos Diários de Obras -DO’s -, devido a esperas, interrupções, etc; e, Atraso (Impacto) no nível de Projeto (PLV -

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Project-Level Variance), ou seja, de todas as Obras/Instalações, resultante da agregação de ALV’s. b) Distinção entre Causa do Atraso, investigada através da documentação disponibilizada, e Efeito do Atraso, calculado através de parâmetros específicos. c) Caracterização de Atraso (Impacto) independente de Responsabilidade d) Atribuição ou Assunção de Responsabilidade, baseada em avaliações específicas, se: (i) do Contratante; (ii) da Contratada; e, (ii) Chuvas ou de Responsabilidades não claramente estabelecidas no Contrato.

Este conjunto de fatores nos levou ao Método de Implementação Modelado Aditivo Base Única (MIP 3.6), Impactado Como Planejado (Impacted as Planned), da AACE RP No. 29R-03, doravante referenciado apenas como Impactado Como Planejado, respeitando-se as considerações apresentadas no item 5, adiante, Avaliação de Impactos no Cronograma e nos Custos das Obras.

Para as avaliações de impactos de custos, decorrentes dos impactos no cronograma das obras, foi utilizada, complementarmente, a seguinte referência:

- Estudo sobre taxas referenciais de BDI de obras públicas e de equipamentos e de materiais relevantes TC 036.0762011- 2.pdf (Anexo 05), elaborado pelo Tribunal de Contas da União.

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3. ALEGAÇÕES DAS PARTES

Tendo em vista o escopo desta perícia estar restrito às questões técnicas e suas consequências contábeis e que o Estado de São Paulo, em seus Contra-Memoriais Sobre o Mérito, parágrafos 7 e 8, indica ser de responsabilidade exclusiva da CPTM a defesa técnica dos fatos ligados a este processo, consideraremos como REQUERIDA apenas a CPTM.

3.1 Alegações do CONSÓRCIO

Adicionalmente aos prazos contratuais ampliados pelos Termos de Aditamentos (TA’s) 01, 03 e 04, anteriores ao período desta arbitragem, os TA’s 05 e 06, efetivados no período contemplado nesta perícia, concorreram para dilatar o prazo contratual final em 92 meses, encerrando-se o mesmo em maio de 2018.

O CONSÓRCIO, no que diz respeito às questões técnicas e respectivas consequências econômico-financeiras, basicamente, alega em seu Memorial que:

A quarta dilação do prazo contratual ocorreu por meio do Quinto Termo Aditivo (TA 05), firmado em 02 de setembro de 2016 e acresceu 16 (dezesseis) meses ao prazo para a conclusão das instalações, como estabelecido na cláusula 1.1.5 do referido aditivo:

A quinta e última dilação do prazo contratual se deu em 02 de janeiro do presente ano [2018], por meio do Sexto Termo Aditivo, que ampliou em mais 4 (quatro) meses o prazo para a conclusão das instalações, como disposto na cláusula 1.1 do referido aditivo:

Além das dilações do prazo realizadas por meio dos aditivos, no decorrer da execução do CONTRATO, a CPTM também determinou a suspensão de sua execução, por 49 (quarenta e nove) dias durante o ano de 2012, por meio da correspondência CT. GEM n. 978/2012, datada de 21 de setembro de 2012 (CTCS.14), e por 199 (cento e noventa e nove) dias durante o ano de 2014, mediante correspondência CT. GEM. n. 206/2014, de 15 de maio de 2014, datada de 16 de janeiro de 2014 (CTCS.17).Embora as suspensões tenham ocorrido em período não compreendido nesta arbitragem, a menção delas aqui se deve ao fato de que os períodos a elas correspondentes foram considerados para o cálculo do encerramento do prazo de execução contratual.

Para melhor compreensão do tema aqui tratado e para que não haja dúvidas quanto ao período compreendido nos pleitos abaixo – apesar de o prazo de execução do CONTRATO tenha sido dilatado para 92 (noventa e dois) meses pelos aditivos – todas as referências feitas ao prazo neste requerimento consideram os meses contados da Data da Vigência, sem os expurgos decorrentes das suspensões havidas, de forma que

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o mês de maio de 2018 será considerado o 101º. (centésimo primeiro) mês de vigência contratual e não o 92º. mês do prazo de execução do contrato.

Não obstante os termos aditivos acima mencionados tenham ampliado o prazo de execução do CONTRATO, os impactos financeiros decorrentes da ampliação do prazo e da alteração do cronograma no equilíbrio do CONTRATO, jamais foram considerados, sendo o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro o objeto dos pedidos apresentados nesta arbitragem.

Os aditivos contratuais (TA’s 05 e 06) não se prestaram a equacionar o desequilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO, como expressamente se verifica no Quinto Termo Aditivo e no Sexto Termo Aditivo, respectivamente, conforme trechos dos referidos aditivos reproduzidos abaixo.

Quinto Termo Aditivo:

Sexto Termo Aditivo:

As principais causas que provocaram as dilações de prazos e os consequentes desequilíbrios econômico-financeiros foram:

(i) Não disponibilização de acesso aos locais de execução das obras pela CPTM; (ii) Não disponibilização da via férrea na quantidade solicitada e dentro daquilo que foi inicialmente estabelecido; (iii) Falta de previsibilidade, atrasos e cancelamentos da concessão de acessos pela CPTM; (iv) Falhas da CPTM em suas responsabilidades quanto a Gestão do Contrato. (v) Aumento de prazo de execução contratual

Decorrente das causas acima citadas o CONSÓRCIO incorreu em despesas adicionais e perdas/prejuízo em razão do aumento do prazo de execução contratual, conforme segue:

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(i) Custos/Despesas dos itens que compõem o BDI – Bonificação e despesas Indiretas: (1) Aumento do Custeio de Administração Central (2) Aumento de Custeio da Administração Local (3) Seguros e Garantia (ii) Aumento dos valores despendidos com custos diretos, em decorrência da falta da liberação de frentes: (1) Ociosidade de Recursos – Custo Direto

(2) Disponibilidade de Equipes e Equipamentos – Custo Direto

2.2 Alegações da CPTM

A CPTM, no que diz respeito às questões técnicas e respectivas consequências econômico-financeiras, basicamente, em seus Contra-Memoriais, alega que:

Por ocasião do encerramento da execução contratual, o instrumento havia sofrido 6 (seis) aditamentos os quais, em linhas gerais, implicaram na prorrogação do prazo de execução do contrato e na readequação da Planilha de Quantidades e serviços, tendo sido o prazo final de cumprimento do ajuste, estabelecido por meio do Termo Aditivo No. 06, que estendeu a vigência do contrato até maio/2018. Por ocasião do encerramento do contrato, este tinha seu preço total estabelecido em R$ 219.006.392,08, conforme segue:

Em face de sua expertise técnica, e, evidentemente, em razão de tratar-se de execução de serviços em linhas ferroviárias a ela pertencentes coube a mesma, tão somente, a gestão do contrato. A realidade é que todos os licitantes e, portanto, o Consórcio TCS, já eram cientes de que o contrato continha, em si mesmo, um risco de não cumprimento do cronograma

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pactuado, tendo em vista que a concessão de intervalos independia tão apenas da boa- vontade da REQUERIDA CPTM. Ademais o próprio edital foi explícito ao dispor que cabia aos licitantes apresentarem um Plano de Trabalho que propiciasse a execução do objeto, “sem prejudicar a continuidade da prestação de serviço, sistema e operação de estação”. Tanto que mais adiante, o mesmo instrumento informava aos licitantes a grade máxima de disponibilização de intervalos, para a execução do contrato: - Atividades que implicam interferência operacional com restrições, sem interrupção da circulação de trens, podem ser executadas nos seguintes períodos: de segunda a sexta-feira – das 9:30hs às 15:30hs; sábados – das 14:00hs às 24:00hs e domingos e feriados – das 01:00hs às 24:00hs. - Atividades que implicam interferência operacional com interrupção parcial da circulação de trens devem ser executadas de segunda a sábado, das 0:00hs às 04:00hs e domingos, das 01:00hs às 04:00hs. - Excepcionalmente e ocasionalmente, outros intervalos que implicam restrições operacionais podem ser estudados pela CPTM e autorizados por esta, se considerados indispensáveis. Deste modo, frisa-se, não há como negar que a REQUERENTE já considerou, por ocasião da estruturação de suas Propostas Técnica e Comercial, a eventual possibilidade de a ele não serem concedidos todos os acessos solicitados ao longo da execução contratual. Era responsabilidade do Consórcio-contratado o gerenciamento executivo, de modo que o dimensionamento inadequado das equipes de produção e improdutividade causada por falha naquele planejamento, devem ser exclusivamente assumidos pela REQUERENTE. Afora, porém, a questão da concessão de acessos, vale repisar que a execução do objeto não estava integralmente vinculada a realização de atividades nas vias. Considerável parcela dos serviços contratados prescindia de tal acesso e, portanto, não existia impedimento para que fossem abertas frentes de serviço pelo REQUERENTE, para a execução de serviços outros. A Requerida CPTM tem um critério de acesso à via, conforme constante da Norma de Serviço CPTM No. NS.DO/002 (Execução de Obras e Serviços ao Longa da Via), cuja revisão data de 1998, a qual era de conhecimento do REQUERENTE, posto que anexada ao edital, e que tal norma deixava claro que a Solicitação de Acesso jamais implicou na automática Autorização de Acesso. Nem mesmo as Reuniões de Programação de Acesso previstas na Norma (3ª etapa), são suficientes a garantir a Autorização de Acesso, posto que esta somente é concedida “mediante análise das condições operacionais de momento” (Norma NS.DO/002, item 3.2.3). O REQUERENTE fez pleito de custos sobre total de horas de acesso supostamente solicitadas, total de horas de acesso supostamente aproveitadas, sem fazer qualquer menção ao tipo de acesso concedido, de modo que a REQUERIDA CPTM considera que nele estão relacionados todos os acessos solicitados pelo REQUERENTE, independente de terem demandado, ou não, interrupção da circulação de trens. Em algum momento o REQUERENTE trabalhou na via uma quantidade de horas superior àquela aprovada pela REQUERIDA CPTM.

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Os documentos colacionados nos parágrafos 39.1, 39.2, 39.3, 39.4 e 39.5 do Memoriais o que pertine aos documentos enxertados nos parágrafos 41.1, 41.2 e 41.3 dos mesmos Memoriais, destaca-se que estes, de igual forma, foram unilateralmente elaborados pelo REQUERENTE. Aliás, necessário frisar, nenhuma das informações oferecidas pelo REQUERENTE, acerca da alegada falta de acesso à via, veio aos autos acompanhada do necessário documento comprobatório. Não seja feita qualquer menção aos cancelamentos de acessos decorrentes de solicitação do próprio Contratado. Conforme amparado nos Anexos CPTM-017 e CPTM-018, não houve um aproveitamento integral, pelo REQUERENTE, dos acessos que lhe foram concedidos. Outrossim, é fato que alguns dos acessos concedidos precisaram ser, posteriormente, cancelados, em razão de casos fortuitos ocorridos no período em debate e que, forçosamente, também impediram o integral aproveitamento daqueles acessos, porém sem que a REQUERIDA CPTM tenha concorrido com culpa, para tal cancelamento. Fatos estes destacados na Tabela 2 (dos Contra-Memorias da CPTM, parágrafo 113). Cabe esclarecer que todos os aditivos contratuais firmados pelo REQUERENTE e, portanto, também os Aditivos Ns. 05 e 06, continham previsão expressa, conforme respectivas Cláusulas Terceiras (RATIFICAÇÃO), de que: “3.1 Ficam ratificadas as demais cláusulas do Contrato No. STM 011.2009, que não foram objeto de alteração pelo presente instrumento”. Em outras palavras, todas as vezes em que os aditamentos tinham por objeto tão somente a prorrogação do prazo de execução do contrato, tais instrumentos contratuais foram espontaneamente firmados pelo REQUERENTE, com a previsão expressa de que estavam sendo ratificadas as demais cláusulas contratuais vigentes e, portanto, também aquela relativa ao valor do contrato. O próprio REQUERENTE reconhece, em seus Memoriais, que por ocasião da formalização dos Termos de Aditamento Ns. 05 e 06, aos mesmos não foi atribuído qualquer valor (vide parágrafos 17.1 e 17.2). Por fim, a CPTM rebate os critérios adotados pelo REQUERENTE para o cálculo dos valores indenizatórios a que alega fazer jus e, em particular, à aplicação da fórmula de Eicheleay ajustada para custeio da Administração Central.

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4. CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOCUMENTAÇÃO DISPONIBILIZADA NO PROCESSO

Ressaltamos que para o cumprimento do objeto desta perícia, relativo ao seu escopo, foram considerados apenas os fatos documentados, e de conhecimento de ambas as Partes, pertinentes ao período de 01/03/2016 a 02/05/2018. A documentação disponibilizada neste processo arbitral está relacionada no ANEXO 01 – Quadro da Documentação Disponibilizada. A seguir apresentamos as considerações mais relevantes para esta perícia sobre documentos disponibilizados: 4.1 Edital e Pedidos de Esclarecimentos (Informative Bulletim no. 01) O Edital ICB No. STM 001/2008 (CI 8119802011), de 09 de março de 2009, foi o objeto de Proposta do CONSÓRCIO para o Estado de São Paulo, representado pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. O objeto da proposta do CONSÓRCIO era um Empreitada por Preço Global, conforme abaixo:

Figura 01 - Trecho do Edital ICB STM 001/2008 Dentre as Exigências da Contratante, dispostas na Seção VI, - Escopo de Serviços– Termos de Referência, destaca-se que o período de execução seria de 18 (dezoito) meses contados a partir de emissão da Ordem de Serviço inicial. Ainda de acordo com a Seção VI, o CONSÓRCIO deveria apresentar um Plano de Trabalho contemplando, dentre outras exigências, Metodologia de Execução e Cronograma Físico, conforme abaixo:

Figura 02 - Trechos do Edital ICB STM 001/2008

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O CONSÓRCIO solicitou alteração desta grade de acesso através da correspondência CT. DE. 106/11, de 10 de junho de 2011, conforme abaixo:

Figura 03 - Correspondência CT. DE. 106/11 O CONSÓRCIO apresentou a Metodologia da Execução, contemplando a grade de acesso conforme apresentada no item 5.2 da Proposta. A Seção VI apresenta também os Modelos de Certificado de Conclusão e de Aceitação Operacional, como seguem:

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Figura 04 - Trecho do Edital ICB STM 001/2008

Figura 05 - Trecho do Edital ICB STM 001/2008 O Certificado de Conclusão de todas as Instalações, conforme Figura 04, não foi disponibilizado no processo. Foi disponibilizado um Certificado de Aceitação Operacional, embora em modelo diferente do disposto no Edital (Figura 05), referente a Medição 95 -maio/2018, conforme abaixo:

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Figura 06 - Certificado de Aceitação Operacional A Versão 07 da Norma de Serviço No. NS.DO/002, de 15/07/13, da CPTM, é a última versão vigente, que cobre o período em análise desta perícia, disponibilizada no processo, e sua aplicação é definida na Seção VI (2.3 - NORMAS) do Edital. Esta norma regulamenta a Execução de Obra e Serviços ao longo da via férrea e, em particular, o processo de Solicitação e Obtenção de acessos. O documento Informative Bulletim no. 01, emitido pela CPTM, salienta, em várias de suas Respostas, que a versão [do Edital] em inglês é a oficial. Não foi disponibilizada no processo a versão em inglês do Edital. 4.2 Proposta Em atendimento a Carta Convite, o CONSÓRCIO ofereceu Proposta para a Linha “A” da CPTM (7 – Rubi) – Lote 2, em 29/05/2009, através da Carta de Proposta ICB No. STM 001/2008 (CI 8119802011) - CPTM 06, de 29/05/2009. 4.3 Contrato e Termos Aditivos O Acordo Contratual (Contrato no. STM 011/2009), na modalidade de Empreitada por Preço Global, foi assinado entre o Estado de São Paulo, representado pela Secretaria de Transportes Metropolitanos – STM e o CONSÓRCIO IESA/CONSBEM/SERVENG, em 03 de novembro de 2009, pelo Preço Contratual de R$ 190.463.526.54, data base maio/09. Em 09/11/2012, a IESA foi substituída pela TIISA, conforme item 1.1.4 do Termo Aditivo No. 03.

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Os documentos integrantes do contrato (Referência Cláusula 2 das Condições Gerais do Contrato) eram:

Figura 07 - Trecho do Contrato STM 011/2009 Ressalte-se que a Carta de Proposta e Tabelas de Preços eram partes integrantes do Contrato. No Apêndice 1 foram definidos os Prazos e Procedimentos de Pagamento. No Apêndice 2 foram definidos os critérios de Reajuste de Preços, definindo a periodicidade anual do reajuste. No Apêndice 3 foram definidos os Requisitos de Seguro, definindo que a Contratada deveria contratar e manter válidos, durante a execução do Contrato: (a) Seguro de Carga; (b) Seguro “All Risks”- 110% do total do preço contratual; (c)Seguro de Automóveis; (d) Indenização de Trabalhadores; e, (e) Responsabilidade da Contratante No Apêndice 4 foi apresentado o Cronograma, para um prazo de 18 meses:

Figura 08 - Trecho do Contrato STM 011/2009 O Apêndice 6 apresentou o Escopo das Obras e Fornecimento pela Contratante:

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Figura 09 - Trecho do Contrato STM 011/2009 O Apêndice 8 fez referência às Garantias Funcionais estabelecidas no Termo de Referência Anexo I - Documentação Técnica. O Escopo apresentado no Apêndice 6 foi detalhado na Cláusula7a. das Condições Gerais do contrato, conforme segue:

Figura 10 - Trechos do Contrato STM 011/2009 A Contratada deveria se ater aos prazos para início e conclusão, conforme a Cláusula 8ª. das Condições Gerais do contrato, conforme segue:

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Figura 11 - Trecho do Contrato STM 011/2009 Não existiam marcos intermediários, penalizáveis, de prazos no Cronograma Contratual. O Prazo de Conclusão de todas as Instalações foi definido em D. PC 8.2 das Condições Particulares do contrato:

Figura 12 - Trecho do Contrato STM 011/2009 Depreende-se, portanto, que a única meta contratual de prazo, explicitada no Cronograma Contratual, era a conclusão de todas as Instalações, respaldadas pelas Certificações de Conclusão e de Aceitação Operacional. A Cláusula 18.2 estabelecia que a Contratada deveria apresentar um Programa de Desempenho:

Figura 13 - Trecho do Contrato STM 011/2009 O CONSÓRCIO apresentou seu Programa de Desempenho, conforme correspondência CICS No. 006/10 Jr., de 13/01/2010, com protocolo de recebimento pela CPTM em 21/01/2010, disponibilizada através de e-mail de 22/07/19. A Cláusula 40ª. do Contrato rege sobre Prorrogação de Prazo para a Conclusão:

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Figura 14 - Trechos do Contrato STM 011/2009 Dentre as Responsabilidades da Contratada, estabelecidas nas Condições Gerais do contrato, ressalte-se as Cláusulas a seguir:

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Figura 15 - Trechos do Contrato STM 011/2009 Dentre as Responsabilidades da Contratante, estabelecidas nas Condições Gerais do contrato, ressalte-se as Cláusulas a seguir:

Figura 16 - Trechos do Contrato STM 011/2009 Ademais do Cronograma Contratual (Cronograma de barras, em Excel) integrante do Contrato e seus Termos Aditivos, a CPTM exigiu a elaboração de um cronograma detalhado, através do aplicativo MS Project; ou seja, com base em rede lógica:

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Figura 17 - Correspondência CT. GEO. 135/10 O período objeto desta perícia tem início em 01/03/2016, quando estava em vigência o Termo Aditivo 04 (TA 04). O TA 04 prorrogou o prazo contratual em 24 meses, em relação ao prazo final vigente no TA 03, levando a conclusão de todas as instalações para 02/09/2016, sem alteração do valor do contrato:

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Figura 18 - Trecho do Termo Aditivo 04 Dentro do período de vigência do TA 04, em análise nesta perícia (01/03/2016 a 02/09/2016), os Relatórios Mensais de Atividades, apresentados pelo CONSÓRCIO para a CPTM, conforme documentos de encaminhamento, evidenciam um volume significativo de restrições/cancelamentos de acesso, cujo resumo apresentamos a seguir:

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Resumo Mensal de Atividades

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Março/2016 Março/2016 Abril/2016 Abril/2016 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 378:57:00 320:58:00 298:58:00 253:28:00 REUNIÃO DE ACESSO 378:57:00 320:58:00 298:58:00 253:28:00 SA's APROVADAS 236:16:00 238:27:00 224:47:00 220:07:00 SA's EFETIVADAS 155:09:00 202:19:00 189:03:00 184:06:00 SA's CANCELADAS 58:00:00 18:50:00 0:00:00 4:50:00

Documento de Encaminhamento 062-2016-04-01-CTCS-N062 078-2016-05-02-CTCS-N078

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Maio/2016 Maio/2016 Junho/2016 Junho/2016 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 195:57:00 174:58:00 240:58:00 180:28:00 REUNIÃO DE ACESSO 195:57:00 174:58:00 240:58:00 180:28:00 SA's APROVADAS 170:33:00 132:49:00 146:36:00 137:47:00 SA's EFETIVADAS 142:52:00 105:22:00 99:58:00 118:28:00 SA's CANCELADAS 9:00:00 12:00:00 32:30:00 5:00:00

Documento de Encaminhamento 098-2016-06-01-CTCS N098 115-2016-07-04-CTCS N115

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Julho/2016 julho/2016 Agosto/2016 Agosto/2016 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 176:48:00 192:17:00 174:58:00 188:18:00 REUNIÃO DE ACESSO 176:48:00 192:17:00 174:58:00 188:18:00 SA's APROVADAS 132:48:00 157:54:00 146:16:00 150:08:00 SA's EFETIVADAS 117:51:00 138:31:00 131:51:00 125:08:00 SA's CANCELADAS 0:00:00 0:00:00 0:00:00 8:30:00

Documento de Encaminhamento 133-2016-08-03-CTCS N133 152-2016-09-01-CTCS N152

Figura 19 - Resumo Mensal de Atividades Em decorrência desses impactos foi acordado entre as Partes o Termos Aditivo 05 (TA 05): Ressalte-se que o TA 05 se restringiu também apenas a prorrogação do prazo contratual em 16 (dezesseis) meses, em relação ao prazo vigente no TA 04, levando a conclusão de todas as instalações para 02/01/2018:

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Figura 20 - Trecho do Termo Aditivo 05 Ocorrências da mesma natureza da vigência do TA 04 tornaram a acontecer durante a vigência do TA 05 (02/09/2016 a 02/01/2018), os Relatórios Mensais de Atividades, apresentados pelo CONSÓRCIO para a CPTM, conforme documentos de encaminhamento, evidenciam um volume significativo de restrições/cancelamentos de acesso, cujos resumos apresentamos a seguir:

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Resumo Mensal de Atividades

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Setembro/2016 Setembro/2016 Outubro/2016 Outubro/2016 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 185:08:00 107:08:00 143:49:00 174:58:00 REUNIÃO DE ACESSO 185:08:00 107:08:00 143:49:00 174:58:00 SA's APROVADAS 84:38:00 77:48:00 54:18:00 139:06:00 SA's EFETIVADAS 68:43:00 66:03:00 47:33:00 126:56:00 SA's CANCELADAS 8:20:00 2:50:00 0:00:00 3:00:00

Documento de Encaminhamento 160-2017-10-04-CTCS N160 186-2016-11-01-CTCS N186

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Novembro/2016 Novembro/2016 Dezembro/2016 Dezembro/2016 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 168:28:00 170:28:00 78:19:00 38:30:00 REUNIÃO DE ACESSO 168:28:00 170:28:00 78:19:00 38:30:00 SA's APROVADAS 106:08:00 58:08:00 50:49:00 17:20:00 SA's EFETIVADAS 81:47:00 44:01:00 39:39:00 11:30:00 SA's CANCELADAS 8:00:00 3:00:00 0:00:00 0:00:00

Documento de Encaminhamento 187-2017-12-01-CTCS N187 004-2018-01-03-CTCS N004

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Janeiro/2017 Janeiro/2017 Fevereiro/2017 Fevereiro/2017 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 120:38:00 137:08:00 113:18:00 116:29:00 REUNIÃO DE ACESSO 120:38:00 137:08:00 113:18:00 116:29:00 SA's APROVADAS 98:48:00 128:28:00 114:48:00 78:10:00 SA's EFETIVADAS 80:58:00 21:09:00 91:48:00 69:08:00 SA's CANCELADAS 9:00:00 102:58:00 6:00:00 0:00:00

Documento de Encaminhamento 020-2017-02-01-CTCS N020 033-2017-03-02-CTCS N033

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Março/2017 Março/2017 Abril/2017 Abril/2017 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 183:00:00 193:29:00 158:29:00 169:00:00 REUNIÃO DE ACESSO 183:00:00 193:29:00 158:29:00 169:00:00 SA's APROVADAS 84:39:00 78:38:00 78:57:00 81:19:00 SA's EFETIVADAS 63:30:00 67:58:00 62:07:00 68:33:00 SA's CANCELADAS 14:00:00 0:00:00 6:00:00 7:30:00

Documento de Encaminhamento 052-2017-04-03-CTCS N052 066-2017-05-02-CTCS N066

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Resumo Mensal de Atividades

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Maio/2017 Maio/2017 Junho/2017 Junho/2017 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 98:30:00 108:30:00 100:30:00 103:19:00 REUNIÃO DE ACESSO 98:30:00 108:30:00 100:30:00 103:19:00 SA's APROVADAS 73:40:00 90:29:00 90:38:00 93:49:00 SA's EFETIVADAS 58:50:00 78:34:00 75:45:00 86:15:00 SA's CANCELADAS 6:00:00 3:00:00 0:00:00 0:00:00

Documento de Encaminhamento 084-2017-06-01-CTCS N084 105-2017-07-03-CTCS N105

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Julho/2017 Julho/2017 Agosto/2017 Agosto/2017 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 93:00:00 117:30:00 123:58:00 106:00:00 REUNIÃO DE ACESSO 93:00:00 117:30:00 123:58:00 106:00:00 SA's APROVADAS 83:00:00 79:10:00 87:57:00 73:40:00 SA's EFETIVADAS 75:51:00 67:50:00 81:10:00 61:48:00 SA's CANCELADAS 0:00:00 2:50:00 0:00:00 7:10:00

Documento de Encaminhamento 112-2017-08-01-CTCS N112 134-2017-09-01-CTCS N134

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Setembro/2017 Setembro/2017 Outubro/2017 Outubro/2017 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 97:30:00 93:00:00 117:30:00 104:00:00 REUNIÃO DE ACESSO 97:30:00 93:00:00 117:30:00 104:00:00 SA's APROVADAS 72:40:00 68:50:00 93:40:00 69:10:00 SA's EFETIVADAS 66:36:00 55:53:00 77:30:00 59:10:00 SA's CANCELADAS 0:00:00 8:30:00 7:20:00 2:50:00

Documento de Encaminhamento 160-2017-10-04-CTCS N160 173-2017-11-01-CTCS-N173

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Novembro/2017 Novembro/2017 Dezembro/2017 Dezembro/2017 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 68:59:00 84:29:00 100:30:00 11:00:00 REUNIÃO DE ACESSO 68:59:00 84:29:00 100:30:00 11:00:00 SA's APROVADAS 39:49:00 55:19:00 59:19:00 2:20:00 SA's EFETIVADAS 31:08:00 45:16:00 61:56:00 1:45:00 SA's CANCELADAS 2:30:00 2:30:00 0:00:00 0:00:00

187-2017-12-01-CTCS N187 004-2018-01-03-CTCS N004 Documento de Encaminhamento Figura 21 - Resumo Mensal de Atividades Estes fatos provocaram a pactuação do Termo Aditivo 06 (TA 06): O TA 06 também foi restrito a prorrogação de prazo em 4 (quatro) meses, em relação ao prazo vigente no TA 05, levando a conclusão de todas as instalações para 02/05/2018, sendo este o prazo contratual final de todas as instalações:

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Figura 22 - Trecho do Termo Aditivo 06 Não obstante as obras terem sido concluídas no prazo do TA 06, o CONSÓRCIO voltou a apresentar, em seus Relatórios Mensais de Atividades, ocorrências da mesma natureza que nos TA’s 04 e 05, conforme resumos apresentados a seguir:

Resumo Mensal de Atividades

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Janeiro/2018 Janeiro/2018 Fevereiro/2018 Fevereiro/2018 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 46:30:00 98:30:00 85:30:00 98:30:00 REUNIÃO DE ACESSO 46:30:00 98:30:00 85:30:00 98:30:00 SA's APROVADAS 37:00:00 76:00:00 49:40:00 73:40:00 SA's EFETIVADAS 32:13:00 68:50:00 43:56:00 66:04:00 SA's CANCELADAS 0:00:00 0:00:00 0:00:00 0:00:00

Documento de Encaminhamento 020-2018-02-01-CTCS N020 037-2018-03-01-CTCS N037

1ª Quinzena 2ª Quinzena 1ª Quinzena 2ª Quinzena STATUS DAS SA's Março/2018 Março/2018 Abril/2018 Abril/2018 SA's PLANEJADA/SOLICITADA 41:00:00 57:30:00 134:00:00 109:30:00 REUNIÃO DE ACESSO 41:00:00 57:30:00 134:00:00 109:30:00 SA's APROVADAS 34:00:00 39:10:00 110:20:00 78:00:00 SA's EFETIVADAS 31:34:00 36:35:00 102:54:00 71:16:00 SA's CANCELADAS 0:00:00 0:00:00 0:00:00 0:00:00

Documento de Encaminhamento 057-2018-04-02-CTCS N057 073-2018-05-02-CTCS N073

Figura 23 - Resumo Mensal de Atividades Os distúrbios no atendimento aos cronogramas dos TA’s 04, 05 e 06 levaram o CONSÓRCIO a pleitear custos extraordinários, conforme manifestado em seus Memoriais.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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4.4 Relatório Mensal de Atividades Registro da consolidação do acompanhamento quinzenal das atividades das obras, diante das liberações de acessos. 4.5 Diário de Obra Os Diários de Obra são regidos pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), através da Resolução No. 1.024, de 21/08/2009. Os Diários de Obra são os documentos básicos que foram utilizados para rastreamento dos acessos que permitiam a execução das obras, bem como de seus impactos diante de reduções e cancelamentos por parte da CPTM, ou interferências por chuvas, ou mesmo quaisquer outros eventos de responsabilidade não claramente definidas no Contrato 4.6 Planilha Consolidadora A Planilha Consolidadora, tal como o próprio título indica, apenas congrega dados coletado de documentos específicos, de conhecimento das Partes, e apresenta o resumo de todos os pleitos do CONSÓRCIO. 4.7 Documentos Comprobatórios de Pagamentos Comprovantes das fontes originais de pagamentos efetuados pelo CONSÓRCIO.

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5. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS NO CRONOGRAMA E NOS CUSTOS DAS OBRAS

Em atendimento ao escopo da Ordem Procedimental No.2, objeto desta perícia, e em consonância com a Norma, Metodologia e Referências adotadas, apresentamos a seguir a avaliação de impactos no cronograma e nos respectivos custos das obras, no período de março/2016 a maio/2018. Como mencionado anteriormente, para avaliação de impactos no cronograma foi adotada a metodologia Impactado Como Planejado. De uma forma sintética e ilustrativa podemos dizer que o método Impactado Como Planejado (Impacted As Planned) é baseado nos seguintes fundamentos: Há, ao menos, um Caminho Crítico Planejado

Um projeto qualquer tem uma determinada meta contratual e um conjunto de atividades, com durações planejadas:

Atividades com Meta de durações planejadas Conclusão Contratual

Ilustração 01

Ao se planejar o sequenciamento de execução dessas atividades, um conjunto delas tem folga, ao passo que um outro conjunto compõe o caminho crítico planejado do projeto:

Folga Folga

A Folga

B Folga

C

D G

E

F

Caminho Crítico Planejado Ilustração 02

Durante a realização das obras há um Impacto/Atraso (ALV) numa atividade do Caminho Crítico Planejado

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A atividade “B”, por exemplo, tem seu início retardado, por uma causa a ser identificada:

A

B B

Caminho Crítico Planejado Impacto numa atividade do Caminho Crítico Planejado Ilustração 03

Este impacto tem como consequência um impacto/Atraso no Projeto (PLV)

Isto ocorre porque este impacto se propaga por todo caminho crítico, refletindo uma postergação da meta de conclusão contratual do projeto; ou seja, posterga o cronograma do projeto:

A

B B C C

D G D G E E F F Caminho Crítico Planejado Impacto numa atividade do Caminho Crítico Planejado Caminho Crítico Impactado como Planejado Ilustração 04

Para que este impacto no cronograma do projeto possa ser avaliado com consistência, o caminho crítico planejado tem que ser contínuo e em conformidade com o calendário de execução de cada atividade.

Num segundo momento, para efeito de avaliação de consequências de distúrbios no cronograma, é verificada, caso a caso, a quem possa ser atribuída, contratualmente, a responsabilidade por cada impacto.

Estes impactos de cronograma têm como consequência impactos de custos.

A modelagem dinâmica (John D. Sterman, Business Dynamics – Systems Thinking and Modeling for a Complex World) de um projeto nos ensina que um projeto é um “Trabalho a ser feito”, para o qual se disponibiliza “Recursos”, com uma produtividade planejada, de modo a ser obter um “Trabalho feito”, num determinado prazo:

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Recursos Produtividade

Trabalho Trabalho a ser feito feito

Ilustração 05

Por Recursos, entenda-se todos os recursos (diretos e indiretos) necessários para a execução das obras.

Ressalva: Embora as condições de acesso às frentes de trabalho afetem a produtividade dos recursos alocados, não está no escopo desta perícia a avaliação sobre produtividade/improdutividade.

De toda maneira, se os recursos disponibilizados não puderem ser alocados em frentes de trabalho no respectivo tempo planejado; ou, se alocados, não puderem trabalhar na extensão do respectivo tempo planejado, menos trabalho será feito em relação ao planejado para cada frente de trabalho.

Se as frentes de trabalho afetadas estiverem no caminho crítico planejado de um projeto, o prazo final sofrerá o correspondente atraso agregado.

Postergações de prazos de cronograma implicam em distúrbios (disponibilidade e/ou ociosidade) nos recursos planejados.

Como recursos implicam em custos, decorre daí o fato de que distúrbios na alocação de recursos disponibilizados em função do planejamento, têm, como consequência, impacto nos custos do projeto.

Uma eventual redução ou cancelamento de acesso para a execução de uma atividade não-crítica (fora do caminho crítico), que provoque um atraso até o limite da Folga Total da atividade, não gera consequência em termos de postergação de prazo final do cronograma, mas pode ter consequências de custos diretos dos recursos disponibilizados e/ou alocados para tal atividade.

Se o atraso no prazo de uma atividade não-crítica extrapolar a duração da folga total da atividade, esta se tornará crítica, com as consequências já descritas anteriormente.

Dito isto, vejamos a análise dos impactos no caso em questão.

5.1 Impactos no Cronograma Foram analisados todos os cronogramas disponibilizados, correspondentes a cada Termo Aditivo (TA). Cada TA teve um Cronograma Contratual (cronograma de barras ou Gráfico de Gantt, elaborado em Excel), contemplado no documento de cada Termo Aditivo. Como parte integrante do Programa de Desempenho, o CONSÓRCIO elaborou, por determinação da CPTM, cronograma detalhado, para efeito de acompanhamento e controle do desenvolvimento do contrato, feito no programa MS Project, conforme CT. GEO./035/10, de 03/02/2010” (ver Figura 17) Foi ratificado, em reunião com as Partes, em 23/08/19, ter havido, de fato, um correspondente Cronograma CPM (cronograma de rede lógica, em MSProject) para cada

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TA, ainda que estes não espelhassem integralmente os respectivos cronogramas de barras (em Excel):

Figura 24 – Trecho Nota de Reunião de 23/08/19 Nos cronogramas CPM (intitulados pelo CONSÓRCIO como Cronograma Project), cada TA é considerado como um projeto. A análise destes cronogramas Project é a maneira mais adequada que dispomos para avaliar indicadores que sustentem a postergação dos prazos contratuais, com base na metodologia Impactado Como Planejado. Sobre estes cronogramas temos as seguintes considerações básicas: Respaldo teórico

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O Microsoft PROJECT é um software da classe de gerenciadores de projeto, desenvolvido pela Microsoft Corporation operando no ambiente Windows, constituindo o primeiro software do gênero disponibilizado no mercado.

Esta categoria de software permite o gerenciamento das atividades, dos recursos alocados e dos custos resultantes através da utilização das técnicas (PERT ou CPM) como ferramenta base de planejamento.

Gráfico de Gantt

Gráficos de barras (ou digramas de Gantt, ou Cronograma de Gantt) são gráficos onde se expressa a duração das diferentes atividades que compõem o plano, indicando e posicionando cada atividade no período em que ocorrem, sem apresentar a sequenciação de interdependência das atividades.

Este tipo de cronograma, a menos que extraído de uma rede lógica, não se presta a uma avaliação de Impactado Como Planejado, posto que, em não havendo ligações de sucessoras ou predecessoras entre as atividades, não é possível se verificar o efeito de propagação de eventuais impactos ocorridos em qualquer atividade no prazo final do cronograma.

Desta forma, este tipo de cronograma foi utilizado apenas como balizamento do prazo total de cada Termo Aditivo.

Rede lógica

A rede lógica é uma representação gráfica de um conjunto de atividades inter- relacionadas que descrevem um plano de execução. Essas atividades poderão ser realizadas simultaneamente (em paralelo) ou sequencialmente (em série).

A rede PERT (Project Evaluation Review Technique) surgiu em 1958 pela US Navy, Booz- Allen e Lockheed visando otimizar a conclusão do projeto dos mísseis Polares. Foi utilizada por 250 empresas e 9000 subcontratados. É baseada em duração probabilística das atividades.

A rede CPM (Critical Path Method) foi criada em 1957 pela Dupont e a Sperry Rand, visando otimizar o planejamento da implementação de novas fábricas. É baseado na duração determinística das atividades.

De uma rede lógica pode ser extraído um gráfico de Gantt (com atividades resumo, ou detalhadas), conservando as ligações lógicas estabelecidas na rede.

Os cronogramas gerados através de rede lógica (CPM) foram utilizados para suportar a metodologia Impactado Como Planejado.

Caminho Crítico

Ambas as técnicas (PERT ou COM) geram caminho crítico que é o maior tempo de execução das atividades inter-relacionadas, formando uma sequência, que por sua vez representa a menor duração em que um projeto pode ser concluído.

Qualquer variação num caminho crítico planejado implica numa correspondente variação nos prazos de um Projeto.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Os caminhos críticos aqui analisados foram gerados, pelo CONSÓRCIO, a partir da técnica CPM.

Predecessora e sucessora

Predecessora é a atividade da qual uma atividade é dependente para poder ser executada.

Sucessora é a atividade que vem depois de uma atividade qualquer e que, por sua vez, depende desta para ser executada.

Para garantir um caminho crítico consistente, todas as atividades (exceto a primeira, que só deve ter sucessora, e a última, que só deve ter predecessora), devem possuir predecessora e sucessora.

Qualquer atividade pode ter uma ou mais predecessoras, ou uma ou mais sucessoras.

Atividade Macro (ou Resumo)

São atividades que abarcam/sumarizam um conjunto de outras atividades.

Servem apenas para se visualizar subconjuntos do projeto.

Não devem ter sucessoras nem predecessoras.

Calendário

No Project pode-se criar um calendário específico, definindo dias e horários trabalháveis e não-trabalháveis para cada projeto ou grupos de atividades do projeto.

Calendários específicos alteram a duração de um projeto, em relação a contagem de dias de calendário contínuo.

Levar em consideração os calendários específicos existentes num projeto é importante, particularmente para se verificar a continuidade dos caminhos críticos, pois podem existir gaps de continuidade devido apenas a dias não trabalháveis, não constituindo, portanto, descontinuidade de um caminho crítico.

Datas Restritivas

A imposição de datas restritivas planejadas (tipo: “nesta data”, “não antes de” e “não depois de”) associada ao início ou fim de atividades podem distorcer a avaliação da consistência de um caminho crítico.

Lags

A imposição de lags (positivos: correspondente a imposição de uma duração de espera entre a sequenciação cronológica de duas atividades, ou negativos: implicando em superposição da sequenciação cronológica entre duas atividades) também podem causar distorções na avaliação da consistência de um caminho crítico.

A seguir examinaremos os fatos específicos objetos do escopo desta perícia para cada Termo Aditivo.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Termo Aditivo 04 (TA 04) Período de Avaliação: 01/03/16 a 02/09/16. Cronogramas: Cronograma Contratual O Cronograma Contratual vigente em março/2016 era o correspondente ao Termo Aditivo No. 04, com conclusão prevista para 02/09/2016. Cronograma Project Conforme ratificado pelas Partes, em Reunião ocorrida em 23/08/19, o Cronograma CPM correspondente ao TA 04 é o que consta no documento 151104_Cron_2016_rev14. Sobre este cronograma CPM, temos as seguintes considerações: a. Informações sobre o projeto: Esse projeto possuía data de início 28/5/15 e de término em 01/09/16, porém nossa avaliação contempla o início de 01/03/2016 a 02/09/16

O calendário que prevalecia no projeto, caso uma tarefa não possuísse calendário específico, era o “Paese”.

A notação usada para designar “atividade” foi “tarefa”.

Dentro do período considerado para esta perícia, o cronograma Project deste projeto contempla 317 (trezentas e dezessete) tarefas (não computadas as tarefas resumo).

b. Gráfico de Gantt: O gráfico de Gantt, de tarefas resumo, extraído da rede CPM, apresentava data de início em 04/01/16 e data de término em 01/09/16.

Desta forma, praticamente verifica-se a aderência, em termos de prazo de término, do Cronograma Project, em avaliação, com o Cronograma contratual contemplado no TA 04.

c. Calendários: O projeto possui 6 calendários específicos:

(i) Calendário dias corridos: É o calendário específico das tarefas resumo.

Esse calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de segunda a sexta das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; sábado e domingo das 9:00 às 17:00h.

(ii) Calendário diurno: É o calendário específico das tarefas da via permanente dos trechos: Jaguará- Perus, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Esse calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de segunda a sexta das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; sábado e domingo foram considerados como dias não trabalháveis.

(iii) Calendário diurno com desligamento: É o calendário específico das tarefas da rede área nos trechos: Jaguará-Perus, Perus-Caieiras, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de segunda a sexta das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; sábado e domingo foram considerados dias não trabalháveis.

(iv) Calendário FDS: É o calendário específico das tarefas da via permanente, nos trechos: Jaguará- Perus, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: domingo das 9:00 às 17:00h.

(v) Calendário Noturno: É o calendário específico das tarefas da rede aérea, nos trechos: Perus- Caieiras, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de segunda a sexta das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; sábado e domingo foram considerados dias não trabalháveis.

(vi) Calendário Paese: É o calendário específico das tarefas da rede aérea, nos trechos: Pirituba- Jaraguá; Jaraguá-Perus; Perus-Caieiras, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de funcionamento: domingo das 9:00 às 17:00h.

Os únicos feriados considerados foram: 20/12/15 a 03/01/2016; 07/02/16 a 09/02/2016; 27/3/2016; 08/05/2016 e 18/12/16 a 01/01/2017.

Estes calendários não repercutem exatamente o disposto no Edital (Figura 02), bem como a grade de acesso solicitada pelo CONSÓRCIO em 10/06/2011, através da correspondência CT. DE. 106/11 (Figura 03)

d. Predecessoras e sucessoras: Tarefas sem predecessoras: Somente a tarefa 199.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Tarefas sem sucessoras: 156 (Cento e cinquenta e seis) tarefas.

e. Lags: Não existiam tarefas com lag negativo.

2 (Duas) tarefas possuíam lag positivo.

f. Datas Restritivas: Três tarefas possuíam restrição de início.

g. Caminho crítico: O caminho crítico planejado era composto por 83 (Oitenta e três) tarefas sequenciadas, de 10/01/16 até 01/09/16.

As tarefas do caminho possuíam predecessoras e sucessoras, com exceção da 199 (tarefa inicial que não possuía predecessora) e das tarefas 390, 391, 546 e 568 (tarefas finais que não possuíam sucessoras), o que é correto.

As tarefas 41, 199 e 563 possuíam datas restritivas de início.

Vale destacar que o caminho crítico verificado é contínuo e que os gaps existentes não são devidos a datas restritivas ou lags entre tarefas, e sim ao atendimento ao calendário específico de cada tarefa.

O fato de os calendários não espelharem a grade de acesso disposta no Edital, embora estes possam conter imprecisões, ou inadequações, não impacta diretamente na sequenciação (predecessoras e sucessoras) das tarefas do caminho crítico planejado.

O número relativamente grande de tarefas sem sucessoras revela uma falha estrutural grave na elaboração do planejamento do projeto. Se estas conexões tivessem sido adequadamente feitas, o número de tarefas no caminho crítico tenderia a ser maior que o verificado.

As demais falhas estruturais (lags e datas restritivas), ocorridas na elaboração do planejamento do projeto, são de pequena monta e não têm potencial para alterar significativamente a continuidade do caminho crítico.

Estes fatos evidenciam o atraso no cronograma do Termo Aditivo 05, daí a ocorrência do Termo Aditivo 06; que, por sua vez, indicam a possibilidade de distúrbios na disponibilização e alocação de recursos, com respectivos impactos de custos.

Todas as evidências relativas aos tópicos acima estão apresentadas no ANEXO 02. – Cronogramas TA 04.

Termo Aditivo 05 (TA 05)

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Período de Avaliação: 02/09/16 a 02/01/18. Cronogramas: Cronograma Contratual Em decorrência das razões expostas anteriormente, em 02 de setembro de 2016 as Partes firmaram o Termo Aditivo 05, prorrogando a conclusão das obras em 16 (dezesseis) meses, até 02/01/2018. Cronograma Project O cronograma CPM correspondente ao TA 05 consta do documento 160826_Cron_2018_Rev17, conforme correspondência CTCS No. 147/16, de 25 de agosto de 2016, protocolo de recebimento pela CPTM em 26/08/16. Sobre este cronograma CPM, temos as seguintes considerações: a. Informações sobre o projeto: Esse projeto possuía data de início 28/5/15 e término em 02/01/18, porém nossa avaliação contempla o início a partir de 02/9/16 e término em 02/01/18.

O calendário que prevalecia no projeto, caso uma tarefa não possuísse calendário específico era o “Singela”.

A notação usada para designar “atividade” foi “tarefa”.

Dentro do período considerado para esta perícia, o cronograma Project deste projeto contempla 298 (duzentas e noventa e oito) tarefas (não computadas as tarefas resumo).

b. Gráfico de Gantt: O gráfico de Gantt, de tarefas resumo, extraído da rede CPM, apresentava data de início em 01/07/16 e data de término em 02/01/18.

Desta forma, praticamente verifica-se a aderência, em termos de prazo de término, do Cronograma Project, em avaliação, com o Cronograma contratual contemplado no TA 05.

c. Calendários: O projeto possui 8 calendários específicos nas tarefas:

(i) Calendário Padrão: É o calendário específico das tarefas resumo e tarefas do projeto executivo e licenças ambientais.

Esse calendário considerou o seguinte horário de trabalho: todos os dias da semana, das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h.

(ii) Calendário diurno: É o calendário específico das tarefas da via permanente, sinalização e via área dos trechos: Jaguará-Perus, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de segunda a sexta das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; sábado e domingo foram considerados como dias de não trabalháveis.

(iii) Calendário diurno com desligamento: É o calendário específico das tarefas da rede área nos trechos: Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de segunda a sexta das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; sábado e domingo foram considerados dias não trabalháveis.

(iv) Calendário FDS: É o calendário específico das tarefas da via permanente, nos trechos: Jaguará- Perus, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis.

Esse calendário considerou o seguinte horário de trabalho: sábados e domingos das 9:00 às 17:00h.

(v) Calendário IS: É o calendário específico das tarefas da infraestrutura, drenagem, terraplanagem e rede aérea, no trecho: Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: todos os dias das 9:00 às 12:00 das 13:00 às 18:00h.

(vi) Calendário Noturno: É o calendário específico das tarefas da rede aérea, nos trechos: Perus- Caieiras, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de terça a sábado das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; domingos e segundas foram considerados dias não trabalháveis.

(vii) Calendário Paese: É o calendário específico das tarefas da rede aérea, nos trechos: Pirituba- Jaraguá; Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: sábados e domingos das 9:00 às 17:00h.

(viii) Calendário Singela: É o calendário específico das tarefas da rede aérea, nos trechos: Pirituba- Jaraguá, Jaraguá-Perus, Perus-Caieiras, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Este calendário considerou o seguinte horário de ftrabalho: sábados e domingo das 9:00 às 17:00; os demais dias foram considerados como não trabalháveis.

Os únicos feriados considerados foram: 19/12/16 a 01/01/2017; 23/12/17 a 07/01/2018; 22/12/2018 a 06/01/2019.

Estes calendários não repercutem exatamente o disposto no Edital (Figura 02), bem como a grade de acesso solicitada pelo CONSÓRCIO em 10/06/2011, através da correspondência CT. DE. 106/11 (Figura 03).

d. Predecessoras e Sucessoras: Tarefas sem predecessoras: 71 (Setenta e uma) tarefas.

Tarefas sem sucessoras: 88 (Oitenta e oito) tarefas.

e. Lags Existiam 2 (Duas) tarefas com lag negativo.

Existiam também 2 (Duas) tarefas com lag positivo.

f. Datas Restritivas 84 (Oitenta e quatro) tarefas possuíam restrição de início ou término.

g. Caminho Crítico

O caminho crítico planejado era composto por 156 (Cento e cinquenta e seis) tarefas sequenciadas, de 13/08/16 até 02/01/18.

As tarefas do caminho possuíam predecessoras e sucessoras, com exceção da tarefa 107 (tarefa inicial que não possuía predecessora) e da tarefa 474 (tarefa finais que não possuía sucessora), o que é correto.

Somente a tarefa 107 possuía data restritiva de início.

Vale destacar que o caminho crítico verificado é contínuo e que os gaps existentes não são devidos a datas restritivas ou lags entre tarefas, e sim ao atendimento ao calendário específico de cada tarefa.

O fato de os calendários não espelharem a grade de acesso disposta no Edital, embora estes possam conter imprecisões, ou inadequações, não impacta diretamente na sequenciação (predecessoras e sucessoras) das tarefas do caminho crítico planejado.

O número relativamente elevado de tarefas sem sucessoras revela uma falha estrutural grave na elaboração do planejamento do projeto. Se estas conexões tivessem sido adequadamente feitas, o número de tarefas no caminho crítico tenderia a ser maior que o verificado.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Já o grande número de tarefas com datas restritivas tem o potencial elevado de alterar o caminho crítico, sem, contudo, invalidar a existência, ao menos, do caminho crítico identificado.

As demais falhas estruturais (lags e datas restritivas), ocorridas na elaboração do planejamento do projeto, são de pequena monta e não têm potencial para alterar significativamente a continuidade do caminho crítico identificado.

Estes fatos evidenciam o atraso no cronograma do Termo Aditivo 05, daí a ocorrência do Termo Aditivo 06; que, por sua vez, indicam a possibilidade de distúrbios na disponibilização e alocação de recursos, com respectivos impactos de custos.

Todas as evidências relativas aos tópicos acima estão apresentadas no ANEXO 03 – Cronogramas TA 05.

Termo Aditivo 06 (TA 06) Período de Avaliação: 02/01/18 a 02/05/18. Cronogramas: Cronograma Contratual Mais uma vez decorrência das razões expostas anteriormente, em 02 de janeiro de 2018 as Partes firmaram o Termo Aditivo 05, prorrogando a conclusão das obras em 4 (dezesseis) meses, até 02/05/2018. Cronograma Project O cronograma CPM correspondente ao TA 06 consta do documento 171212_Cron_2018_Rev22, conforme correspondência CTCS 200/17, de 11 de dezembro de 2017, protocolo de recebimento pela CPTM em 18/12/17. Sobre este cronograma CPM, temos as seguintes considerações: a. Informações sobre o projeto: Esse projeto (cronograma) possuía data de início 07/12/2017 e término em 30/03/18, porém nossa avaliação contempla o início a partir de 02/01/18 e término em 02/05/18.

O calendário que prevalecia no projeto, caso a atividade não possuísse calendário específico era o “Noturno”.

A notação usada para designar “atividade” foi “tarefa”:

Dentro do período considerado para esta perícia, o cronograma contempla 87 (Oitenta e sete) tarefas (não computadas as tarefas resumo).

b. Gráfico de Gantt O gráfico de Gantt, de tarefas resumo, extraído da rede CPM, apresentava data de início em 07/12/17 e data de término em 30/03/18.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Desta forma, verifica-se não haver aderência, em termos de prazos de início e término, do Cronograma Project com o Cronograma contratual contemplado no TA 06.

c. Calendários O projeto possui 04 calendários específicos nas tarefas:

(i) Calendário Padrão:

É o calendário específico das tarefas resumo e tarefas do serviço drenagem do trecho Baltazar Fidélis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho todos os dias da semana das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h.

(ii) Calendário Noturno:

É o calendário específico das tarefas da rede aérea dos trechos: Pirituba

Jaguará; Jaguará-Perus, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: de quarta a sexta das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h; de sábado até a terça foram considerados como dias não trabalháveis.

(iii) Calendário IS:

É o calendário específico das tarefas do serviço terraplenagem, no trecho: Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: todos os dias das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00h.

(iv) Calendário Singela:

É o calendário específico das tarefas do serviço rede aérea, nos trechos: Pirituba- Jaraguá, Jaraguá-Perus, Perus-Caieiras, Caieiras-Franco da Rocha, Franco da Rocha – Baltazar Fidélis e Baltazar Fidelis-Francisco Morato.

Este calendário considerou o seguinte horário de trabalho: domingos das 9:00 às 17:00; os demais dias foram considerados como não trabalháveis.

Os feriados considerados foram: 26/02/17 a 28/2/2017; 11/12/2017 a 04/01/2018; 10/02/2018 a 13/02/2018; 31/03/2018 a 01/04/2018; 21/04/2018; e, 22/12/2018 a 06/01/2019, no calendário Singela. Nenhum no calendário padrão. De 18/12/2016 a 07/01/2017; de 26/02/2017 a 28/02/2017; de 22/12/2017 a 01/01/2017 e de 22/12/2018 a 06/01/2019, no calendário noturno), e 26/02/2017 a 28/02/2017, no calendário IS.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Estes calendários não repercutem exatamente o disposto no Edital (Figura 02), bem como a grade de acesso solicitada pelo CONSÓRCIO em 10/06/2011, através da correspondência CT. DE. 106/11 (Figura 03).

d. Predecessoras e Sucessoras Tarefas sem predecessoras: 30 (Trinta) tarefas.

Tarefas sem sucessoras: 76 (Setenta e seis) tarefas.

e. Lags

Tarefas com lag positivo: nenhuma tarefa.

Tarefas com lag negativo: 1 (Uma) tarefa.

f. Datas Restritivas

30 (Trinta) tarefas possuíam restrições de início ou término.

g. Caminho Crítico

O caminho crítico planejado é composto por 12 tarefas, sem predecessoras ou sucessoras, mas todas com restrição de término.

O fato de os calendários não espelharem a grade de acesso disposta no Edital, embora estes possam conter imprecisões, ou inadequações, não impacta diretamente na continuidade do caminho crítico planejado.

As tarefas deste caminho crítico ocorriam de 22/03 a 30/03, não formando uma cadeia logica do início ao final do projeto.

Desta forma, este caminho crítico não tem consistência e não pode ser validado. Ou seja, não se observa um caminho crítico contínuo ao longo do prazo do deste projeto.

O fato de, no cronograma Project, o final previsto ser 30/03/18, em contraposição a data de conclusão contratual do TA 06 (02/05/18), gera uma suposta “folga total” para o término das obras pelo CONSÓRCIO dentro do prazo contratual estabelecido no TA 06.

Como o projeto foi concluído dentro do prazo do Termo Aditivo 06, estas insconsistências não têm relevância, posto que não houve nova postergação do prazo contratual.

Entretanto, não se pode desconsiderar a possibilidade de distúrbios na disponibilização e alocação de recursos, com os respectivos impactos de custos, no período deste Termo Aditivo, uma vez que a postergação de prazo não é o único fator capaz de promover impacto nos custos de uma obra.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Todas as evidências relativas aos tópicos acima estão apresentadas no ANEXO 04 – Cronogramas TA 06.

Avaliação consolidada sobre impactos no Cronograma das Obras

As considerações a seguir dizem respeito ao período total, de 01/03/2016 a 02/05/2018.

Como já mencionado anteriormente, cronogramas de barras (elaborados em Excel) não se prestam a avaliação de impactos de prazos.

Daí o fato de termos procedido com uma avaliação de impactos no cronograma das obras através de análises das redes lógicas exigidas no contrato e elaboradas pelo CONSÓRCIO.

Estas análises se fundamentam em caminhos críticos.

Não havendo ao menos 1 (um) caminho crítico planejado num projeto, poderia haver, no projeto, folga total suficiente para acomodar, parcial ou totalmente, os impactos causados pelas restrições de acesso, o que poderia levar, no extremo, a não justificativa para postergação de prazos das obras.

No caso em questão, no entanto, apesar das falhas estruturais na elaboração do planejamento detalhado, através de redes lógicas, pode-se admitir a continuidade de um caminho crítico planejado cobrindo todo o período em análise, à exceção dos últimos quatro meses cobertos pelo TA 06.

A não identificação de um caminho crítico planejado no TA 06 não resulta em prejuízo quanto a avaliação de postergação de prazo, posto que este foi o último Termo Aditivo e que marcou o término das obras.

A impossibilidade de se avaliar a existência de um caminho crítico contínuo planejado neste último TA, no entanto, não invalida a possibilidade da ocorrência de eventuais distúrbios na disponibilização e alocação de recursos.

Até aqui, as análises precedentes nos permitem depreender a existência de fatores que justificam os impactos no cronograma das obras e seus consequentes custos.

No entanto, para nos aprofundarmos na avaliação das suas causas e responsabilidades, com base nas disposições contratuais e, particularmente, na Versão 7 da Norma CPTM No. NS. DO/002, remetemos ao Fluxo de Trabalho implementado nas obras, conforme segue:

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Figura 25 - Fluxo de Trabalho para Execução das Obras

Deste fluxo de trabalho, depreende-se que o CONSÓRCIO dependia integralmente da CPTM, nos momentos decisórios: 1 - quando da aprovação ou não de acessos nas Reuniões semanais ou quinzenais de Programação de Acesso, e 2 - quando das Autorização de Acesso do CCO (Centro de Controle Operacional) no SSA (Sistema de Solicitação de Acesso), para acesso à execução das obras.

Os pontos (A), (B), (C) e (D), do fluxo acima, expressam as repercussões dos impactos sobre os recursos, devido a liberação/restrição de acessos.

É fato que as obras sofreram significativas restrições de acessos, conforme registros em Relatórios Mensal de Atividades e Diários de Obras.

Os impactos devidos à restrição de acesso foram verificados e apurados a partir dos registros de cada Diário de Obra (DO) e respectivas Solicitações de Acesso (SA’s) ali relacionadas.

A dinâmica de trabalho e responsabilidades evidenciadas no fluxo acima e as ocorrências registradas nos Diários de Obra levaram o CONSÓRCIO a alegar que a CPTM teve responsabilidade direta sobre os distúrbios na disponibilização de recursos por parte do CONSÓRCIO, decorrentes dos impactos no cronograma das obras e, consequentemente, pelos custos daí advindos.

Não foi possível, entretanto, à da documentação disponibilizada, identificar uma correlação direta entre as Solicitações de Acesso (SA’s), ou os registros nos Diários de Obra, com as Tarefas do cronograma Project.

A reprodução total ou parcial do conteúdo do presente trabalho estará sujeita as penalidades previstas na legislação pertinente a direitos autorais.

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Assim sendo, não é possível aferir, quantitativamente, os impactos dos acessos liberados/cancelados pela CPTM no caminho crítico das obras, posto que as restrições de acessos podem ter atingido tanto atividades do caminho crítico quanto às de caminhos não-críticos.

Este fato nos leva a uma ressalva fundamental no resultado da aplicação da metodologia Planejado Como Impactado: em não se conhecendo a correlação anteriormente mencionada, não é possível a inserção direta das restrições de acesso na rede CPM (do Project) e, por conseguinte, a aferição quantitativa, precisa, dos impactos no cronograma devido aos distúrbios nas concessões de acesso.

A alegação da CPTM de que “Em algum momento a REQUERENTE trabalhou na via uma quantidade de horas superior àquela aprovada pela REQUERENTE CPTM”, não consubstancia razão técnica, em termos de sequenciação de trabalhos no caminho crítico, que viesse a modificar a magnitude dos impactos no cronograma das obras, nem dos distúrbios na disponibilização e alocação de recursos e seus respectivos custos.

Não localizamos qualquer menção sobre “cancelamento de acessos decorrentes de solicitação do próprio Contratado”, conforme registrado pela CPTM em seus Contra- Memoriais.

Em não se efetuando uma avaliação sobre produtividade (por não fazer parte do escopo desta perícia), não é possível afirmar que, eventualmente, o CONSÓRCIO não tenha tido aproveitamento adequado durante os acessos concedidos.

Desta forma, as extensões de prazo do cronograma das obras podem ser, sim, ratificadas, como decorrência da redução e cancelamento de acessos, ainda que não possamos quantificá-las, precisamente, em número de dias, para efeito de comparação com os dias de postergação de prazos concedidos nos Termos Aditivos 05 e 06.

Diante de todo o anteriormente exposto, apresentamos resumidamente os seguintes pontos:

1. A partir da leitura e avaliação de todos os Diários de Obra podemos assumir que o CONSÓRCIO não pôde concluir todas as obras no prazo dos Termos Aditivos (TA’s) 04 e 05, basicamente em razão da limitação de acessos concedidos pela CPTM;

2. Ainda que não seja possível precisar cada Impactado Como Planejado nos TA’s 04 e 05, que levaram a conclusão das Obras para 02/05/2018 (conforme TA 06); ou seja, se as prorrogações de conclusão das Obras/Projeto (PLV) pactuadas corresponderam exatamente a agregação dos Impactos nas Atividades (ALV’s) ao longo da vigência dos respectivos TA’s, é fato que alguma postergação de prazo, em ambos os casos, seria, em parte ou no todo, resultante das restrições de acesso verificadas ao longo da execução das obras..

3. Já o custeio das consequências de tais impactos no Cronograma das Obras é passível de uma maior precisão, em função da documentação disponibilizada no processo.

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4. Isto é o que o que desenvolveremos a seguir.

5.2 Impactos nos Custos Admitida a ampliação do cronograma das obras pelas razões expostas em 5.1, supra, vejamos a seguir os fundamentos e considerações para avaliação de impactos no custo total das obras. Apresentamos a seguir o detalhamento e considerações sobre os pleitos do CONSÓRCIO. O CONSÓRCIO apresentou memória de cálculo de seus pleitos através de Planilha Excel denominada “Planilha Consolidadora.xls”, com a seguinte estrutura de planilhas:

CONSOLIDADORA – Planilha Resumo com informação consolidada de todos os pleitos;

MEDIÇÃO POR TABELA – Planilha contendo informação das medições do contrato;

BANCO ADM CENTRAL – Planilha com a memória de cálculo do pleito referente a administração Central;

SEGURO E GARANTIA (2) – Planilha contendo custos de Seguros e Garantias no período de mar/16 e ago/17;

SEGURO E GARANTIA (3) – Planilha contendo custos de Seguros e Garantias no período de set/17 a mai/18;

RELATÓRIO INDIRETO – Planilha dinâmica com o resumo dos Custos Indiretos mês a mês pleiteados. Esta planilha dinâmica busca dados na Planilha BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS;

BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS – Planilha contendo todos os gastos contabilizadas no contrato desde o início até o final. A Planilha possui 427.501 linhas, porém somente a partir da linha 363.112 tem início o período em análise nesta perícia;

RELATÓRIO DE OCIOSIDADE – Planilha dinâmica com o resumo dos custos referente a ociosidade mês a mês pleiteados. Esta planilha dinâmica busca dados na Planilha BANCO DE DADOS DE OCIOSIDADE;

BANCO DE DADOS DE OCIOSIDADE – Planilha contendo a memória de cálculo da ociosidade. Elaborada com base nos registros dos Diários de Obras sobre as horas ociosas no período, com a mão de obra custeada por categoria profissional, e com os custos de equipamentos. A Planilha possui 24.749 linhas, porém somente a partir da linha 17.771 tem início o período em análise nesta perícia;

RELATÓRIO DE DISPONIBILIDADE – Planilha dinâmica contendo o resumo dos custos pleiteados referente a Disponibilidade de Mão de Obra e de equipamentos extraída da Planilha BANCO DE DADOS DE DISPONIBILIDADE;

BANCO DE DADOS DISPONIBILIDADE – Planilha com dados referentes aos custos de Disponibilidade de Mão de Obra e equipamentos mês a mês desde o início do contrato, porém somente parte se refere ao período em análise. Busca dados da planilha de BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS para apuração do custo total de Mão de Obra mês a mês.

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Impactos de custos indiretos incorridos pelo CONSÓRCIO:

1) custeio de administração central do Requerente (Memorial, ¶54, item (a)(I)(1)).

Para a quantificação dos custos da Administração Central o CONSÓRCIO utilizou a fórmula de Eichleay ajustada, conforme Item 51.1 item “a” do MEMORIAL DA REQUERENTE, como descrito abaixo:

“Para a quantificação deste prejuízo, o CONSÓRCIO adotou a Fórmula de Eichleay ajustada, a qual é constituída por 2 (duas etapas) sequenciais, a saber: primeiro, o faturamento mensal do contrato é dividido pelo faturamento mensal da empresa no período. O quociente encontrado é multiplicado pelo custo da administração central mensal da empresa durante o período do contrato analisado, para produzir o custo da administração central alocada ao contrato; não foi considerado qualquer ressarcimento via percentual de BDI da medição do período, visto que ele é mera recomposição da Administração Central do período original.”

Esta metodologia é normalmente adotada na criação do preço de uma proposta, mas não deve ser aplicada aos contratos em andamento.

Não foi localizado este cálculo para época da apresentação da proposta.

Assim não há como utilizá-la no transcorrer do contrato, onde muitas variáveis impactam em seu resultado, tais como nível de faturamento e de despesas de cada empresa.

Desta forma, não cabe a este contrato arcar com os custos e com a oscilação de contratos e faturamento de cada empresa.

Levado ao extremo, se as empresas possuíssem só este contrato não seria justo que este remunerasse todos os custos administrativos das empresas.

Não foi localizado nos documentos disponibilizados qualquer referência quanto ao valor do BDI calculado à época da Proposta.

Abaixo apresentamos o resumo do cálculo elaborado pelo CONSÓRCIO, conforme PLANILHA CONSOLIDADORA:

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ADMINISTRAÇÃO CENTRAL PLEITO REQUERENTE TOTAL MEDIDO NO PERÍODO MEDIÇÃO [P0+Reajuste] 70.030.905 TIISA 40,00% 28.012.362 SERVENG 32,00% 22.409.889 CONSBEM 28,00% 19.608.653 % FATURAMENTO 1.526.146.182 TIISA 3,53% DESPESA 53.865.533 FATURAMENTO 3.252.334.962 SERVENG 14,78% DESPESA 480.749.366 FATURAMENTO 413.430.523 CONSBEM 6,04% DESPESA 24.974.529

TIISA 1,84% %RATEIO SERVENG 0,69% FATURAMENTO CONSBEM 4,74%

TIISA 1.204.452 SERVENG%RATEIO X DESPESA 3.468.584 CONSBEM 1.182.957 TOTAL PLEITEADO ADM CENTRAL 5.855.994 8,36%

Tabela 01 - Resumo Cálculo Custos Administração Central

Ressalvamos que o valor total apresentado no Memorial da Requerente está incompatível com o valor mostrado na PLANILHA CONSOLIDADORA, conforme mostrado na tabela abaixo:

Valor declarado no Planilha Rubrica memorial do Consolidadora Requerente

Administração Central 5.953.158,00 5.855.994,28

Administração Local 6.996.750,01 6.996.750,01

Seguros e Garantias 1.132.591,51 1.132.591,51

Ociosidade de Recursos 2.263.333,14 2.263.333,14

Disponibilidade de Equipes e Equipamentos 5.655.388,09 5.655.388,09 Disponibilidade total 7.918.721,23 7.918.721,23 Ociosidade (-) 2.263.333,14 2.263.333,14

Total Pleiteado pelo Requerente 22.001.220,74 21.904.057,02

Tabela 02 - Custos Adm. Central (Memorial Requerente x Planilha Consolidadora)

No entanto, através do e-mail de 19/08/2019, abaixo, o CONSÓRCIO ratificou o valor conforme PLANILHA CONSOLIDADORA.

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Figura 26 - E-mail de 19/08/19

A metodologia adotada pelo CONSÓRCIO se prende às despesas e faturamento de cada empresa consorciada.

O que impossibilita uma análise mais profunda dos custos realmente incorridos pelo CONSÓRCIO é o fato do mesmo não ter demonstrado uma estrutura de custos individualizados por contrato, capaz de justificar os custos realmente incorridos atribuídos a este contrato específico.

Para referências para o cálculo do BDI esta perícia recorreu a literaturas disponíveis e localizou estudo feito pelo Tribunal de Contas da União – TCU onde foram encontradas diversas metodologias para cálculo desta Variável. Anexo 05- ESTUDO SOBRE TAXAS REFERENCIAIS DE BDI DE OBRAS PÚBLICAS E DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS RELEVANTES - TC 036.076/2011-2

No entanto, para utilizar a mesma referência, adotamos para análise os valores encontrados no tipo de obra “CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS” que mais se aproxima ao escopo do contrato em questão.

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Figura27 - Referência do TCU para Cálculo de BDI

Resumidamente, os estudos do TCU para as obras de construção de rodovias e ferrovias apontam para os percentuais de composição do BDI, conforme abaixo:

Tabela 03 - Ref. TCU para Composição BDI

Adotando-se o percentual médio de 4,01%, referente a Administração Central ao faturamento realizado pela Requerente, temos o seguinte quadro:

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BDI TEÓRICO ADM CENTRAL MÊS FATURAMENTO CUSTO 24,60% 4,01% mar-16 3.029.947,87 598.245,18 2.431.702,69 97.511,28 abr-16 2.744.883,21 541.960,86 2.202.922,35 88.337,19 mai-16 2.700.964,32 533.289,34 2.167.674,98 86.923,77 jun-16 1.753.594,26 346.236,75 1.407.357,51 56.435,04 jul-16 2.745.827,98 542.147,40 2.203.680,58 88.367,59 ago-16 2.572.140,10 507.853,76 2.064.286,34 82.777,88 set-16 2.535.963,72 500.710,95 2.035.252,77 81.613,64 out-16 2.007.496,82 396.368,30 1.611.128,52 64.606,25 nov-16 1.661.857,66 328.123,91 1.333.733,75 53.482,72 dez-16 3.554.344,22 701.784,12 2.852.560,10 114.387,66 jan-17 1.765.825,47 348.651,73 1.417.173,74 56.828,67 fev-17 2.973.127,93 587.026,42 2.386.101,51 95.682,67 mar-17 3.794.649,94 749.231,05 3.045.418,89 122.121,30 abr-17 2.738.672,17 540.734,53 2.197.937,64 88.137,30 mai-17 4.337.876,38 856.487,88 3.481.388,50 139.603,68 jun-17 3.275.949,16 646.816,67 2.629.132,49 105.428,21 jul-17 3.013.342,25 594.966,50 2.418.375,75 96.976,87 ago-17 3.132.818,87 618.556,45 2.514.262,42 100.821,92 set-17 4.980.735,56 983.416,60 3.997.318,96 160.292,49 out-17 4.841.139,53 955.854,20 3.885.285,33 155.799,94 nov-17 3.180.526,08 627.975,95 2.552.550,13 102.357,26 dez-17 2.192.476,90 432.891,52 1.759.585,38 70.559,37 jan-18 1.319.997,53 260.625,66 1.059.371,87 42.480,81 fev-18 1.148.793,21 226.822,38 921.970,83 36.971,03 mar-18 1.177.384,68 232.467,60 944.917,08 37.891,17 abr-18 753.252,01 148.725,13 604.526,88 24.241,53 mai-18 97.316,80 19.214,62 78.102,18 3.131,90 TOTAL 70.030.904,63 13.827.185,71 56.203.719,17 2.253.769,18

Tabela 04 - Modelagem de Custo de Administração Central

Queremos deixar claro que estes estudos foram modelados para determinação de BDI numa fase de orçamentação (para se chegar ao preço final de uma proposta), não tendo sido possível, entretanto, determinar o custo real incorrido nas obras, uma vez que não foi disponibilizada documentação comprobatória da efetiva existência e o montante de tais custos.

2) custeio da administração local do Requerente (Memorial, ¶54, item (a)(i)(2)).

Para a quantificação dos custos referentes a Administração Local o CONSÓRCIO utilizou a metodologia que considera o total dos custos Indiretos incorridos no período, abatendo o valor teórico incluído nas medições mensais do contrato, conforme item 51.1 item “b” do MEMORIAL DA REQUERENTE, como descrito abaixo:

“A metodologia empregada para a apuração das diferenças a serem ressarcidas a título de aumento do custeio da administração local deve considerar, como referência, o somatório das despesas realmente suportadas neste período de obras, apuradas de acordo com os comprovantes constantes do CTCS.67- Documentos Comprobatórios dos Custos Indiretos e subtraindo, deste valor total, aquilo que realmente pode ser custeado pelos faturamentos mensais, conforme abaixo:

RE(I) = CI – ((1,00% x MED TAB I e II) + ((9,65% x MED TAB III e IV)

Onde: CI = custo indireto real acumulado. MED TAB I e II= medição real acumulada para as tabelas I e II, que se referem aos

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fornecimentos do contrato. MED TAB III e IV= medição real acumulada para as tabelas III e IV, que se referem aos projetos e serviços do contrato. RE(I) = diferença a receber.”

O CONSÓRCIO disponibilizou documentação dos custos incorridos, comprovantes de pagamentos e notas fiscais, mês a mês, para todo o período objeto desta perícia.

Foram analisados todos os documentos comprobatórios de pagamentos, para verificação da pertinência de cada um deles.

Foram encontrados alguns itens que consideramos passíveis de glosa, tais como: multas de trânsito, multas decorrentes de atraso de pagamento de responsabilidade do CONSÓRCIO, custos com competência fora do período em análise e itens de ativo fixo, conforme tabela abaixo:

COMPETENCIA PRO RATA COMPETENCIA ATIVO MULTAS E TOTAL RUBRICA ANTERIOR A (ATÉ PÓS FINAL FIXO JUROS GERAL MAR/16 02/05/18) CONTRATO ÁGUA POTÁVEL 54,58 261,51 316,09 ALIMENTAÇÃO CANTEIRO 5.000,00 5.000,00 COMBUSTÍVEL ENERGIA ELÉTRICA 356,47 718,42 1.074,89 EQUIPAMENTOS ESCRITÓRIO 9.979,82 1,41 1.138,86 11.120,09 M.O. MATERIAIS DE ESCRITÓRIO MATERIAIS DE LIMPEZA MOTOBOY PJ 22.569,07 22.569,07 REEMBOLSO DE DESPESAS 888,10 347,16 1.235,26 REPÚBLICA 3.000,76 3.000,76 RETENÇÃO IMP. DE TERCEIROS 4.750,73 4.750,73 SEGURANÇA PATRIMONIAL SSMQ 13.401,84 13.401,84 TARIFA BANCÁRIA TELEFONIA 4.199,91 630,54 4.830,45 TOPOGRAFIA 2.200,00 2.200,00 VEICULOS 4.580,00 802,06 999,00 6.381,06 Total Geral 9.979,82 35.020,58 1.214,52 28.666,33 999,00 75.880,25 Tabela 05 - Custos de Itens Passíveis de Glosa

Deduzindo-se estas glosas, chegamos aos seguintes valores apurados para os custos de Administração Local:

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Valor pleiteado RUBRICA Glosas Valor apurado pela Requerente ÁGUA POTÁVEL 25.397,98 316,09 25.081,89 ALIMENTAÇÃO 481.565,99 481.565,99 CANTEIRO 116.836,73 5.000,00 111.836,73 COMBUSTÍVEL 153.558,25 153.558,25 ENERGIA ELÉTRICA 78.211,12 1.074,89 77.136,23 EQUIPAMENTOS 144,10 144,10 ESCRITÓRIO 111.649,69 11.120,09 100.529,60 M.O. 8.086.771,28 8.086.771,28 MATERIAIS DE ESCRITÓRIO 37.270,93 37.270,93 MATERIAIS DE LIMPEZA 24.281,26 24.281,26 MOTOBOY 64.496,48 64.496,48 PJ 1.509.374,94 22.569,07 1.486.805,87 REEMBOLSO DE DESPESAS 46.578,78 1.235,26 45.343,52 REPÚBLICA 357.567,63 3.000,76 354.566,87 RETENÇÃO IMP. DE TERCEIROS 143.233,80 4.750,73 138.483,07 SEGURANÇA PATRIMONIAL 667.454,90 667.454,90 SSMQ 240.163,45 13.401,84 226.761,61 TARIFA BANCÁRIA 11.484,14 11.484,14 TELEFONIA 132.871,82 4.830,45 128.041,37 TOPOGRAFIA 28.400,00 2.200,00 26.200,00 VEICULOS 272.463,16 6.381,06 266.082,10 Total Geral 12.589.776,43 75.880,25 12.513.896,17 Tabela 06- Valores apurados para custo de Administração Local

Quanto ao percentual de administração local, aplicado ao valor do faturamento, não encontramos este valor explicitado na Proposta, nem referências no mercado, por se tratar de custos específicos para cada tipo de obra.

No entanto, consideramos os percentuais aplicados pelo CONSÓRCIO, em sua fórmula de cálculo, como adequados para obtenção dos custos indiretos incluídos no seu faturamento.

Assim, obtemos o seguinte quadro para os custos Indiretos locais ajustados da administração local, reportados mês a mês:

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INCLUIDO NO PLEITO CUSTO FATURAMENTO LIQUIDO INDIRETO GLOSA MÊS REQUERENTE INDIRETO PLEITO PLEITEADO AJUSTADO 1% e 9,65% (a) (b) (c) (d) (e) = (a) - (d) (f) = (c) - (d) mar/16 477.332,33 33.152,47 444.179,86 108.127,90 369.204,43 336.051,96 abr/16 479.406,45 8.366,59 471.039,86 207.768,31 271.638,14 263.271,55 mai/16 584.008,41 3.509,37 580.499,04 192.159,55 391.848,86 388.339,49 jun/16 560.136,21 560.136,21 131.668,08 428.468,13 428.468,13 jul/16 561.779,47 2,57 561.776,90 172.161,60 389.617,87 389.615,30 ago/16 584.808,23 6,63 584.801,60 173.968,91 410.839,32 410.832,69 set/16 539.135,62 0,96 539.134,66 205.917,37 333.218,25 333.217,29 out/16 503.611,29 30,29 503.581,00 156.021,21 347.590,08 347.559,79 nov/16 535.695,21 535.695,21 142.342,58 393.352,63 393.352,63 dez/16 626.161,57 626.161,57 318.137,50 308.024,07 308.024,07 jan/17 445.358,73 445.358,73 150.480,69 294.878,04 294.878,04 fev/17 497.217,74 67,12 497.150,62 261.815,53 235.402,21 235.335,09 mar/17 501.495,02 0,96 501.494,06 344.443,42 157.051,60 157.050,64 abr/17 475.638,41 475.638,41 235.834,53 239.803,87 239.803,87 mai/17 460.673,11 460.673,11 400.410,61 60.262,50 60.262,50 jun/17 530.671,10 1,37 530.669,73 265.374,74 265.296,36 265.294,99 jul/17 448.838,68 24,24 448.814,44 245.804,30 203.034,38 203.010,14 ago/17 388.916,83 0,89 388.915,94 237.975,61 150.941,22 150.940,33 set/17 382.541,30 382.541,30 471.358,58 - 88.817,28 - 88.817,28 out/17 425.272,79 425.272,79 458.305,49 - 33.032,70 - 33.032,70 nov/17 416.408,51 416.408,51 280.638,32 135.770,19 135.770,19 dez/17 506.277,28 506.277,28 124.816,18 381.461,10 381.461,10 jan/18 325.832,24 98,75 325.733,49 86.962,64 238.869,60 238.770,85 fev/18 384.098,73 54,63 384.044,10 66.666,16 317.432,57 317.377,94 mar/18 349.607,86 36,93 349.570,93 106.364,38 243.243,49 243.206,56 abr/18 347.443,30 861,40 346.581,90 40.221,29 307.222,01 306.360,61 mai/18 251.410,01 29.665,33 221.744,67 7.280,94 244.129,06 214.463,73 Total Geral 12.589.776,43 75.880,50 12.513.895,92 5.593.026,42 6.996.750,01 6.920.869,50 Tabela 07- Custos Indiretos Locais Ajustados

3) seguros e garantias contratados pelo Requerente (Memorial, ¶114, item (a)(i)(3)).

Para a quantificação dos custos referentes a Seguros e Garantias o CONSÓRCIO utilizou os custos incorridos com a contratação de endossos, renovações ou novos seguros e garantia, conforme item 51.1 item “c”. O CONSÓRCIO apresentou detalhamento dos custos incorridos com Seguros e Garantias.

Foram analisados os comprovantes anexados ao Memorial da Requerente e não foram encontradas discrepâncias entre os demonstrativos e os comprovantes apresentados.

No entanto não observamos o desconto dos valores incluídos no preço e, consequentemente, embutidos nos valores recebidos pelo CONSÓRCIO no período em análise.

Assim, adotamos como referência o mesmo estudo do TCU, aplicado ao custeio da Administração Central para balizar este percentual.

Desta forma apresentamos a seguir o valor de seguros, com o desconto de 0,4% sobre o valor faturado, ajustado por período:

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PARCELA APENDICE 3. APENDICE 8. INCLUIDA NO VALOR DE TOTAL Mês REQUISITOS GARANTIAS FATURAMENTO SEGUROS PLEITEADO DE SEGUROS FUNCIONAIS 0,40 % SOBRE AJUSTADO CUSTO mar-16 33.884,41 988,00 34.872,41 9.726,81 25.145,60 abr-16 32.791,26 - 32.791,26 8.811,69 23.979,57 mai-16 33.884,41 - 33.884,41 8.670,70 25.213,71 jun-16 32.791,26 - 32.791,26 5.629,43 27.161,83 jul-16 33.884,41 393,00 34.277,41 8.814,72 25.462,69 ago-16 33.884,41 2.768,78 36.653,19 8.257,15 28.396,04 set-16 3.832,89 - 3.832,89 8.141,01 - 4.308,12 out-16 27.008,10 - 27.008,10 6.444,51 20.563,59 nov-16 82.884,93 54.205,00 137.089,93 5.334,94 131.754,99 dez-16 105.422,83 81.646,40 187.069,23 11.410,24 175.658,99 jan-17 105.422,83 6.103,00 111.525,83 5.668,69 105.857,14 fev-17 105.422,93 - 105.422,93 9.544,41 95.878,52 mar-17 9.384,49 - 9.384,49 12.181,68 - 2.797,19 abr-17 9.384,49 - 9.384,49 8.791,75 592,74 mai-17 9.384,49 - 9.384,49 13.925,55 - 4.541,06 jun-17 9.384,49 - 9.384,49 10.516,53 - 1.132,04 jul-17 6.050,91 - 6.050,91 9.673,50 - 3.622,59 ago-17 6.050,94 35.621,36 41.672,30 10.057,05 31.615,25 set-17 1.498,49 - 1.498,49 15.989,28 - 14.490,79 out-17 2.675,49 - 2.675,49 15.541,14 - 12.865,65 nov-17 10.601,72 - 10.601,72 10.210,20 391,52 dez-17 9.289,89 - 9.289,89 7.038,34 2.251,55 jan-18 8.484,45 - 8.484,45 4.237,49 4.246,96 fev-18 16.578,16 - 16.578,16 3.687,88 12.890,28 mar-18 47.927,40 64.008,94 111.936,34 3.779,67 108.156,67 abr-18 55.245,03 - 55.245,03 2.418,11 52.826,92 mai-18 53.801,92 - 53.801,92 312,41 53.489,51 TOTAL 886.857,03 245.734,48 1.132.591,51 224.814,88 907.776,63 Tabela 08 - Valor do Seguro Ajustado por Período

Impactos de custos e despesas diretos incorridos pelo CONSÓRCIO, em razão:

1) da ociosidade de recursos do Requerente (Memorial do requerente, ¶54, item (a)(ii)(1).

Para a quantificação dos custos referentes a Ociosidade de recursos, o CONSÓRCIO utilizou o tempo de liberação de acessos registrados nos Diários de Obra e valorou individualmente os recursos no período coberto por esta perícia, conforme item 51.1 item “c” descrito abaixo:

“A valoração destes custos extraordinários considerou os registros de liberação de acessos concedidos pelas contratantes e o tempo de liberação de área efetivamente ocorrido. A diferença de tempo, proveniente de cancelamentos ou atraso na liberação de acessos pelas contratantes, foi multiplicada pelo custo horário dos equipamentos e da mão de obra alocada para tais frentes.”

Para cálculo da ociosidade de recursos o CONSÓRCIO elaborou planilha detalhada, com base na ociosidade ocorrida entre a hora da disponibilização dos recursos dia a dia e o efetivamente aplicado na obra.

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A base de dados de recursos ociosos foi extraída dos diários de obra, conforme exemplo abaixo:

Figura 28 - Exemplo de Diário de Obra de 01/03/16

Assim foram custeadas as horas ociosas dos equipamentos e mão de obra, registrados nos Diários de Obras, conforme exemplo abaixo, referente ao DO (Diário de Obra) da Figura 28:

Quanti DIRETAS Salario/hs - Hora de Hora de Quantidade Total de dades Grupo Função ou com Entrada Saída de Horas Horas por Total R$ Dia D.O por INDIRETAS encargos Previsto Efetivo por Função Função Função

M.O ENGENHEIRO CIVIL INDIRETAS 112,58 00:30 01:15 1:53:15 2 3:46:30R$ 425,00 1 D.O. 139 - FL. 004 M.O SUP DE REDE ÁEREA INDIRETAS 82,48 00:30 01:15 1:53:15 1 1:53:15R$ 155,69 1 D.O. 139 - FL. 004 M.O SOLDADOR / MAÇARIQUEIRO DIRETAS 25,51 00:30 01:15 1:53:15 1 1:53:15R$ 48,14 1 D.O. 139 - FL. 004 M.O OP DE GUINDASTE / MUNK DIRETAS 43,35 00:30 01:15 1:53:15 2 3:46:30R$ 163,65 1 D.O. 139 - FL. 004 M.O TEC SEG DO TRABALHO INDIRETAS 25,21 00:30 01:15 1:53:15 1 1:53:15R$ 47,59 1 D.O. 139 - FL. 004 M.O ELETRICISTA DE REDE AÉREA DIRETAS 24,29 00:30 01:15 1:53:15 10 18:52:30R$ 458,42 1 D.O. 139 - FL. 004 EQUIPAMENTOS VEICULOS LEVES INDIRETAS 8,75 00:30 01:15 1:53:15 3 5:39:45R$ 49,55 1 D.O. 139 - FL. 004 EQUIPAMENTOS RODOFERROVIÁRIO DIRETAS 215,92 00:30 01:15 1:53:15 4 7:33:00R$ 1.630,20 1 D.O. 139 - FL. 004

Figura 29 - Exemplo de Cálculo de Horas Ociosas

Foram verificados os custos unitários de mão de obra junto a referências de mercado, neste caso SICRO/SINAPI, e os valores praticados pelo CONSÓRCIO estão condizentes com cada função. Os Diários de Obra registram paralizações devidas a chuvas.

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Os valores obtidos para esta rubrica foram abatidos do total dos custos de ociosidade e serão tratados de forma destacada.

Desta forma, os custos de Ociosidade ajustado, expurgando-se aqueles referentes a chuvas, resultam conforme tabela abaixo:

Mês Total Pleiteado Chuvas OCIOSIDADE mar/16 180.869,88 30.033,55 150.836,33 abr/16 116.068,45 116.068,45 mai/16 130.032,07 21.586,61 108.445,46 jun/16 153.119,97 31.335,98 121.783,99 jul/16 81.926,76 81.926,76 ago/16 100.120,60 100.120,60 set/16 74.720,73 74.720,73 out/16 75.385,24 75.385,24 nov/16 98.803,85 22.262,62 76.541,23 dez/16 55.550,83 55.550,83 jan/17 186.042,40 33.602,16 152.440,24 fev/17 94.986,65 94.986,65 mar/17 117.578,73 33.602,16 83.976,58 abr/17 106.613,72 11.200,72 95.413,00 mai/17 85.165,68 85.165,68 jun/17 45.794,32 45.794,32 jul/17 39.638,95 39.638,95 ago/17 68.214,49 68.214,49 set/17 62.816,00 62.816,00 out/17 94.607,91 94.607,91 nov/17 73.027,37 12.177,64 60.849,73 dez/17 52.981,19 52.981,19 jan/18 45.245,04 45.245,04 fev/18 53.459,05 53.459,05 mar/18 20.071,90 20.071,90 abr/18 50.491,37 50.491,37 Total Geral 2.263.333,14 195.801,44 2.067.531,71

Tabela 09 - Custos de Ociosidade Ajustados sem Chuvas

Expurgando-se o valor referente a chuvas, consideramos que os cálculos apresentados pelo CONSÓRCIO são adequados e condizentes com os custos unitários praticados no mercado.

2) da disponibilidade de equipes do Requerente (Memorial do Requerente, ¶54, item (a)(ii)(2).

Para a quantificação dos custos referentes a Disponibilidade de equipes e equipamentos o CONSÓRCIO utilizou os custos diretos incorridos, divididos pelas horas previstas (200 horas para equipamentos e 188 para mão-de-Obra) e multiplicadas pela diferença entre as horas Solicitadas e as efetivamente concedidas, conforme item 51.1 item “d” descrito abaixo:

“A valoração destes custos considerou os registros de solicitação de liberação de

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acessos planejados pelo Requerente e aquelas liberações efetivamente concedidas pelo contratante. A diferença de tempo encontrada foi multiplicada pelo custo horário dos equipamentos e da mão de obra disponíveis (conforme Folha de Pagamento e relação de equipamentos) de forma a resultar no montante indicado no item E.2 da Planilha Consolidadora constante do Anexo CTCS.65.”

Mão de Obra

O CONSÓRCIO disponibilizou planilha contendo memória de cálculo que definiu a metodologia de aferição destes custos.

A parcela referente à Mão de Obra foi obtida através da seguinte fórmula:

푀푂 퐶퐷푚표 = ∗ (푆퐴푝푙푎푛푒푗. −푆퐴푒푓푒푡푖푣푎푠) 188

Onde:

CDmo = Custos de Disponibilidade de mão de obra, por mês. MO = Custo de mão de obra – Obtido com base na folha de pagamento, por mês, obtido na planilha de BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS 188 = Horas produtivas, por mês. SAplanej = Horas de Solicitação de Acesso Planejadas/Solicitadas, por mês – extraídas dos relatórios de Controle das SA's apresentados quinzenal e mensalmente SAefetivas = Horas de Solicitação de Acesso Efetivas, por mês – extraídas dos relatórios de Controle de SA's apresentados quinzenal e mensalmente.

Ao analisar a metodologia aplicada pelo CONSÓRCIO, encontramos resultados incoerentes como pode ser observado, por exemplo, no cálculo do mês de mar/16, onde ao aplicarmos a fórmula proposta, encontramos:

381.984,24 퐶퐷푚표 = 푅$ ∗ (699,92 − 357,47) = 푅$ 695.800,55 188

Como pode ser visto, o valor pleiteado (R$ 695.800,55) para o mês, a título de disponibilidade, é superior ao custo total incorrido (R$ 381.984,24) no mesmo mês, denotando que esta fórmula de cálculo não está correta.

Assim, adotamos a seguinte fórmula para cálculo da disponibilidade:

(푆퐴푝푙푎푛푒푗 − 푆퐴푒푓푒푡푖푣푎푠) 퐶퐷푚표 = 푀푂∗ 푆퐴푝푙푎푛푒푗.

Ao aplicarmos esta fórmula, obtemos o resultado abaixo, para o mesmo mês de mar/16, o que evidencia sua adequada aplicabilidade.

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699,92 − 357,47 퐶퐷푚표 = 푅$ 381.984,24 ∗ = 푅$186.894,40 699,92

Na análise dos Diários de Obra encontramos o registro de vários dias parados por motivos diversos, tais como: Confraternização, Greve, Férias Coletivas, Treinamento SSQM e Sem Atividade/Programação, conforme quadro abaixo:

horário Dias Caderneta Página Data Horas Motivo Início Fim parados 166 7 02/12/2016 07:00 17:00 10:00 Confraternização Final de Ano 1,00 179 8 27/04/2017 22:00 23:59 01:59 AS Cancela pela CPTM devido GREVE GERAL 1,00 179 9 28/04/2017 00:00 06:00 06:00 AS Cancela pela CPTM devido GREVE GERAL 179 10 28/04/2017 07:00 17:00 10:00 AS Cancela pela CPTM devido GREVE GERAL 1,00 179 11 28/04/2017 22:00 23:59 01:59 AS Cancela pela CPTM devido GREVE GERAL 1,00 179 12 29/04/2017 00:00 06:00 06:00 AS Cancela pela CPTM devido GREVE GERAL 201 25 21/12/2017 07:00 17:00 10:00 INTEGRAÇÃO COLABORADORES 1,00 202 1 22/12/2017 07:00 17:00 10:00 INTEGRAÇÃO COLABORADORES 1,00 202 2 23/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 3 24/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 4 25/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 202 5 26/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 6 27/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 7 28/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 8 29/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 9 30/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 10 31/12/2017 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 11 01/01/2018 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 12 02/01/2018 - - - FÉRIAS COLETIVAS 1,00 202 13 03/01/2018 - - - TREINAMENTO SSMQ 1,00 202 14 04/01/2018 - - - TREINAMENTO SSMQ 1,00 202 15 05/01/2018 - - - TREINAMENTO SSMQ 1,00 202 16 06/01/2018 - - - SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 1,00 202 17 07/01/2018 - - - SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 1,00 203 11 15/01/2018 22:00 23:59 01:59 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 1,00 203 12 16/01/2018 00:00 06:00 06:00 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 204 2 22/01/2018 22:00 23:59 01:59 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 1,00 204 3 23/01/2018 00:00 06:00 06:00 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 204 5 23/01/2018 22:00 23:59 01:59 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 1,00 204 6 24/01/2018 00:00 06:00 06:00 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 204 21 29/01/2018 22:00 23:59 01:59 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO 1,00 204 22 30/01/2018 00:00 06:00 06:00 SEM ATIVIDADES/PROGRAMAÇÃO

Tabela 10 - Dias Parados por Motivos Diversos

Para o cálculo de Disponibilidade de Mão de Obra foram destacados e expurgados os custos destes dias parados, por entendermos serem de responsabilidade não claramente definida, com exceção dos relativos aos dias de férias coletivas, que entendemos estarem nos Encargos Sociais.

Para valoração dos custos dos dias parados, tomamos por base o custo declarado de mão de obra no mês e fizemos a proporção da quantidade de dias parados pelo total de dias do mês, e aplicando este percentual ao total de custos de mão de obra informado pelo CONSÓRCIO, resultando no custo, por rubrica, mês a mês conforme tabela abaixo:

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Confraternização Treinamento Sem atividade Greve Custo Mão de Mês Custo mão de obra TOTAL obra sem dias Nº dias Custo MO Nº dias Custo MO Nº dias Custo MO Nº dias Custo MO parados mar-16 381.984,24 381.984,24 abr-16 407.647,24 407.647,24 mai-16 516.762,56 516.762,56 jun-16 413.972,40 413.972,40 jul-16 466.069,35 466.069,35 ago-16 507.050,38 507.050,38 set-16 447.935,62 447.935,62 out-16 385.009,25 385.009,25 nov-16 523.806,96 523.806,96 dez-16 561.676,19 1 18.118,59 18.118,59 543.557,60 jan-17 319.602,05 319.602,05 fev-17 302.931,13 302.931,13 mar-17 301.253,78 301.253,78 abr-17 295.540,59 3,0029.554,06 29.554,06 265.986,53 mai-17 338.656,98 338.656,98 jun-17 302.899,65 302.899,65 jul-17 347.323,23 347.323,23 ago-17 268.639,47 268.639,47 set-17 238.803,67 238.803,67 out-17 320.689,59 320.689,59 nov-17 347.211,24 347.211,24 dez-17 305.069,69 2 19.681,92 19.681,92 285.387,77 jan-18 232.881,67 3 22.536,94 6 45.073,87 67.610,81 165.270,86 fev-18 274.546,29 274.546,29 mar-18 235.560,73 235.560,73 abr-18 205.313,78 205.313,78 TOTAL 9.248.837,73 3 37.800,50 3 22.536,94 6 45.073,87 3 29.554,06 134.965,37 9.113.872,36 Tabela 11 - Custos Ajustados de Mão de Obra Disponível

Equipamentos

Para o cálculo da disponibilidade referente a equipamentos, o CONSÓRCIO utilizou fórmula similar à da mão de obra.

Para obtenção do custo mensal de equipamentos o CONSÓRCIO utilizou uma estimativa média mensal, conforme quadro abaixo:

Custo Custo Equipamento Unitário Quantidade total Horário RETROESCAVADEIRA 40,00 1,00 40,00 CAMINHÃO MUNCK 70,00 2,00 140,00 TORRE DE ILUMINAÇÃO 8,33 2,00 16,67 VEICULOS LEVES 7,50 12,00 90,00 PÁ CARREGADEIRA 120,00 1,00 120,00 ESCAVADEIRA HIDRAULICA 85,00 0,00 0,00 CAMINHÃO BASCULANTE 75,00 0,00 0,00 CAMINHÃO PIPA 50,00 1,00 50,00 ROLO COMPACTADOR 81,20 0,00 0,00 RODOFERROVIÁRIO 215,92 3,00 647,76 ONIBUS 42,50 1,00 42,50 TOTAL 1.146,93

HORAS MENSAIS 200,00 CUSTO ESTIMADO 229.385,33 Tabela 12 - Estimativa Mensal do CONSÓRCIO para Custos de Equipamentos

Não está clara a razão da utilização de uma média mensal, ao invés do custo real incorrido, o qual pode ser obtido na planilha BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS, da mesma forma como foram obtidos os custos de Mão de Obra:

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퐸푄 퐶퐷푒푞 = ∗ (푆퐴푝푙푎푛푒푗. −푆퐴푒푓푒푡푖푣푎푠) 200

Onde:

CDeq=Custos de Disponibilidade de Equipamentos, por mês. EQ= Custo de equipamentos, por mês – Utilizada média mensal de conjunto de equipamentos para todos os meses. 200 = Horas produtivas, por mês. SAplanej = Horas de Solicitação de Acesso Planejadas/Solicitadas, por mês – extraídas dos relatórios de Controle das SA's, apresentados quinzenal e mensalmente. SAefetivas = Horas de Solicitação de Acesso Efetivas, por mês – extraídas dos relatórios de Controle de SA's apresentados quinzenal e mensalmente.

Ao aplicarmos, por exemplo, ao mês de dez/16 temos:

229.385,33 퐶퐷푒푞 = 푅$ ∗ (699,92 − 357,47) = 푅$ 170.720,03 188

Esta fórmula contempla custo médio (R$ 229.385,33) e não custos reais.

Desta forma, tal como ocorrido com os custos de Mão de Obra, consideramos a aplicação da fórmula proposta pelo CONSÓRCIO como inadequada para o ressarcimento dos custos reais incorridos na disponibilidade de equipamento.

Não consideramos a adoção do custo médio mensal do conjunto de equipamento considerado no custeio do pleito proposto pelo CONSÓRCIO, uma vez que existe, na documentação disponibilizada, a possibilidade de se apurar os custos reais incorridos pelo CONSÓRCIO com equipamentos alocados à obra, mês a mês.

Assim foi adotado como base de cálculo o custo real dos equipamentos, apresentado na memória da PLANILHA CONSOLIDADORA – BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS, mês a mês.

Adotamos, então, nossa mesma fórmula, aplicada ao caso de Mão de Obra, desta feita para Equipamentos:

푆퐴푝푙푎푛푒푗 − 푆퐴푒푓푒푡푖푣푎푠 퐶퐷푒푞 = 퐸푄푟 ∗ 푆퐴푝푙푎푛푒푗.

Onde:

CDeq = Custos de Disponibilidade de Equipamentos, por mês. EQr= Custo real de equipamentos, por mês – foi utilizado o custo real dos equipamentos, mês a mês, a partir da planilha de BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS. 200 = Horas produtivas, por mês.

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SAplanej = Horas de Solicitação de Acesso Planejadas/Solicitadas, por mês – extraídas dos relatórios de Controle das SA's, apresentados quinzenal e mensalmente SAefetivas = Horas de Solicitação de Acesso Efetivas , por mês– extraídas dos relatórios de Controle de SA's apresentados quinzenal e mensalmente.

116,82 − 51,15 퐶퐷푒푞 = 푅$ 124.875,60 ∗ = 푅$ 70.197,87 116,82

O CONSÓRCIO não incluiu em seu pleito os custos relativos a equipamentos referente aos meses de mar/16 a ago/16.

No entanto, apresentou documentação comprobatória destes custos.

Desta forma, consideraremos os mesmos nos nossos cálculos, conforme segue.

Aplicando-se as fórmulas anteriormente citadas, para mão de obra e para equipamentos, resulta no valor ajustado apresentado abaixo:

Em resumo, o valor apurado, nesta perícia, para Disponibilidade de Mão de Obra e Equipamento, exclui os custos pertinentes a Ociosidade e Chuvas, conforme apresentado na tabela abaixo:

(-) Mão de Obra Equipamentos TOTAL DISPONIBILIDADE OCIOSIDADE Mês Valor Valor Valor Valor Valor Valor Valor apurado Valor Apurado Pleiteado Pleiteado apurado Pleiteado apurado Pleiteado mar-16 695.800,55 186.894,40 0,00 80.164,28 695.800,55 267.058,67 180.869,88 86.188,79 abr-16 388.746,57 132.295,34 0,00 48.541,82 388.746,57 180.837,16 116.068,45 64.768,72 mai-16 337.224,22 170.922,90 0,00 32.998,79 337.224,22 203.921,70 130.032,07 73.889,62 jun-16 447.002,11 199.406,15 0,00 108.931,74 447.002,11 308.337,89 153.119,97 155.217,92 jul-16 279.435,02 142.335,83 0,00 78.699,28 279.435,02 221.035,11 81.926,76 139.108,35 ago-16 286.654,28 148.351,09 0,00 65.717,14 286.654,28 214.068,23 100.120,60 113.947,63 set-16 375.265,21 241.388,66 74.817,85 88.671,86 450.083,06 330.060,52 74.720,73 255.339,79 out-16 295.515,08 174.277,73 29.265,75 33.788,59 324.780,82 208.066,32 75.385,24 132.681,08 nov-16 593.833,64 329.388,44 85.101,96 84.706,60 678.935,59 414.095,04 98.803,85 315.291,19 dez-16 196.188,31 305.552,43 170.720,03 70.196,87 366.908,35 375.749,30 55.550,83 320.198,47 jan-17 264.606,70 192.988,72 112.265,01 39.262,49 376.871,70 232.251,21 186.042,40 46.208,82 fev-17 110.940,47 90.767,28 44.806,60 50.712,19 155.747,07 141.479,47 94.986,65 46.492,82 mar-17 392.618,07 196.057,01 78.602,71 71.442,17 471.220,78 267.499,19 117.578,73 149.920,45 abr-17 309.400,61 159.857,24 79.520,25 74.689,00 388.920,85 234.546,24 106.613,72 127.932,52 mai-17 125.375,14 113.867,27 71.797,61 39.272,87 197.172,75 153.140,14 85.165,68 67.974,47 jun-17 67.373,69 62.145,33 43.583,21 20.573,75 110.956,90 82.719,08 45.794,32 36.924,76 jul-17 123.441,39 110.246,94 64.591,09 29.416,92 188.032,47 139.663,86 39.638,95 100.024,91 ago-17 124.317,20 101.630,53 65.413,05 45.892,27 189.730,25 147.522,80 68.214,49 79.308,31 set-17 86.396,97 85.263,15 88.905,93 25.875,62 175.302,90 111.138,77 62.816,00 48.322,77 out-17 144.708,33 122.822,42 72.638,69 47.895,94 217.347,02 170.718,37 94.607,91 76.110,45 nov-17 142.331,98 174.359,77 141.760,14 62.807,22 284.092,12 237.166,99 73.027,37 164.139,62 dez-17 77.592,64 122.388,27 156.345,22 68.414,99 233.937,86 190.803,26 52.981,19 137.822,07 jan-18 54.442,28 50.094,17 113.488,39 29.305,10 167.930,68 79.399,26 45.245,04 34.154,23 fev-18 108.066,09 110.415,36 103.223,40 99.038,56 211.289,49 209.453,91 53.459,05 155.994,87 mar-18 38.028,02 72.581,40 151.222,28 20.685,20 189.250,30 93.266,61 20.071,90 73.194,70 abr-18 75.718,56 58.460,32 29.628,94 11.847,66 105.347,50 70.307,99 50.491,37 19.816,62 TOTAL 6.141.023,13 3.854.758,15 1.777.698,10 1.429.548,92 7.918.721,23 5.284.307,08 2.263.333,14 3.020.973,93

Tabela 13 - Valor referente a Disponibilidade de Mão de Obra e Equipamento

Os custos de disponibilidade contemplam as horas em que o CONSÓRCIO fez apontamentos, em Diários de Obras, de recursos no aguardo de abertura de SA’s, conforme apresentado na planilha “aguardando AS”, da PLANILHA CONSOLIDADORA AP2M.xlsx (Anexo 06).

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O resumo dos custos históricos totais ajustados, apurados nesta perícia, é apresentado na tabela abaixo:

CUSTO TOTAL MÊSADM CENTRAL SEGUROS OCIOSIDADE DISPONIBILIDADE INDIRETO AJUSTADO mar-16 97.511,28 336.051,96 25.145,60 150.836,33 86.188,79 695.733,96 abr-16 88.337,19 263.271,55 23.979,57 116.068,45 64.768,72 556.425,47 mai-16 86.923,77 388.339,49 25.213,71 108.445,46 73.889,62 682.812,05 jun-16 56.435,04 428.468,13 27.161,83 121.783,99 155.217,92 789.066,90 jul-16 88.367,59 389.615,30 25.462,69 81.926,76 139.108,35 724.480,69 ago-16 82.777,88 410.832,69 28.396,04 100.120,60 113.947,63 736.074,84 set-16 81.613,64 333.217,29 - 4.308,12 74.720,73 255.339,79 740.583,33 out-16 64.606,25 347.559,79 20.563,59 75.385,24 132.681,08 640.795,95 nov-16 53.482,72 393.352,63 131.754,99 76.541,23 315.291,19 970.422,76 dez-16 114.387,66 308.024,07 175.658,99 55.550,83 320.198,47 973.820,01 jan-17 56.828,67 294.878,04 105.857,14 152.440,24 46.208,82 656.212,90 fev-17 95.682,67 235.335,09 95.878,52 94.986,65 46.492,82 568.375,75 mar-17 122.121,30 157.050,64 - 2.797,19 83.976,58 149.920,45 510.271,78 abr-17 88.137,30 239.803,87 592,74 95.413,00 127.932,52 551.879,43 mai-17 139.603,68 60.262,50 - 4.541,06 85.165,68 67.974,47 348.465,26 jun-17 105.428,21 265.294,99 - 1.132,04 45.794,32 36.924,76 452.310,25 jul-17 96.976,87 203.010,14 - 3.622,59 39.638,95 100.024,91 436.028,27 ago-17 100.821,92 150.940,33 31.615,25 68.214,49 79.308,31 430.900,30 set-17 160.292,49 - 88.817,28 - 14.490,79 62.816,00 48.322,77 168.123,19 out-17 155.799,94 - 33.032,70 - 12.865,65 94.607,91 76.110,45 280.619,96 nov-17 102.357,26 135.770,19 391,52 60.849,73 164.139,62 463.508,32 dez-17 70.559,37 381.461,10 2.251,55 52.981,19 137.822,07 645.075,28 jan-18 42.480,81 238.770,85 4.246,96 45.245,04 34.154,23 364.897,89 fev-18 36.971,03 317.377,94 12.890,28 53.459,05 155.994,87 576.693,16 mar-18 37.891,17 243.206,56 108.156,67 20.071,90 73.194,70 482.521,01 abr-18 24.241,53 306.360,61 52.826,92 50.491,37 19.816,62 453.737,05 mai-18 3.131,90 214.463,73 53.489,51 271.085,14 TOTAL 2.253.769,18 6.920.869,50 907.776,63 2.067.531,71 3.020.973,93 15.170.920,91

Tabela 14- Custos Históricos Totais Ajustados

Impacto relativo à correção monetária e juros incidentes sobre os valores apurados relativamente aos itens acima, contados na forma prevista no contrato (Memorial do Requerente, §54, item (b).

O CONSÓRCIO pleiteia a correção monetária conforme a variação da fórmula paramétrica contratual acrescidos de juros de 0,5% ao mês, conforme item 54. “b” do Memorial da Requerente conforme abaixo:

“...(i) com correção monetária conforme a variação da fórmula paramétrica contratual a partir de suas respectivas competências, e acrescidos de (ii) juros de 0.5% (meio por cento) ao mês também a partir destas datas até o efetivo pagamento ao CONSÓRCIO;”

O CONSÓRCIO pleiteia a correção monetária conforme a variação da fórmula paramétrica de reajuste do contrato.

A fórmula paramétrica tem utilidade para ajuste dos insumos do contrato de forma a manter o seu equilíbrio, não sendo aplicável à ajustes como atraso de pagamento que é regulado pelo Artigo 12.3 das Condições Gerais e o Apêndice 1 do Acordo Contratual.

Assim adotamos o índice oficial de inflação no Brasil - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e

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Estatística, conforme planilha Série Histórica IPCA, contemplada na PLANILHA CONSOLIDADORA AP2M.xlsx (Anexo 06), acrescidos de juros de mora, calculados com base na taxa de 6% ao ano.

Os custos e despesas referidos nos itens acima foram apurados após o 74º mês de vigência do contrato até o 101º mês, ou seja, até o término de vigência do contrato no início de maio de 2018.

A correção monetária e os juros foram calculados até 30/09/2019 (último valor disponível do IPCA), resultando nos valores finais ajustados, conforme abaixo:

BASE SET/19 5.227,84 TOTAL VALOR VALOR MESES ATÉ JUROS VALOR FINAL MÊS IPCA VALOR JUROS AJUSTADO CORRREÇÃO CORRIGIDO OUT/19 6% A.A. AJUSTADO mar-16 695.733,96 4.610,92 93.086,02 788.819,98 44 1,220 173.540,40 962.360,38 abr-16 556.425,47 4.639,05 70.621,73 627.047,20 43 1,215 134.815,15 761.862,35 mai-16 682.812,05 4.675,23 80.708,07 763.520,12 42 1,210 160.339,23 923.859,35 jun-16 789.066,90 4.691,59 90.190,56 879.257,46 41 1,205 180.247,78 1.059.505,24 jul-16 724.480,69 4.715,99 78.631,52 803.112,21 40 1,200 160.622,44 963.734,65 ago-16 736.074,84 4.736,74 76.315,43 812.390,27 39 1,195 158.416,10 970.806,38 set-16 740.583,33 4.740,53 76.129,39 816.712,72 38 1,190 155.175,42 971.888,13 out-16 640.795,95 4.752,86 64.038,34 704.834,29 37 1,185 130.394,34 835.228,63 nov-16 970.422,76 4.761,42 95.060,84 1.065.483,60 36 1,180 191.787,05 1.257.270,65 dez-16 973.820,01 4.775,70 92.196,53 1.066.016,55 35 1,175 186.552,90 1.252.569,44 jan-17 656.212,90 4.793,85 59.407,33 715.620,23 34 1,170 121.655,44 837.275,67 fev-17 568.375,75 4.809,67 49.416,63 617.792,38 33 1,165 101.935,74 719.728,13 mar-17 510.271,78 4.821,69 42.982,21 553.253,99 32 1,160 88.520,64 641.774,62 abr-17 551.879,43 4.828,44 45.650,49 597.529,92 31 1,155 92.617,14 690.147,05 mai-17 348.465,26 4.843,41 27.658,30 376.123,57 30 1,150 56.418,53 432.542,10 jun-17 452.310,25 4.832,27 37.026,15 489.336,40 29 1,145 70.953,78 560.290,18 jul-17 436.028,27 4.843,87 34.563,64 470.591,91 28 1,140 65.882,87 536.474,78 ago-17 430.900,30 4.853,07 33.275,54 464.175,84 27 1,135 62.663,74 526.839,58 set-17 168.123,19 4.860,83 12.693,90 180.817,09 26 1,130 23.506,22 204.323,32 out-17 280.619,96 4.881,25 19.925,24 300.545,20 25 1,125 37.568,15 338.113,35 nov-17 463.508,32 4.894,92 31.524,76 495.033,08 24 1,120 59.403,97 554.437,05 dez-17 645.075,28 4.916,46 40.855,32 685.930,60 23 1,115 78.882,02 764.812,62 jan-18 364.897,89 4.930,72 21.988,36 386.886,26 22 1,110 42.557,49 429.443,74 fev-18 576.693,16 4.946,50 32.800,33 609.493,49 21 1,105 63.996,82 673.490,31 mar-18 482.521,01 4.950,95 26.985,78 509.506,79 20 1,100 50.950,68 560.457,47 abr-18 453.737,05 4.961,84 24.324,46 478.061,50 19 1,095 45.415,84 523.477,35 mai-18 271.085,14 4.981,69 13.394,57 284.479,71 18 1,090 25.603,17 310.082,88 TOTAL 15.170.920,91 1.371.451,44 16.542.372,35 2.720.423,03 19.262.795,39 Tabela 15 - Custos Finais Ajustados, com Correção Monetária e Juros O detalhamento de todos os cálculos de custos, elaborados nesta perícia, pode ser rastreado através da estrutura de planilhas Excel, contida na PLANILHA CONSOLIDADORA AP2M.xlsx (Anexo 06), que tomou como base o arquivo “Planilha Consolidadora e Relatórios Dinamicos_Marc_16 a Mai_18-PERITOS31_07_19.xlsx”, recebido em 05/08/19.

A estrutura da PLANILHA CONSOLIDADORA AP2M.XLSX contempla as seguintes planilhas (abas do arquivo Excel):

Série Histórica IPCA – Dados do IBGE para correção Monetária dos valores; RESUMO PERÍCIA – Dados resumidos dos pleitos e posição da Perícia; CONSOLIDADORA AP2M – Dados mês a mês e por Rubrica da posição da Perícia e correção monetária dos valores; ADM CENTRAL Resumo – Dados resumidos do Pleito do Consórcio sobre Administração Central; ADM CENTRAL AP2M MÊS – Dados referente a posição da perícia sobre Administração Central – mês a mês; TCU – Dados sobre BDI extraídos do estudo do TCU sobre o Tema; SEGUROS AP2M – Dados sobre posição da Perícia sobre Seguros e Garantias;

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RESUMO INDIRETO – Dados resumidos por rubrica de custos sobre glosa efetuadas no pleito do Consórcio; RELATÓRIO GLOSA RUBRICA – Dados referente a glosa por Rubrica e classificação por pertinência; RELATÓRIO INDIRETO MÊS AP2M – Dados referentes aos custos Indiretos ou Adm Local por mês com glosas e desconto do valor embutido no faturamento; Glosa – Tabela Dinâmica sobre o valor de Glosa extraída o BANCO DADOS GLOSA; BANCO DADOS GLOSA – Dados detalhados das Glosa efetuadas pela Perícia nos custos Indiretos; INDIRETO GLOSA MÊS – Tabela dinâmica extraída da Planilha BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS disponibilizada pelo Consórcio complementada pela Perícia sobre Glosas; Ociosidade motivo – Tabela dinâmica baseada na Planilha BANDO DE DADOS DE OCIOSIDADE complementada pela Perícia com análise dos dias de chuva e outros motivos de paralizações; BANCO DE DADOS DISPONI AP2M – Planilha com memória de cálculo da Disponibilidade calculada pela Perícia; DIAS PARADOS – Planilha extraída dos Diários de Obra sobre dias parados; Custo Mão de Obra DIAS PARADOS – Custeio dos Dias Parados por rubrica; Equipamentos – Tabela dinâmica baseada Planilha BANCO DE DADOS GERAIS disponibilizada pelo CONSÓRCIO; DISPONIBIL AP2M – Dados mês a mês dos valores apurados pela Perícia sobre mão de obra e equipamentos; Equipamentos Média – Média utilizada pelo CONSÓRCIO para cálculo da disponibilidade de equipamentos; Aguardando SA – Planilha com registros nos Diários de Obra de horas aguardando abertura de SA’s; CONSOLIDADORA – Planilha CONSOLIDADORA disponibilizada pelo CONSÓRCIO; MEDIÇÃO POR TABELA – Planilha contendo informação das medições do contrato; BANCO ADM CENTRAL – Planilha com a memória de cálculo do CONSÓRCIO referente a administração Central; SEGURO E GARANTIA (2) – Planilha contendo custos de Seguros e Garantias no período de mar/16 e ago/17 disponibilizada pelo CONSÓRCIO; SEGURO E GARANTIA (3) – Planilha contendo custos de Seguros e Garantias no período de set/17 a mai/18; disponibilizada pelo CONSÓRCIO; RELATÓRIO INDIRETO – Planilha dinâmica com o resumo dos Custos Indiretos mês a mês pleiteados. Esta planilha dinâmica busca dados na Planilha BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS, disponibilizados pelo CONSÓRCIO; BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS – Planilha contendo todos os gastos contabilizadas no contrato desde o início até o final disponibilizada pelo CONSÓRCIO. Foram excluídas as linhas referentes ao período anterior ao desta Perícia. Foram anotadas as Glosas efetuadas por esta Perícia nas linhas de cada documento; RELATÓRIO DE OCIOSIDADE – Planilha dinâmica com o resumo dos custos referente a ociosidade mês a mês pleiteados pelo CONSÓRCIO. Esta planilha dinâmica busca dados na Planilha BANCO DE DADOS DE OCIOSIDADE; BANCO DE DADOS DE OCIOSIDADE – Planilha contendo a memória de cálculo da ociosidade. Elaborada com base nos registros dos Diários de Obras sobre as horas ociosas no período, com a mão de obra custeada por categoria

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profissional, e com os custos de equipamentos. Foram excluídas as linhas do período anterior a esta Perícia. Foi incluída coluna com Motivo do custo para se apurar os custos das CHUVAS; RELATÓRIO DE DISPONIBILIDADE – Planilha dinâmica contendo o resumo dos custos pleiteados referente a Disponibilidade de Mão de Obra e de equipamentos extraída da Planilha BANCO DE DADOS DE DISPONIBILIDADE – disponibilizada pelo CONSÓRCIO; BANCO DE DADOS DISPONIBILIDADE – Planilha com dados referentes aos custos de Disponibilidade de Mão de Obra e equipamentos mês a mês desde o início do contrato, porem somente parte se refere ao período em análise. Busca dados da planilha de BANCO DE DADOS GASTOS GERAIS para apuração do custo total de Mão de Obra mês a mês.

6. CONCLUSÕES

6.1 Impacto no cronograma das obras

Apesar de, com anteriormente exposto, não ser possível, à luz dos documentos apresentados, aferir se o número de dias impactados corresponderam aqueles que foram pactuados como prorrogação de prazos de 16 meses para o Termo Aditivo 05 e de 4 meses para o Termo Aditivo 06, conclui-se que o CONSÓRCIO sofreu impacto no seu cronograma das obras.

Não levando em conta qualquer avaliação sobre improdutividade (por não estar incluída no escopo desta perícia), podemos considerar que o impacto no cronograma das obras decorreu basicamente em razão:

(a) da CPTM ter concedido intervalos de acesso menores do que os solicitados.

(b) de não haver evidências de que o CONSÓRCIO não tenha tido aproveitamento adequado durante os acessos concedidos.

(c) de que os serviços possíveis de serem executados sem o desligamento do sistema de energia elétrica, por sua própria natureza, não faziam parte do caminho crítico da obra e, portanto, não serem passíveis de terem impactado o prazo final da mesma, mas que, no entanto, eventualmente causaram ao CONSÓRCIO impactos de ociosidade e/ou disponibilidade de recursos.

(d) de que as chuvas ocorridas entre março de 2016 e maio de 2018 contribuíram com o impacto no cronograma das obras, posto que ocorreram durante períodos de caminhos críticos planejados, principalmente durante a vigência do TA 04 e do TA 05. Por fim, vale salientar que não encontramos evidências de eventual insuficiência do quadro de fiscalização da CPTM, de modo a que este pudesse ser considerado como um fator concorrente de impacto no cronograma das obras.

6.2 Impactos no custo das obras

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Levando em conta as considerações e retificações realizadas nesta perícia, os impactos de custos pleiteados pelo CONSÓRCIO, em razão dos impactos nos cronogramas das obras, no período de 01/03/16 a 02/05/18, seriam:

Impactos de custos indiretos incorridos pelo CONSÓRCIO:

1) custeio de administração central do Requerente (Memorial, ¶54, item (a)(I)(1)); Valor pleiteado pela requerente: R$ 5.855.994,28 Valor ajustado pela Perícia: R$ 2.253.769,18

2) custeio da administração local do Requerente (Memorial, ¶54, item (a)(i)(2)); Valor pleiteado pela requerente: R$ 6.996.750,01 Valor ajustado pela Perícia: R$ 6.920.869,50

4) seguros e garantias contratados pelo Requerente (Memorial, ¶114, item (a)(i)(3)); Valor pleiteado pela requerente: R$ 1.132.591,51 Valor ajustado pela Perícia: R$ 907.776,63

Impactos de custos e despesas diretos incorridos pelo CONSÓRCIO, em razão:

3) da ociosidade de recursos do Requerente (Memorial do requerente, ¶54, item (a)(ii)(1); Valor pleiteado pela requerente: R$ 2.263.333,14 Valor ajustado pela Perícia: R$ 2.067.531,71

4) da disponibilidade de equipes do Requerente (Memorial do Requerente, ¶54, item (a)(ii)(2). Valor pleiteado pela requerente: R$ 5.655.388,09 Valor ajustado pela Perícia: R$ 3.020.973,93 Ressaltamos aqui que, ademais dos custos acima apresentados, o CONSÓRCIO incluiu em seu pleito custos que, no nosso entendimento, são de Responsabilidade Não Claramente Definida, conforme detalhado na Tabela 11, que estão resumimos abaixo, contemplando correção monetária e juros.

Valor CORREÇÃO TOTAL Rubrica Histórico IPCA + JUROS CORRIGIDO Contraternização 37.800,50 8.839,63 46.640,14 Treinamento 22.536,94 3.986,50 26.523,44 Sem Atividade 45.073,87 7.973,00 53.046,87 Greve 29.554,06 7.404,46 36.958,52 TOTAL 134.965,37 28.203,60 163.168,97

Tabela 16 - Custos de Responsabilidade Não Claramente Definida Pela razão acima exposta, estes custos não estão contemplados nos custos totais apurados nesta perícia, apresentados a seguir, na Tabela 17.

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Em resumo, os custos totais incorridos pelo CONSÓRCIO, em decorrência de impactos no cronograma das obras, apurados nesta perícia, tomando em conta nossas considerações e respectivos ajustes, estão dispostos na tabela abaixo:

CORREÇÃO VALOR JUROS TOTAL CORREÇÃO RUBRICA VALOR HISTÓRICO TOTAL GERAL IPCA 6% a.a. + JUROS ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 2.253.769,18 199.128,11 392.090,69 591.218,80 2.844.987,98 ADMINISTRAÇÃO LOCAL 6.920.869,50 626.689,67 1.244.002,46 1.870.692,14 8.791.561,64 SEGUROS E GARANTIAS 907.776,63 79.457,97 158.770,47 238.228,45 1.146.005,08 OCISOSIDADE 2.067.531,71 193.389,24 382.374,09 575.763,32 2.643.295,03 DISPONIBILIDADE 3.020.973,93 272.786,45 543.185,33 815.971,77 3.836.945,70 TOTAL 15.170.920,95 1.371.451,44 2.720.423,03 4.091.874,48 19.262.795,43 Tabela 17 - Resumo dos Custos Totais do CONSÓRCIO Apurados nesta Perícia

Os custos e despesas referidos foram apurados após o 74º mês de vigência do contrato até o 101º mês, ou seja, até o término de vigência do contrato no início de maio de 2018.

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7. ANEXOS

ANEXO 01 – QUADRO DA DOCUMENTAÇÃO DISPONIBILIZADA

ANEXO 02 – CRONOGRAMAS TA 04

ANEXO 03 – CRONOGRAMAS TA 05

ANEXO 04 – CRONOGRAMAS TA 06

ANEXO 05 – ESTUDO SOBRE TAXAS REFERENCIAIS DE BEDIDE OBRAS PUBLICAS E DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS RELEVANTES – TC 036.076/2011-2

ANEXO 06 – PLANILHA CONSOLIDADORA AP2M.xlsx

ANEXO 07 – E-MAILS TROCADOS COM AS PARTES SOBRE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

ANEXO 08 – NOTAS DE REUNIÃO

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8. ENCAMINHAMENTO

Ao Tribunal Arbitral da Câmara de Comércio Internacional (CCI)

Paulo Roberto de Oliveira Uchôa e Claudio Pfiszter, Peritos de Engenharia na Arbitragem CCI No. 23647/GSS, tendo como Requerente o Consórcio TIISA / CONSBEM / SERVENG e como Requeridos o ESTADO DE SÃO PAULO e a COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS (CPTM), responsáveis pela elaboração deste Laudo Pericial e seus Anexos, agradecem a confiança deste Tribunal e das Partes, colocando-se a inteira disposição para quaisquer esclarecimentos que eventualmente venham a se fazer necessários.

Atenciosamente,

Paulo Roberto de Oliveira Uchoa Claudio Pfiszter

CREA – 267D – AL CRA – 13.191 SP

São Paulo, 14 de outubro de 2019.

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