Diresã o: Nonato Silvu Layout e copa: Armando Abrou u Hormunu Mon• tenegro Publicação da Companhia Urbanizadora da 'Novo Capital do Brasil . Tôda correspondência : Divisão de Divulgação da Novacap, avenida Almirante b. Barroso, 54 - 18.• andar, telefone : 22-2626. - Brasil. Nossa Capa - Escultura de Alfredo Ceschiatti para o Palácio da Alvorada. brasll1a a n o 2 evereiro de 1958 número 14

Brasíliat uma realidade

Deputado Geraldo Mascarenhas

Estão prosseguindo, em ri tmo acelerado, as obras sentido realista que o mesmo merece. E há até de construção de Brasília. Os espíritos otimistas que mesmo os que não podem raciocinar com serenidade têm oportunidade de visitar a futura Capital volt.am sôbre o fato do Rio vir a deixar de ser a Capital do com o entusiasmo que os grandes empreendimentos país. São saudosistas que se antecipam a uma ne­ sempre despertam. De fato, a implantação da nova cessidade histórica . O Rio, conforme acentuamos, Capital no interior do pais significará a redenção de cumpriu a sua mi ssão como Capital brasil e ira . Mas extensas áreas esquecida s e élbandonadas. O Rio, isso não quer dizer que tenha cump'rido o seu des­ como sede política da nação, já realizou a sua ta­ tino. A idade das grandes cidades se mede por mi­ refa, tal como a cidade do Salvador, no período lênios. Pela sua situação invejável continuará a colçnial cumprira a sua . Terminou, pràticamente, desempenhar uma função da ma is alta importância o período de civilização litorânea. Estímulos mais na vida do país. Não continuará apenas a ser o vigorosos determinam novos rumos e dessa maneira grande centro industrial, comercial. e distribuidor é que começa o interior do paí ~ a viver sua própria que é presentemente. A industrialização do vale do vida em tôda a sua plenitude. É certo que o nosso Paraíba e igualmente do interior de Minas conti­ "hinterl and" já teve acentuada importância em nuará a fazer desta cidade um grande escoadouro nossa vida econômica e política que alcançou sua e um grande empório. Ao mesmo tempo, as tradi ­ maior significação no drama da inconfidência. Mas ções sociais, de cultura, de arte continuarão a fazer deve-se notar que êsse progresso se baseava na do Rio uma capital espiritual do Brasil. transitória exploração das riquezas minerais. A O Brasil tem possibilidades para erguer em seu in ­ mudança da Capital, na segunda metade do século terior uma grande Capital e fazer, ao mesmo tempo, presente significa o prestígio do Brasil no interior. com que a antiga continue progredindo. E a êsse Locali zada no planalto central, Brasí lia terá diante respeito é elucidativo o fato que se observa na de si a paisagem imensa da Amazônia cuja inte­ Bahia, onde a velha cidade do Salvador também gração à nossa vida econômica é de in egável ne­ cresce ràpidamente e tende a se desenvolver mais cessidade e responsabilidade para o país. Os vales ainda, principalmente se t ivermos em vista o desen­ do Tocantins e do Araguaia deverão ser os primei­ vo lvimento ele novas riquezas, entre as quais avulta ros a receber os benfícios da proximidade da nova o petróleo. Capital. A investigação das riquezas, que devem Quem viaja o interior do país verifica fàcilmente o existir em extensas áreas, deverá ser procedida com entusiasmo que desperta a nova Capital. Mineiros, i n,tensidade cada vez maior. Não se trata apenas de goianos, matogrossenses, nordestinos, amazônicos, levar a populações que vegetam à margem dos rios encaram Brasília como um fato que se fixará nas e também à ma rgem d0 progresso o incentivo e páginas da história e como a incorporação de vastas também possibilidades reilis para o aproveitamento áreas esquecidas à riqueza e ao patrimônio ela nação. elos recursos que até agora, permaneciam inúteis Traduzirá, um dia, o reconhecim ento das ge ra ções embora estivessem sempre ao seu alcance. Há al­ futuras pelo esfôrço e pelo sacrifício da geração de guns espíritos mais conservadores e, por isso mesmo, hoje. Marcará a fa se da transformacão econômica descrentes nas modif icações que afinal traduzem a do Brasil, a era ela nossa industrializ.ação e eterni­ revolução da vida em suas mais variadas manifes­ zará, como um de seus grandes feitos, o govêrno tações, que não encaram o empreendimento com o do presidente Juscelino Kubitschek.

a marcha da construcão, de Brasília

A .marcha da construção de Brasí lia prosse ­ residenciais nas super-quadras 1 05 e 305, gue seu ritmo sempre acelerado. na aza do lado sul da cidade. O Palácio da Alvorada recebe os últimos re­ Na quadra 1 05, com 11 blocos, 8 blocos de toques para a sua inauguração a 3 de maio 82 m, 44 e 3 de 68 m, 09 de comprimento, próximo. O Hotel de Turismo também se os apartamentos serão de dois tipos, com enconiTa em fase de acabamento. área el e 199 e 166 metros quadrados, res­ pectivamente. Na Praça dos Três Poderes prosseguem as Na quadra 305, com 14 bloco;, as unidades fundações e o; fundamentos do Congresso também se rão de 2 tipos, com um mínimo Nacional. de 66 metros quadrados de área, possilitando A Esp lanada dos Ministérios está com o ser­ boa moradia aos de menores posses. O total viço de terraplenagem completamente ulti ­ das unidades previstas é de 1 . 200 aparta­ mado, iniciando-se os preparativos para as mentos. fundações. A rodovia Brasilia-Anápolis, com É de prever que em março de 1959 estejam seus 130 quilômetro; já entregue ao tráfego, prontos 8 blocos e, em em agôsto de 1959, e será inaugurada solenemente a 3 de maio ma is 3 blocos, completando-se, assim, a vindouro. quadra 105. A Fundação da Casa Popular envida todos A quadra 305 deverá estar construída até os esforços, no sentido de entregar no dia março de 1960. 3 de maio próximo 500 casas para inaugu­ Já foram inic iados 09 estudos para a cons­ ração e habitação. trução da sede do I . a. p . i., a qual, segundo Os Institutos de Previdência redobram o a idéia atualmente preponderante, ficará em ritmo de trabalho, para a conquista de sua conjunto com as sedes dos demais In stitu­ tarefa. tos, na, parte mais central da cidade. O ·1. p . a. s. e. termina os trabalhos de fun ­ O I. a. p. i. gentilmente nos fornecerá o se­ dações. O I. a. p. c. iniciou a construção de gu inte relatório, que temos o 'prazer de pu­ 3 edifícios. O I . a. p. e. t. c. já instalou o blicar : canteiro de obras e estocou o material. O "Pioneiro de Brasília; com a construção e a I. a . p . b. apresent - as seguintes obra;: con­ instalação de um hospital que está atendendo cretagem da terceira lage do primeiro blo­ a tôdas as necessidades médica; de Brasília co, segunda Iage do segundo bloco; em e dos municípios vizinhos, o I. a. p : i. se de­ término, as fundações do terceiro bloco; dica, atualmente, à construção dos conjuntos em início as fundações do quarto bloco.

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1 · ~ci.ma à esquerda, fachada posterior do Pa. :b'O. da Alvorada em fase de acabamento. r ;oco maquete do mesmo edifício permi­ /n ?d uma comparasão entre o projeto e a ea'1 ode. 2 ' Yista áerea do Palácio da Alvorada e alo­ ~am~ntos de operários. Adiante, um aspec- 0 o local onde será o lago.

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3 4 · Casas populares. · Uma visão do conjunto das Ca- s ~ s Populares. " S. V, sta aérea da Prasa dos. Trc.s ~•cloro s , Esplanada dos Mm os lc­ nos o Ei xo Monumental. 6. Vi sta da Capola, através dos OS• 7. 'lUadrias do polá

9 . Detalhe de um dos blocos do I. A.P.B. , em pleno andamento.

10 . Fachada principal do Colégio D. Bosco, por ocasião de suo inaugurOcão em 1.o de f e.. verciro, ~

11. Fas e dos traba lhos de terrap lenagem.

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11 arquitetura e urbanismo

Urbanismo - Lúcio Costa Arquitetura -

As Artes em Brasília

Em Brasília as artes brasileiras, em conjunto, pintura, tapeçaria, vitrais, já estão prontos e .,nfrentarão seu primeiro grande desafio, outros estão sendo executados, por artistas fato a que j á está atenta a opinião critica como Portinari, Di Cavalcanti, Volpi, Bruno mundial. Trata-se, por outro lado, de uma Giorgi, Mary Vieira, Ceschiatti, Athos Sul­ das raras tentativas, em nosso século, em cão, Maria Martins e vários outros. todo o mundo, de integrar as várias artes Nossos arquitetos, portanto, não são dos que visuais num só vasto trabalho, e dentro, acreditam não haver lugar para as várias art·es quanto possível, da mesma perspectiva -se plásticas na arquitetura de hoje. Não pen­ não do mesmo estilo, até do mesmo módulo, sam, como a lguns de seus colegas, que a como os perfeicionistas poderiam a lm ejar. arquitetura moderna, tendo chegado a sua Os realizadores de Brasília (à frente dois maturidade, deva ficar tal como é, ou pros­ artistas de renome internaciona l, como o são seguindo sua evolução nas vias estreitas de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer) não têm es­ um funcionalismo técnico. Sabem, pelo con­ camoteado o problema, demasiado importan­ trário que, além disso tudo, a arquitetura te para o sucesso da experiência da nova moderna tem ainda de desenvolver seus e le­ capital. No campo isolado da a rquitetura, mentos espirituais, sem os quais ser-lhe-á essa experiência já tem seu êxito assegurado di fiei I tomar lu gar entre as grandes épocas pela à vontade com que colaboram, de longa da história da arte. data, o urbanista Lúcio e o arquiteto Nie­ meyer. Quanto às outras artes, os dois, bem Basta uma rápida olhadela na direção do como a direcão administrativa da Novacap, passado para observar como a sí ntese das vêm envidando todos os esforços no sentido artes foi completa e pretendida em tôdas as de reunir, em tôrno de Brasília o que de grandes eras arquitetônicas. Assim no Egito, 12 . Mural de Portinari que deverá ser mais vivo e atuante, e de mais alto nível, onde embora vejamos uma pintura e escul­ executado no Palácio da Alvorado. 13. Dois estudos de Athos Bulcão para os _pode apresentar, em seu estado atual, a arte tura tratadas como artes de superfícies, sem vitrais da Capela do Palácio da AI· brasileira. Vários trabalhos, em escultura, relação com a estrutura, puramente arqLii- v orada.

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9 14 tetural, as relações entre as três artes são arte roman1ca e quase desapareceu na arte evidentes em sua unidade de intenção. A gótica. Mas a escultura se incorporou de tal pintura é estritamente mural, a escultura maneira a arte românica que se transformou respeita a parede, submetendo-se ao ritmo em capiteis, colunas, batistérios, s inos, su­ a rquitetÕn ico, que fornece a escala geral. portes, etc. Na gótica a escultura torna a ex­ Na arte grega a escultura está tão íntima­ teriorizar-se, pela purificação da arquitetura. mente ligada à arquitetura que chega a subs­ Mas a unidade de concepção entre essas duas tituir vários e lementos estruturais. A deco­ artes é pretendida e alcançada nas catedrais ração é concebida no ritmo da arquitetura, alemãs, francesas, inglesas. acentuando a pureza das formas e a harmo­ Por mais que na Renascença se tenha de­ n ia características da arte helênica. A poli­ senvolvido a individualidade de artista, não cromia é largamente uti·li zada nas fachadas há negar que os renascentistas mantiveram dos templos, pondo em relêvo os diversos sempre a idéia presente da unidade das artes. elementos da arquitetura. E a arte barroca, por sua vez, é notável pela Entre os romanos observamos uma desinte­ unidade de concepção dos vários elementos gração das artes plásticas, mas, por outro la. que a ·compõem. do, entre os bizantinos, vemos os mosaicos Essa a lição da história da arte. Os criadores unindo-se à arquitetura para celebrar a gló• de Brasília têm demonstrado compreendê­ ria de Deus e a vida futura. Os mosaicos de -la. Impõe-se que tôdas as influências, todos Ravena não se limitam a cobrir as paredes: os grupos de pressão se dispam de seus pró­ chegam a criar uma "desmateria lização" do prios interêsses para ajudar Lúcio Costa e espaço, uma impressão de calma e recolhi­ Niemeyer a realizar, na alta escala de uma mento que a arquitetura, bastante primit iva , grande cidade, o obj.etivo até agora aflorado 14. 15-16 Estudos dos murais de Alfredo Volpi a dos vários locais, seria incapaz de atingir por apenas, e em nível diminuto : a integração, ~erem executados em afresco, na lgreia da seus próprios meios. em nossa época, das diversas formas artís­ p~per. Quadra (erigida por iniciativa das •ane•ra~ Sociais). A pintura tem papel apenas decorativo na ticas de uma cultura.

16 17 . Escultura de Ceschiatti a ser colocada no es­ pelho d'água em frente ao Palácio da Al­ vorada. 18 . Escultura de Edgar Duvivier para o Hotel 17 de Turismo. 19 . "Dois Guerreiros" de Bruno Giorgi. 19

18 onde está Brasília

Osvaldo Orico

Vamos ver, Brasília, se posso deixar aqui, bitantes à Nova Capital. ~ste é o Palácio da queria Victor Hugo: "Les vers sont des nestas últimas páginas uma impressão líri ca Alvorada. Ali será o Palácio do Planalto. oiseaux". Transportam-se para a imagefl'l da primeira visita que te> fiz. Contar aos lei­ Acolá a Praça dos Três Poderes. Adiante, será que exprimem. Não é mais novo, atraente, tores como te vi em nosso primeiro encontro. __: quem sa be? - a Igreja do Orva lho. Ou, original, e.m vez de dizer Palácio do GovêrnO, Vestida de futura Capital ? Nem tanto. Qua­ talvez, a Praça dos Milagres. dizer Palácio do Pl analto ? Não é mais su: se nua, isso sim. Ainda despenteada. Com E quando pucharem o lago artificial, colo­ gestivo chamar - Pa lácio da Alvorada -a um pa Iácio estravagante assustando os ope­ cando ali um circulo dágua, por que não lh e casa residencial do Presidente ? E que é, por rários com suas linhas arrojadas; um Hotel dar um nome romântico, um nome de can­ sinal, a preciosa construção definitiva, quan· arrumando as Iages para servir de gaveta aos cão? Por exemplo: Lago Azul. Ou então: do Brasília nascia hospedes; e rolos mecânicos alisando o solo Espelho do Céu. · para fazer a Praça dos Três Poderes. O encanto da Nova Capital não reside ape· O batismo das construções de Brasília põe no Ninguém poderá. até agora, fazer uma idéia nas na circunstância de ser uma cidade pia· oéste pinceladas de poe>sia. É como se entre nejada e executada a compasso. Geométrica do que serás. Porque ainda não és. Estás por os engenheiros, urbanistas e arquitetos que ser. Não és, por enquanto, uma cidade para e fotogênica. Sem mangues nem fave laS· a erguem do chão, houvesse um pintor que se Escrita em cimento branco e mármore sôbre ser vista, mas para ser advinhada. Os que encarregasse de pedir ao lex'co as palavras vão com pressa de encontrar-te voltam desi­ a crosta vermelh a do altiplano. Lá , onde a mais bonitas e sonoras para decorar com elas árgi la tem côr de carne. Seu atrativo maior ludido, falando mal. 1\lão te encontraram, a fachada dos ediHcios que se estão cons­ porque não se encontraram antes. Querem está no caráter com que nasceu. Anti-ceno· truindo e as placas das avenidas e praças que gráfica. Tendo por si apenas o céu e o ho· antecipar a realidade à realização. já não és vão surgir. 1 miragem, mas ainda és horizonte. Os que vão rizonte. Tanto assim que foi necessário ped r ao teu encontro tem de procurar-te onde A nomenclatura de Brasí li a - só. ela - já aos quatro riachos. ao Gama, ao Torto, ao estás. Não só na arrumação das praças e explicaria a necessidade> de LJma urbe onde Fundo e ao Ba nanal um braço emprestado jardins, no arruado de casas que ainda se nunca lesse mos nas taboletas: rua do Dr. para demarcar no centro a marcha dágua de encontram nas pranchetas dos. arquitetos e Fulano; do vereador Sicrano; do .major ·Bel­ um lago. Um lago que dará futuramente aos urbanistas, mas no espaço em que mãos in­ t rano. A nomenclatura de Bra~ília é uma turistas a impressão de haverem encontradO visíveis plantam os serviços de base, captando volta à tradição imperial, que fêz de Recife no trópico uma nova z'urich ou uma outra a água, a luz, a energia, para fazer funcionar ' a metrópole do bom gôsto vocabular; e deu Genebra. as torneiras, as lâmpadas, os elevadores. E ao inglês Burke a impressão· de "ser mais 8 cidade do que o Rio". cidade onde os le­ Com coqueiros espichados, olhando de cir1'1 amansam o sertão, riscando nêle estradas e · a água roubada aos rios ... treiros, em vez de constituírem quebra-ca­ trilhos que já alcançam as cidades vizinhas. I Vi sta do alto, Brasília parece, por enquantO beças para os turistas e transeuntes, evocam Que amanhã chegarão a e S. uma concha de tênis. Escavadei ras revolve· cenários e épocas: rua da Aurora. Palácio Paulo. E que, um dia, tocarão o li tora l. ~ste ram a terra em cicatriz. Moto-scrapers pas· das Princ.esas, rua da Imperatriz, Teatro litoral gostoso, de que não queremos sair. sa ram a ferro o solo. que espera as estruturas Santa Isabel, Estrada do~ Afl itos, Igreja do Tudo isso acontecerá. Enquanto não acon­ metálicas para levantar-se em pilotis e co· Terco, Largo de Cinco Pontas, rua do En­ tece a felicidade está em desejar o possível, lu natas. em ~onseguir o razoável. Isto é: em concor­ cantamento. Pena haverem mudado para To-. dar que uma Capital niio se arranca do chão, bias Barreto (mesmo sendo um grandP Olhando aquela área salpicada de andaimes, como um ovo da cartola de um mágico. É nome) a rua dos sete Pecados Mortais, ondE ainda despida das promessas arquitetônicas esperar. Enquanto se espera, muita7 coisas as baianas de Recife vendiam cocadas, bôlo do Plano Pi lôto, sem o arruamento que Jh B sucedem liricamente. Pnr exemplo: f1car um de mi lho e munguzá ... dará a perspectiva de que carece, a fi sionâ' momento junto ao Cruzeiro que domina a O senso paisagístico das construções id enti­ mia urbana que lh e falta, temos vontade ~ cidade, e olhar em torno a g~ometria do al­ fica Brasília com a região em que desponta. parodiar a quadra que negros do maraca\ tiplano, para gozar com a VISta uma tran­ As palavras que batisam seus edifícios teêm de Cambinda entoavam da'nçando em frent quilidade redonda; escutar os nomes dos edi­ Broma. Se as letras, como quer Rimbaud, da Igreja do Rosário, na Velh a Recife colo• fícios que vão nascendo para chamar os ha- possuem côr, as palavras possuem asas, como nial

14 "Se Brasília fôsse minha, nos Guararapes, no das Tabocas no do eu mandava ladriá Arraial. Cada um com sua data ·e' sua le­ com pedrinha de · diamante genda ... para nonô passeá".

"Mutatis mutandis", êsse é igualmente 0 O Senador Ju rac i Magalhães, que é um dos caso de Bras ília. Se pretendessemos esquecer políticos mais inteligentes e capazes que ou renunciar a tôdas as etapas de uma longa possuímos, declarou que foi ver Brasília e e labonosa formação política e sacia I nossa não encontrou a Nova Capital. Não viu; mas alma ~e pioneiros estaria docur;nentad~ nessa não gostou. O S. Tomé da UDN, ma'is rea­ rnvestr.da para levantar no sertão a capital lista do que o outro, bateu co.m o cajado no admrnr stratrva do Pa ís Na vizinhanca das chão. E como não encontrasse asfalto, nem grandes vertentes do território nacio~al. Á ouvisse businas, nem apitos de fábricas, lem­ semelhança do que fizeram os norte-ameri­ brou-se que era representante da terra de canos com a conquista do Mississipe e dos Castro Alves. Parodiou o poeta : Grande.s L ~.gos. E de que resultará um ponto de aparo: o ponto de apoio da decantada e "ó Brasília, onde estás que não respondes ? ser;tpre adiada" marcha para oeste", para em que mundo, em que estréia tu te escon­ Gor~s, para Mato Grosso, Amazonas, Gua­ [des ?" pore e Acre, onde o Rio Amazonas e os seus afluentes; inclusive o Tocantins e o Araguaia Recife, quem ali o recebeu foi Joaquim Na­ --: segundo a previsão de Peixoto da Sil­ buco. tste o levou a visitar Olinda. Para dar­ verra - poderão fazer as vêzes de um lhe, porém, uma visão real e viva de Per­ oceano, uma espér:ie de Oceano Pacífico brasileiro". · · · nambuco, não ficou pelo litoral. Subiu ao alto no monte da Fé e de lá descortinou para Se a nossa geração tivesse de aceitar, por o visitante o espetáculo de sua terra, trans­ uma dessas imposições do destino, de que portando-o, instrutivamente, a uma invoca­ falava Nabuco, a renúncia de herança se­ ção que fizera em seus escritos: "A Alma de culares, para guardar a sua alma, estaria Pernambuco, se a atual geração de pernam­ agora nos contrafortes do Altiplano, impelida bucanos, esquecendo. três séculos de vida pela coragem de levar a civilizacão do Litoral loca l, própr;a e distinta, renunciasse a ela, para o Sertão. Abrindo caminho até antes estaria. . . nas nossas praias, nas nossas ár­ cerrados. vores, nas mangueiras, cajueiros, coqueiros Na cartografia americana, Brasília n'ão é ape­ 20 , Tre

15 Por ser de absoluta atualidade, transcreve· Brasília e o Presidente mos, na íntegra, o artigo intitulado "Brasília e o Presidente", que o Prof. Hermes Lima, catedrático da Faculdade Nacional cle Di· reito, publicou no "Jornal do Comércio" de Prof. Hermes Lima 30 de j.unho do ano passado : "A construção de Brasília está se tornando um tópico de agitação política e, como a polftica também se al imenta de pretextos, é natural que assim aconteça. À .mudança da capita~ assunto bem antigo, já se consagraram estudos de maior ou me· nor interêsse, mas todos reveladores de uma aspiração que se foi progressivamente gene· ralizando. Interessante sôbre essa aspiração é haver ela tido por si a unanimidade dos espíritos, en· quanto de aspiração não passou. Como so· nho ou desejo, todos a aceitavam. Figurando nesse caráter, mas de modo expressivo, no texto de três Constituições republicanas nas de 91, 34 e 46, t inha por. si a simpatia de gregos e troianos. N in guém pLinha em dúvida a conve n: enc:a da fundação da nova capital nossa imaginação não via como situar no que, nos anti gos mapas do país, se achava tempo, Agora, ê les se abrem para o planalto assina lada por um quadrado de li nhas em goiano e lá constatam a real idade de urna que se li a -futuro Di strito Federal. metrópole nascente, dessa metrópol e que há Mas tratava-se de coisa remota, de urna des­ mais que um século, vivia subjetiva das sas idéias que se aceit am corno ponto de re­ utopias. ferência a algo escondido nas brumas do porvir e de onde ninguém no íntimo acre­ Ora, muita gente há para quem é penoso ditava ser possível retirá-la. trocar o sonho pe la rea li dade. O sonho é simples e perfeito, a rea li dade, eriçada de Assi.rn vegetava a idéia da mudança ela capi­ problemas, Brasí li a como aspiração era t erna ta l da União. Apesar el e fi gurar tradicional­ para devaneios, para bal·e-papos inconse­ mente no texl·o ela s Constituições republi ­ qüentes, embora brilhantes. Porém, como ca nas, não significava mais que um voto. obra em andamenl·o, é motivo para trabalho um anhelo, um desejo piamente patriótico. árduo, vigilância assídua e também pa ra Mas eis que, de repente, a idé ia começa a preocupações entre as quais as financeiras. cobrar a lento, e isso aconteceu depois da Acusa-se o Presidente de estar fazendo e m Carta ele 1946, em cujo artigo 4 elo Ato das Brasília gastos exagerados, sobretudo tendo­ Di sposições Transitórias se lê o mandamento -se em conta a si tuação atual . Mas, consi­ · impe rativo : "a capi tal da Uni ão será trans­ dere-se que, a lém de lega lmente autoriza­ fe rida para o planalto central do país". das, as despesas em Brasília, representam Não ficou aí, porém, o texto constituciona l. aplicação de interêsse profundamente nacio ­ Determinou que, depois de sessenta dias da nal e com a vantagem ele abrir, dentro em promulgação daquele Ato, o Presidente da breve, ao progresso e , em conseqüência, à República nomearia urna comissão de téc­ nossa rentabilidade, perspectivas as mais nicos para procede r ao estudo da locali zação compensadoras. Brasíli a exprime um passo da nova capital, estudo que seria submetido à de li beracão do Congresso. t ste estabe ­ gigantesco para a incorporação el e novas leceria o p;azo para o início da deli mitação áreas físicas e humanas ao esquema do de­ da área a ser incorporada ao domínio da senvo lvimento nacional. União e, findos os trabalhos demarcató ri os, Não são, portanto, gastos improdutivos os resolve ria sôbre a data da mudança da ca­ de Bras ília, nem ê les concorrem, na ordem pital. gera I das grandezas, para agravar as condi­ É cla ro que a simples le itura dêsse arti go ções financeiras do país; Brasília, colocou-a revela , desde logo, o ímpeto preliminar de com razão o Presi dente entre as prioridades um novo esfôrço no sentido. de reali zar-se nac1onais, e corno prioridade, me recedora de o pl ano da t ra nsferência, que, cl êsse modo, sacrifícios atuais, porém, compensadores, ga nhava, como imperativo constituciona l, devemos compreendê - la. É uma obra pioneira mais autoridade e maior consistência. ela mais alta signi f ic ação, ligada ao domínio No govêrno do Marechal Dutra iniciaram-se econômico e social de nosso vasto território. as providências que haveriam ele assina lar a Seu alcance é transcendental e, com certeza, nova etapa do movimento mudancista, pro­ é a forte consciência que disso t em o Presi­ vidência s continuadas através do govêrno dente, que o move tão det erminadamente GetLdio Vargas. Até que, ele ito o Presidente na tarefa de dar à União nova sede. Em seu Juscelino Kubitschek, escolhi do o sítio da caráter de pl ano de obra a ser desenvolvido nova capital, o Congresso não hesita e vota através ele longos anos a nova capita I t erá , unânimemente os créditos e medidas indi s­ sem dúvida, d e ser grandiosa. Todavia, isto pensáveis à grande emprêsa. Não e ra tudo, não exclui a fórmula que, certa feita, sugeri porém. Estava faltando a dete rminação d ~ uma vontade executiva capaz de cr1ar em ao então Presi dente Dutra para a mudança : pl eno sertão brasileiro a obra sonhada. E coragem e modéstia. Coragem para ir em­ exatamente essa determinação que lh e veio bora, para romper a espêssa tei·a de interês­ imprimir o atual Presid ente. A si nceridade, ses e sentimentos que se oporiam à trans" o entusiasmo, a decisão com que o Presi­ ferência . Seria in gênuo supor que uma t arefa dente se lançou a imensa i·a refa , a assistên ­ dessa na tureza não enconl-rasse obstáculos, cia pessoal que lhe dedica, tudo isto, em principalmente partidos da rotina inte lectual continuacão às p rovidências prel :mmares e material. E modéstia para construir, para aprovada ·~ e executadas, fêz o efeito de ~m diferente cl arão à cuja lu z a nova cap:tal instalar, sendo ce rto, porém, que o conceito tinha de ser entrevista. ele modéstia não exclui aí a ereção de na infra -estrutura adequada à prestação de ser­ Al·é , então, era através ele le is, fórmulas, re ­ viços básicos como água, energia , saneamen­ comendações e trabalhos preparató ri os que to e um mínimo ele equipamento para o con­ se pesavam as possibi I idades da fut ura sede fôrto do trabalho e ela moradia. do Govêrno Federal. Uma coisa é ho je absolutamente certa : o A partir elo Presidente Juscelino, porém, a Presidente Ju sce lino não está sozinho e m tarefa da mudança passou a assumir caráter sua determinação de transferir a capital. prático t ão marcante que até partidários da transferência se sentiram como que choca­ Vasta corrente ela opinião pública, a maioria dos. Habituáramos a pensar nessa capital dessa opini ão, pode-se afirmar, acompanha­ como a cidade que não sabíamos de que ma­ -o e apóia-o nessa imensa t arefa. A consci­ neira arrancar de nossas aspi rações para a ência nacional sente que Brasília é a ex­ rea lidade do chão em que Brasíli a se está pressão de um esfôrço para a conquista to­ erguendo. tal do país. ~sse esfôrço encontrou no Pre­ sidente seu I íder executivo. E as oportuni­ Na verdade, foi preciso que a energia do Presi dente tomasse a peito a edificação de dades não as fazem somente as circunstân­ 21 . Primeira Brasília para que nossos olhos, entre espan­ cias, mas também e, às vêzes principalmen­ residência do Presidente da RepÚ· blica, t ados e admirados, t estemunhassem o que t e, os líderes" .

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Marechal Rondon Nacionalista impecáve l, o Marechal Cândida Rondon quis deixar sua opinião sincera sôbre a mudança da capital. ~ste depoimento legou-o aos brasileiros por intermédio do re­ pórter Daisy Pôrto. Assim se expressou o Marechal Rondon, no presente diálogo : "Marechal, o senhor conhece o Planalto Central de Goiás" ? "Sim, fui lá mais de uma vez. É um lu gar majestoso. Sob todos os aspectos está em condições de ser a sede da Capital da Repú­ blica. No relatório Cruls está muito bem es­ planada o va lor da região escolhida para Nova Capital. Conheci Cruls. Era uma auto­ ridade para opinar sôbre o assunto." "Marechal, então, o senhor acha ·a idéia da mudança muito lógica?" "Sim, é preciso que o brasileiro se conven­ ça, antes de tudo, da necessidade de se po­ voar êsse interior tão abandonado. Essa mu­ dança já devia ter sido feita há muito tem­ po." "Não acha o senhor que o Presidente Ku­ bitschek está tendo uma atitude muito pre­ cipitada, em transferir assim, com tanta pressa, a capital do país?" "Não. O Presidente vai fazer o que está planejado há muito tempo. Quem pensar bem o ajudará nesta tarefa."

18 Brasília no exterior na literatura

A construção de Brasília continua a chamar rádio e televisão, cêrca de 250 exemplares Jorge Ramos a. atenção de todo mundo. É assunto pal­ da revista "Módulo" e 400 do catálogo da pitante, não só no mundo do urbanismo e Exposição foram enviados às principais au­ Brasil de ontem, de hoje e de sempre arquitetura, mas também do comércio e da toridades federais e cantonais da Suíça, a Fertil e generoso como um Deus ! Indústria. Os maiores periódicos mundiais Escolas de Arquitetura, Escolas de Belas Ar­ Que na tua Bandeira dedicam páginas de longas reportagens, ar­ tes, entidades públicas, entidades públicas Tens a verde sereni dade de um mirante tblgos e comentários sôbre a nova capital e privadas de engenharia, arquitetos de Para os horizontes do futuro rasileira . maior renome, professôres, artistas e asso­ E o oiro da luz alta em que caminhas Para provar o que acima dissemos basta ciacões artísticas, bem como ao corpo di­ plo;,ático de Berna . Brasi l ardendo em côr, bebendo lu z l_er o relatório que abaixo transcrevemos. T ronco em flo r de séculos de história E de autoria do Embaixador Raul Bopp, A Legação do Brasil em Berna recebeu uma Com a raiz lusíada do sonho ! após a exposição de Zurique. série apreciáve l de cartas de congratulação Brasil ameríndio, "Encerrada a exposicão a chefia da Amts- pelo arrojado empreendimento brasileiro, Ousado caminheiro de sendas milenárias h " ' Filho remoto da aurora ! aus IV de Zurique (Departamento de dentre as quais vale sa li entar, em primeiro Obras do Govêrno daquela cidade) comu­ lu gar, a do Conselheiro Federal Max Petit­ Regressa a ti mesmo, à tua própria alma. n~cou a Legação do Brasil em Berna que pierre, Chefe do Departamento Político Fe ­ Reencontra teu coração no plana Ito c~rca de 5. 000 pessoas a tinham visitado; deral (Ministro de Estado das Relações Onde, na verdade tiveste o berco numero deveras satisfatório, tendo em vista Exteriores) e, em segundo lu gar, a do Dou­ Tu que semeaste cidades no se(tã'o ! ~· Prazo de duração da mostra, isto é, 18 tor Emil Lundolt, Presidente da Cidade de Amanheces novamente na terra virge.m dias· Foram distribuídos aos visitantes cêrca Zurique. Ambos os textos estão anexados Que se entrega com alvoroços de su rprêsa, E embalará teu destino , e 000 catálogos da Exposicão . Tal aflu­ à presente explic ação . ! · Com a bênção do cruzeiro do su l, ~ncla se deve aos 300 carta~es mandados Brasil mais moço, mais forte, mais puro ! lrnprirnir pela Legação e que foram afixados Cabe igualmente apontar a visita -aula, feita na s 14 principais cidades da Suíca por um pelo Professor Jean Gabus, Diretor do Mu­ Levarás contigo o esplendor de São Paulo bPeríodo 'd de d uas semanas, a 1em, · d e d1' St n-. seu Etnográfico de Neuchâtel, no reci nto O ritmo da Bahia, bu1 os a todos os Consulados brasi lei ros, da Exposição. Para isto, em companhia de A graça ondulante do litoral, ern como a várias entidades públicas e seus a lunos, teve de atravessar pràticamente A tradição e a inquietude, Pnvadas dês te país. a Suíça de lado a lado . Por sua vez, o O lu ar de Catulo e os pampas gaúchos, conhecido Professor da Escola Politécnica O cântico do Amazonas, os s inos de Ouro Prêto êste respeito, va le ainda mencionar o i de Zurique, Doutor William Dunkel, orga­ A vio la capixaba, os pa lmares do Pará, ato de que, dado a afluência crescente de nizou, igua lm ente, na sa la da exposição, As orações dos rios e o sil êncio verde Vis,~tantes, a L egaç ,~o do Bra sil em Berna Das florestas so IC itou b d . d h f' d uma aula no sentido de possibilitar aos seus A e o teve a suprac1ta a c e 1a a ai unos o estudo orientado do plano pi lôto Onde escondes, Brasil, os teus tesouros rn rntshaus IV a prorrogação, por uma se- de Brasília e dos projetos de edificações . ana, da data que havia sido f ixada para Brasíl ia 0 encer Várias escolas de ensino médio e superior É a tua primeira missa ramento daquela mostra. organizaram, fambém, visitas de ·caráter Alérn da d' 'b . - No esplendor im orta I da tua glória, 1stn u1çao a tôda a imprensa, let ivo". Brasil !

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22.23 Grande Parant'IQ, cerrado de florestos às margens do rio A mais brasileira fornecendo, igualmente, explicações 'ôbre ai obras que a li estão em andamento. No discurso do Segundo Aniversário de seu -Participaram da visita os Srs. Juan Trippe, Govêrno, o Presidente da República, assim se refe riu a Brasí li a : · presidente e diretor executivo ela Pan Ame· rican ; W . L. Morrison, vice- presidente exe· "Quando assumi o Govêrno, a criação de cutivo e encarregado da Divisã o LatinO· uma nova capital no centro do País pervagava Americana ; John Leslie, vice - presiden:e; no domínio dos mitos. Durante décadas, a Roger Lewis, vice-presidente executivo única solu ção dada ao problema fô ra mera­ Henry Fri endly, vice-presidente e conselheiro mente cartográfica: nos mapas do País de­ legal; Harold Bi sby diretor da Genera l Publi senhava-se um retângu lo de côr assina lando Utilities; Norman Chandler, diretor do jor a localizacão do futuro Di strito Federal. nal Los Angeles Times e da Ka iser Stee Prometi a~ povo brasileiro que, encerrada a Corp; Roy Howard, diretor do Comitê Exe· minha gestão, haveria de da r ao País, através cutivo da emprêsa jornalística W. E. Scripps de um novo centro administrativo, um novo David lnga li s, presidente e diretor do Jorna sendo de sua unidade e, por conseguinte, de Cincínnati Times Star; Mark T . McKee, pre· sua exis tência orgânica. Creio que são pou­ sidente da Wisconsin & Michigam SteamshiP cos os que, hoje duvidam da seriedade da Edward McDonnel, diretor da Pepsi- Cola ~ minha p romessa, da dete rminação de meu Vermon F. T aylor, presidente da Peeless OI intento. Bras ília , sem ser a inda a Capital, já . anel Gas Co. é o orgulho e a esperança de todos os bra­ s il ei ros - um m otivo de admiração para o Da Panair do Bras il participaram da vis ita ' mundo. Antes mesmo de instalar-se, estará Brasília os Srs. Manoe l Ferreira Guima rãeS Ii gada aos nossos centros urbanos mais a di­ di reter- presidente; César Pires de Melo antados, unificando o que ainda const-itui, diretor-superintendente ; Valentim Bouças mais do que a Nação, o arquipélago brasi­ presidente do Conselho AdministrativO uma realidade. Não preciso Eduardo Bahout, membro do Conselho Fi sl leiro. Bras ília é 1 insistir em que a transplantação da Capital cal; Dr. lldefonso Mascarenhas, diretor d para seu s ítio próprio é o marco de uma nova . Conselho Admini strativo e Cmte. Robertl era, de uma concepção mais reali sta e mais de Sousa Dantas, diretor- gerente da Celrna correta de todos os problemas da nacionali­ À frente do grupo de jornalistas estava os; dade. A gradeço a Deus o privilégio que me Herbert Meses, presidente da Associaça concedeu, de ter contribuído para a realiza­ Brasileira de Imprensa . cão de um empreendimento dessa magni­ Pioneiras em Brasília noticiário tude. Estêve em Bras íli a, em companhia de sua Visita honrosa filhas, a Sra. Sarah Kubitschek que foi à f tura Capital inspecionar as campanhas q Estêve em vi sita a Brasília o Presidente do as Pioneiras Sociais realizam ali sob a orien Museu el e Arte Moderna el e Nova Iorque, tação da Sra. Israel Pinheiro. Ce m pouc Sr. Wi lli am Burclen, que ficou maravilhado meses el e existê ncia as Pione iras de Brasi l com a construção ela futura capital brasil e ira. já contam uma enorme fôlh a de serviç So li cit·acld a externa r sua op ini ão, disse : prestados. Ass im é que um Hosp ital Vo lan "Simplesmente marav il hoso" . percorre os d ive rsos acampamentos de op 1 r<í rios presta ndo graciosamente, assistê nc Palmeiras para Brasília médico-socia l. O setor de Corte e CostU confecciona roupa para os escolares . Cinco mudas ela palmeira que Dom João V I p lantOLI em 1809, no Ja rdim Botânico desta Aeronáutic:a capital, fo ram oferecidas pelo Sr. Tibyriçá Reys à direção ela Novacap, por ocasião ela Por de terminação do Ministro da Aeroná visita que um grupo de funcionários elo tica, estão sendo rea li zadas em Brasília · Banco do Brasi l fêz a Br

Personalidades em Brasília Uma Nação Nova surgirá

Diretores da Pan American e outras persona­ O Dr. Thales de Me lo, inspetor da A lfânde lidades norte- americanas, que ora realizam ele Santos e conhecido homem de letras e uma viagem pela América do Sul, estive ram têve em visita a Brasília . Posteriorme em visita a Brasíl ia, juntamente com direto­ declarou : "Creio firmement·e na nova C res da Panair do Brasil e jo rnalistas. pital. Aliás, sempre fui apologista de se rTl lho rar o interior do país. Há necessidade Ao desembarcarem no aeroporto ela fu tura se aproveitar o te1-ri tóri o nacio nal. Pr ec i ~ an Célpi ta l ela Repúbli ca, fo ram recebidos pelo nos expandir. E o pa ís, tão desconhecido Sr. Israel Pinhe iro, cl iret·or da Novacap, qLi e seu interior, conhecerá novos rL1m os qLi an os acompanhou durant·e o curso da visifa a li estiver funcionando a sede do Govêrn

20 Ensino Pela sua magnitude, merece destaque o Grupo Escolar da Novacap, o primei ro den­ O Dr. Cé lio Fonseca, Inspetor Regiona l do t re uma série que aquela entidade pretende I. b. g . e., em Goiás, deu-nos a presente e criar. va li osa colaboracão sôbre o ensino em Bra ­ Foi inaugurado em 10/ 9 / 57, com a presença síl ia, que t emo; o máximo prazer de pu­ do Min istro da Educacão e do Secretári o de blica r : Educação de Goiás. • "Acham-se fu ncionando na f utu ra Capital Possui instalações de cozinha, incluindo ge ­ dois cursos ginasia is e sete de ensin o fun ­ ladei ra e liquid ificadores para pre paro de da mental comum, sendo : Ginasia l. Há do is gi násios : o Colégio Brasí­ lanches e refeições li geiras; parque recrea­ t ivo, com pisci'na, rodas giratórias, balanços, lia, situado no Núcl eo Bandeirante e o Co­ escorregadores e ba rras; biblioteca infanti I, légio Dom Bosco; o primei ro, de inic iativa com 103 li vros pedagógicos, 22 informativos partic ul ar, e o segundo, construído pe la e 108 rec reativos, num total de 243 volu­ Novacap e entregue à di reção de Irmãs Sa ­ mes; bandinha de música, instalações de lesianas. banho quente e fr io ; modernas instalações Iniciaram ambos suas atividades escolares sani tárias ; 4 sa las de aula, com capacidade em 15 / 3 / 58, tendo uma ma trícula total de para 34 alunos cada uma; caixa escolar para 153 a lunos (apenas no curso ginasia l). fornecim ento de material aos a lu nos pobres; Primário. Os dois ginásios mantêm, subsidià• clube agrícola e jornal manuscrito pelos ria mente, cursos pr i m ~ ri o s . Existem ainda os seguintes estabelecimentos de ensin o fun­ próp ri os al unos. damental comum, situados no Núcleo Ban ­ O prédio fo i projetado por Oscar N iemeyer dei rante: Escola Paroquial Nossa Senhora de e obedece a linhas modernas de apurado Fátima, .Instit uto Educacional Brasíli a, Escola gôsto. Primária Presbiteri ana, Escola de Igreja Me­ O Grupo f unciona em dois t urnos, tendo totista, bem como o Grupo Escolar da Nova ­ uma equi pe se lecionada de 1 1 prll>fessôras, cap (GE-1) , no acampamento central. incl usive 1 especializada em canto e outra O número de a lunos matricul ados em todos em desenho e modelagem. os estabelecim entos, 'englobadament e, as­ Estão matriculados no modelar estabeleci­ 24 cende a 993 a lu nos, sendo 429 do sexo mas­ mento 3 18 a lunos, se ndo 1 51 do sexo mas ­ · ~s~ o c iaç ã o Atlética do Banco do Bra sil em v •s•ta o Bras ília. (Foto de M. Fontene ll e). culino e 504 do sexo feminino. cu lino e 167 meninas.

24 Dire tori a

President·e

Dr. Israel Pinhe iro da Sil va .

Diretores :

Dr. Be rnardo Sayão de Carva lh o AraCij o. Dr . Ernesto Si lva . Dr. Íris Mein berg.

Conse lho de Adm ini stração

Boletim Presidente Dr. Israel Pinheiro da Sil va. a no 11 - fevereiro de 19 58 - n° 14 Membros : Companh ia Urba ni zadora da Nova Capita l do Brasil - Novacap (Criada pela Lei n° . Dr . Adroa ld o Junqueira A ires. 2. 874, de 19 de setembro de 1956) . Sede: Dr. A lexandre Barbosa Lima Sobrinho. Brasíli a. Escritório no Rio, av. A lm irante Dr . Ari stóteles Bayard Lucas de Lima . Barroso, 54 _ 18°. andar. Dr. Ep íl ogo de Ca mpos. Genera l Ern esto Dorne ll es. Dr. T ancredo Goclof reclo Vi ana Marti ns. Dr. Erasmo Martins Pedro, secretá ri o.

Conse lho Fi scal

Membros

Dr. Herbert Moses. Dr . Lui z Mendes Rib e iro Gonçalves. Ma jor Mauro Borges Te ixeira . Dr . Vicente Assunção, supl ente. Dr. Themístocles Barce ll os , suplente.

Atos da Diretoria Di st ri to Federa l, em escala de 1 :25. 000 e oitavo andar, reuniu-se a Diretoria da CoJ"l"l ' curvas de nível de cinco em cinco metros. panhia, com a presença do Presidente Douto! Ata da qü inquagésima sétima reunião da Deci diu ainda, a Direto ri a, submeter ao Con ­ Isra el Pinheiro da Sil va e do Dire tor Douto' Diretori a da Companhia Urba ni zadora da selho de Administração, aprovando-a pre li­ íris Meinberg. Deixara, de comparecer oi Nova Capita l do Bra sil. minarmente, a doação de quadras da Pl anta D iretores Doutores Bernardo Sayão e Ernestl de Brasíl ia, de números 2 1 (vinte e um ) , 22 Sil va por se encontra rem em Bras íli a. NáG havendo número legal deixou de se reali:t a' Aos sete dias do mês de janeiro de m il no­ (v in te e dois) , 2 7 lvinte e sete) , 28 (vinte a sessão do que, para constar, lavrei a pre· vecentos e cinql.ienta e oi to, às dez horas. e oito), 29 (vinte e nove), 30 (trinta), 35 sente Ata que, lida e achada conforme,. va no escritóri o el a Companhia Urbanizadora da (trinta e cin co) , 36 (t rinta e seis ) , 3 7 assinada pe los M e~~r. br o s da Dire tori a pre· 1'-lova Capita l do Brasil, sito na Aven ida (trinta e sete) , 3.8 ( tri nta e oito ) , 43 (qua­ sentes e subscrita oor mim. José Pereira di A lmi rante Barroso, cinqlienta e quatro, dé­ renta e t rês) , 44 (quarenta e quatro ) , 4 5 Faria na qualidade. de secretá ri o. Israel Pi· cimo oitavo andar, reuniu -se a Diretoria da (quarenta e cinco ) e 46 (quarenta e seis ) , nheiro, f ri s Me inberg. Companhia, com a presença do Presidente à Fundação da Casa Popular, na forma da Doutor Israel Pinhe iro da Sil va e dos Di re ­ lei, para construir, dentro do prazo de 1 Ata da qu rnquagesrma nona reunião da Di· tores Doutores Ernesto Sil va e íris Meinberg. (um) a no, 500 (quinhentas ) casas gemi ­ retoria da Companhi a Urbanizadora da No"' Deixou de comparecer o Doutor Bernard o nadas. Nada mais havendo a t ratar, o senhor Capital do Brasil. Sayã o por se encontra r em Brasíli a. Aberta Presid ente deu por encerrada a sessão, da a sessão, por proposta do Senhor Presid ente , qua l, para const ar, lavrei a presente Ata que, Aos vinte e dois d ias do mês de jane iro dr decid iu a Di retoria aprovar a concorrê ncia li da e achada conforme, va i assinada pelos mil novecentos e cinqüenta e oito, às cl ~ i rea li zada nos Estados Unidos da Amé rica elo Membros da Diretoria presentes e subsc rita horas, no escritório da Companhia Urbanl· Norte para compra das estrutura s metálic as por mim, José Pereira de Faria que servi z adora da Nova Capital do Bras il , s ito r• dest inadas aos edif ícios m inisteria is e ao do como secretário. Israel Pinheiro, Ernesto Avenida Almirante Barroso, cinqüenta 1 Congresso, e m Bra síli a. Em segu

22 trato para o desmatamento da área a ~e r parágrafo 8°. da Lei 2. 874, de 19 de se­ inundada. em Brasília. Nada mais havendo a tembro de 1956, combin ado com o artigo tratar, o Senhor Presidente deu por encerrada 13, item I, dos Estatutos Sociais da Novacap, a sessão, da qual para constar, lavrei a pre ­ resolve: autorizar a doação à Fundação da sente Ata que, lida e achada conforme, va i Casa Popular, de 500 (quinhentos) lotes assinada pelos Membros da Diretori a pre­ urbanos em Brasília, destinados à construção sentes e subscrita por mim, José "Pereira de de 500 (quinhentas) casas populares, me­ Faria que servi como secretário. Isra e l Pi­ diante os se~uint~: s encargos I - A Dona­ nheiro, Ernesto Sil va, Íris Meinberg tá ri a se obriga a construi r nos lotes doados Ata da sexagésima reuniã o da D:retoria da 500 (quinhentas) casas populares, obri gan­ Companhia Urbanizadora da Nova Capital do do- se a conclu ir a construcão dentro do Brasil. · prazo de 1 (um ) ano, a con.. tar da data da escritura de doac:ão. li - A Donatária, no Aos vin te e nove d:as do .mês de janeiro de mesmo ato da escritura de doação, apresen­ mil novecentos e cinqüenta e oito, às dez tará as plantas, proj etos e especificações das horas, no escritó rio da Companhia Urban'­ casas a serem construídas, devidamente apro­ zadora da Nova Copital do Brasil , sito na vados pela Novacap. 111 - As casas construí• Avenida Almirante Barroso, cinqüenta e das pela Donatária ficarão sujeitas ao regime quatro, décimo oitavo andar, reuniu- se a lega l de Brasí li a. IV - Durante 2 (dois) Diretoria da Companhia, com a presença do arios após a conclusão da construção, ficará Presidente Doutor Israel Pinheiro da Silva e assegurado à 1\lovacap o direito de locar as dos Diretores, Doutores Ernesto Silva e rr is casas construídas, podendo sublocá-las a Meinberg. De ixou de comparecer o Doutor seus funcionários. V - Fica a Diretoria da Bernardo Sayão por se encontrar em Brasí lia. Novacap autorizada a tomar tôdas as medi­ Aberta a sessão, decidiu a Diretoria, nos têr­ das necessári as à efetivação da doação, in­ mos do. art. 21 da Lei 2 .874, de 19 de se­ clusive a escolher e dema rca r a área a ser tembro de 1956, encaminhar ao Conse lh o doada" . Em seguida, o senhor Presidente dis­ de Administração o pedido de di spensa de tribuiu para estudo aos Conselheiros Adroal­ concorrência pública para as fundações do do Junqueira Ayres e Bayard Lucas de Lima, Palácio dos Despachos e do Supremo Tribu­ respectiva mente, o ante- projeto de regula ­ na l Federal. Nada mais havendo a tratar, o mentação do inciso 6 , artigo 13 dos Estatu­ Senhor Presidente deu por encerrada a ses­ tos Sociais, e a proposta para que a Novacap sã o, da qual , para constar, lavrei a presente participe da exposição in ternacional de in­ Ata que, lid a e achada conforme, vai assi­ dústria e comércio, a rea li zar-se nest a Capi­ nada pelos MerY)bros da Di reto ria presentes tal. Nada mais havendo a tratar o senhor e subscrita por mim, José Pereira de Faria Presidente encerrou a sessão, da qual, para que servi como secretário . Israel Pinhei ro, constar, eu Ern >mo Martins Pedro, secretá ri o Ernesto Silva, rris Meinberg. do Conselho, lavrei a presente Ata, que vai por mim assinada e encerrada pelo senhor Atos do Conselho Presidente. Israel Pinheiro, Bayard Lucas de Lima, A. Junque ira Ayres, Epílogo de Cam­ Ata da quadragésima p rimeira reuni ão do pos, Ernesto Dornell es, Barbosa Lima Sobri­ Conselho el e Administração da Companhia nho, Tancredo Martin s. Urbanizadora da Nova Capital do Brasi l, sob a presidência do Doutor Israel Pinhei ro da Ata da quadragésima segunda reunião do Sil va. Consel ho de Administração da Companhia Aos oito dias do mês el e janeiro elo ano de Urbanizadora da N-:JVa Capital do Bras il , sob mil novecentos e cinqüenta e oito, nesta ci­ a presidência do Doutor Isra e l Pinheiro da dade el o Rio de Janeiro, na Avenida Almi ­ Silva. rante Barroso, cinqüenta e quatro, décimo oitavo andar, às dez horas, reuniu- se o Con­ Aos quinze di as do mês de jane iro do ano se lho ele Administração da Companhia Ur­ de mil novecentos e cinqüenta e oito, n esta banizadora da Nova Capital elo Brasil , sob a cidade do Rio de Janei ro, na Avenida A l­ presidência elo Doutor Israel Pinheiro ela Sil" mirante Barroso, cinqüenta e quatro, décimo va, e com a presença elos Conselheiros s up~a oitavo andar, às dez horas, reuniu-se o Con­ assinados. Lida e aprovada a Ata da sessao selho de Administração da Companhia Ur ­ anterior o senhor Presidente submeteu à banizadora da Nova Capita l do Brasil, sob a aprecia;ão do Conselho a proposta encami­ presidência do Doutor Israel Pinhe iro da nhada pela Diretoria no sentido de serem Si lva, e com a presença dos Conselheiros doados à Fundação da Casa Popular, 500 abaixo assin ados. Lida e aprovada a Ata da (quinhentos) lotes ele t erreno, destinados à sessão anteri or, o ~E' nh o r Presid ente deu a construção ele habitações populares em Bra­ palavra ao Conselhe iro Doutor Barbosa L'm a s íl ia . O Conselho, após debater o assunto, Sobrinho para relatar o processo referente à resolveu aprovar a proposta, nos têrmos da concessão de uma u sina de açúcar destinada segu inte Resolução : - "Resolução n°. 14. ao abastecim ento de Brasíli a. Após o relató• O Conselho de Administração da Companhia rio, o senhor Presidente solicitou o adiamen ­ Urbanizaclora da Nova Capital do Brasil , con­ to da vot·ação a fim de que fôsse.m esclare­ siderando que a Fundação da Casa Popular é cidos diversos aspectos elo proi;llema. O Con­ o órgão governamental que tem por finali­ selho prosseguiu igualmente na discussão do dade precípu:1 a construção de casas popu­ an~e - pr o j eto el e regulamentação do inci so 6, lares· consi r.l e rancio que a Fundação, por sua art. 13, dos Estatutos Sociais. Nada ma's orga~ização admin istrativa e estrutura legal havendo que tratar o senho r Presidente en­ sàmente pode construir em terrenos que lh e cerrou a sessão, da qua l para constar.. eu forem doados; considerando a urgente ne­ Erasmo Martins Pedro, secretário do Conse­ cessidade de h abitações populares em Brasí­ lh o, lavre i a presente A.ta, que va i por m im lia; considerando que a Fundação da Casa assinada e ence rradn pl? la senhor Presid ente. Popular é enticlade criada pelo Governo Fe­ Israel Pinheiro, A Junqueira Ayres, Ernesto cl t:! ra l ; e, tendo em vista os ténnos ela pl·o­ Dorne ll es, Ba rbosa Lima Sobrinho, Bayarcl post·a ela Dire toria da Novacap, u sando ela Lucas ele Lima, T ancredo Mart ins, Epi logo comp t:! tência . que lhe atribui o artigo 12 , de Campos.

23 Ata da quadragésima terceira reunião do derais que forem transferidos para Brasília; Conselho de Administração da Companhia i) promover os estudos necessários ao plano Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, sob de levantamento da bagagem e móveis dos a presidência do Doutor Israel Pinheiro da servidores públicos a serem lotados em Bra­ Silva. sília; Aos vinte e dois dias do mês de janeiro do j) superintender e coordenar a execução dos ano de mil novecentos e cinqüenta e oito, planos de transportes a que se referem as nesta cidade do Rio de Janeiro, na Avenida alíneas h e i; Almirante Barroso, cinqüenta e quatro, dé­ k) cadastrar as residências construídas em cimo oitavo andar, às dez horas, reuniu-se Brasília destinadas aos servidores federais; o Conselho de Administração :la Companhia I ) estudar o plano de habitação dos servido­ Urbanizadora da Nova Capita l do Brasil, sob res que forem lotados em Brasília tendo em a presidência do Doutor Israel Pinheiro da vista as residências cadastradas; Silva, e com a presença dos Consel heiros m) estudar e promover as demais medidas supra assinados. Lida e aprovada a Ata da consideradas indispensáveis à transferência sessão anterior, o senhor Presidente fêz uma de órgãos federais a serem sediados em Bra­ exposição do andamento dos trabalhos da síl ia ; Novacap em Bra;ília. -Em seguida, não ha­ ve ndo nenhum outro assunto em pauta, foi n) in formar mensa lmente o Presidente da pelo senhor Presidente encerrada a sessão, Repúbli ca sôbre o andamento dos trabalhos, da qual, para constar, eu Erasmo Martins propondo, se fôr o caso, providências de Pedro, secretário do Conselho, lavrei a pre­ ordem excepcional, necessarras à conse­ sente Ata, que vai por mim assinada e en­ cução dos objetivos previstos neste Decreto. cerrada pelo senhor Presidente. Israe l Pi­ Art. 3°. - O G. T. será dirigido pelo Diretor nheiro, Ernesto Dornelles, Bayard Lucas de Geral do Departamento A&ninistrativo do Lima, Epílogo de Campos, Barbosa Lima So­ Serviço Público e terá a seguinte composição: brinho, A. Junqueira Ayres. a) um representante do Estado Maior das Fôrças Armadas (E . m. f. a.), designado pelo Decreto n°. 43 . 285 de 25 de fevereiro de respectivo chefe; 1958. Constitui Grupo de Trabalho com o fim de b) um representante da Companhia Urba­ Promover a Transferência de Órgãos Fede­ nizadora da Nova Capital ; rais para Brasília. c) um representante de cada Ministério O Presidente da República, usando da atri ­ Civil. buição que lhe confere o artigo 87, item I, Parágrafo único. Será designado pela auto­ da Constituição, decreta : ridade competente, um membro suplente para cada representante. Art. 1°. -Fica constituído junto ao Depar­ tamento Administrativo do Servico Público Art. 4° - O Diretor-Geral do Departa­ um Grupo de Trabalho com a fin~lidade de mento Administrativo do Serviço Públ ico promover as providências indispensáveis à designará, entre os componentes do G . T ., transferência dos órgãos federais para Bra­ um para, na qualidade de Diretor-Executivo, síl ia . coordenar as atividades dos setores de tra· balho a que alude o art. 5°. bem as da .Se­ Art. 2°. -Ao G. T. compete : cretaria a que se refere o art. 7°. a) realizar os estudos necessários destinados Art. 5°. -O G. T. poderá organizar setore:; ao levantamento dos órgãos federais a serem de trabalho mediante ato de seu dirigente, transferidos para Brasí lia; para elaborar projetos imprescindíve:s à exe­ cução de suas tarefas. b) verificar as necessidades mínimas do pessoal que irá atender aos órgãos federais Art. 6°.- O Dirigente do G. T. poderá pro­ transferidos, levando-se em consideracão o por ao Presidente da República a designação número de servidores e a natureza do t~aba­ de Assessores Técnicos para o desempenho lho a ser desempenhado; de encargos complexos de natureza especia l. Art. 7°. - O G . T. terá como órgão admi­ c) inquirir diretamente com base em ques­ nistrativo, uma Secretaria, sendo seus com­ tionário apropriado, os servidores lotados nos ponentes designados pelo Diretor-Geral do órgãos federais a serem transferidos para D.a .s. p. Brasília, a fim de verificar as condições de Art. 8°. - Os órgãos ela administração di­ família de cada um e o desejo de fi xar do­ reta ou indireta, inclu sive as Sociedades ele micílio na nova Capital; Econom'a Mista, porão à disposição do G. T . d) organizar a re la ção dos servidores fede­ os servidores que o mesmo necessitar e lh e rais sediados no Distrito Federal e nos Esta­ prestarão tôda a colaboração e assistência dos que, mediante carta ou pessoalmente, que se tornarem indispensáveis à informa­ manifestarem a vontade de ir para Brasília; ção de seus estudos e ao funcionamento de seus traba lhos. e ) estudar e propor ao Presidente da Repú­ Art. 9°. - tste Decreto entrará em vigor blica a solução que considerar mais adequa­ na data da sua publicação. da ao problema do pessoal para Brasília, em Art. 1 0° - Revogam-se as disposições em face das conclusões do inquérito e do arro­ contrário. lamento de que tratam as alíneas a e d; Rio de Janeiro, em 25 de fevereiro de 1958 137° da Independência e 70° da Repúb li ca: f) estudar o plano de levantamento do ma­ Jusce lino Kubitschek, Eurico de Aguiar Sa­ te rial permanente para os órgãos federais a les, Antônio Alves Câmara, Henrique Lott, que se refere a alínea a dêste artigo; José Carlos ele Macedo Soares, José Maria g) superintender a execução do plano do /"\lkmin, Lúcio Meira, Mário Meneghetti, levantamento do material permanente; Clóvis Salgado, Parsifal Barroso, Francisca de Melo e Maurício de Medeiros. h) estudar o plano de transporte do material (Diário Oficial, Seção I, 25 de fevereiro de 25 . Maquete do Palátio do Planalto (De spacho)· pe rmanent·e para a nova sede dos órgãos fe - 1958). Projeto de Oscar Niemeyer.

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