Sheila Sampaio Ribeiro
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MÚSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA DOUTORADO EM MÚSICA – EXECUÇÃO MUSICAL EDUARDO GONÇALVES DOS SANTOS APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO DA IMPROVISAÇÃO DA CLARINETA NO CHORO: ESTUDO REALIZADO COM QUATRO CLARINETISTAS BRASILEIROS DA ATUALIDADE Salvador 2018 EDUARDO GONÇALVES DOS SANTOS APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO DA IMPROVISAÇÃO DA CLARINETA NO CHORO: ESTUDO REALIZADO COM QUATRO CLARINETISTAS BRASILEIROS DA ATUALIDADE Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em música da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial para obtenção do grau de doutor em música. Área de concentração em: Execução Musical – Clarinete. Orientador: Prof. Dr. Joel Barbosa Coorientador: Prof. Dr. Pedro Robatto Salvador 2018 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Música - UFBA S237 Santos, Eduardo Gonçalves dos Aprendizado e desenvolvimento da improvisação da clarineta no choro: estudo realizado com quatro clarinetistas brasileiros da atualidade / Eduardo Gonçalves dos Santos .- Salvador, 2018. 122 f. Orientador: Prof. Dr. Joel Barbosa Coorientador: Prof. Dr. Pedro Robatto Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia. Escola de Música, 2018. 1. Clarineta - Improvisação (Música). 2. Instrumentos de sopro - Choro (Música). 3. Música para clarineta - Biografia. I. Barbosa, Joel. II. Robatto, Pedro. III. Universidade Federal da Bahia. IV. Título. CDD: 780.92 ii iii Dedico este trabalho à minha esposa Samanta, aos meus pais José e Maria, aos meus irmãos Maximiliano e Danielle, aos sobrinhos Miguel e Inácio, e à minha avó Mariinha (in memorian). iv “Volta teu rosto sempre na direção do sol e, então, as sombras ficarão para trás”. (Provérbio Oriental) v AGRADECIMENTOS Agradeço imensamente a Deus, por me conduzir a mais esta vitória; À minha esposa Samanta, por estar sempre presente e me inspirando a seguir em frente; Aos meus pais, Zé Leite e Maria, pelo amor, apoio incondicional e orações; A meu irmão Max, com sua esposa Fran e meus sobrinhos Paulo Miguel e Inácio, e à minha irmã Danielle, por acreditarem sempre em mim; A toda a família de minha esposa; A Antônio Paulo (Toninho) e sua esposa, D. Lena, pela bela amizade; A todos os amigos que sempre me incentivaram ao longo desta difícil caminhada; Aos queridos amigos, Eliézer Isidoro, Raquel Rohr, Luciana Rodrigues, Marcelo Trevisan, Tatiana Fernandes, Jacó Moura, Fabíola Bortolozo, Hellen Vilela, por estarem sempre prontos a ajudar; A todos os meus alunos, coordenações, direção e funcionários da FAMES; Aos novos e antigos amigos da UEMG-ESMU; Ao maestro Hélder Trefzger, pela extrema compreensão e apoio, bem como aos amigos da OSES; A toda classe de clarinetas da UFBA, pela energia positiva; Um agradecimento profundo e especial às pessoas sem as quais esta proposta nunca seria transformada em realidade, os brilhantes clarinetistas Alexandre Ribeiro, Nailor Azevedo “Proveta”, Ivan Sacerdote e Paulo Sérgio Santos; E, por fim, porém não menos importante, ao meu orientador Prof. Dr. Joel Barbosa e coorientador Pedro Robatto por compartilharem todos os seus conhecimentos com dedicação e paciência. vi SANTOS, Eduardo Gonçalves dos. Aprendizado e desenvolvimento da improvisação da clarineta no choro: estudo realizado com quatro clarinetistas brasileiros da atualidade. 123 f. 2018. Tese (Doutorado) – Escola de Música, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018. RESUMO O presente trabalho discorre sobre como clarinetistas têm aprendido e desenvolvido a improvisação no choro. Foi investigada, através de entrevistas e utilizando a metodologia de pesquisa “história de vida”, a forma pela qual quatro clarinetistas aprenderam e desenvolveram a improvisação dentro de suas práticas musicais no choro. Estes são clarinetistas brasileiros da atualidade com vasta experiência, reconhecimento e atuações, tanto no Brasil como no exterior. A análise dos dados obtidos, por meio das respostas recebidas e transcritas, tornou possível o levantamento de pontos comuns no que tange às principais características de seus aprendizados musicais, bem como dos materiais desenvolvidos e utilizados por eles no estudo da improvisação no choro durante diferentes etapas de suas vidas. Como resultado do estudo, constatou-se que todos cresceram dentro de um ambiente musical ativo e que a prática musical em grupo, a audição, a memorização, a transcrição e tocar e improvisar com gravações foram atividades amplamente utilizados por eles. Além disso, esses clarinetistas indicaram, para o aprendiz de improvisação, o estudo da harmonia, do contraponto e de instrumentos de percussão. Também alertaram para a necessidade de se ter um bom domínio técnico do instrumento com o intuito de transferir toda a sua criatividade musical para ele durante o ato da improvisação. Por fim, enfatizaram que os aprendizes na arte do improviso no choro devem ser frequentadores assíduos das rodas e encontros de chorões, tanto assistindo como também tocando. Concluímos que as habilidades em improvisar no choro adquiridas por eles foram, na verdade, fruto de diversos fatores sociais e educacionais, e não apenas de um treinamento específico com esse propósito. PALAVRAS CHAVE: Choro, Clarineta, Improvisação, Clarinetistas Brasileiros. vii SANTOS, Eduardo Gonçalves dos. Learning and development of clarinet improvisation in choro: a study carried out with four current Brazilian clarinetists. 123 f. 2018. Tese (Doutorado) – Escola de Música, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018. ABSTRACT The present work discusses how clarinetists have learned and developed improvisation in choro. Through interviews and using the "life history" research methodology, it was investigated how four clarinetists learned and developed improvisation within their musical practices in choro. These are present time Brazilian clarinetists with vast experience, recognition and performances, both in Brazil and abroad. By means of analyzing the data obtained through the responses received and transcribed, it was possible to determine the common points regarding their musical learning main characteristics, as well as the materials developed and used by them in the study of improvisation in choro during different stages of their lives. As a result of the study, it was found that all grew up within an active musical environment and that group musical practice, listening, memorizing, transcribing, and playing and improvising with recordings were activities widely used by them. Moreover, these clarinetists recommended the study of harmony, counterpoint and percussion instruments for the improvisation apprentice. They also pointed out the need to have a good technical mastery of the instrument in order to transfer all of their musical creativity to it during the act of improvisation. Finally, they emphasized that apprentices in the art of improvisation in choro should be frequent attendants of the “rodas de choro” and encounters of “chorões”, both watching and also playing. We conclude that the improvisation skills in choro as acquired by them actually were the result of various social and educational factors, and not only of specific training for this purpose. KEYWORDS: Choro, Clarinet, Improvisation, Brazilian clarinet players. viii SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... v RESUMO ............................................................................................................................... vi INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9 CAPÍTULO 1 - CONCEITOS E CONTEXTUALIZAÇÕES ......................................... 17 1.1. A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA .................................................................... 17 1.1.1. O Choro .................................................................................................................... 19 1.2. A CLARINETA E SUA RELAÇÃO COM O CHORO ............................................ 21 1.3. A IMPROVISAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O CHORO .................................... 24 1.3.1. Contextualização histórica da improvisação musical ........................................... 25 1.3.2. Improvisação no Choro ........................................................................................... 32 1.3.3. Improvisação por “variação” ................................................................................. 38 1.3.4. Improvisação no formato chorus ............................................................................ 39 1.3.5. Outras ferramentas para improvisação no choro ................................................. 40 1.3.6. Improvisar ou não no Choro? ................................................................................. 41 1.3.7. Improvisação e o meio acadêmico .......................................................................... 44 CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................ 46 CAPÍTULO 3 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DAS ENTREVISTAS....................... 52 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 114 9 INTRODUÇÃO A investigação que se apresenta disserta a respeito do ato de improvisar no choro, mais especificamente, de como alguns clarinetistas chorões da atualidade, reconhecidos no âmbito da música popular no Brasil, aprenderam, através de suas experiências de vida, a improvisar e desenvolveram seus próprios estudos