Os melhores CDs do mês • Papo de violoncelo com Yo-Yo Ma Alan Gilbert • Diana Damrau, a rainha das noites de ópera

CONCERTOGuia mensal de música clássica Dezembro 2009

ROTEIRO MUSICAL LIVROS • CDs • DVDs

ENTREVISTA Lígia Amadio

PALCO Paulo Maron

ATRÁS DA PAUTA por Júlio Medaglia

MINHA MÚSICA João Silvério Trevisan

VIDAS MUSICAIS Alexander von Zemlinsky

TEMPORADAS 2010 Sociedade de Cultura Artística Arnaldo Cohen

R$ 9,90 No auge da carreira, pianista fala de sua trajetória e dos desafios do grande repertório romântico ISSN 1413-2052 - ANO XV Nº 157 1413-2052 ISSN

FESTIVAL LEO BROUWER XII FESTIVAL VIRTUOSI Grandes violonistas participam do Cidades de e Olinda recebem II Festival Internacional de Violão Festival Internacional de Música

Prezado Leitor, Arnaldo Cohen é um dos músicos mais queridos do público brasileiro. Mesmo não tendo sido uma criança prodígio como sempre alardeiam os currículos pianísticos – Cohen formou-se tarde, em compensação logo em dois instrumentos, violino e piano, e em engenharia –, o artista possui uma técnica apuradíssima e se destaca como um dos pianistas mais brilhantes da atualidade. Nosso colaborador Leonardo Martinelli conversou com Arnaldo Cohen para descobrir a sua relação com os grandes compositores do Romantismo. Entre concertos no Canadá, Estados Unidos e Brasil, Cohen falou de suas convicções e da recusa de um convite para gravar com a Deutsche Grammophon no início de sua carreira, como você poderá ler em nossa reportagem de capa na página 28. Outra destacada musicista (que, aliás, também frequentou a escola de engenharia) é a maestrina Lígia Amadio. Em conversa com Camila Frésca, Amadio – que é regente titular FOTO: CARLOS GOLDGRUB da Sinfônica de Campinas e da Osusp – falou de sua formação, de sua carreira e dos planos que tem para o futuro (página 20). COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Após meses de silêncio o maestro John Neschling reapareceu. Primeiro, como noticiado com destaque em jornais e revistas, por conta do processo que move contra a Camila Frésca, jornalista e pesquisadora Fundação Osesp, cuja primeira sentença lhe é favorável. Depois, pelo seu livro “Música Carlos Eduardo Amaral, jornalista e pesquisador mundana”, conforme divulgamos em nossa última edição. E fi nalmente, pelo lançamento, junto com o ministério da Cultura, de um novo e ambicioso projeto para a ópera no Brasil Clóvis Marques, jornalista e crítico musical (leia na página 12). O projeto de fato lança uma grande ideia para a difusão da música Irineu Franco Perpétuo, jornalista e crítico musical lírica no país – e, o que é muito positivo, com um forte componente de formação e democratização cultural. E é auspicioso ver o ministério da Cultura, na pessoa do ministro João Marcos Coelho, jornalista e crítico musical Juca Ferreira, assumindo publicamente seu compromisso com a nova Companhia Brasileira de Ópera. Se tudo der certo – há muito trabalho pela frente! –, a partir de abril do ano que Júlio Medaglia, maestro vem uma original montagem de O barbeiro de Sevilha percorrerá diversas cidades do país. Lauro Machado Coelho, jornalista e crítico musical Outro sinal de que estamos nos conscientizando da necessidade de nossa organização Leonardo Martinelli, jornalista foi o II Encontro da Ópera Latinoamérica, que se realizou na Argentina em novembro e compositor passado (leia na página 8). A iniciativa pretende articular os teatros e produtores líricos da América Latina em busca de soluções conjuntas para problemas comuns, e assim fomentar ACONTECEU EM DEZEMBRO as produções de ópera na região. Também neste mês a Revista CONCERTO publica a seção especial GRAMOPHONE NASCIMENTOS com textos e matérias da prestigiosa revista musical inglesa, uma das mais importantes do Maria Callas 3 de dezembro de 1923 mundo (página 59). Ali você poderá ler a escolha do editor James Inverne para os principais Bohuslav Martinu lançamentos internacionais do mês – com destaque de “CD do mês” para a nova gravação 8 de dezembro de 1890 de Nelson Freire e Martha Argerich –, uma entrevista com o violoncelista Yo-Yo Ma (que Ludwig van Beethoven ano que vem participa da temporada internacional da Sociedade de Cultura Artística) e 17 de dezembro de 1770 uma matéria sobre a exímia soprano alemã Diana Damrau. Cleofe Person de Mattos Leia ainda nesta edição artigos de nossos colaboradores Lauro Machado Coelho (que 17 de dezembro de 1918 apresenta o compositor Alexander von Zemlinsky, cuja ópera O anão será apresentada no Pablo Casals 29 de dezembro de 1876 ), Júlio Medaglia (sobre Mário de Andrade), João Marcos Coelho (refl etindo sobre Villa-Lobos e o antropólogo ) e Carlos Eduardo Amaral (sobre a FALECIMENTOS ópera armorial no Festival Virtuosi de Recife), além da matéria que conta do trabalho do Wolfgang Amadeus Mozart maestro Paulo Maron e de seu Núcleo Universitário de Ópera, roteiros das principais 5 de dezembro de 1791 cidades musicais do país, lançamentos de CDs, DVDs e livros, e muito mais. Leia a Revista Tom Jobim 8 de dezembro de 1994 CONCERTO e fi que por dentro de tudo o que se passa no mundo da música clássica. Carl Philipp Emanuel Bach Desejamos a todos Boas Festas e um ótimo 2010, com muita boa música! 14 de dezembro 1788 Maurice Ravel P.S. Não perca a nossa próxima edição, o número especial bimensal janeiro e fevereiro, 28 de dezembro de 1937 com a grande retrospectiva 2009 e as perspectivas para o novo ano. A edição especial também publicará a tradicional “Vitrine Musical”, o classifi cado especial da Revista CONCERTO. ESTREIAS L´enfance du Christ, de Hector Berlioz 10 de dezembro de 1854 Sinfonia nº 2, de Gustav Mahler 13 de dezembro de 1895 Requiem K 626, de W.A. Mozart 14 de dezembro de 1793 Balé O quebra-nozes, de Tchaikovsky Nelson Rubens Kunze 18 de dezembro de 1892 diretor-editor

2 Dezembro 2009 CONCERTO CONCERTO Dezembro de 2009 nº 157

2 Carta ao Leitor 4 Cartas 70 6 Contraponto Notícias do mundo musical 14 Temporadas 2010 28 Sociedade de Cultura Artística 16 Brasil Musical Festival Virtuosi de Recife estreia ópera armorial 68 17 Atrás da Pauta 26 Coluna mensal do maestro Júlio Medaglia 18 Opinião João Marcos Coelho escreve sobre Darcy Ribeiro e Villa-Lobos 20 Em Conversa Entrevista com a maestrina Lígia Amadio 22 Palco O maestro Paulo Maron e o Núcleo Universitário de Ópera 24 Acontece Clóvis Marques reporta sobre a nova série Musica Brasilis 26 Vidas Musicais Alexander von Zemlinsky, por Lauro Machado Coelho 28 Capa Arnaldo Cohen e o desafi o romântico, por Leonardo Martinelli 32 Roteiro Musical 20 32 Destaques da programação musical no Brasil 34 Roteiro Musical São Paulo 46 Roteiro Musical Rio de Janeiro

Uma seleção exclusiva do melhor 52 Roteiro Musical Outras Cidades da revista Gramophone 59 Gramophone Uma seleção exclusiva do melhor da revista Gramophone 59 Notas Sonoras 68 CDs e DVDs Notícias internacionais 75 Livros 60 A escolha do editor James Inverne aponta os dez melhores CDs do mês 77 Outros Eventos

65 Entrevista 79 Classificados A jovem violoncelista Natalie Clein conversa com 79 Scherzo o veterano Yo-Yo Ma O espaço de humor da Revista CONCERTO 66 Entrevista 80 Minha Música Diana Damrau, a rainha das noites de ópera A música que inspira o escritor João Silvério Trevisan

CONCERTO Dezembro 2009 3 Um ano para (não) esquecer Osesp 2010 Guia mensal de música clássica www.concerto.com.br Agradeço a citação da Fundação Clóvis Salgado/ Renovei minha assinatura para a temporada de DEZEMBRO 2009 Palácio das Artes quanto à temporada de óperas 2010 da Osesp. Porém, o fiz a contragosto, pois Ano XV – Número 157 2009 na matéria “Um ano para (não) esque- há muita coisa ocorrendo que não recebe minha Periodicidade mensal cer”, de João Luiz Sampaio (CONCERTO nº 155, aprovação. O aumento do preço das assinaturas ISSN 1413-2052 página 19). Informo ainda que realizamos em foi abusivo, com justificativas absurdas. A Osesp REDAÇÃO E PUBLICIDADE coprodução, nos dias 5 e 6 de outubro, a ópera- está com problema de caixa? A Osesp está com Rua João Álvares Soares, 1.404 póstuma Chagas, do saudoso Sílvio Barbato, com gastos elevados também (ou principalmente) 04609-003 São Paulo, SP a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e regência por causa dos salários do regente titular, francês, Tel. (11) 5535-4345 – Fax (11) 5533-3062 e-mail: [email protected] de André Cardoso. Tivemos um público ótimo, e dos dois assessores – um inglês e outro norte- que gostou da concepção simples mas eficiente americano, todos residentes no exterior. Sem REALIZAÇÃO de Moacyr Góes. Em relação ao artigo publicado, diretor artístico, com um regente titular residente diretor-editor Nelson Rubens Kunze (MTb-32719) por uma questão de justiça, gostaria ainda de no exterior e muito ausente, a Osesp é dirigida editoras executivas complementar com o seguinte: a Bahia realizou por regentes convidados, que atuam por uma ou Cornelia Rosenthal uma pequena temporada lírica levando ao palco, no máximo duas semanas. Essa última excursão Mirian Maruyama Croce em versão integral, La Traviata de Verdi, nos dias aos Estados Unidos – a maioria das apresen- reportagens Camila Frésca 10,12 e 14 de setembro, com a regência de Pino tações em cidades do interior sem a menor revisão Gabriela García Maloucaze Onnis e direção de Francisco Mayrink. O cenário expressão – foi comandada de última hora por apoio de produção foi realizado no Centro Técnico do Teatro Castro um regente de terceira linha. A Osesp está sem Kátia Sabino, Leandro Valverdes, Alves, aliás, muito bem equipado e conservado. direção, sem comando, sem identidade. Luciana Alfredo Oliveira, Priscila Martins, Já os figurinos foram cedidos pela Fundação O caderno de assinaturas 2010 torna claro algo Regina Fonseca, Vanessa Solis da Silva Clóvis Salgado através do Instituto Cultural Sérgio que fere fundamentalmente uma das qualidades projeto gráfico BVDA Brasil Verde Magnani. A produção foi da Associação Lírica da mais importantes da Osesp, que era a de ser editoração e produção gráfica Bahia – ALBA presidida por Oseni Sena e tendo uma entidade popular no bom sentido. É visível Lume Artes Gráficas / Gilberto Duobles como produtora Virgínia Da Rin. Ficamos felizes a tentativa de elitização da instituição. Estão As datas e programações de concertos são pela realização, já julgando que em 2010 possa esquecendo que o objetivo da Osesp é realizar fornecidas pelas próprias entidades promotoras, se estreitar essa parceria. Afinal, é mais um e manter concertos de qualidade. Ninguém está não nos cabendo responsabilidade por palco que retorna à ópera! pedindo para ser tratado como vip. alterações e/ou incorreções de informações. Inserções de eventos são gratuitas e devem Lucia Camargo, presidente da Fundação Clóvis Sou admirador da Osesp desde a década de 1980, do saudoso ; sou ser enviadas à redação até o dia 10 do mês Salgado/Palácio das Artes, Belo Horizonte anterior ao da edição, por fax (11) 5533-3062 assinante desde 2000, fui voluntário desde sua ou e-mail: [email protected]. instituição, arregimentei e fomentei inúmeras Artigos assinados são de respon sa bi li dade de assinaturas quando quase ninguém apoiava, se Stravinsky e Villa-Lobos seus autores e não refletem, neces sariamente, interessava e conhecia ou acreditava no projeto a opinião da redação. Ao crítico mordaz Stravinsky também é atribuída Osesp-Sala SP; sou associado da Osesp há dois Todos os direitos reservados. a frase: “Why is it that whenever I hear a piece anos. Acredito muito na Osesp e seus dedicados Proibida a reprodução por qualquer meio of music I don’t like it’s always by Villa-Lobos?” músicos. Não deixem a Osesp cair no limbo. sem a prévia autorização. (Por que quando ouço uma peça musical da qual Florisval Pedroso, São Paulo, SP não gosto ela é sempre de Villa-Lobos?) A julgar pelo que se lê nas páginas 465-474 dos diários Todos os textos e fotos publicados na seção de Robert Craft (Crônicas de uma amizade, Difel, e-mail: [email protected] “Gramophone” são de propriedade 2002), fica difícil acreditar que Stravinsky tenha e copyright de Haymarket. dito a frase “que satisfação pisar na terra em que Cartas para esta seção devem ser remetidas por www.gramophone.co.uk nasceu Villa-Lobos”, publicada por Júlio Medaglia e-mail: [email protected], fax (11) 5533-3062 ou correio (Rua João Álvares Soares, 1.404 – CEP na edição de novembro da Revista CONCERTO 04609-003 São Paulo, SP), com nome e telefone. (pág. 18). Recomendo o livro de Anaïs Fléchet OPERAÇÃO EM BANCAS Villa-Lobos à Paris: un écho musical du Brésil Escreva para nós e dê sua opinião! assessoria (Paris, L’Hartmattan, 2004) para um aprofunda- A cada mês uma correspondência será premiada com um CD de música clássica. Edicase – www.edicase.com.br mento do tema. distribuição exclusiva em bancas (Em razão do espaço disponível, reservamo-nos o Fernando Chinaglia Marcos Câmara, professor do Departamento direito de editar as cartas.) de Música da ECA-USP, Ribeirão Preto, SP Comercial e Distribuidora S/A manuseio FG Press – www.fgpress.com.br

ATENDIMENTO AO ASSINANTE Site e Revista CONCERTO. Tel. (11) 5535-5518 A boa música mais perto de você.

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Jamil Maluf deixa direção artística O jovem compositor brasileiro Ivan Simurra – integrante da classe de composição de Eduardo Guimarães Álvares na do Teatro Municipal de São Paulo Emesp-Tom Jobim – foi um dos oito compositores latino- Em carta enviada ao secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, americanos selecionados para participar da “Plataforma o maestro Jamil Maluf pediu demissão do cargo de diretor artístico do Teatro e fórum de discussões sobre a música contemporânea”, Municipal de São Paulo. De acordo com Maluf, a demissão visa facilitar a mu- realizada entre os dias 4 e 8 de novembro na cidade de dança do modelo de gestão do teatro, que se tornará uma fundação pública. Córdoba, Argentina, sob os auspícios do Instituto Goethe. Uma portaria nesse sentido deverá ser enviada à Câmara Municipal ainda este O DVD “Alma Brasileira”, em que o pianista Marcelo Bratke ano. Após a análise do legislativo, que inclui entre outros expedientes tam- atua junto à Camerata Vale Música em obras de Villa-Lo- bém audiências públicas, a lei terá de ser sancionada pelo prefeito. “Na minha bos, foi escolhido para integrar a caixa comemorativa que gestão já fizemos uma programação baseada em diálogos com um conselho o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) distribuirá artístico formado pelos diretores e regentes dos corpos artísticos”, esclarece para corpos diplomáticos de todo o mundo como parte das o maestro Jamil Maluf. “A diferença para o novo modelo de administração do homenagens ao cinquentenário de morte de Heitor Villa- teatro é que a coordenação desse conselho será feita pelo presidente da nova Lobos. A caixa – que contará ainda com um livro de Turíbio fundação e não mais pelo diretor artístico, cargo que deixará de existir.” Com Santos e o “Dicionário Cravo Albin” – será lançada em dois a sua demissão o maestro quer desobstruir a mudança antecipando o funciona- concertos, um em Nova York e outro em Londres. mento do novo modelo. Na falta do presidente, esclarece Maluf, a coordenação do Conselho de Orientação Artística será feita pela diretora do teatro, Beatriz Sob a coordenação do professor e violonista Henrique Pin- Franco do Amaral. to, o XX Concurso de Violão Souza Lima, realizado no final Jamil Maluf diz-se satisfeito e realizado com o trabalho realizado nos últimos de outubro, anunciou seus vencedores. O evento consa- quatro anos em que foi diretor do teatro. “É claro que a gente sempre queria ter grou Aulus Rodrigues, de Belo Horizonte, como vencedor feito mais, gostaria de ter tido mais dinheiro. Mas não me arrependo de nada, do IV Turno (para instrumentistas acima de 18 anos). O nem dos erros. Foram quatro anos importantíssimos e o saldo final é muito concurso ainda premiou os jovens Plínio Fernandes Silva positivo”, comentou Maluf. “O teatro é gigantesco e uma transformação estru- (III Turno, 15-17 anos), Arthur Rodrigues Ribeiro (II Turno, tural como essa é muito complexa. Mas fico muito feliz em estar contribuindo 12-14 anos) e Conrado Vivi Convento (I Turno, até 11 anos). para isso, para a reforma externa do teatro, reforma do palco, construção do Na categoria música de câmara o prêmio foi para o duo in- anexo, praça das artes. Além disso, criamos a Central de Produção, o que é um tegrado por Paulo Rochel de Meira e Marcelly Fontes Rosa. feito histórico. Apesar de todas as dificuldades, produzimos 24 óperas – nove A pianista brasileira Sonia Rubinsky acaba de ganhar o no ano passado”, comentou o maestro. Grammy Latino com o oitavo volume da integral para pia- Já a diretora executiva do Teatro Municipal, Beatriz Franco do Amaral, dis- no solo de Heitor Villa-Lobos, em um álbum que inclui as se que a programação da casa permanece na Sala Olido até final de dezembro, Suítes infantis nºs 1 e 2 e vários números do Guia prático, “e cabe observar que nossos corpos artísticos também estão se apresentando entre outra peças. Produzido pela Naxos, Rubinsky vem em vários palcos da cidade”. Questionada sobre a reforma, Beatriz declarou: se dedicando a este projeto, que se encerrou com este “O restauro das fachadas e da ala nobre do teatro está caminhando dentro do volume, desde 1994. esperado, e vale salientar que foi necessário estender o prazo de sua duração. É que no decorrer da obra verificou-se que o trabalho seria mais moroso dadas O Duo de violões Chico Saraiva e Daniel Murray realizou as especificidades do edifício. Todo o processo que envolve as obras de restauro ao longo do mês passado sua primeira turnê por diversas pode ser conhecido em nosso site.” (http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/ cidades europeias, como Paris, Londres, Atenas e Porti- secretarias/cultura/teatromunicipal/) mão (Portugal), com um repertório formado por canções Sobre o fato de a obra do palco não estar sendo realizada, Beatriz afirmou instrumentais compostas por Saraiva. Na apresentação na que “ainda não foram abertos os envelopes da licitação, pois há várias empre- capital inglesa o duo contou com a participação do clari- sas questionando determinados pontos do edital e a Emurb decidiu oferecer netista italiano Luca Luciano, e em Portimão da cantora esclarecimentos a todos”. portuguesa Susana Travassos. Quanto à reabertura do teatro, a diretora disse que “depende do cronogra- ma de obras. Como já foi dito, nossa prioridade é promover mudanças estrutu- O Tribunal da Justiça do Trabalho deu ganho de causa a rais e físicas no teatro, para que ele chegue ao centenário, em 2011, renovado John Neschling no processo que o maestro move con- em vários aspectos.” tra a Fundação Osesp, Fundação Padre Anchieta e Se- cretaria de Estado da Cultura, e em que reclama direitos trabalhistas e danos morais. Pela sentença, a Fundação Osesp deverá pagar R$ 4,3 milhões para a reparação. Em nota oficial, a Osesp declarou: “A respeito de processo que tramita em primeira instância na Justiça do Trabalho, a Fundação Osesp informa que confia em seu direito e que recorrerá às instâncias cabíveis. A Fundação reafirma que a contratação do maestro John Neschling foi efetuada de forma regular, com seu conhecimento e aprovação, e de acordo com legislação específica que rege a contratação de serviços artísticos. A Fundação Osesp, ao contratar o maestro John Neschling sob os auspícios da Lei 11.196, conhecida como Lei do Bem, optou pela forma mais ade- quada permitida pela legislação atual para casos espe- cíficos, como o do maestro, em que claramente não há uma subordinação convencional conforme previsto na CLT. Confiamos que a decisão final venha a refletir os dis- positivos legais mais recentes sobre o tema.” Maestro Jamil Maluf DIVULGAÇÃO / LULUDI DIVULGAÇÃO

6 Dezembro 2009 CONCERTO Notícias do mundo musical

Em passagem pelo Brasil, Noretta Conci-Leech

divulga entidade de incentivo a jovens pianistas DIVULGAÇÃO

A grande pianista e professora Noretta Conci-Leech, mestra de pianistas brasileiros como Jean-Louis Steuermann, Clelia Iruzun, Sergio Melardi e Marcelo Bratke, esteve no Brasil em outubro participando, como presidente do júri, do I Concurso Internacional de Piano BNDES, no Rio de Janeiro. A pianista Silvio Ferraz aproveitou sua passagem pelo país para divulgar a “The keyboard charitable trust for young professional performers”, Emesp cria grupo de uma entidade de incentivo para jovens pianistas profissionais, da qual ela é uma das fomentadoras junto com personalidades música contemporânea como Alfred Brendel e Claudio Abbado. “A missão do Keyboard A Tom Jobim – Escola de Música do Estado Trust é a de auxiliar na construção de uma carreira, ao iden- de São Paulo lança em 2010 seu Grupo tificar os mais talentosos artistas e assisti-los no desenvolvi- Contemporâneo de Câmara composto por mento de sua profissão. Isso significa viabilizar estreias desses profissionais especializados no repertório jovens artistas em Londres, Nova York, Berlim, Roma e outras dos séculos XX e XXI. Os músicos foram capitais musicais. Essa fórmula já demonstrou sua eficácia: selecionados a partir de um processo praticamente todos os artistas são convidados para novos re- seletivo e estão entre os mais destacados citais, programas em rádio ou gravações, muitas vezes imedia- instrumentistas de nosso meio: Horácio tamente após a primeira apresentação“, contou Noretta. Gouveia e Lídia Bazarian (piano); Cássia Todos os anos o Keyboard Trust possibilita a estreia de uma Carrascoza (flauta); Alexandre Ficarelli nova leva de jovens talentos. Atualmente já existe um (oboé); Luís Afonso Montanha (clarinete); circuito internacional de apresentações em mais de 50 locais, Fábio Cury (fagote); Herivelto Brandino e incluindo as mais prestigiadas salas de concerto. Nos últimos Charles Leandro (percussão); Adenilson 18 anos, o Keyboard Trust apresentou cerca de 130 artistas Telles (trompete); Carlos Augusto de Freitas emergentes, entre pianistas e organistas. “Em sua essência, (trombone); Peter Pas (viola); Dimos o Keyboard Trust está ajudando jovens músicos a construir Goudaroulis (violoncelo); e Pedro Gadelha uma carreira independente ao oferecer o principal: oportuni- (contrabaixo). A idealização do projeto é de dade de performance internacional para divulgar seus nomes Silvio Ferraz, gestor pedagógico da Emesp.

DIVULGAÇÃO e garantir suas carreiras”, concluiu Noretta Conci-Leech. Um momento de utopia Ópera Latinoamérica realiza segundo encontro em La Plata, na Argentina.

iversos teatros e profissionais da América Latina parti- ciparam do segundo encontro da Ópera Latinoamérica D (OLA), iniciativa que procura articular e promover o teatro lírico entre os diversos países da região. O encontro acon- teceu entre os dias 5 e 7 de novembro passado, no Teatro Ar- gentino de La Plata, cidade situada a cerca de 50 km de Buenos Aires. Além dos anfitriões, compareceram representantes do Teatro Colón de Buenos Aires, dos teatros de Córdoba, Rosario e Mendoza, e entidades de outros países como Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, México, Uruguai e Venezuela. Do Brasil estiverem presentes apenas Luiz Fernando Malheiro e Flavia Furtado, do Teatro Amazonas/Festival Amazonas de Ópera. O encontro ainda teve a participação de importantes convidados

da Europa, entre eles Gérard Mortier, ex-diretor do Festival de 2009 CONCERTO REVISTA Salzburg e da Ópera de Paris. Simpático e atencioso, Mortier Mortier e Malheiro: planos para o Festival Amazonas de Ópera polarizou atenções, elogiou a iniciativa e deu sua contribuição à discussão (leia mais abaixo). Robério Braga – e um interessante depoimento do jovem ma- O evento foi aberto por uma grande mesa em que os quase estro venezuelano Antonio Delgado, regente da orquestra do 30 participantes expuseram suas experiências e pontos de vista Teatro Teresa Carreño de Caracas, sobre o hoje famoso projeto em resposta a uma pergunta provocativa formulada por Marcelo do Sistema de Orquestras Juvenis da Venezuela, da qual ele pró- Lombardero, diretor artístico do Teatro Argentino: “Faz sentido prio é egresso. termos teatros de ópera em cidades como as nossas nos dias de Uma das reuniões ocorreu na cidade de Buenos Aires, no hoje?” Em meio às respostas surgiu quase como consenso a im- Conselho Argentino para as Relações Internacionais (Cari). Ali portância do papel de educação que cabe aos teatros no mundo de se debateu sobre o marco legal da OLA e procurou-se encon- hoje, bem como a sua responsabilidade para a inclusão social. trar meios para a desburocratização dos processos alfandegários As mesas que se seguiram trataram de assuntos mais espe- entre os diversos países da região. Neste dia, a OLA também re­ cíficos. A discussão sobre a função social dos teatros líricos teve elegeu Andrés Rodriguez, diretor artístico do Teatro Municipal a contribuição do maestro Luiz Fernando Malheiro – que discor- de Santiago de Chile, para mais uma gestão de dois anos como reu sobre o trabalho com as orquestras jovens do Liceu Cláudio presidente da entidade. Santoro e da Amazonas Filarmônica em Manaus, iniciativas A última mesa reuniu jornalistas espanhóis e argentinos, do governo do Amazonas dirigidas pelo secretário da Cultura que trocaram ideias sobre a função dos meios de comunicação e as novas mídias. Na noite do dia 6 de novembro os participantes ainda assis- tiram à estreia da remontagem do Nabucco de Verdi no Teatro Palavras de Gérard Mortier Argentino de La Plata (direção de Alejo Pérez, com Susan Ne- (Ex-diretor do Festival de Salzburg e da Ópera de Paris e provável novo diretor do ves, Jorge Lagunes, Homero Pérez-Miranda, Enrique Folger e Teatro Real de Madri) Cecilia Dias, entre outros). “Enquanto ouvia as discussões, me dei conta de que muitos problemas são parecidos em todos os lugares do mundo. Infelizmente não temos TEATRO ARGENTINO FESTEJA 120 ANOS EM 2010 sempre ministros da Cultura como André Malraux ou Jacques Lang, que Você já ouviu falar do Teatro Argentino de La Plata? Pois sabem que a cultura é o cerne da sociedade e que investem nela mesmo saiba que ele completará 120 anos em 2010 e para a comemo- nas épocas de crise. Pois é na crise que a importância da cultura se ração programou uma temporada lírica de nada menos do que manifesta de maneira mais cabal. É na crise que a cultura vai apontar oito óperas, com títulos como Lady Macbeth de Shostakovitch, as saídas.” Giulio Cesar de Händel e Aynadamar do contemporâneo Os- “E há a questão do público. O público de ópera é, ainda hoje, um pouco valdo Golijov (que ano que vem também estará na Osesp com conservador e acho que devemos, com muito cuidado, mostrar que sua produção orquestral), entre outros. A direção da casa é de a ópera não pertence aos amadores, aos amantes da ópera. Senão Leandro Iglesias (executiva) e Marcelo Lombardero (artística), ficaremos reféns dos amantes da ópera. Bayreuth de certa forma dupla que trabalhava no Teatro Colón até 2006, quando este também sofre com os amantes de Wagner...” fechou para reforma. O novo prédio do Teatro Argentino – uma “O teatro faz parte de nossa sociedade desde sempre: o teatro cantado, enorme e pesada construção em concreto aparente que hoje é o teatro bailado, o teatro de prosa – as pessoas sempre fizeram teatro. aproveitada em apenas 60% de suas potencialidades (segundo O teatro é essencial para a vida. O teatro comunica-se com as pessoas os diretores, um projeto equivocado elaborado durante o regime e é a possibilidade de acreditar no futuro. Isso é muito importante. O militar) – substituiu o antigo teatro, destruído em um incêndio teatro não fala das coisas reais, o teatro fala da utopia, e mostra para as no ano de 1977. pessoas que a violência não é normal, que a injustiça não é normal. As grandes óperas sempre terminam com um momento de utopia.” Nelson Rubens Kunze viajou a La Plata a convite da organização do DIVULGAÇÃO / PAULO LACERDA II Encontro Ópera Latinoamérica.

8 Dezembro 2009 CONCERTO Notícias do mundo musical

Ayrton Pinto Temporada (1933-2009) Tucca 2010 terá Faleceu de um aneurisma cerebral o vio- linista e professor Ayrton Pinto, em 17 Chick Corea e de novembro passado, pouco antes de completar 76 anos. Figura bastante co- Andras Schiff nhecida e muito querida no meio musical A Tucca, entidade que trabalha pela brasileiro, Ayrton era exímio violinista e cura de crianças e adolescentes orientou muitos instrumentistas que hoje carentes com câncer, acaba de encontram-se entre os mais destacados divulgar sua série de assinaturas para de nosso meio musical. Diplomado pelo 2010. A Série Internacional terá seis Conservatório Brasileiro de Música, apri- concertos, com artistas como Swingle morou-se no New England Conservatory Singers e Jazz Sinfônica, Chick Corea of Music, em Boston, onde viveu por 15 e Gary Burton, o consagrado pianista anos e trabalhou como violinista e pia- inglês Andras Schiff e os violonistas nista da Boston Symphony Orchestra. Foi Chico Pinheiro e Pepe Romero (este ainda diretor da All Newton Music School, interpretando o Concerto de Aranjuez). spalla da Newton Chamber Orchestra e Já para a celebrada série Aprendiz de da Boston Opera Symphony Orchestra. Maestro, voltada para o público infantil, Em 1973, voltou ao Brasil a convite do a Tucca vai realizar oito apresentações maestro Eleazar de Carvalho para ser ao longo do ano, com a participação spalla da Orquestra Sinfônica do Estado especial do ator Cassio Scapin e da de São Paulo. Era livre-docente aposen­ Cia. La Mínima, além da presença da tado do Instituto de Artes da Unesp, sen- atriz Andréa Bassitt e do maestro João do também o diretor artístico da orques- Maurício Galindo. Maiores informações tra de câmara da universidade. Ayrton sobre preços e a programação completa Pinto desenvolveu uma prestigiosa car- estão no site www.tucca.org.br/ reira como regente, solista e recitalista O violinista Ayrton Pinto em foto dos anos 50 assinaturas2010.

DIVULGAÇÃO nos Estados Unidos e no Brasil. Programa Laudate Dominum Entre os dias 7 e 12, o Centro de Música Brasileira pro- move dois concursos, ambos com um primeiro prêmio de completa 20 anos no ar R$10 mil, oferecidos pela Secretaria de Estado da Cultura. Trata-se do II Concurso de Interpretação de Músicas Bra- Comandado pelo pianista e compositor sileiras para flauta e do V Concurso de Interpretação de Amaral Vieira, o programa Laudate Domi- Músicas Brasileiras para piano. As provas acontecem das num, transmitido pela Rádio Cultura FM 14h às 22h na Casa Mário de Andrade, Rua Lopes Chaves, de São Paulo, completa este mês 20 anos 546, São Paulo. de existência. Integralmente dedicado ao repertório sacro, ao longo dos anos levou ao Neste mês o Órgão Arp Schnitger, da Sé de Mariana ar mais de 400 obras através de suas quase (MG), completa 25 anos de sua primeira restauração. As mil edições, que abordaram tanto criações comemorações iniciaram-se no dia 22 de novembro com e compositores consagrados como apresen- um recital do organista suíço Guy Bovet. Outros concertos tou verdadeiras raridades, desconhecidas estão programados para os dias 6 e 20 deste mês. Depois do grande público. Há mais de dez anos de quase 50 anos parado, o órgão da Sé de Mariana vol- o programa também é retransmitido, em tou a funcionar no dia 8 de dezembro de 1984 e sua res- português, pela Rádio Sodre de Montevidéu, tauração deu início a um movimento de preservação e re- no Uruguai. Para comemorar os 20 anos de valorização dos órgãos históricos do Brasil. Desde então, o sua produção, o programa está realizando, instrumento foi utilizado em mais de 2 mil ocasiões, entre desde outubro, uma retrospectiva que se concertos e funções litúrgicas. estenderá até o final do ano. Laudate Domi- num – que vai ao ar todos os domingos das A Escola de Música da UFRJ promove no próximo ano o 9 às 10 horas – pode ser também escutado Concurso Nacional de Canto Lírico e Ópera, no Rio de via internet pelo site www2.tvcultura.com. Janeiro. As inscrições podem ser feitas a partir deste mês até o dia 5 de março de 2010. Leia mais na seção Outros

DIVULGAÇÃO br/radiofm/radio.html. Eventos ou consulte o site www.musica.ufrj.br. Um de nossos mais atuantes instrumentistas, o violinista Elias Slon, morreu em 26 de outubro passado, ao noventa Teatro Colón reabre em anos. Natural de Santa Fé, Argentina, Slon radicou-se em 25 de maio de 2010 São Paulo na década de 1950, onde inicialmente atuou na então Orquestra Filarmônica de São Paulo. Em 1975 No dia da comemoração do bi- foi admitido pela Osusp, então sob a regência de Camar- centenário da independência da go Guarnieri, onde ao longo de seus 25 anos de traba- Argentina, 25 de maio de 2010, lho ocupou os cargos de concertino e de spalla. Após sua a cidade de Buenos Aires receberá aposentadoria, continuou em plena atuação na Orquestra um grande presente: a reabertura Jazz Sinfônica, onde permaneceu até 2001. do tradicional Teatro Colón, fe- Realizado entre 14 e 15 de novembro passado, o IV En- chado para reforma desde 2006. contro de Pesquisa em Música (Epem) da Universidade Para compensar o atraso de dois Estadual do Maringá (UEM-PR) programou o minicurso anos (a reinauguração deveria “Jornalismo e crítica em música clássica”, ministrado por ter acontecido em 2008, quando Leonardo Martinelli, compositor e colaborador da Revista o teatro completou 100 anos), a CONCERTO. O evento contou ainda com comunicações de temporada de reabertura está re- artigos de faculdades de música de diferentes estados do pleta de grandes atrações e prevê país, além de workshops com o violoncelista Abel Moraes a montagem de sete óperas, todas (da Universidade Federal de São João Del Rei, MG), com novas produções: La bohème de a violonista Gisela Nogueira (da Unesp, SP) e de Flávia Puccini (Stefano Ranzani/Hugo Cruvinel (da Universidade Federal de Goiás), que abordou de Ana), Don Giovanni de Mozart REPRODUÇÃO a questão do ensino coletivo de instrumentos musicais. (John Neschling/Michael Hampe), Manon de Massenet (Philippe Auguin/Renaud Doucet), Katia O Concurso Artlivre anuncia os vencedores de 2009: Kabanova de Janacek (György Rath/Pedro Pablo García Caffi), Guilherme Ávila de Camargo, Linda Káo, Ami Sato, Daniel a dobradinha Uma tragédia florentina de Zemlinsky e Violanta Muszkat e Kasane Nishikawa (prova estímulo); Lucas Silva, de Korngold (Stefan Lano/Hans Hollmann), e Falstaff de Verdi Felipe Pereira Vitória, Andrei Liquer e Eduardo Vieira Ta- (Marco Guidarini/Roberto Oswald). Além disso, o teatro di- gliatti (prova jovens talentos); Eduardo Santangelo (prova vulga uma intensa programação de balé, concertos sinfônicos e maturidade); Natasha de Camargo Ferrari e Danilo Case- recitais, em diversas séries. Entre os brasileiros que participam miro Martins (prova duos pianísticos); Bruna Youn (prova da temporada aparecem John Neschling, que dirige Don Gio- piano com orquestra); André Signorelli (prova tributo). vanni de Mozart (dias 13, 16, 18, 20, 23 e 25 de julho), Isaac A banca de jurados foi formada por Maria Cecília Truffi, Karabtchevsky, que rege a Filarmônica de Buenos Aires dia 13 Márcia Cattaruzzi, Ciro Gonçalves Dias, Paulo Gori, Antonio de outubro, e a soprano Eiko Senda, que cantará em Violanta Bezzan, Hermes Daniel Jacchieri e Mercedes Mattar Sciotti, (dias 12, 15, 17 e 19 de outubro). O Teatro Colón também fundadora e organizadora do Concurso Artlivre. abrigará uma temporada de balé clássico e um importante ci- clo internacional com sete grandes atrações como o violonce- Daniel Cornejo será o novo regente da Orquestra Sin- lista Yo-Yo Ma, o pianista Andras Schiff, a West-Eastern Divan fônica Infanto-Juvenil da Escola Municipal de São Paulo. Orchestra com Daniel Barenboim e a Filarmônica de Munique, O maestro assume a partir de fevereiro de 2010. sob direção de Zubin Mehta.

10 Dezembro 2009 CONCERTO Notícias do mundo musical

Júlio Medaglia é o novo imortal da Academia Paulista de Letras Com ampla maioria de votos, o maestro Julio Medaglia foi eleito membro da Academia Paulista de Letras. A posse (aberta ao público) será no dia 3 de dezembro às 18 horas, no Salão Nobre da Sala São Paulo, em solenidade na qual Medaglia será saudade pelo acadêmico José Pastore. O maestro ocupará a cadeira nº 3, cujo patrono é Matias Aires e que já foi ocupada por Mário de Andrade. Julio Medaglia é um dos mais brilhantes e atuantes músicos brasileiros da atualidade. Formado em regência na Alemanha, onde também fez carreira, Medaglia trabalhou com as principais orquestras brasileiras, tendo sido dire- tor do Teatro Municipal de São Paulo e do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Junto com , Willy Corrêa de Oliveira, Régis e Rogério Duprat, entre outros, Medaglia foi signatário do Manifesto Música Nova (1963) e se notabilizou por uma engajada participação no movi- mento da música popular brasileira no final da década de 1960. Atualmente, entre outras atividades, dirige o programa “Prelúdio”, da TV Cultura. Au- tor de livros como “Música Impopular” e “Música, maestro”, Julio Medaglia também desenvolve sua verve literária na Revista CONCERTO, da qual é colunista desde 1996. A Academia Paulista de Letras, fundada há exatos 100 anos, tem entre seus membros personalidades como José Mindlin, Antônio Ermírio de Moraes, Ives Gandra da Silva Martins, Mário Chamie e . Quanto ao fato de tornar-se imortal de instituição tão tradicional, Medaglia disparou: “Não significa que seja um mausoléu! A APL é composta pela fina flor da inteligência paulista, em plena atividade criadora. Para mim, além da grande hora, será um novo desafio, o de embarcar naquela avalanche intelectual tão diversificada e rica de ideias culturais. Dar sequência ao ideário de Mário de Andrade a partir

da cadeira 3 que ele usou, será um bom projeto de vida daqui para frente.” PIVA / LUCIANO DIVULGAÇÃO John Neschling e ministro da Cultura lançam Companhia Brasileira de Ópera

Projeto lírico inédito apresentará O barbeiro de Sevilha em 20 cidades brasileiras.

m coletiva de imprensa realizada no último dia 11 de no- o que fazer – uma possibilidade para trabalhar com uma certa vembro, o maestro John Neschling e o ministro da Cultura dignidade, com calma, sabendo que receberão os seus salários. E Juca Ferreira apresentaram a nova Companhia Brasileira Não é mais uma coisinha rápida, fazer uma ópera aqui, outra lá. de Ópera. Entidade privada idealizada pelo maestro Neschling, É ter um trabalho fixo. E não só para cantores – são técnicos, a companhia fará uma produção itinerante de O barbeiro de cenógrafos, aderecistas, maquiadores, regentes, correpetidores. Sevilha, de Gioacchino Rossini, que será apresentada em 20 ci- Todos os profissionais da lírica. [...] Nós vamos criar uma nova dades em mais de 100 récitas, para um público estimado de 140 dinâmica para a ópera brasileira.” mil pessoas. “É uma ação importante. É um esforço de democra- Para essa primeira fase do projeto, um grupo de artistas e téc- tização para abrir o acesso à cultura para milhões de brasileiros. nicos serão contratados como “corpos estáveis” da Companhia. Alguns pensam que esse esforço é contraditório com a exce- A regência das récitas será dividida entre o próprio Neschling e lência. Pelo contrário, um movimento tem a ver com o outro. maestros convidados, entre os quais já estão confirmados os no- No caso da Companhia Brasileira de Ópera será um esforço de mes de Abel Rocha, Ira Levin, Victor Hugo Toro e Yoram David. democratização integrado com o acesso à excelência na área da Em todas as cidades haverá pelo menos cinco apresentações, com ópera”, disse o ministro Juca Ferreira uma récita reservada para grupos sociais especiais e uma récita Além da difusão do espetáculo lírico, a Companhia tem adaptada, com narrador, para crianças e jovens. como meta criar trabalho para técnicos e artistas, funcionan- O barbeiro de Sevilha deverá estrear em 21 de abril de do também como centro de formação para esses profissionais. 2010 em Brasília, como parte das comemorações dos 50 anos No futuro, e dependendo do desenvolvimento do trabalho, a da cidade. A montagem terá uma proposta inovadora, e utili- Companhia pretende estabelecer uma sede em um teatro de zará modernos recursos tecnológicos. Os cantores interagirão ópera, “em São Paulo, no Rio ou em outra cidade”, onde as no- com um desenho animado projetado em uma tela no fundo do vas montagens serão produzidas e estreadas antes de viajarem. palco, o que, de acordo com os realizadores, “produzirá efeitos Além disso, durante as turnês serão realizadas master classes cênicos de grande comicidade e teatralidade inalcançáveis em para técnicos, atores e músicos locais. encenações convencionais”. O criador da animação é Joshua O barbeiro de Sevilha está orçado em R$ 14 milhões, Held, cartunista ítalo-americano que trabalha em publicidade, que serão captados entre empresas estatais e privadas com televisão e na web. A direção cênica é do italiano Pier Francesco incentivo da Lei Roaunet. Conforme declaração do ministro Maestrini e a direção de produção de José Roberto Walker. Juca Ferreira, o Ministério apoia institucionalmente o projeto “Começaremos com uma produção, o Barbeiro, móvel, que por entender que ele promove a democratização do acesso à é uma ópera pequena, com poucos solistas, musicalmente mui- cultura com excelência artística. Conforme o ministro Juca to difícil, mas que possibilita o transporte com certa facilidade”, Ferreira, “a ideia é disponibilizar para o maior número de pes- contou John Neschling. “Isso não quer dizer que a montagem soas as montagens de qualidade”. seja simples. É uma montagem altamente sofisticada, tecnolo- Em sua exposição, o maestro John Neschling afirmou: gicamente avançadíssima, duvido que tenha sido feita alguma “Nós temos um grande tradição lírica no Brasil, que aos poucos coisa parecida nos últimos anos no mundo. [...] Vamos fazer uma foi se desfazendo. Hoje, temos um grupo enorme de cantores ópera de primeiríssima qualidade, mas em vez de a fazermos só desprestigiados, que não têm como viver, que têm que aceitar dez vezes no Rio ou em São Paulo, vamos viajar o país. 140 mil todo tipo de trabalho, que dependem de qualquer tipo de ópera pessoas vão assistir ao Barbeiro de Sevilha nessa primeira fase, de péssima qualidade, e que assim comprometem as suas vozes. o que é uma coisa inédita”, declarou o maestro John Neschling. A minha ideia é criar, pela primeira vez na história brasileira, E arrematou: “A Companhia Brasileira de Ópera é um projeto uma companhia de ópera bem estruturada (assim como cria- longevo, não vai acabar daqui a seis meses. Espero que a gente mos uma orquestra bem estruturada), que ofereça aos profissio- consiga transformá-la em uma instituição importante e paradig- nais – que existem, que estão desempregados, que não sabem mática da ópera no Brasil.”

A família Rossini no traço de Joshua Held (da dir. para esq.): Fiorello, Ambrogio, Berta, Don Basilio, Don Bartolo, Rosina, Conde de Almaviva, Fígaro e Rossini

12 Dezembro 2009 CONCERTO Notícias do mundo musical

Livro conta história Sinfônica de Santo André anuncia dos 30 anos do Coral importante temporada A Orquestra Sinfônica de Santo André Jovem do Estado acaba de anunciar sua temporada Com um concerto comemorativo dia 8, na Igreja São Luís 2010: serão 11 programas em 24 Gonzaga, será lançado o livro que conta os 30 anos de apresentações entre fevereiro e história do Coral Jovem do Estado de São Paulo. Em 80 dezembro. A principal novidade são páginas, o autor, Roberto Guimarães, que entrevistou séries definidas por temas: Anchieta dezenas de pessoas, revela histórias curiosas que se (concertos de temática clássica e passaram ao longo desse tempo, como um dos primeiros grandes obras do repertório sinfônico), concertos do grupo, em dezembro de 1979, que teve os Bandeirantes (concertos de integração regentes Abel Rocha, Celso Antunes e Luiz Fernando musical) e Piratininga (concertos Malheiro cantando como membros do coro na ópera valorizando a música brasileira), Amahl e os visitantes da noite, de Gian Carlo Menotti. estas já fechadas. A quarta e última, Para os organizadores, esse fato de certa forma resume a Tamoios (música popular e instrumen- importância do Coral Jovem do Estado de São Paulo, que tal brasileira e internacional), será DIVULGAÇÃO tem caráter eminentemente formativo e é atualmente desenvolvida de acordo com as ativi- Maestro Carlos Moreno, diretor comandado por Naomi Munakata e seu assistente dades da orquestra para realização de e regente titular da OSSA Nibaldo Araneda. O livro é o primeiro lançamento da grandes shows e eventos populares. recém-criada Editora Santa Marcelina Cultura. O repertório da temporada é baseado nos grandes compositores, como Tchai­ kovsky, Schumann e Stravinsky, com destaque para ciclos de sinfonias de Bee­tho­ ven e Bruckner, que a orquestra deve interpretar na íntegra nos próximos anos. Solistas do porte de Eduardo Monteiro, Elisa Fukuda, Claudio Cruz e Fábio Zanon se apresentarão com a orquestra. O maestro titular e diretor artístico do grupo, Carlos Moreno, destaca ainda outras iniciativas que pretendem incrementar as atividades: a aquisição de um novo conjunto de tímpanos, a doação de móveis e computadores e uma promessa de reestruturação do conjunto a partir de Naomi Munakata 2010. Por meio de uma parceria internacional, os músicos da Sinfônica de Santo DIVULGAÇÃO André terão também a oportunidade de aperfeiçoar-se na Suíça. Cultura Artística apresenta temporada 2010

Com grandes orquestras e alguns dos mais importantes artistas da atualidade em recitais de música de câmara, a Sociedade de Cultura Artística lança sua temporada 2010. Serão dez programas e 20 apresentações entre abril e novembro, sempre na Sala São Paulo.

xímio violinista, Vadim Repin faz os re- o repertório erudito tradicional, mas também citais de abertura dias 13 e 14 de abril, gravar com músicos reconhecidos do universo TEMPORADA 2010 E acompanhado pelo excelente pianista popular. Um de seus lançamentos nessa área, Itamar Golan. Nascido na Sibéria em 1971, o inclusive, foi dedicado à música popular brasi- SOCIEDADE DE violinista russo foi criança prodígio, vencendo leira, com a participação de artistas como o Duo CULTURA ARTÍSTICA aos 17 anos o Concurso Rainha Elisabeth, em Assad e a cantora Rosa Passos. (Leia entrevista Bruxelas. Repin já atuou como solista sob a com Yo-Yo Ma na página 62 desta edição.) 13 e 14 de abril batuta dos principais maestros e orquestras da Soprano italiana que construiu seu pres- Vadim Repin violino atualidade. Ele especializou-se no repertório tígio graças a suas belas interpretações do re- Itamar Golan piano russo e francês, além da música do século XX pertório barroco e do bel canto, Anna Caterina e contemporânea, de compositores como John Antonacci vem ao Brasil em julho. A artista 3 e 4 de maio Orquestra Filarmônica de Dresden Adams e Sofi a Gubaidulina. também chama a atenção pelas escolhas pouco Rafael Frühbeck de Burgos regência Já tendo tocado no Brasil em outras oca- ortodoxas de repertório e por atuar tanto em Johannes Moser violoncelo siões dentro da temporada da Cultura Artística, papeis de soprano como de mezzo, dada sua a Orquestra Filarmônica de Dresden apresenta- fl exibilidade vocal. 18 e 19 de maio se em maio. Sediado na cidade alemã da qual Sob o comando de sua diretora musical Nelson Goerner piano leva o nome, o grupo foi fundado em 1870, e Yip Wing-Sie, a Hong Kong Sinfonietta, cria- atualmente tem como regente titular o maestro da em 1990, toca em agosto. Wing-Sie, que é 31 de maio e 1° de junho espanhol Rafael Frühbeck de Burgos, que rege a premiada em importantes concursos interna- Orquestra de Câmara de Basel Sol Gabetta violoncelo orquestra em São Paulo, contando com a partici- cionais, desenvolve destacada carreira na Ásia. pação do solista Johannes Moser ao violoncelo. Desde que assumiu a Hong Kong Sinfonietta, 15 e 16 de junho Também em maio apresenta-se o pianista em 2002, deu novo impulso ao grupo, em apre- Yo-Yo Ma violoncelo argentino Nelson Goerner. Aos 40 anos, esta- sentações com artistas como Vladimir Ashke- Kathryn Stott piano beleceu-se como um dos mais destacados ins- nazy, Plácido Domingo, Augustin Dumay e trumentistas de sua geração. Goerner tem uma Christopher Hogwood. 20 e 22 de julho carreira internacional que inclui recitais em Em setembro a atração é o aclamado Anna Caterina Antonacci soprano toda a Europa e Estados Unidos, e também de- contratenor Daniel Taylor que, ao lado da Donald Sulzen piano senvolve aclamada carreira como camerista. soprano Carolyn Sampson, mostra um recital 14 e 16 de agosto Fundada em 1984 por jovens fi nalistas intitulado “Música angélica”. O canadense Hong Kong Sinfonietta de vários conservatórios suíços, a Orquestra Taylor nasceu em 1969 e, além da prestigiada Yip Wing-Sie regência de Câmara de Basel, que fi gura hoje entre os carreira como solista, é o fundador do Theatre mais prestigiados grupos de câmara da Europa, of Early Music, conjunto de música antiga se- 20 e 22 de setembro é a atração seguinte. O conjunto colabora regu- diado em Montreal. “Musica angélica” larmente com maestros e solistas do primeiro Outubro é a vez da Orquestra Filarmôni- Carolyn Sampson soprano time, incluindo Giovanni Antonini, Christo- ca da Radio France apresentar-se sob a batuta Daniel Taylor contratenor pher Hogwood e Philippe Herreweghe. Quem de seu diretor artístico, o importante maestro 19 e 20 de outubro acompanha a Orquestra de Basel como solista e pianista coreano Myung-Whun Chung. Fun- Orquestra Filarmônica da Radio France é Sol Gabetta, jovem violoncelista cuja carreira dada em 1937, a orquestra francesa é reconhe- Myung-Whun Chung regência encontra-se em franca ascensão internacional. cida internacionalmente também por sua de- Sergio Tiempo piano Um dos nomes mais populares do cenário dicação à música contemporânea. O concerto erudito em todo o mundo vem ao Brasil para terá ainda a participação do talentoso pianista 22 e 23 de novembro concertos em junho: Yo-Yo Ma, que toca em argentino Sergio Tiempo. Itzhak Perlman violino recital ao lado da pianista Kathryn Stott, sua O ano da Sociedade de Cultura Artística parceira constante. Músico norte-americano encerra-se com outro dos maiores nomes da ASSINATURAS nascido na França e de origem chinesa, Yo-Yo música clássica: o violinista israelense Itzhak Renovação: de 1º a 18/12/2009 e de 4 a 15/01/2010 Ma é um verdadeiro fenômeno, transcenden- Perlman. Considerado um dos maiores violinis- Novas assinaturas: a partir de 01/02/2010 do a barreira clássica e sendo conhecido tam- tas do século XX, e ainda em intensa atividade, Informações: (11) 3258-3344 bém pelo grande público. Parte dessa fama Perlman nasceu em Telaviv e acumula à carreira www.culturaartistica.com.br advém do fato de o artista não apenas executar de solista as funções de regente e professor.

14 Dezembro 2009 CONCERTO

A história de Dulcineia e Trancoso Festival Virtuosi apresenta ópera criada por Eli-Eri Moura sobre libreto de Waldemar José Solha, a primeira concebida dentro das linhas estéticas do Movimento Armorial.

Por Carlos Eduardo Amaral

ela primeira vez em suas 12 edições, o Virtuosi – o mais Dulcineia e Trancoso, conta Eli-Eri Moura, amplia a ino- perene festival de música de – inclui uma vadora proposta de Armorialis ao entrelaçar o modalismo e os P ópera na programação. Sob direção cênica de Luiz Car- ritmos nordestinos à música secular medieval e renascentista. O los Vasconcelos, a première de Dulcineia e Trancoso acontecerá compositor ressalta que a maior difi culdade na concepção musi- no dia 18 de dezembro às 21h, no Teatro de Santa Isabel, no cal residiu na adaptação à impostação vocal do bel canto, a qual Recife. Mais do que o raro diferencial de ter sido encomendada preferiu respeitar: “Nem de longe tentei limar ou modifi car esse para o evento, a obra se distingue por ter nascido de um desa- aspecto para adequá-lo às características armoriais; pelo contrá- fi ador convite do maestro Rafael Garcia e sua esposa, a pianista rio, procurei fazer com que ambos dialogassem para enriqueci- Ana Lúcia Altino Garcia, a Eli-Eri Moura, depois do sucesso da mento do próprio discurso narrativo e musical. Só o expectador primeira audição mundial de Armorialis, peça concertante para dirá se minhas soluções foram acertadas ou não.” viola, violoncelo e orquestra estreada no Virtuosi 2007. Lançado por em 18 de outubro de 1970, Eli-Eri confi ou o libreto ao poeta e parceiro de longa data o Movimento Armorial propôs uma reelaboração das artes tra- Waldemar José Solha, que partiu de um diálogo entre Ariano dicionais a partir de matrizes folclóricas rurais nordestinas, por- Suassuna e Miguel de Cervantes, vestidos como profetas e fa- que, segundo o escritor, nelas estariam mais bem preservadas as lando em seus idiomas maternos, para iniciar o enredo. “Como raízes ibéricas da cultura brasileira, devido ao distanciamento é difícil pensar em Ariano sem cogitar algo circense, surgiu o das infl uências cosmopolitas. Na música erudita, destacaram-se apresentador do espetáculo, um dono de circo, e seu elenco de a Orquestra Armorial e o Quinteto Armorial. Ambos os grupos palhaços”, acrescenta Solha. defi niram a estética da música armorial de concerto não só pelo Gonçalo Fernandes Trancoso, um dos primeiros contistas uso de tais matrizes como também pelo simbolismo de suas for- portugueses cujo sobrenome associou-se no vernáculo popular mações instrumentais. Os compositores envolvidos com a Or- arcaico a histórias mirabolantes, encarna Dom Pixote, um dos questra Armorial – Cussy de Almeida, Jarbas Maciel, Clóvis Pe- palhaços. Fora do circo, Trancoso (André Vidal, tenor) assume reira e Capiba – contribuíram com um considerável repertório, a missão de impedir a destruição da Pedra do Reino pelas forças que contém somente missas, concertinos, suítes e peças livres. do exército, como em uma segunda Guerra de Canudos. Quem Preenchendo a lacuna de uma sinfonia ou uma ópera ar- o conclama é a Compadecida (Adriana Pace, mezzosoprano), morial, Dulcineia e Trancoso não somente inaugura um ciclo de que sai de uma gigante catedral surgida do imenso monólito e obras musicais de grande porte como busca também se equiparar a ornada à la Gaudí e . grandes produções contemporâneas do gênero, conforme declara Se nessa recriação surrealista do imaginário ibero-nordes- Solha: “Gosto de óperas contemporâneas como Nixon in China, tino faltasse Dom Sebastião, a história não seria completa. A de John Adams, e Einstein on the Beach, de Philip Glass, mas essa aparição do mito-mor do messianismo lusófono, encoberto pelo coisa luso-castelhana-nordestina que preparamos vai desarrumar chapéu de couro de Lampião, muda o curso dos fatos em um bastante, espero, esse coreto. Tenho fascinação enorme pelo épi- ponto crucial da luta de Trancoso para vencer os inimigos e a co, e produzimos um, com aquela força de Euclides da Cunha Morte e conquistar o amor de Dulcineia (Gabriella Pace, so- em Os Sertões, de José Américo de Almeida em A bagaceira, e prano), desaguando em uma apoteose carnavalesca puxada por do próprio Ariano em sua cômica e luminosa ‘viagem’ que são o frevos e maracatus. Auto da Compadecida e o Romance da pedra do reino”.

O compositor Eli-Eri Moura DIVULGAÇÃO

16 Dezembro 2009 CONCERTO Por Júlio Medaglia

[email protected] Visitando Mário de Andrade Em mais de uma centena e meia de artigos aqui publicados, nunca abordei uma figura exemplar de nossa inteligência, por muitos considerado o maior intelectual brasileiro do século XX, o paulista Mário de Andrade.

os mais de treze anos de escrita de crônicas mensais para esta CONCERTO, já abordei a vida e a obra de N centenas de autores, personagens e fatos de interesse para a movimentação artística brasileira. Tudo que me pareceu enriquecedor do raciocínio cultural procurei trazer aos leitores desta revista tão densamente informativa. Mas, nesse desejo de ampliar horizontes, de buscar em contextos culturais distantes informações que me pareciam úteis – sobretudo para fugir dos males ou do pânico do provincianismo limitador – esqueci, às vezes, de observar ou comentar realidades ou personagens pró- ximos, surpreendentemente de igual valor e importância para nossa ação intelectual. Em mais de uma centena e meia de ar- tigos aqui publicados, nunca falei de uma figura exemplar de Mário de Andrade em nossa inteligência, por muitos considerado o maior intelectual óleo de Lasar Segall, de 1927 brasileiro do século XX, o paulista Mário de Andrade. (Coleção de Artes Visuais Se sua obra hoje se encontra devidamente integrada na his- do IEB-USP) REPRODUÇÃO tória cultural brasileira, não significa que tenha nela penetrado com naturalidade e aplausos. No fim de sua curta existência de 51 anos, Mário chegou a ser reconhecido como um observador burguesia brasileira de então, assim como explicita as desigual- arguto, intérprete criativo e crítico mordaz da realidade nacio- dades sociais. Sua mente repleta de meios de expressão e lingua- nal. Mas, no decorrer da vida, sua postura intelectual competen- gens não deixava nenhum segmento da movimentação social te, arejada, irrequieta e criticamente irônica trouxe-lhe muitas brasileira sem sua rigorosa análise e interpretação – por meio da dificuldades e desprazeres. E não nos esqueçamos que a forma beleza de suas palavras. como idealizou um departamento de cultura para a Prefeitu- Todos esses fatos me vieram à mente agora, assim como o ra de São Paulo, que chegou a fundar, levou-o praticamente à desejo de comentá-los, a propósito de minha eleição pela quase morte, em consequência de fortes depressões por ele sofridas totalidade dos membros para a Academia Paulista de Letras. E diante do comportamento de seus superiores da área política, para ocupar a cadeira de número 3, exatamente aquela que per- que o demitiram impiedosamente sem que ele concluísse seus tenceu a Mário de Andrade. projetos. Já em seu tempo, os donos do poder tratavam a ação Como dar sequência ao legado desse gênio que deu status cultural pública como uma perfumaria supérflua com a qual se cultural à paulistaneidade? Como exercer influência cultural em pagam as dívidas políticas mais baratas. uma megalópole que em nada lembra a descontraída pauliceia Se neste final de ano festeja-se com grande entusiasmo a desvairada do grande poeta, romancista, músico, crítico, perso- figura de nosso compositor maior do século XX, Heitor Villa- nagem mítica do século mais revolucionário da história? Como Lobos, é bom que se saiba que a carpintaria estética desenvol- tentar provocar valores culturais consistentes em uma cidade e vida por ele em sua longa obra tem a ver com as propostas e um país tão voltados para a excitação superficial e pirotécnica posturas de Mário de Andrade – não por coincidência ambos patrocinada pelos meios eletrônicos de massa? Como enfrentar lideraram em suas áreas a revolucionária Semana de 22 no Tea- a mentalidade do rápido “consuma & descarte”, que funciona tro Municipal de São Paulo, que apontou novos rumos a nossa muito bem para o consumo de celulares, automóveis ou tênis, cultura. Uma república extrativista localizada nos cafundós da mas que para o cultivo do valor cultural não acrescenta nenhum América do Sul, que nada mais fazia que copiar padrões cultu- componente ou mecanismo novo? rais e de comportamento da “civilizada Europa”, de uma hora O que me encoraja nessa nova fase de minha vida é a possi- para outra – e com atraso... – se impõe no cenário universal a bilidade de conviver com personalidades tão brilhantes de vida partir da assimilação da tradição ocidental e ao mesmo tempo cultural deste estado presentes naquela Academia. Personagens de uma visão crítica e bem-humorada desta. E as propostas de superativas, que em suas áreas são expoentes, vanguardistas, e Mário idealizavam também um nacionalismo humanista e nada com as quais vou dialogar semanalmente. São poetas, literatos, místico ou abstrato. Isso foi proposto em sua vida e em sua obra autores de peças teatrais, obras televisivas, contos infantis, tri- e realizado em música por Villa e seus seguidores. butaristas, críticos da realidade brasileira, sociólogos, jornalis- Mas, se a partir dos poemas de “Pauliceia Desvairada”, tas, juristas, ambientalistas, historiadores, um religioso e agora de 1922, ele praticamente lança as bases do modernismo, de também um músico. Pretendo assim enriquecer minha perso- um novo conceito estético para os trópicos (seguidos por tantos nalidade para fazer jus à sucessão de Mário e prestar serviço à compositores), por meio de outros contos Mário realiza uma inteligência e às artes de meu país – também por meio dos textos crítica ferrenha ao comportamento pedante de uma parte da desta revista.

CONCERTO Dezembro 2009 17�� Geniais inventores de um Brasil novo

Livro “Testemunho” de Darcy Ribeiro revela afinidades do genial antropólogo com a personalidade de Villa-Lobos.

Por João Marcos Coelho

avia nele um compromisso ético de mudar a socieda- livro: “Um documentário exaustivo do sofrimento que me custa de, tornar realidade o outro mundo que sabia possível, ser tal qual sou. Sofrimento que eu escondo, discreto, atrás da “H contribuir para nos transformar no que poderíamos e vaidade mais desvairada.” deveríamos ser, e para que não continuássemos a ser o que fi - O primeiro texto lembra o Villa inventando que escapou zeram (ou o que deixamos que fi zessem) de nós.” Não, essas de ser cozinhado em uma enorme panela pelos índios, como palavras não foram escritas a propósito de Heitor Villa-Lobos, fabulou a uma jornalista parisiense em 1923. Intitula-se “Loa” o compositor brasileiro que “teve a suprema indelicadeza de e foi publicado na Argentina em 1979 como se fosse de outra ir-se embora num 17 de novembro de 1959”. Mas cabem pessoa falando dele. Mas é Darcy o seu autor. como uma luva em seu perfi l. Tomo a liberdade de completar Ao falar da volta do exílio latino-americano depois de 11 e juntar duas frases de Eric Nepomuceno. Ele as escreveu anos, entre 1964 e 1975 (antes, foi ministro da Educação no como prefácio ao livro “Testemunho”, uma coedição da Edi- Brasil entre 1955 e 1964), diz que “retornei, sempre disposto a tora Apicuri e da Editora da Universidade de Brasília que cheirar ou feder, conforme o nariz”. E conclui: “Sua última fa- recentemente chegou às livrarias. çanha foi receber o título de doutor honoris causa da Sorbonne. O livro reúne depoimentos, entrevistas e pequenos artigos es- Ninguém sabe por que.” critos por Darcy Ribeiro (1922-1997), um gênio brasileiro tão múl- As idéias de ambos, desde que intercambiemos as palavras tiplo que fi ca difícil enquadrá-lo. Antropólogo de profi ssão, foi um música e cultura, estão muito próximas, apesar da distância dos maiores educadores brasileiros de todos os tempos, polemista histórica. “Cultura é, para mim, o modo singular de um povo feroz, sonhador das melhores utopias para o país, lutador que jamais exercer sua humanidade: audível, na língua que fala ou na for- descansou, mesmo em condições absolutamente desfavoráveis. ma que canta; visível, nas coisas típicas que faz; observável, nos Vi Darcy em ação uma vez, nos anos 1980, em São Paulo, seus modos peculiares de conduta. Assim entendida, a cultura em uma mesa na qual havia vários outros intelectuais e persona- é atributo nosso, mas o é também dos xavantes e dos chineses.” lidades públicas. Darcy engoliu-os a todos com sua fi gura fasci- Impressionante como ele incorpora aqui talvez o conceito mais nante. Ele seduzia plateias como seduziu políticos a abraçarem revolucionário de Lévi-Strauss, morto no mês passado aos 100 seus projetos educacionais. E escreveu livros dos quais nenhum anos: o de que não há diferenças de natureza entre a cultura brasileiro pode abrir mão, se quiser preservar minimamente sua dos índios e a nossa, tida como superior. Não há hierarquia, não identidade nacional. somos mais “evoluídos”. São, apenas, culturas diferentes. O viés educacional une as fi guras do Villa e de Darcy Ribei- ro. Mas não só isso. Eles tiveram a vontade férrea e ciclópica de CULTURA POPULAR & ERUDITA mudar realidades perversas. Para tarefa tão espetacular, eram Não resisto em citar uma pensata maravilhosa de Darcy necessários homens com egos gigantescos. E nisso eles são tam- sobre cultura popular e cultura erudita – algo que nos interessa bém iguaizinhos. Assim como o Villa, Darcy reinventava o Brasil particularmente. “Às vezes é útil, ainda que seja sempre perigo- a cada segundo. Na apresentação de “Testemunho”, escreve: so, falar de cultura popular e cultura erudita. Gosto de pensar “Admito com toda desfaçatez que gosto demais de mim e que que essas são as duas asas da cultura que, sem vigor em ambas, me acho admirável. Creio mesmo que todo modesto tem razão: não voa belamente. É preciso reconhecer que uma não é melhor cada qual sabe de si. O diabo é que ninguém me adianta as ex- nem pior, superior ou inferior à outra. São apenas diferentes pressões de admiração a que faço jus. Injustiçado, entro na liça e, porque distintas, se intercambiam, abeberando-se reciproca- para tomar o que é meu: a admiração alheia. Não precisava ser mente. [...] Nosso desafi o está precisamente em criar, no plano assim [...] Mas sou insaciável.” cultural, com fundamento em nossos modos de ser, gêneros equivalentes [aos da cultura europeia]. Novos gêneros que culti- “CHEIRAR OU FEDER, CONFORME O NARIZ” vemos com gosto e, quem sabe, até exportemos.” Parece o Villa, dizendo que inventou a música brasileira; Um último conselho aos perversos acenos recentes de ins- que foi a Paris para mostrar sua música, jamais para aprender; tituições culturais ofi ciais no sentido de interferir no rumo da ou o Villa tão vaidoso que alterou datas de suas composições só criação cultural brasileira: “Política cultural não pode ser mais para evitar constatações (humilhantes para ele) de que havia do que o estímulo generoso do Estado para que a criatividade sido infl uenciado por Stravinsky, por exemplo. popular e a erudita fl oresçam, sem nelas jamais interferir.” Mais Não adianta buscar coerência em personagens como esses. do que uma postura, este deve ser um dogma pétreo em matéria Villa assinaria sem dúvida estas palavras de Darcy sobre este de política cultural. Hoje e sempre.

18 Dezembro 2009 CONCERTO

Profissão maestrina

Entrevista com Você acaba de reger dois concertos com a Sinfônica de Campinas e Nelson Freire, já caminhando para o encerramento da temporada 2009. Como avalia seu primeiro ano de atuação como regente titular do grupo? Lígia Amadio Foi um ano muito construtivo; modéstia à parte a temporada foi excelente. Fizemos grandes sinfonias, trouxemos solistas importantes como os pianistas Linda Bustani, Fanny Solter, Nelson Freire e Eduardo Monteiro, além de violinistas como Daniel Guedes e Yang Liu. Sinto que o grupo está crescendo artisticamente, mas obviamente que um ano é muito pouco para eterminação e garra nunca faltaram à maestrina Lígia uma orquestra assimilar todas as exigências e particularidades Amadio. A seriedade e qualidade de seu trabalho têm sido do pensamento artístico de um regente. Já houve mudanças no- D reconhecidas no meio musical e rendido-lhe novos desa- tórias que o próprio público, músicos e solistas convidados teste- fios. Este mês ela conclui seu primeiro ano como regente titular da munharam, entretanto esse é só o início de um longo caminho. Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, ao mesmo tempo em que faz o concerto de estreia com a Orquestra Sinfônica da USP Também recentemente você regeu a Orquestra da (Osusp), na qual passa a desempenhar o mesmo cargo. Apesar de Universidade Nacional de Cuyo, da qual foi titular, e se estudar piano desde os cinco anos de idade, Lígia optou por cursar apresenta com frequência frente a orquestras latino- engenharia, mas percebeu que não conseguia viver longe da música americanas – o que não é muito comum entre regentes e preparou-se para uma mudança de rumos. Concluído o curso na brasileiros, que se dirigem mais à Europa e à América do Escola Politécnica da USP foi estudar regência na Unicamp, fazendo Norte. Como se deu essa aproximação? estudos paralelos e correndo contra o tempo pelo fato de se sentir Realmente rejo muito pela América Latina. Trabalhei três anos “velha” aos 22 anos, ao lado de colegas de 18. Esforçou-se tanto na em Mendoza a partir de uma votação dos próprios músicos que empreitada que acabou adiantando-se à maioria deles e aos 33 anos indicaram meu nome (eu já tinha atuado frente à orquestra por tornou-se regente titular da Orquestra Sinfônica Nacional (OSN), dois anos como convidada). Também em Buenos Aires trabalhei em Niterói. O fato de ser mulher em uma das carreiras mais fecha- bastante, dirigindo pelo menos três vezes ao ano a Filarmônica das para o sexo feminino nunca foi problema para Lígia, que soube de Buenos Aires no Teatro Colón. Essa relação começou pois o abrir seus espaços. Entre 2000 e 2003 ela foi também regente titu- titular do grupo me viu comandando a Sinfônica Nacional, no lar da Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo, em Chile, e me convidou para ir a Buenos Aires. Comigo as coisas Mendoza, Argentina. Foi na USP que Lígia Amadio concedeu esta funcionam assim, as pessoas me veem atuando em algum lugar entrevista à Revista CONCERTO, em meio a uma agenda intensa e me convidam para ir a outro – sempre tem alguém que vê o seu que incluía compromissos na Argentina, concertos com a Sinfônica trabalho, gosta, recomenda a outra pessoa. Não costumo ir atrás de Campinas e a definição da temporada 2010 da Osusp. de nada, não é o meu estilo. Também rejo na Europa, mas como é um mundo mais distante do nosso é mais difícil que as pessoas te vejam atuar, então as oportunidades são mais escassas. Por Camila Frésca Por mais de dez anos você esteve à frente da Orquestra Sinfônica Nacional, ligada à Universidade Federal Fluminense. O que de mais importante acha que construiu com o grupo ao longo dos anos? Foi uma relação muito intensa. Acho que fomos num crescen- do artístico. Estabeleci bases para que houvesse temporadas com perfil definido por meio de um pensamento estético, -es tabelecemos parâmetros de disciplina no dia-a-dia da orques- tra. Para minha carreira foi muito importante a passagem pela Sinfônica Nacional, devo muito a ela e sou grata ao trabalho

20 Dezembro 2009 CONCERTO certa forma um chamado paterno: tive uma relação forte e boni- ta com meu pai e acredito que ele sonhava que eu liderasse sua empresa. Já o mundo das artes foi um chamado materno. Mi- nha mãe sempre cantou em coro, tem uma voz maravilhosa, e cresci escutando ensaios em igrejas, frequentando concertos. Portanto acho que somos produto da nossa formação. Além disso, a questão da regência não teve nada a ver com mun- do masculino ou feminino, mas era antes um mundo que me interessava. Embora tenha estudado piano desde criança, eu não me considerava apta a seguir carreira de instrumentista, e enxerguei na regência uma forma de atuação viável no campo da música. Achei que ali poderia ter um bom desempenho. Porém, tudo é uma combinação de esforço, muito trabalho e sorte. Tive sorte também, pois há tanta gente competente, inteligente e que estuda muito mas que não consegue um lugar nesse mundo tão fechado que é o da regência.

Como você iniciou a faculdade de música somente após concluir a de engenharia, costuma contar que teve que vencer uma sensação de estar atrasada em relação a seus colegas. Exato. Eu tinha um complexo enorme, me julgava velha em relação aos colegas de graduação. Corri contra o tempo e no final fiz tudo mais rápido do que as outras pessoas porque achava que estava sempre atrasada. Sempre lutei contra esse atraso e no final percebi que tinha feito coisas demais em muito pouco tempo, isso à custa de muito sacrifício físico, mental e emocional.

E uma das coisas que você fez, paralelamente à faculdade, foi estudar com Koellreutter. Como foram os

DIVULGAÇÃO / ISABELA SENATORE DIVULGAÇÃO anos de aprendizado com esse grande educador? Foi uma experiência maravilhosa. Ele era um verdadeiro mes- que tive a oportunidade de realizar. Muitos progressos foram tre, aquela pessoa que te estimula intelectualmente sem traçar feitos, mas claro que esbarramos em limitações estruturais e os caminhos para você. Eu diria que juntamente com meu financeiras. Os nossos sonhos não conseguem ser realizados professor de regência, Henrique Gregori, Koellreutter foi meu porque não há um verdadeiro apoio das autoridades para a mú- maior professor na música. Estudei com ele harmonia, contra- sica erudita no Brasil. Nós estamos à deriva, cada um faz por si ponto, estética, análise e até regência, pois achava que além da – pequenos ou grandes progressos –, mas é sempre um esforço faculdade eu necessitava de um complemento mais refinado. individual. Há eventualidades fortuitas, como o encontro de Me lembro da turma de estética, eram umas dez pessoas e tínha- um líder musical com um líder político, que se entendem e mos aula às sextas-feiras. Nós éramos jovens, mas quando saía durante um tempo caminham com objetivos comuns, mas isso dali, em vez de querer me divertir, eu não conseguia dormir de não é uma política cultural. tão fervilhante que minha cabeça ficava. Eram tantas questões que ficavam no ar, tantas maravilhas. Foi uma época muito bo- Já lhe perguntaram muitas vezes sobre suas escolhas nita da minha vida. de carreira, primeiro a engenharia e depois a regência, áreas tradicionalmente dominadas por homens. Agora você está na Osusp prestes a fazer seu concerto de Você acredita que seu interesse por elas foi apenas estreia, no dia 8, e assumirá o grupo de fato a partir de coincidência ou julga que há algum aspecto de sua 2010. Como surgiu o convite e qual sua expectativa para personalidade que lhe atrai para desafios ou caminhos o próximo ano? não usualmente seguidos por mulheres? Recebi essa grata surpresa de ser convidada pelos músicos sem Certamente devo ter algum aspecto de minha personalidade que nem mesmo saber que eles estavam procurando um regen- me atrai para esse tipo de desafio, mas na verdade acho que tudo te. Eu nunca havia regido a Osusp mas conhecia vários mú- isso é questão de educação e formação. Eu não sou sexista para sicos de atuações em outras orquestras. Após alguns meses nada, não acho que existam coisas naturalmente para mulheres de negociações, começamos a trabalhar em agosto. Minhas ou para homens; o que existe são hábitos culturais. Como nasci expectativas para 2010 são as melhores possíveis. Acho que a numa família em que não fui incentivada a enxergar o mundo orquestra, que já vem desempenhando um belíssimo trabalho dessa maneira, não cresci com esses preconceitos. Meu pai ti- nos últimos anos, terá uma temporada impressionante. Posso nha uma indústria mecânica e desde os dois anos de idade eu adiantar que faremos um ciclo Schumann e muita música bra- circulava por ela, mas também brincava de boneca em casa. Nós sileira – temos como projeto tocar música brasileira em todos somos múltiplos, não podemos ficar enquadrados num rótulo. os concertos do ano. Não tive problemas em frequentar o chamado mundo masculi- no, já que eu não o encarava assim. Entrar na engenharia foi de Obrigada pela entrevista.

CONCERTO Dezembro 2009 21�� Paulo Maron, maestro

Em dezembro São Paulo assistirá à ópera Utopia, limitada, de Gilbert e Sullivan. Responsável por tornar pública a obra da dupla britânica é o maestro Paulo Maron, criador e diretor do Núcleo Universitário de Ópera.

Por Camila Frésca

produção cultural no Brasil, hoje, sobrevive principal- mente graças a iniciativas diretas do governo ou via leis A de isenção fi scal – que têm sido usadas de forma indis- criminada e até mesmo escandalosa, como alguns exemplos re- centes na mídia demonstraram. Se antes um cantor popular ou uma montagem de ópera podiam se autofi nanciar pela bilheteria, atualmente os altos custos de produção inviabilizam a quase tota- lidade de projetos que não desfrutem de algum benefício. Em tal contexto, não deixa de impressionar a existência de um grupo estável de ópera totalmente desvinculado de institui-

ções públicas e que, ainda que consiga apoio e patrocínio para DIVULGAÇÃO projetos pontuais, é estruturado para caminhar independente deles. Esse é o caso do Núcleo Universitário de Ópera (NUO), gramar as coisas sem ter surpresas de última hora.” Remando que o público paulistano fã do gênero certamente já viu – ou ao contra a maré de incentivos fi scais, o NUO paga suas produções menos ouviu falar de alguma de suas montagens. com o dinheiro que vem da venda de ingressos. “Percebi que Seu idealizador é o maestro e compositor Paulo Maron que, não podíamos fi car dependentes de patrocínio pois seria algo com mais de 20 anos de carreira, está acostumado a criar os pró- muito instável; não teríamos realizado 12 produções e lançado prios grupos que dirige e conduzi-los de forma independente. três DVDs. É uma estrutura rara mas possível. Nesse sentido, me O caminho foi menos uma opção do que uma imposição do meio: vejo como um empresário, resolvi iniciar um empreendimento “O ambiente musical no Brasil, especialmente na regência, é mui- e apliquei meu próprio dinheiro. E dá retorno. Quer dizer, não to restrito. Noventa por cento das orquestras (que são poucas) são ganhamos rios de dinheiro, mas dá para se manter.” mantidas pelo Estado. Percebi que se eu quisesse ter liberdade de Um dos diferenciais do NUO são as montagens de opere- trabalho, de repertório, teria que fazer outras coisas.” Foi assim tas da dupla de ingleses W.S. Gilbert e Arthur Sullivan, autores que, logo ao sair do curso de graduação na Universidade São Judas extremamente populares no meio musical britânico do último Tadeu, em 1987, Maron criou a Orquestra de Cordas Philarmo- quartel do século XIX. Maron revela que tudo surgiu na busca nia, mais tarde ampliada e rebatizada Orquestra Filarmonia. Com de obras diferenciadas. “Eu estava em busca não apenas de um essa orquestra, ainda em atividade e formada principalmente por repertório adequado para os cantores – tanto do ponto de vista estudantes, apresentou mais de 300 obras, incluindo primeiras vocal quanto do cênico – mas de algo que atraísse a atenção de audições no Brasil de compositores do século XX como Copland, um público novo, não habituado a frequentar a ópera. Foi assim Shostakovich, Sibelius, Khatchaturian e Malcom Arnold. que pensei em O Mikado, produzido em 2004 e que foi um Em 2003, quando a Filarmonia já contava com um público grande sucesso. Desde então temos realizado pelo menos uma assíduo a seus concertos, Maron criou o Núcleo Universitário de montagem da dupla por ano e, à exceção do Mikado, todas as Ópera, unindo a orquestra a cantores no intuito de manter um montagens de Gilbert e Sullivan que fi zemos foram estreias bra- grupo estável de produção, com ênfase na montagem de títulos sileiras.” O Núcleo é reconhecido, pela fundação que adminis- inéditos ou pouco ouvidos no país. A bem-sucedida iniciativa co- tra a obra dos autores, como o único grupo estável da América memora agora seis anos de existência e 12 montagens. “Orques- Latina especializado em sua encenação. tra e cantores do NUO são um grupo estável. Digo que somos Após a apresentação de títulos como Os piratas de Penzance uma espécie de companhia de ópera performance que visa tam- e HSM Pinafore, sobe ao palco do Theatro São Pedro este mês bém formar os artistas”, afi rma Maron. A estrutura do NUO gira Utopia, limitada, penúltima das 13 operetas escritas por Gilbert em função de montagens operísticas. “Todo semestre, quando e Sullivan. “Trata-se de uma sátira política que tem tudo a ver há vagas, abrimos inscrições para jovens cantores universitários, com o momento mundial atual”, adianta o regente, que acredita já pensando na montagem de um título determinado. Fazemos que ela entrará para o rol das montagens mais importantes da dois ou três ensaios por semana, iniciando quatro meses antes história do grupo. “Um mês antes das récitas, já estava tudo de cada produção. Além da voz, desenvolvemos uma metodolo- absolutamente pronto.” gia cênica com os cantores, com trabalhos corporais e técnicas Paulo Maron, que já atuou intensamente como professor que vêm do teatro e da dança contemporânea”, conta. universitário, hoje prefere dar aulas particulares em horários Para Maron, o fato de ser um grupo independente traz van- que não interfi ram em seu trabalho com o NUO, sua principal tagens. “Para ter uma companhia estável, viva, é preciso pensar ocupação. “Hoje digo com orgulho que o Núcleo está ‘exportan- com muita antecedência em tudo. Nós, por exemplo, já estamos do’ cantores e virando referência. Temos ex-cantores atuando na pré-produção dos espetáculos de 2010, pois podemos pro- pelo Brasil e até na Europa.”

22 Dezembro 2009 CONCERTO

Música internauteira brasileira

Por Clóvis Marques

xplorar possibilidades e encontrar novos caminhos é hoje Brasilis, enriquecidos por comentários que permitirão acompa- quase uma obrigação na música de concerto. Os públi- nhar o desenrolar da obra.” E cos ou estão muito presos a velhos hábitos ou não sabem Professora de didática da música no Conservatório Brasilei- como chegar perto. Vá a um concerto no Rio de Janeiro, e o mais ro de Música, Adriana Rodrigues Didier está dando aos conte- difícil é encontrar gente com menos de 45 ou 50 anos. údos, fornecidos por musicólogos como Carlos Alberto Figuei- Entre os frequentadores habituais e os curiosos que temem redo, Adriano Meyer e Guilherme Camargo, uma feição mais não se “encaixar” num ambiente em que se faz essa música, a amigável para o público. cravista Rosana Lanzelotte é uma das musicistas mais ativas, no “Na escuta guiada”, explica Adriana, “o usuário dispõe Brasil, quando se trata de aproximar e propiciar. Já responsável, da partitura no computador, mas terá uma descrição dos com- há 20 anos, pela série Música nas Igrejas – que apresentou mais passos, com a minutagem. Enquanto a partitura vai passando, de 250 concertos em 42 igrejas de 30 bairros do Rio de Janeiro ele pode ler um texto que chama a atenção, por exemplo, –, ela resolveu ultimamente promover uma outra convergência: para os instrumentos que se destacam na festiva introdução da música com a informática, sua primeira profissão. do Glória de José Maurício ou a entrada em uníssono do coro. Com apoio do BNDES, Rosana está transformando o Músi- Lerá explicações sobre o que é uníssono, de onde vem a pala- ca nas Igrejas em uma nova série, Musica Brasilis. Mantendo a vra coral, o que é uma modinha, o que quer dizer fermata, e vinculação com espaços religiosos do catolicismo – muitos deles assim por diante...” restaurados pela estatal –, o circuito contempla a divulgação “Estive em um concerto da Filarmônica de Nova York pela internet dos concertos gravados e comentados. Será pos- quando começaram uma experiência de distribuir palms sível, assim, atender à curiosidade dos públicos neófitos e dar [pequenos computadores de bolso] para quem quisesse ler prazer aos mais experimentados. comentários explicativos”, prossegue Rosana Lanzelotte. Com ênfase em repertórios brasileiros, a série começou “Desde então, essa ideia me persegue. É a chave para ampliar em novembro com música de Villa-Lobos, no cinquentenário o público. E a internet é a ferramenta ideal, podendo ajudar de sua morte, convivendo em oficinas e master classes à distância. O Brasil é grande com a de Lorenzo Fernandez, demais. Jovens músicos de locais distantes não têm acesso a Pixinguinha ou Bach e Vivaldi. bons professores. Por que não usar a internet para permitir a E os concertos já estão sendo troca de experiências?” “formatados” para futura apre- A itinerância do Musica Brasilis acontece este ano em sentação on-line. cinco cidades: Rio, São Paulo, Recife, Tiradentes e Ouro Pre- “Os músicos querem ter to, com 40 concertos até 17 de dezembro. Além das apresen- acesso às partituras e os lei- tações abertas ao público, a série oferece oficinas para jovens gos querem se aproximar do músicos em Recife e concertos didáticos para estudantes do universo da música clássica”, ensino fundamental e médio em todas as cidades. Pretende justifica Rosana. “Sabemos também contribuir com materiais de apoio à reintrodução do que existe uma resistência de ensino de música nas escolas. pessoas que dizem que ‘não Sobre os repertórios, Rosana, que lança este mês uma bio- entendem’. Muito do reper- grafia romanceada de Sigismund Neukomm – Música secreta. tório clássico não precisa ser A viagem de Sigismund Neukomm ao Brasil (1816-1821) [leia entendido, pois fala direta- mais na coluna Livros desta edição] –, revela que este compositor mente às emoções. Mas outros merecerá especial atenção: “Considero que o resgate de Neu- repertórios seriam mais bem komm ainda não está completo. Ele escreveu 70 obras no Brasil, apreciados sendo ‘explicados’. ainda há muito o que fazer. É o repertório que inaugura a nossa A ideia é apresentar no site os música instrumental, o primeiro em que se misturam os gêneros concertos que serão filmados popular e clássico. Tenho recebido muitos pedidos em relação a Rosana Lanzelotte no Circuito BNDES Musica partituras de Neukomm. Estarão em breve no site.” DIVULGAÇÃO

24 Dezembro 2009 CONCERTO

Por Lauro Machado Coelho

Neste mês, a Orquestra Petrobras Sinfônica apresenta uma das Alexander principais obras de Alexander von Zemlinsky, a ópera O anão. (Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, von Zemlinsky dias 19 e 20 de dezembro.) (1871-1942)

período em que Zemlinsky viveu condicionou as mas, lisonjeada por sua adoração, não lhe tirava as esperanças. fl utuações estilísticas de sua obra. Educado na Vie- Porém, ela casou-se em 1902 com Mahler (e, depois de sua O na dominada pelo classicismo brahmsiano, atingiu a morte, com o arquiteto Walter Gropius e com o romancista maturidade na plena turbulência fi m-de-século do art nouveau. Franz Werfel). Alma o respeitava como artista, mas em sua Ele atravessou a fase expressionista do pós-guerra, primeiro ce- autobiografi a descreve-o em termos cruéis: “Era baixinho, dendo a sua tentação; depois, reagiu a seus excessos, aderindo à sem queixo, desdentado, pouco asseado, e sempre rescendia Nova Objetividade e ao infl uxo do teatro político de Kurt Weill. a botequins baratos...” Zemlinsky haveria de casar-se com Ida Por esse motivo foi acusado de falta de unidade de estilo, algo Guttmann em 1907 e, depois que ela morreu, em 1929, com difícil de exigir de um homem aberto a todas as infl uências, sua aluna de canto Luise Sechsel, 30 anos mais nova do que desde as de suas origens multiculturais. ele – mas o trauma do amor desprezado deixaria marcas pro- Alexander von Zemlinsky nasceu em Viena, em 14 de ou- fundas em sua obra. tubro de 1871, de avô húngaro, Anton Semlinski, e avó aus- Em 1904, Zemlinsky trocou o Carltheater pelo recém- tríaca. Sua mãe era iugoslava, fi lha de pai judeu sefardita e mãe inaugurado Jubiläumstheater. Naquele ano, fundou, com muçulmana da Bósnia. Para casar-se com ela, o pai de Alexander Schönberg, uma sociedade destinada a promover a música converteu-se ao judaísmo. Passou também a grafar seu sobreno- moderna. Seu trabalho como regente e animador cultural me com “z”, e o fez preceder do aristocrático “von”, apesar da valeu-lhe o convite de Mahler para ser seu assistente na Ho- origem burguesa de seus antepassados. Alexander matriculou- foper, mas, em solidariedade a ele, acompanhou-o quando a se no Conservatório em 1884, e chamou a atenção de Brahms oposição antissemita encabeçada por Felix Weingartner o le- que, em 1896, recomendou ao editor Simrock a publicação de vou a demitir-se em 1907. Voltou, então, a seu antigo teatro, seu Trio de clarinetes. Professor de composição respeitado, rebatizado de Volksoper, ao qual aplicou o estilo inovador de Zemlinsky teve em Schönberg seu aluno predileto e ligou-se a planejamento de repertório aprendido com Mahler: entre ou- ele por laços de família, quando Arnold casou-se com sua irmã tras coisas, regeu a estreia vienense da Salomé e da Ariane et Mathilde. Zemlinsky era o regente titular do Carltheater, quan- Barbe Bleue, de Paul Dukas. E, na temporada de 1910, fez sua do o sucesso de sua Sinfonia nº 2 (1897) encorajou Gustav ópera Kleider machen Leute (O hábito faz o monge), cujo ecle- Mahler a reger a estreia de sua ópera Es war einmal... (Era uma tismo de escrita é típico de uma época em que o romantismo vez...), na Hofoper, em 22 de janeiro de 1900. tardio do Don Quichotte, de Massenet, ou o verismo da Fan- A essa altura, Alexander estava perdidamente apaixonado ciulla del West, de Puccini, convivem com o simbolismo do por uma aluna, a belíssima Alma Schindler. As cartas trocadas Martyre de Saint-Sébastien, de Debussy, o Neorromantismo por ambos demonstram que Alma não se interessava por ele, do Cavaleiro da rosa, de Richard Strauss; ou com obras como

Zemlinsky posa ao lado do piano O jovem Alexander Mahler rege a estreia de sua Simrock publica seu ópera Es war einmal. Estréia de O anão e Trio de clarinetes. Puccini – Tosca composição da Sinfonia Lírica. Brahms – Quatro Charpentier – Louise Enquanto diretor do Neues Nielsen: Sinfonia nº 5 Canções Sérias. Mahler – Sinfonia nº 4 Deutsches Theater de Praga Bartók: Sonata para violino Strauss – Don Quixote. Debussy – Nocturnes (1911-1927), compõe Uma nº 2 Puccini – La bohème. Sibelius – Finlandia tragédia fl orentina. Milhaud: A criação do mundo 1896 1900 1917 1922

1871 1904-1907 Alexander von Zemlinsky É assistente de Mahler na Hofoper. nasce em Viena em 14 de 1904 – Mahler: Sinfonia nº 6 / 1905 – Strauss: Salomé 1906 – Schönberg – Sinfonias de câmara nºs 1 e 2 outubro de 1871. Zemlinsky na 1907 – Mahler – Sinfonia nº 8 Verdi – Aida maturidade

26 Dezembro 2009 CONCERTO Erwartung, de Schönberg, e O Castelo Na década de 1920, Zemlinsky escreveu apenas três do Duque Barba Azul, de Béla Bartók, peças instrumentais de grande importância, fundamentais carregadas de infl uência expressio- para a sua reabilitação póstuma: a monumental Sinfonia líri- nista. Não há por que cobrar unidade ca (1922), para soprano e barítono, sobre poemas do indiano de estilo de uma ópera nascida nessa Rabindranath Tagore, cujo modelo é a Canção da terra, de encruzilhada e fertilizada pelas forças Mahler; o Quarteto nº 3 (1924), o mais refi nado dentro de mais divergentes. uma série de quatro; e as Canções sinfônicas (1929), com A plena maturidade do idioma textos de quatro poetas negros americanos: Langston Hughes, teatral afi rma-se em Eine fl orentini- Countee Cullen, Frank Horne e Jean Toomer (por sinal, os sche Tragödie (30 de janeiro de 1917; preconceitos norte-americanos fi zeram com que estas últimas Württembergisches Staatstheater de só fossem estreadas nos Estados Unidos em 1965). Nesse Stuttgart), baseada em Oscar Wilde, meio tempo, em 1927, Zemlinsky fora trabalhar com Otto de sua fase 1911-1927. Nesses anos, Klemperer no Kroll Oper, de Berlim, ali fi cando até o teatro Zemlinsky dirigiu o Neues Deutsches ser fechado em 1930. Durante a década de 1920, o gosto Theater de Praga onde, em junho de do público mudara, e Zemlinsky era professor na Musikho- 1924, regeu a estreia de Erwartung. chschule quando o retorno ao realismo e a voga do teatro Mas foi também um mestre no repertó- politizado, advogados pela Nova Objetividade, inspiraram-lhe Retrato “expressionista” de Zemlinsky pintado por Arnold Schönberg rio padrão: seu Mozart foi elogiadíssimo a ópera Der Kreidekreis (O círculo de giz), baseada no mesmo por Stravínski. Na Tragédia fl orentina drama chinês de Li Xingtao que, mais tarde, seria adaptada identifi camos a plenitude do Neorromantismo (de que Franz por Bertolt Brecht. Os nazistas já estavam no poder quando Schreker e Wolfgand Korngold são também representantes ilus- Zemlinsky terminou essa ópera, e o antissemitismo o forçara a tres) que, em reação ao prosaísmo dos realistas, refugia-se em mudar-se para Viena. Com isso, foi no Stadttheater de Zurique um passado idealizado, recriado com refi namentos de estiliza- que ela estreou, em 14 de outubro de 1933. ção. Por trás dessa fachada de vida refi nada, cheia de radiante A invasão da Áustria, em 1938, forçou-o a fugir da Europa. beleza e poesia, agita-se o abismo do coração humano, com seus Ao partir para os Estados Unidos, levava na mala a partitura de impulsos reprimidos e suas deformidades psíquicas. Na verda- Der König Kandaules, baseada na peça de André Gide; mas não de, é do homem de seu tempo, e de seus confl itos e contradições conseguiu ninguém, no país de exílio, que se interessasse em internas, que esses compositores estão todo o tempo falando, montá-la. usando o passado como um espelho distante, no qual fazem seus Quando morreu em Larchmont, perto de Nova York, em contemporâneos se contemplarem. 15 de março de 1942 – de uma pneumonia que se seguiu a O Wilde do conto The birthday of the Infanta voltará a uma série de derrames –, além dessa ópera deixou, inacabadas, inspirar Zemlinsky em 1920. Na história de Der Zwerg (O anão) Malwa (1913), Der heilige Vitalis (São Guido, 1915), Raphael – cuja deformidade física é o obstáculo à realização amorosa –, oder Der Chagrinleder (1918), inspirada em La Peau de Cha- há a ressonância autobiográfi ca da obsessão de Zemlinsky por grin de Balzac, e Circe (1939). O Rei Candaules, editada por Alma. Sua identifi cação com a fi gura trágica do anão, dado de Anthony Beaumont, foi estreada postumamente, em 1996, por presente de aniversário à infanta da Espanha, que despreza o seu Gerd Albrecht, na Staatsoper de Hamburgo. amor, explica a intensidade da música que ele escreve para nar- Zemlinsky já estava morto havia sete anos quando, em rar o seu confl ito. O anão subiu à cena em 1922 e, até o advento 1949, para o programa de uma exposição sobre a sua vida, o seu do Nazismo, foi a ópera de Zemlinsky mais frequentemente en- cunhado Arnold Schönberg escreveu: “Sempre acreditei fi rme- cenada na Alemanha. Depois caiu no esquecimento até 1981, mente, e continuo a acreditar, que ele era um grande composi- quando foi revivida pela Ópera de Hamburgo. tor. Sua hora virá mais depressa do que se pensa.”

Zemlinsky e Túmulo em Viena Arnold Schönberg A anexação da Áustria o força a Trabalha com Otto Klemperer na exilar-se nos Estados Unidos. Kroll Oper de Berlim. Bartók: Concerto nº 2 para violino Janáček: Da casa dos mortos Stravínski: Dumbarton oaks Schönberg: Quarteto nº 3 Villa-Lobos: Bachianas nº 6 Stravínski: Oedipus rex Prokófi ev: Aleksandr Niévski Poulenc: Concert champêtre Hindemith: Nobilíssima visione Shostakóvitch: O nariz Lutosławski: Variações sinfônicas. 1933 1938

Zemlinsky Detalhe de conduzindo 1927 manuscrito de 1942 ensaio na Alexander von Muda-se para Viena com a chegada do Nazismo ao poder. Morre em Larchmont, perto de Suíça Zemlinsky Kodály: Danças de Galanta Nova York, em 15 de março de 1942. Prokófi ev: Concerto para violoncelo Schönberg: Concerto para piano Shostakóvitch: Concerto nº 1 para piano e trompete Villa-Lobos: Bachianas nº 7

IMAGENS: REPRODUÇÕES

CONCERTO Dezembro 2009 27 Arnaldo Cohen E O DESAFIO ROMÂNTICO No auge da carreira, pianista fala de sua trajetória e dos desafios do grande repertório romântico.

Por Leonardo Martinelli

erta noite no ano de 1972, enquanto tocava os últimos sar. Ele me disse que eu não tinha técnica, que estava cheio de acordes do Concerto para piano e orquestra nº 3, de problemas, mas que apesar disso, tinha todos os ingredientes C Beethoven, na cidade italiana de Bolzano, o pianista para ser um grande pianista.” Como na época não dispunha brasileiro Arnaldo Cohen dava os primeiros e decisivos passos de meios materiais para financiar seus estudos, Klein passou a em uma nova fase de sua vida. A ocasião em questão era a apre- dar aulas de graça para Cohen, que para manter esses estudos, sentação final do Concurso Ferruccio Busoni, competição com agora totalmente focado em uma carreira pianística, continua- um dos maiores índices de primeiros lugares não conferidos (de va a tocar violino na Orquestra do Teatro Municipal do Rio de suas 57 edições, em apenas 26 os jurados se dignaram a eleger Janeiro, além de dar aulas de matemática e física em cursinhos um vencedor) e que já havia laureado anteriormente pianistas pré-vestibulares da cidade. como Jörg Demus e Martha Argerich. Depois de dois anos se- Mas, afinal, qual é o entendimento sobre a música desse guidos sem vencedores, chegava a vez de um brasileiro chegar ícone do piano brasileiro? “Os sentimentos básicos do ser hu- ao topo desse verdadeiro Olimpo do piano contemporâneo. mano são os mesmos desde cinco mil anos atrás. Vejo a músi- A partir daí, o vencedor Arnaldo Cohen iniciaria uma carreira ca como uma linguagem alternativa, ‘inventada’ pelo homem internacional na qual o gênero concerto viria a ocupar lugar para melhor lidar com as opressões por ele sofridas, sejam elas de destaque, tanto em suas atividades artísticas quanto em sua culturais, políticas ou religiosas. Os diversos estilos musicais relação com seu amplo e fiel público. podem também ser considerados como diferentes formas de dizer as mesmas coisas. Um ‘desespero’, por exemplo, pode ser ANOS DE PEREGRINAÇÃO retratado tanto em pianíssimo como em fortíssimo.” Natural do Rio de Janeiro, Cohen iniciou seus estudos Ao longo de seus anos de carreira, Cohen executou seus musicais já aos cinco anos de idade. Porém, as primeiras notas pianíssimos e fortíssimos de várias formas, desde seus concor- emitidas pelo nosso músico não foram por meio das teclas de ridos recitais solo passando por diversas formações camerís­ um piano, mas sim pelas cordas de um violino, já que a missão ticas, entre as quais se destaca sua atuação no Amadeus Piano de ser a pianista da casa tinha sido inicialmente conferida a sua Trio entre 1988-92, anos que o pianista define como um verda- irmã, Miriam Grossmann (hoje professora de piano na UFRJ). deiro período de estudo. “Ser parceiro dos ‘Amadeus’, talvez os Porém, sorrateiramente, Cohen começou a dar algumas dedi- cameristas mais importantes do século XX, foi na realidade um lhadas e logo se dedicou também ao instrumento que o consa- aprendizado. Os ensaios, nos quais todos os detalhes são deci- graria, tomando suas primeiras aulas com Iara Camarinho. Mas didos, têm importância igual ou até maior que as performances. a dicotomia seria a principal característica ao longo de seus anos A ‘boa’ música de câmara deve ser resultante de um sincro- de formação, pois em 1968 ele se graduaria em piano na Escola nismo rítmico, musical e emocional entre seus integrantes, no de Música da UFRJ para, no ano seguinte, graduar-se também qual a combinação de diferentes timbres gera um novo som, em violino, ambos com notas máximas. Não bastassem seus único e indivisível.” dois bacharelados em música, Cohen ainda arrumou tempo para fazer o curso de engenharia, já que, naqueles tempos, uma COHEN E O ROMANTISMO carreira musical estava longe de ser uma opção financeiramen- Ao término de sua apresentação em Bolzano, Cohen ini- te segura no Brasil. ciava uma estreita relação com a obra concertante de Beetho- O papel de fiel da balança acabou sendo do pianista cea- ven, de certa forma a pedra angular de seu repertório, paralela- rense Jacques Klein (1930-1982), que residindo no Rio desde mente a outros concertos. 1940, era uma das principais referências no instrumento no Nesse contexto, é importante notarmos a importância país. “Depois de uma master class, da qual só participei por que os cinco concertos de Beethoven desempenham como insistência de uma amiga, o Jacques me chamou para conver- ponto de partida para os desenvolvimentos pelos quais o gê-

28 Dezembro 2009 CONCERTO Vejo a música como uma linguagem alternativa, ‘inventada’ pelo homem para melhor lidar com as opressões por ele sofridas. FOTO: CARLOS GOLDGRUB CARLOS FOTO: nero passaria ao longo do século XIX, por meio da estética Liszt. Os grandes compositores foram, com algumas exceções, do Romantismo e que incluiria obras de compositores como também intérpretes de suas obras. No século XVIII, Bach e Brahms, Liszt e Schumann. Porém, Cohen vê também Mo- Mozart exibiam sem pudor os seus dedos ágeis diante dos olhos zart, o mestre de Salzburg, como elemento importante na estupefatos de um público leigo. O pianista Beethoven tentava reviravolta do gênero. “Vejo o Romantismo na música tam- impressionar, por exemplo, ao tocar o Allegro con brio de sua bém como um movimento de revolta, de libertação de formas Sonata op. 22. A razão pela qual o virtuosismo atingiu seu clí- preestabelecidas. Os grandes compositores foram verdadeiros max com Liszt se deveu simplesmente ao fato de ele ter sido, profetas e Mozart, somente para citar um exemplo, já havia sem a menor dúvida, o melhor pianista dentre todos os com- plantado a semente do que chamamos de Romantismo. O ge- positores da história da música – com uma menção honrosa a nial musicólogo Charles Rosen chega a afi rmar que foi Mozart, Rachmaninov. Franz Liszt escreveu para ele mesmo, não para e não Beethoven, quem provou que o estilo clássico poderia os outros”, diz Cohen. ser destruído, e cita o Concerto da coroação (K 537, de 1788) A menção a Rachmaninov não é à toa, pois desde abril como o mais importante concerto para piano durante a fase do ano passado Cohen tem se dedicado a gravar a integral inicial do Romantismo.” de seus concertos junto à Osesp, que deve ser concluída no A partir das transformações iniciadas na passagem entre ano que vem. O que o artista vê como explicação na escrita os séculos XVIII e XIX, podemos constatar, ao longo de todo virtuosística de Liszt e de Rachmaninov não necessariamente o Romantismo, a existência de várias escolas de interpretação se aplica a outros compositores, tal como no caso dos concer- pianística, diversidade esta que se refl ete também no repertó- tos de Brahms (famoso também pela sua antipatia por Liszt). rio concertante. Temos assim tanto uma escrita mais orientada “Os concertos de Brahms são revolucionários, tanto do ponto para a tradição, com os olhos voltados para o passado, quanto de vista formal como instrumental. Ao contrário do que ocor- uma que reinventa a técnica, o que resulta em criações que re na tradição clássica, não há cadências ao fi nal do primeiro impõem aos intérpretes grandes desafi os. E é aqui que Arnaldo movimento. O Concerto nº 2 tem quatro movimentos, em Cohen está em casa. vez dos tradicionais três. E no último, Brahms escreveu uma Este mês, Cohen abre espaço em sua concorrida e dispu- passagem quase impossível de ser tocada (uma escala de ré tada agenda de concertos para apresentações em São Paulo maior em intervalos de terças). Não acredito que o próprio junto à Osesp, com a qual interpretará o aclamado Concerto Brahms tenha conseguido tocar exatamente o que escreveu. opus 16 de Edvard Grieg (1843-1907). “Tocar compositores Ou mesmo 95% dos pianistas que por ventura tenham execu- de períodos distintos, como Beethoven e Grieg, é como transi- tado essa obra”, conclui. tar em mundos opostos e que propõem mensagens diferentes. Se as dificuldades técnicas do repertório concertante Pela própria escrita musical e pianísitica, ‘ser’ emocionalmente romântico fazem dessa atividade uma arte do impossível, intenso em Grieg pode parecer mais fácil, ou natural, do que saber lidar com essa realidade é algo que Cohen aprendeu em Beethoven. Ao mesmo tempo, dar um cunho pessoal a uma há muito tempo. obra tão conhecida quanto o concerto de Grieg acaba se tornan- do o grande desafi o.” ARTE VERSUS CARREIRA No verdadeiro microcosmo que constitui o piano do Vencer um Concurso Ferruccio Busoni pode ser o ponto Romantismo, é inegável a áurea de mistério e desafi o que as de partida para uma série de oportunidades que, em conjunto, obras de Liszt desempenham dado seu alto grau de virtuosis- engrossam o caldo de uma carreira internacional. E, sem dúvi- mo, quando não de pura pirotecnia. Mas Cohen dá sua explica- das, várias delas apareceram a Cohen. Entre elas, um contrato ção para o fenômeno Liszt, a quem já dedicou vários CDs pelos com o célebre selo alemão Deutsche Grammophon, que foi selos Naxos e BIS, incluindo peças como a Grande fantaisie sur prontamente recusado pelo pianista. “Sei que pode parecer des themes de Les Huguenots e a monumental Sonata uma verdadeira loucura, mas a verdade é que recusei a pro- em si menor, além dos Concertos com a Osesp. “O posta por achar que não estava pronto para gravar. Até ganhar virtuosismo instrumental não foi uma invenção de o Busoni eu tinha estudado poucos anos como um verdadeiro

DISCOGRAFIA SELECIONADA DE ARNALDO COHEN

Franz Liszt: Franz Liszt: Hekel Tavares: Brasiliana: Three Franz Liszt: The Piano Sonata Concertos para Concerto em for- centuries of complete piano em si menor (e piano nºs 1 e 2 mas brasileiras Brazilian music music, vol. 1 outras peças) e Totentanz Com a Orquestra BIS, 2001 Naxos, 1996 BIS, 2004 Com a Osesp Sinfônica regida por John Petrobras Pró Neschling Música, regida BIS, 2007 por Roberto Tibiriçá Independente, 2002 (ao vivo)

FOTO: CARLOS GOLDGRUB

30 Dezembro 2009 CONCERTO pianista profissional, pois tinha que trabalhar para poder me jurados de diversos concursos de piano. Em 1982 iniciou sua manter e estudava em um velho piano de armário totalmen- participação no Busoni, exatamente dez anos depois de sua te inadequado. Lembro-me de que o próprio Klein foi contra consagração (em tempo, nessa edição também não foi procla- eu prestar o concurso. Quando a Deutsche Grammophon me mado nenhum vencedor...). contatou, eu ainda tinha problemas técnicos, problemas para Atualmente o pianista é professor vitalício na Escola de gravar, e não tinha nem experiência nem repertório suficientes. Música da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, onde Foi somente no final da década de 1970 que fiz minha primei- vive desde 2004 – pelo menos quando não está em alguma tur- ra gravação, um disco de nê de concertos mundo afora. Chopin para a Ricordi, que Cohen relata que tenta fazer foi muito ruim. Só quando Sei que pode parecer com seus alunos a mesma coisa me senti verdadeiramente uma verdadeira loucura, que Klein fez com ele no início maduro e seguro passei a mas a verdade é que recusei de sua carreira, ou seja, ajudar me dedicar a projetos de os jovens músicos a compreen- a proposta da Deutsche gravação, pois pior que a der a essência da arte pianística. não existência de um disco Grammophon por achar que “O piano é um instrumento é a existência de um disco não estava pronto de percussão no qual martelos ruim.” Se do lado comer- para gravar. percutem cordas de metal. A cial a decisão pode parecer dificuldade é transformá-lo em equivocada, Cohen tem uma orquestra ou em uma voz. hoje a certeza de ter tomado a decisão artisticamente correta. Ou em um instrumento cantante. Beethoven e Brahms, por Apesar de ter galgado os primeiros degraus de uma car- exemplo, foram compositores sinfônicos, e por isso devem ser reira internacional, em 1976 o pianista retornava ao Brasil. tratados como tal. Chopin, contrariamente ao que se pensa, foi Apenas em 1981 a agenda de compromissos internacionais au- mais operístico (ele era grande admirador de Mozart). Como dar mentou de tal maneira que, por fim, acabou por se radicar em diferentes tratamentos a um instrumento de percussão? Como Londres, a mesma cidade que abrigou seu recital de estreia, estabelecer essas diferenças? Essa é a razão pela qual se estuda realizado quase uma década antes, no Wigmore Hall. E foi toda uma vida, e nunca se atinge a perfeição.” Se no espírito na Inglaterra que Cohen iniciou suas atividades em docência, da estética romântica a perfeição é algo que necessariamente na Royal Academy of Music e no Royal Northern College of reside em uma dimensão idealizada, Arnaldo Cohen demonstra Music, ao mesmo tempo em que passou a integrar o corpo de porque ele domina essa arte como poucos. Het Collectief

Leo Brouwer participa do 2º Festival Internacional de Violão USP DIVULGAÇÃO /SARA CLAES DIVULGAÇÃO

SÃO PAULO

Pocket ópera O Camelo, de Bitondi (1/12h) Ópera O barbeiro de Sevilha, de Rossini (1 e 3/20h30) Audi Coelum Leitura dramática de A Conversão de Mahler, de Ronald Harwood (1/20h30) Osesp, Coral Paulistano e Coro da Osesp (3 e 4/21h e 5/16h30) São Paulo Companhia de Dança (de 3 a 13) II Mostra de Violão da Escola Municipal de Música (5 e 6/9h) Audi Coelum (6/20h e 10/20h30) 2º Festival Internacional de Violão USP (de 6 a 13) Ópera Amahl e os visitantes da noite, de Menotti (8/18h30 e 19/19h) Het Collectief (8/20h) e São Paulo Cia. de Dança (10 e 12/21h, 11/21h30 e 13/19h) Osusp, Ligia Amadio – regente e Yang Liu – violino (8/21h) Osesp, Yan Pascal Tortelier – regente e Vadim Gluzman – violino (10 e 11/21h e 12/16h30) Cisne Negro Cia. de Dança (de 10 a 20) Ópera cômica Utopia, limitada!, de Gilbert e Sullivan (11 e 12/20h30 e 13/17h) Cia. Brasileira de Ballet (13/16h, 19/21h e 20/16h) Academia de Música da Osesp (13/17h e 15/20h30) Orquestra Sinfônica de Santo André (13/20h) Osesp, Yan Pascal Tortelier – regente e Arnaldo Cohen – piano (13/12h, 17 e 18/21h e 19/16h30) Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (18/21h, 19/17h e 21h e 20/16h) Cisne Negro Cia. de Dança apresenta Yan Pascoal Tortelier "O quebra-nozes" entre os dias 10 e 20 DIVULGAÇÃO /ANA FUCCIA DIVULGAÇÃO

32 Dezembro 2009 CONCERTO Christian Lindberg participa do XII Virtuosi, em Recife

Cravista Rosana Lanzelotte, curadora e coordenadora do Musica Brasilis

RIO DE JANEIRO OUTRAS CIDADES

Série Clássicos no Verde (4, 5 e 6/16h) Musica Brasilis – Ouro Preto, MG – (4 e 6/17h) e Tiradentes, MG – (4/16h45) Musica Brasilis (13, 14, 16 e 17/12) Aracaju, SE – Orquestra Sinfônica de BORTZ /HELOISA DIVULGAÇÃO Orquestra Petrobras Sinfônica, Coral dos Canarinhos Sergipe e Guilherme Mannis – regente de Petrópolis e Carlos Prazeres – regente (1/20h30) (9 e 22/20h30) Ópera Suor Angelica, de Puccini (4/19h30) Belo Horizonte, MG – Orquestra Sinfônica e Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem, , Coral Lírico de Minas Gerais (1/20h30) Marcos Arakaki e Antonio Henrique Seixas – regentes e Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e Daniel Soares – trompa (6/11h) e Coral Lírico de Minas Gerais (17/20h30) Coro Polifonia (9, 12 e 17/19h, 13/17h e 15/19h30) Brasília, DF – Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro Orquestra Sinfônica da UFRJ (10/19h) (1, 8, 15 e 16/20h) Denise de Freitas será solista da OSTNCS, Cia. Bachiana Brasileira (16 e 17/19h) Campinas, SP – Orquestra Sinfônica dias 15 e 16, às 20h Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto Minczuk – regente Municipal de Campinas (5 e 19/20h)/ e Daniel Guedes – violino (17 e 18/20h) Leitura dramática de A Conversão de Mahler, de Ronald Harwood (12/20h) Luis Otávio Santos Ópera O anão, de Zemlinsky (19/20h e 20/17h) , PR – Ópera Les Plaisirs de dirigirá ópera Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem, Versailles e Acteón, de Charpentier em Curitiba Roberto Minczuk – regente e Daniel Guedes – violino (4 e 5/20h) (20/11h) Manaus, AM – Amazonas Filarmônica Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem e Marcos Arakaki – (5/20h) regente (22/18h30) Porto Alegre, RS – Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (22/20h30) Recife, PE – XII Virtuosi – Festival Daniel Guedes Internacional de Música de Pernambuco (de 13 a 20/12) Salvador, BA – Orquestra Sinfônica da Bahia (2/20h) São José dos Campos, SP – Orquestra Sinfônica de São José dos Campos (16/20h) Tatuí, SP – Coro e Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e Rodrigo de Carvalho – regente (10 e 11/20h30)

As programações são fornecidas pelas próprias entidades promotoras. Confirme pelo telefone antes de sair de casa. Endereços São Paulo: página 45 Endereços Rio de Janeiro: página 50 SALVO OUTRA MENÇÃO, AS FOTOS SÃO DE DIVULGAÇÃO.

CONCERTO Dezembro 2009 33 Roteiro Musical São Paulo

Sala São Paulo – baixos. Direção cênica: William 1 TERÇA-FEIRA Pereira. Direção artística: Paulo Abrão Osesp encerra ótima temporada Esper. Realização: APAA – Associação 12h00 Pocket ópera O CAMELO, Paulista dos Amigos da Arte. O maestro Frank Shipway, de Matheus Bitondi Theatro São Pedro. R$ 20. Reapresentação que esteve à frente da Osesp Núcleo Experimental de Ópera dia 3. no último programa de novem- Cantareira. Grupo Experimental da Escola Superior de Música da 20h30 Leitura Dramática de bro, comanda o grupo também A CONVERSÃO DE MAHLER, nos dias 3, 4 e 5 de dezembro. Faculdade Cantareira. Regente: Sergio Chnee. Solistas: Ana Luiza de de Ronald Harwood Britânico de renome interna- Oliveira, Andréia Vieira e Elisabete A música no século 21. Leitura dra- cional, Shipway foi assistente Norberto – sopranos, Gabriela Sasso – mática com música ao vivo. Atores: pessoal de Lorin Maazel na mezzosoprano e Igor Kalinouski – baixo. Marat Descartes, Adriana Dham, Ópera de Berlim em 1973, Escola Superior de Música – Faculdade Silvia Camossa, Carlos Palma, Sylvio além de principal regente con- Cantareira. Entrada franca. Ziber, Lisa Scavone e Oswaldo vidado da Sinfônica da Rádio Mendes. Músicos: Rogério Zaghi – 12h30 CAMERATA ARS MUSICALIS piano, André Ficarelli – trompa, Tiago da Dinamarca e da Filarmônica Música no Masp. Regente: Hermes Paganini – violino e Vitor Visiona Real de Flandres, na Bélgica. Já Coelho. Programa: Corelli – Variações – violoncelo. Direção musical: João Vadim Gluzman dirigiu as Filarmônicas de Lon- / JOHN KRINGAS DIVULGAÇÃO sobre a “Aria della Folia”; Händel – Marcos Coelho. Arranjos: Leonardo dres, Moscou, Rias de Berlim e Concerto grosso nº 1; Nepomuceno Martinelli. Debatedor: Carlos Moreno. do Teatro alla Scala de Milão, entre outras. – Suíte antiga e Carlos Gomes – Quem Realização: Sociedade de Cultura Frank Shipway rege a abertura das Bodas de Fígaro e a Sinfonia sabe? e músicas tradicionais de Natal. Artística e CPFL Cultura. Leia mais Masp. Entrada franca. nº 29 de Mozart, além do oratório O festim de Baltazar, do britânico na pág. 42 Teatro Cultura Artística – Itaim. Entrada franca. William Walton (1902-1983), que contará com solos do baixo-barítono 16h00 A 4 QUARTETO Retirar ingressos 2 horas antes, 2 por pessoa. Nathan Berg e a participação dos corais Paulistano e da Osesp. 3º Fimarts – Festival Internacional de Os dois últimos programas da temporada 2009 ficam a cargo do re- Música Arte do Som. Homenagem a 2 QUARTA-FEIRA gente principal da Osesp, o francês Yan Pascal Tortelier. Nos dias 10, 11 e Haydn e Heitor Villa-Lobos. Com Ênio Antunes e Liliana Chiriac – violinos, 12, obras de e Gustav Mahler serão interpretadas com 15h00 Ópera LA TRAVIATA, de Verdi a participação do exímio violinista Vadim Gluzman. Nascido em 1973, Adriana Schincariol Vercellino – viola e Raïff Dantas Barreto – violoncelo. Exibição de DVD com legendas em ita- Gluzman estudou na Juilliard School com Dorothy DeLay, além de ter sido Programa: Haydn – 12 Pequenos di- liano. Seleção e apresentação: Sergio incentivado por Isaac Stern. O violinista toca um Stradivarius de 1690. vertimentos para cordas e Villa-Lobos Casoy. Veja detalhes dia 1 às 19h00. Já nos dias 17, 18 e 19, o destaque é a presença do grande pianista bra- – Quarteto nº 1. Istituto Italiano di Cultura. Entrada franca. sileiro Arnaldo Cohen, que mostrará ao público presente sua interpretação Museu do Teatro Municipal. Entrada franca. 16h00 DUO BR para o Concerto para piano de Grieg (leia matéria sobre Cohen nesta 3º Fimarts – Festival Internacional 19h00 Ópera LA TRAVIATA, de Verdi edição). Obras de Shostakovich, George Gershiwn e Leonard Bernstein de Música Arte do Som. Valsas Exibição de DVD com legendas em completam o programa. e choros. Com Bebel Ribeiro – italiano. 1º ato: Teatro La Fenice di Acompanhada pelos Coros e por alunos da Academia, a Osesp tam- flauta e Rafael Cardoso – violão. Venezia, 1992. Com Edita Gruberova, bém se apresenta no Parque Villa-Lobos dia 13, a partir das 10h. Programa: obras de Pixinguinha, Neil Schicoff, Mariana Pentcheva. , Villani-Côrtes, Direção musical e regência: Carlo SALA SÃO PAULO AINDA TEM DIVERSAS ATRAÇÕES Villa-Lobos, Rafael Cardoso, Camargo Rizzi. 2º ato: Ópera de Los Angeles, Além dos três programas que encerram a temporada 2009 da Osesp, Guarnieri, João Dias Carrasqueira 2006. Com Renée Fleming, Rolando diversas outras atrações têm lugar na Sala São Paulo. No dia 6 o Quarteto e Waldir Azevedo. Villazón, Renato Bruson. Direção Osesp também encerra suas atividades com obras de Janácek e Schubert. Museu do Teatro Municipal. Entrada franca. musical e regência: James Conlon. Dias 13 e 15 alunos fazem as apresentações de encerramento de semes- 3º ato: Royal Opera House do Covent 20h00 INÊS STOCKLER – tre da Academia de Música da Osesp, com entrada franca. Garden de Londres, 1994. Com mezzosoprano e ANDERSON BRENNER A casa ainda sedia dois concertos matinais. No domingo 6, às Angela Gheorghiu, Frank Lopardo, – piano 11h, acontece a final do programa “Prelúdio”, da TV Cultura, que Leo Nucci. Direção Musical e regên- Programa: obras de Alban Berg, Claude apresenta jovens calouros de música erudita. Finalmente, no dia 20, cia: Sir Georg Solti. Seleção e apre- Debussy, Tom Jobim, Menotti e Cilea. a Sinfônica de Heliópolis toca sob a regência de seu maestro titular, sentação: Sergio Casoy. Leia mais na pág. 42 Istituto Italiano di Cultura. Entrada franca. Masp. Entrada franca. R$ 30 e R$ 15. Roberto Tibiriçá. Reapresentação dia 2 às 15h00. 20h00 ENCONTRO DE CORAIS Dia 7, USP / Dia 8, Sala São Paulo 20h00 CORAL UNIVERSITÁRIO Coral Mackenzie e Coral Intemezzo, MACKENZIE regente: Clério Ximenes; Coral da Lígia Amadio rege Sinfônica da USP Regente: Parcival Módolo. Programa: Terceira Idade Mackenzie, regente: músicas tradicionais de Natal. No dia 8, o último concerto da temporada 2009 da Osusp será tam- Júnia Chagas de Arruda e Coral Jovem Auditório Ruy Barbosa – Universidade Mackenzie, regente: Claudia Soccio. bém o início de uma nova etapa: é a estreia da maestrina Ligia Amadio Presbiteriana Mackenzie. Entrada franca. Programa: músicas tradicionais de na direção do grupo, que começa efetivamente a partir da temporada Natal. 2010 (leia entrevista com a artista nessa edição). A regente conduzirá 20h30 Ópera O BARBEIRO DE SEVILHA, Auditório Ruy Barbosa – Universidade a orquestra na suíte de O pássaro de fogo, de Stravinsky, na Abertura de Rossini Presbiteriana Mackenzie. Entrada franca. concertante, de Camargo Guarnieri, e no Concerto para violino nº 3, Orquestra Jovem Municipal de de Camille Saint-Saëns. O solista da obra de Saint-Saëns será Yang Liu, Guarulhos e Coral Vozes de São Paulo. 20h30 IBIRÁ TRIO DE VIOLÕES Regente: Emiliano Patarra. Solistas: Com Luiz Roberto Botosso, João um dos mais importantes violinistas chineses da sua geração. Liu é reco- Priscila Zamlutti – soprano, Luciana Francisco Botosso e Luciano César nhecido por aliar impressionante domínio técnico a uma musicalidade Bueno – mezzosoprano, Flávio Leite Morais. Programa: obras de Johann excepcional, o que lhe rendeu diversos prêmios internacionais. e Marcos Kaczan – tenores, Rodrigo Sebastian Bach, Alessandro Piccinini Excertos desse concerto serão apresentados também dia 7, na USP, Esteves e Ricardo Bruns – barítonos e e Brahms, entre outros. com entrada franca. Saulo Javan e Eduardo Janho-Abumrad Musicalis Núcleo de Música.

34 Dezembro 2009 CONCERTO 20h30 Ópera O BARBEIRO DE SEVILHA, 3 QUINTA-FEIRA de Rossini Veja detalhes dia 1 às 20h30. 12h30 TRIBORES Theatro São Pedro. R$ 20. Concerto ao Meio-Dia. Com Edinei Lima, Felipe Veiga e Daniel Gohn – percussão. 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Programa: Edinei Lima – Pega ladeira, DO ESTADO DE SÃO PAULO, CORAL Tribores, Isóceles, Repiques marcan- PAULISTANO e CORO DA OSESP tes, Coro na Moleira e Baquetando e Regente: Frank Shipway. Solista: Eduardo Guerra/Edinei Lima – Chora Nathan Berg – baixo-barítono. mané. Leia mais na pág. 44. Programa: Mozart – As bodas de Fígaro, Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran abertura e Sinfonia nº 29 K 201 e Barbosa. Entrada franca. Reapresentação dia 4 Walton – O festim de Baltazar. às 18h30. Leia mais ao lado. 16h00 ARTE CINCO E ARTE DO SOM Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. Reapresentação no mesmo horário dia 4 e ESEMBLE dia 5 às 16h30. 3º Fimarts – Festival Internacional de Música Arte do Som. Solistas: James 21h00 PAULO DIAS e SÉRGIO Strauss – flauta, Raïff Dantas Barreto CARVALHO – cravo e órgão e – violoncelo, Marcos Fokim – fagote e SHEN RIBEIRO – flauta Domingos Elias – clarinete. Programa: Bach: Tema & Contratema. Programa: obras de Villa-Lobos. obras de Bach, Frescobaldi, Riccio, Museu do Teatro Municipal. Entrada franca. Veracini e Vivaldi. Espaço Cachuera! R$ 20. 19h30 SYLVIA MALTESE – piano solo e DUO TARDITI-MALTESE – piano a 21h00 SÃO PAULO COMPANHIA DE quatro mãos DANÇA Lançamento do CD “Mulheres Programa: Passanoite, de Daniela compositoras – França-Brasil”. Cardim. Entreato, de Paulo Caldas Duo Tarditi-Maltese: Paola e Gnawa, de Nacho Duato. Tarditi e Sylvia Maltese – pianos. Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. São Paulo Comentários: Nilcéia Baroncelli. Companhia de Dança se reapresentará Programa: Boulanger – De um jardim até dia 13, quintas-feiras e sábados, às 21h00; sextas-feiras, às 21h30 e claro; Benedictis – Noturno n° 1, domingos, às 19h00. Recordação; Bonis – Suíte Seis valsas capricho e Os ciganos; Farrenc – Improviso; Silvânia Barros – Serelepe, 4 SEXTA-FEIRA choro n° 2; Jaël – Suíte Vozes da primavera; Adelaide Pereira da Silva 18h30 TRIBORES – Valsa-choro n° 5; Sandra Abrão – Concerto às seis e meia. Com Edinei Dança nobre; Chiquinha Gonzaga Lima, Felipe Veiga e Daniel Gohn – per- – Tambiquererê e Branca Bilhar – cussão. Veja detalhes dia 3 às 12h30. Allegro de concerto. Veja detalhes do Leia mais na pág. 44. CD na seção “Lançamentos”. Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos. Barbosa. Entrada franca. Entrada franca. 20h00 ORQUESTRA FILARMÔNICA 19h30 MADRIGAL DO CEM – SESC SANTO AMARO CONSOLAÇÃO Concerto especial do 5º aniversário Mito de Perséfone – Recital cênico-mu- da orquestra. Regente: Silvia Luisada. sical. Regente: Solange Assumpção. Programa: obras de Verdi, Beethoven, Piano: Helder Capuzzo. Programa: Cortez Macedo, Bizet e Grieg. obras de Mozart, Fauré, Villa-Lobos, Esporte Clube Banespa. R$ 15. Miranda, Wisnik, e Tom Jobim. Direção cênica e roteiro: Gigi 20h00 QUARTETO AZURE Anhelli. Música no Masp Internacional. Com Casa das Rosas. Entrada franca. Pierre-François Blanchard – piano, Rogier Schneemann – guitarra, David 19h30 RECITAL DE ÓRGÃO Barker – bateria e Eric Heijnsdijk – Com Isaac Terceros, Ivana Paschon, baixo. Programa: free jazz. Marcos Duarte e Pedro Guimarães. Masp. R$ 60, com coquetel às 20h00. Programa: obras de Walther, Bach, Pachelbel, Vierne e Young. 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Igreja do Beato Padre Anchieta. Entrada DO ESTADO DE SÃO PAULO, CORAL franca. PAULISTANO E CORO DA OSESP Regente: Frank Shipway. Solista: 20h00 CORAL DA CAPELA MACKENZIE Nathan Berg – baixo-barítono. e CORAL INFANTIL MACKENZIE Programa: Mozart – As bodas de Fígaro, Regentes: Sandra Boletti Vargas e abertura e Sinfonia nº 29 K 201 e Cláudia Soccio. Programa: músicas Walton – O festim de Baltazar. tradicionais de Natal. Leia mais ao lado. Auditório Ruy Barbosa – Universidade Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. Presbiteriana Mackenzie. Entrada franca. Reapresentação dia 5 às 16h30. Roteiro Musical São Paulo

De 6 a 13, USP, Masp, Instituto Cervantes, Sesc Consolação e Sesc Pinheiros 21h30 SÃO PAULO COMPANHIA DE Sampiera; Gluck – Abertura em ré DANÇA maior; Haydn – Trio nº 1 e Missa Brevis Festival internacional de violão Programa: Passanoite, de Daniela Sancti Joannis de Deo; Vivaldi – Duas Cardim. Entreato, de Paulo Caldas e árias e Telemann – Concerto para flauta Leo Brouwer tem segunda edição Gnawa, de Nacho Duato. doce. Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. São Paulo Espaço Cultural 930. Entrada franca. Após o sucesso da primeira edição, o Departamento de Música da Companhia de Dança se reapresentará até dia ECA-USP e o Instituto Cervantes realizam pelo segundo ano o Festival 13, quintas-feiras e sábados, às 21h00; sextas- 20h00 ANDRÉ HERYSON – barítono Leo Brouwer – 2º Festival Internacional de Violão USP. “O sucesso do feiras, às 21h30 e domingos, às 19h00. FAU em Concerto. Participação: Festival incentivou-nos à realização desta segunda edição, agora com o Berenice Barreira, Tati Helene, Desirée Sesc juntando-se a nossa parceria – não somente abrindo seus espaços 5 SÁBADO Bruckheimeir e Bruno Lunardi – canto- como também possibilitando a continuidade de um ciclo que privilegia a res. Piano: Júnior Gurgel. FAU Maranhão. Entrada franca. excelência do violão brasileiro e internacional”, afirmam seus organiza- 09h00 II MOSTRA DE VIOLÃO DA ESCOLA MUNICIPAL DE MÚSICA dores, os professores Edelton Gloeden e Gil Jardim. 21h00 SÃO PAULO COMPANHIA DE Paulo Porto Alegre. Programa: obras Esta edição do Festival Leo Brouwer, que acontece entre os dias DANÇA de Garoto, Paulo Porto Alegre, Geraldo 6 e 13, é dedicada a eventos especiais: a passagem do cinquentenário Programa: Passanoite, de Daniela Ribeiro e Villa-Lobos. Guilherme Cardim. Entreato, de Paulo Caldas e da morte de Heitor Villa-Lobos, as comemorações dos 70 anos de Leo Fachetti. Programa: obras de Bach, Gnawa, de Nacho Duato. Brouwer, que estará presente, e duas homenagens a personalidades len- Segovia e Turina. Marcos Toscano. Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. São Paulo dárias do violão brasileiro: Geraldo Ribeiro, violonista e compositor que Programa: obras de Dyens, Lauro e Companhia de Dança se reapresentará até dia também completou 70 anos, e Ronoel Simões, que em 2009 fez 90 anos. Sergio Assad. 13, quintas-feiras e sábados, às 21h00; sextas- O recital em homenagem aos violonistas brasileiros reunirá diferentes Escola Municipal de Música – Auditório. feiras, às 21h30 e domingos, às 19h00. gerações de instrumentistas, como Paulo Porto Alegre, Fábio Zanon, Entrada franca. DOMINGO Paulo Martelli e o Duo Siqueira Lima 16h00 RECITAL DE VIOLÃO 6 Neste ano, além do grande mestre cubano, o evento trará artistas Homenagem aos 100 anos do pro- internacionais de primeira grandeza, como e Odair fessor Manoel São Marcos. 1ª parte: 09h00 II MOSTRA DE VIOLÃO DA Assad, que fará seu primeiro recital como solista no Brasil; o escocês Paul Thiago Fratuce. Programa: obras ESCOLA MUNICIPAL DE MÚSICA Galbraith, com suas abordagens instigantes na execução de transcrições de Bach, Castelnuovo-Tedesco e Quarteto Guit’ars. Programa: obras Torroba. Paulo Eduardo de Oliveira. de Boccherini, Bach e Torroba. e releituras de obras originais em um instrumento de oito cordas; o vio- Amadeu Rosa. Programa: obras de lonista cubano Victor Pellegrini, um especialista da obra de Brouwer; e o Programa: obras de Ponce e Bellinati. Duo Maria Livia São Marcos e Händel, Walton, Castelnuovo-Tedesco versátil quarteto de violões espanhol EntreQuatre. Henrique Pinto. Programa: obras de e Villa-Lobos. Paulo Eduardo de Será apresentada a obra de Leo Brouwer para violão solo e forma- Ginastera e Mendelssohn. 2ª parte: Oliveira. Programa: obras de Berkeley, ções camerísticas, incluindo diversas primeiras audições no Brasil e duas Maria Livia São Marcos. Programa: Ponce, Garoto e Carlevaro. Fernando estreias mundiais. Outra novidade é a apresentação de obras corais do obras de Sor, Isaías Savio e Manoel Bonaldo. Programa: obras de Mazza mestre cubano pelo Coro da ECA. São Marcos. e Tarrega. Caio Victor de Oliveira Lemos. Programa: obras de Carlevaro O concerto de abertura, dia 6, no Masp, terá obras de Villa-Lobos, Leo Masp. Entrada franca. e Brouwer. Brouwer e Egberto Gismonti, com músicos como Antonio Carlos Carras- 16h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Escola Municipal de Música – Auditório. queira (flauta), Dilson Florêncio (saxofone alto) e Odair Assad (violão). Entrada franca. DO ESTADO DE SÃO PAULO, CORAL PAULISTANO E CORO DA OSESP Edelton Gloeden 11h00 TV CULTURA – PRELÚDIO 2009 Regente: Frank Shipway. Solista: Concerto Matinal. Prova final. Leia mais Nathan Berg – baixo-barítono.

DIVULGAÇÃO na pág. 34. Programa: Mozart – As bodas de Sala São Paulo. Entrada franca. Ingressos: Fígaro, abertura e Sinfonia nº 29 Bilheteria da Sala São Paulo uma hora antes K 201 e Walton – O festim de Baltazar. do concerto. Informações: tel. (11) 2182-3474 Leia mais na pág. 34. e [email protected]. Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. 11h00 ORQUESTRA e CORAL TEATRO 17h30 EUDÓXIA DE BARROS – piano LÍRICO DE EQUIPE Gil Jardim Programa: Bach – Fantasia e fuga; Concerto de Natal. Regente: Beethoven – Seis variações sobre Marcus Carvalho. Piano: Raphael a Marcha Turca; Debussy – La Soirée Casalânguida. Programa: obras de Händel, Vivaldi, Caccini, Elgar e Mozart. Dia 8, Espaço Cachuera! / Dias 10 a 13, Teatro Sérgio Cardoso dans Grenade; Schumann – Tocata op. 7; Cupertino – Tocata; Tacuchian – Realização: Teatro Lírico de Equipe. Conjunto belga Het Collectief Vitrais; Lacerda – Didi e Estudos Theatro São Pedro. R$ 20. nº 8; Guarnieri – Toada; Nazareth – 11h00 CORALUSP Turuna; Zequinha de Abreu – Soluçar toca com a São Paulo Cia. de Dança Domingo na Yayá. de um coração; Chiquinha Gonzaga Casa de Cultura Dona Yayá. Entrada franca. Entre os dias 10 e 13, o Het Collectief apresenta-se com a São Paulo – Gaúcho e Gottschalk – Grande fan- Cia. de Dança executando ao vivo a trilha sonora de Polígono revisita- tasia triunfal sobre o Hino Nacional 11h30 QUARTETO DE CORDAS do, coreografia do italiano Alessio Silvestrin feita especialmente para a Brasileiro. ROMANOV companhia. A música é uma versão particular do grupo da Oferenda Theatro São Pedro. R$ 10. Clássicos do Domingo. Com Alexei musical, de Bach. O Het Collectief é um conjunto belga de música de Chashnikov e Tatiana Vinogradova câmara contemporânea, que explora importante repertório do século 19h00 ORQUESTRA E CORAL PRO – violinos, Simeon Grinberg – viola MÚSICA SACRA DE SÃO PAULO e CORAL e Rodrigo Andrade – violoncelo. XX com uma execução particular, além de ser também conhecido pelo DE CÂMARA DA UNESP repertório crossover (que fica no limiar entre o erudito e o popular) e por Programa: Borodin – Quarteto de Regente: Miriam Carpinetti. cordas nº 2 e Shostakovich – suas adaptações de música antiga. Solistas: Viviane da Rocha – sopra- Quarteto de cordas nº 8. Antes, no dia 8, o grupo belga apresenta-se no Espaço Cachuera! no e Alexandre Pimenta – flauta Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. com entrada franca. doce. Programa: Cazzati – Sonata La Entrada franca.

36 Dezembro 2009 CONCERTO 11h30 ORQUESTRA SOCIEDADE PRO Mussorgsky e Rachmaninov. Leia mais 18h00 ORQUESTRA, CORAL DO 19h00 SÃO PAULO COMPANHIA DE MÚSICA SACRA DE SÃO PAULO e CORAL na pág. 40. COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO DANÇA VOX ANIMA Pinacoteca do Estado de São Paulo. Entrada e SOLISTAS Programa: Passanoite, de Daniela Regente: Jonatas Costa. Programa: franca. Retirar senhas a partir das 15h00. Concerto de Natal. Regente: Sérgio Cardim. Entreato, de Paulo Caldas Haydn – Trio de cordas; Gluck – Abertura Assumpção. Programa: Vivaldi – e Gnawa, de Nacho Duato. em ré maior; Leavitt – Missa festiva e 16h00 ROGÉRIO TUTTI – piano Concerto para dois trompetes e Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. São Paulo Schiedermayr – Offertórium 1. Música no MuBE. Programa: Beethoven orquestra RV 537 e Domine Deus, Companhia de Dança se reapresentará até dia 13, quintas-feiras e sábados, às 21h00; sextas- Igreja Mont Serrat. Entrada franca. – Sonata op. 53 nº 21 Waldstein; Liszt rex celestis, Gloria RV 589; Corelli – feiras, às 21h30 e domingos, às 19h00. – Valsa Mephisto nº 1 e Prokofiev – Concerto grosso op. 6 nº 8 “Para a Sonata op. 83 nº 7. 12h00 ÓPERA PORTÁTIL DE noite de Natal”; Bach – Jauchzet Gott 20h00 AUDI COELUM MuBE. R$ 20. REPERTÓRIO in allen Länder, da Cantata BWV 51 In nativitate Domini. Programa: Música em Cena. Com Jamile Evaristo para soprano e trompete; Händel 17h00 QUARTETO OSESP obras de Perotin, Bingen, Binchois, – soprano, Eleni Arruda – contral- – Singt dem Herrn ein neues Lied Com Emmanuele Baldini e Davi Ockeghem, Gibbons, Palestrina, Victoria, to, Ossiandro Brito – tenor e Paulo e Let first Noel; Mozart – Laudate Graton – violinos, Cláudio Cruz – viola Costeley, Praetorius e Mendelssohn, Menegon – baixo. Direção musical Dominum e canções tradicionais e Johannes Gramsch – violoncelo. entre outros. Leia mais na pág. 40. e piano: Wesley Lacerda. Programa: natalinas. Leia mais na pág. 44. Programa: Janácek – Quarteto nº 1, Igreja de Santo Agostinho. Entrada franca. composições tradicionais natalinas. Club Transatlântico. R$ 40 e R$ 30 (sócios). Reapresentação dia 10 às 20h30 na Igreja de Teatro do Sesi de São Paulo. Entrada franca. Sonata a Kreutzer e Schubert – Quarteto Santa Teresinha. nº 15. Leia mais na pág. 34. 19h00 2º FESTIVAL INTERNACIONAL Sala São Paulo. De R$ 24 a R$ 36. 12h00 ORQUESTRA DE CORDAS DE VIOLÃO USP 7 SEGUNDA-FEIRA LAETARE Recital de abertura. Antonio Carlos 17h00 WILBERT HAZELZET – traverso Regente: Muriel Waldman. Solista: Carrasqueira – flauta, Alexandre Ficarelli e JACQUES OGG – cravo 12h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DA USP Gilson Barbosa – oboé. Programa: – oboé, Dilson Florêncio – saxofone, Programa: Locatelli – Sonata op. 2 nº 2; Regente: Ligia Amadio. Solista: Yang Elgar – Serenata pata cordas op. 20; Edelton Gloeden – violão, José Luís de Leclair – Sonata nº 5; C.P.E. Bach – Dueto Liu – violino. Programa: trechos de Emmanuel Maciel – Música para oboé Aquino – celesta, Liuba Klevtsova – har- Wq 83 e J.S. Bach – Sonata BWV 1030. Saint-Saëns – Concerto para violino e cordas e Janácek – Idyla. pa e Studio Coral – Vozes Femininas. Leia mais na pág. 38. nº 3; Guarnieri – Abertura concertante e Igreja do Beato Padre Anchieta. Entrada franca. Regente: Gil Jardim. Programa: Villa- Capela do Colégio Santa Marcelina. Entrada Stravinsky – Suíte de O pássaro de fogo. Lobos – Sexteto místico e Quarteto sim- franca. Leia mais na pág. 34. 16h00 VESNA BANCOVIC – bólico. Odair Assad – violão. Programa: Anfiteatro Camargo Guarnieri. Entrada franca. mezzosoprano, MAURO WRONA – 17h30 CONJUNTO DE SINOS DA Callahan – Red fantasy; Gismonti – Apresentação completa dia 8 às 21h00 na Sala tenor e DANA RADU – piano PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM SÃO Memória e fado; S. Assad – Brevidades; São Paulo. Concertos Clássicos – 2ª edição. A PAULO Pixinguinha – Rosa e Brouwer – Sonata música em seu tempo. Apresentação Programa: músicas natalinas. del caminante (estreia no Brasil). Leia 20h00 ORQUESTRA METROPOLITANA e curadoria: Anna Maria Kieffer. Primeira Igreja Batista em São Paulo. Entrada mais na pág. 36. A música em seu tempo. Obras do pe- Programa: obras de Glinka, Tchaikovsky, franca. Masp. ríodo clássico. Regente: Rodrigo Vitta. Roteiro Musical São Paulo

Dias 11, 12 e 13, Theatro São Pedro Programa: Mozart – Divertimento nos; Eloisa Baldin, Juliana Ardenghi nº 1 e Sinfonia nº 29 e Haydn – e Roseane Soares – mezzosopranos; NUO apresenta Utopia, limitada Sinfonia nº 19. Paulo Queiroz e Marcos Fernandes – te- Teatro Municipal de Santo André. nores; Sandro Bodilon e Eduardo Paniza da dupla Gilbert e Sullivan Reapresentação dia 20 às 19h00 na Escola – barítonos e Carlos Eduardo Marcos, Municipal de Música de Ribeirão Pires. Jonatas Andrade, Lucas Baldin e O Núcleo Universitário de Ópera (NUO), dirigido por Paulo Maron, Rubem Lugli – baixos. Piano: Marizilda 20h30 2º FESTIVAL INTERNACIONAL apresenta mais uma montagem dedicada à obra da dupla inglesa Gilbert Hein. Direção cênica e narração: João DE VIOLÃO USP e Sullivan. Será a estreia no Brasil da ópera cômica Utopia, limitada, em Malatian. Antonio Carlos Carrasqueira – flau- três récitas no Theatro São Pedro, em São Paulo. Sala Olido. Entrada franca. Reapresentação ta, Marcelo Jaffé – viola e Edelton dia 19 às 19h00. Utopia, limitada é uma sátira política e social que brinca com um dos Gloeden – violão. Programa: Brouwer símbolos do capitalismo moderno, a empresa limitada. A�������������s cenas �����musi- – Per suonare a tre (1ª audição no 19h00 Ópera LUCIA DI cais (em inglês) são intercaladas por diálogos elaborados e cômicos (em Brasil). Marcos Thadeu – tenor e LAMMERMOOR, de Donizetti português), características que fizeram jus à reputação dos autores. Essa Edelton Gloeden – violão. Texto: Silvio Exibição de DVD com legendas em é a 12ª criação de W.S. Gilbert e Sir Arthur Sullivan, respectivamente Rodrigues. Programa: Walton – Anon. italiano. Com Stefania Bonfadelli, libretista e compositor, que dominaram o meio musical britânico entre in love e Brouwer – Estudio sencillo Marcelo Alvarez, Roberto Frontali, Mirco os anos de 1875 e 1896 com suas divertidas operetas. nº 5. Eliane Tokeshi – violino, Antonio Palazzi, Maria Castelli, Cristiano Olivieri, Lauro Del Claro – violoncelo e Ricardo Giovanni Maini. Direção musical e Com direção geral e regência de Paulo Maron (à frente da Orquestra Ballestero – piano. Programa: Brouwer regência: Patrick Fournillier. Seleção Sinfônica do NUO), a ópera terá como solistas Jorge Trabanco, Marco – Manuscrito antiguo encontrado en e apresentação: Sergio Casoy. Rodrigues e Fábio Visconde, entre outros. (Leia mais sobre Paulo Maron una botella (1ª audição no Brasil). Istituto Italiano di Cultura. Entrada franca. na coluna Palco desta edição.) Ricardo Bologna – marimba. Programa: Reapresentação dia 10 às 15h00. Nimi – For marimba I. Adélia Issa – voz, Antonio Carlos Carrasqueira – flauta, 20h00 CORAL JOVEM DO ESTADO Dias 3 e 13, Pátio do Colégio / Dia 17, Mosteiro de São Bento – violão, Eliane Tokeshi Concerto comemorativo de 30 anos. – violino, Antonio Lauro Del Claro – vio- Regente: Naomi Munakata. Programa: José Luís de Aquino faz recitais loncelo, Ricardo Ballestero – piano e Charpentier – Te Deum e Vivaldi – Com direção de José Luís de Aquino, três concertos de órgão acon- Ricardo Bologna – vibrafone. Regente: Gloria RV 589. Igreja São Luís Gonzaga. Entrada franca. tecem em São Paulo neste mês. No dia 3, no Pátio do Colégio, alunos do Aylton Escobar. Programa: Brouwer – Es el amor quien ve (1ª audição no departamento de música da ECA-USP interpretam obras de J.G. Walther, Brasil). Antonio Carlos Carrasqueira – 20h00 HET COLLECTIEF J.S. Bach, Pachelbel, L. Vierne e G. Young. Dia 13, no mesmo local, o órgão flauta, Alexandre Ficarelli – oboé, Luiz Thomas Dieltiens – piano, Wibert une-se a outros instrumentos para mostrar a música de câmara de C.P.E. Afonso Montanha – clarinete, Edelton Aerts – violino, Martijn Vink – violon- Bach, Händel, Krebs, Rheinberger e Quantz. Dessa vez os intérpretes serão Gloeden – violão e Antonio Lauro Del celo, Toon Fret – flauta e Benjamin todos professores do departamento de música da USP: Eliane Tokeshi (vio- Claro – violoncelo. Programa: Brouwer Dieltjens – clarinete. Programa: lino), Alexandre Ficarelli (oboé) e José Luís de Aquino (órgão). – Quinteto (1ª audição no Brasil). Leia música de câmara contemporânea. Leia mais na pág. 36. Já no dia 17 Aquino faz um recital no imponente instrumento do mais na pág. 36. Espaço Cachuera! Entrada franca. Mosteiro de São Bento, um dos órgãos mais importantes da cidade. Sesc Consolação. Obras de Soler, Couperin, Bach e Messiaen, entre outros, serão mostra- 20h30 2º FESTIVAL INTERNACIONAL das com a participação do Coro dos Monges Beneditinos do Mosteiro. 8 TERÇA-FEIRA DE VIOLÃO USP Paul Galbraith – violão de oito cor- 15h30 QUARTETO ARTE DO SOM das. Programa: Haydn – Sonata nº Dia 6, Capela do Colégio Santa Marcelina 3º Fimarts – Festival Internacional de 36; Berkeley – Tema e variações op. Música Arte do Som. Homenagem 77; Bach – Suíte nº 6 para violoncelo Eminente cravista holandês a Haydn. Com Mariana Ribeiro e e Ponce – Variações e fuga sobre “La Andressa Matheus – violinos, Wagner Folia de España”. Leia mais na pág. 36. dá cursos e apresenta concertos de Souza – viola e Pablo de Morais – Anfiteatro Camargo Guarnieri. Um dos mais prestigia- violoncelo. Programa: Mozart – Adágio dos cravistas da atualidade, e fuga; Haydn – Quarteto nº 1 op. 33 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DA USP e Villani-Côrtes – Três impressões afro- Regente: Ligia Amadio. Solista: Yang

Jacques Ogg faz no dia 6 um DIVULGAÇÃO brasileiras. Liu – violino. Programa: Saint-Saëns – concerto, ao lado do flautista Centro de Referência e Cidadania do Idoso – Concerto para violino nº 3; Guarnieri Wilbert Hazelzet, que encerra Creci. Entrada franca. – Abertura concertante e Stravinsky – uma série de apresentações no Suíte de O pássaro de fogo. Leia Brasil, Argentina e Chile. Ogg 18h00 Ópera LA TRAVIATA, de Verdi mais na pág. 34. é professor no Conservatório Ópera comentada. Com Tais Bandeira e Sala São Paulo. De R$ 10 a R$ 50. Real de Haia e referência inter- Márcia Costa – sopranos, Rinaldo Leone – tenor, Rodolfo Giugliani – barítono e nacional do ensino da música 21h00 ANDRÉ MEHMARI – piano, Jairo Costa – baixo. Piano: Anderson cravo e direção musical, DIMOS historicamente orientada. Jacques Ogg Brenner. Direção cênica e narração: GOUDAROULIS – violoncelo barroco, Em novembro o músico Mauro Wrona. Direção artística: Paulo NEYMAR DIAS – contrabaixo acústico deu concertos em Recife, São Abrão Esper. e viola caipira e TIAGO PINHEIRO – Cristóvão (SE), Aracaju, São Paulo, Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Neste Teatro JDA. Entrada franca. canto mês, além do recital, ele ministra master classes em Buenos Aires, Monte- Música nova, música antiga. Programa: vidéu e na Emesp (dia 7), em São Paulo. 18h30 Ópera AMAHL E OS as ligações entre a música barroca O programa do recital, que acontece na Capela do Colégio San- VISITANTES DA NOITE, de Menotti e a canção brasileira do século XX, Série Vesperal na Olido. Camerata ta Marcelina, tem obras de Locatelli, Leclair, C.P.E. Bach e J.S. Bach. com obras de Monteverdi, Nelson da OER/OSM e Corpo de Baile da Cavaquinho, Chico Buarque, Purcell Wilbert Hazelzet, flautista que divide o palco com Ogg, é outro respeitá- Escola Municipal de Bailado. Regente: e , entre outros. vel especialista em música barroca, além de primeira flauta da Orquestra Juliano Suzuki. Solistas: Dênia Campos, Sesc Pinheiros – Teatro . Barroca de Amsterdã. Elise Roese e Rosana Barakat – sopra- R$ 15, R$ 7,50 e R$ 3,50.

38 Dezembro 2009 CONCERTO – Variation on a Ghanaian theme; Essi – Vadim Gluzman – violino. Programa: valsa; Pierpont – Jingle Bell e canções 9 QUARTA-FEIRA Tomando partido; Ervolini – Nal Bernstein – Serenade after Plato’s natalinas, entre elas Noite Feliz e e Bergamo – Piru Bole. Symposium e Mahler – Sinfonia nº 5. Pinheirinho. 15h30 ARTE DO SOM ENSEMBLE Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran Leia mais na pág. 34. Teatro do Sesi de Mauá. Entrada franca. ACADEMIA – OCTETO DE CORDAS Barbosa. Entrada franca. Reapresentação dia Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. 3º Fimarts – Festival Internacional 11 às 18h30. Reapresentação no mesmo horário dia 11 20h30 Ópera cômica UTOPIA, de Música Arte do Som. Homenagem e dia 12 às 16h30. LIMITADA!, de Gilbert e Sullivan a Mendelssohn. Com Ênio Antunes, 12h30 GRUPO PIAP Com Núcleo Universitário de Ópera Rnato Yokota, Wagner de Souza e Grupo de Percussão do Instituto 21h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA – NUO e Orquestra Sinfônica NUO. Jonathan Cardoso – violinos, Silvio de Artes da Unesp. Programa: obras Temporada de Dança. Programa: Direção e regência: Paulo Maron. Cato e Francisco Darling – violas e de R. Alberto, Gorosito, Ficarelli, O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Com Natalia Kawana – soprano; Raïff Dantas Barreto e Diego Mesquita Rinaldi, F. Menezes, P. Lima, Solistas: Marcelo Gomes, Hee Seo e Lenara Abreu – mezzosoprano; Caio – violoncelos. Programa: Mendelssohn Guarnieri, Iazzetta, Stasi e Cervo. Maria Ricetto. Direção artística: Hulda Oliveira e Luiz Guimarães – tenores, – Octeto. Leia mais na pág. 44. Bittencourt. Leia mais na pág. 44. Jorge Trabanco, Marco Rodrigues, Centro de Referência e Cidadania do Idoso – Teatro do Institudo de Artes – UNESP. Entrada Teatro Alfa. R$ 60 e R$ 90. Reapresentação Fábio Visconde, Pedro Ometto e Creci. Entrada franca. franca. até dia 20, segunda, terças, quartas e quintas às 21h00, sextas às 21h30, sábados às 17h00 Luciano Simões – barítonos. e 21h00 e domingos às 16h00 e 19h00. Leia mais na pág. 38. 20h30 2º FESTIVAL INTERNACIONAL 14h00 MADRIGAL COROS ANGÉLICOS e solistas Theatro São Pedro. R$ 30. Reapresentação no DE VIOLÃO USP 21h00 SÃO PAULO COMPANHIA DE mesmo horário dia 12 e dia 13 às 17h00. Geraldo Ribeiro 70 anos e Ronoel Concerto natalino. Piano: Valéria do Nascimento. DANÇA Simões 90 anos. Geraldo Ribeiro. Programa: Polígono revisitado, de 20h30 Ópera DIDO E ENEAS, Programa: Tárrega – Endecha, Biblioteca Municipal Monteiro Lobato. de Purcell Entrada franca. Alessio Silvestrin, com execução Prelúdios nºs 2 e 4 e Alborada; musical ao vivo do grupo belga Het Em forma de concerto. Orquestra de Barrios – Confesión, Luz mala e 15h00 Ópera LUCIA DI Collectief. Leia mais na pág. 36. Câmara e Coral da Fundação das Recuerdos del Pacífico e G. Ribeiro LAMMERMOOR, de Donizetti Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. Reapresentação Artes. Regente: Daniel Volpin. Solistas: – Romântico nºs 8 e 19, Ode a Exibição de DVD com legendas em dia 11 às 21h30, dia 12 às 21h00 e dia 13 às Ana Célia Nascimento, Caroline de Radamés e Flores agrestes (1ªs italiano. Veja detalhes dia 8 às 19h00. 19h00. Brito, Cátia Suzano, Daniela Amaral, audições). Paulo Martelli – violão de Istituto Italiano di Cultura. Entrada franca. Elisângela Martins, Fábio Miguel, 11 cordas. Programa: Bach – Ciaccona 11 SEXTA-FEIRA Gilberto Zanchetta, Jéssica Vianna, (Partita BWV 1004) e Fuga (Sonata 15h30 ORQUESTRA ANTUNES Maria Cecília de Oliveira, Marina Fossa, I BWV 1001). Paulo Porto Alegre – CÂMARA 18h30 TRINCADICABUM Patrícia Nelli e Sezenando Coelho. violão. Programa: Garoto – Tristezas 3º Fimarts – Festival Internacional Concerto às Seis e Meia. Veja detalhes Teatro Santos Dumont. Entrada franca. de um violão, Enigma e Gracioso e Reapresentação dia 12. de Música Arte do Som. Solista: Ênio dia 10 às 12h30. G. Ribeiro – Sonatina do Sudeste (1ª Antunes – violino. Programa: Vivaldi – Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO audição). Fábio Zanon. Programa: As quatro estações e Corelli – Fato per Barbosa. Entrada franca. ESTADO DE SÃO PAULO Nogueira – Improvisos nºs 1 e 9; G. la Note di Natale. Regente: Yan Pascal Tortelier. Solista: Ribeiro – Meditação nº 4; Barrios – Centro de Referência e Cidadania do Idoso – 20h00 QUARTETO CONTRASTES Gavota en estilo antiguo e El último Creci. Entrada franca. Sesi Música. Com Hanry Dawson e Vadim Gluzman – violino. Programa: canto. Duo Siqueira Lima. Programa: David Gama – violinos, Rafael Martinez Bernstein – Serenade after Plato’s Bach – Prelúdio nº 8 BWV 853, Cravo 18h00 QUARTETO AUREUS e PAULO – viola e Rafael Cesário – violonce- Symposium e Mahler – Sinfonia nº 5. bem temperado – livro I; G. Ribeiro GAZZANEO – piano lo. Programa: Bach – Ária; Händel Leia mais na pág. 34. – Ponteadinho da minha terra e Quarteto Aureus: Laércio Sinhorelli Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. – Largo da ópera “Xerxes”; Mozart – Reapresentação dia 12 às 16h30. Inflexão modinheira (1ª audição) e Diniz e Nadilson Gama – violinos, Divertimentos em fá maior e em Adriana Schincariol Vercellino – viola Pixinguinha – Um a zero. Leia mais ré maior; Massenet – Meditação da 21h30 2º FESTIVAL INTERNACIONAL e Ana Maria Chamorro – violoncelo. na pág. 36. ópera “Thais” e músicas natalinas. DE VIOLÃO USP Programa: Piazzolla – As quatro esta- Anfiteatro Camargo Guarnieri. Teatro do Sesi de Osasco. Entrada franca. Ivan Vilela. Programa a ser deter­ ções portenhas para piano trio. Reapresentação dia 12 às 20h00 no Teatro minado. Ulisses Rocha. Programa: 20h30 DIOGO LEFÈVRE – piano, Teatro JDA. Entrada franca. do Sesi de São Bernardo do Campo. U. Rocha – Fim de tarde, Desatino, Lua CLARICE RODRIGUES – mezzosoprano e Habana Vieja. Mario Ulloa. Programa: e MARCOS DAL MEDICO – violino. 20h30 2º FESTIVAL INTERNACIONAL 20h00 LA FURSTENBERG Villa-Lobos – Choros nº 1, Prelúdio nº No programa obras de Chopin, Berg, DE VIOLÃO USP Sesi Música. Com Sarah Hornsby e 3 e Estudos nºs 2, 4, 7 e 12. Ensemble Villa-Lobos, Santoro, Almeida Prado, Victor Pellegrini – violão. Programa: Paulo da Mata – flautas transversais, de Violões do Festival Leo Brouwer. Guimarães Álvares e Lefèvre. obras de Brouwer. Quarteto de Violões Guilherme de Camargo – teorba e Regente: Celso Delneri. Programa: Musicalis Núcleo de Música. do Festival Leo Brouwer. Programa: guitarra barroca e João Guilherme Villa-Lobos – Bachianas brasileiras nº 9. Figueiredo – violoncelo e viola da gam- S. Assad – Trois brésiliens à Saint-Paul (1ª audição no Brasil). Leia mais na 20h30 MADRIGALCHOR HUMBOLDT Coral da ECA. Regente: Marco Antonio ba. Programa: Marais – Suíte em sol pág. 36. Benedictus – Músicas natalinas. da Silva Ramos. Programa: Villa-Lobos – menor; Visée – Chaconne para teorba Sesc Pinheiros. Regente: Christel Budweg. Piano Bendita sabedoria e Brouwer – Rondas, solo; Händel – Sinfonia Pifa extraída do oratório “Messiah”; Haydn – Trio em e órgão: Sérgio de Souza. Refranes y Trabalenguas (1ª audição no 21h30 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA dó maior; Sammartini – Trio-sonata op. Programa: obras de Purcell, Bach, Brasil). Leia mais na pág. 36. Temporada de Dança. Programa: Anfiteatro Camargo Guarnieri. 1; Bach – Prelúdio para violoncelo solo Schubert, Thompson e Aguiar, O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. BWV 1007 e Corelli – Concerto fatto per entre outros. Veja detalhes dia 10 às 21h00. Leia 20h30 AUDI COELUM la notte di natale nº 8 op. 6. Igreja da Paz. Entrada franca. mais na pág. 44. In nativitate Domini. Programa: Teatro do Sesi de Santo André. Entrada franca. Teatro Alfa. R$ 60 e R$ 90. obras de Perotin, Bingen, Binchois, 10 QUINTA-FEIRA Ockeghem, Gibbons, Palestrina, 20h00 QUARTETO SÃO PAULO 21h30 SÃO PAULO COMPANHIA DE Victoria, Praetorius e Mendelssohn, Sesi Música. Claudio Micheletti e DANÇA 12h30 TRINCADICABUM entre outros. Leia mais na pág. 40. Alexandre Cunha – violinos, Estela Programa: Polígono revisitado, de Concerto ao Meio-Dia. Com Alê Igreja de Santa Teresinha. Entrada franca. Cerezo Ortiz – viola e Júlio Cerezo Alessio Silvestrin, com execução musical Damasceno, Leandro Lui e Nelton Ortiz – violoncelo. Programa: Mozart – ao vivo do grupo belga Het Collectief. Essi – percussão. Programa: Leandro 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Divertimentos em si bemol maior e Leia mais na pág. 36. Lui – Caixas ao Leite, Zamith, Alma, ESTADO DE SÃO PAULO em fá maior; Boccherini – Minueto; Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. Reapresentação Malequinho, Takano e Ervolini; Levitan Regente: Yan Pascal Tortelier. Solista: Bach – Ária; J. Strauss – Danúbio azul, dia 12 às 21h00 e dia 13 às 19h00.

CONCERTO Dezembro 2009 39�� Roteiro Musical São Paulo

Dia 12, Auditório Ibirapuera Gismonti. Programa: composições 12 SÁBADO próprias. Leia mais na pág. 36. Violonista Aliéksey Vianna lança Sesc Pinheiros. 11h30 ROSANA LANZELOTTE – cravo CD ao lado do Ensemble São Paulo e RICARDO KANJI – flauta 21h00 ORQUESTRA DE CÂMARA Encontros Clássicos. Recital e lançamen- METROPOLITANA e DUO SIQUEIRA Com uma trajetória que inclui to do livro/CD “Música Secreta”, de au- LIMA 25 premiações em concursos de toria de Rosana Lanzelotte. Programa: O Brasil de Heitor Villa-Lobos – Série violão nos EUA, Europa e Brasil, obras de Sigismund Neukomm, entre Violão e Orquestra. Duo Siqueira Lima: o violonista mineiro Aliéksey Vian- outros. Haverá sessão de autógrafos Cecília Siqueira e Fernando Lima – vio- na apresenta-se no Auditório Ibira- após o concerto. Leia mais na seção lões. Direção musical, regência e ar- “Lançamento de Livros”. puera no dia 12, em recital de lan- ranjos: Rodrigo Vitta. Programa: Villa-

DIVULGAÇÃO / MARCELO ROSA / MARCELO DIVULGAÇÃO Sala São Paulo – Sala do Coro. Entrada franca. Lobos – Choros nºs 5 e 1, Bachianas çamento de seu novo CD “Ritmos Retirar senhas a partir das 11h00. brasileiras nºs 5 e 4, Prelúdio nº 5 e e danças – música panamericana Concerto para violão e pequena orques- 16h00 CLÁUDIA RICCITELLI – soprano, para violão e quarteto de cordas”. tra. Leia mais na pág. 44. WALTER WEISZFLOG – barítono e DANA A seu lado estará o Ensemble Sesc Santana. Reapresentação dia 13 às 19h30. São Paulo, que participou da gra- RADU – piano Aliéksey Vianna Concertos Clássicos – 2ª edição. A 21h00 ALIÉKSEY VIANNA – violão vação do disco acompanhando o música em seu tempo. Apresentação violonista em quatro das sete fai- e ENSEMBLE SÃO PAULO e curadoria: Anna Maria Kieffer. Lançamento do CD “Ritmos e danças xas. Nas outras três, a participação é do Quarteto Harmony, de Xangai. Programa: obras de Duparc, Chausson, – Música pan-americana para violão Vianna alia uma sólida formação erudita a um envolvimento com a Fabriel Fauré, D’Indy, Debussy, Ravel, e quarteto de cordas”. Ensemble São música popular e a improvisação. Este seu segundo disco tem obras de Satie, Milhaud e Poulenc. Leia mais na Paulo: Betina Stegmann e Nelson Rios Carlos Guastavino e Leo Brouwer, além de quatro primeiras gravações pág. 40. – violinos, Marcelo Jaffé – viola e Robert mundiais: Five world dances (Sérgio Assad, 2002); Ritmos e danças Pinacoteca do Estado de São Paulo. Entrada Suetholz – violoncelo. Programa: S. franca. Retirar senhas a partir das 15h00. (Egberto Gismonti, 1974); Migration (Ralph Towner, EUA, 2003) e Assad – Five world dances; Guastavino Cuatro danzas sibilinas (Eduardo Ângulo, México, 2003). 16h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO – Las presencias nº 6, Jeromita linares; ESTADO DE SÃO PAULO Brouwer – Quinteto e Ángulo – Cuatro Regente: Yan Pascal Tortelier. Solista: danzas sibilinas. Leia mais na pág. 40. Dia 6, Igreja Santo Agostinho / Dia 10, Igreja Santa Teresinha Vadim Gluzman – violino. Programa: Auditório Ibirapuera. R$ 30. Bernstein – Serenade after Plato’s Audi Coelum interpreta Symposium e Mahler – Sinfonia nº 5. 21h00 ORQUESTRA JOVEM TOM JOBIM Leia mais na pág. 34. Regente: Roberto Sion. Memorial da América Latina – Auditório Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. repertório de Natal a cappella Simón Bolívar. Entrada franca. Especializado em música sacra, o conjunto Audi Coelum apresenta 17h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA 21h00 SÃO PAULO COMPANHIA DE “In nativitate Domini”, concerto a cappella com obras referentes ao Na- Temporada de Dança. Programa: O DANÇA tal. Criado em 2004 pelo maestro Roberto Rodrigues, o Audi Coelum Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja Programa: Polígono revisitado, de detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais tem em seu repertório importantes obras de autores como Machaut, Alessio Silvestrin, com execução musical na pág. 44. Palestrina, Allegri, Charpentier, Carissimi, Lasso e Campra. ao vivo do grupo belga Het Collectief. Teatro Alfa. R$ 50 e R$ 80. Reapresentação no Para este programa, a formação de 16 cantores interpretará desde o mesmo dia às 21h00, por R$ 60 e R$ 90. Leia mais na pág. 36. cantochão até polifonias a oito vozes. O programa traz peças de Perotin, Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. Reapresentação Hildegard von Bingen, Binchois, Ockeghem, Gibbons, Palestrina, Vic- 20h00 QUARTETO CONTRASTES dia 13 às 19h00. toria, Costeley, Praetorius e Mendelssohn, entre outros. Os concertos Sesi Música. Veja detalhes dia 11 às 20h00. acontecem dias 6 e 10 com entrada franca. DOMINGO Teatro do Sesi de São Bernardo do Campo. 13 Entrada franca. 10h00 CORO INFANTIL, CORO JUVENIL, Dias 6, 12, 13, Pinacoteca do Estado / Dias 14, 16, 17 e 18, Masp / Dia 13, Unesp 20h30 Ópera cômica UTOPIA, CORO DA OSESP, ACADEMIA DA OSESP LIMITADA!, de Gilbert e Sullivan e ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO “Concertos clássicos” abordam Veja detalhes dia 11 às 20h30. DE SÃO PAULO Leia mais na pág. 38. Coro Infantil da Osesp. Regente: Theatro São Pedro. R$ 30. Reapresentação Naomi Munakata. Piano: Dana Radu. diversidade musical dia 13 às 17h00. Programa: Canções folclóricas e melo- Com curadoria de Anna Maria Kieffer, acontece até o dia 18 o dias natalinas. Coro Juvenil da Osesp. projeto “Concertos Clássicos”. Em dezembro serão oito recitais te- 20h30 Ópera DIDO E ENEAS, Regente: Naomi Munakata. Piano: de Purcell máticos no Masp, Pinacoteca e Unesp, sempre com entrada franca. Dana Radu. Programa: Obras de Catulo, Em forma de concerto. Veja detalhes Dias 6, 12 e 13, a série “Salões históricos” abordará, respectiva- Negro Spiritual, Caldas e Cavalcanti dia 11 às 20h30. e melodia francesa. Coro da Osesp. mente, a música russa (inspirada nos salões russos do século XIX), Teatro Santos Dumont. Entrada franca. Regente: Naomi Munakata. Programa: francesa (inspirada nos salões da princesa de Polignac, em Paris e , Mignone, Assis Valente Veneza, séculos XIX-XX) e italiana (inspirada nos salões da condessa 21h00 2º FESTIVAL INTERNACIONAL e melodia inglesa. Academia da Maffei, em Milão, no século XIX). A interpretação fica a cargo de DE VIOLÃO USP Osesp: Samuel Dias – violino, Danilo artistas como Mauro Wrona (tenor), Claudia Riccitelli (soprano), Eduardo Meirinhos. Programa: Heitor Oliveira – trompete e Maurício Martins Walter Weiszflog (barítono) e Dana Radu (piano). Villa-Lobos – Prelúdios nºs 1 e 5 e – tuba. Programa: obras de Sarasate, Estudos nºs 1, 5, 8 e 11. EntreQuatre: Dia 14 é a vez de “Uma noite na ópera”, com a Orquestra de Arutunian e Lebedjew. Osesp. Regente: Carlos Cuanda, Carmen Cuello, Manuel Câmara Metropolitana e o maestro Rodrigo Vitta. As diversas ver- Yan Pascal Tortelier. Piano: Arnaldo Paz e Jesús Prieto. Programa: obras Cohen. Programa: Grieg – Concerto para tentes do jazz serão exploradas em concertos com a participação de de Leo Brouwer. Gustavo Costa. piano op. 16 e Tchaikovsky – Abertura Roberto Sion e Nelson Ayres, entre outros, dias 13, 16, 17 e 18. Programa: Villa-Lobos – Prelúdios nºs 2 1820 op. 49. Leia mais na pág. 34. e 4 e Estudos nºs 3, 6, 9 e 10. Egberto Parque Villa-Lobos. Entrada franca.

40 Dezembro 2009 CONCERTO

Roteiro Musical São Paulo

Dia 1º, Teatro Cultura Artística-Itaim / Campinas, dia 12 11h00 GRUPOS DO CORAL DA GENTE 12h00 CIA. SCENA INCANTO Concerto Matinal. Instituto Baccarelli. Música em Cena. Com Francine Lobo CPFL tem leitura dramática de Leia mais na pág. 34. – soprano, Fernanda Soifer – mezzo- Sala São Paulo. R$ 2 e R$ 1. soprano, Richard Bromberg – narrador obra que retrata Gustav Mahler e barítono e Ilso Muner – regente e 11h00 ORQUESTRA JOVEM DO ESTADO pianista. Programa: composições A CPFL Cultura encerra sua programação anual de música erudita Regente: João Maurício Galindo. tradicionais natalinas. contemporânea em São Paulo e Campinas promovendo a leitura dramá- Theatro São Pedro. Entrada franca. Teatro do Sesi de São Paulo. Entrada franca. tica com música ao vivo da peça A conversão de Mahler, do premiado dramaturgo Ronald Harwood. O espetáculo, que tem curadoria do jorna- 11h00 RODRIGO PROCKNOV – violão 16h00 CLÁUDIA RICCITELLI – soprano, lista e crítico musical João Marcos Coelho, acontecerá no dia 1º em São Domingo na Yayá. Programa: obras do MARTIN MÜHLE – tenor e AIMAR Paulo e 12 em Campinas. CD “Serra Pontiada”. SANTINHO – piano Casa de Cultura Dona Yayá. Entrada franca. Concertos Clássicos – 2ª edição. A músi- A conversão de Mahler, que estreou no ano passado em Londres, ca em seu tempo. Apresentação e cura- debate a angústia e a indecisão do compositor Gustav Mahler, judeu que 11h00 CORAL DA CASA DE CULTURA doria: Anna Maria Kieffer. Programa: teve que se converter ao catolicismo para poder assumir a direção da DE SANTO AMARO, OFICINA DE FLAUTA obras de Bellini, Rossini, Verdi, Tosti e ópera de Viena em 1897 (os círculos de poder da capital do então Impé- DOCE, ORQUESTRA SILVIA LUISADA, Carlos Gomes. Leia mais na pág. 40. rio Austro-Húngaro eram particularmente antissemitas). ORQUESTRA FILARMÔNICA DE SANTO Pinacoteca do Estado de São Paulo. Entrada A leitura dramática, que terá iluminação, sonorização e movimenta- AMARO e pianistas convidados franca. Retirar senhas a partir das 15h00. Coordenação e regência: Silvia Luisada. ção cênica, envolve sete atores e música ao vivo de Mahler em arranjos 16h00 ELIANE TOKESHI – violino, para um quarteto de piano, trompa, violino e violoncelo feitos por Leo- Programa: obras de Beethoven, Bizet, Tchaikovsky, Mozart, Brahms, Vivaldi ALEXANDRE FICARELLI – oboé e JOSÉ nardo Martinelli. A direção teatral é do jornalista e dramaturgo Oswal- e Bach, entre outros. LUÍS DE AQUINO – órgão do Mendes. O maestro Carlos Moreno debaterá a obra com a plateia e Teatro Paulo Eiró. Entrada franca. Programa: obras de C.P.E. Bach, Händel, artistas após a leitura. Krebs, Rheinberger e Quantz. Leia mais 11h00 CORAL CULTURA INGLESA na pág. 38. Programa: obras natalinas. Igreja do Beato Padre Anchieta. Entrada franca. Dia 2, Masp Praça Victor Civita. Entrada franca. 16h00 OLGA KIUN e LUIZ GUILHERME Ciclos raros de Alban Berg e 11h30 CORAL PAULISTANO POZZI – pianos Concerto de Natal. Regente: Tiago Música no MuBE. Programa: Debussy serão ouvidos no Masp Pinheiro. Solistas: Marly Ramos – Tchaikovsky – Suíte do balé O Quebra- soprano, Renata Pesciotto – mezzo- Dia 2, no Masp, a mezzosoprano Inês Stockler e o pianista nozes; Debussy – Petit suite e Ravel – soprano e Fernando Mattos – tenor. La valse. Leia mais na pág. 44. Anderson Brenner mostram canções de Alban Berg e Debussy rara- Piano: Rosana Civile. Programa: MuBE. R$ 20. mente apresentadas na cidade. Anônimo – Hodie, Christus natus est, As Sete canções da juventude, de Berg, foram compostas logo Cuncti simus concanentes e Pollorum 16h00 ORQUESTRA e CORAL após o inicio de seus estudos com Schönberg e atingem os limites Regina; Flecha – La bomba; Händel – SOCIEDADE PRO MÚSICA SACRA DE SÃO harmônicos do romantismo tardio. Em seguida é a vez do ciclo de For unto us a child is born (Messias); PAULO e CORAL AMIGOS DO MUSEU Bach – Lobet den Herrn, alle Heiden; Debussy Les chansons de Bilitis, no qual as melodias de cada uma IPIRANGA Bruckner – Ave Maria, Virga Jesse, Regente: Samuel Kerr. Solista: das três canções são extraídas dos poemas em forma de prosa de Os Justi e Locus iste; Mendelssohn – Alexandre Pimenta – flauta doce. Pierre Louys. A história trata de um hipotético diálogo no qual a Richte mich Gott; Fauré – Les Djinns e Programa: Cazzati – Sonata La poetisa grega Bilitis, contemporânea de Sapho, fala de amor. Cantique de Jean Racine; Gruber – In Sampiera; Haydn – Trio de cordas; Saint- Um dos pontos de interesse desse repertório é que tanto o ciclo stiller Nacht; melodia tradicional fran- Saëns – Oratório de Noel, Prelúdio nº de Berg quanto o de Debussy premeditam suas obras-primas, as cesa e Negro spirituals. Leia mais na 10; Telemann – 117 Psalms e Concerto óperas Wozzeck e Pelléas et Mélisande, respectivamente. O pro- pág. 44. para flauta doce. Fundação Maria Luisa e Oscar Americano – Museu do Ipiranga. Entrada franca. grama ainda terá obras de Tom Jobim, Menotti e Cilea. Área extena. Entrada franca. 16h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA 11h30 RECITAL DE CANTO E PIANO Temporada de Dança. Programa: O Dia 16, Emesp Clássicos do Domingo. Cantos Vários. Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja Com Nancy Bueno de Almeida e detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais Recital de lançamento mostra Natacha Eito – sopranos; Carlos Eduardo na pág. 44. do Nascimento, David Henrique de Teatro Alfa. R$ 50 e R$ 80. Reapresentação novas técnicas instrumentais Souza, Germano Brissac, Pedro Callil e às 19h00, por R$ 60 e R$ 90. Renato Perez – tenores; Eduardo Muniz, “Novos universos sonoros, compositores brasileiros e solistas: as Luiz Fidelis e Tiago Bezerra – barítonos; 16h00 CIA. BRASILEIRA DE BALLET novas técnicas instrumentais e suas escritas” é o nome de um projeto Leandro Monteiro – baixo e Anderson Com Thiago Soares e Marianela de gravação de música brasileira que envolveu intérpretes e solistas de Brenner – piano. Programa: obras de Nuñez. Programa: O Quebra-Nozes, oito universidades brasileiras e da Sorbonne em Paris. Com patrocínio Chiquinha Gonzaga, Puccini e Mozart, de Tchaikovsky. Leia mais na pág. 44. da Petrobras, o projeto teve coordenação artística do compositor Silvio entre outros. Teatro Bradesco. R$ 80. Reapresentação dia 19 às 21h00 e dia 20 às 16h00. Ferraz e regência da maestrina Simone Menezes, e procura desenvolver Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. Entrada franca. as chamadas técnicas estendidas (maneiras não convencionais de tocar 17h00 Ópera cômica UTOPIA, um instrumento) dentro da brasilidade da música contemporânea. 12h00 CORAL VOX AETERNA e CORAL LIMITADA!, de Gilbert e Sullivan O concerto de lançamento, que acontece dia 16, mostrará ao pú- CANTICORUM JUBILUM Veja detalhes dia 11 às 20h30. Leia blico obras especialmente compostas para o disco por Rogério Costa, Regente: Muriel Waldman. Piano: mais na pág. 38. José Henrique Padovani, Roberto Victorio e Paulo Zuben, entre outros. Carina Inoue. Programa: 1ª parte: Theatro São Pedro. R$ 30. A interpretação fica a cargo de músicos como Martha Herr, Daniel Canções de Natal e 2ª parte: Vivaldi – Magnificat RV 610. 17h00 ACADEMIA DE MÚSICA DA Stein e Fábio Presgrave, além das orquestras Sinfônica e Sinfônica Igreja do Beato Padre Anchieta. Entrada OSESP Jovem da Unicamp. franca. Samuel Dias, Tiago Paganini e Karen

42 Dezembro 2009 CONCERTO Crippa – violinos; Nilson Bellotto Regente e arranjos: Rodrigo Vitta. 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Neto – contrabaixo; Ricardo Barbosa Solistas: Silviana Bellato Nogueira – 16 QUARTA-FEIRA ESTADO DE SÃO PAULO – oboé; Suélem Sampaio – harpa; soprano e Marcello Vannucci – tenor. Regente: Yan Pascal Tortelier. Solista: Clarissa Oropallo fagote; Danilo Programa: obras de Puccini, Verdi e 12h30 FLAUTARIAS Arnaldo Cohen – piano. Programa: Oliveira – trompete; Eduardo Machado, Villa-Lobos. Curadoria: Anna Maria Sinfonia de Noel – Um Natal musical. Shostakovich – Abertura festiva op. 96; Raphael Campos e Maurício Martins Kieffer. Leia mais na pág. 40 Com André Farias, Aércio Medina, Grieg – Concerto para piano; Gershwin – trombones; Gustavo Campos – tuba. Masp. Entrada franca. Carlos Eduardo Souza, Marcelo – Abertura cubana e Bernstein – West Participação: Dana Radu – piano. Rosário e Anderson Fabiano – flau- Side Story, danças sinfônicas. Leia mais Programa: obras de Bottesini, Smetana, 21h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA tas. Programa: obras de Händel, na pág. 34. Mozart, Tomasinni, Kenny, Debussy, Temporada de Dança. Programa: O Mendelssohn, Haydn e Bach, entre Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. Bach, Copland, Schumann e Lebedjew. Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja outros. Reapresentação no mesmo horário dia 18 e dia Leia mais na pág. 34. detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais Centro Cultural Banco do Brasil – Térreo. 19 às 16h30. Entrada franca. Sala São Paulo. Entrada franca. na pág. 44. Teatro Alfa. R$ 60 e R$ 90. 21h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA 19h00 ORQUESTRA SINFÔNICA e 19h00 2º FESTIVAL INTERNACIONAL Temporada de Dança. Programa: O SINFÔNICA JOVEM DA UNICAMP DE VIOLÃO USP Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja Lançamento do CD “Novos Universos Orquestra de Câmara da USP. Regente: 15 TERÇA-FEIRA detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais Sonoros”. Regente: Simone Menezes. Leo Brouwer. Solista: Victor Pellegrini na pág. 44. Solistas: Martha Herr – soprano; Daniel Teatro Alfa. R$ 60 e R$ 90. – violão. Programa: Brouwer – Elegía 12h30 CORAL, QUARTETO DE CORDAS Stein – violino; Emerson di Biaggi, por Victor Jara (1ª audição no Brasil), e PIANO Gabriel Marin e Tania Campos – violas; Concierto de La Habana nº 7 (1ª audição Sinfonia de Noel – Um Natal musical. Fabio Presgrave – violoncelo; Sarah 18 SEXTA-FEIRA no Brasil) e La danza imposible (1ª Regente: Rodrigo Vitta. Quarteto de Hornsby – flauta; Nivaldo Orsi – cla- audição) e Lennon-McCartney/Brouwer cordas: José Quirino e Gian Pietro Saisi rinete; Rogério Costa – saxofone e 12h30 CORAL, QUARTETO DE CORDAS – From Yesterday to Penny Lane (1ª – violinos, Paulo Cesar – violoncelo e Fernando Hashimoto – percussão. e PIANO audição no Brasil). Leia mais na pág. 36. Sergio Moreira – contrabaixo. Piano: Programa: música contemporânea Sinfonia de Noel – Um Natal musical. Sesc Pinheiros. Daniel Gonçalves. Programa: obras de Bach, Mendelssohn, Stainer, Schubert, brasileira. Leia mais na pág. 42. Regente: Rodrigo Vitta. Quarteto de 19h00 BANDA SINFÔNICA JOVEM DO Adam, Wade, Redner, Franck e Händel, Emesp. Entrada franca. cordas: José Quirino e Gian Pietro Saisi ESTADO e SWISS COLLEGE DIXIE BAND entre outros. – violinos, Paulo Cesar – violoncelo e 21h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA Sergio Moreira – contrabaixo. Piano: Regente: Mônica Giardini. Programa: Centro Cultural Banco do Brasil – Térreo. Temporada de Dança. Programa: O obras de James Johnson, Barbarin, Entrada franca. Daniel Gonçalves. Programa: obras Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja Berlin, Handy, Herman, Alter/Lange, de Bach, Wade, Gounod, Villa-Lobos, detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais Pinkard/Casey e Valente. 20h30 ACADEMIA DE MÚSICA DA Arcadelt, Stainer, Händel e Gruber, na pág. 44. Memorial da América Latina – Auditório OSESP entre outros. Simón Bolívar. Entrada franca. Samuel Dias, Tiago Paganini e Karen Teatro Alfa. R$ 60 e R$ 90. Centro Cultural Banco do Brasil – Térreo. Crippa – violinos; Samuel Passos e Entrada franca. 19h00 SÃO PAULO COMPANHIA DE André Ferreira – violas; Renato de QUINTA-FEIRA 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO DANÇA Sá e Camilla Ribeiro – violoncelos; 17 ESTADO DE SÃO PAULO Programa: Polígono revisitado, de Sanderson Paz – contrabaixo; Ricardo Regente: Yan Pascal Tortelier. Solista: Alessio Silvestrin, com execução musical Barbosa – oboé; Danilo Oliveira – 15h30 ORQUESTRA ANTUNES CÂMARA Arnaldo Cohen – piano. Programa: ao vivo do grupo belga Het Collectief. trompete, Raphael Campos, Agnaldo Encerramento do 3º Fimarts – Festival Shostakovich – Abertura festiva op. 96; Leia mais na pág. 36. Gonçalves e Maurício Martins – trom- Internacional de Música Arte do Som Grieg – Concerto para piano; Gershwin Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20. bones. Participação: Dana Radu – pia- e concerto de aniversário da Orquestra no. Programa: obras de Koussevitzky, Antunes Câmara. Direção artística – Abertura cubana e Bernstein – West Side Story, danças sinfônicas. Leia mais 19h30 ORQUESTRA DE CÂMARA Sibelius, Hindemith, Casterède, e regência: Ênio Antunes. Solistas: na pág. 34. METROPOLITANA e DUO SIQUEIRA Shostakovich, Kenny, Ewazen, Bach, Renato Yokota, Wagner de Souza, Beethoven, Schumann e Enesco. Leia Andressa Matheus e Jonathan Cardoso Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. LIMA Reapresentação dia 19 às 16h30. O Brasil de Heitor Villa-Lobos – Série mais na pág. 34. – violinos; Pablo de Morais, Diego Mesquita e Camila Silva de Oliveira – Violão e Orquestra. Veja detalhes dia Sala São Paulo. Entrada franca. 21h00 BALLET DO THEATRO violoncelos; José Luís – cravo; Francisco 12 às 21h00. Leia mais na pág. 44. MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Darling – viola; Marcos Fokin – fagote; Sesc Santana – Teatro. 21h00 QUINTAL BRASILEIRO e IZAÍAS O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Domingos Elias – clarinete; Rodrigo E SEUS CHORÕES Coreografia: . Cenários Nagamori – oboé e James Strauss – 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DE Quintal Brasileiro: Luiz Amato e e figurinhos: José Varona. Solistas: flauta. Programa: Vivaldi – Concerto SANTO ANDRÉ Esdras Rodrigues – violinos, Emerson Claudia Mota, Márcia Jaqueline, para quatro violinos; Krieger – Brasiliana Regente: Carlos Moreno. Solista: de Biaggi – viola, Adriana Holtz Francisco Timbó e convidados. para viola e orquestra de cordas; José Renato Figueiredo – piano. – violoncelo e Ney Vasconcelos – Leia mais na pág. 44. Siqueira – Elegia para violoncelo e Participação: Coro da Cidade de Santo contrabaixo. Izaías e Seus Chorões: Teatro Abril. De R$ 80 a R$ 140. Reapresentação André e Coro de Câmara da Unesp. Izaías – bandolim, Israel – violão orquestra de cordas; Santoro – Mini con- dia 19 às 17h00 e 21h00 e dia 20 às 16h00. Programa: Ripper – Psalmus; Beethoven de sete cordas, Haroldo Capelupi certo grosso; Villa-Lobos – Ciranda das – Fantasia coral para piano, orquestra e – cavaquinho e José Reli – pan- sete notas para fagote e orquestra de 21h30 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA coro; Villa-Lobos – Choros nº 10; Gruber deiro. Programa: obras de Jacob cordas e Guerra-Peixe – Roda de amigos Temporada de Dança. Programa: O – Noite feliz e Fauré – Cantique de Jean do Bandolim, Zequinha de Abreu, para fagote, clarinete, oboé, flauta e Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja Racine. Leia mais na pág. 44. Pixinguinha, Villani-Côrtes, Nazareth orquestra de cordas. detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais Centro de Referência e Cidadania do Idoso – Teatro Municipal de Santo André. Entrada e Gnattali, entre outros. na pág. 44. Creci. Entrada franca. franca. Sesc Pinheiros – Teatro Paulo Autran. Teatro Alfa. R$ 60 e R$ 90. R$ 15, R$ 7,50 e R$ 3,50. 20h00 JOSÉ LUÍS DE AQUINO – órgão 14 SEGUNDA-FEIRA 21h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA Participação: Coro dos Monges 19 SÁBADO Temporada de Dança. Programa: O Beneditinos do Mosteiro de São 20h30 ORQUESTRA DE CÂMARA Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja Bento. Programa: obras de Soler, 11h00 OPERILDA E O QUEBRA-NOZES METROPOLITANA detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais Couperin, Bach, Franck, Messiaen, Série O Aprendiz de Maestro. Concertos Clássicos – 2ª edição. A músi- na pág. 44. Dupré e Mulet. Leia mais na pág. 38. Sinfonieta Fortíssima, Companhia ca em seu tempo. Uma noite na ópera. Teatro Alfa. R$ 60 e R$ 90. Mosteiro de São Bento. Entrada franca. Brasileira de Danças Clássicas e

CONCERTO Dezembro 2009 43�� Roteiro Musical São Paulo

Andréa Bassit – atriz. Regente: 16h00 ÉRIKA RIBEIRO e PEDRO Dando sequência a suas três séries de concertos – Clássicos do Domin- João Maurício Galindo. Programa: SPERANDIO – pianos go, Concerto ao meio-dia e Concerto às seis e meia – o Centro Cultu- Tchaikovsky – Valsa das flores, Música no MuBE. Programa: Haydn – ral São Paulo promove variadas atrações. Entre elas se destacam o Abertura miniatura e Dança árabe. Concerto para piano e orquestra Quarteto de Cordas Romanov, com obras de Borodin e Shostakovich, Realização: Tucca – Associação para Hob. XVIII:11; Schubert – Improvisos no dia 6, e o grupo de percussão Tribores, que mescla música erudita Crianças e Adolescentes com Câncer. 3 e 4 op. 90; Chopin – Dois improvisos à popular com técnicas instrumentais escocesas, nos dias 3 e 4. Leia mais na pág. 44. op. 29 e 36 e Schumann – Concerto Sala São Paulo. De R$ 37 a R$ 47. para piano e orquestra. Leia mais na A atuante pianista Eudóxia de Barros apresenta-se no Theatro São Pe- pág. 44. dro (dia 5), e no Auditório Cláudio Santoro em Campos do Jordão (13). 16h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO MuBE. R$ 20. O último espetáculo infantil do ano da série Aprendiz de Maestro, ESTADO DE SÃO PAULO promovida pela Tucca, associação que trabalha pela cura de crianças Regente: Yan Pascal Tortelier. Solista: 16h00 ORQUESTRA SOCIEDADE PRO e adolescentes carentes com câncer, é “Operilda e o quebra-nozes”. Arnaldo Cohen – piano. Programa: MÚSICA SACRA DE SÃO PAULO Com a participação de bailarinos da Companhia Brasileira de Danças Shostakovich – Abertura festiva op. 96; Regente: Vitor Gabriel. Solista: Clássicas, Operilda e o maestro João reinventam o famoso conto nata- Grieg – Concerto para piano; Gershwin Viviane da Rocha – soprano. lino com músicas de Tchaikovsky, dia 19, na Sala São Paulo. – Abertura cubana e Bernstein – West Programa: Gluck – Abertura; Mozart – Side Story, danças sinfônicas. Leia mais Quarteto; Vivaldi – Duas árias e Paixão “O Brasil de Heitor Villa-Lobos – série violão e orquestra”, é o na pág. 34. – Moteto “O verre Christe”. nome dos concertos que ocorrem dias 12 e 13 no Sesc Santana. A Or- Sala São Paulo. De R$ 30 a R$ 104. Igreja de São Francisco. Entrada franca. questra de Câmara Metropolitana, regida pelo maestro Rodrigo Vitta (que também responde pelos arranjos e direção musical) interpreta 17h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA 16h00 CISNE NEGRO CIA. DE DANÇA obras como os Choros nº 5, o Concerto para violão e a Bachianas Temporada de Dança. Programa: O Temporada de Dança. Programa: O nº 5, com a participação do Duo Siqueira Lima, formado pelos exce- Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Veja lentes violonistas Fernando Lima e Cecília Siqueira. detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais detalhes dia 10 às 21h00. Leia mais na pág. 44. na pág. 44. O tradicional concerto natalino do Club Transatlântico acontece no Teatro Alfa. R$ 50 e R$ 80. Reapresentação Teatro Alfa. R$ 50 e R$ 80. Reapresentação dia 6. Uma orquestra de 16 músicos e o Coral do Colégio Visconde de às 21h00, por R$ 60 e R$ 90. às 19h00, por R$ 60 e R$ 90. Porto Seguro interpretam obras de Vivaldi, Corelli e Bach, além de 17h00 BALLET DO THEATRO tradicionais canções natalinas em inglês, português, alemão e latim, 16h00 BALLET DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO sob regência do maestro Sérgio Assumpção. MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky. Outro tradicional concerto de Natal, o da Fundação Maria Luisa e Oscar Veja detalhes dia 18 às 21h00. Veja detalhes dia 18 às 21h00. Americano, acontece dia 13 com o Coral Paulistano. Sob regência de Leia mais na pág. 44. Leia mais na pág. 44. Tiago Pinheiro, o grupo interpreta canções natalinas e negro spirituals Teatro Abril. De R$ 80 a R$ 140. Teatro Abril. De R$ 80 a R$ 140. com a participação da pianista Rosana Civile. Este concerto será gratuito Reapresentação às 21h00. e excepcionalmente os portões da Fundação se abrirão apenas às 11h. 16h00 CIA. BRASILEIRA DE BALLET 19h00 Ópera AMAHL E OS No dia 10, o Piap – Grupo de Percussão do Instituto de Artes da Com Thiago Soares e Marianela VISITANTES DA NOITE, de Gian Unesp faz um concerto “bota-fora” antes de sua excursão pelos Es- Nuñez. Programa: O Quebra-Nozes, Carlo Menotti tados Unidos, no início de 2010. No Auditório da Unesp serão exe- de Tchaikovsky. Leia mais na Série Cabaré Olido. Camerata da cutadas somente obras brasileiras de Flo Menezes, Mário Ficarelli e pág. 44. OER/OSM e Corpo de Baile da Fernando Iazzetta, entre outros. Teatro Bradesco. R$ 80. Escola Municipal de Bailado. Rogério Tutti faz o primeiro dos recitais de piano do mês no MuBE. No Regente: Juliano Suzuki. Solistas: 19h00 ORQUESTRA METROPOLITANA dia 6 o artista mostra obras de Beethoven, Liszt e Prokofiev. A expe- Dênia Campos, Elise Roese e Regente: Rodrigo Vitta. Programa: riente professora e pianista Olga Kiun une-se a Luiz Guilherme Pozzi Rosana Barakat – sopranos; Eloisa Mozart – Divertimento nº 1 e Sinfonia para um recital a dois pianos no dia 13. O repertório tem obras de Baldin, Juliana Ardenghi e Roseane nº 29 e Haydn – Sinfonia nº 19. Tchaikovsky, Debussy e Ravel. Já no dia 20 outro duo encerra o ano do Soares – mezzosopranos; Paulo Escola Municipal de Música de Ribeirão MuBE: a talentosa Érika Ribeiro e o jovem Pedro Henrique Sperandio Queiroz e Marcos Fernandes – Pires. intepretam Haydn, Schubert, Chopin e Schumann no dia 20. tenores; Sandro Bodilon e Eduardo Paniza – barítonos e Carlos Eduardo 19h45 ORQUESTRA ARTE BARROCA A série Música no Masp Internacional encerra a temporada com o Marcos, Jonatas Andrade, Lucas Concerto de Natal. Diretor artístico Quarteto Azure. O grupo holandês mostra seu free jazz no dia 4. Baldin e Rubem Lugli – baixos. e spalla: Paulo Hennes. Programa: Piano: Marizilda Hein. Direção cêni- Corelli – Concerto grosso op. 6 nº 8; Solistas e uma camerata do Teatro Municipal apresentam Amahl e os Pez – Concerto grosso e Sinfonia em visitantes da noite de Menotti nos dias 8 e 19, na Sala Olido. Em São ca e narração: João Malatian. Sala Olido. Entrada franca. sol menor e Geminiani – Concerto Caetano, a Fundação das Artes apresenta Dido e Enéas de Purcell, em grosso, La folia. forma de concerto, dias 11 e 12. 21h00 CIA. BRASILEIRA DE BALLET Capela da PUC. Entrada franca. A Orquestra Sinfônica de Santo André faz no dia 13 um concerto Com Thiago Soares e Marianela com obras de João Guilherme Ripper, Beethoven, Villa-Lobos, Franz Nuñez. Programa: O Quebra-Nozes, 20h00 CORAL ITAÚ UNIBANCO e Gruber e Gabriel Fauré. A direção é do maestro titular Carlos Moreno. de Tchaikovsky. Leia mais na ORQUESTRA DE CORDAS pág. 44. Concerto de Natal. Regente: Roberto O público de São Paulo poderá conferir três montagens do balé Teatro Bradesco. R$ 80. Reapresentação dia Rodrigues. O quebra-nozes, com música de Tchaikovsky. Com 15 apresentações 20 às 16h00. Igreja de Santo Agostinho. Entrada franca. entre os dias 10 e 20, a Cisne Negro Cia. de Dança apresenta pelo 26º ano consecutivo sua versão do conto natalino, tendo no elenco 20h00 CONCERTO DE NATAL o brasileiro Marcelo Gomes, a coreana Hee Seo e a uruguaia Maria 20 DOMINGO Corais: Bicchieri d’Oro, Fascinação, Ricetto, todos solistas do American Ballet Theatre. Dias 13, 19 e 20 a Santa Cecília, Vox Ensemble e Cia. Brasileira de Ballet interpreta a obra com a presença de solistas 11h00 SINFÔNICA HELIÓPOLIS e quarteto do cordas. Regente: Simone do Royal Ballet. Já o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro CORAL DA GENTE Strublic. Programa: música de Natal mostra pela primeira vez em São Paulo a sua versão, com coreografia Concerto Matinal. Instituto Baccarelli. e obras de Händel, Vivaldi e Saint- de Dalal Achcar, que recebeu entusiásticos elogios em sua estreia, em Regente: Roberto Tibiriçá. Leia mais Saëns. 1981. As récitas acontecem nos dias 18, 19 e 20, no Teatro Abril. na pág. 34. Igreja Matriz de São Bernardo do Campo. Sala São Paulo. R$ 2. Entrada franca.

44 Dezembro 2009 CONCERTO Endereços São Paulo

Anfiteatro Camargo Guarnieri Espaço Cultural 930 – Rodovia Mosteiro de São Bento – Largo de Teatro Bradesco – Bourbon – USP – Rua do Anfiteatro, 109 Engenheiro Renê Benedito da Silva, São Bento, s/nº – Centro – Tel. (11) Shopping São Paulo – Piso Perdizes – Cidade Universitária – Tel. (11) 930 – Jardim Santa Rita – Itapevi – 3328-8799 (693 lugares) – Rua Turiassu, 2100 – Perdizes 3091-3000 (360 lugares) Tel. 4141-0403 MuBE – Museu Brasileiro da – Ingressos: tel. (11) 4003-1212 Auditório Ibirapuera – Av. Pedro Esporte Clube Banespa – Av. Santo Escultura – Av. Europa, 218 – Jd. e www.ingressorapido.com.br. Álvares de Cabral, s/nº – Portão 3 Amaro, 5355 – Brooklin – Tel. (11) Europa – Tel. (11) 3081-8611 Estacionamento: R$ 6 (até 2 do Parque Ibirapuera – Tel. (11) 5536-8200 (192 lugares) horas) e R$ 2 (hora adicional) (1457 lugares) 6846-6000. Estacionamento Zona FAU Maranhão – Rua Maranhão, 88 – Museu do Ipiranga – Parque da Azul (800 lugares) Higienópolis – Tel. (11) 3091-4801 / Independência, s/nº – Ipiranga – Teatro Cultura Artística – Itaim – Auditório Ruy Barbosa – 3257-7837 (150 lugares) Tel. (11) 6165-8000 (150 lugares) Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1830 – Itaim Bibi – Tel. (11) 5213-4107 Universidade Presbiteriana Fundação Maria Luisa e Oscar Museu do Teatro Municipal – (349 lugares) Mackenzie – Rua Itambé, 135 – Americano – Av. Morumbi, 4077 – Baixos do Viaduto do Chá, s/nº – Tel. (11) 2114-8746 Butantã – Tel. (11) 3742-0077. Tel. (11) 3241-3815 (80 lugares) Teatro do Instituto de Artes – Biblioteca Municipal Monteiro O ingresso às dependências da Musicalis Núcleo de Música – Rua Unesp – Rua Dr. Bento Teobaldo Lobato – Rua General Jardim, 485 – Fundação custa R$ 10 (107 lugares) Dr. Sodré, 38 – Tel. (11) 3845-1514 Ferraz, 271 – Barra Funda – Tel. Vila Buarque – Tel. (11) 3256-4038 Igreja da Paz – Rua Verbo Divino, 392 (80 lugares) (11) 5627-7000 e 3256-4122 (130 lugares) – Santo Amaro – Tel. (11) 5181-7966 Parque Villa-Lobos – Av. Prof. Teatro do Sesi – Av. Paulista, 1313 – Capela da PUC – Rua Monte Alegre, (300 lugares) Fonseca Rodrigues, 2001 – Alto de Cerqueira César – Tel. (11) 284-9787. 948 – Perdizes – Tel. (11) 3862-2498 Igreja de Santa Teresinha – Rua Pinheiros – Tel. (11) 5505-7797 Ingressos gratuitos – retirar na bilhe- (200 lugares) Maranhão, 617, entrada também pela Pinacoteca do Estado de São Paulo teria de quarta a sexta-feira, das 14 Capela do Colégio Santa Marcelina Rua Piauí, 844 (Praça Buenos Aires) – – Auditório – Praça da Luz, 2 – Luz – às 18 horas e aos sábados e domin- – Rua Cardoso de Almeida, 541 – Tel. (11) 3667-5765 (352 lugares) Tel. (11) 3229-9844 (140 lugares) gos das 14h30 às 16 horas. Perdizes – Tel. 3677-0600 Igreja de Santo Agostinho – Praça Praça Vitor Civita – Rua Sumidouro, Teatro do Sesi de Mauá – Av. Casa das Rosas – Av. Paulista, 37 – Santo Agostinho, 79 – Metrô Vergueiro 580 – Pinheiros – Tel. (11) 3037-8696 Presidente Castelo Branco, 237 – Bela Vista – Tels. (11) 3285-6986 Igreja de São Francisco – Largo São Primeira Igreja Batista em São Mauá – Tel. (11) 4514-2555 e 3288-9447 Francisco, 133 – Centro (Metrô Sé) – Paulo – Pça. Princesa Isabel, 233 – ramais 206/207 (132 lugares) Casa de Cultura Dona Yayá – Tel. (11) 3291-2400 6º andar – Campos Elíseos – Tel. Teatro do Sesi de Osasco – Av. Rua Major Diogo, 353 – Bexiga (11) 3331-7393 Igreja do Beato Padre Anchieta – Getúlio Vargas, 401 – Tel. (11) (ao ar livre) Pátio do Colégio, 2 – Centro – Tel. Sala Olido – Av. São João, 473 – 3686-3500 (233 lugares) Centro Cultural Banco do Brasil – (11) 3105-6899 (110 lugares) Centro – Tel. (11) 3397-0171 (300 lugares) Teatro do Sesi de Santo André Rua Álvares Penteado, 112 (esquina Igreja Matriz de São Bernardo com a Rua da Quitanda) – Tel. (11) Sala São Paulo – Praça Júlio – Praça Dr. Armando de Arruda do Campo – Praça da Matriz, s/nº – Pereira, 100 – Santo André – Tel. 3113-3600 (130 lugares) Centro – São Bernardo do Campo – Prestes, s/nº – Tele­fone 3223-3966. (11) 4997-3177 (248 lugares) Centro Cultural São Paulo – Salas Tel. (11) 4330-5227 Ingressos: tel. (11) 4003-1212 e www.ingressorapido.com.br. Pessoas Adoniran Barbosa (630 lugares), Igreja Mont Serrat – Largo dos Teatro do Sesi de São Bernardo acima de 60 anos e estudantes Jardel Filho (324 lugares) – Rua Pinheiros, 52 do Campo – Rua Suécia, 900 – Vergueiro, 1000 (entre as estações pagam meia entrada (somente na Assunção – Tel. (11) 4109-6788 Paraíso e Vergueiro) – Tel. (11) Igreja São Luís Gonzaga – Av. bilheteria da Sala). Estacionamento: 3383-3400. Bilheteria: 1 hora Paulista, 2378 – esquina com a Rua R$ 8, desconto para clientes da Teatro JDA – Centro Empresarial e Cultural João Domingues de Araújo antes do evento Bela Cintra – Tel. (11) 3231-5954 Porto Seguro. (1501 lugares) (500 lugares) – Praça General Gentil Falcão, 180 – Sesc Consolação – Teatro Sesc Centro de Referência e Cidadania Brooklin – Tel. (11) 55105-4392 do Idoso – Creci – Rua Formosa, 215 Istituto Italiano di Cultura – Av. Anchieta (328 lugares) – Rua Dr. – Centro – Tel. (11) 3255-5302 Higienópolis, 436 – Tel. (11) 3660- Vila Nova, 245 – Vila Buarque – Teatro Municipal de Santo André (100 lugares) 8888 (80 lugares) Tel. (11) 3234-3003 – Praça IV Centenário, nº 1 – Centro – Tel. (11) 4433-0789. Estacionamento Club Transatlântico – Rua José Livraria Cultura Conjunto Nacional Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 próprio. (474 lugares) Guerra, 130 – Tel. (11) 2133-8600 – Av. Paulista, 2073 – Telefone (11) – Pinheiros – Tel. (11) 3095-9400 (200 lugares) 3170-4033 Sesc Santana – Av. Luiz Dumont Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Continental Shopping – Av. Leão Livraria Cultura do Shopping Villa- Vilares, 579 – Santana – Tel. (11) Pinheiro, 765 – Santo Amaro – Machado, 100 – Butantã – Tel. Lobos – Av. Nações Unidas, 4777 – Tel. 6971-8700 Tel. (11) 5546-0449 (11) 3024-3599 (120 lugares) (11) 3769-3769 Teatro Abril – Av. Brig. Luís Antônio, Teatro Santos Dumont – Av. Goiás, Emesp – Largo General Osório, 147 MASP – Grande Auditório (364 luga- 411 – Bela Vista – Tel. (11) 6846- 1111 – São Caetano do Sul – Tel. – Luz – Tel. (11) 3221-3929 (100 res) e Pequeno Auditório (72 lugares) 6000, segunda a quarta-feira, das 12h (11) 4221-8347 (388 lugares) lugares) – Av. Paulista, 1578 – Cerqueira César – às 20h, quinta e sexta-feira, das 12 às Tel. (11) 3251-5644. Bilheteria: 1 hora 21h, sábado, das 12h às 22h e domin- Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Escola Municipal de Música – antes do concerto. Estacionamento go, das 12h às 18h (1500 lugares) Barbosa, 153 – Bela Vista – Tel. Auditório – Rua Vergueiro, 961 – (11) 3288-0136 (das 15h às 19h) conveniado: Av. Paulista, 1636 en- Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Tel. (11) 3209-6580 (100 lugares) (856 lugares) trando pelo elevador no térreo An­drade Filho, 722 – Tel. (11) 5693- Escola Municipal de Música – de Memorial da América Latina – 4000. Ingressos: 0300-789-3377 e Theatro São Pedro – Sala principal Ribeirão Pires – Av. Santo André, Auditório Simón Bolívar (876 luga- 5693-4000 – www.ingressorapido. (636 lugares) e Sala Dinorá de 380 – Centro res) e Sala dos Espelhos (100 lugares) com.br. Estacionamento com ma- Carvalho (76 lugares) – Rua Barra Espaço Cachuera! – Rua Monte – Av. Auro Soares de Moura Andrade, nobrista: R$ 18 ou estacionamento Funda, 171 – Barra Funda – Tel. Alegre, 1094 – Perdizes – Tel. (11) 664 – Metrô Barra Funda – Tel. (11) conveniado Estapar: R$ 9 (1122 (11) 3667-0499 – Metrô Marechal 3872-8113 (100 lugares) 3823-4600 – Estacionamento: R$ 10 lugares) Deodoro

CONCERTO Dezembro 2009 45�� Roteiro Musical Rio de Janeiro

Dias 6, 17 e 18, Sala Cecília Meireles / Dia 22, Igreja da Candelária 1 TERÇA-FEIRA 3 QUINTA-FEIRA OSB finaliza temporada 12h30 MARIANNA LIMA – piano 12h30 LEANDRO MÁRCIO – violão com trilhas de John Williams Música no Museu. Programa: Música no Museu. Programa: obras de Mendelssohn – Canção sem palavras Tárrega, D. Scarlatti, Bach, Villa-Lobos Um concerto dedicado a obras do compositor norte-americano John op. 19 nºs 2 e 4, Piazzolla – Inverno e Gnattali, entre outros. Williams encerra a temporada 2009 da Orquestra Sinfônica Brasileira, portenho e Verão portenho; Museu Militar Conde de Linhares. Entrada nos dias 17 e 18. Nascido em Nova York em 1932, Williams é um dos Villa-Lobos – Valsa da dor e Guarnieri – franca. mais premiados compositores de trilhas sonoras para o cinema, tendo Sonatina nº 1. Museu da República. Entrada franca. 20h00 CORAL SÃO VICENTE A concorrido ao Oscar nada menos do que 45 vezes. Sob o comando do CAPELLA maestro Roberto Minczuk e contando com solos do violinista Daniel Sala Cecília Meireles. R$ 20. Guedes, o programa terá trechos de trilhas célebres de Williams, como 12h30 TRIO MADEIRA BRASIL, TURIBIO SANTOS e LUIS MUCA 19h30 CAMERATA DE CORDAS Star wars, Indiana Jones e A lista de Schindler. Uma terceira apresen- – violões, RAFAEL NOGUEIRA – tação desse programa ainda acontece no domingo dia 20, dentro dos Série Música de Primeira. Regente: cavaquinho e contrabaixo e Nayran Pessanha. Programa: obras Concertos da Juventude. RICARDO COSTA – percussão de Vivaldi, Corelli, Guerra-Peixe e Villa-Lobos: Serestas, Choros e Holst. OSB JOVEM TAMBÉM TEM CONCERTOS Crianças. Programa: obras de No dia 6 o grupo jovem da OSB faz uma apresentação comemo- Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. Dilermando Reis, João Pernambuco, Entrada franca. rativa dos seus dez anos de existência. Minczuk, Marcos Arakaki Tom Jobim e Turibio Santos. e Antônio Henrique Seixas regerão a orquestra em obras de Aaron Centro Cultural Banco do Brasil. R$ 6 19h30 JOSÉ STANECK – gaita e Copland, Mozart e Tchaikovksy, com a participação do solista Daniel e R$ 3. Reapresentação às 18h30. FLAVIO AUGUSTO – piano Soares na trompa. Série Música nas Igrejas. Programa: No dia 22, o último concerto da OSB Jovem no ano será na Igreja da 15h00 CORAL DA ESCOLA DE MÚSICA obras de Bach e Villa-Lobos. DA ROCINHA Candelária, com obras de Bizet e peças natalinas. Basílica Imaculada Conceição. Entrada Série Sala de Música. Regente: franca. Valéria Correia. Orquestra Sinfônica Brasileira Sala Cecília Meireles. Entrada franca. 4 SEXTA-FEIRA 18h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DE BARRA MANSA 12h30 CAMERATA DE VIOLÕES DO Villa in Concert. Regente: Guilherme CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE Bernstein. Solista: Edna d’Oliveira MÚSICA – soprano. Programa: Villa-Lobos – Música no Museu. Programa: obras Bachianas brasileiras nº 4; Choros de Mignone, Villa-Lobos e Tacuchian, nº 6 e Canções de Floresta do entre outros. Amazonas. Leia mais na pág. 49. Centro Cultural Light. Entrada franca. Arquivo Nacional. 16h00 SOLISTAS DO RIO DE JANEIRO 20h30 ORQUESTRA PETROBRAS Clássicos no Verde. Com Ricardo SINFÔNICA e CORAL DOS CANARINHOS Amado, Carlos Mendes, Tomas DE PETRÓPOLIS Soares e Luiza de Castro – Série Burle Marx. Regente: Carlos violinos, Eduardo Pereira – viola, Prazeres. Solistas: Francisco Hugo Pilger – violoncelo, Ricardo

DIVULGAÇÃO / JULIANA COUTINHO DIVULGAÇÃO Speranza – soprano e Marcelo Cândido – contrabaixo e Elisa Coutinho – barítono. Programa: Wierman – cravo. Programa: Vivaldi Guerra-Peixe – Tributo a Portinari; – As quatro estações. Leia mais na São Paulo / Rio de Janeiro / Recife / Tiradentes / Ouro Preto Santoro – Canto de amor e paz; pág. 48. A. Prazeres – Improviso para Museu do Meio Ambiente do Jardim Circuito “Musica Brasilis” promove cordas e Fauré – Réquiem op. 48. Botânico. Entrada franca. Espaço Tom Jobim. R$ 50. música em igrejas históricas 17h00 MARIA TERESA MADEIRA – piano Iniciada no dia 14 de novembro e estendendo-se até o dia 17 deste 2 QUARTA-FEIRA Sala de Concerto. Programa: obras mês, o Circuito BNDES “Musica Brasilis” – desdobramento da série Mú- de Gottschalk. Leia mais na pág. 49. sica nas Igrejas, iniciada há 20 anos – promove uma extensa agenda de 12h30 MADRIGAL CRUZ LOPES Rádio MEC. Entrada franca. concertos em igrejas do país. A curadoria e coordenação do evento, que Música no Museu. Solistas: Lia Costa terá 28 concertos, são da cravista carioca Rosana Lanzelotte. – soprano e Michel Maluf – tenor. 19h30 Ópera SUOR ANGELICA, O Circuito combina projetos de restauração de igrejas do BNDES Programa: obras de Gounod, Händel de Puccini e Gruber, entre outros. Projeto ACMúsica. Regente: Ilem (que chega a 120 monumentos tombados) com a itinerância da música Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Vargas. Solistas: Cíntia Fortunato, de concerto com entrada franca. As apresentações acontecem em cin- franca. Fátima Scalzo, Myriam Ferreira, co cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Tiradentes e Ouro Preto, Maria Aurea, Ruth Kohler e Lau contando ainda com oficinas e concertos didáticos para estudantes das 19h30 GABRIELA KOATZ – flauta Silva – sopranos; Janine Rufino, cidades percorridas. e LEANDRO TURANO – piano Lóida Teixeira, Maria José, Neste primeiro ano, a programação do Circuito ganhou o nome “De Programa: Reichert – Suvenir du Para, Conceição Reis, Ângela Dabdab, Bach às Bachianas” e é dedicada a Villa-Lobos. Bach – Partita em lá menor; Piazzolla – Irene Pernot, Maria Anália e Dina Em dezembro, destacam-se apresentações dos grupos Vox Brasi- Tango etudes nº 3 e Gnattali – Sonatina Ferreira – mezzosopranos e Maria Moreno – contralto. liensis e Polifonia Carioca, do violonista Fábio Zanon e da cravista Elisa em ré maior. Auditório Lorenzo Fernandez. Entrada Paróquia São Francisco Xavier. Entrada Freixo ao lado do flautista Maurício Freire, entre outros. franca. franca.

46 Dezembro 2009 CONCERTO Concerto de Natal Beneficente. Projeto Candelária. Regente: Nicolau 5 SABÁDO Regente: Marcio Paes Selles. Martins. Programa: obras de Bach, 8 TERÇA-FEIRA Solistas: Magda Belloti – soprano César Franck e Franz Gruber, entre 11h30 QUARTETO INTERSAX e Peri Santoro – órgão. Programa: outros. 12h30 GELMA LOPES – soprano Música no Museu. Com Heber Canções medievais, renascentistas Igreja da Candelária. Entrada franca. e LUCIA FRANCO – piano Miguel, Samuel Andrade, Emerson e natalinas. Leia mais na pág. 49. Música no Museu. Programa: obras Ribeiro e Isaias de Oliveira – saxo- Paróquia São Judas Tadeu. 1 kg de alimento 16h00 TRIO HARPA, ARCODEÃO de Bach, Mascagni e Webber, entre fones. Programa: obras de Bach, não-perecível. & CONTRABAIXO outros. Debussy e Tchaikovsky, entre outros. Clássicos no Verde. Com Cristina Museu da República. Entrada franca. Parque das Ruínas. Entrada franca. Braga – harpa, João Carlos Coutinho 12h30 CAROL MCDAVIT – voz, 6 DOMINGO – arcodeão e Ricardo Medeiros – EDU KNEIP – voz e violão, TURIBIO 16h00 LEO GANDELMAN – saxofone contrabaixo. Programa: obras de SANTOS – violão, DIEGO SOARES e MARIA TERESA MADEIRA – teclado 11h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Saint-Saëns, Villa-Lobos e Tom e JEFERSON SOUZA – percussão, Clássicos no Verde. Programa: obras BRASILEIRA JOVEM Jobim, entre outros. Leia mais LUIS MUCA – trombone e RAFAEL de J. Ibert, Villa-Lobos, Fauré, Gnattali, Concerto da Juventude. Prêmio na pág. 48. NOGUEIRA – cavaquinho Chiquinha Gonzaga e Nazareth. Leia Jovem Solista. Regentes: Roberto Museu do Meio Ambiente do Jardim mais na pág. 48. Minczuk, Marcos Arakaki e Botânico. Entrada franca. Villa-Lobos: Serestas, Choros e Museu do Meio Ambiente do Jardim Antonio Henrique Seixas. Solista: Crianças. Programa: obras de Villa- Botânico. Entrada franca. Daniel Soares – trompa. Programa: Lobos. Leia mais na pág. 49. obras de Copland, Mozart e SEGUNDA-FEIRA Centro Cultural Banco do Brasil. R$ 6 e 7 R$ 3. Reapresentação às 18h30. 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DE Tchaikovsky. Leia mais na pág. 46. BARRA MANSA Sala Cecília Meireles. R$ 2. 14h30 MADRIGAL CRUZ LOPES 18h30 HENRIQUE MEDEIROS – Regentes: Guilherme Bernstein e Música no Museu. Solistas: Lia Costa marimba e MARCO TULIO – saxofone Vantoil de Souza Junior. Participação: 11h30 CARL AUNE – voz, – soprano e Michel Maluf – tenor. Programa: Miki – Marimba spiritual; Simone. Programa: Villa-Lobos GARDENIA GARCIA – piano e voz, Programa: obras de Gounod, Händel Villa-Lobos Choro nº 1; Abe – Michi; – Bachianas brasileiras nº 4; Bizet – OSIAS GONÇALVES – baixo acústico e Gruber, entre outros. Xenakis – Rebonds e Brucher – Mitos. Carmen; Copland – Rodeo e Massenet e OTÁVIO GARCIA – bateria Igreja Santa Cruz dos Militares. Entrada Auditório Lorenzo Fernandez. Entrada franca. – Meditação de Thaïs, entre outros. Música no Museu. Programa: franca. Parque do Cantagalo – Lagoa Rodrigo de canções natalinas. Freitas. Entrada franca. QUARTA-FEIRA Museu de Arte Moderna. Entrada 18h30 MARCUS FERRER – viola 9 franca. Programa: obras de Guerra-Peixe, 20h00 CORO JOVEM DA UFF, Gnattali, Villa-Lobos e Krieger, entre 12h30 ORQUESTRA RIO CAMERATA INTEGRANTES DA MÚSICA ANTIGA 16h00 BANDA DE CONCERTO outros. Leia mais na pág. 49. e CORO MIRABEAU DA UFF e DUO DE CORDAS e CORO INFANTO-JUVENIL DE VOLTA Sala Cecília Meireles – Auditório Guiomar Música no Museu. Regente: Israel DEDILHADAS DA UFF REDONDA Novaes. R$ 4. Menezes. Solista: José Botelho Roteiro Musical Rio de Janeiro

Orquestra Petrobras Sinfônica – clarinete. Programa: Mozart – 20h00 LIVRO/CD MÚSICA SECRETA Sinfonia nº 23 K 181 e Concerto para Lançamento do livro Música Secreta, clarinete e orquestra K 622 e José de Rosana Lanzelotte, sobre Maurício Nunes Garcia – Matinas da Sigismund Neukomm. Sessão Assunção. Leia mais na pág. 49. de autógrafos. Veja mais detalhes Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada na seção “Livros”. franca. Livraria da Travessa – Ipanema. Entrada franca. 19h00 ORQUESTRA DE CÂMARA DO CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE MÚSICA e CORO POLIFONIA 12 SÁBADO CARIOCA Regente: Ueslei Banus. Solistas: 11h30 CORAL ABSTRASSOM Vera Prodan – soprano, Patricia Música no Museu. Programa: obras de DIVULGAÇÃO Peres – contralto, Hugo Pinheiro – Villa-Lobos, Vinícius de Moraes, Baden tenor e Fabrizio Claussen – baríto- Powell e Lupicínio Rodrigues, entre Dias 19 e 20, Sala Cecília Meireles no. Programa: Händel – O Messias. outros. Auditório Lorenzo Fernandez. Entrada Parque das Ruínas. Entrada franca. Opes faz ópera de Zemlinsky franca. A Petrobras Sinfônica apresenta, nos dias 19 e 20, na Sala Cecília 13h00 V MARATONA DE BANDAS DO Meireles, a ópera em um ato O aniversário da infanta (O anão), do 10 QUINTA-FEIRA ESTADO DO RIO DE JANEIRO Banda Sinfônica da Guarda Municipal compositor austríaco Alexander von Zemlinsky (1871-1942), baseada do Rio de Janeiro e Sociedade Musical no libreto de George Klaren e inspirada livremente na obra “O aniversá- 12h30 CORO NA’AMAT PIONEIRAS DE CLARA STYZSBERG Deozílio Pinto, entre outras. rio da infanta”, de Oscar Wilde. Música no Museu. Programa: obras Sala Cecília Meireles. Entrada franca. Escrita sob a influência da conflituosa relação do compositor com a de Villa-Lobos, Händel e Tom Jobim, bela Alma Mahler, futura esposa de Gustav Mahler, a ópera retrata um entre outros. 15h00 PRELÚDIO 21 e ORQUESTRA anão que, sem o conhecimento de sua própria feiúra, se apaixona pela Paço Imperial. Entrada franca. DE SOLISTAS DO RIO DE JANEIRO jovem infanta da Espanha. (Leia mais sobre o autor e a obra na seção Regente: Rafael de Barros de Castro. 18h30 CAMERATA NATALINA Programa: obras de Sérgio Oliveira, Vidas Musicais desta edição.) Marcos Lucas, Neder Nassaro, Heber A obra será apresentada de forma semiencenada com regência e Música nas Igrejas. Programa: obras de Bach , Händel e Villa-Lobos. Schünemann, Alexandre Schubert, direção artística do maestro Isaac Karabtchevsky e direção cênica de An- Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Caio Senna e Orlando Alves. Leia mais dré Heller-Lopes. Os solistas serão Marcos Paulo (como o anão), Marina Entrada franca. na pág. 49. Shevchenko (como a infanta), além de Flávia Fernandes, Douglas Hahn, Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. Priscila Duarte, Maíra Lautert e Carolina Faria. Participam também as 19h00 ORQUESTRA SINFÔNICA vozes femininas do Coro Sinfônico do Rio de Janeiro. DA UFRJ 19h00 CORO POLIFONIA CARIOCA Coro Sinfônico da UFRJ e Coro Música nas Igrejas. Regente: Ueslei Antes, no dia 1º, a Opes faz o último concerto em homenagem aos Infantil da UFRJ. Solistas: Raoni Banus. Solistas: Veruschka Mainhard dez anos de falecimento de seu fundador, o maestro Armando Prazeres. Hübner – tenor e Homero Velho – soprano, Patrícia Peres – contralto, Sob regência de Carlos Prazeres, o repertório terá Guerra-Peixe, Cláudio – barítono. Direção: Maria José Geilson Santos – tenor e Fabrizio Santoro, Fauré e o Improviso para cordas, de Armando Prazeres. Chevitarese e Valéria Matos. Claussen – barítono. Programa: Programa: obras de V. Williams, Händel – O Messias. Holst e Irving Berlin, entre outros. Capela Nossa Senhora das Dores. Entrada Sala Cecília Meireles. R$ 1 e R$ 2. franca. Reapresentação dia 13 às 17h00, Dias 4, 5 e 6, Museu do Jardim Botânico dia 15 às 19h30, dia 17 às 19h00 e dia 19 Museu do Jardim Botânico recebe às 18h00. 11 SEXTA-FEIRA concertos de câmara 13 DOMINGO 15h00 ALEXANDRE DIETRICH – Inspirada em série parisiense Cristina Braga piano 11h30 ALEXANDRE DIETRICH – piano homônima, acontece no Rio, em Música no Museu. Programa: obras Música no Museu. Programa: obras de parques e jardins, a série “Clássi- de Poulenc, Ravel, Guarnieri, Villa- Poulenc, Ravel, Guarnieri, Villa-Lobos, cos no verde”. Com a intenção de Lobos, Brahms e Chopin. Brahms e Chopin. Centro Cultural Justiça Federal. Entrada ser uma homenagem à natureza, Museu de Arte Moderna. Entrada franca. franca. o ciclo iniciou-se no último mês com apresentações de Arthur 17h00 ORQUESTRA BRASILEIRA 13h00 V MARATONA DE BANDAS Moreira Lima, Eduardo Monteiro DE HARPAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO e o Quarteto da Osesp. Sala de Concerto. Programa: obras Banda do Clube Musical 1º de de Villa-Lobos – Alma brasileira; Setembro e Banda Sinfônica da Em dezembro serão três con- Academia Militar das Agulhas Negras, certos no Museu do Jardim Botâ- Mignone – Valsa elegante e Villani- Côrtes – Impressões de uma marcha entre outras. nico. No dia 4 apresentam-se os rancho, entre outros. Sala Cecília Meireles. Entrada franca. DIVULGAÇÃO Solistas do Rio de Janeiro, que com Rádio MEC. Entrada franca. cordas e cravo interpretarão todos 17h00 CORO POLIFONIA CARIOCA os concertos das Quatro estações, de Vivaldi. Já no dia 5 o saxofonista 18h00 RONAL SILVEIRA e ROMULO e ORQUESTRA DE CÂMARA DO Leo Gandelman e a pianista Maria Teresa Madeira mostram obras de SANTOS – piano a quatro mãos CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE Jacques Ibert, Villa-Lobos, Fauré e Radamés Gnattali, entre outros. A Programa: Beethoven – Sonata op. 6; MÚSICA Circuito BNDES – Musica Brasilis. série encerra-se no dia 6, com um trio de harpa, acordeão e contrabaixo Brahms – Danças húngaras nºs 11 e Regente: Ueslei Banus. Solistas: formado por Cristina Braga, João Carlos Coutinho e Ricardo Medeiros. 5 e Bach – Concerto em fá menor. Auditório Lorenzo Fernandez. Entrada Veruschka Mainhard – soprano, A curadoria e coordenação são da pianista Lilian Barretto. franca. Patrícia Peres – contralto, Geilson

48 Dezembro 2009 CONCERTO Santos – tenor e Fabrizio Claussen 19h30 CORAL E ORQUESTRA DE – barítono. Programa: Händel – O CÂMARA DO CSVP A programação da Sala Cecília Meireles segue intensa no mês de Messias. Leia mais na pág. 46. Concerto de Natal. Regente: Israel dezembro. Além de sediar as temporadas da Sinfônica Brasileira e da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Menezes. Programa: Dvorák – Petrobras Sinfônica, o local abriga e promove dezenas de atrações. Sé. Entrada franca. Reapresentação dia 15 Humoreske; Bach – Coral da Cantata Entre os destaques estão o concerto de Marcus Ferrer, que mostrará às 19h30, dia 17 às 19h00 e dia 19 às 18h00. 156; Xavier – Adoramus te Christie na viola de dez cordas obras de Guerra-Peixe, Roberto Victório e Edino e Oliveira – Pater mi e Magnificat. Krieger, no dia 7; a Orquestra Sinfônica da UFRJ, que toca no dia 10; Auditório da UnilaSalle. Entrada franca. e a Maratona de Bandas do Estado do Rio de Janeiro, com diferentes 14 SEGUNDA-FEIRA grupos que se apresentam dias 12 e 13. O Centro Cultural Banco do Brasil dá continuidade à série Villa-Lobos: 14h30 CORO ARQUIVO NACIONAL 16 QUARTA-FEIRA Música no Museu. Programa: obras serestas, choros e crianças (50 anos de saudade). Até o dia 15 serão mais três apresentações, sempre terças-feiras (com sessões às natalinas. 12h30 JOÃO MIGUEL FREIRE – piano Igreja Santa Cruz dos Militares. Entrada franca. 12h30 e às 18h30), que procuram ressaltar o caráter plural e inovador Música no Museu. Programa: obras de do legado de Villa-Lobos, por meio de sua música vocal e instrumen- Bach, C. Franck, Piazzolla, Villa-Lobos, 19h30 CORAL E ORQUESTRA DE tal, das peças para violão, da influência da música popular em sua Santoro e L. Fernandez. composição e de sua preocupação com a educação musical. CÂMARA DO CSVP Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Concerto de Natal. Regente: Israel franca. Com uma série de oito concertos, o Música nas Igrejas promove Menezes. Programa: Dvorák – apresentações de Natal em igrejas da zonas sul, norte e oeste do Humoreske; Bach – Coral da Cantata 18h00 CORAL ASSOCIAÇÃO Rio, sempre com entrada franca. Artistas como o conjunto vocal Po- 156; Xavier – Adoramus te Christie COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO lifonia Carioca, o pianista Flávio Augusto e o gaitista José Staneck e Oliveira – Pater mi e Magnificat. Música no Museu. Programa: canções interpretam obras de Bach, Händel, Villa-Lobos e José Maurício Nu- Capela do Colégio São Vicente de Paulo. natalinas. nes Garcia. Entrada franca. Associação Comercial do Rio de Janeiro. Entrada franca. O conjunto Prelúdio 21, formado por compositores sediados no Rio de Janeiro, encerra sua temporada de concertos no dia 12 com um 15 TERÇA-FEIRA 18h30 BANDA SINFÔNICA DO CORPO concerto da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro, liderada por DE FUZILEIROS NAVAIS, CORO DO Rafael de Barros de Castro. Obras de Marcos Lucas, Neder Nassaro, 12h30 ORQUESTRA DO PROJETO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS e CORO Caio Senna e Alexandre Schubert, entre outros, serão apresentadas VILLA-LOBOS E AS CRIANÇAS INFANTIL DO INSTITUTO DA ÓPERA com entrada franca. Villa-Lobos: Serestas, Choros e Projeto Candelária. Regentes: A Orquestra Rio Camerata apresenta dias 9 e 16 obras de Mozart e Crianças. Regente: Sérgio Barboza. Marcos Leitão Rabelo, Nelson José Maurício Nunes Garcia sob regência do maestro Israel Menezes. Programa: obras de Villa-Lobos. Portella e Thiago Soares. Solistas: O destaque fica por conta da participação do clarinetista José Botelho, Centro Cultural Banco do Brasil. R$ 6 e Magda Belloti – soprano e Evandro R$ 3. Reapresentação às 18h30. Stenzowski – tenor. Participação: que faz os últimos concertos de sua carreira antes de se aposentar. Ele Gaitas de Fole da Banda Marcial do sola no Concerto para clarinete K 622 de Mozart. 12h30 GISELE DINIZ – soprano Corpo de Fuzileiros Navais. Programa: Produzido por Lauro Gomes, o programa Sala de Concerto, que e MIRKA PIEVA – piano obras de Verdi, Mascagni, Mozart e acontece no estúdio da Rádio MEC e é transmitido ao vivo, tem duas Música no Museu. Programa: Tchaikovsky, entre outros. apresentações. A pianista Maria Teresa Madeira é a atração no dia 4. obras de Brahms, Schubert, Igreja da Candelária. Entrada franca. O programa é uma homenagem a Louis Moreau Gottschalk, com- R. Strauss, Mozart, Beethoven, positor norte-americano que viveu no Rio e faleceu há 140 anos. 19h00 CIA. BACHIANA BRASILEIRA Santoro, Villa-Lobos e Carlos Gomes, O programa inclui sua célebre Grande fantasia triunfal sobre o Hino Série Música nas Igrejas. Direção: entre outros. Nacional Brasileiro. Já no dia 11 é a vez da Orquestra Brasileira de Ricardo Rocha. Programa: Pe. José Museu da República. Entrada franca. Harpas mostrar obras variadas. Mauricio Nunes Garcia – Missa 18h30 MARCOS MARTINS e RIQUE pastoril. Com 21 concertos (19 dos quais no Rio), o Música no Museu encerra GURGEL – cordas Matriz Nossa Senhora do Desterro. Entrada o ano com o expressivo número de 532 apresentações realizadas ao Programa: obras de Garoto, Nazareth franca. Reapresentação dia 17 na Igreja Nossa longo de 2009. Neste mês a ênfase é na música natalina, que será Senhora do Carmo da Antiga Sé. e Pixinguinha, entre outros. apresentada por grupos como o Coral Madrigal Cruz Lopes e a Orques- Auditório Lorenzo Fernandez. Entrada franca. tra Rio Camerata. 19h00 CAMERATA NATALINA Circuito BNDES – Musica Brasilis. Dois concertos são destaque da temporada da Orquestra Sinfôni- 19h00 TIAGO PINHEIRO – tenor, Com Nadja Daltro Bertini – sopra- ca de Barra Mansa este mês. No dia 1º, dentro da exposição “Viva RICARDO KANJI – flauta e GUILHERME no; Marcelo Coutinho – barítono; Villa!”, o grupo interpreta as Bachianas brasileiras nº 4, os Choros DE CAMARGO – guitarra nº 6 e canções da Floresta do Amazonas, com regência de Guilherme Circuito BNDES – Musica Brasilis. Cristina Braga, Silvia Braga e Wanda Eichbauer – harpas; Igor Bernstein e a participação da soprano Edna D’Oliveira. Já no dia 12, Programa: obras de Antonio José da encerrando sua temporada, a sinfônica apresenta-se no Parque da Silva, José Maurício Nunes Garcia e Levy Auras – flauta e Ricardo Medeiros e Ricardo Cândido – con- Cidade, em Barra Mansa, com obras de Tchaikovsky. A regência é de Marcos Portugal, entre outros. Leia Bernstein e de Vantoil de Souza Júnior. mais na pág. 46. trabaixos. Programa: obras de Bach, Gounod e Händel, entre outros. Leia Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. O Coral e a Orquestra de Câmara do Colégio São Vicente de Paulo Entrada franca. mais na pág. 46. fazem em Niterói um programa com obras de Dvorák, Bach, Manoel Mosteiro de São Bento. Dias de Oliveira e José Maria Xavier. A apresentação acontece dias 14 19h30 CORO POLIFONIA CARIOCA e 15, sob regência de Israel Menezes. Música no Museu. Regente: Ueslei 19h10 ORQUESTRA RIO CAMERATA Banus. Solistas: Veruschka Mainhard e CORO MIRABEAU O Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense promo- – soprano, Patrícia Peres – contralto, Regente: Israel Menezes. Solista: José ve três concertos de Natal dias 5, 19 e 20. O primeiro terá canções Geilson Santos – tenor, Fabrizio Botelho – clarinete. Programa: Mozart medievais e renascentistas a cargo do Coro Jovem e de integrantes Claussen – barítono e Angélica – Sinfonia nº 23 K 181 e Concerto para do grupo de Música Antiga da UFF, além do Duo Cordas Dedilhadas. Miranda – piano. Programa: Händel – clarinete e orquestra K 622 e José O conjunto Sinos de Barnette, fundado na década de 1970 e com- O Messias. Maurício Nunes Garcia – Matinas da posto apenas por sinos, faz a segunda apresentação. Já os grupos de Igreja de São Sebastião e Santa Cecília. Assunção. Leia mais na pág. 49. câmara da UFF reúnem-se para executar um repertório variado na Entrada franca. Reapresentação dia 17 às 19h00 Centro Cultural da Justiça Eleitoral. Entrada última apresentação. e dia 19 às 18h00. franca.

CONCERTO Dezembro 2009 49�� Roteiro Musical Rio de Janeiro

19h00 CONJUNTO SINOS DE BARNETTE 17 QUINTA-FEIRA Regente: Márcio Lannes. Programa: Endereços Rio de Janeiro obras natalinas. Leia mais na pág. 49. 12h30 QUARTETO VILLA-LOBOS IN Teatro da UFF. 1 pacote de fraldas descartáveis. Arquivo Nacional – Praça da Matriz Nossa Senhora do Desterro – JAZZ República, 173 – Tel. (21) 2179-1273 Praça Dom João Esberard, s/nº – Música no Museu. Programa: obras 20h00 Ópera O ANÃO, de Zemlinsky (1.500 lugares) Tel. (21) 2413-4837 de Villa-Lobos. Série Portinari. Orquestra Petrobras Arquivo Nacional. Entrada franca. Sinfônica e Vozes Femininas do Associação Comercial do Rio de Mosteiro de São Bento – Rua Coro Sinfônico do Rio de Janeiro. Janeiro – Rua da Candelária, 9 – 11º Dom Geraldo, 68 – Centro – Tel. 19h00 CORO POLIFONIA CARIOCA Regente: Isaac Karabtchevsky. e 12º andares – Tel. (21) 2514-1229 (21) 2206-8100 (300 lugares) Música nas Igrejas. Regente: Ueslei Solistas: Marina Shevchenko, Auditório da UnilaSalle – Rua Gastão Museu da República – Rua do Catete, Banus. Solistas: Veruschka Mainhard Flávia Fernandes, Priscila Duarte – soprano, Patrícia Peres – contralto, Gonçalves – 79 – Niterói – Tel. (21) 153 – Tel. (21) 3235-2650 (80 lugares) e Maíra Lautert – sopranos, 2199-6629 Geilson Santos – tenor e Fabrizio Carolina Faria – mezzosoprano, Museu de Arte Moderna – Av. Claussen – barítono. Programa: Händel Marcos Paulo – tenor e Douglas Auditório Lorenzo Fernandez – Infante Dom Henrique, 85 – Praia – O Messias. Hahn – barítono. Direção cênica: Conservatório Brasileiro de Música do Flamengo – Tel. (21) 2240-4944 Paróquia São Paulo Apóstolo. Entrada franca. André Heller-Lopes. Leia mais – Av. Graça Aranha, 57 / 12º andar – (180 lugares) Reapresentação dia 19 às 18h00. na pág. 48. Tel. (21) 3478-7600 (150 lugares) Museu do Meio Ambiente do Sala Cecília Meireles. R$ 30 e R$ 50. Basílica Imaculada Conceição – 19h00 CIA. BACHIANA BRASILEIRA Reapresentação dia 20 às 17h00. Jardim Botânico – Rua Jardim Circuito BNDES – Musica Brasilis. Praia de Botafogo (300 lugares senta- Botânico, 1800 – Jardim Botânico Direção: Ricardo Rocha. Programa: dos e 150 em pé) (100 lugares) Pe. José Mauricio – Missa pastoril. 20 DOMINGO Capela do Colégio São Vicente de Leia mais na pág. 46. Museu Militar Conde de Linhares – Paulo – Rua Miguel de Frias, 123 – Av. Pedro II, 383 – São Cristóvão – Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. 11h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Niterói – Tel. (21) 2109-6800 Tel. (21) 2589-9734 (200 lugares) BRASILEIRA JOVEM 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Capela Nossa Senhora das Dores – Paço Imperial – Praça XV de Novembro, BRASILEIRA Concerto da Juventude. Tributo a John Rua Olinda Ellis, 433 – Telefone (21) Williams. Regente: Roberto Minczuk. 48 – Centro – Tel. (21) 2533-4407 (100 Série Topázio. Tributo a John 3394-1209 lugares) Williams. Regente: Roberto Minczuk. Solista: Daniel Guedes – violino. Solista: Daniel Guedes – violino. Programa: trilhas de cinema. Centro Cultural Banco do Brasil – Palácio São Clemente – Rua São Rua Primeiro de Março, 66 – Tel. (21) Programa: trilhas de cinema. Leia Sala Cecília Meireles. R$ 2. Clemente, 424 – Botafogo – Tel. (21) 3808-2020 (155 lugares) mais na pág. 46. 2544-3570 (200 lugares) Sala Cecília Meireles. R$ 68 e R$ 132. 17h00 Ópera O ANÃO, de Zemlinsky Centro Cultural da Justiça Eleitoral – Paróquia Nossa Senhora da Conceição Reapresentação dia 18 e dia 20 às 11h00. Série Portinari. Orquestra Rua Primeiro de Março, 42 – Tel. (21) Petrobras Sinfônica e Vozes – Praça Dom Romualdo, 11 – Santa Cruz – 2253-7566 Tel. (21) 3395-0260 Femininas do Coro Sinfônico Centro Cultural Justiça Federal – 18 SEXTA-FEIRA do Rio de Janeiro. Regente: Isaac Paróquia Santa Tereza de Jesus – Rua Av. Rio Branco, 241 – Centro – Tel. Karabtchevsky. Solistas: Marina Áurea, 71 – Tel. (21) 2224-2809 (21) 3261-2550 (142 lugares) 15h00 SILAS BARBOSA – piano Shevchenko, Flávia Fernandes, Paróquia São Francisco Xavier – Rua Música no Museu. Programa: obras Priscila Duarte e Maíra Lautert – Centro Cultural Light – Av. Marechal São Francisco Xavier, 75 – Tijuca – Tel. de Villa-Lobos, Debussy e Chopin. sopranos, Carolina Faria – mezzo- Floriano, 168 – Centro – Tel. (21) 2211- (21) 2234-2094 Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. soprano, Marcos Paulo – tenor e 7529 (200 lugares) Douglas Hahn – barítono. Direção Paróquia São Judas Tadeu – Av. Espaço Tom Jobim – Rua Jardim 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA cênica: André Heller-Lopes. Leia Ari Parreiras, s/nº – Ni terói – Tel. Botânico, 1008 – Tel. (21) 2274-7012 mais na pág. 48. (21) 2610-1232 (200 lugares) BRASILEIRA (500 lugares) Série Topázio. Tributo a John Sala Cecília Meireles. R$ 30 e R$ 50. Williams. Regente: Roberto Minczuk. Igreja da Candelária – Praça Pio X, Paróquia São Paulo Apóstolo – Rua Barão de Ipanema, 85 – Solista: Daniel Guedes – violino. 19h00 CONJUNTOS DE MÚSICA s/nº – Centro – Tel. (21) 2233-2324 Copacabana – Tel. (21) 2255-7547 Programa: trilhas de cinema. Leia DA UFF (375 lugares) mais na pág. 46. Coro Jovem da UFF, Música Antiga Igreja da Ordem Terceira de São Parque das Ruínas – Rua Murtinho Sala Cecília Meireles. R$ 68 e R$ 132. da UFF, Duo Cordas Dedilhadas Francisco – Largo da Carioca, 5 – Nobre, 169 – Santa Teresa – Tel. (21) Reapresentação dia 20 às 11h00. da UFF e Quarteto de Cordas da Centro – Tel. (21) 2262-0197 2253-8645 (100 lugares) UFF. Regente: Márcio Paes Selles. (100 lugares) 20h00 MAURO SENISE – saxofone, Programa: canções natalinas. Parque do Cantagalo – Lagoa GILSON PERANZETTA – piano e SILVIA Teatro da UFF. 1 kg de alimento não-perecível. Igreja de São Sebastião e Santa Rodrigo de Freitas – Av. Epitácio BRAGA – harpa Cecília – Praça da Fé, 21 – Bangu – Pessoa, s/nº Tel. (21) 2401-8448 Séria Música nas Igrejas. Programa: 19h00 JOSÉ STANECK – gaita Primeira Igreja Batista do Rio obras de Bach e Villa-Lobos. e DUO SANTORO Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem de Janeiro – Rua Frei Caneca, 525 – Paróquia Santa Tereza de Jesus. Entrada Série Música nas Igrejas. Programa: – Estrada da Gávea, 445 – Rocinha Estácio – Tel. (21) 2197-0900 franca. obras de Bach, Bizet e Villa-Lobos. (30 lugares) Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem. Entrada Igreja Nossa Senhora do Carmo franca. da Antiga Sé – Rua Primeiro de Rádio MEC – Praça da República, 141- 19 SÁBADO Março, s/nº – Tel. (21) 2242-7766 A – Centro – Tel. (21) 2117-7853 (70 (400 lugares) lugares) 18h00 CORO POLIFONIA CARIOCA 22 TERÇA-FEIRA Igreja Santa Cruz dos Militares – Sala Cecília Meireles – Largo da Lapa, Música no Museu. Regente: Ueslei Rua Primeiro de Março, 36 – Centro – 47 – Centro – Tel. (21) 2332-9176 Banus. Solistas: Veruschka Mainhard 18h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Tel. (21) 2509-3878 (190 lugares) (835 lugares) – soprano, Patrícia Peres – contralto, BRASILEIRA JOVEM Geilson Santos – tenor e Fabrizio Projeto Candelária. Regente: Marcos Livraria da Travessa – Ipanema – Teatro da UFF – Rua Miguel Frias, 9 – Claussen – barítono. Programa: Arakaki. Programa: obras de Bizet e Rua Visconde de Pirajá, 572 – Tel. (21) Icarái – Tel. (21) 2629-5030 Händel – O Messias. peças nataliaos. Leia mais na pág. 46. 3205-9002 (340 lugares) Palácio São Clemente. Entrada franca. Igreja da Candelária. Entrada franca.

50 Dezembro 2009 CONCERTO

Roteiro Musical Outras Cidades

Recife, de 13 a 20 / Olinda, dias 13 e 14 ARACAJU, SE Tchaikovsky – Sinfonia nº 5 e Suíte do balé O quebra-nozes. Virtuosi leva maratona de 09/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Parque da Cidade. Entrada franca. DE SERGIPE concertos a Recife e Olinda Regente: Guilherme Mannis. Solista: BASTOS, SP O Virtuosi, Festival Interna- Johannes Gramsch – violoncelo. Antonio Meneses Programa: Rael Gimenes – Beethoven cional de Música que já virou tra- 13/12 20h00 METRÓPOLE QUARTETO através do espelho; Saint-Saëns – DE SAXOFONE dição em Pernambuco, realiza sua Concerto para violoncelo nº 1 e Brahms 12ª edição entre os dias 13 a 20 Sesi Música. Programa: obras de – Sinfonia nº 3. Beethoven, Bach, Ed Fogaça, Gershwin, no Teatro de Santa Isabel, em Re- Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1491. Dvórak e canções natalinas. cife. Além de nomes importantes Centro Cultural Prof. Tsuya Ohno Kimura – da música nacional e internacio- 22/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Anfiteatro Mario Covas – Av. 18 de Junho, 250 nal, os destaques ficam por conta DE SERGIPE – Centro. Entrada franca. Regente: Guilherme Mannis. da homenagem aos 50 anos da Participação: Coro Sinfônico da BELEM, PA morte de Villa-Lobos e a realiza- Orsse. Solistas: Martha Herr – sopra- ção, pela primeira vez, do Virtuosi no, Regina Elena Mesquita – mezzo- de Olinda, com concertos nos dias soprano, Sérgio Weintraub – tenor, 16/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO DA PAZ

13 e 14 na Igreja da Sé e Seminário GIELLE FOTOGRAFICO / STUDIO DIVULGAÇÃO Sebastião Teixeira – barítono e Regente: Ednaldo Oliveira. Com de Olinda. Cristian Budu – piano. Programa: Rachmaninov – Rapsódia sobre Cia. de Dança Ana Unger. Programa: Em Recife, o Virtuosi divide seu programa em duas séries de con- Tchaikovsky – O quebra-nozes. certos, com uma programação que pretende mostrar o que há de novo um tema de Paganini e Beethoven – Sinfonia nº 9 Coral. Theatro da Paz – Tel. (91) 4009-8760. Entrada franca. Reapresentação dia 17 às 20h. na produção erudita contemporânea. No dia 15, o evento traz o ótimo Teatro Tobias Barreto. violoncelista pernambucano Antônio Meneses, que se apresenta como solista da Orquestra Sinfônica Virtuosi com o Concerto duplo para vio- BELO HORIZONTE, MG ARAÇATUBA, SP lino e violoncelo de Brahms, tendo a seu lado o italiano Mauro Loguer- cio. A regência é do maestro Rafael Garcia. 01/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA 13/12 20h00 CAMERATA ARS e CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS A homenagem a Villa-Lobos acontece com apresentações de obras MUSICALIS Regente: Charles Roussin. Solistas: representativas do compositor, tais como as Bachianas brasileiras nº 5, Sesi Música. Concertos Especiais. Gabriella Pace – soprano, Marcos o Trio nº 2 para piano, violino e violoncelo, o Quarteto de cordas nº 1 e Regente: Hermes Coelho. Programa: Liesenberg – tenor e Douglas Hahn – Corelli – Variações sobre a Ária della um recital de canto e piano com a mezzosoprano Adriana Clis. barítono. Programa: Haydn – As esta- Folia; Händel – Concerto Grosso nº 1; O trombonista sueco Christian Lindberg volta pela terceira vez à ções. Leia mais na pág. 56. Nepomuceno – Suite Antiga; Carlos capital pernambucana, desta vez para reger um concerto com a orques- Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) tra de câmara sueca Musica Vitae, que apresentará a segunda parte de Gomes – Quem sabe? e canções na- 3236-7400. R$ 10 e R$ 15. talinas. Kundraans Karma, obra de sua própria autoria inédita no Brasil. Outros Teatro Municipal Paulo Alcides Jorge – Rua 04/12 09h30 ORQUESTRA SINFÔNICA artistas e grupos que se apresentam são o jovem violinista ucraniano Armando Sales de Oliveira, s/nº. Entrada franca. DE MINAS GERAIS Valeriy Sokolov, vencedor de vários prêmios internacionais, e The Har- Concerto didático. Regente: Charles lem String Quartet, inovador e ousado grupo que atua no ensino na ARARAQUARA, SP Roussin. Sphinx Performance Academy em Walnut Hill School, Massachusetts. Foyer do Palácio das Artes. Entrada franca. Outro destaque é a estreia mundial da opera Dulcineia e Trancoso, 11/12 20h00 MARCO ALCÂNTARA – primeira ópera armorial de autoria do compositor paraibano Eli-Eri Mou- piano 04/12 20h30 ANTONIO CARLOS ra, (veja detalhes na página 16). Sesi Música. Programa: D. Scarlatti CARRASQUEIRA – flauta e MARIA JOSÉ CARRASQUEIRA – piano O encerramento do XII Virtuosi dará inicio às comemorações do – Sonata K 466; Leontovych – Canção dos Sinos e Canção ucra- Concerto Brasileiro. Paisagem brasi- Ano Schumann & Chopin (2010), quando o mundo celebrará os 200 leira – Retratos da música do Brasil. anos de nascimento dos dois grandes compositores românticos. niana de Natal; Haydn – Sonata; Wagner – Coro dos Peregrinos da Programa: obras de Guarnieri, Gnattali ópera Tanhäuser e Rachmaninov – e Villa-Lobos. Fundação de Educação Artística – Sala Sérgio Prelúdios op. 23. Magnani – Tel. (31) 3226-6866. R$ 5. Aracaju, dias 9 e 22 / Barra dos Coqueiros, dia 11 / Ribeirópolis, dia 18 Teatro do Sesi de Araraquara – Tel.(16) 3337- 3100. Entrada franca. 06/12 11h00 ORQUESTRA Sinfônica de Sergipe executa FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS BARRA DOS COQUEIROS, SE Concertos para Juventude. Nona sinfonia de Beethoven Regente: Fábio Costa. 11/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Auditório do Instituto de Educação – Com uma das mais bem realizadas temporadas brasileiras, a Orques- Rua Pernambuco, 47 – Funcionário. tra Sinfônica de Sergipe encerra 2009 com dois diferentes programas, DE SERGIPE sempre com regência de seu maestro titular Guilherme Mannis. Série Orquestra na Estrada. Regente: 08/12 20h30 CIA. DE DANÇA Guilherme Mannis. Beethoven através do espelho PALÁCIO DAS ARTES No dia 9 a apresentação tem , de Rael Paróquia de Santa Luzia. Gimenes, o Concerto para violoncelo nº 1, de Saint-Saëns, com solos de Espetáculo “22 Segredos”. Direção e coreografia: Sonia Mota. Johannes Gramsch, e a Sinfonia nº 3 de Brahms. BARRA MANSA, RJ Palácio das Artes – Grande Teatro. R$ 10. O concerto de encerramento da temporada, dia 22, contará com um Reapresentação no mesmo local e horário dia 9. extenso time de solistas convidados: o pianista Cristian Budu toca na Rap- sódia sobre um tema de Paganini, de Rachmaninov, enquanto Martha 12/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA 09/12 18h00 CORAL LÍRICO DE DE BARRA MANSA Herr (soprano), Regina Elena Mesquita (mezzo), Sérgio Weintraub (tenor) MINAS GERAIS Concerto de Natal. Regentes: Música no ar. Regente: Afrânio e Sebastião Teixeira (barítono) participam da Sinfonia nº 9 de Beethoven. Guilherme Bernstein e Vantoil Lacerda. A Orsse também toca nas cidades de Barra dos Coqueiros (dia 11) e de Souza Jr. Participação: Balé Hall de Entrada do Palácio das Artes. Entrada Ribeirópolis (dia 18). Municipal de Barra Mansa. Programa: franca.

52 Dezembro 2009 CONCERTO 13/12 20h30 ANA CLÁUDIA ASSIS Mendelssohn – As Hébridas; – piano e FERNANDO ROCHA – Beethoven – Abertura Coriolano percussão e Elgar – Variações Enigma. Programa: obras de Almeida Prado, Colégio JK de Candangolândia. Edson Zampronha e Sérgio Rodrigo. Fundação de Educação Artística – Sala Sérgio 08/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Magnani. R$ 5. DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO SANTORO 15/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Regência e violino: Erich Lehninger. DE MINAS GERAIS Programa: Händel – Música aquática Regente: Charles Roussin. Solista: suítes nºs 1, 2 e 3 e Concerto grosso Fabiola Protzner – soprano. Programa: op. 6 nº 1. Leia mais na pág. 54. obras de Mozart. Teatro Nacional Claudio Santoro. Entrada Museu Inimá de Paula – Tel. (31) 3213-4320. franca.

17/12 18h00 ORQUESTRA SINFÔNICA 15/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO Regente: Charles Roussin. SANTORO Hall do Palácio das Artes. Entrada franca. Regente: Ira Levin. Solistas: Daniella Carvalho e Janette Dornellas – so- 17/12 20h30 ORQUESTRA pranos, Denise de Freitas e Ednéia FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS, de Oliveira – mezzosopranos e CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS, Homero Velho – barítono. Programa: CORAL LÍRICO DO THEATRO MUNICIPAL Humperdinck – João e Maria. Leia mais DE SÃO PAULO E CORAL INFANTO na pág. 54. JUVENIL DO PALÁCIO DAS ARTES Teatro Nacional Claudio Santoro. Entrada Série Allegro. Regente: Fábio franca. Reapresentação dia 16. Mechetti. Solistas: Cláudia Azevedo – soprano, Christopher Pfund – te- nor e Sebastião Teixeira – barítono. CAMPINAS, SP Programa: Debussy – La Mer e Orff – Carmina Burana. Leia mais na pág. 54. 05/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Palácio das Artes – Grande Teatro. MUNICIPAL DE CAMPINAS R$ 12 a R$ 40. Concertos Oficiais. Regente: Karl Martin. Solistas: Elayne Casehr – 20/12 11h00 CORAL CEFET soprano, Keila de Moraes – mezzo- Domingo no Palácio. Regente: Lukas soprano, André Vidal – tenor e Sávio D’Oro. Programa: obras de Bach. Sperandio – baixo. Programa: Mozart – Foyer do Palácio das Artes. Entrada franca. Vesperae Solennes e Vorisek – Sinfonia. Centro de Convivência Cultural – Tel. (19) 3232-4168. R$ 20 e R$ 10. Reapresentação BIRIGUI, SP no mesmo local dia 6 às 11h00

18/12 20h00 ÓPERA PORTÁTIL 12/12 20h00 Leitura dramática DE REPERTÓRIO de A CONVERSÃO DE MAHLER, Sesi Música. Com Jamile de Ronald Harwood Evaristo – soprano, Eleni Arruda – A música no século 21. Leitura dra- contralto, Ossiandro Brito – mática com música ao vivo. Com tenor e Paulo Menegon – baixo. Rogério Zaghi – piano, André Ficarelli Direção musical: Wesley Lacerda. – trompa, Tiago Paganini – violino e Programa: canções natalinas de Vitor Visiona – violoncelo. Direção mu- Händel, Samuel Kerr, Krieger e sical: João Marcos Coelho. Arranjos: Grüber, entre outros. Leonardo Martinelli. Atores: Marat Teatro do Sesi de Birigui – Tel. (18) 3642-7044. Descartes, Adriana Dham, Silvia Entrada franca Camossa, Carlos Palma, Sylvio Ziber, Lisa Scavone e Oswaldo Mendes. Debatedor: Carlos Moreno. Leia mais BRASÍLIA, DF na pág. 42. Espaço Cultural CPFL – Tel. (19) 3756-8000. 01/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Entrada franca. DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO SANTORO 19/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Regente: Ira Levin. Solista: MUNICIPAL DE CAMPINAS Bohuslav Matousek – violino. Concertos Oficiais. Regente: Karl Martin. Programa: Martinu – Concerto para Programa: Glinka – Abertura de Ruslan violino nº 2 e Bruckner – Sinfonia e Ludmila; Copland – Rodeo; Brahms – nº 2. Leia mais na pág. 54. Danças húngaras nºs 1, 3 e 10; Borodin Teatro Nacional Claudio Santoro – Tel. (61) – Danças Polovtsianas; J. Strauss – Valsa 3325-6153. Entrada franca. op. 325, Abertura de O barão cigano, Valsa do Imperador, Polca op. 319 e 02/12 17h00 ORQUESTRA ARS Marcha Radetzky. Leia mais na pág. 56. HODIERNA Centro de Convivência Cultural. R$ 20. Concerto didático. Regente: Jorge Reapresentação no mesmo local dia20 às Lisbôa Antunes. Programa: 11h00. Roteiro Musical Outras Cidades

Belo Horizonte, dias 6 e 17 CAMPOS DO JORDÃO, SP 16/12 09h00 ORQUESTRA DE CÂMARA ELEAZAR DE CARVALHO Filarmônica de BH fecha ano 13/12 19h00 EUDÓXIA DE BARROS – Concerto Universitário. Regente: piano Manfredo Crescenzo. com Claude Debussy e Carl Orff Programa: Bach – Fantasia e fuga; Universidade Estadual do Ceará – Auditório Central – Tel. (85)3101-9600. Num ano fértil e em que demostrou todo seu potencial para afirmar-se Beethoven – Seis variações sobre a Marcha Turca; Debussy – La soirée como uma das mais importantes orquestras brasileiras, a Orquestra Filar- 17/12 19h00 ORQUESTRA DE dans Grenade; Schumann – Tocata CÂMARA ELEAZAR DE CARVALHO mônica de Minas Gerais encerra sua temporada com um belo concerto. op. 7; Cupertino – Tocata; Tacuchian Concerto Solidário. Regente: No dia 17, a última apresentação da série “Allegro” acontece no – Vitrais; Osvaldo Lacerda – Didi e Manfredo Crescenzo. Palácio das Artes. Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Estudos nº 8; Guarnieri – Toada; Theatro José de Alencar – Tel. (85) Filarmônica, comanda La mer, de Claude Debussy, e Carmina Burana, Nazareth – Turuna; Zequinha de Abreu 3101-2583. de Carl Orff. Participam como solistas a soprano Cláudia Azevedo, o – Soluçar de um coração; Chiquinha tenor Christopher Pfund, o barítono Sebastião Teixeira, o Coral Lírico de Gonzaga – Gaúcho e Gottschalk – 18/12 19h00 ORQUESTRA DE Minas Gerais, o Coral Lírico do Teatro Municipal de São Paulo e o Coral Grande fantasia triunfal sobre o Hino CÂMARA ELEAZAR DE CARVALHO Nacional Brasileiro. Infanto-Juvenil do Palácio das Artes. Regente: Manfredo Crescenzo. Auditório Cláudio Santoro – Telefone (12) Procuradoria Geral de Justiça Antes, no dia 6, a orquestra faz a última apresentação dos Concertos 3662-2334. R$ 10 e R$ 5. do Estado do Ceará – Rua Assunção, para Juventude. No programa Beethoven, Schubert e Stravinsky. 1100 – Centro. CAXIAS DO SUL, RS Brasília, dias 1º, 8, 15 e 16 FRANCA, SP 10/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Ópera em concerto encerra DA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL 11/12 20h00 SIN AE LEE – piano Quinta Sinfônica – Especial de Natal. Sesi Música. Programa: Beethoven – temporada em Brasília Regente: Manfredo Schmiedt. Sonata op. 8; Brahms – Duas Rapsódias op. 79; Mignone – Com três diferentes programas, a Orquestra Sinfônica do Teatro Na- Programa: Carlos Gomes – Sinfonia Il Guarany; Bizet – L’Arlésienne da Suíte Valsas Brasileiras nºs 1, 2, 3 e 4; cional, em Brasília, encerra sua temporada 2009. No dia 1º é o maestro nº 2; Tchaikovsky – Abertura 1812 e Chopin – Scherzo nº 1 e canções titular Ira Levin quem comanda o grupo, em obras de Martinu e Bruck- canções natalinas. natalinas. Teatro do Sesi de Franca – Tel. (16) ner. Erich Lehninger, experiente violinista, integrante do Trio Brasileiro Parque Getúlio Vargas – Rua Dom José Barea, 3721-1444. Entrada franca. e que desde o início do ano é o spalla da orquestra, atuará como regente s/nº. Entrada franca. e solista no dia 8. No programa, obras de Händel, lembrando os 250 GOIÂNIA, GO anos da morte do autor: as Suítes 1 e 3 de Música aquática e o Concerto CURITIBA, PR grosso op. 6 nº 1. 02/12 20h30 RECITAL DOS Levin volta ao pódio nos dias 15 e 16 para interpretar uma versão 04/12 20h00 Ópera LES PLAISIRS VENCEDORES DO CONCURSO DE VERSAILLES E ACTEÓN, de Marc- em concerto da ópera infantil João e Maria, de Humperdinck. Escrita de JOVENS TALENTOS DA EMAC Antoine Charpentier forma despretensiosa e envolvente, a obra garantiu a seu autor um lugar Programa: obras de Ronaldo Programa Ópera Ilustrada. Orquestra na história da ópera, dada sua popularidade que atravessa o tempo. Os Miranda, Osvaldo Lacerda, de Câmara da Cidade de Curitiba. solistas serão Daniela Carvalho, Denise de Freitas, Ednéia de Oliveira, Henrique Oswald, Claudio Santoro, Solistas: Marília Vargas – soprano, Guerra-Peixe, Krieger, Henrique Janette Dornellas e Homero Velho. Ariadne Oliveira – mezzosoprano, de Curitiba, Villa-Lobos e Almeida Paulo Mestre – contralto, Cristhian Prado. Segala – tenor e Roosewelt Borges Curitiba, dias 3, 4, 5, 11 e 12 Auditório do Sesc Cidadania – Av. C-197, – barítono. Direção musical: Luís Quadra 498, lote 1/21 – Jd. América. Curitiba encena ópera barroca Otávio Santos. Direção artística: Entrada franca. Marília Vargas. Direção cênica: Carlos A sempre bem cuidada pro- Harmuch. Leia mais na pág. 54. 06/12 11h00 ORQUESTRA DE gramação da Capela Santa Maria Capela Santa Maria – Espaço Cultural – CORDAS DA PREFEITURA DE GOIÂNIA Espaço Cultural, em Curitiba, Tel. (41) 3321-2840. R$ 10 e R$ 5 e 1 kg de Concertos Goiânia Ouro. Regente: alimento não-perecível. Reapresentação no terá como destaque do mês uma mesmo local e horário dia 5. Joaquim Jayme. Programa: obras montagem operística. Nos dias 4 de Mozart. Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro – e 5, dentro da série “Uma noite de 11/12 20h00 CAMERATA ANTIQUA Rua 3, c/9 – Centro. R$ 8 e R$ 4. ópera nos aposentos reais”, serão DE CURITIBA apresentadas Les plaisirs de Ver- Regente: Marcelo Jardim. Programa: sailles e Actéon, do compositor Hudson Nogueira – Os sertanistas GRAMADO, RS francês Marc Antoine Charpentier brasileiros, a saga dos irmãos Villas Boas. (1643-1704). 18/12 21h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Capela Santa Maria – Espaço Cultural. DE PORTO ALEGRE A direção musical é de Luís R$ 10 e R$ 5 e 1 kg de alimento não-perecível. Série Natal. Regente: Manfredo Marília Vargas Reapresentação dia 12 às 18h30. Otávio Santos, que também co- DIVULGAÇÃO Schmiedt. Participação: Coro manda, como spalla, a orquestra Sinfônico da Ospa. Programa: de câmara que interpreta a obra. Entre os solistas estão a soprano Marília FORTALEZA, CE Carlos Gomes – Sinfonia Il Guarany; Vargas, a mezzo Ariadne Oliveira e o contratenor Paulo Mestre. A dire- J. Strauss – Danúbio Azul; Bach – ção cênica é de Carlos Harmuch. O ensaio geral da ópera, no dia 3, será 05/12 09h00 ORQUESTRA DE Ária da Suíte nº 3; Mozart – Ave aberto ao público e com entrada franca. CÂMARA ELEAZAR DE CARVALHO Verum Corpus K 618; Franck – Nos dias 11 e 12, a Camerata Antiqua de Curitiba fica responsável e QUARTETO CEARENSE Panis Angelicus; Anderson – Sleigh Ride; Hülsbertg – Canções de pelo encerramento da temporada. Sob regência de Marcelo Jardim, será Matinal Erudita. Regente: Manfredo Natal e Händel – Aleluia de feita a estreia mundial da obra Os sertanistas brasileiros – a saga dos Crescenzo. Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – O Messias. Leia mais na pág. 56. irmãos Villas Boas, de Hudson Nogueira. Tel. (85) 3488-8600. Natal Luz – Praça da Igreja de São Pedro.

54 Dezembro 2009 CONCERTO ITAPETININGA, SP 20/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA MARIANA, MG NOVA PETRÓPOLIS, RS PRÓ-MÚSICA 11/12 20h00 CAMERATA ARS Concerto de Natal. Regente: Nelson 04/12 11h30 MÚSICA BARROCA 11/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA MUSICALIS Nilo Hack. Participação: corais e solis- Concertos realizados no órgão histórico DE PORTO ALEGRE Sesi Música. Série Jovens Talentos. tas da cidade. da Sé de Mariana, por Elisa Freixo e Série Natal. Regente: Manfredo Regente: Hermes Coelho. Programa: Igreja da Glória – Tel. (32) 3215-1831. Entrada Josinéia Godinho. Schmiedt. Participação: franca. Corelli – Variações sobre a Ária della Sé de Mariana – Tel. (31) 3558-2785. Coro Sinfônico da Ospa. Programa: Folia; Händel – Concerto Grosso nº 1; R$ 15 a R$ 30. As apresentações acontecem Carlos Gomes – Sinfonia Il Guarany; Nepomuceno – Suite Antiga; Carlos MANAUS, AM todas as sextas-feiras às 11h30 e domingos J. Strauss – Danúbio Azul; Bach – às 12h15. Informações: www.orgaodase.com.br. Gomes – Quem sabe? e canções na- Ária da Suíte nº 3; Mozart – talinas. 05/12 20h00 AMAZONAS 06/12 12h15 MAURÍCIO FREIRE – Ave Verum Corpus K 618; Franck – Teatro do Sesi de Itapetininga – Tel. (15) FILARMÔNICA flauta e ELISA FREIXO – órgão Panis Angelicus; Anderson – Sleigh 3271-7144. Entrada franca. Série Guaraná VI. Regente: Marcelo Programa: obras de Boismortier, Ride; Hülsbertg – Canções de de Jesus. Solistas: Cláudia Azevedo – Telemann e Mozart. Natal de todo o mundo e Händel – ITU, SP soprano, Marconi Araújo – contratenor, Sé de Mariana. Aleluia de O Messias. Leia mais Flávio Leite – tenor e Sávio Sperandio na pág. 56. 13/12 16h00 ORQUESTRA MAESTRO – baixo. Programa: Claudio Santoro 20/12 12h15 CORAL TOM MAIOR Centro de Eventos – Tel. (54) 3281-4222. TRISTÃO MARIANO e CORAL VOZES – Ave Maria e Padre José Maurício – e JOSINÉIA GODINHO – órgão DE ITU Missa de Santa Cecília. Programa: Lobo de Mesquita, Bee­ OLINDA, PE Concertos para Itu. Regente: Vinicius Teatro Amazonas – Tel. (92) 3622-1880. thoven, Saint-Saëns e Bach, entre outros. Reapresentação no mesmo local e horário dia 6. Gavioli. Programa: Pe. Jesuíno do Monte Sé de Mariana. 13/12 20h00 ORQUESTRA JOVEM Carmelo – Matinas do Menino Deus. 08/12 20h00 ORQUESTRA DE DE PERNAMBUCO Igreja Nossa Senhora do Patrocínio – Praça MARÍLIA, SP Abertura do I Virtuosi de Olinda – Regente Feijó, s/nº – Centro. Entrada franca. CÂMARA DO AMAZONAS Série Guaraná VI. Concerto Barroco. Festival Internacional de Música Regente: Marcelo de Jesus. Solista: 11/12 20h00 NEYMAR QUARTETO de Pernambuco. Mais informações no JUIZ DE FORA, MG Marconi de Araújo – contratenor. Sesi Música. Com Ricardo Takahashi – site: www.virtuosi.com.br. Programa: obras de Händel e Vivaldi. violino, Daniel Pires – viola, Vana Igreja da Sé – Largo da Sé, s/nº. 10/12 20h00 CAMERATA JOVEM Teatro Amazonas. Bock – violoncelo e Neymar Dias – Lançamento do CD do 20º Festival contrabaixo. Programa: obras de 14/12 20h00 SLOVENE BRASS Internacional de Música Colonial 25/12 19h00 CORO DO AMAZONAS, Bach – Jesus alegria dos homens QUINTET Brasileira e Música Antiga. Regente: AMAZONAS FILARMÔNICA e solistas e Villa-Lobos – Bachianas brasileiras I Virtuosi de Olinda – Festival Fernando Vieira. convidados nº 7, entre outros. Internacional de Música de Colégio dos Jesuítas – Auditório Padre Série Guaraná VI. Concerto de Natal. Teatro do Sesi de Marília – Tel. (14) Pernambuco. Oliveira – Tel. (32) 2101-5700. Entrada franca. Largo de São Sebastião. 3417-4500. Entrada franca. Igreja da Sé. Roteiro Musical Outras Cidades

Tatuí, dias 10 e 11 OURO PRETO, MG 10/12 20h00 LA FURSTENBERG Sesi Música. Com Sarah Hornsby e Tatuí apresenta Dido e Enéias 04/12 17h00 FABIO ZANON – violão Paulo da Mata – flautas transversais, Guilherme de Camargo – teorba e Com a Orquestra Sinfônica e o Coro do Conservatório, será apresen- Circuito BNDES Musica Brasilis. Programa: obras de Villa-Lobos. guitarra barroca e João Guilherme tada em Tatuí, dias 10 e 11, a ópera Dido e Enéias, de Henry Purcell. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos – Figueiredo – violoncelo e viola da O espetáculo marca a estreia do Núcleo de Ópera do Conservatório Tel. (31) 3551-4736. gamba. Programa: Marais – Suíte; de Tatuí, e tem no elenco os solistas Laura de Souza (Dido), Leonardo Visée – Chaconne para teorba; Händel Neiva (Enéas), Rosemeire Moreira (Belinda) e Helder Savir (Feiticeira). 06/12 17h00 VOX BRASILIENSIS – Sinfonia Pifa do oratório O Messias; A direção musical e regência é do maestro titular da Sinfônica do Circuito BNDES Musica Brasilis. Com Haydn – Trio; Sammartini – Trio sonata Ricardo Kanji – flauta, Tiago Pinheiro – Conservatório, Rodrigo de Carvalho. O diretor cênico é Marcelo Cardo- op. 1; Bach – Prelúdio para violoncelo tenor e Guilherme de Camargo – gui- BWV 1007 e Corelli – Concerto fatto so Gama, enquanto Cadmo Fausto responde pela preparação do coro. tarra. Programa: obras de Padre José para noite de Natal nº 8. Estreada em 1689, Dido e Enéias é uma das mais célebres obras do Maurício, Marcos Portugal e Tomás Teatro do Sesi de Piracicaba – Tel. (19) compositor barroco inglês Henry Purcell. Gonzaga, Luís Alvares Pinto, Willem 3421-2884. Entrada franca. de Fesch, Wilhelm Wassenaer, Cândido Inácio da Silva e anônimos. PORTO ALEGRE, RS Igreja Nossa Senhora do Carmo – Tel. (31) A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre faz uma série de concertos 3551-2601. natalinos por cidades do Rio Grande do Sul. As apresentações, com 06/12 19h00 ORQUESTRA DE obras de Carlos Gomes, Strauss e Mozart, serão regidas por Manfredo CÂMARA DA ULBRA Schmiedt em Santa Bárbara do Sul (dia 1º), Santa Rosa (4), Rosário do PAULÍNIA, SP Regente: Tiago Flores. Solistas: Sul (8), Nova Petrópolis (11), Taquara (15) e Gramado (18). O maestro Cintia de los Santos – soprano, titular Isaac Karabtchevsky encerra a programação no dia 22, na Praça 06/12 18h00 SÉRGIO MELARDI – Simone Rassian – mezzosoprano da Matriz de Porto Alegre. piano e SOLISTAS DE PAULÍNIA e Álvaro Rosacosta – barítono. Concertos Paulínia. Com Pablo León Programa: Spirituals e trechos do Com um programa que inclui negro spirituals, a Orquestra de Câmara – violino, Horácio Schaefer – viola e musical Antonio Chimango, de da Ulbra encerra sua temporada em Porto Alegre, sob regência de Roberto Ring – violoncelo. Músico Arthur Barbosa. Tiago Flores, no dia 6. convidado: Adrian Petrutiu – violino. Sala de Concertos Leopoldina – Rua Marquês Programa: Mozart – Réquiem K 626 do Herval, 280. Entrada franca e 1 kg de Os últimos concertos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campi- alimento não-perecível. nas serão regidos pelo maestro Karl Martin. Nos dias 5 e 6, obras e Quarteto K 458 A caça e Brahms – de Mozart e Vorisek contarão com a participação dos solistas Elayne Quarteto para piano e cordas nº 1 op. 13/12 20h00 CORAL E ORQUESTRA Casehr, Keila de Moraes, André Vidal e Sávio Sperandio. Já nos dias 19 25. Leia mais ao lado. FILARMÔNICA DA PUCRS e 20 Martin comanda um repertório variado que inclui obras de Glinka Theatro Municipal de Paulínia – Tel. (19) Regente: Frederico Gerling Jr. 4062-0121. Entrada franca. e Johann Strauss, entre outros. Solistas: Adriana de Almeida – soprano, Flávio Leite – tenor e A série Solistas de Paulínia chega a seu oitavo e último concerto do PETRÓPOLIS, RJ Pedro Spohr – baixo. Participação: ano. Desta vez, o pianista Sérgio Melardi é o músico convidado a tocar Ballet Concerto. Programa: obras com o grupo. No dia 6 eles interpretam obras de Mozart no Theatro de Verdi, Rossini, Ariel Ramirez, Municipal da cidade, com entrada franca. 05/12 20h00 CORAL DOS CANARINHOS DE PETRÓPOLIS Luiz Coronel, Pablo Luna, Webber A série Sesi Música, que além de atrações em São Paulo estende sua Pré-lançamento do CD “Christus e canções natalinas. atuação para diversos municípios do Estado, levará este mês concertos est natus”. Regente: Marco Aurélio Parque Moinhos de Vento – Parcão – Tel. (51) 3332-1021. a Araraquara, Franca, Itapetininga, Rio Claro e Sorocaba, entre muitas Lischt. Solista: Gustavo Medina – outras cidades. O Ensemble São Paulo, a Camerata Ars Musicalis e o órgão. 22/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA pianista Marco Alcântara são algumas das atrações. Theatro Dom Pedro – Tel. (24) 2235-3833. DE PORTO ALEGRE Entrada franca. Em Vitória, a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo faz um con- Série Natal. Regente: Isaac certo sob direção de Modesto Flávio, no dia 2. O encerramento da 16/12 20h00 ORQUESTRA Karabtchevsky. Participação: temporada acontece dia 19 com um concerto de Natal na Catedral FILARMÔNICA DE PETRÓPOLIS Coro Sinfônico da Ospa. Programa: Metropolitana de Vitória com o regente titular Helder Trefzger. e CORAL FEMININO E MASCULINO Carlos Gomes – Sinfonia Il Guarany; DOS CANARINHOS DE PETROPÓLIS J. Strauss – Danúbio Azul; Bach – O Pró-Música de Juiz de Fora promove no dia 10 o concerto de lança- Concerto de Natal. Regente: Marco Ária da Suíte nº 3; Mozart – Ave mento do CD do 20º Festival Internacional de Música Colonial Brasilei- Aurélio Lischt. Programa: Telemann – Verum Corpus K 618; Franck – Panis ra e Música Antiga. A Camerata Jovem da escola apresenta-se sob re- Concerto para trompete; Mozart – Angelicus; Anderson – Sleigh Ride; gência de Fernando Vieira. O Pró-Música também realiza um concerto O trenó; E. Gabrieli – Kyrie e Glória da Hülsbertg – Canções de Natal e sinfônico de Natal, dia 20, sob regência de Nelson Nilo Hack. Sinfonia Sacra e Bernstein – Chichester Händel – Aleluia de O Messias. Leia A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais faz uma série de concertos Psalms. mais ao lado. Praça da Matriz. em Belo Horizonte, sempre sob regência de Charles Roussin. Com a Sesc Quitandinha – Tel. (24) 2245-2020. participação de solistas, serão apresentados diferentes programas nos Ingressos: um item para cesta de Natal a ser doada. dias 1º, 4, 15 e 17. PRESIDENTE PRUDENTE, SP Liderada pelo jovem maestro Jorge Lisbôa Antunes, a Orquestra Ars PIRACICABA, SP Hodierna encerra a série de recitais didáticos que desenvolveu em 08/12 20h00 QUARTETO SÃO PAULO 2009 em colégios de Brasília. No dia 2, um concerto especialmente Sesi Música. Concertos Especiais. montado para crianças e adolescentes, mas que é também aberto ao 03/12 20h00 Trio MARIA FERNANDA Com Hanry Dawson e David Gama público em geral, terá obras de Mendelssohn, Beethoven e Elgar. KRUG – violino, ADRIANE SAVYTZKY – violinos, Rafael Martinez – vio- – violoncelo e PATRÍCIA VANZELLA – la e Rafael Cesário – violoncelo. Em Salvador, a Orquestra Sinfônica da Bahia recebe o maestro Mar- piano Programa: Mozart – Divertimento; celo Lehninger e as solistas Gabriela Queiroz (violino) e Ligia Moreno Sesi Música. Concertos de Música de Boccherini – Minueto; Bach – Ária; (piano) para uma homenagem ao compositor Felix Mendelssohn, dia Câmara. Programa: Villa-Lobos – Trio J. Strauss – Danúbio Azul e canções 2. Os músicos da Osba e os estudantes da Orquestra Juvenil 2 de Julho, nº 1; Piazzolla – As quatro estações, natalinas. do projeto Neojibá, fazem um concerto natalino no dia 13. Oblivion e Adiós Nonino. Teatro Municipal Procópio Ferreira – Tel. Teatro Acipi – Tel. (19) 3434-2999. R$ 10. (18) 3902-4438. Entrada franca.

56 Dezembro 2009 CONCERTO RECIFE, PE 17h00: Dorota Siuda – violino, Meneses – oboé, Luís Montanha – RIBEIRÓPOLIS, SE Ylvali Zilliacus – viola e Christian clarinete, Fábio Cury – fagote, Luiz XII VIRTUOSI – FESTIVAL Lindberg – trombone e regên- Garcia – trompa e Ricardo Ballestero 18/12 18h00 ORQUESTRA SINFÔNICA INTERNACIONAL DE MÚSICA cia. 21h00: Orquestra Sinfônica – piano. 19h00: Adriana Clis – me- DE SERGIPE DE PERNAMBUCO Virtuosi. Regente: Rafael Garcia. zzosoprano, Saulo Javan – baixoba- Regente: James Bertisch. Programa: Solista: Dmitri Berlinsky – violino. rítono e Ricardo Ballestero – piano. obras de Mozart, Elgar e Villa-Lobos. De 13 a 20 de dezembro Programa: As quatro estações de Programa: Um pedacinho Praça de Convenções e Eventos. Informações: www.virtuosi.com.br Vivaldi e Piazzolla. 20/17h00: de Villa. 17/17h00: Lançamento Leia mais na pág. 52. Dúnamis Trio: Soh-Hyun Park – vio- do CD Universal, com Radegundis lino, Leonardo Altino – violoncelo e Tavares e José Henrique Martins. RIO CLARO, SP Teatro de Santa Isabel – Tel. (81) 3232-2939. Victor Asunción – piano. Programa: 18h00: Ensemble São Paulo: R$ 10. obras de Villa-Lobos. 19h00: Betina Stegmann e Nelson Rios 11/12 20h00 OFICINA BARROCA Série Vicente Fittipaldi Orquestra Sinfônica Virtuosi. – violinos, Marcelo Jaffé – viola, Sesi Música. Elisabete Almeida – so- 15/21h00: Orquestra Sinfônica Regente: Rafael Garcia. Solistas: Robert Suetholtz – violoncelo prano, Alexandre D’Antonio e Alfredo Virtuosi. Regente: Rafael Garcia. Luiz Garcia, Bostjan Lipovsek, José e Sérgio Oliveira – contrabaixo. Rezende – violinos, André Costa – vio- Solistas: Mauro Loguercio – violino Costa e Luciano Amaral – trompas, 19h00: Slovene Brass Quintet: la, Lucas Bracher – violoncelo, Walter e Antonio Meneses – violoncelo. Victor Asunción – piano, Christian Stanko Arnold e Matej Rihter – Valentini – contrabaixo e Guilherme 16/21h00: Antonio Meneses – Lindberg – trombone, Catalin trompetes, Bostjan Lipovsek – de Morais – cravo. Programa: Haydn violoncelo, Rafael Altino – viola, Rotaru – contrabaixo e Dmitri trompa, Mihael Suler – trombone – Sinfonia nº 27 e Concerto para Catalin Rotaru – contrabaixo e Berlinsky – violino. e Roland Szentpali – tuba. cravo em dó maior; Vivaldi – Sinfonia Victor Asunción – piano. 17/21h00: 18/17h00: Anders Nilsson em dó maior e A. Scarlatti – Cantata Uma noite francesa. Orquestra Série Salão Nobre e Stig Nilsson – violinos, Rafael Pastorale per la nascità di Nostro Sinfônica Virtuosi. Regente: Rafael 15/17h00: Orquestra Jovem Altino – viola, Leonardo Altino – Segnore. Garcia. Solistas: Leonardo Altino – de Pernambuco. Regente: Rafael violoncelo e Leif Arne Pedersen Teatro do Sesi de Rio Claro – Tel. (19) violoncelo, Monique Duphil – piano Garcia. 18h00: Duo Rogério – clarinete. Programa: obras de 3527-2446. Entrada franca. e Rafael Altino – viola. 19/15h00: Wolf e Nicole Esposito – flautas. Mozart. 18h00: Turíbio Santos – Coral e Orquestra Sinfônca Virtuosi. 19h00: Trio Leif Arne Pedersen – violão. 21h00: Coral e Orquestra Regente: Rafael Garcia. Solistas: clarinete, Rafael Altino – viola Sinfônca Virtuosi. Regente: Rafael RIO NOVO DO SUL, ES Gabriella Pace – soprano, Adriana e Ana Lúcia Altino – piano. Garcia. Solistas: Gabriella Pace – Clis – mezzosoprano, Flávio 16/17h00: Quarteto Raga: soprano, Adriana Clis – mezzoso- 10/12 19h00 ORQUESTRA Leite e André Vidal – tenores, Adhoniran Reis – violino, Gabriel prano, Flávio Leite e André Vidal – FILARMÔNICA DO ESPÍRITO SANTO Felipe Oliveira – barítono e Sávio Marin – viola, Alceu Reis – violon- tenores, Felipe Oliveira – barítono e Série Concertos Itinerantes. Regente: Sperandio – baixo. Programa: celo e Ana Lúcia Altino – piano. Sávio Sperandio – baixo. Programa: Modesto Flávio. Solistas: Maristela Eli-Eri Moura – Ópera Dulcineia 18h00: Opus Brasil Ensemble: Eli-Eri Moura – Ópera Dulcineia e Araújo – soprano, Alan de Souza e Trancoso (estreia mundial). Marcelo Barboza – flauta, Eser Trancoso (estreia mundial). – trompa e John Kennedy – violão. Roteiro Musical Outras Cidades

Programa: obras de Rossini, Mozart, 03/12 20h00 METRÓPOLE QUARTETO SOROCABA, SP Rodrigo de Carvalho. Com Laura de Vivaldi, Villa-Lobos e Suppé. DE SAXOFONE Souza, Leonardo Neiva, Rosemeire Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua – Sesi Música. Concertos Especiais. 01/12 20h00 ORQUESTRA ORFF Moreira, Helder Savir, entre outros. Tel. (28) 3533-1976. Entrada franca. Programa: obras de Beethoven, Regentes: Maria Regina Rabello e Programa: Purcell – Dido e Enéias. Bach, Ed Fogaça, Gershwin, Dvórak Maria do Carmo Latorre. Direção: Marcelo Cardoso Gama. Leia ROSÁRIO DO SUL, RS e canções natalinas, entre outros. Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. Entrada mais na pág. 56. Teatro Guarani – Praça dos Andradas, 100 – franca. Teatro Procópio Ferreira – Tel. (15) 3251-5554. Centro. Entrada franca. R$ 10 e R$ 5. Reapresentação dia 11. 08/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA 11/12 20h00 ENSEMBLE SÃO PAULO DE PORTO ALEGRE e ALIÉKSEY VIANNA – violão 12/12 11h00 BIG BAND DO Série Natal. Regente: Manfredo 06/12 19h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Sesi Música. Com Betina Stegmann CONSERVATÓRIO DE TATUÍ Schmiedt. Participação: Coro Sinfônico JOVEM UNISANTOS e CORAL LIRICUS e Nelson Rios – violinos, Marcelo Série Natal Musical. Coordenação: da Ospa. Programa: Carlos Gomes Regente: Beto Lopes. Solistas: Neyse Jaffé – viola, Robert Suetholz – vio- Sérgio Gonçalves de Oliveira. – Sinfonia Il Guarany; J. Strauss – Barbosa – soprano e Carmencita loncelo e Sérgio de Oliveira – contra- Praça da Matriz, s/nº. Reapresentação no Danúbio Azul; Bach – Ária da Suíte nº Peres – mezzosoprano. Programa: baixo. Programa: Brouwer – Quinteto; mesmo local dia 16 às 20h00. 3; Mozart – Ave Verum Corpus K 618; Ketelbey – No jardim de um mosteiro; Guastavino – Presencia nº 6 e Sérgio Franck – Panis Angelicus; Anderson – Mozart – Ave verum K 618; Morricone 15/12 20h00 CORO DO Assad – Cinco danças do mundo. Sleigh Ride; Hülsbertg – Canções de – Gabriel’s oboé; Schubert – Mille CONSERVATÓRIO DE TATUÍ Teatro do Sesi de Sorocaba – Tel. (15) 3224- Natal e Händel – Aleluia de O Messias. cherubini in coro e Franck – Panis Série Natal Musical. Regente: Cadmo angelicus. 4090. Entrada franca. Igreja Nossa Senhora do Rosário – Rua Barão Fausto. Convento de Nossa Senhora do Carmo – Rio Branco, 1949. Janelas do Centro Cultural Municipal – Tel. (13) 3234-5566. Entrada franca. 15/12 20h00 BANDA SINFÔNICA DA FUNDEC Praça Manoel Guedes, s/nº. SALVADOR, BA 11/12 20h00 ÓPERA PORTÁTIL DE Regente: Paulo Afonso Estanislau. TIRADENTES, MG REPERTÓRIO Programa: Valdir Azevedo – 02/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Sesi Música. Com Jamile Evaristo Brasileirinho; John Mills – Music e DA BAHIA – soprano, Eleni Arruda – contral- Antônio Neves – Natal. 04/12 16h45 ELISA FREIXO – órgão Série Nossos Músicos – América to, Ossiandro Brito – tenor e Paulo Sala Fundec. Entrada franca. e MAURÍCIO FREIRE – flauta Latina. Regente: Marcelo Lehninger. Menegon – baixo. Direção musical: Circuito BNDES Musica Brasilis. Programa: 17/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Solistas: Gabriela Queiroz – violino Wesley Lacerda. Programa: canções Froberger – Tocata nº 2; Telemann – DE SOROCABA e Ligia Moreno – piano. Programa: natalinas de Händel, Samuel Kerr, Concerto para flauta e órgão; Corrette Regente: Jonicler Real. Participação: Mendelssohn – Concerto para violino Krieger e Grüber, entre outros. – Musette para órgão; Boismortier Grupo de Choro e Grupo Jazz Sinfônico. op. 64, Concerto para piano nº 1 e Teatro do Sesi de Santos – Tel. (13) 3203- – Sonata para flauta e órgão e Bach – Sinfonia nº 3. 4966. Entrada franca. Programa: Gnattali – Suíte Retratos; Pastoral para órgão e Sonata. Teatro Castro Alves – Tel. (71) 3339-8014. Pixinguinha/Gastão Viana – Lundu Igreja Matriz de Santo Antonio – Tel. (32) R$ 20. africano; Pixinguinha/David Nasser – 3355-1238. Reapresentação às 20h30. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP Lamento e Moacir Santos – Coisas. 13/12 18h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Sala da Fundec. Entrada franca. Reapresentação VITÓRIA, ES DA BAHIA e ORQUESTRA JUVENIL 2 DE 12/12 20h00 ÓPERA PORTÁTIL DE no mesmo local e horário dia 20. JULHO REPERTÓRIO 02/12 20h00 ORQUESTRA Concerto de Natal. Programa: Sesi Música. Concertos Especiais. TAQUARA, RS FILARMÔNICA DO ESPÍRITO SANTO Tchaikovsky – O quebra-nozes. Com Jamile Evaristo – soprano, Eleni Série Quarta Clássica. Regente: Teatro Castro Alves. R$ 5. Arruda – contralto, Ossiandro Brito 15/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Modesto Flávio. Solista: Felipe – tenor e Paulo Menegon – baixo. DE PORTO ALEGRE Prazeres – violino. Programa: Haydn – SANTA ROSA, RS Direção musical: Wesley Lacerda. Série Natal. Regente: Manfredo Sinfonia nº 101 e Bruch – Concerto nº 1. Programa: canções natalinas de Schmiedt. Participação: Coro Sinfônico Teatro da Universidade Federal do Espírito 04/12 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Händel, Samuel Kerr, Krieger e da Ospa. Programa: Carlos Gomes Santo – Tel. (27) 4009-2370. Entrada franca. DE PORTO ALEGRE Grüber, entre outros. – Sinfonia Il Guarany; J. Strauss – Série Natal. Regente: Manfredo Teatro do Sesi de São José do Rio Preto – Danúbio Azul; Bach – Ária da Suíte nº 19/12 19h30 CORO SINFÔNICO DA Schmiedt. Participação: Coro Tel. (17) 3224-6611. Entrada franca. 3; Mozart – Ave Verum Corpus K 618; FAMES e CORAL ARCELOR MITTAL Sinfônico da Ospa. Programa: Carlos Franck – Panis Angelicus; Anderson – TUBARÃO Regente: Helder Trefzger. Gomes – Sinfonia Il Guarany; J. Strauss SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP Sleigh Ride; Hülsbertg – Canções de – Danúbio Azul; Bach – Ária da Suíte Natal e Händel – Aleluia de O Messias. Participações especiais: Coro Infantil nº 3; Mozart – Ave Verum Corpus Parque do Trabalhador. Doce Harmonia, Coro Infantil Sonhos K 618; Franck – Panis Angelicus; 13/12 18h00 MARCILDA CLIS – piano e Sons e Coro Infantil Arco-Íris. e músicos convidados Programa: canções natalinas. Anderson – Sleigh Ride; Hülsbertg – TATUÍ, SP Canções de Natal e Händel – Aleluia Concerto didático Uma viagem pela Catedral Metropolitana de Vitória – Tel.(27) de O Messias. história da música. 3223-0590. Entrada franca. Espaço Cultural Mário Covas – Tel. (12) 3921- Pavilhão do Centro de Eventos. 01/12 19h00 ORQUESTRA SINFÔNICA 7587. R$ 10. JOVEM DO CONSERVATÓRIO DE TATUÍ Série Natal Musical. Regente: Juliano Clube SANTOS, SP 16/12 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA de Arruda Campos. CONCERTO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Praça Martinho Guedes, s/nº. Serviço exclusivo para os assinantes 02/12 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Regente: Marcello Stasi. Solistas: da Revista CONCERTO. JOVEM UNISANTOS e CORAL LIRICUS Gabriella Pace – soprano, Luciana 02/12 20h00 BANDA SINFÔNICA Regente: . Solistas: JOVEM DO CONSERVATÓRIO DE TATUÍ Beto Lopes Neyse Bueno – mezzosoprano, Martin Consulte no nosso site – soprano e Série Natal Musical. Regente: José Barbosa Carmencita Mühle – tenor e Lício Bruno – baixo. www.concerto.com.br – mezzosoprano. Programa: Antonio Pereira. Peres Participações especiais: Coro Jovem de a relação dos produtos e serviços Corelli – Concerto grosso nº 6; Bach – Praça da Matriz, s/nº. São José dos Campos, Coral Libercanto, conveniados ao nosso clube, Oratório BWV 248; Händel – Trechos Grupo Vocalis e Grupo Orfeão. com os descontos especiais. de O Messias; Tchaikovsky – Suíte O Programa: Beethoven – Sinfonia Coral 10/12 20h30 NÚCLEO DE ÓPERA DO CONSERVATÓRIO DE TATUÍ quebra-nozes. nº 9 op. 125. Aproveite as promoções Teatro Sesc Santos – Tel. (13) 3278-9800. Teatro Municipal de São José dos Campos – Coro e Orquestra Sinfônica do e boa música! Entrada franca. Tel. (12) 3942-1144. R$ 10 e R$ 5. Conservatório de Tatuí. Regente:

58 Dezembro 2009 CONCERTO Uma seleção exclusiva dos melhores artigos da revista Gramophone Novembro e dezembro de 2009

Todos os textos e fotos publicados na seção “Gramophone” são de propriedade e copyright de Haymarket. www.gramophone.co.uk Notas Sonoras GRAMOPHONE conversa com... Alan Gilbert O chefe da Filarmônica de Nova York fala de sua nova gravação de Mahler

O senhor acaba de assumir a Filarmônica de Nova York, nha que conduzi-la, mas essa gravação da Nona sinfonia de Mahler é com moldando as longas sua orquestra anterior, a Filarmônica Real de Estocolmo. linhas e encontran- Ela tem caráter de despedida? do os clímax relati- De certa forma. Falamos de outras gravações, mas não há planos. vos dentro dela. Eu não descartaria isso, e houve uma concentração especial en- quanto estávamos fazendo esse disco. É uma obra espe- Vinha pensando sobre o que reger em meu concerto fi nal em cial para o sr.? Estocolmo muito tempo antes de ele acontecer. E programei a Ela é magnífi ca e, Nona de Mahler em duas temporadas consecutivas. Nosso jei- em termos de alcan- to de tocar se aprofundou, porque voltamos a ela juntos e po- ce emocional e de díamos, assim, dar um passo adiante. Eu a conheci melhor e, tentativa de retratar felizmente, de maneira mais profunda, e não é sempre que você o que signifi ca o ser pode retomar uma peça com os mesmos músicos. É um luxo, humano, é a decla- especialmente em uma obra tão exigente quanto essa. ração mais profunda que Mahler fez em suas sinfonias. A Primei- ra tem um frescor e uma sinceridade inigualáveis, mas esta é a A interpretação mudou na época da gravação? mais consciente e mais séria. Tudo que vem depois da Terceira Naquela época já tínhamos uma forte memória coletiva de sinfonia é permeado por certa neurose autoconsciente, e a ne- como era a obra, então pudemos deixar para trás as questões cessidade de reconciliar isso com uma fl uidez orgânica natural é técnicas e nos concentrar em moldar a energia da peça. Eu sabia um grande desafi o. A Nona representa um retorno à abordagem melhor para onde a obra nos levava, e para onde a orquestra ti- mais direta das três primeiras sinfonias. Ela é honesta. Pianista Alfred Brendel recebe o Praemium Imperiale

s vencedores do Praemium Im- escultor Richard Long, a arquiteta Zaha periale Awards de 2009, que Hadid e o dramaturgo Tom Stoppard. O premia contribuições extraor- Eles se juntam a uma impressionante lis- dinárias às artes, foram anunciados em ta de laureados anteriores, incluindo, na setembro. Cinco grandes fi guras interna- área de música, Györgi Ligeti, Mstislav cionais foram selecionadas pela Japan Art Rostropovich, Martha Argerich e Daniel Association, e o reconhecido no campo Barenboim. da música foi o pianista Alfred Brendel. O Praemium Imperiale é atribuído Os escolhidos ao lado de Brendel anualmente desde seu lançamento, que foram o fotógrafo Hiroshi Sugimoto, o ocorreu no ano de 1989.

Sofya Gulyak triunfou sobre quase 200 concorren- A Solti Foundation dos Estados Unidos, criada em tes para vencer a 16ª Leeds International Pianoforte homenagem a Sir George Solti, concede neste ano Competition. A russa de 29 anos conquistou o júri – quatro prêmios para jovens regentes norte-americanos. incluindo Menahem Pressler, pianista do Beaux Arts O Solti Fellow, bienal, no valor de U$ 25 mil, vai para Trio, e Ian Hobson, vencedor em Leeds em 1981 Erik Nelson, Kapellmeister da Ópera de Frankfurt. – com sua performance do Primeiro concerto para O prêmio inclui ainda recomendações para a Lyric piano de Brahms, com Sir Mark Elder e a Orquestra Opera de Chicago, a Sinfônica de Chicago e o Chicago Hallé na final. Ela vai receber a Medalha de Ouro Opera Theater. O Solti Career Assistance Awards vai Princess Mary e 15 mil libras. para James Feddeck, Kelly Kuo e Case Scaglione.

SIMON WILKINSON, PRAEMIUM IMPERIALE, SUSSIE AHLBURG

CONCERTO Dezembro 2009 63 A escolha do editor A seleção de James Inverne para os lançamentos mais extraordinários deste mês

SCHUBERT Winterreise Mark Padmore ten Paul Lewis pf Harmonia Mundi Foi chocante. Pense nisso: dois artistas acabaram de tornar-se “muito famosos”. Em seu soberbo recital de árias de Händel pela Harmonia Mundi, Mark Padmore fez, na minha opinião, apesar do grande CD do mês número de discos similares que saíram no ano Händel, a melhor gravação recente nesse campo. Paul Lewis, por seu turno, entrou no terreno superpovoado das sonatas de Beethoven, pelo mesmo selo e, no ano passado, conquistou a Gravação do Ano do prêmio Classic SCHUBERT FM Gramophone Awards 2008. E quando você esperava que eles Die schöne Müllerin fossem capitalizar todo esse sucesso em rápidos projetos solo, o que James Gilchrist ten e Anna Tilbrook pf eles fazem? Inesperadamente unem forças em um ciclo de Lieder. Orchid Classics E não qualquer ciclo de Lieder, claro. Há muitas versões soberbas de Winterreise nas quais o cantor se une a A Winterreise de Padmore/Lewis pode ser o um pianista concertista, em vez de um especialista em Lieder. Mas, tanto quanto qualquer uma delas, esta é grande lançamento de Lieder do mês, mas não especial. Padmore lança-se em uma jornada arrebatada de autodescobrimento. Ele pode não gostar do que está menospreze esta realização estimulante de James vendo, e Lewis está sempre ali para providenciar, de forma adequada, o desconfortável terreno psicológico. Gilchrist e Anna Tilbrook. Poucas vezes dão a Em toda parte há o sentimento de uma grande oportunidade, de dois artistas profundamente conscientes Gilchrist seu devido valor, como intérprete ou can- impulsionando um ao outro. Se você prefere um tenor ou barítono nessa obra é uma questão puramente pessoal. tor. Mas aqui ele mostra estar à altura de quase O tenor parece-me mais dolorido, e Padmore é apropriadamente torturado, como cada compasso de Peter Pears. todo mundo, trazendo frescor vocal e o grande Uma gravação para sempre. instinto dramático ao “outro” grande ciclo de canções de Schubert.

‘BAD BOYS’ DEBUSSY ‘STABAT MATER’ HAYDN Bryn Terfel baixo-bar Swedish Complete Works for Piano, Vol 5 Emma Kirkby sop Theatre of Early Arias Radio Symphony Orchestra / Jean-Efflam Bavouzet pf - Chandos Music / Daniel Taylor contraten - BIS Simona Šaturová sop NDR Paul Daniel É como se, depois de abrir todos os Esse é um disco contemplativo e Philharmonic Orchestra, Hanover / DG presentes de aniversário, você ainda absolutamente lindo do Theatre of Alessandro de Marchi - Orfeo De novo recebo um disco de árias encontrasse um, que caiu atrás do Early Music e Daniel Taylor, de quem Às vezes não são os grandes nomes de Bryn Terfel e deixo escapar um sofá. Achamos que tínhamos visto o acho que foi a ideia. O Stabat mater que dão o maior prazer, e a pouco bocejo, junto com a frase “quando fim da gloriosa e redefinidora integral de Vivaldi é colocado ao lado do Salve conhecida soprano eslovaca Simona sairá sua próxima ópera completa?” de Debussy de Jean-Efflam Bavouzet. regina de Pergolesi, e ambos re- Šaturová oferece uma leitura realmente E de novo amo o disco, quase contra E, no entanto, eis o quinto volume. cebem performances adoráveis. Mas avassaladora. Pouco importa se ela a minha vontade. Sim, rezamos para “Esse”, ele confessou no Gramophone o ponto alto para mim é o Pergolesi não tem a qualidade vocal pura de que seu Hans Sachs chegue ao CD, Awards, “foi uma surpresa para mim retrabalhado por Bach, Tilge, Höchster, uma, digamos, Diana Damrau. Ela traz mas isso aqui é um incrível tour de também!” Se você ouviu os outros, meine Sünden, no qual Emma Kirkby sinceridade às interpretações e sig- force de vilões do palco. E, viva, tem já sabe o que esperar; se não, o que se junta ao time, e tudo está bem. nificado às palavras. Uma bela artista até Sir Roderick, de Ruddigore! ainda está esperando? Um lançamento muito especial. jovem, um disco adorável.

BACH DONIZETTI HAYDN MAHLER Sonatas and Partitas for Solo Violin Parisina Die Schöpfung Symphony No 9 Alina Ibragimova vn - Hyperion Soloists; London Philharmonic Soloists; RIAS Chamber Choir; Royal Stockholm Philharmonic O fato de haver tantas versões desse Orchestra / David Parry - Opera Rara Freiburg Baroque Orchestra / Orchestra / Alan Gilbert - BIS repertório não deve deter você. Todo Opera Rara está realmente fazendo René Jacobs - Harmonia Mundi Mais cedo neste ano, na edição grande artista tem algo de novo a algo especial. Eis aqui outra obra Chegando logo depois da versão em norte-americana da Gramophone, dizer, e Alina Ibragimova certamente raramente ouvida, com bom elenco, inglês de Paul McCreesh para a DG, entrevistei Alan Gilbert e anotei suas traz uma abordagem com frescor. soberbamente tocada, e em uma com qualidade sonora espetacular, a excelentes ideias para o futuro de Destemida e penetrante, direta sem caixa impecável. Nossas coleções de René Jacobs pareceria mais “pé-no- sua nova orquestra, a Filarmônica de perder beleza sonora, há muito a particulares ficariam muito mais po- chão” não fosse por seu habitual (e, Nova York. “Agora”, escrevi, “tudo o explorar em suas leituras. Se ela não bres sem ela! Parisina, a 36ª ópera de para alguns, nocivo) gosto pela experi- que ele tem que fazer é reger muito, chega a desbancar grandes favoritas, Donizetti e, no passado, um veículo mentação estilística. Mas ele tem ins- muito bem”. É precisamente o que ele como mais recentemente Julia Fischer, para Caballé, está cheia de boas tinto, e essa gravação, fabulosamente faz, sem dúvida, com seus músicos essa é uma grande promessa para melodias, bem interpretadas. Um interpretada, serve como complemento de Estocolmo. Uma leitura soberba e uma violinista ainda jovem. lançamento altamente desfrutável. à leitura bem diferente de McCreesh. arrebatadora.

64 Dezembro 2009 CONCERTO

PAPO DE violoncelo Natalie Clein, uma das mais talentosas jovens violoncelistas de hoje, conversou com Yo-Yo Ma, o seu herói. O violoncelista Yo-Yo Ma é uma das atrações da temporada do ano que vem da Sociedade de Cultura Artística.

NC Queria falar com você sobre jornadas. três partes. Isso quer dizer que o conteúdo, a NC Você se faz essa pergunta cada vez que Você é um símbolo de vários tipos de jor- comunicação do conteúdo e a recepção do con- vai subir ao palco? Ou o público é sempre nadas; a jornada de tocar no palco e a jor- teúdo têm que ser como um circuito elétrico um grupo de indivíduos com uma história nada de deixar o público viver com você. – nada pode interrompê-lo. mesclada, e com uma mescla de razões E tem a viagem da sua carreira – eu me Esse é um jeito abstrato de colocar a ideia de “por para ir ao concerto? lembro de ter lido que, quando começou a que você toca?” Se você está tocando, está toman- YYM Penso nisso, sim. Estivemos tocando re- tocar, você passou por uma fase de querer do algo que vem de dentro de outra pessoa (o com- centemente em Liverpool, com a BBC trans- ser perfeito e, então, o outro lado aflorou. positor), de outro tempo. O que você faz na escola mitindo o concerto, e eles insistiram em que a YYM Aos 19 anos tive esse momento crucial, é tentar aprender o contexto e ganhar as ferramen- transmissão tinha que acontecer às 19h. Mas quando fiquei um ano praticando para tentar tas técnicas para comunicar o conteúdo musical. esse horário não é necessariamente habitual tocar o concerto perfeito. Esse momento che- A terceira parte é realmente difícil, porque você é para as pessoas que vão a concertos. Por isso gou e, no meio do concerto, eu me senti meio parte da recepção, obviamente, mas é necessário o comparecimento ficou bem abaixo do espe- entediado. que o conteúdo realmente chegue ao interior de rado. Uma parte da recepção foi servida, no NC Que peça era? alguém e viva nessa pessoa. E não há uma razão sentido de que há um público de rádio mais YYM Não me lembro, era um recital com todo simples para isso acontecer. amplo, mas o público fisicamente presente tipo de peças. E eu entendi que eu tinha prati- Então passei por fases durante as quais praticava declinou dramaticamente. Então a quem você cado por uma ideia abstrata, que não incorpo- muito, chegando à conclusão de que o retorno está servindo? Às pessoas que vão a concertos, rava o momento. Então havia muita atenção diminuía. Você leu um livro de Marcus Salz- que gostam de música e que podem pagar pe- ao conteúdo e a como entregá-lo, mas não a man chamado The soloist? Ele explora a ideia los ingressos? Nesse caso, você está servindo “como ele está sendo recebido”. Naquele mo- de que ele era consciente da afinação de uma gente que acabou de sair do trabalho para ir mento, cheguei a pensar que podia levantar, forma tão aguda que acabou tendo que parar, ao concerto, que pagou caro pelos ingressos colocar o violoncelo no chão e ir embora, sem porque era impossível atingir essa afinação. En- e que, como saiu do trabalho às 17h30, nem consequência alguma. Acho que o estado ideal tão, voltando à recepção, em termos de “quem conseguiu jantar. Contudo, tentamos entregar para um intérprete – não fui eu que inventei é o público”, sabemos que cada pessoa recebe a algo que valha a pena, que seja memorável. isso, acho que Schnabel falou disso muitos anos informação de maneira diferente, porque ouve, NC Por isso você é uma pessoa tão atrás – é a indivisibilidade de uma unidade de sente e vê as coisas de modo diferente. inspiradora para mim e para muitos de

O jovem Yo-Yo Ma: o violoncelista em seus anos de formação

66 Dezembro 2009 CONCERTO Entrevista

nós. Porque por meio dessa paixão por até ela, e de poder ignorar todo mundo de Bach no Barbican, quando eu tinha uns aprender, descobrir e evoluir, você está que está em volta – enquanto nós temos dez, doze anos, e o Concerto de Lalo no sempre se movendo para além do ponto que nos sentir parte da sociedade, de Manchester Cello Festival – aquilo abriu de partida, não importa onde estejam os alguma forma. para mim as portas da ideia de alegria e seus ouvintes. YYM Acho que cada geração tem que descobrir comunicação, exatamente as coisas de YYM Na verdade, eu estava pensando muito esse sentido, ou seja, ser consciente de quais que você está falando. Você me atingiu, e sobre onde a realidade e a ilusão se encontram. são as tendências e do que as pessoas estão aquela performance está gravada na minha Minha filha disse: “Você e Kathy [Stott] querem sentindo. Acredito que para a nossa geração memória para sempre. que haja luz na plateia, para que vocês possam também é de grande interesse simplesmente YYM O que é interessante sobre aquela perfor- ver os rostos, mas isso me perturba.” Eis aí a você ser consciente de quem você é, de onde mance é que ela está ligada à memória de uma pes- percepção de uma pessoa que diz: “Estou me está no mundo, e trazer o foco de volta para soa, ou seja, nós temos perspectivas diferentes a res- distraindo porque estou olhando para a pessoa o momento de defender uma voz: nós temos peito dela. Minha perspectiva vem de ter trabalhado perto de mim, quando na verdade gostaria de que defender uma voz que, às vezes, não está com Yan Pascal Tortelier, o filho de Paul Tortelier, estar concentrada.” mais conosco, ou advogar por vozes que estão que dizia “meu pai fazia isso e aquilo”, e eu achava NC Na verdade, às vezes você precisa de geograficamente distantes. Quem estamos de- isso espantoso – quantos regentes conhecem e contato visual com membros do público fendendo? Para mim, essa é a questão crucial. gostam do Concerto para violoncelo de Lalo? Isso para deixar a centelha do entendimento, Acho que esse é um dos nossos objetivos pos- é memorável para aquela pessoa como um ponto ou da comunicação… síveis: conseguir trazer algo à vida de forma de vista do qual ela está profundamente imbuída. E YYM …e você recebe de volta o fluxo da ener- que aquilo seja vivo para mais alguém, não que emoção foi sentar e dizer, “sim, dê-me o Lalo do gia. Eis uma das coisas que eu acho que ajuda. apenas que fique vivo e depois desapareça. qual você se lembra, no qual você pensa, aquele que Mas daí vem alguém que me contradiz. Emily Porque você e eu sabemos que nós só duramos você gostaria de ouvir”. diz: “Isso não me ajuda!” até a nossa última apresentação – ou será que NC Você fala de duas figuras que podem, NC Você acha que há áreas da vida moder- duramos tanto quanto a memória das pessoas em certo sentido, ser contraditórias: Pablo na que são difíceis de conciliar com a vida que nos ouviram? Na verdade, o que temos Casals e Leonard Rose. Eu li que foi Casals de concerto? De certa forma, Emily está que fazer é tornar as coisas memoráveis. quem o inspirou a fazer o que você está descrevendo uma experiência de cinema NC Posso dizer que você faz isso. Na ver- fazendo. É verdade? – ela gosta de estar no meio da escuridão, dade, alguns dos principais concertos da YYM Você tem que ter cuidado com o que lê,

SONY MUSIC ARCHIVES, DANIEL SANNUM/AFP/GETTY IMAGES SANNUM/AFP/GETTY DANIEL ARCHIVES, SONY MUSIC com muito barulho chegando rapidamente minha infância foram com você: as Suítes porque a Wikipedia tem coisas erradas…

CONCERTO Dezembro 2009 6�7� NC Lá diz que você apareceu nos que está ao seu redor. Isso leva anos e décadas NC É a mesma coisa na hora de escolher Simpsons. – dizem que você é bom se aprende a relaxar música. Se for alguma coisa que você não YYM Pois é, parece que mencionaram isso. um músculo por ano. É possível ver nas fotos: conhece, se você não teve a chance de NC Olha só, isso é o auge! Não tem como os ombros ficavam para cima, o pescoço ficava viajar e descobrir, você tem medo… você fazer mais. assim [faz um ruído estressado e tenso], hor- YYM Sim – e isso é muito humano. Acho que YYM Casals, Leonard Rose… Leonard Rose foi rível. Leva muitos anos para relaxar tudo, até quando temos dois anos, os terríveis dois anos, quase como um pai para mim, e um pai muito que você realmente consiga ouvir. é quando aprendemos a dizer não, e essa é gentil. Ele era muito bondoso, um pouco intro- NC Li a respeito da abordagem uma das palavras mais poderosas que temos. vertido o tempo todo, e eu era muito tímido quan- americana e da abordagem chinesa – a Nessa idade, as coisas são seguras ou insegu- do o conheci. Eu tinha uns nove anos de idade, e abordagem americana de algumas ras. É bom ou é ruim. É muito subconsciente ele veio me dizer: “Eu também era muito tímido coisas é muito orientada na direção de e primitivo. Fazemos isso culturalmente: “Oh, na sua idade.” Ele acreditava em mim, e não há objetivos, focada na coisa principal, vamos sair de nossos domínios, isso aí é meio nada mais importante na vida de uma criança do enquanto a chinesa é mais holística. suspeito.” Por que suspeito? Por causa disso ou que ouvir alguém dizendo: “Acredito em você, Eles são mais conscientes de tudo, daquilo. Há essas divertidas pequenas frontei- sei que você consegue fazer isso.” e pensei em você porque você é a ras culturais que temos em nossas cabeças, e o NC E você levou isso consigo? combinação perfeita de ambos. Como o legal da música é que ela é leve, e viaja fácil. YYM Sinto isso até hoje. Ele ia às vezes aos con- sentido de identidade cultural entra no NC E tem tudo a ver com o “sim”. certos, e eu sabia pela cara dele quando não es- seu entendimento de ser um artista, de YYM As fronteiras são permeáveis, mas nós as tava gostando. E ele me dizia, “ligue para mim ser um violoncelista? temos, então penso que é importante examiná- em algumas semanas”, achando que se las com o mesmo cuidado com que ex- me dissesse algo negativo, eu desabaria. aminamos fronteiras políticas e nacionais. Isso é muito amável. Brinco com isso, Estamos nos expandindo? Estamos nos mas sei que era feito com muito carinho. contraindo? Estamos fazendo isso ou aq- Isso era Leonard Rose. Mais seu jeito de Casals foi um grande uilo? Olhamos para isso de um jeito difer- tocar, sua elegância, sua forma, toda a no- exemplo. Tive muito pouco ente, do jeito que olhamos para uma pin- breza do som, a atitude. contato com ele, mas, tura: essa é a moldura – nós vamos para NC Você acha que ele pensou que fora ou para dentro da moldura? você tinha uma técnica natural desde a infância, ouvia suas NC Você quer o fim das molduras? e queria deixar a flor crescer de gravações, e havia lá algo YYM Não. Temos que ter molduras para acordo com seu próprio tempo, incrivelmente forte. conseguir nos exprimir. Assim como o e que já percebia que você tinha concerto tem um fim. autocrítica? NC Como esta entrevista, YYM Ele queria se assegurar de que eu infelizmente! podia desenvolver uma forma boa, algo que eu YYM Sinto com muita força que vivemos em YYM Tem que acabar, mas, no fim do con- não tinha. Casals foi um grande exemplo. Tive uma sociedade que tenta medir tudo, e o que certo, você diz “eu não faço recepções, estou muito pouco contato com ele, mas, desde a in- é fabuloso nos Estados Unidos é uma atitude fora daqui”, ou se pergunta qual é o seu inves- fância, ouvia suas gravações, e havia lá algo in- de “dá para fazer”. Eu certamente senti isso timento naquele momento? É uma pergunta crivelmente forte: o único jeito de descrever o quando estava crescendo, e não acho que filosófica. Você tem que se sentir vivo, claro. jeito que ele tocava é que era quase escultural. poderia ter feito metade das coisas que fiz em Quais são as coisas que fazem as pessoas se sen- NC É algo que você pegou naquele outro país. tirem vivas? Criar coisas que são memoráveis momento, algo do que você continuou NC Acho que os Estados Unidos são de alguma forma. Acho que há casos, por ex- sempre se aproximando… assim. emplo, de veteranos de guerra que dizem que, YYM Não, porque na juventude, sabia que não YYM Você acha? mesmo a guerra sendo terrível, os momentos era porque eu achava que ele era perfeito que NC Dá para sentir essa coisa positiva. É em que as pessoas estão lidando com aquele eu conseguiria fazer aquilo, e só nos últimos dez como o céu, é como a paisagem; não há tipo de intensidade são os momentos mais anos consegui entender o conceito daquilo que fronteiras, você não está preso. vivos, porque se está muito perto do oposto ele estava fazendo. Durante muito tempo pen- YYM Estereótipos são perigosos, mas posso da vida. Em um sentido cultural, acho que se sei no conceito de Boulanger de uma peça de dizer isto como indivíduo: acho que as cultu- sentir vivo é estar imbuído de tanto significado música de um só fôlego; eu pensava nas linhas ras distintas da minha formação me fazem con- quanto for possível. que permitiam fazer a música ficar viva. Bem, sciente de certos paradoxos da vida. Quando Você quer ser rodeado de gente que tem um você tenta, e faz com que isso não acabe nunca. estávamos na França, prestes a mudar para tipo semelhante de energia, porque aí você Eu estava atrás da tensão harmônica, de forma os Estados Unidos, nossos amigos franceses sente que pode fazer diferença. Nós nos con- a nunca desisitir da linha, mesmo nos espaços diziam: “Por que vocês se vão? Este aqui é o centramos nas coisas que valem a pena ser e nos silêncios. E o conceito de fazer as coisas melhor país do mundo.” Meus pais diziam: transmitidas, porque nunca se sabe qual é a esculturais me escapava, embora conseguisse “China, a maior cultura, cultura antiga.” E eu conexão que você faz que chega mais longe. apreciá-lo em Casals. Isso levou muitos anos. olhava para eles e dizia: “Então por que esta- Não é o caso de controlar a reação, é mais o NC Como a sua técnica mudou? mos na França?” E nos Estados Unidos: esse é caso de dizer: aqui tem comunicação, faça com YYM Preocupo-me muito com garotos tocando “o melhor lugar”. Eu era criança, todo mundo ela o que quiser. em espaços grandes, porque a necessidade de dizia essas coisas e eu pensava: “Não é pos- NC Por isso é que você tem esse efeito fazer volume impede a habilidade de ouvir. Se sível que estejam todos certos!” Mas tem tanta dominó na geração seguinte... e na você está muscularmente tenso, musicalmente coisa que eu gosto em cada uma dessas manei- geração depois dessa. É verdade, é você acaba se impedindo de realmente ouvir a ras de ver o mundo, então por que tenho que contagioso! recepção do que está produzindo, ou daquilo escolher só uma delas? [Tradução: Irineu Franco Perpetuo]

68 Dezembro 2009 CONCERTO Entrevista A rainha das noites de ópera

Não são muitas as cantoras de ópera comparadas a Vivien Leigh. James Inverne descobre por que Diana Damrau foi projetada, de respeitada especialista em Mozart, a uma estrela reconhecida por sua explosiva presença de palco.

mbora ela já estivesse à beira do estrelato há alguns anos, marcado nosso encontro para o Museu eu cheguei tarde a Diana Damrau. Claro que conhecia da Casa de Händel, em Londres. Só E várias de suas gravações, incluindo o poderoso disco de na noite anterior à entrevista é que eu árias de Mozart, de 2008, para seu selo habitual, Virgin Clas- descobri que o que ia ser lançado era a sics, bem como o fi lme do Covent Garden de Die Zauberfl öte. ópera de Vivaldi sobre Hércules, Ercole Mas experimentar essa artista em disco é uma coisa; vê-la ao su’l Termodonte. “Que lugar interes- vivo é bem outra. E só quando tomei meu assento para um sante para um encontro!”, ela disse, concerto de aniversário da Virgin Classics, em Nice, cerca de chegando ao prédio da Brook Street. um ano atrás, é que, ao vê-la cantar uma ária de concerto, fui “Ah, bem, eu queria variar um realmente exposto à particular e inebriante mistura de deli- pouco”, respondi. “Estou louca para cadeza artística e entrega total que é a medida do autêntico conhecê-lo”, ela exultou. “E eu defi n- valor de estrela dessa soprano alemã de 38 anos. “Pode fi car itivamente quero chegar a Händel, com a sua Kate Royal”, sussurrou, entre risos, o crítico alemão ele tem tantos papéis maravil- que estava sentado perto de mim. “Essa aí é que é cantora de hosos!” Com isso começamos, verdade.” e saí do meu aperto... De fato, apesar de compartilharem um pouco do repertório E a tarde revelou-se fasci- natural – suas vozes essencialmente sedosas situam-nas fi rme- nante. Inspecionamos vários mente no que se poderia chamar de cânone de Mozart e Richard aposentos e, enquanto pas- Strauss –, Damrau e a muito elogiada (inclusive pela Gramo- seamos, pergunto se, tendo phone) soprano inglesa são cantoras muito diferentes. Onde a crescido na Alemanha, ela voz de Royal é cremosa, a de Damrau é transparente, embora ela tinha sido rodeada por esse a use com uma precisão tão exata que a voz se projeta não por tipo de história musical. cima da orquestra, mas através dela, chegando até nós com um “Na verdade, perto impulso letal, como uma estocada. de onde vivíamos, não”, É essa técnica que permite suas incursões pelo repertório ela responde, com certa italiano, e foi com Donizetti que chegou sua grande oportuni- melancolia. “Era uma dade, em 2008, quando Anna Netrebko teve que sair de uma cidade pequena e Lucia di Lammermoor na abertura da temporada do Metropoli- minha família não fa- tan Opera. A alemã voou até Nova York e embora – como ela já zia passeios culturais. vinha aparecendo nas grandes casas de ópera há anos – não ten- Mas agora eu vejo ha sido o caso de ir para lá como uma jovenzinha e voltar como tudo o que posso. Es- uma estrela, a oportunidade a incluiu de vez entre os grandes as- tive recentemente na tros. Comparando sua interpretação irascível à Blanche Dubois cidade em que Schu- de Vivian Leigh, o New York Times rendeu-se: “Foi a noite de mann viveu, e vi Damrau.” Agora, no que tangia aos norte-americanos, havia como era sua casa. pelo menos três grandes Lucias: Anna Netrebko, Natalie Des- Dava para imaginar say – e Diana Damrau. como ele viveu lá.” Depois daquele concerto em Nice, eu consegui vê-la Ela menciona um duas vezes no Covent Garden, e ambas eram comédias – projeto que gravou Adina, em L’elisir d’amore, de Donizetti, e a Gretel de Hump- recentemente, usan- erdinck. Elas não podiam estar mais distantes daquela feroz do os textos das cartas e aterrorizante Rainha da Noite que eu conhecia do fi lme da entre Robert e Clara Royal Opera e, contudo, uma era bem diferente da outra. Sua Schumann, e parece Adina era uma alma inquieta, mais descuidada e entediada do divertida e perplexa que presunçosa, que descobria maturidade e sentido com o quando digo a ela que amor. Já sua Gretel era uma garotinha, verossímil até o último Sting e sua mulher detalhe. acabaram de fazer algo A verdadeira Damrau eu descobri ser uma pessoa borbul- bastante parecido: “Eu não hante e irrefreavelmente entusiasmada. O que é uma sorte, já sabia disso. Talvez ele tenha que, pensando que ela tinha gravado o Hercules, de Händel, nos copiado!”, ela brinca. junto com seu último disco de árias de ópera – e querendo ofer- Quando descansamos em um ecer um contexto interessante para a nossa conversa – eu havia aposento lateral, ela tenta recordar JOSEF GALLAVER/VIRGIN IN CLASSICS JOSEF GALLAVER/VIRGIN

CONCERTO Dezembro 2009 69 Damrau como Adina na montagem de L‘elisir d‘amore do Covent Garden 2009

Um talento para a comédia: como Maria no conto de fadas de Humperdinck, encenação do Royal Opera House

70 Dezembro 2009 CONCERTO Entrevista

suas primeiras experiências com ópera. “Disseram-me que leva, e cabe às pessoas decidir se querem ir junto ou não. “Eu meu avô tocava a marcha do Toreador, da Carmen, quando jamais viraria minhas costas para a plateia, como fazia Miles íamos para cama, ou que às vezes ele tentava nos assustar Davis. Mas estou lá a maior parte do tempo para contar essas com Der Freischütz. Isso era tudo o que eu conhecia de histórias. O jazz é diferente. É mais como se você estivesse ou- ópera, e os pedacinhos que eu via na televisão não pareciam vindo uma conversa entre músicos e observando um processo interessantes. O vibrato era muito pesado, os cantores eram criativo. Isso pode fazer você se sentir um pouco excluído.” gordos e suavam, e eu passei a achar que ópera não era para Ela não se arriscou no jazz, mas seu repertório é amplo para mim. Até que, uma noite, em casa, quando meus pais saíram seu tipo de voz, indo de Mozart a Lorin Maazel (ela estava em para jantar, liguei a TV por acaso no comecinho do filme da sua pouco elogiada ópera 1984). Isso é em parte fruto de um Traviata, de Zeffirelli. Fiquei pregada na tela, chorando, e plano de carreira, em parte o feliz resultado de sua formação. depois disso entendi que aquela era a coisa mais bonita do “Antes de tudo, odeio ser rotulada: ‘essa é Damrau’. Estou mundo. Daí eu disse: “Meu Deus, espero ter um pouquinho neste planeta para estudar e crescer, e corro atrás de saber de talento para poder fazer isso.” coisas novas. Eu também tive sorte com minhas professoras O que não quer dizer que, quando ela começou a cantar, de canto. A primeira era da Romênia e, lá, a tradição do canto tivesse Violetta em mente. “Eu estava muito feliz simplesmente vem acima de tudo da Itália, do bel canto. A técnica do bel por ter uma voz! Tudo se resume aos compositores e a essas canto é a base para tudo. E minha segunda professora, Hanna grandes e lindas obras de arte, que contêm tudo. Você tem que Ludwig, era um mezzo-soprano dramático, que cantava Wag- honrar essa arte e tentar dar o melhor de si.” ner e Strauss, e me deu essa parte.” Sentimentos pouco habituais para uma prima donna, Isso posto, suas noites mais memoráveis na ópera foram e essa claramente não é uma artista que se aparta de seus em papéis italianos, talvez levando-a de volta às raízes do bel papéis. Para ela, atuar é uma parte integral do processo, e canto. “A Lucia no Met foi inesquecível. Quando substituí os maiores desafios para Damrau não são necessariamente a Anna, não tive tempo para me preparar e estava em com- os grandes papéis trágicos que esperaríamos – pelo menos, pleta concentração, alegria e felicidade. Outra noite mágica não são esses que ela cita. “É maravilhoso fazer personagens foi Rigoletto, na Staatsoper de Berlim, com Leo Nucci e Ro- que mudam, como Adina no Elisir. Ela realmente cresce, e se lando Villazón. Tive dois dias para ensaiar, e nós três nos en- torna uma mulher.” tendemos tão bem que começamos a dirigir nossos ensaios. “Contudo, de um jeito diferente, o maior desafio para Havia vibrações impressionantes vindas do público naquela mim acontece quando há algo que não está na minha person- produção.” alidade, o que me leva a grandes descobertas. Por exemplo, E aí vem o padrão de comparação para qualquer cantor: Konstanze, em Die Entführung aus dem Serail, de Mozart. “Mozart. O indicador da voz, da técnica e de quem você é Adoro me mexer muito, como atriz e, então, quando tenho como artista. Não é fácil ocultar as coisas em Mozart; todos que fazer esse tipo de personagem mais calma eu realmente conseguem ouvir tudo o que está acontecendo – é o mais puro tenho que me segurar! Tinha dificuldades com isso, até que canto.” Ela desistiu da Rainha da Noite, mas não por não ter Christof Loy, que dirigiu minha primeira Konstanze, me mais as notas. “Eu amo essa personagem e já fiz 17 produções. mostrou como encontrar a calma interior, e agora essa per- Mas eu não consigo fazê-la e estudar outros papéis. Ela é tão sonagem me fornece alguns de meus momentos favoritos na exigente que é perigoso testar e preparar qualquer outra coisa ópera.” Ela faz uma pausa e acrescenta, reflexiva: “É uma enquanto se está ensaiando e interpretando Die Zauberflöte. profissão muito interessante, porque às vezes você tem que se É possível comprar outro violino, mas não se pode comprar virar do avesso, ou até encolher.” outra voz.” Uma luta para ficar quieta e em silêncio? Poucas pessoas Então, rumo a novos territórios. O novo disco de árias é pensariam nessas qualidades como coisas tão ativas. “Por isso é uma afirmação de seu repertório atual, vagando da Alemanha que eu gosto tanto da canção (Lied)”, ela responde. “Na canção, para a França, para a Inglaterra, para a Itália (ela está especial- você tem que ir diretamente à essência da poesia, da vida. Em- mente feliz por ter gravado as duas árias de Oscar, de Un ballo bora de certa maneira seja uma forma minimalista, há uma outra in maschera, de Verdi – “árias tão maravilhosas, tão vivas, que maneira de encará-la: na nossa conversação cotidiana, usamos ninguém nunca grava!”). Daí vem o Ercole (Hércules), opa, de muitas palavras, mas empregamos apenas uma pequena parte Vivaldi. “Eu nunca tinha ouvido antes. E pegar uma obra que da riqueza de nossas línguas. Nas canções destacamos as pala- ninguém conhece faz aflorar o que há de melhor no processo vras mais poderosas, os sentimentos mais belos.” de gravação. Ainda mais do que de costume, todos, inclusive Para alguém que é melhor conhecido pela ópera, ela cu- cada músico da orquestra, ficam se ouvindo e querendo fazer riosamente parece ser pessoalmente mais tocada pela canção, o melhor. Todas as antenas estavam ligadas.” Outra coisa que é e mais ainda pela música sacra. “Lá”, diz, “a personalidade do peculiar a algumas gravações: Villazón deveria ter sido o tenor, cantor e qualquer sentimento de desempenhar um papel estão mas, como ele ficou doente, Damrau ainda não sabe quem vai completamente excluídos; só existem a música e Deus.” ser seu Hércules quando a gravação sair! Ela fala da música sacra como um mundo rarefeito para o Depois disso, haverá ainda uma nova ópera, baseada em cantor. O que me leva a sugerir aquele clichê do jazz moderno: The harlot’s progress, de Hogarth, com música de Iain Bell e quando os músicos se jogam na interpretação, é difícil para o libreto de Peter Ackroyd. E no futuro? “Traviata, e talvez eu público segui-los, pelo menos no mesmo grau de intensidade pudesse fazer Simon Boccanegra. Wagner, talvez...”, ela sus- do intérprete, porque o artista está tão dentro de seu próprio pira: “Adoraria fazer Isolda.” mundo musical que a plateia acaba ficando distante. Haveria o Isso parece pesado para uma voz relativamente ligeira, mas, mesmo risco na música sacra? com a técnica de Damrau, eu não descartaria nada. Na saída, ela “Não”, ela responde, com firmeza, “pois cabe ao ouvinte para para comprar cartões postais de Händel. Talvez meu plano ver o que a música está dizendo e decidir se pode ou quer tenha servido para alguma coisa. Quem sabe veremos Damrau segui-la”. Em outras palavras, ela vai para onde a música a como Semele? [Tradução: Irineu Franco Perpetuo] JOHAM/PERSSON, BILL COOPER/ROYAL OPERA HOUSE BILL COOPER/ROYAL JOHAM/PERSSON,

CONCERTO Dezembro 2009 71�� GIOVANNI ANTONIO PANDOLFI CHOPIN – Godowsky Études JAN SWEELINCK JOHANN SEBASTIAN BACH Complete Violin Sonatas Boris Berezovsky Psaumes Français & Keyboard Concertos Andrew Manze / Richard Egarr Lançamento Warner Classics. Canciones Sacrae Güher and Süher Pekinel Lançamento Harmonia Mundi. Nacional. R$ 42,60 Cappella Amsterdam Lançamento Warner Classics. Importado. R$ 70,50 Pianista virtuose e compositor, Daniel Reuss Nacional. R$ 42,60 Sabe-se tão pouco de Giovanni Leopold Godowsky (1870-1938) Lançamento Harmonia Mundi. Gêmeas idênticas, as irmãs turcas Antonio Pandolfi Mealli que nasceu na Polônia e mais tarde Importado. R$ 78,80 Güher e Süher Pekinel desen- alguns podem pensar que ele é emigrou para os Estados Unidos, Fundado em 1970, o coro de volvem há décadas um trabalho na verdade a invenção de algum onde se naturalizou. Sua carreira câmara Cappella Amsterdam como duo pianístico de reputação musicólogo farsante. Sua existên- de concertista o levou a vários desenvolveu ao longo dos anos internacional. Tendo se iniciado cia é confirmada apenas por um países do mundo, e seu trabalho um amplo repertório que cobre da no piano com a mãe, elas deram documento que o cita como uma autoral é composto sobretudo por música antiga à contemporânea, seu primeiro concerto público das pessoas da corte dos Habs- transcrições ou obras inspiradas tendo ainda o compromisso de aos seis anos de idade, mais tarde burgos em Innsbruck em 1660. em outras, como as Metamor- divulgar a música holandesa com- estudando em Paris, Frankfurt e Infelizmente não existem notícias foses sinfônicas sobre temas de posta hoje em dia. Daniel Reuss, no Curtis Institute of Music, na de jornal, cartas, manuscritos ou Johann Strauss Jr. e transcrições que assumiu a direção do grupo em Filadélfia, com o lendário Rudolf biografia que nos forneçam maio- para piano de obras de Bach e 1990, fez com que ele se tornasse Serkin. Em seguida completaram res informações. Da mesma forma, Schubert. Nessa linha encontram- uma formação profissional das mais o mestrado na Juilliard School, sob apenas uma parte de sua música se seus 53 estudos, baseados nos prestigiadas em seu país. Neste orientação de Claudio Arrau e Leon chegou até nós. Trata-se de dois estudos de Chopin. São obras de belo disco, a experiência do grupo Fleisher. Atualmente, desfrutam de volumes (opus 3 e 4) de sonatas extrema complexidade técnica, Cappella Amsterdam é colocada a uma carreira internacional que as virtuosísticas para violino publica- muitas vezes superando os estu- serviço de obras de Jan Pieterszoon leva para grandes salas de concerto das em 1660, cada uma delas (à dos originais. Por esse motivo não Sweelinck (1562-1621), composi- de todo o mundo. Neste disco as exceção de uma única) dedicada a são peças frequentemente ouvidas tor, pedagogo e organista holandês irmãs registram os concertos para um dos músicos da corte em que nas salas de concerto e menos que também construía seu instru- dois teclados de Bach BWV 1060, trabalhava. As obras (um total de ainda gravadas. O premiado pia- mento. Um dos maiores compo- 1061 e 1062, além do Concerto 12) foram encontradas em um nista russo Boris Berezovsky, no sitores de música para teclado na para três teclados BWV 1063, museu em Bologna, na Itália. Para entanto, encarou a tarefa hercúlea Europa entre o final da Renascença acompanhadas pela Zürcher o excepcional violinista e pesqui- e gravou ao vivo 11 dessas obras e o início do Barroco, Sweelink Kammerorchester, sob a direção sador musical Andrew Manze, (bem como outras duas trans- desfrutava de reputação internacio- de Howard Griffiths. Bach é um intérprete do CD, a importância crições de Godowsky), em uma nal, sendo conhecido como “Orfeu dos compositores mais executados das obras não é apenas histórica, impressionante demonstração de Amsterdã”. Entre suas mais pelo duo, e foi também tema de um mas também musical. “Sob diver- de domínio técnico. Deixando a significativas contribuições à polifo- projeto que as irmãs Pekinel des- sos aspectos, elas são admiráveis, experiência ainda mais interessan- nia franco-flamenga encontram-se envolveram ao lado do músico de particularmente por seu modo de te, executou, antes de quase todas as obras aqui registradas: tanto os jazz Jacques Loussier e de seu trio. explorar a mais simples das ideias elas, o estudo original de Chopin, salmos escritos em língua francesa Outro importante projeto patrocina- e dela tirar atmosferas originais e fornecendo ao ouvinte ferra- (Du fonds de ma pensee, A Dieu do pelas artistas é um departamento características”, afirma Manze, mentas para melhor perceber as ma voix j’ai haussee etc.) quanto as de música em Istambul, que tem o que é aqui acompanhado ao cravo diferenças entre a versão original “canções sacras” em latim, dentre intuito de desenvolver o talento de por Richard Egarr. e a recriação de Godowsky. as quais destaca-se o Magnificat. jovens músicos de seu país.

SACRIFICIUM Il Giardino Armonico, junta-se a eles novamente, desta Cecilia Bartoli / Il Giardino Armonico vez com uma temática que sempre gera curiosidade e Giovanni Antonini assombro. Os castrati, cujas vozes de soprano ou contralto Lançamento Universal. Nacional. R$ 37,70 apoiadas em pulmões masculinos eram poderosas, ágeis Cada trabalho novo da mezzosoprano Cecilia Bartoli é e penetrantes, foram usados durante mais de 300 anos aguardado ansiosamente e mais uma vez ela cumpre am- e ocuparam uma posição predominante na ópera dos plamente as expectativas. Dona de uma voz inconfundível séculos XVII e XVIII. Cecilia desvenda esse extraordinário e de uma técnica absolutamente depurada, ela destaca-se repertório, cantando algumas das peças mais virtuosísticas também pelos seus repertórios inteligentes e diferenciados, escritas para a voz humana, em 12 obras (11 inéditas) de sendo este disco – como ela mesma define – talvez a música autores como Nicola Porpora, Antonio Caldara, Francesco mais difícil que ela já gravou. Após o sucesso do álbum dedi- Araia, Carl Graun, Leonardo Leo e Leonardo Vinci (todos cado à música de Vivaldi com o excelente conjunto italiano do século XVIII).

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TCHAIKOVSKY – Balés Romantismo do século XIX; e A bela adormecida faz uso Lançamento Opus Arte / Movieplay. Nacional. DVD região 0. da estrutura mais sinfônica de todos eles. R$ 72,50 cada Apresentamos aqui os três, cada um em um DVD, em O compositor russo Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893) exuberantes versões. foi, após Léo Delibes, o maior inovador da música de balé. DVD 1 O quebra-nozes. Com , Covent Ela deixou de ser apenas uma sequência de melodias boni- Garden. Produção de 1996. tas, mas sem nexo, para ser organizada como uma sinfonia DVD 2 O lago dos cisnes. Coreografi a de Rudolf ou ópera, sublinhando o desenvolvimento emocional da Nureyev, com o Balé da Ópera de Paris, em gravação ao história. Tchaikovsky compôs três dos mais famosos e vivo da Ópera da Bastilha, Paris, 2005. interpretados balés da história: O quebra-nozes é um conto DVD 3 A bela adormecida. Coreografi a de Marius Peti- de fadas, muito semelhante ao estilo de Delibes; pa em versão do Balé Nacional da Holanda, em gravação O lago dos cisnes ambienta-se no mundo característico do ao vivo de 2003. DVD duplo. R$ 79,70

HÄNSEL UND GRETEL SINFONIAS NºS 1 A 9 A FLAUTA MÁGICA A CRIAÇÃO Engelbert Humperdinck Ludwig Van Beethoven Wolfgang Amadeus Mozart Franz Joseph Haydn Lançamento Decca. 108 minutos. Filarmônica de Berlim Lançamento Opus Arte. 163 minutos. Österreichisch-Ungarische Importado. Legendas em inglês, Claudio Abbado Nacional. Legendas em inglês, francês Haydn-Philharmonie francês, alemão e espanhol. Lançamento Euroarts. Nacional. Le- e espanhol. DVD região 0. R$ 72,50 Adam Fischer DVD região 0. R$ 71,20 gendas em inglês, francês e espanhol. Filmado na Ópera Real do Covent Lançamento Euroarts. Nacional. Uma das mais famosas óperas DVD região 0. R$ 56,20 cada, Garden em janeiro de 2003, esta Legendas em inglês, francês e espa- escritas a partir de contos de fada, R$ 212,00 a integral montagem de A fl auta mágica é nhol. DVD região 0. R$ 56,20 Hänsel und Gretel (João e Maria ) Quatro DVDs formam essa encabeçada por Sir Colin Davis, Franz Joseph Haydn (1732- é apresentada aqui em uma nova integral das nove sinfonias de intérprete de Mozart de fama 1809) foi um dos mais importantes versão concebida pelo celebrado Beethoven, uma das obras-primas internacional. Ele rege a Orques- compositores do período clássi- diretor francês Laurent Pelly. da história da música. A presente tra e o Coral da Ópera Real co. Ele personifi ca o chamado A montagem foi levada ao palco gravação ocorreu em fevereiro de e conduz um brilhante elenco Classicismo Vienense ao lado de da Glyndebourne Opera House 2001, na Accademia Nazionale que tem entre seus principais Mozart e Beethoven. Além disso é (Inglaterra) em 2008, durante di Santa Cecilia, com o maestro solistas Will Hartmann (Tamino), considerado um dos autores mais o tradicional festival produzido Claudio Abbado à frente da Filar- Dorothea Röschmann (Pamina), importantes e infl uentes da história anualmente no local desde 1934. mônica de Berlim. Abbado, nasci- Diana Damrau (Rainha da Noi- da música erudita ocidental, com Nesta versão moderna da trama, do na Itália em 1933, certamente te), Franz-Josep Selig (Sarastro), uma carreira que cobriu desde o a jornada dos irmãos João e Maria um dos mais importantes maestros Simon Keenlyside (Papageno) e fi m do Barroco aos inícios do incorpora elementos contempo- em atividade, iniciou sua carreira Ailish Tynan (Papagena). “Sing- Romantismo. Haydn é ao mesmo râneos e inusitados, e resulta em em 1960 no Teatro alla Scala de spiel” escrito em dois atos com tempo ponte e motor que permiti- uma leitura poética e imaginativa. Milão. Como sucessor de Herbert libreto de Emanuel Schikaneder, ram a que esta evolução ocorresse. A obra, escrita em 1883, garantiu von Karajan, assumiu a poderosa A fl auta mágica foi a última ópera A criação (Die Schöpfung) é um a Engelbert Humperdinck um lu- Filarmônica de Berlim, sendo seu encenada de Mozart, e trata do oratório dividido em três partes, gar defi nitivo na história da ópera. regente titular de 1989 a 2002. mundo da maçonaria, abordando escrito em 1797. Seu texto, com Um dos segredos de seu sucesso Foi nesse período que registrou suas crenças e rituais. Na história versões em alemão e inglês, é reside na linguagem ao mesmo a presente integral das sinfonias há dois casais: Papageno-Papage- baseado no livro do Gênesis e no tempo refi nada e acessível aos de Beethoven. Em performances na, simbolizando o lado comum poema “O paraíso perdido”, de ouvintes. Nesta performance os notáveis, o trabalho traz as marcas da humanidade, e Tamino- John Milton. Datada de 1798, é solistas são Jennifer Holloway, características do maestro, sendo Pamina, simbolizando o iniciado. a sua maior obra vocal, de grande Adriana Kucerová, Irmgard mais um marco na sua excepcio- O contexto é a luta entre a Rainha complexidade emotiva e densa Vilsmaier e Klaus Kuttler, nal carreira. da Noite, que ambiciona o poder, escrita coral, e que ganha nesta entre outros, acompanhados DVD 1 Sinfonias nº 6 (Pasto- e Sarastro, o grande sacerdote que versão regida pelo maestro húngaro pela Orquestra Filarmônica ral), nº 1 e nº 8. só pratica o bem. Algumas de suas Adam Fischer uma ótima leitura. de Londres, sob regência de DVD 2 Sinfonias nº 2 e nº 5. árias tornaram-se muito conheci- Acompanha o Wiener Kammer- Kazushi Ono. Entre os bônus do DVD 3 Sinfonias nº 9 (Coral) das, como o dueto de Papageno e chor, junto aos excelentes solistas DVD estão a sinopse da obra e um e nº 3 (Eroica). Papagena e as duas árias da Rainha Annete Dasch, Christoph Strehl documentário da montagem. DVD 4 Sinfonias nº 4 e nº 7. da Noite. e Thomas Quasthoff.

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LAS ENSALADAS L’ECRIT DU CRI BRUCH / BRAHMS STILLE NACHT... Praga 1581 Renaissance & 19th to 21th Violin Concertos German Carols La Colombina Century Songs Sarah Chang Rias Kammerchor Lançamento K 617. Importado. Ensemble Clément Janequin Lançamento EMI Classics. Nacional. Lançamento Harmonia Mundi. R$ 78,50 Dominique Visse R$ 30,30 Importado. R$ 66,50 Autêntico pot-pourri de canções Lançamento Harmonia Mundi. Sarah Chang é uma das mais im- De todas as festividades religiosas, em diversas línguas e seguindo Importado. R$ 78,80 portantes violinistas da atualidade. o Natal é certamente aquela que o mote “docere et delectare” O Ensemble Clément Janequin De ascendência coreana, nasceu mais inspirou compositores. (instruir deleitando), as famosas já explorou por diversas vezes na Filadélfia e iniciou os estudos O presente programa apresenta “Ensaladas” constituem um gêne- o tema do “grito”, canções da de violino aos quatro anos. Aos um bonito panorama de obras ro à parte na literatura e na música Renascença feitas a partir de um oito foi ouvida por Zubin Mehta natalinas do século XIX a começos hispânica do século XVI. Escritas vasto repertório onomatopaico e Riccardo Muti, o que a levou a do século XX, incluindo compo- para quatro ou cinco vozes, eram e que se remetem ao trabalho estrear, pouco tempo depois, com sições originais escritas para essa destinadas ao entretenimento dos mercadores que anunciavam a Filarmônica de Nova York e a data, bem como transcrições a dos cortesãos nos palácios, e seus produtos pelas ruas. Agora o Orquestra da Filadélfia. Colecio- várias vozes de temas populares a origem de seu nome vem da grupo retorna ao tema expandindo na alguns dos mais prestigiados alemães. Temos aqui, em um total mistura de línguas empregadas, ou consideravelmente seus “gritos”, prêmios de sua área, como Avery de 23 peças, uma representativa seja da “salada”. O gênero – que seja geografica ou temporalmente, Fischer (1999) e Jovem Artista seleção da escrita coral romântica atravessou todo o século XVI – abordando também canções dos do Ano da Revista Gramophone. que inclui obras mais simples, aproxima-se da fricassée francesa e séculos XIX e XXI. O resultado é Em 2004, Sarah Chang tornou-se assim como sofisticados motetos, da comedia madrigalesca italiana. um excelente e bem-humorado a mais jovem artista a receber o de autores como Max Reger, Ensaladas dos compositores disco em que o Ensemble, além de prêmio do Hollywood Bowl Hall Mendelssohn, Albert Becker, espanhóis Mateu Fletxa (1481- demonstrar sua já conhecida com- of Fame. Hoje, com 29 anos, a Robert Fuches e Franz Gruber 1553), Bartolomeu Cárceres (séc. petência e sofisticação, surpreende artista desenvolve intensa carreira (como não podia faltar, com Noite XVI) e Pere Alberch Vila (1517- pela desconcertante facilidade internacional, colaborando com de paz, noite de amor – o Stille 1582) são interpretadas aqui de com que aborda uma canção de grandes maestros e orquestras Nacht do título). A impecável forma convincente pelo conjunto compositor anônimo do século – como é o caso deste seu novo interpretação fica a cargo doCoro La Colombina, formado por XVI ou de Claude Ledoux, com- disco, em que sola ao lado da de Câmara da Rias (Rádio de Raquel Andueza (soprano), José positor francês nascido em 1960. Filarmônica de Dresden, sob Berlim), criado em 1948 e que em Hernández Pastor (contralto), Também estão no disco canções regência de . Após seus mais de 60 anos de existência Josep Benet (tenor) e Josep de Janequin, Édouard Deransart, algum tempo trabalhando com alcançou um reconhecido grau de Cabré (barítono). El bon jorn e La Vincent Bouchot, Alfred Lebeau o maestro alemão, Chang sentiu excelência graças a suas impecá- lucha (Vila), El fuego e La bomba e Jean Servin, entre outros. O que estava pronta para registrar veis interpretações e repertório (Fletxa) e La trulla (Cárceres), Ensemble Clément Janequin duas obras fundamentais do diferenciado. Nesta gravação, a presentes no disco, foram todas foi criado em 1978 em Paris e repertório de seu instrumento: o regência cabe a Uwe Gronostay, ensaladas populares em sua época dedica-se principalmente à música Concerto para violino de Brahms seu maestro de 1972 a 1986, que e que acabam com uma máxima religiosa e secular da Renascença. e o Concerto nº 1 de Max Bruch. emplacou um elevado nível de em latim, espécie de “moral da Com aplaudido sucesso, é dirigido Mais uma vez, Chang demonstra qualidade artística. Acompanha história”, em forma de um curto pelo contratenor Dominique impressionante domínio técnico e um detalhado encarte, com as moteto. Visse. sonoridade exuberante. letras em alemão, inglês e francês.

BERNSTEIN MASS Baltimore Symphony Orchestra / Marin Alsop Lançamento Naxos. 2 CDs. Nacional. R$ 31,80 Quando Leonard Bernstein foi convidado por Jacqueline e dançarinos”. Com estreia em 8 de setembro de 1971, Kennedy para compor a obra de inauguração do Centro é um trabalho impressionante e visionário, com um John F. Kennedy de Artes Performáticas em Washington, caleidoscópio de estilos musicais que tocam em temas de ele declarou: “Sempre quis compor um serviço religioso, protesto político, crise existencial e reencontro da fé. Esta qualquer que fosse, e brinquei com peças ecumênicas gravação foi feita no Joseph Meyerhoff Symphony Hall, que combinassem elementos de várias religiões e seitas. em Baltimore, em outubro de 2008, com a Orquestra A Missa, por si só, é também um evento extremamente Sinfônica de Baltimore sob regência de Marin Alsop. dramático – parece uma peça de teatro.” De fato, a obra Escolhido “CD do mês” pela revista Gramophone, trata-se recebeu o subtítulo “Peça de teatro para cantores, atores de uma excelente versão.

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VILLA-LOBOS E O VIOLONCELO valor dentro da produção villalobiana: a Deuxième Série Música Brasileira vol. 11 sonata, para violoncelo e piano; as Bachianas brasileiras Lançamento Estúdio GLB. 2 CDs. Nacional. R$ 37,60 nº 1, para orquestra de violoncelos; os Choros bis para Com dez anos de atuação, o Estúdio GLB, dirigido pelos violino e violoncelo; Assobio a jato, para flauta e músicos Antonio Guerra Vicente e Ludmila Vinecka, tem violoncelo; e o Trio de cordas (violino, viola e violonce- lançado regularmente títulos que visam como objetivo lo) que, por sua complexidade musical e dificuldade de resgatar e divulgar a música brasileira, por meio de CDs execução, raramente é tocado e gravado. A tarefa e edição de partituras. Para comemorar esse primeiro de registrar essas importantes obras ficou a cargo decênio de atividades, o GLB produziu um álbum duplo dos experientes músicos Ludmila Vinecka (violino), dedicado a Villa-Lobos e seu primeiro instrumento, o Glêsse Collet (viola), Luciana Morato (flauta), violoncelo. Foi escolhido um repertório que inclui obras Francisca Aquino (piano) e Antonio Guerra Vicente menos conhecidas do grande público, mas de relevante (violoncelo).

QUINTETO PERSCH MULHERES COMPOSITORAS HARMONIEMUSIK LUCIANA HAMOND INTERPRETA Lançamento independente. Nacional. Paola Tarditi e Sylvia Maltese Mozart / Krommer / VILLANI-CÔRTES R$ 30,00 Lançamento independente. Nacional. Ferraz Prelúdios, Interlúdios e Instrumento tradicional no Rio R$ 42,80 Lançamento independente. Nacional. Canções para piano solo Grande do Sul, o acordeão é o Divulgar a obra de mulheres R$ 17,10 Lançamento independente. Nacional. elemento central do Quinteto compositoras por meio dos mais O termo Harmoniemusik foi usado R$ 27,00 Persch, formado pelos acordeo- variados gêneros musicais é o desde 1750 para designar um Neste bonito disco, a pianista Lu- nistas Adriano Persch, André objetivo deste álbum. Une-se a conjunto de sopros, desde um par ciana Hamond interpreta 25 peças Machado, Daniel Castilhos, essa ideia a intenção de participar de instrumentos (normalmente do compositor Edmundo Villani- Luciano Rhoden e Fernando das comemorações do Ano da trompas ou clarinetes) até os 13 Côrtes. Este primeiro CD dedicado Santos. O grupo iniciou suas ativi- França no Brasil: assim, o disco requeridos por Mozart para sua às obras para piano solo de Villani dades em 1999 em Porto Alegre, inclui obras de compositoras famosa Serenata K 361. Criado em marca também a estreia da intérpre- com o objetivo de difundir o ins- brasileiras e francesas. Autoras de 2003 por músicos ligados à USP e a te carioca no mercado fonográfico. trumento por meio da prática da diversas épocas e estilos são abor- importantes orquestras brasileiras, Luciana teve seu primeiro contato música de câmara, demonstrando dadas ao piano solo ou em duo de o grupo Harmoniemusik – for- com o piano aos três anos de idade, sua versatilidade e possibilidades piano pela brasileira Sylvia mado por Monica Lucas, Luciano e aos nove ingressou na Escola de utilização em um repertório Maltese e a italiana Paola Pereira (clarinetes), Michael Al- de Música da UFRJ. Graduou-se erudito. Além de peças originais Tarditi. Entre as compositoras pert, Flavio Faria (trompas lisas), pela Unirio sob orientação de Ruth para o instrumento, o Quinteto brasileiras destacam-se Chiquinha Luis Antonio Ramoska e Mariana Serrão, e a obra de Villani-Côrtes Persch realiza adaptações de Gonzaga (Tambiquerê), Branca Bergsten (fagotes) – dedica-se foi o tema de sua dissertação de outras formações, bem como Bilhar (Allegro de concerto), justamente à pesquisa e interpre- mestrado. As peças escolhidas pela possui composições próprias. Dinorá de Carvalho (Sertaneja), tação do repertório para sextetos intérprete são representativas do Neste disco o destaque são peças Adelaide Pereira da Silva (Valsa de sopros do Classicismo e do estilo do compositor, que transita clássicas e bastante conhecidas, choro nº 5) e Kilza Setti (Multi- início do Romantismo. O conjunto entre o clássico e o popular, com em arranjo do próprio grupo para sarabanda). Lili Boulanger (D’un propõe um intercâmbio entre a elementos da música impressio- cinco acordeões. O curioso e às jardin clair), Mel Bonis (Mélisan- liguagem pós-moderna e a antiga, nista, do repertório romântico, vezes inusitado resultado pode de) e Marie Trautmann Jaël (Voix utilizando réplicas de instrumentos do jazz e dos gêneros brasileiros. ser conferido na Dança do sabre, du printemps) são algumas das de época e propondo assim uma Assim, estão presentes as primeiras de Aram Khatchaturian; Il signor francesas selecionadas. leitura historicamente orientada de peças escritas por ele, os Prelúdios Bruschino, de Rossini; Concerto Constituído em 2001, o Duo obras de compositores consagrados nºs 1 a 9, compostos entre 1949 e grosso op. 3 nº 8, de Vivaldi, e Tarditi-Maltese tem se apresenta- (Mozart, nessa gravação com a 1957 e que tinham a finalidade de na abertura das Bodas de Fígaro, do a quatro mãos em concertos, Serenata K 375 e com um arranjo desenvolver sua técnica pianísti- de Mozart. Completam o disco cursos, festivais e gravações na de Johann Stumpf sobre temas de ca. Os Cinco interlúdios foram Primavera porteña, Libertango Itália e no Brasil, divulgando prin- A flauta mágica), tocando peças de criados para o espetáculo “À moda e Calambre do argentino Astor cipalmente obras de compositores autores menos conhecidos (Franz brasileira”, que estreou no Teatro Piazzolla, além do Mini concerto brasileiros e italianos. Krommer, aqui com a bonita Partita Municipal de São Paulo em 1999. grosso de Claudio Santoro. Todos Em São Paulo, o recital de lança- em mi bemol maior) e de com- Já as canções, como Rua Aurora e os integrantes são músicos atuan- mento do disco acontece no dia positores contemporâneos (Sílvio Canção de Carolina, foram escritas tes e professores do instrumento 3 de dezembro, veja no Roteiro Ferraz, autor de Elegia fragmento, originalmente para voz e piano e em seu estado natal. Musical. de 2006). transcritas pelo próprio compositor.

74 Dezembro 2009 CONCERTO Compre pelo telefone (11) 5535-5518 ou www.lojaclassicos.com.br SINFONIA FANTÁSTICA: VIDA E OBRA DE HECTOR BERLIOZ O CANTOR DA FINLÂNDIA: VIDA E OBRA DE JEAN SIBELIUS Lauro Machado Coelho Lauro Machado Coelho Lançamento Algol Editora. 576 páginas. R$ 60,00 Lançamento Algol Editora. 278 páginas. R$ 55,00 Três anos apenas após a morte de Beethoven, O quarto volume da série de biografi as de estreava em Paris, no ano de 1830, a Sinfo- compositores do jornalista Lauro Machado nia fantástica, primeira obra do gênero de Coelho é dedicado a Sibelius. Jean Sibelius Hector Berlioz (espécie de sinfonia programá- não foi apenas o músico nacionalista que, tica) e que signifi cou uma verdadeira revolu- para seus poemas sinfônicos, procurou inspi- ção para a história da música. Considerada ração nas narrativas mitológicas recolhidas anárquica e anticonvencional, a música de no Kalevala, coletânea de poemas épicos. Ele Berlioz teve difi culdade em ser aceita na pró- foi também um dos maiores sinfonistas do sé- pria França. Este livro do crítico e jornalista culo XX que, mantendo total independência Lauro Machado Coelho mostra como – tanto em relação às correntes de vanguarda com na vida quanto na arte – o artista se recusou as quais conviveu, formou uma linguagem a submeter-se a outra coisa senão a si próprio: própria e inconfundível e, em suas sete obras, desde a opção de tornar-se músico, contrariando a vontade do renovou os esquemas do gênero. O cantor da Finlândia traça pai de que fosse médico, até a construção de uma obra que é também o retrato do homem extremamente dedicado à família, de constante e agressiva originalidade. Músico genial, crítico mas que sempre foi incorrigivelmente perdulário e viveu endivi- exigente, ensaísta inspirado e dono de uma prosa ironicamente dado, além de ter sérios problemas com o alcoolismo. E mostra elegante, Berlioz foi o típico artista romântico polivalente, aber- como, ao lado disso, Sibelius foi um compositor extremamente to a todas as experiências do espírito. Foi ainda um ser humano exigente consigo mesmo, que praticamente não compôs mais intransigentemente apaixonado, cuja vida refl ete claramente depois de 1927, a data de Tapiola, seu último grande poema a riqueza de aspectos de uma das fases mais fascinantes da sinfônico. Trata-se do primeiro livro escrito sobre o compositor história da arte europeia. em português.

AS VIRGENS DE VIVALDI VASCO MARIZ / VICENTE SALLES / RONALDO MIRANDA Barbara Quick Catálogos da Academia Brasileira de Música Lançamento Bertrand Brasil. 352 páginas. R$ 41,00 Lançamento ABM. R$ 25,00 cada Este elogiado romance, lançado em 2007 nos A Academia Brasileira de Música dá conti- Estados Unidos, ambienta-se na Veneza do nuidade ao lançamento de catálogos de obras século XVIII e relaciona a herança musical de de alguns de seus acadêmicos com novos Vivaldi com a história envolvente de uma jovem volumes dedicados a Ronaldo Miranda, à beira da maturidade. O enredo foi construído Vicente Salles e Vasco Mariz. Se os catálogos mesclando pesquisa e imaginação. Durante a anteriores foram voltados exclusivamente a reforma do orfanato Pietà, como parte da pro- compositores, temos agora contemplados dois gramação do terceiro centenário de nascimento dentre os mais ativos e longevos pesquisadores de Vivaldi (em 1978), foi descoberta uma brasileiros: Vasco Mariz, autor prolífi co que vultosa coleção de documentos relativos aos tem dezenas de livros publicados – incluindo órfãos que lá viveram. O arquivo há muito era sua popular História da música no Brasil, já na dado como destruído. É com base nessa documentação, bem sétima edição – e incontáveis artigos, e Vicente como em fragmentos de conversa entre personagens registrados Salles, outro incansável musicólogo conhecido sobretudo por suas por historiadores e memorialistas, que a autora estrutura sua pesquisas sobre a música do Pará. Cada um deles foi responsável narrativa. As virgens de Vivaldi desenrola-se por intermédio do pela organização de seu catálogo, que inclui livros e artigos publica- olhar de Anna Maria dal Violin, vinda da elite e enclausurada dos, obras literárias, edição de partituras e conferências proferidas, no abrigo de crianças abandonadas no qual Vivaldi é mestre e entre outras informações. Já o catálogo de Ronaldo Miranda, compositor. Abandonada na Pietà quando bebê, com 14 anos de organizado por Elizete Higino, traz uma biografi a do compositor idade ela está decidida a descobrir quem é e de onde veio. Sua além da relação de suas obras subdivididas em música de câmara, investigação leva-a para fora dos muros do claustro, ao interior sinfônica, ópera etc., e anexos com a listagem de textos e arranjos da trama complexa da sociedade veneziana. publicados. Todas as obras são bilíngues (português e inglês).

VILLA-LOBOS do início do século XX, as viagens de Villa pelo Brasil, O florescimento da música brasileira seu contato com grandes músicos, sua participação na Manuel Negwer Semana de Arte Moderna, suas passagens por Paris e seu Lançamento Martins Fontes. 320 páginas. R$ 44,90 envolvimento com o governo de Getúlio Vargas, entre Estudioso da obra de Villa-Lobos, Manuel Negwer outros temas. Além de reunir várias pesquisas e de enfati- nasceu em Berlim em 1952 e passou a infância na Ar- zar as relações da música de Villa-Lobos com a de outros gentina e em Angola. Estudou musicologia e romanística grandes mestres da música, o autor mostra as tradições na Alemanha, doutorando-se em 1982. Paralelamente, nacionais que infl uenciaram a vida e a obra do compo- estudou violão, atuando como músico e compositor. sitor. Porém, é importante notar que Negwer assume Neste livro, ele reconta a vida e analisa algumas obras de também uma postura crítica e questionadora diante de Villa-Lobos, além de situar o leitor no contexto político uma série de conceitos, fazendo de sua obra um convite e cultural da época. Assim, revisitamos o Rio de Janeiro à refl exão sobre a música brasileira.

Compre pelo telefone (11) 5535-5518 ou www.lojaclassicos.com.br CONCERTO Dezembro 2009 75 MÚSICA SECRETA a pena lembrar que Neukomm foi autor da primeira sinfonia A viagem de Sigismund Neukomm ao Brasil escrita no Novo Mundo e de importantes obras de música (1816-1821) de câmara, gênero que aqui inaugurou. O livro baseia-se na Rosana Lanzelotte autobiografia e nas cartas do músico, pesquisadas pela autora Edição do autor. 204 páginas e um CD. Preço a definir. em bibliotecas da Europa. Inclui também testemunhos de A cravista e pesquisadora Rosana Lanzelotte – artista das contemporâneos. O roteiro segue a cronologia das obras mais renomadas e atuantes – dedica-se há algum tempo à que Neukomm escreveu no Rio de Janeiro e que, muitas das obra de Sigismund Neukomm. Incluído no livro, o premia- vezes, emprestam o título aos capítulos, em uma crônica do álbum “Neukomm no Brasil” é uma prova desse tra- musical permeada de simbolismo maçônico, sociedade se- balho que ganha agora mais um expoente com essa publica- creta a que o compositor, como os mais ilustres de sua época, ção. Narrado em primeira pessoa, trata-se de um passeio tinha orgulho de pertencer. Haverá lançamento e sessão de pelas memórias reais e imaginárias desse personagem de autógrafos com Rosana Lanzelotte dia 11 no Rio de Janeiro e importância capital para a produção musical brasileira. Vale dia 12 em São Paulo (veja no Roteiro Musical).

MEU NOME É MOZART ARTE E CULTURA V Maritxell Martí e Xavier Salomó Maria de Lourdes Sekeff e Edson Zampronha (organizadores) Lançamento Publifolha. 63 páginas. R$ 18,90 Lançamento Fapesp / Annablume. 172 páginas. R$ 31,00 Este lançamento, com belas ilustrações e Iniciada em 2001, a série “Arte e Cultura: dedicado ao público infantil, faz parte de estudos interdisciplinares” resultou de um “Meu nome é...”, uma coleção de biografias ciclo de palestras integrante da disciplina sobre personalidades que foram destaque na “Tópicos especiais” ministrado pelo progra- história, ciências, artes, cultura, literatura e ma de pós-graduação em artes da Unesp. filosofia. Cada volume revela a vida, a obra e Refletir sobre os temas arte e cultura de o contexto em que o personagem viveu. As forma interdisciplinar tendo a música como histórias são narradas em primeira pessoa, fio condutor é o objetivo dos livros, que enquanto as ilustrações são inspiradas no reúnem artigos de artistas-pesquisadores estilo de cada época, ajudando aos leitores de diferentes universidades brasileiras e a mergulhar no tempo e no espaço dos internacionais. Este quinto volume, que se biografados. Este volume apresenta para centra na relação entre música e pós-mo- as crianças Mozart, um dos maiores compositores de toda a dernidade, tem artigos de Rodolfo Caesar (Pós-modernidade e a história da música e que começou a tocar e compor ainda na música brasileira: um loop), José Luiz Martinez (Reflexões sobre infância. Apesar da vida curta e cheia de dificuldades econômi- a música hoje – entre o pós-moderno e o pós-humano) e Martha cas e de saúde, Mozart deixou uma vasta obra, com dezenas de Herr e Luciana Kiefer (Performance musical na pós-modernida- sinfonias e de), entre outros. A intenção é discutir como o pós-modernismo concertos para piano, entre outros gêneros. A escrita, acessí- ocorre na música, quais suas características estéticas, seus pro- vel e inteligente, certamente prenderá a atenção dos jovens cedimentos técnicos e suas formas de interpretação particulares. leitores, introduzindo-os no fantástico mundo do compositor. Este volume de Arte e Cultura é dedicado aos professores Maria Outros nomes de biografados da coleção são Albert Einstein, de Lourdes Sekeff e José Luiz Martinez, recentemente falecidos Leonardo da Vinci, Marco Polo, Picasso e Alexandre o Grande. (em 2008 e 2007, respectivamente) e autores de dois artigos.

SONS NOVOS PARA A PERCUSSÃO CONTOS DE ÓPERAS E CANTOS Jorge Antunes Sergio Casoy Lançamento Sistrum Edições Musicais. 141 páginas. R$ 30,00 Lançamento Algol Editora. 312 páginas. Preço a definir. Em mais um volume de sua coleção Em seu novo livro Sergio Casoy, mais uma “Sons novos”, o compositor Jorge Antunes vez, leva o leitor a passear pelo mundo mágico dedica-se à incessante busca por novas da ópera. Autor de vários títulos sobre o tema, sonoridades e pela ampliação dos limites da Casoy não é somente um verdadeiro apaixo- criação musical. Após volumes dedicados nado por ópera, como também um pesquisa- ao piano, harpa e violão; à voz e aos sopros dor incansável. Escreve com um estilo original e cordas, o autor aborda aqui, de forma e muito agradável, de fácil leitura, porém re- minuciosa, a percussão. Nos diferentes pleto de informações precisas e, muitas vezes, capítulos, o leitor encontrará referências recheado de deliciosas histórias e anedotas. sobre as diversas técnicas de execução dos Nesse volume, o autor compilou uma série chamados instrumentos de percussão e de de notas de programas sobre óperas italianas, várias outras fontes sonoras. O conteúdo francesas, alemãs, inglesas, americanas e brasi- do livro é útil não apenas para percussionistas como também leiras. Sob a forma de crônicas bem-humoradas, são abordados te- para compositores, músicos em geral e o público leigo que se mas como o surgimento das partituras, as condições que cercaram interessa em conhecer esse universo sonoro que enriquece o suas criações e certas particularidades da vida dos compositores. colorido orquestral. O livro traz também um útil apêndice com Afirma o maestro Júlio Medaglia no prefácio; “A abrangência de a denominação dos instrumentos, acessórios e fontes sonoras seus conhecimentos e pesquisas realizadas conferem densidade mais utilizados em seis idiomas, seguidos de seus respectivos informativa e seriedade cultural aos fatos abordados.” Haverá símbolos ou abreviaturas. lançamento dia 9 de dezembro (veja em Outros Eventos).

76 Dezembro 2009 CONCERTO Compre pelo telefone (11) 5535-5518 ou www.lojaclassicos.com.br SÃO PAULO, SP ASSINATURAS OSESP 2010. Renovação: encerrada. 3: Música como linguagem, Os gestos musicais e suas Troca: encerrada. Novas assinaturas: até 14 de de- convenções, A criação da expectativa e o sistema to- ACADEMIA DA OSESP. Inscrições abertas até 11 zembro. Todo o processo de assinaturas é realizado nal, O paradoxo da linguagem atonal. Aula 4: Música de dezembro para nova turma de alunos. Vagas pela internet – www.osesp.art.br ou pelo telefone (11) como forma, Procedimentos de construção musical, e bolsa de estudo para alunos de violino, viola, 3292-4875 (de segunda a sexta das 9h às 18h, exceto Tensões estruturais, Grandes formas clássicas. Aula violoncelo, contrabaixo, flauta, clarinete, trompa e feriados). Sem atendimento na Sala São Paulo. 5: Música como alegoria, A Música e seus emble- percussão. Idade mínima de 16 anos e máxima de mas, Estruturas narrativo-musicais, Música simbólica. COROS INFANTIL E JUVENIL DA OSESP. Inscrições 27 anos. Provas práticas dias 23 a 25 de fevereiro e Aulas às terças feiras, dias 12, 19, 26 de janeiro e abertas até 19 de fevereiro. Coro Infantil: para provas teóricas dia 26 de fevereiro. Informações em 2 e 9 de fevereiro, das 20h15 e 22h00. Valor: R$ 220. meninas de 8 a 13 anos e meninos de 8 a 12 www.osesp.art.br/academia/inscricao. Vagas limitadas aos oito primeiro inscritos. Informa- anos. Coro Juvenil: para jovens de 14 a 17 anos. ções e inscrições: [email protected]. Não é necessário ter conhecimento musical. Para ACADEMIA ORQUESTRAL 2010 – Festival de efetuar a inscrição, o responsável deve compare- CURSO Apreciação musical através da escuta cons- Música de Schleswig-Holstein. De 19 de cer à sede da Fundação Osesp (Praça Júlio Prestes, ciente, com Daniel Abuassi, às sextas-feiras. Inscri- junho a 22 de agosto (música orquestral) e de s/n°, Campos Elíseos), com os seguintes documen- ções abertas. Local e informações: Musicalis Núcleo 7 de julho a 15 de agosto (música coral) no tos: cópia da certidão de nascimento ou do RG da de Música – Rua Dr. Sodré, 38 – Tel. 3845-1514 – mu- Palácio de Salzau/Lübeck/Alemanha. Regen- criança; 1 foto 3x4 da criança; cópia do RG dos res- [email protected] – www.intervogue.com/musicalis. tes da Academia Orquestral: Christoph Eschen- ponsáveis e comprovante de residência. Maiores bach (regente titular), Christopher Hogwood, informações: telefone 3367-9606 ou Coro Infantil: CURSO intensivo de harmonia funcional, com Mari- Isabelle van Keulen, Iván Fischer, David Gerin- http://www.osesp.art.br/osesp/orquestra/teste_ lena de Oliveira, às terças-feiras e quintas-feiras. Ins- gas. Regentes da Academia Coral: Rolf Beck, novos/default_infantil.aspx; Coro Juvenil: http:// crições abertas. Local e informações: Musicalis Núcleo Christopher Hogwood, Bobby McFerrin, Stefan www.osesp.art.br/osesp/orquestra/teste_novos/ de Música – Rua Dr. Sodré, 38 – Tel. 3845-1514 – musi- Parkman. Turnês de concertos em cidades da default_juvenil.aspx. [email protected] – www.intervogue.com/musicalis. Europa, oficinas de orquestra de câmara e música de câmara. O Festival realizará em São Paulo no II CONCURSO DE INTERPRETAÇÃO de música brasi- ENCONTROS CLÁSSICOS. Recital e lançamento do dia 9 de dezembro audição para seleção para leira para flauta. Dias 7, 8 e 9 de dezembro. Prêmios livro/CD Música Secreta (veja detalhes em Lança- a Academia Orquestral (inscrições até 4 de dezem- em dinheiro. Informações e inscrições: telefones mentos de Livros). Recital com a autora Rosana bro; para instrumentistas de orquestra até 26 anos). 3865-0624 e 3862-4020 – osvaldolacerda@eudoxiade Lanzelotte – cravo e com Ricardo Kanji – flauta. Os custos de viagem, instrução e acomodação barros.com.br – [email protected]. Após o concerto haverá sessão de autógrafos. Sá- serão assumidos pelo Festival. Maiores informa- bado 12 de dezembro, às 11h30. Local: Sala São ções: Mozarteum Brasileiro – Telefone 3815-6377 – V CONCURSO DE INTERPRETAÇÃO de música brasilei- Paulo – Sala do Coro – Praça Júlio Prestes – Tel. 3337- E-mail: [email protected]. Ins- ra para piano. Dias 10, 11 e 12 de dezembro. Prêmios 2719. Entrada franca. Distribuição de ingressos a crições: http://www.shmf.de – E-mail: orcheste- em dinheiro. Informações e inscrições: tel. 3865-0624 partir das 11h00. [email protected]. e 3862-4020 – [email protected]. br – [email protected]. ESPAÇO É REALIZAÇÕES. Curso de Degustação ASSINATURAS DA SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA Musical, com Sergio Molina, oferece ao ouvinte 2010. Renovação: até 18 de dezembro e de 4 a 15 de CURSO Elementos essenciais para apreciação amador ferramentas estéticas e históricas para uma janeiro. Trocas: 26 e 27 de janeiro. Novas assinaturas: musical – Uma introdução ao universo da mú­ escuta criteriosa do repertório dos grandes compo- a partir de 1 de fevereiro. Informações e assinaturas: sica. Com Leandro Oliveira. Destinado a amantes de sitores e intérpretes, apontando caminhos para uma tel. 3258-3344 – www.culturaartistica.com.br. música, arte e cultura em geral, o curso é pensado audição mais atenta e participativa. Aulas ilustradas para ouvintes com pouco ou nenhum conhecimento com gravações e DVDs. Sempre segundas-feiras, das ASSINATURAS MOZARTEUM 2010. Renovação e específico – leigos, diletantes ou músicos amadores. 20h00 às 22h00. Dia 7 de dezembro: Mahler – Sin- assinaturas novas: para todos os interessados até Aula 1: Os elementos da musicalidade, Altura, du- fonia nº 5 (Concertos dias 10, 11 e 12 de dezem- abril de 2010. Renovações até 28 de dezembro têm ração, timbre, intensidade e espacialidade, Ritmo, bro na Sala São Paulo, Osesp). Local e informações: preço especial. Informações e assinaturas: telefone melodia e harmonia. Aula 2: As tradições musicais, Espaço Cultural É Realizações – Rua França Pinto, 498 3815-6377 – [email protected] – www. A música folclórica, a música clássica e a música po- – Vila Mariana – Tel. 5572-5363 – eventos@ereali- mozarteum.org.br. pular, Sistemas musicais “puros” e “mestiços”. Aula zacoes.com.br.

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CONCERTO Dezembro 2009 77�� FACULDADE CANTAREIRA – Curso Superior de Música. participantes ouvintes: inscrições abertas. Local, in- brasileiros. Duração da obra: entre 10 e 20 minutos. Inscrições abertas para o Vestibular de música 2010 e formações e inscrições: EMESP – Largo General Osó- Inscrições até 22 de fevereiro. Prêmios em dinhei- para outras carreiras. Corpo docente reconhecido inter- rio, 147 – Luz – Tel. 3221-3929. Participação gratuita. ro e concerto. Regulamento a partir de dezembro nacionalmente. Estrutura completa e moderno estú- de 2009 em: http://concurso.MusicaErudita.com. dio de gravação. A prova será agendada pela internet, II MOSTRA DE VIOLÃO da Escola Municipal de Maiores informações: e-mail: Quadrivium.LIGNEA@ telefone ou pessoalmente. Processo seletivo contínuo Música. Coordenação artística: Henrique Pinto. Con- gmail.com – http://lignea.MusicaErudita.com. até preenchimento das vagas. Programas de bolsas certos (veja no Roteiro Musical) e Master class: dia de estudo e descontos. Local, informações e inscri- 5 de dezembro, a partir das 9h00: com Paulo Porto Engenheiro Coelho, SP / 16º ENCONTRO DE MÚ- ções: Faculdade Cantareira – Rua Marcos Arruda, 729 – Alegre; master class com Celso Del Nery e pales- SICOS. Atividades: cursos, ensaios, palestras, Belém – Tel/fax: 2790-5900 – www.cantareira.br. tra sobre a obra de Garoto. Dia 6 de dezembro, a concertos, lançamentos. Para apreciadores da mú- partir das 9h00: master class com Henrique Pinto e sica, cantores, instrumentistas, regentes, diretores FACULDADE CANTAREIRA – Cursos Livres. Arranjo palestra; master class com Paulo Porto Alegre. de grupos musicais, estudantes e professores de musical para coro infantil, com Julio Cesar Figueire- Local e Inscrições: Escola Municipal de Música – Rua música. De 19 a 23 de janeiro. Local: UNASP/EC do; Regência orquestral, com Sergio Chnee; Aprecia- Vergueiro, 961. Entrada franca. (Centro Universitário Adventista de São Paulo). ção musical – Escutar para compreender, com Nívea Informações e inscrições: www.unasp-ec.edu.br – Abujamra Nasser. Local, informações e inscrições: ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO. A Or- Tel. (19) 3858-9046. Faculdade Cantareira – Rua Marcos Arruda, 729 – questra Experimental de Repertório completará 20 anos de existência em 2010. Para comemorar, será Belém – Tel/fax: 2790-5900 – www.cantareira.br. Engenheiro Coelho, SP / PÓS-GRADUAÇÃO: Edu- formado um painel de toda a sua história. Solicita- cação Musical e Regência Coral com capacita- se a ex-integrantes da OER para entrarem em con- FACULDADE CANTAREIRA – Escola Superior de Mú- ção para docência. Curso intensivo nos meses de tato: [email protected]. sica. Projeção de DVDs dos grandes cantores líricos, janeiro, em dois módulos em 2010 e 2011. Curso com comentários da professora Mariana Cioromila, PRÁTICA DE CANTO CORAL, com Marcos Bizerra. com 360 horas presenciais, 120 horas para projeto dia 16 de dezembro às 18h30. Ingressos: R$ 10. monográfico e 120 horas de estágios. Disciplinas: Master class de canto (temas: técnica vocal, inter- Quartas-feiras, às 19h00. Inscrições abertas. Local e informações: Musicalis Núcleo de Música – Rua Dr. Pedagogia da voz, Prática de regência coral, Li- pretação do Lied, interpretação do oratório, interpre- teratura coral, Criação musical, Seminário em tação da ópera, preparo técnico-interpretativo de Sodré, 38 – Tel. 3845-1514 – [email protected] – www.intervogue.com/musicalis. pedagogia musical, etc. Local: UNASP/EC (Cen- canto lírico), com Mariana Cioromila, dia 2 de de- tro Universitário Adventista de São Paulo). Local, zembro, das 18h30 às 19h30. Valores: alunos ativos: SÉRIE SACRA MÚSICA. Recebe projetos para a Tem- informações e inscrições: www.unasp-ec.edu.br – R$ 60 e ouvintes: R$ 15. Local, informações e inscri- porada de Concertos 2010, que acontecem mensal- Tel. (19) 3858-9049 ou 3858-9311. ções: Faculdade Cantareira – Rua Marcos Arruda, 729 mente na Capela da PUC. A série não se restringe – Belém – Tel/fax: 2790-5900 – www.cantareira.br. à música sacra, mas é aberta ao repertório instru- Florianopólis, SC / CONCURSO INTERNACIONAL DE mental e vocal de qualquer época e estilo. Os pro- PIANO. De 3 a 10 de julho. Prêmios em dinheiro. FALANDO DE MÚSICA NA OSESP. Palestras ministra- jetos devem conter: currículo do grupo e/ou músi- Três etapas: pré-seleção, provas semifinais e pro- das pelo maestro Leandro Oliveira, abordando os cos, proposta de programa e gravação (MP3, CD ou vas finais. Direção artística: Olga Kiun. Inscrições compositores e as obras do concerto do dia. Duração DVD). O material deve ser enviado até 20 de janei- até 15 de março. Informações e inscrições: www. de 50 minutos, com início uma hora e meia antes ro para [email protected] ou entregue na concursopiano-sc.com.br. do concerto. Entrada franca. Local: Sala São Paulo – Rua Monte Alegre, 948 – Perdizes. Informações: tel. Praça Júlio Prestes. Informações: tel. 3367-9611. 8456-4580, com Solange. Jaraguá do Sul, SC / CONCURSO INTERNACIONAL DE HARPA DE SANTA CATARINA – Conharpa. De II FESTIVAL INTERNACIONAL DE VIOLÃO USP – Festi- 15 e 16 de janeiro, no âmbito do Fesmusc – val Leo Brouwer. De 6 a 13 de dezembro. Direção RIO DE JANEIRO, RJ Festival de Música de Santa Catarina. Para harpis- artística: Edelton Gloeden; Direção geral: Gil Jardim. tas entre 12 e 30 anos de todas as nacionalidades Concertos (veja no Roteiro Musical) e atividades: EXPOSIÇÃO VIVA VILLA! Cenografia, artes plásticas, da América do Sul, América Central e Caribe. Pro- Dia 7 das 9h30 às 12h00: Master class I com Leo grafismos, cinema e concertos recriando a trajetória vas Eliminatória e Final. Informações e inscrições: Brouwer, no Instituto Cervantes; das 14h00 às de Heitor Villa-Lobos. Dividida em três partes, tem www.femusc.com.br. 15h30: Palestra “Poética e herança histórica das como objetivo aproximar o espectador da história transcrições de Sérgio Abreu”, com Luciano César da música no Brasil e no mundo, a partir de Villa- Jundiaí, SP / CURSOS para professores de Musi- de Moraes. Dia 8 das 9h30 às 12h00: Master class Lobos, mostrando as fronteiras da música erudita calização infantil na Escola de Música. Dias 16 II com Leo Brouwer no Instituto Cervantes; das e popular. Curadoria: Fabiano Canosa. Até 5 de ja- e 17 de janeiro: Música e desenvolvimento in- 14h00 às 15h30: Palestra “O método para violão neiro. Local: Arquivo Nacional – Praça da República, fantil, com Margareth Darezzo. Dias 23 e 24 de de Fernando Sor” com Guilherme de Camargo. 173 – Telefones: (21) 2179-1273/1221. Horários: de janeiro: Oficinas de composição de músicas para Dia 9 das 9h30 às 12h00: Encontro com Paul Gal- segunda a sexta, das 9h00 às 17h00 e sábados das crianças, com Margareth Darezzo. De 18 a 22 de braith; das 14h00 às 15h30: Palestra “Geraldo Ri- 9h00 às 16h00. Entrada franca. www.vivavilla.com.br. janeiro: Musicalização infantil, com Josette Feres beiro – Vida, obra e memória” com Gilson Antunes. e Luciana Nagumo. Local, informações e inscri- Dia 10 dezembro das 9h30 ás 12h00: Master class CONCURSO NACIONAL DE CANTO LÍRICO/ÓPERA. ções: Escola de Música de Jundiai – Tel. (11) 4521- III com Mário Ulloa; das 14h00 às 15h30 Pales- Da escola de Música da UFRJ. Inscrições abertas até 5120 – www.emj.art.br. tra “Folias d´España” com Flávio Apro. Dia 11 das 5 de março. Informações: tel. (21) 2262-8742 – 9h30 às 12h00: Master class IV com Fábio Zanon; [email protected]. Poços de Caldas, MG / 11º FESTIVAL MÚSICA NAS das 14h00 às 15h30: Palestra “Obra violonística MONTANHAS. Direção artística: Jean Reis. Master de Garoto” com Celso Delneri. Dia 12 das 9h30 classes, oficinas de música nas áreas instrumental OUTRAS CIDADES às 12h00: Lançamentos de livros, CDs, partituras, e vocal, classes de instrumentos para alunos ativos materiais dentro do tema, no Instituto Cervantes. e ouvintes e concertos gratuitos. De 10 a 23 de Local dos eventos: salvo outra indicação, Anfiteatro Belo Horizonte, MG / AUDIÇÕES PARA MÚSICOS janeiro. Inscrições abertas, somente pela internet: Camargo Guarnieri – Rua do Anfiteatro, 109 – Cidade da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. www.festivalmusicanasmontanhas.com.br ou pes- Universitária – Tel. 3091-3000; Instituto Cervantes – Inscrições abertas para audições para os cargos soalmente até o início do Festival. Av. Paulista, 2439 – Tel. 3897-9609. Maiores infor- de Assistente de chefe de naipe de oboé, Chefe mações: www.festivalleobrouwer.com.br. de naipe de piano, Violino seção e Violoncelo se- ção. Os músicos aprovados assumem o cargo em INTERNACIONAL LANÇAMENTO DO LIVRO “Contos de óperas e can- fevereiro de 2010. As inscrições vão até 5 de tos” de Sergio Casoy. Sessão de autógrafos. Dia 9 de dezembro, por e-mail. Edital, repertório e ficha LA FALDA, ARGENTINA / ENCONTRO INTERNACIO- dezembro às 18h30. Local: Livraria Cultura Conjunto de inscrição em: www.filarmonica.art. Informa- NAL DE VIOLÃO CLÁSSICO. De 14 a 21 de feverei- Nacional – Av. Paulista 2073 – Tel. (11) 3170-4033. ções: tel. (31) 3236-7431. ro. Recitais, cursos e master classes com Eduardo Fernández (Uruguai), Eduardo Castañera e Carlos MASTER CLASSES com Wilbert Hazelzet – traverso e Brasília, DF / CONCURSO DE COMPOSIÇÃO QUAR- Groisman (Argentina) e Daniel Wolff (Brasil), entre Jacques Ogg – cravo. Dia 7 de dezembro às 10h00. TETO LIGNEA. Para viola pomposa, violino, outros. Maiores informações e inscrições: e-mail: Para participantes ativos: inscrições encerradas. Para clarinete e fagote. Obras inéditas de compositores [email protected].

78 Dezembro 2009 CONCERTO Para anunciar ligue (11) 5535-4345

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Por Guilherme Leite Cunha

CONCERTO Dezembro 2009 79�� Um dos mais relevantes escritores brasileiros da atualidade, João Silvério Trevisan é também um aficionado da música clássica, sendo habitué dos concertos da Sala São Paulo. Paulista do pequeno município de Ribeirão Bonito, Trevisan é autor de Ana em Veneza, Pedaço de mim e do recém lançado O rei do cheiro, entre outras obras para cinema e teatro. Importante ativista do movimento GLBT brasileiro, Trevisan mantém intenso trabalho em oficinas de criação literária. DIVULGAÇÃO / FRANCISCO SOUZA João Silvério Trevisan

eu contato com a música clássica iniciou-se em um se- to muitíssimo de Michael Tilson Thomas interpretando Villa- minário para padres, no qual entrei com dez anos. Na Lobos. Ao piano, Glenn Gould tocando Bach. No Brasil, adoro M época, era o seminário mais avançado da América La- o trabalho da cantora Anna Maria Kieffer, que acompanho com tina, no período de aggiornamento do papa João XXIII. Estudá- atenção, e recentemente fiquei encantado com o concerto da vamos tanto grego clássico quanto cinema e sexualidade, e dor- Orquestra Filarmônica de Minas Gerais sob regência de Fabio míamos e acordávamos, literalmente, ouvindo música clássica, Mechetti, na Sala São Paulo, que tocou um deslumbrante Don que eu amava. Como parte desse contato com a música que tive Quixote, de Richard Strauss, com solos de Antonio Meneses. no seminário comecei a aprender piano. Mas eu era péssimo e o Gosto de colecionar, quase desmesuradamente, CDs e professor, um padre, não tinha a menor paciência. Ficou por aí, DVDs. Tenho uma discoteca em CDs bastante adequada e infelizmente. Sempre senti frustração pelo fato de não tocar um uma boa filmoteca em DVDs. Nunca consegui me desven- instrumento musical. Mas apesar da intensa convivência com cilhar dos meus LPs, mas sempre detestei filmes em VHS, a música no seminário, minhas primeiras lembranças musicais porque mutilavam a imagem, com seus cortes laterais para o vêm de minha infância, ainda no interior de São Paulo, das peças formato full screen. tocadas nas novelas de rádio. Já na adolescência veio a paixão Ter uma boa coleção é essencial para mim, pois ouço músi- pela suíte Quebra-nozes, de Tchaikovsky, e pelas sinfonias de ca diariamente, por horas. Seria muito duro viver sem a música. Beethoven, especialmente a sexta (Pastoral) e a sétima. Como escritor, almejo sempre encontrar na literatura alguma Hoje em dia, quando o assunto é gêneros musicais, tenho grandeza musical, tanto na expressão poética e abordagem te- paixão por música de câmara, seja lá qual for o período, e uma mática quanto na estrutura narrativa e na rítmica. Para mim, especial predileção pelo violoncelo. As Suítes para violoncelo Doutor Fausto, de Thomas Mann, é o livro mais “musical” já es- de Bach fazem, há bastante tempo, milagres em minha vida inte- crito, pois mergulha no próprio coração da música para revelar a rior. Quanto às óperas, só recentemente comecei a ouvi-las com trajetória do seu protagonista, o compositor Adrian Leverkühn. maior atenção. Talvez pela minha experiência como roteirista Pelo meu gosto eclético, é difícil eleger um compositor predi- de cinema, nunca tive paciência com o aspecto dramatúrgico leto. Eu diria que são muitos e diversos, abrangendo desde o can- das óperas românticas, que me parece frouxo. Desse ponto de to gregoriano até a música contemporânea, passando pela música vista, tanto as óperas barrocas quanto as modernas e contempo- de câmara de Brahms e pela obra de Mahler. Recentemente tenho râneas me soam mais adequadas, por sua abstração despreten- ouvido, com crescente encantamento, muita música brasileira siosa. Estou mais próximo de óperas como David et Jonathas, moderna e contemporânea. Mas pelo meu gosto mais imediato, de Marc-Antoine Charpentier, Ariadne auf Naxos, de Richard tenho predileção pelos barrocos, tanto italianos quanto franceses Strauss, e Facing Goya, de Michael Nyman. e, sobretudo, os alemães. Salve Johann Sebastian Bach! Falando de intérpretes, adoro a voz de contratenor, em especial, de Alfred Deller e James Bowman. Como regente, gos- [Depoimento concedido a Leonardo Martinelli]

80 Dezembro 2009 CONCERTO