Eurípedes Gomes Da Cruz Junior Aluno Do Curso De Mestrado Em Museologia E Patrimônio Linha 02 – Museologia, Patrimônio Integral E Desenvolvimento
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
O MUSEU DE IMAGENS DO INCONSCIENTE: das coleções da loucura aos desafios contemporâneos por Eurípedes Gomes da Cruz Junior Aluno do curso de Mestrado em Museologia e Patrimônio Linha 02 – Museologia, Patrimônio Integral e Desenvolvimento Dissertação de Mestrado apresentada à Coordenação do Programa de Pós- Graduação em Museologia e Patrimônio Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lena Vania Ribeiro Pinheiro UNIRIO/MAST Rio de Janeiro, Fevereiro de 2009 ii Cruz Junior, Eurípedes Gomes da. C957 O Museu de Imagens do Inconsciente: das coleções da loucura aos desafios contemporâneos / Eurípedes Gomes da Cruz Junior, 2009. xiii, 183f. Orientador: Lena Vania Ribeiro Pinheiro. Dissertação (Mestrado em Museologia e Patrimônio) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; MAST, Rio de Janeiro, 2009. 1. Museu de Imagens do Inconsciente. 2. Silveira, Nise da, 1905- 1999. 3. Coleções da loucura. 4. Arte e ciência. 5. Patrimônio cultural. 6. Museus – Aspectos sociais. I. Pinheiro, Lena Vania Ribeiro. II. Uni- versidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2003-). (Centro de Ciências Humanas e Sociais). Mestrado em Museologia e Patrimônio III. Museu de Astronomia e Ciências Afins. IV. Título. CDD – 069.67 iii iv Para o meu pai (in memorian) v AGRADECIMENTOS Agradecimentos podem ser ao mesmo tempo prazeirosos e perigosos. O prazer vem da possibilidade de honrar aqueles que contribuíram, muitas vezes sem noção da dimensão de sua importância, para que um trabalho como este chegue ao seu objetivo. O perigo é o esquecimento que sempre ronda, amplificado pelo cacoete da importância que atribuímos à memória em nossa campo de atuação. A lista a seguir não possui uma hierarquia, ela é puro rizoma. Ter a Prof.ª Lena Vania como minha orientadora foi mais que uma escolha, foi um desígnio. À sua decantada proficiência soma-se uma generosidade que se expressa através de uma direção firme que nos trouxe sempre a sensação de segurança para prosseguir. À Coordenação do PPG-PMUS, cujo zelo pelos discentes pude testemunhar em várias oportunidades, e aos demais professores do programa que além do elevado nível intelectual nos instigaram constantemente a ampliar cada vez mais nossa visão sobre os assuntos estudados. Na Banca examinadora, incluindo as suplências, estão pessoas que eu admiro e considero colaboradores, pelas dicas, sugestões e leituras aconselhadas, especialmente no processo de qualificação. Meu obrigado inclui tudo aquilo que ainda espero aprender com elas. Aos meus colegas do Programa, cujo convívio foi fecundo - um adubo, a relação afetiva como seu principal componente. Em especial a Aline Rocha e Rosângela Brito, amigas sensíveis e sempre disponíveis para ajudar – em qualquer hora. A todos os meus colegas do Museu de Imagens do Inconsciente, não só pela solidariedade como também pela sobrecarga de trabalho gerada em função de minhas muitas ausências para atender às atividades do Programa. Ao Luiz Carlos Mello e Gladys Schincariol, pelas longas discussões conceituais e filosóficas sobre a instituição, pelas inúmeras e detalhadas informações e principalmente pelo apoio irrestrito e estímulo cotidiano, transmitindo confiança. Agradeço também a Marize Parreira pelo auxílio no levantamento e descrição das monografias, teses e dissertações do acervo, trabalho pioneiro que revelou a dimensão desse conjunto. Aos estagiários de Museologia, pelo apoio fundamental no levantamento de dados e localização de documentos e arquivos. À direção do Instituto Municipal Nise da Silveira, que desde o primeiro momento manifestou total apoio à minha participação no Programa, concedendo-me todas as facilidades administrativas e funcionais para o melhor desempenho da minha pesquisa. À Coordenação-Geral de Documentação e Informação e o Centro Cultural da Saúde, na pessoa de Márcia Rollemberg e sua equipe, cuja parceria com o MII disponibilizou infraestrutura e pessoal ligados a projetos em desenvolvimento na instituição, além de inestimável apoio à divulgação de nossa pesquisa em Congressos e Seminários. Se fosse apenas pelo amor, a contribuição de minha família já seria o bastante. Evidentemente, onde existe o amor, tudo vai mais além. Como somos muitos, impossível citar alguém, exceção feita à minha mãe, Doraci Ribeiro, cujo desvelo materno foi muito além do carinho e do encorajamento, impedindo-me em muitos momentos de limitar ou mesmo interromper a pesquisa por motivos econômicos. vi À minha esposa Cândida Bougleux, cujo companheirismo e cumplicidade resistiram estoicamente às “síndromes de pós-graduação” que frequentemente abalam as relações mais frágeis, aceitando com carinho minhas longas ausências – apesar da presença física – causadas pelas intermináveis horas dedicadas à leitura, ao estudo ou à elaboração de textos. Isso sem nunca consentir que eu tivesse um momento de desânimo. Às minhas filhas Renata e Isabela, cujas existências são faróis que iluminam meu coração, e cuja admiração por mim faz-me sempre refletir sobre tão grande responsabilidade – ser um exemplo para pessoas tão melhores que eu. À minha neta Manuela, cujo nascimento antecedeu, de pouco, o início de tudo. A energia gerada com a chegada desse novo ser, composta de uma espécie de amor até então desconhecida, foi e tem sido, com certeza, meu maior estímulo afetivo. Aos irmãos e amigos da Igreja Nova Vida do Méier, em especial o Pastor Sebastião Estevam, por me apoiarem com palavras e orações. A comunhão com eles mostrou- me que Fé e Ciência não só podem - elas devem andar juntas. Repassando esta lista, me ocorre que nenhum homem é merecedor, por si só, de tantas bênçãos. Um dia, manifestei a Deus meu desejo de continuar os estudos. Orei, pedindo que Ele me indicasse o caminho. Esta dissertação é um dos resultados de Sua resposta. Como hoje, a presença d‟Ele em minha vida é como o ar que respiro, agradeço citando as derradeiras palavras do Rei Davi: Obrigado, Senhor “Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos”. I Crônicas 29:14 vii Fig. 1: “O trapezista” Carlos Pertuis Óleo sobre papel Acervo do Museu de Imagens do Inconsciente viii CRUZ JUNIOR, Eurípedes Gomes da. O Museu de Imagens do Inconsciente: das coleções da loucura aos desfios contemporâneos. 2009. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós- Graduação em Museologia e Patrimônio, UNIRIO/MAST, Rio de Janeiro, 2009. 196 p. Orientadora: Lena Vania Ribeiro Pinheiro. RESUMO O trabalho analisa o Museu de Imagens do Inconsciente - MII desde a sua concepção, as circunstâncias históricas e sociais antecedentes e contemporâneas da fase de sua implantação. Apresenta a orientação e as idéias de sua fundadora, Dr.ª Nise da Silveira, através da trajetória de sua obra, especialmente o documento por ela denominado “Benedito”, em leitura transdisciplinar e de estudos de outros pensadores. Mapeia as principais „coleções da loucura‟ no mundo, enfocadas nos seus atributos museológicos. Aborda o MII na condição de patrimônio cultural e nos aspectos de Ciência e Arte sobre as imagens produzidas pelos freqüentadores dos seus ateliês terapêuticos, bem como da informação em museus e da informação em arte. Enfatiza a socialização do conhecimento, pensada a partir da relação do museu com a comunidade e na nova perspectiva do mundo contemporâneo - o ciberespaço. Palavras chave: museologia; patrimônio; Arte; loucura; inconsciente ix CRUZ JUNIOR, Eurípedes Gomes da. Museu de Imagens do Inconsciente: from collections of madness to the contemporary challenges. 2009 Dissertation (Master‟s) - Programa de Pós- Graduação em Museologia e Patrimônio, UNIRIO/MAST, Rio de Janeiro, 2009. 196p. Supervisor: Lena Vania Ribeiro Pinheiro. ABSTRACT Analysis of the Museum of Images from the Unconscious-MII since its conception, the historical circumstances and social contemporary background when its deployment. The guidance and the ideas of its creator, Nise da Silveira, through the trajectory of his work, especially the document called "Benedito", as a transdisciplinary reading and studies of other thinkers. Mapping of the main „collections of madness‟ in the world, focusing on their museological aspects. The collection of MII is focused in the condition of cultural heritage and by the aspects of Science and Art about the images produced by its therapeutic workshops users, as well as information on museums and information on art. This trajectory emphasizes, at the end, the socialization of knowledge, thought from the museum's relationship with the community and in the new perspective of the contemporary world - the cyberspace. Keywords: museology; cultural heritage; art; unconscious x LISTA DE FIGURAS Fig. 1. Carlos Pertuis. “O trapezista”. óleo sobre papel. ................................................. vii Fig. 2. Fachada principal da sede do Museu de Imagens do Inconsciente ....................... 1 Fig. 3. Nise da Silveira na antiga sede do Museu de Imagens do Inconsciente................ 9 Fig. 4. Jung e Nise, na inauguração da exposição A Esquizofrenia em Imagens ........... 15 Fig. 5. Octávio Ignácio. Lápis de cor s/ papel ................................................................ 19 Fig. 6. Escultura de Adelina Gomes .............................................................................. 29 Fig. 7. Modelagem - Cultura Tisza ............................................................................... 29 Fig. 8. “Niágara” – Obra da coleção Morgenthaler ......................................................... 33 Fig. 9. Obra da Coleção Prinzhorn ................................................................................ 33 Fig. 10. Obra da Coleção