Os melhores CDs do mês • Notas sonoras • Jordi Savall Uma odisseia mahleriana com Gergiev, Nagano, Chailly...

CONCERTOGuia mensal de música clássica Abril 2010 A brilhante carreira do maestro mais cobiçado do Brasil

ROTEIRO MUSICAL LIVROS • CDs • DVDs

VIDAS MUSICAIS Padre José Maurício

PALCO Denise de Freitas

ATRÁS DA PAUTA por Júlio Medaglia R$ 9,90 MINHA MÚSICA Telê Ancona Lopez

XIV FESTIVAL AMAZONAS DE ÓPERA ISSN 1413-2052 - ANO XV Nº 160 1413-2052 ISSN

ENTREVISTA COM PAULO SZOT TEMPORADAS 2010 Após premiado sucesso na Broadway, Dell‘Arte, Petrobras Sinfônica, barítono brasileiro estreia no Met Orquestra Sinfônica Brasileira, Ospa

Prezado Leitor, Em março passado, a Orquestra Sinfônica Brasileira organizou uma coletiva de imprensa no luxuoso Copacabana Palace, no , para divulgar a sua programação de 2010. Será uma temporada especial, em que a OSB comemorará os seus 70 anos. Ainda estão na memória as difi culdades que essa orquestra enfrentou em passado recente. Tanto maior a satisfação e alegria em ver a situação em que a OSB se encontra no ano desse seu importante aniversário: setor administrativo harmonizado, situação fi nanceira equilibrada e uma verba de R$ 30 milhões anuais que, se ainda não confi gura uma condição ideal, ultrapassa em muito a realidade de suas congêneres brasileiras (à exceção da Osesp). E a temporada refl ete isso, com grandes concertos que certamente marcarão a efeméride, como você poderá ler na página 14. Um dos grandes responsáveis pela reviravolta vivida pela Orquestra Sinfônica Brasileira é o maestro Roberto Minczuk, que desde 2005 responde por sua direção artística e regência titular. Com talento musical nato, dedicação e inteligência, Roberto desenvolveu uma das FOTO: CARLOS GOLDGRUB mais brilhantes carreiras musicais de nosso tempo, como revela a nossa matéria de capa (página 34). Pessoalmente, reparei em Roberto Minczuk pela primeira vez quando eu era COLABORARAM NESTA EDIÇÃO fl autista da antiga Orquestra Jovem Municipal, em fi ns dos anos 1970. Ele, de calças curtas, Camila Frésca, jornalista e pesquisadora com pouco mais de 10 anos de idade, já tocava como solista com sua enorme trompa... Carlos Eduardo Amaral, jornalista Também nesta edição da Revista CONCERTO você conhece as outras grandes e pesquisador temporadas clássicas do Rio de Janeiro: a da Orquestra Petrobras Sinfônica e a série de Clóvis Marques, jornalista e crítico musical concertos internacionais da Dell’Arte (página 15). Todos esperam ansiosos a reabertura Guilherme Leite Cunha, professor do Teatro Municipal da cidade, que estava prevista para fi ns deste mês de abril. As chuvas e artista plástico (sempre elas!) foram as culpadas pelo novo adiamento. Irineu Franco Perpetuo, jornalista e crítico musical Em 2010, exatamente no próximo dia 18 de abril, completam-se 180 anos desde o falecimento do Padre José Maurício Nunes Garcia, tido como o primeiro gênio musical João Marcos Coelho, jornalista e crítico musical nascido em solo brasileiro. A coluna “Vidas Musicais” desta edição (página 28) conta a Júlio Medaglia, maestro história desse personagem singular de nossa música, que viveu a época da transferência da corte portuguesa ao Rio de Janeiro nos inícios do século XIX. Leonardo Martinelli, jornalista e compositor Como os leitores da Revista CONCERTO sabem, o barítono paulista Paulo Szot Sergio Costa e Silva, promotor desenvolve uma espetacular carreira nos Estados Unidos. Nosso colaborador Irineu Sidney Molina, violonista, escritor Franco Perpetuo entrevistou Paulo logo após o seu mais recente êxito: a sua estreia e crítico musical no Metropolitan Opera House, dirigido por Valery Gergiev e William Kentridge, como protagonista da ópera O nariz, de Shostakovich (página 24). Também neste mês a Revista CONCERTO publica a seção “Gramophone” com uma seleção de textos da prestigiosa revista musical inglesa, uma das mais importantes do mundo (página 65). Ali você encontrará a escolha do editor James Inverne para os melhores CDs do mês e poderá ler a parte fi nal da “odisseia mahleriana”, com as opiniões dos maestros Christoph Eschenbach, Valery Gergiev, Michael Tilson Thomas, Kent Nagano, ACONTECEU EM MARÇO Esa-Pekka Salonen e Riccardo Chailly sobre as grandes obras sinfônicas de Gustav Mahler. NASCIMENTOS Ainda nesta edição você lê artigos de nossos colaboradores habituais maestro Júlio Henrique Oswald 14 de abril de 1852 Medaglia (sobre os projetos musicais de inclusão social), Clóvis Marques (que conta a Cristina Ortiz 17 de abril de 1950 história dos 70 anos da OSB), Camila Frésca (com um perfi l da excelente mezzo soprano Franz Lehár 30 de abril de 1870 Denise de Freitas), João Marcos Coelho (sobre Chopin e seus intérpretes) e Leonardo Bruno Maderna 21 de abril de 1920 Martinelli (que assistiu aos musicais em cartaz em São Paulo), bem como matérias de convidados especiais – Sidney Molina, Carlos Eduardo Amaral e Sergio da Costa e Silva. FALECIMENTOS E acompanha, dia-a-dia, a agenda de concertos de São Paulo, do Rio de Janeiro e das Johannes Brahms 3 de abril de 1897 principais cidades musicais do país. Tem Festival Amazonas de Ópera, Ensemble Berlin, 6 de abril de 1971 Maria João Pires, Gli Archi Ensemble, o violinista Vadim Repin, Osesp, Cristina Ortiz, Georg Friedrich Händel 14 de abril de 1759 a Filarmônica Bachiana Sesi-SP, a Filarmônica de Minas Gerais, Osusp e muito mais. Olivier Messiaen 28 de abril de 1992 Leia a Revista CONCERTO e fi que por dentro de tudo o que acontece no mundo da música clássica. ESTREIAS A Paixão segundo São João Bach – 7 de abril de 1724 O Messias Händel – 13 de abril de 1742 A Paixão segundo São Matheus Nelson Rubens Kunze Bach – 15 de abril de 1729 diretor-editor

2 Abril 2010 CONCERTO 28 CONCERTO Abril de 2010 nº 160 2 Carta ao Leitor 4 Cartas 6 Contraponto Notícias do mundo musical 13 Temporadas 2010 22 16 Ensaio Clóvis Marques escreve sobre os 70 anos da OSB 17 Atrás da Pauta Coluna mensal do maestro Júlio Medaglia 18 Ensaio 24 A ópera em Pernambuco, por Carlos Eduardo Amaral 20 Brasil Musical Leonardo Martinelli escreve sobre musicais e a música clássica 22 Palco Perfi l da mezzo soprano Denise de Freitas 24 Em Conversa Irineu Franco Perpetuo entrevistou o barítono Paulo Szot 26 Opinião Sidney Molina refl ete sobre a atividade musical 74 28 Vidas Musicais Padre José Maurício Nunes Garcia, por Camila Frésca 30 Opinião João Marcos Coelho e o especialista em Chopin 32 Ensaio Sergio da Costa e Silva e a música nas escolas 34 Capa 73 34 A trajetória artística do maestro Roberto Minczuk 38 Roteiro Musical Destaques da programação musical no Brasil 40 Roteiro Musical São Paulo 52 Roteiro Musical Rio de Janeiro Uma seleção exclusiva do melhor 58 Roteiro Musical Outras Cidades da revista GRAMOPHONE 65 Gramophone Uma seleção exclusiva do melhor da revista GRAMOPHONE 65 Notas Sonoras 73 CDs e DVDs Notícias internacionais Entrevista com Jordi Savall 76 Livros 77 Outros Eventos 66 A escolha do editor James Inverne aponta os dez melhores CDs do mês 79 Classificados 67 Uma odisseia mahleriana – Parte 2 79 Scherzo Reportagem especial da revista GRAMOPHONE O espaço de humor da Revista CONCERTO apresenta as sinfonias de Gustav Mahler na 80 Minha Música opinião dos maiores regentes A música que inspira a professora Telê Ancona Lopez

CONCERTO Abril 2010 3 Maestros e orquestras Osusp e Ligia Amadio Guia mensal de música clássica www.concerto.com.br Tivemos a agradável oportunidade de assistir a Queremos dar os parabéns à Orquestra Sinfônica ABRIL 2010 um concerto da Orquestra Filarmônica Brasileira, da USP, Osusp, sob a firme direção da regente Ano XV – Número 160 tendo Nelson Freire como solista no Concerto em Ligia Amadio. Foi uma tarde que ficará na Periodicidade mensal fá menor de Chopin, sob a direção do destacado história, plateia repleta para ouvir um repertório ISSN 1413-2052 violinista Cláudio Cruz, spalla da Orquestra bem escolhido e a apresentação de dois grandes REDAÇÃO E PUBLICIDADE Sinfônica do Estado de São Paulo. Seria inútil solistas: o tenor Szabolcs Brickner e o violinista Rua João Álvares Soares, 1.404 descrever a satisfação que tivemos ouvindo a Ray Chen. A orquestra, a regente e os solistas 04609-003 São Paulo, SP execução exemplar do Hino Nacional Brasileiro, foram aclamados e aplaudidos de pé por todos Tel. (11) 5535-4345 – Fax (11) 5533-3062 e-mail: [email protected] o resultado sonoro homogêneo com o qual a que tiveram a felicidade de participar dessa orquestra dialogou com o nosso grande pianista, tarde, a 14 de março. Aguardaremos, ansiosos, REALIZAÇÃO além do desempenho superlativo conseguido a próxima apresentação. Vida longa, frente à diretor-editor Nelson Rubens Kunze (MTb-32719) na Sinfonia de Mendelssohn. Pareceu-nos que Osusp, para Ligia Amadio! editoras executivas a orquestra soava como se a música estivesse Cecília Carnin e Maria Helena Carneiro Cornelia Rosenthal sendo tocada pelos dedos de um regente. de Oliveira, São Paulo, SP Mirian Maruyama Croce Terminado o concerto, comentávamos sobre reportagens Camila Frésca um ensaio que tivemos a oportunidade revisão Gabriela García Maloucaze de assistir, com a extraordinária Orquestra Camargo Guarnieri com apoio de produção Sinfônica de Toronto, que tem como regente a Sinfônica de Boston Kátia Sabino, Luciana Alfredo Oliveira, um ex-violinista do Quarteto de Toronto. Em um Marcos Fecchio, Priscila Martins, determinado momento, o regente solicitava Como todo mundo, Marcelo Lehninger, que é Regina Fonseca, Vanessa Solis da Silva ao spalla da orquestra seu violino para indicar um fantástico regente, precisa tomar cuidado ao projeto gráfico fazer afirmações sobre premières, deuxièmes ou BVDA Brasil Verde algumas arcadas, e em outro momento discutia editoração e produção gráfica problemas interpretativos com o renomado estreias em geral. Ao contrário do que afirma, na Lume Artes Gráficas / Gilberto Duobles violoncelista Yo-Yo Ma. E unanimemente notícia da Revista CONCERTO de março passado As datas e programações de concertos são (página 10), ele não será o segundo regente recordávamos a incontestável afirmativa de fornecidas pelas próprias entidades promotoras, Hermann Scherchen, de que todo regente deve a atuar com a Sinfônica de Boston. Eleazar de não nos cabendo responsabilidade por necessariamente ter sido – ou ser – um destacado Carvalho também não foi o primeiro, quando com alterações e/ou incorreções de informações. instrumentista ou compositor. E lembramos ela se apresentou, se não me engano, em 1946. Inserções de eventos são gratuitas e devem Mahler, Furtwängler, Monteux, Toscanini, Mehta, A meu conhecimento, o primeiro brasileiro a subir ser enviadas à redação até o dia 10 do mês naquele pódio foi Camargo Guarnieri. Koussevitzki anterior ao da edição, por fax (11) 5533-3062 Solti, Barenboim. Por outro lado comentávamos ou e-mail: [email protected]. como é cada vez mais preocupante o número aceitou sugestão de Copland e convidou o com- positor para reger sua Abertura Festiva, em 1943. Artigos assinados são de respon sa bi li dade de crescente de pessoas sem profissão definida, seus autores e não refletem, neces sariamente, tentando dependurar-se em boas orquestras, com E em 1944, Guarnieri voltou a atuar à frente da a opinião da redação. orquestra, regendo sua Sinfonia nº 1. Não tenho, a finalidade de dirigir profissionais competentes. Todos os direitos reservados. Tivemos a oportunidade de conhecer essa porém, informação de que ele tenha regido um Proibida a reprodução por qualquer meio realidade durante os 26 anos que exercemos programa completo com a Sinfônica de Boston. sem a prévia autorização. a nossa profissão em uma orquestra sinfônica, Flavio Silva, pesquisador, Rio de Janeiro, RJ quando fomos sujeitados – felizmente poucas vezes! – a aturar essa gente que se expressa e-mail: [email protected] Todos os textos e fotos publicados na seção com os surrados e decorados “expressivo”, “Gramophone” são de propriedade e copyright de Haymarket. “toquem gracioso”, “bravo”, “da capo” etc. Cartas para esta seção devem ser remetidas por www.gramophone.co.uk E estimulados tantas vezes por alguns sacerdotes e-mail: [email protected], fax (11) 5533-3062 do templo deles, deleitavam-se sacudindo ou correio (Rua João Álvares Soares, 1.404 – CEP apoteoticamente a indefectível batuta no ar 04609-003 São Paulo, SP), com nome e telefone. e, com deslavada caradura, cumprimentavam Escreva para nós e dê sua opinião! OPERAÇÃO EM BANCAS o spalla da orquestra após tentarem inutilmente A cada mês uma correspondência será premiada assessoria reger os mesmos instrumentos que jamais com um CD de música clássica. Edicase – www.edicase.com.br conseguiram aprender a tocar. (Em razão do espaço disponível, reservamo-nos o distribuição exclusiva em bancas direito de editar as cartas.) Olivier Toni, São Paulo, SP Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A manuseio FG Press – www.fgpress.com.br

ATENDIMENTO AO ASSINANTE Site e Revista CONCERTO. Tel. (11) 5535-5518 A boa música mais perto de você.

CONCERTO é uma publicação de Atualize e complemente as informações da Revista CONCERTO Clássicos Editorial Ltda. em nosso site www.concerto.com.br Assinantes têm acesso integral* à agenda completa de eventos, A Clássicos Editorial Ltda, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza notícias, entrevistas, seleção de fi lmes do YouTube, textos papéis com certifi cação FSC (Forest exclusivos e muito mais. Confi ra! Stewardship Council) na impressão des- te material. A certifi cação FSC garante que uma matéria-prima fl orestal prove- * Se você comprou esta revista na banca, digite “abril” no campo e-mail e “4206” no campo senha. nha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na IBEP Gráfi ca Ltda. - cer- tifi cada na cadeia de custódia - FSC. 4 Abril 2010 CONCERTO

Theatro São Pedro lança temporada lírica e cria orquestra de ópera O meio musical foi surpreendido por uma ótima notícia no mês passado: o governo do estado finalmente decidiu-se pela criação de uma nova orquestra para o Theatro São Pedro, que fará uma temporada lírica e concertos sinfônicos

rata-se de uma notícia auspiciosa. O belo Theatro São Pedro, localizado na Barra Funda, centro de São Paulo, T possui um fosso de orquestra e dimensões ideais para o re- pertório lírico da primeira metade do século XIX. Desde a sua re- forma e reinauguração, há mais de dez anos, o Theatro abrigou os mais diversos espetáculos artísticos, sem, contudo, estabele- cer uma programação regular e consistente. O anúncio da cria- ção de uma orquestra com uma a temporada lírica sinaliza o real interesse da Secretaria em destinar aquele espaço à ópera, antiga reivindicação do meio clássico. Trata-se de uma decisão de suma importância e que deve ser comemorada e defendida. A nova orquestra e a temporada lírica (cujos detalhes ainda não estavam disponíveis no fechamento desta edição) são uma oportunidade real de finalmente consolidar uma linha de programação para o Theatro São Pedro e certamente significarão um grande impulso para a atividade lírica em nosso estado. A Secretaria também acertou ao escolher como diretor musical da nova orquestra o experiente e competente maestro Roberto Duarte

Roberto Duarte, um especialista do gênero. Natural do Rio de DIVULGAÇÃO Janeiro, Duarte atua como regente no Brasil, Europa e Estados Unidos e, além de seu premiado trabalho como maestro, tem fomento e difusão cultural da Secretaria de Estado da Cultura, um forte compromisso com a divulgação da música brasileira. afirmou: “O Theatro São Pedro vem sendo destinado à progra- O maestro, que é membro da Academia Brasileira de Música, mação de óperas e faltava uma orquestra própria que propiciasse foi discípulo e assistente de Francisco Mignone e Eleazar de um ganho de qualidade expressivo.” Carvalho, e por 27 anos professor da Universidade Federal do A temporada lírica 2010 do Theatro São Pedro será com- Rio de Janeiro. O regente titular da nova orquestra será o jovem posta por cinco títulos: Tosca de Puccini (com estreia em 29 de maestro Emiliano Patarra, que é regente titular e diretor artísti- abril e que será ainda apresentada por uma orquestra convidada, co da Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos. no caso a Osusp – leia mais sobre essa apresentação na página “Em todo o mundo, o gênero operístico precisa de investi- 50), Rigoletto de Verdi e Norma de Bellini, e mais outros dois mentos como esse para se manter vibrante”, afirmou o maestro títulos a serem confirmados. Roberto Duarte. “Estou muito contente em dividir essa emprei- Para formar a orquestra, até 55 músicos serão contratados tada com Emiliano Patarra, outrora meu aluno. Com a nova pela Apaa – Associação Paulista dos Amigos das Artes –, organi- orquestra, poderemos atender a demanda do público cativo do zação social responsável pelo Theatro São Pedro. As inscrições gênero, ampliar as plateias e ainda realizar concertos”, com- para a participação no processo seletivo estão abertas até o dia pletou o maestro. Já André Sturm, coordenador da Unidade de 15 de abril. (Leia mais na seção Outros Eventos.)

UM POUCO DE HISTÓRIA O Theatro São Pedro foi inaugurado em 16 de janeiro de 1917. Construído no estilo neoclássico e leve inspiração art-noveau, o teatro era revestido com cortinas de veludo vermelhas e verdes, alusão à pátria portuguesa. Na década de 40, o Theatro passou a integrar exclusivamente o circui- to comercial de cinemas, perdendo algumas de suas características arquitetônicas. Foi na década de 60 que a casa passou por sua pior fase, quando a plateia servia de depósito para materiais e estacionamento. Em 1982 foi feita proposta de tombamento do prédio, que só se confirmou em 1984. Começaram então os estudos de recuperação e o desenvolvimento de projetos. Depois da mais recente reforma, que durou três anos, o Theatro São Pedro foi reinaugurado em 24 de março de 1998. Dos originais 900 lugares, a sala principal passou a ter 636 poltronas, tratamento acústico adequado e modernos equipamentos contra incêndio, de som e luz. São 3800 m2 de área, entre vitrais importados da França, lustres de cristal tcheco, frontão dourado de madeira esculpida, veludos ingleses e madeiras nobres. A tecnologia, aliada à preservação histórica, fez o Theatro São Pedro renascer.

FOTO CONCERTO / THOMAS SUSEMIHL

6 Abril 2010 CONCERTO Notícias do mundo musical

Jovem compositor brasileiro ganha Prêmio Carlos Gomes destaque no “New York Times” acontece em 5 de maio No mês passado, o compositor brasileiro Felipe Lara foi alvo de uma elogiosa crítica publicada na Sala São Paulo pelo jornal “The New York Times”. A propósito da apresentação de sua obra Tran(slate) Está confirmada para o dia 5 de maio a pelo Jack Quartet – uma das revelações da atual temporada novaiorquina – o crítico Anthony XIII edição do Prêmio Carlos Gomes de Tommasini elogia Lara por sua escritura e riqueza de timbres, além do excepcional trabalho de Música Erudita. O evento será organizado interpretação desenvolvido pelo quarteto. nos mesmos moldes da última edição, Aos 31 anos de idade, natural de Sorocaba (SP) e radicado desde muito jovem em Nova York – quando passou a ser realizado pela Edi- onde termina seu doutorado na NYU (Universidade de Nova York) – Lara é uma dos principais tora Algol na Sala São Paulo. nomes da jovem geração de compositores brasileiros e quem mais tem se destacado no O Prêmio Carlos Gomes surgiu em 1996 cenário internacional. Suas obras são executadas com frequência pelo Quarteto Arditti (que para homenagear, em primeiro lugar, este ano estará no Festival de Inverno de Campos do Jordão), e nos últimos tempos lhe têm um dos maiores artistas da história do sido encomendadas peças por parte de importantes festivais e grupos europeus. país, o compositor Carlos Gomes; em se- No Brasil, suas obras já foram executadas em diferentes edições do Festival Música Nova e sua gundo, para honrar músicos e personali- peça Tutti pode ser conferida no CD Música Plural (que teve distribuição pela Revista CONCERTO). dades que lutavam por sua arte em um contexto muitas vezes pouco receptivo. Ao mesmo tempo, com a escolha dos melhores da música erudita e ópera bra- sileiras, esperava-se criar um universo de referências para o setor, consolidan- do seu vigor tanto internamente como perante a vida cultural mais ampla do país. Observando os ganhadores de cada uma das edições, verifica-se que foram reconhecidos o talento daqueles que mais contribuíram com ideias e projetos. O Prêmio Carlos Gomes tem como presi- dente a cantora Niza de Castro Tank. O compositor Felipe Lara DIVULGAÇÃO

CONCERTO Abril 2010 7 Ópera na DIVULGAÇÃO Alemanha O baixo brasileiro José Gallisa, que desde o final de 2008 integra o corpo estável da Ópera de Bremen, na Alemanha, acaba de estrear uma nova montagem de O barbeiro de Sevilha, de Rossini. A encenação leva a assinatura de Michael Hampe, um dos nomes de maior destaque na cena operística internacional. A ópera, apresentada no final de março no Theater am Goetheplatz, tem Gallisa como Don Basilio (ele está no segundo elenco; no primeiro, o papel cabe a Kurt Rydl). Além de Don Basilio, José Gallisa continua em cartaz cantando como Orovisto, em Norma de Bellini; como Saretzkij em Eugen Onegin de Tchaikovsky; como Komtur, em Don Giovanni de Mozart; como Alidoro em La cenerentola de Rossini; como Timur em Turandot de Puccini; e como Zacharias em Nabuco de Verdi. Quaternaglia faz turnê pelos Estados Unidos O Quaternaglia, quarteto de violões integrado por Chrys- tian Dozza, Fabio Ramazzina, Paola Picherzky e Sidney Molina, realizará uma turnê pelos Estados Unidos a par- tir do próximo dia 20 de abril (o grupo viaja para lá des- de 1997 e já se apresentou em mais de 15 diferentes estados americanos). Desta vez os concertos e master classes estão centralizados em Ohio e Indiana. O reper- tório será apenas de música brasileira, e quase todo ele é dedicado ao próprio grupo. Como destaque cabe men- cionar a estreia mundial de Fuga e frevo, obra encomen- dada a Paulo Bellinati especialmente para o recital do quarteto na cidade de Columbus, além de obras de Tiné, Gismonti, Marco Pereira e Villa-Lobos. Esse repertório da turnê será gravado ao vivo pelo Quaternaglia em São Paulo em maio próximo, quando também será lançado o CD “Estampas”, com obras de Villa-Lobos, Ginastera, Torroba, Brouwer e Assad, que contou com produção es- pecial do grande luthier e violonista Sérgio Abreu. José Gallisa DIVULGAÇÃO / JOÃO CALDAS DIVULGAÇÃO

Brasileiros no aniversário de Osvaldo Golijov A soprano brasileira Laura de Souza participa das comemorações do aniversário de 50 anos do argentino Osvaldo Golijov, o mais aclamado compositor erudito da atualidade. No próximo dia 24 de abril, Laura se apresentará no Disney Concert Hall, em Los Angeles, para uma nova execução da Paixão segundo São Marcos, de Golijov, da qual a cantora fez a primeira audição mundial, na Alemanha, em 2000. A obra foi composta em homenagem aos 250 anos da morte de J.S. Bach e será executada pela La Pasión Orchestra, sob direção de Maria Guinard. Outro brasileiro, o pianista Flavio Varani, também participa das comemorações, tendo realizado recital em março na David Familian Chapel, na Califórnia, com duas obras para piano solo compostas por Golijov: Levante (Fantasia virtuosísitca) sobre temas da Paixão segundo São Marcos e ZZ’s Dream (noturno). Varani gravará essas obras em primeiro registro Laura de Souza

mundial no Canadá, no segundo semestre deste ano. DIVULGAÇÃO

Encontro voltado a instrumentistas de sopro acontece em Tatuí O Conservatório Dramático e Musical Dr. concertos e palestras. Estão confirmadas convidados especiais o violoncelista francês Carlos de Campos de Tatuí promove entre os as presenças dos flautistas Jacques Zoon Iseut Chuat, o Quinteto Acadêmico Brasilei- dias 8 e 11 de abril o II Encontro Internacio- (Holanda) e Jessica Dalsant (Itália/Brasil), ro e o luthier Daniel Tamborin. nal de Madeiras de Orquestra. Com ativida- dos oboístas Arnaldo de Felice (Itália) e Joel Coordenado por Otávio Blóes e Edson Bel- des voltadas principalmente para flautistas, Gisiger (Brasil), dos clarinetistas Yuan Gao trami, o evento terá concertos da Banda e oboístas, clarinetistas e fagotistas, o even- (China/Estados Unidos) e Ovanir Buosi (Bra- da Orquestra Sinfônica do Conservatório de to receberá instrumentistas destacados do sil) e dos fagotistas Magnus Nilsson (Suécia) Tatuí, além de diversos recitais dos artistas Brasil e do exterior para master classes, e Fábio Cury (Brasil). Também atuarão como convidados.

8 Abril 2010 CONCERTO Notícias do mundo musical Roberto Tibiriçá estreia como regente titular da Sinfônica de Minas Gerais Palácio das Artes investe na elevação do nível artístico da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

cidade de Belo Horizonte se posiciona Em Minas Gerais, Tibiriçá começa a im- de forma cada vez mais sólida no cenário plementar novos repertórios e projetos. Um A brasileiro como polo de música clássica. deles é o I Concurso para Jovens Solistas da Após a reestruturação da Orquestra Filarmônica OSMG. “Aprendi com meu mestre e amigo, de Minas Gerais, agora é a Orquestra Sinfônica de maestro , que sempre se Minas Gerais que promove uma série de mudan- preocupou com a juventude musical. Foi ele ças para a elevação do nível técnico e artístico. que, seguindo os passos do grande Villa-Lobos, Um importante passo neste sentido foi instituiu os Concertos para a Juventude e os dado recentemente com a estreia, no mês de Concursos para Jovens Solistas e Jovens Regen- março, do maestro Roberto Tibiriçá como re- tes. E foi em um desses concursos que comecei gente titular da OSMG. Tibiriçá, que foi por minha carreira como pianista e maestro”, con- quase 18 anos principal regente convidado da ta Roberto Tibiriçá. As próximas duas fases do Osesp, além de diretor artístico da Orquestra Concurso estão programadas para os meses de Sinfônica Brasileira e regente assistente do junho (canto) e outubro (violão, harpa, cravo, Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, as- saxofone e percussão). sumiu em 2005 a direção artística do Instituto Além desse projeto, a OSMG seguirá com Baccarelli e da Sinfônica Heliópolis, com os a produção de títulos líricos populares no Palá- quais tem desenvolvido reconhecido trabalho cio das Artes (em fins de maio estreiaLa traviata social e artístico. O maestro é um dos mais bri- de Verdi com um ótimo elenco) e com turnês Roberto Tibiriçá lhantes músicos de sua geração. pelo interior do Estado. DIVULGAÇÃO Notícias do mundo musical

Festival de Salzburg celebra 90 anos O tradicional festival austríaco incluiu o Brasil em roteiro de divulgação

Festival de Salzburg, na Áustria, talvez o mais impor- Kaufmann e o pianista Helmut Deutsch; e um concerto com a tante festival clássico do mundo, incluiu o Brasil em um Filarmônica de Viena sob direção de Bernard Haitink. O roteiro de divulgação de sua edição 2010, que festeja Criado em 1920 por iniciativa de artistas como Hugo Von os seus 90 anos. Helga Rabl-Stadler, presidente, Markus Hin- Hofmannsthal, Max Reinhardt e Richard Strauss, o Festival de terhäuser, diretor de concertos (e a partir de 2011 novo diretor Salzburg desde o início teve como objetivo “o enfrentamento artístico do evento), e Eva Anzaloni, promotora para a América de crises, da crise de sentido, da perda de valores, da crise de do Sul, estiveram em São Paulo e no Rio de Janeiro em início de identidade do indivíduo assim como de todas as nações”. Em março para divulgar o Festival e incentivar brasileiros a visita- consonância com essa linha, Jürgen Flimm, atual intendente rem o evento. Para isso, foi preparado um pacote turístico para o do Festival de Salzburg, escreve no programa: “Neste ano de período de 22 a 28 de agosto, que contempla uma ótima progra- 2010, em um dos destaques do Festival, Valery Gergiev dirigirá mação: as óperas Elektra de Richard Strauss, Orfeu e Eurídice a World Orchestra for Peace (orquestra mundial para a paz) cria- de Gluck e Romeu e Julieta de Gounod; um concerto Mozart da pelo inesquecível Sir Georg Solti. Sua crença era: os políticos com regência de Ivor Bolton e a participação da pianista Fazil fazem o seu trabalho (em promoção da paz), mas os músicos Say; uma noite de Lieder (canções) com o festejado tenor Jonas são capazes de ser as vozes mais potentes. A música não tem fronteiras – ela é imediata, efetiva e verdadeira.” Markus Hinterhäuser, Helga Rabl-Stadler e Eva Anzaloni, A 90ª edição do Festival de Salzburg terá opera, concertos do Festival de Salzburg, em apresentação no Rio de Janeiro e teatro e acontecerá de 26 de julho a 30 de agosto de 2010. A abertura se dará com a estreia da ópera Dionísio do compositor alemão Wolfgang Rihm, nascido em 1952. Rihm é um dos mais instigantes e importantes criadores da atualidade, e escreveu sua obra inspirado nos “Ditirambos Dionísicos” do filósofo Frie- drich Nietzsche (1844-1900). A direção musical será de Ingo Metzmacher e a direção cênica de Pierre Audi. Segundo o diretor Markus Hinterhäuser, que conversou com a Revista CONCERTO, “para montar a programação do Festival há a preocupação de criar um equilíbrio entre os gran- des títulos do repertório clássico e a contemporaneidade”. Já a presidente Helga Rabl-Stadler realçou o caráter internacional que cerca o evento. Segundo ela, em edições recentes houve espectadores de 68 países, dos quais 35 eram de fora da Europa. O festival de 2010 terá 190 apresentações com uma oferta de 220 mil ingressos. [Maiores informações podem ser obtidas por e-mail info@salzburg ­festival.at ou [email protected], ou pelos telefones: (12)

DIVULGAÇÃO 8144-4556 (Brasil) ou +43 660 555 8483 (Áustria).]

MAESTRO NELSON NILO HACK “Encontros Clássicos” terá COMPLETA 90 ANOS lançamento de CD de Fábio Cury O maestro Nelson Nilo Hack completa 90 anos de idade Um interessante repertório com obras para fagote e orquestra dos compositores este mês, sendo 80 deles dedicados à música. Dentre suas brasileiros Antônio Ribeiro, André Mehmari, Camargo Guarnieri e Villa-Lobos diversas realizações estão a fundação do grupo juvenil da foi escolhido por Fábio Cury para compor o seu novo CD, intitulado“Velhas e Orquestra Municipal do Rio de Janeiro, na década de 60, e novas cirandas – Música brasileira para fagote e orquestra”, que será lançado das orquestras de Câmara e Sinfônica Jovem do Pró-Música, este mês pelo selo Clássicos. Exímio instrumentista, Cury conta em sua biogra- em Juiz de Fora. Como regente, já atuou frente à Orquestra fia passagens pelas mais importantes orques- Sinfônica Nacional, OSB e Sinfônica do Municipal do Rio. tras brasileiras, como a Orquestra Sinfônica Neste mês, irá reger dois concertos em Juiz de Fora. do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Nelson Nilo Hack diplomou-se em violino e oboé pela Escola Brasileira e Orquestra Sinfônica Municipal, Nacional de Música da Universidade do Brasil, na classe da que ainda integra como instrumentista. Além professora Paulina D’Ambrósio, aperfeiçoando-se em Milão de apresentações frequentes como solista e cursando doutorado em canto coral pela UFRJ. Foi oboísta convidado frente aos mais prestigiados con- da Orquestra do Theatro Municipal do Rio e da Orquestra juntos nacionais, Cury desenvolve intensa Sinfônica Brasileira, entre outras. Durante 20 anos dirigiu atividades como professor. Haverá concerto a Orquestra de Câmara da Rádio MEC, e há mais de duas de lançamento e sessão de autógrafos nos décadas desenvolve intenso trabalho de formação de jovens “Encontros Clássicos” de sábado, dia 17 de músicos no Centro Cultural Pró-Música de Juiz de Fora. abril (veja no Roteiro Musical). DIVULGAÇÃO / HELOISA BORTZ / HELOISA DIVULGAÇÃO

10 Abril 2010 CONCERTO

Notícias do mundo musical

OSB PROMOVE CONCURSO A Banda Sinfônica de Cubatão participa entre os dias 13 e 18 de julho do Mid Europe 2010, festival de música NELSON FREIRE JOVENS SOLISTAS clássica realizado na Áustria. O grupo vai realizar concer- tos nas cidades de Villach, Linz e Salzburg, levando um Em 2010 a OSB volta a promover uma das mais importantes iniciativas de es- repertório com obras de Villa-Lobos, Camargo Guarnie- tímulo aos jovens músicos: o Concurso Nelson Freire OSB Jovens Solistas, her- ri, , João Victor Bota, Fernando Morais, deiro da tradição dos Concursos para a Juventude, realizados desde a década e outros compositores latino-americanos. de 50 e que ganharam fama pelas mãos de Eleazar de Carvalho. O Concurso A Banda Sinfônica de Cubatão tem coordenação artística terá sua final em junho. Das competições dos anos 50 e 60 participaram o do maestro Roberto Farias. próprio Nelson (duas vezes), Cristina Ortiz, Antonio Guedes Barbosa e muitos outros grandes nomes. São duas categorias – piano e cordas/sopros/metais Em meados de abril chega às lojas de França, Inglaterra e – cada uma com três prêmios: de R$ 3 mil, R$ 5 mil e R$ 8 mil, mais concertos Estados Unidos o primeiro CD do jovem pianista brasilei- em 2011 com a OSB e diversas outras orquestras brasileiras. ro Felipe Scagliusi (31 anos). O disco, que sai pelo selo Conforme declara Nelson Freire, “a carreira de músico não é muito diferente inglês Avie Records, é integralmente dedicado a obras das outras, ou seja, o começo pode ser bem difícil. (...) É claro que também de Robert Schumann. Scagliusi estudou na ECA-USP, com tem de aprender com professores e colegas, mas a diferença básica é que o Gilberto Tinetti, realizando em seguida um mestrado na músico tem de se expor ao público (...) Os concursos da OSB repercutiam na Manhattan School of Music, com Solomon Mikowsky. Em vida musical do Rio. Eu mesmo participei de dois: ainda menino, em 1956, 2007 radicou-se em , para aperfeiçoamento com com o Concerto K 271 de Mozart, e em 1957, aos 12 anos, toquei o concerto Edson Elias e com Clidat. Na França, o lançamento Imperador de Beethoven. Foi graças a esta participação que fui convidado do CD será marcado com um recital no Hôtel des invalli- para competir no primeiro grande concurso internacional do Rio de Janeiro, des, a ser realizado em maio. No segundo semestre Feli- cujo tema foi a obra de Chopin”. (Leia mais sobre o Concurso Nelson Freire pe Scagliusi deverá realizar recitais também na Inglaterra, OSB Jovens Solistas na seção Outros Eventos.) Estados Unidos e São Paulo.

A excepcional percussionista Evelyn Glennie, que par- ticipou como solista da turnê da Osesp aos EUA no ano passado, escolheu o CD do Duo Contexto, formado pe- Caio Pagano interpreta Schumann los percussionistas Ricardo Bologna e Eduardo Leandro, como um dos seis discos que ela mais aprecia. A notícia e Chopin no novo CD da coleção foi publicada no Daily Express da Inglaterra. Ao lado de Bernstein, Kissin e Jacques Loussier, Glennie aponta o “Música de CONCERTO” CD brasileiro com o seguinte comentário: “Eu tenho uma grande coleção de discos de percussão, mas um dos meus Dois grandes mestres da música que favoritos é a gravação do grupo brasileiro Duo Contexto: em 2010 completam 200 anos de músicos de primeiro nível fazendo música fabulosa.” O CD nascimento, Schumann e Chopin, são do Duo Contexto foi lançado ano passado pelo selo Sesc os compositores abordados pelo exímio e traz obras dos compositores brasileiros Eduardo Guima- pianista Caio Pagano no novo CD da rães Álvares, , Marcos Branda Lacerda, série “Música de CONCERTO”, coleção Fernando Iazzetta, Roberto Vicorio e Marisa Rezende. de discos presenteados anualmente (Conheça o CD em www.lojaclassicos.com.br.) aos assinantes da Revista CONCERTO. O jovem pianista brasileiro Rogerio Tutti realizou reci- O lançamento do título também tais nas cidades de Boston, Filadélfia, Norwell, Cheston presta uma homenagem ao próprio Spring, Grand Forks e Keneth Square, nos Estados Unidos. Caio Pagano, que em junho completa “O concerto na cidade de Grand Forks, no qual eu fui con- 70 anos de idade. decorado com a chave da cidade, foi comissionado pelo Nascido em São Paulo, Caio Pagano prefeito Michael R. Brown como celebração do novo con- estudou na Escola Magdalena vênio entre a prefeitura e a Universidade de Dakota do Tagliaferro, com Lina Pires de Norte”, contou o pianista, que é professor de piano da Campos, vencendo um 1961 o Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande Concurso Eldorado. Continuou seus estudos na do Norte. Alemanha, com Conrad Hansen, e mais tarde com Helena Costa, Karl Engel e Sandor Végh. Em 1970 conquistou o Primeiro Prêmio do Concurso A série musical do Museu The Phillips Collection em Internacional Beethoven, em Lisboa, Portugal. O artista se distingue por um Washington, nos EUA, promoveu no mês passado a estreia profundo conhecimento de música, arte e literatura, o que confere autoridade mundial de Mandala, trio para clarinete, violino e piano única as suas interpretações. Sua brilhante técnica está sempre acompanhada do compositor brasileiro . A execução esteve de um exuberante lirismo, inteligência e senso de estilo. a cargo do Trio Verdehr, que no mesmo concerto estreou É o que os leitores da Revista CONCERTO poderão conferir no novo CD, que uma nova composição do venezuelano Paul Desenne e in- apresenta as Cenas infantis de Schumann e, em gravação exclusiva, a Sonata terpretou obras de Wolfram Wagner e James Niblock. nº 3 op. 58 de Chopin, bem como o Noturno op. 27 nº 2. O CD Caio Pagano será presenteado ao longo do ano aos assinantes da Revista O novo diretor artístico da Osesp, Arthur Nestrovski, pas- CONCERTO quando de suas renovações ou novas assinaturas. (Os assinantes sou a comentar as transmissões da orquestra realizadas que fizeram a assinatura bianual receberão o CD no mês em que a assinatura pela rádio Cultura FM (sábados às 15 horas com reapre- completar o primeiro ano.) O CD Caio Pagano é o 15º título da coleção “Música sentação quartas-feiras às 21 horas). Nestrovski deverá de CONCERTO”, que já apresentou, entre outros, artistas como Nelson Freire, contextualizar historicamente as obras e apresentar os Antonio Meneses, Gilberto Tinetti, Sonia Rubinsky, Anna Stella Schic, Marcelo artistas convidados. Bratke, Felicja Blumental, Eduardo Monteiro e o Trio Brasileiro.

12 Abril 2010 CONCERTO Sinfônica de Porto Alegre comemora 60 anos e anuncia temporada

Um dos mais antigos conjuntos sinfônicos do país, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre anunciou no último mês as atrações de sua temporada 2010

ano de 2010 será especial para a Orquestra Sinfônica de Porto Alergre, a Ospa, pois ela completa 60 anos de fun- O dação e atividades ininterruptas. Além de 21 concertos da série oficial, haverá mais duas dezenas de apresentações por cidades do interior, voltadas para os jovens ou comemorando Capa do programa datas oficiais. da Temporada A Ospa foi fundada em 1950 tendo a sua frente o maestro 2010 da Orquestra Pablo Komlós, regente húngaro que a dirigiu até Sinfônica de 1978 e que foi responsável pela permanência, Porto Alegre, comemorativa solidificação e prestígio adquirido pelo grupo. dos seus 60 anos David Machado, Eleazar de Carvalho, Flávio Chamis, Cláudio Ribeiro e Íon Bressan foram A programação dos concertos de 2010 levou em conta os regentes que se seguiram a Komlós. Atual- diversas efemérides ligadas ao nascimento e morte de compo- mente, o maestro Isaac Karabtchevsky é o sitores como Schumann, Chopin, Pergolesi e Balakirev. Outros seu diretor artístico e regente titular. destaques são o concerto de gala com o pianista Arnaldo Cohen Muitos foram os grandes artistas e o maestro Isaac Karabtchevsky, em junho; a apresentação da que passaram pela Ospa ao lon- Sinfonia nº 9 de Mahler, em agosto; e o pianista gaúcho radicado go dos seus 60 anos de ativi- nos Estados Unidos Alexandre Dossin, que executa o Concerto dades, com destaque para os para piano nº 1, de Chopin, com regência de Karabtchevsky, estrangeiros Friedrich Gulda, em setembro. Em abril, além de um festival de tangos, no dia Antonio Janigro, Mischa 6, regido pelo maestro Túlio Belardi, a Ospa apresenta-se com Maisky, Bruno Gelber, maestros convidados em obras de Schumann dias 13, 20 e 27. Montserrat Caballé, Lucia- Os patrocinadores da temporada 2010 da Orquestra Sinfô- no Pavarotti e José Carreras, nica de Porto Alegre são Banrisul, Vonpar, Grupo CEEE, Brasília entre outros. Guaíba, Gerdau, Souza Cruz e Ipiranga. DIVULGAÇÃO

Orquestra do Theatro São Pedro de Porto Alegre festeja 25 anos e lança programação

m abril, a Orquestra de Câmara do The- ciam o trabalho da orquestra. “Na posição de com obras de Bach e Händel. O restante da atro São Pedro faz dupla comemoração: diretor artístico tenho a responsabilidade de temporada, com concertos mensais temá- E ao mesmo tempo em que dá início a sua pensar em programações criativas e ousadas, in- ticos, incluem obras de Ernesto Nazereth e temporada 2010, comemora os 25 de sua fun- cluindo obras do repertório histórico, da música Radamés Gnattali com a participação do vio- dação. Criada em Porto Alegre em 1985 e man- contemporânea e da música popular brasileira.” lonista Yamandu Costa; o balé Mahavidyas, tida somente com apoio da iniciativa privada, No histórico de apresentações da OCTSP com música de Vagner Cunha e a participa- o conjunto é um grupo estável do Theatro São constam participações de músicos de renome in- ção dos pianistas Ney Fialkow e Cristina Ca- Pedro, a casa de espetáculos mais tradicional ternacional, como os solistas Yara Bernette, Luís pparelli, além dos percussionistas Leonardo da capital gaúcha, com 152 anos de existên- Ascot, Ranson Wilson, Yamandu Costa, Nelson Winter e Diego Silveira; obras de Vivaldi, cia. Com programação abrangente, a orques- Freire, Charles Rosen, Sumi Jo, Altamiro­ Car- Mozart e Beethoven; e um recital dedicado a tra apresenta atualmente três séries regulares: rilho, Nicanor Zabaleta, Zygmunt Kubala, Jean canções brasileiras de Villa-Lobos, Waldemar Concertos Oficiais, Concertos Banrisul para Pierre Rampal e Antonio Meneses. Henrique e Ronaldo Miranda, entre outros, Juventude e Concertos CEEE. que terá como solista a consagrada soprano Segundo o maestro Antônio Carlos Borges- DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO 2010 Céline Imbert. Cunha, atual diretor artístico e regente da O repertório do concerto que acontece Maiores informações podem ser obtidas OCTSP, originalidade é, sem dúvida, uma das no dia 12 deste mês reproduzirá o primeiro pelo site www.orquestratsp.org.br ou pelo te- características mais importantes que diferen- programa que a orquestra realizou, em 1985, lefone (51) 3226-2005.

CONCERTO Abril 2010 13�� OSB apresenta temporada comemorativa de 70 anos Vivendo um bom momento, a Orquestra Sinfônica Brasileira, OSB, acaba de apresentar a sua temporada para o ano de 2010, que comemorará os seus 70 anos de existência

temporada 2010 da Orquestra Sinfônica aluno de Guerra-Peixe, que também completa Brasileira relembrará importantes mar- 70 anos em 2010. Outras primeiras audições A cos de sua história. Fundada em 1940 no Rio de Janeiro serão Lontano, de Gyorgy por José Siqueira, a orquestra realizou seu pri- Ligeti, O anel sem palavras, adaptação de Lorin meiro concerto em 17 de agosto daquele ano, Maazel para a peça de Wagner, e Lady Macbeth no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob de Mtsensk – Três Peças, de Shostakovich. direção do maestro húngaro Eugen Szenkar. Aquela apresentação será rememorada no pró- OUTROS PROJETOS ximo dia 17 de agosto, quando Roberto Minc­ A OSB mantém uma orquestra juvenil, a zuk, atual diretor artístico e regente titular, OSB Jovem, que nesta temporada ganha um comandará o mesmo programa do concerto reforço ainda maior. O número de integrantes inaugural, no mesmo Theatro Municipal. aumentou de 60 para 83, os programas de Outros importantes momentos da OSB Roberto Minczuk monitoria e acompanhamento pelos músicos nesses 70 anos serão destacados na tempora- DIVULGAÇÃO profissionais se intensificaram e os auxílios da de 2010. No dia 27 de agosto, Isaac Karab­ financeiros subiram. Como novidade, neste ano tchevsky, que foi diretor da OSB por mais de 20 ler; o baixo-barítono canadense Russell Braun, a OSB investirá também na criação de um coro anos, apresenta o programa da turnê de 1974 em um programa com Mahler (canções de infantil, com 60 integrantes, que terá regência do grupo na Europa (que foi a primeira turnê de A trompa mágica) e Beethoven (a Nona sinfo- do experiente maestro Julio Moretzsohn. uma orquestra brasileira naquele continente). nia); a mezzo soprano norte-americana Jessica Já os tradicionais Concertos para a Juven- O conjunto também tocará peças de grande Rivera (em um programa de obras de composito- tude, marco da história da música clássica no importância para a sua história e da música res contemporâneos); o regente suíço Matthias Brasil, se tornam em 2010 um projeto em par- brasileira: a Sinfonia nº 5 de Claudio Santoro, Bamert, discípulo de Boulez e Stockhausen; a ceria com o Theatro Municipal do Rio: em 12 gravada pela OSB sob a batuta do compositor; violinista norte-americana Rachel Barton-Pine domingos, sempre às 11h, a OSB e a OSB Jo- Museu da Inconfidência, de Guerra-Peixe, (que toca o Concerto de Barber); os pianistas vem farão programas especialmente montados que fez sua estreia com a OSB (no programa da Sofia Gulyak, russa, primeira mulher a ganhar o ou adaptados, com ingressos a R$ 1. turnê à Europa); Mosaico, de Marlos Nobre; Concurso Leeds; Alice Sara Ott, alemã de ascen- A Sinfônica Brasileira também participará a Abertura de As Três máscaras perdidas, de dência japonesa, que aos 22 anos tem contrato do II Concurso Internacional BNDES de Piano, Francisco Mignone, que também fizeram suas de exclusividade com a Deutsche Grammo- que nesta edição homenageia a pianista Guio- premières com a OSB, assim como as Bachia- phon; e os renomados russos Konstantin Scher- mar Novaes. Em julho, a orquestra estará no nas nº 9 de Villa-Lobos, peça que teve com a bakov e Andrei Gavrilov. A consagrada mezzo Festival de Inverno de Campos do Jordão para orquestra sua primeira audição mundial. soprano Jennifer Larmore se apresenta com a dois concertos com a Sinfonia nº 3 de Mahler O maestro Eleazar de Carvalho, que foi orquestra pela primeira vez na cidade. com a participação da mezzo soprano Natascha por 16 anos diretor e regente titular da OSB, Entre os convidados destaca-se ainda o Petrinsky. também será lembrado e homenageado: além maestro , que vem ao Brasil em ju- Como a Cidade da Música, futura sede da da execução de diversas obras que Eleazar es- lho para o ciclo das quatro sinfonias de Brahms orquestra, não ficou pronta (“esperamos que treou à frente da OSB, um concerto especial e para fazer um concerto no qual divide o pó- até o fim do ano possamos entrar na sala princi- será feito em 11 e 12 de setembro (este dia, dio com seu filho Ken David Masur. O pianista pal”, conforme falou Roberto Minczuk), a OSB aniversário de sua morte), com um programa Nelson Freire tocará em agosto o Concerto firmou parceria com a Universidade do Estado que terá também a Sinfonia Fantástica de nº 4 de Beethoven, e o violoncelista Antonio do Rio de Janeiro e neste ano ocupará o Teatro Berlioz, uma de suas favoritas. Meneses, o Concerto de Schumann. A trom- Odylo Costa Filho, na zona norte do Rio de Ja- A temporada da OSB está dividida em cin- petista britânica Alison Balsom retorna ao Rio e neiro, para ensaios e apresentações especiais. co séries – Ametista, Ônix, Topázio, Turmalina se apresentará também, pela primeira vez, em (no Theatro Municipal do Rio) e Safira (na Sala São Paulo. Entre os cantores brasileiros con- São Paulo) –, e acontece de 8 de maio a 18 de vidados nesta temporada estão nomes como dezembro. Além destas, ainda foi criada uma Eiko Senda, Denise de Freitas, Rosana Lamosa, Orquestra Sinfônica Brasileira série para concertos especiais denominada Luisa Francesconi e o tenor paulistano Thiago Temporada 2010 - 70 anos Série “Fora de série”. Arancam, de 27 anos. Entre os solistas e regentes convidados, A OSB também terá obras inéditas de au- VENDA DE ASSINATURAS destacam-se o renomado regente e pianista nor- toria de compositores como John Adams, John Rio de Janeiro: até 30 de abril São Paulo: de 6 até 25 de maio Corigliano e Osvaldo Golijov, e ainda a estreia te-americano Leon Fleisher, que esteve no Rio Telefone: (21) 2142-5800 com a OSB em 1956; a mezzo soprano Natascha mundial de uma peça especialmente compos- Internet: www.osb.com.br Petrinsky, que cantará a Sinfonia nº 3 de Mah- ta para a OSB pelo carioca Guilherme Bauer,

14 Abril 2010 CONCERTO Dell’Arte inicia programação em maio

Dell’Arte, entidade cultural que há seu repertório peças contemporâneas escritas quase 30 anos promove a vinda ao por compositores holandeses e internacionais A Brasil de grandes atrações internacio- para grandes formações de jazz. Além de via- nais musicais e artísticas em geral, inicia em jar o mundo se apresentando nos principais maio sua temporada de música clássica, que festivais de jazz do mundo, o conjunto cria e acontece no Rio de Janeiro. participa de projetos com artistas e formações Abre a série uma das mais importantes e diversas e, recentemente, realizou um musical tradicionais orquestras da Europa, a Dresdner em homenagem a Ray Charles. Philharmoniker, que é também um dos princi- A temporada da Dell’Arte encerra-se em pais marcos da vida cultural de sua cidade. A novembro em grande estilo com um instru- orquestra se apresenta no dia 2 de maio, com mentista que está entre os mais aclamados da regência de Rafael Frühbeck de Burgos e so- Violoncelista Yo-Yo Ma atualidade, o violinista israelense Itzhak Perl- los do pianista Sérgio Monteiro. Nascido em DIVULGAÇÃO man. Perlman, que é também maestro, é re- Niterói em 1974, Monteiro tem desenvolvido conhecido como uma das maiores personalida- nos últimos anos uma expressiva carreira in- chas Zukerman, e tem um vasto repertório que des musicais do século XX. Sua fama mundial ternacional, que além de concertos como so- chega até a música contemporânea. No mesmo começou já aos 13 anos, por sua belíssima in- lista inclui o trabalho pedagógico como chefe mês ainda haverá a apresentação do exímio pia- terpretação do Concerto para violino de Felix do Departamento de Piano da Oklahoma City nista húngaro Andras Schiff, um dos melhores in- Mendelssohn. University. térpretes do grande repertório Barroco, Clássico e Em junho é a vez do grande violoncelista Romântico, com destaque para a obra de Mozart, Yo-Yo Ma apresentar-se ao lado de sua parceira Schubert e Beethoven, do qual registrou ao vivo Série O Globo / Dell‘Arte musical, a pianista Kathryn Stott. todas as sonatas. O segundo semestre inicia-se com a visita da Música Angélica Baroque Orchestra é a atra- Concertos Internacionais Hong-Kong Sinfonietta, em agosto. A orquestra, ção de setembro. Dirigido pelo maestro Martin VENDA DE ASSINATURAS formada em 1990, conta hoje com mais de 50 Haselböck, o grupo prioriza a pesquisa de compo- Disque Dell‘Arte músicos e tem como diretora musical Yip Wing- sitores menos conhecidos, dos quais tem apresen- (21) 3235-8545 – (21) 2568-8742 Sie, que a conduz nesta turnê. A Sinfonietta já tado descobertas de alto valor musical. 4002-0019 tocou com grandes nomes da música clássica, Já em outubro é a vez dos músicos da Internet: www.dellarte.com.br como Plácido Domingo, Luciano Pavarotti e Pin- Concertgebouw Jazz Orchestra, que traz em Opes lança séries Djanira e Portinari

Orquestra Petrobras Sinfônica (Opes) Dentro das efemérides do Ano Chopin, anuncia a programação de concertos a Petrobras Sinfônica interpreta seu Concer- A para 2010, nas séries Djanira e Porti- to para piano n°2 tendo como solista o baia- nari, que serão realizadas no Theatro Municipal, no Ricardo Castro. Por sua vez, Schumann renovado após as obras de restauro (no entanto, a (que como Chopin nasceu há 200 anos) terá Opes já está realizando concertos da série Mestre seu Concerto para piano tocado por Arnaldo Athayde em igrejas do Rio; veja detalhes na pági- Cohen, que volta a atuar como solista frente na 52). O diretor artístico e regente titular da or- à orquestra. questra, Isaac Karabtchevsky, ressalta que a pro- A venda de assinaturas da Petrobras Sinfô- gramação foi pensada “para o prazer do público, nica será feita exclusivamente pelos telefones e para enfatizar as principais características da (21) 2568-8742 e (21) 2568-7005. Para assi- orquestra: brasilidade e contemporaneidade”. nantes, membros da Associação de Amigos ou Serão dez concertos com repertório e Isaac Karabtchevsky do Programa Amigos 2009/2010, a renovação convidados variados. Um dos destaques são DIVULGAÇÃO deverá ser feita entre os dias 5 e 14 de abril. as primeiras audições (brasileiras ou cariocas): da Sinfonia nº 4, de Charles Yves, do Concerto obras – a Sinfonia nº 2, “A ressurreição”, na para violoncelo e orquestra, de Friedrich Gulda abertura da temporada, e a Sinfonia n°5 – Orquestra Petrobras Sinfônica – que terá solos do ótimo Antonio Meneses –, e encerrando assim o ciclo Mahler iniciado em da Sinfonia nº 3 de . Outra 2006, que abordou as sinfonias do compositor. Temporada 2010 estreia, dessa vez em primeira audição mun- Outro grande destaque é o título O caso VENDA DE NOVAS ASSINATURAS dial, será uma obra de André Mehmari comis- Makropulos, quarta das seis óperas que o com- De 15 a 24 de abril sionada pela Opes. positor tcheco Leoš Janácek escreveu. Em for- Telefones No ano em que o mundo comemora os mato de concerto cênico a obra será apresen- (21) 2568-8742 – (21) 2568-7005 150 anos de nascimento de Gustav Mahler, tada pela primeira vez no país, com direção de www.petrobrasinfonica.com.br a Petrobras Sinfônica interpreta duas de suas .

CONCERTO Abril 2010 15�� A OSB setentona

A Orquestra Sinfônica Brasileira completa 70 anos com uma programação em que evocará grandes momentos do passado. Ela é a orquestra há mais tempo em atividade no Brasil, tendo surgido – em 1940 – em um panorama em que as tentativas de manter um organismo artístico dessa natureza na então capital brasileira, o Rio de Janeiro, se sucediam sem muito êxito

Por Clóvis Marques

empreendimento musical que mais tempo durou na O grande frisson causado em 1940 pela fundação da OSB primeira metade do século XX foi o da Sociedade de decorria em grande parte do fato de ser a primeira iniciativa em O Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro, criada em 1912 moldes “americanizados”, contando com fi nanciamento priva- por Francisco Nunes e o maestro Francisco Braga, que até 1933 do em bases comerciais. A presença em temporadas cariocas esteve à frente das estantes dessa orquestra, em temporadas que anteriores (era o início da Segunda Guerra Mundial...) do re- transcorriam sobretudo no Teatro Municipal. No período de gente de origem húngara Eugen Szenkar – o primeiro titular do 1931-32, o regente Walter Burle Marx causou sensação (muito novo conjunto – foi outro fator decisivo, assim como a atuação apreciado pelo crítico Luiz Heitor Correa de Azevedo mas detes- pioneira do compositor e maestro José Siqueira. Ambos eram tado por Oscar Guanabarino) com sua Orquestra Filarmônica do membros do conselho diretor, ao lado de patronos como Arnal- Rio de Janeiro, que não durou mais que duas temporadas, com do Guinle, Luiz Severiano Ribeiro e Guilherme de Figueiredo. a partida de seu mentor para os Estados Unidos. Entre os músicos hoje lendários cujos nomes estão asso- Villa-Lobos também criou uma orquestra efêmera, que le- ciados à primeira formação da OSB encontram-se os violinistas vou seu nome, na temporada de 1935. (Estas informações cons- Ricardo Odnoposoff, Oscar Borgerth, Claudio Santoro e Santino tam do excelente livro – Orquestra Sinfônica Brasileira, 1940- Parpinelli, os violoncelistas Iberê Gomes Grosso, e 2000 – em que Sérgio Nepomuceno Alvim Corrêa relatava, há Nydia Soledade Otero, o fl autista Hans-Joachim Koellreutter e o dez anos, as primeiras seis décadas da OSB.) clarinetista Jaioleno dos Santos. Em 1932 era fundada a Orquestra do Teatro Municipal, A estréia em 17 de agosto de 1940 deu-se com a Sinfonia que desde logo se apresentou também em concertos sinfôni- nº 5 de Beethoven, em programa comportando também a aber- cos, além de acompanhar os espetáculos de ópera e balé, sua tura Oberon, de Weber, a Serenata de Alberto Nepomuceno, o vocação primeira, mas só no início dos anos 60, por iniciativa Prelúdio do terceiro ato e outros trechos dos Mestres cantores de seu novo titular então, Mário Tavares, incorporaria ao nome de Nuremberg, de Wagner, e a Polca e fuga da ópera Swanda, a palavra “Sinfônica”. de Weinberger. Primeira orquestra brasileira a excursionar pela Europa (em 1974), a OSB foi dirigida, sucessivamente, por Szenkar (até 1948), Lamberto Baldi (1949-51), Eleazar de Carvalho (1952- 68, com uma interinidade de Alceo Bocchino no início da dé- Foto oficial da Temporada de 19�2 da Orquestra Sinfônica cada de 60), Isaac Karabtchevsky (1969-94), Roberto Tibiriçá Brasileira, com o maestro Eleazar de Carvalho, à época seu (1995-97), Yeruham Scharovsky (1998-2003) e agora Roberto regente titular Minczuk. Com uma discografi a pequena (na qual se destaca uma integral das Bachianas brasileiras de Villa-Lobos regida por Karabtchevsky), a orquestra deu muitas estreias de obras de compositores brasileiros como Villa-Lobos, Guarnieri, Santoro, Nobre, Fernandez, Gnattali, Mignone, Krieger, Guerra-Peixe, Miranda, Almeida Prado e muitos outros. Este ano a OSB fez uma encomenda ao compositor Gui- lherme Bauer (do qual três obras estreou em anos anteriores), que nasceu no mesmo ano que ela: “Apesar de mais velho que a OSB, não pude ir ao seu concerto inaugural, pois estava com pouco mais de... 2 meses de idade”, conta ele. “As idas aos Con- certos para a juventude da OSB aos domingos, com o maestro Eleazar de Carvalho, incentivaram-me a prosseguir nos estudos de música. E agora, inspirando-me na abertura A consagração da casa, de Beethoven, estou compondo uma Celebração sin- fônica enfatizando os diferentes naipes, que atuarão individual- mente, a dois, a três e em conjunto com vigorosas massas sono- ras, para revelar o potencial da orquestra em passagens festivas

REPRODUÇÃO próprias para celebrar o aniversário.”

16 Abril 2010 CONCERTO Por Júlio Medaglia

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Zonas de vulnerabilidade social (e de excelência artística)

Em inúmeros pontos do país têm surgido Curiosamente, porém, é exatamente das áreas menos privi- movimentos artísticos liderados por legiadas dessa nossa movimentação social que tem surgido uma reação a esse status quo. Se alguns jovens dessas regiões têm abnegados que, em vez de ficar saboreando preferido pegar em armas para tentar “subir na vida”, boa parte as delícias da música universal, fazem uso deles vem mostrando que existem outras opções, aquelas que de seus conhecimentos para transformar a se localizam no outro extremo da violência: progredir através riqueza cultural e emotiva da música em um do culto da sensibilidade, com instrumentos musicais nas mãos. bem social regenerador Em inúmeros pontos desse país têm surgido, exatamente em zo- nas de pobreza, movimentos artísticos os mais dignos, liderados por abnegados que, em vez de ficar saboreando as delícias da música universal, fazem uso de seus conhecimentos para trans- formar a riqueza cultural e emotiva da música em um bem social regenerador. Os resultados têm sido surpreendentes. E a música parece ser, efetivamente, um poderoso instrumento para tais propósitos. Por seu poder feiticeiro, ela vai direto à alma, produ- zindo impactos emocionais no indivíduo ao mesmo tempo em que disciplina seu comportamento por ser uma arte – embora não pareça – matemática por excelência. Ou seja, a música por um lado encanta e seduz e por outro organiza a mente. Felizmente parece que boa parte dos empresários brasi- s tecnocratas do assistencialismo oficial brasileiro ado- leiros começa a encarar uma realidade que nos Estados Uni- ram criar termos e expressões “sofisticadas” para carac- dos, por exemplo, é antiquíssima: a que não se exerce uma O terizar situações sociais que, no dia-a-dia, nada de refi- função empresarial digna apenas trabalhando e obtendo lu- nado nos revelam. Muito ao contrário, escancaram a realidade cros, mas também assumindo outros tipos de compromissos triste deste pais, o quarto mundo em termos de desigualdade com a comunidade que produz e consome os bens por eles social – perdendo apenas para alguns poucos africanos. E pa- fabricados. Já são muitos os casos de grandes empresas que rece que é o lado debaixo dessa hierarquia sócio-cultural que vêm apoiando tais movimentos, alguns deles já estrapolando vem fornecendo os parâmetros artísticos para nossos meios de o objetivo inicial. comunicação eletrônicos, que distribuem aos milhões de lares Esse é o caso, por exemplo, da Sinfônica de Heliópolis, brasileiros um tipo de entretenimento que trucida a possível orquestra formada a partir de um projeto implementado pelo sensibilidade popular. Pior que isso, enquanto empresas e ban- maestro Silvio Baccarelli nesse carente bairro de São Paulo há cos estatais se vangloriam dos lucros exorbitantes alcançados, mais de dez anos. Se o objetivo inicial aqui era o de retirar jovens nossos políticos saboreiam mordomias de causar inveja aos da da marginalidade perniciosa, o de substituir a metralhadora por Suíça ou aos sheikes do petróleo. Enquanto nossas estatísticas um violino, com o passar do tempo o objetivo puramente social mostram níveis de um país prestes a alcançar o topo entre os vem revelando uma outra realidade: um saldo artístico o mais líderes do mundo abastado, o que se vê nos noticiários é a maior elevado e respeitado internacionalmente. Essa orquestra acaba parte da população vivendo sob condições desumanas – não em de ser convidada para viajar à Alemanha para participar de um “zonas de vulnerabilidade social” mas em favelas, cortiços ou festival em Bonn, cidade-berço de um dos maiores gênios da barracos miseráveis, sem os menores vestígios de civilização. história da humanidade, . Tenho certeza A criminalidade, que ocupa 90% do noticiário televisivo, nos de que sua música, mais que uma demonstração artística, irá mostra essa triste realidade mais que qualquer número otimista revelar uma profunda mensagem humana, certamente mais co- e abstrato produzido por nossos indicadores econômicos. movente que os belos acordes sinfônicos executados.

CONCERTO Abril 2010 1��7 Leonor e outras óperas pernambucanas

A apresentação de Dulcineia e Trancoso, em 18 de dezembro último, quebrou um intervalo de 126 anos sem que uma ópera inédita estreasse em palcos pernambucanos. Agora, ainda aguardamos a apresentação de uma obra de autor conterrâneo.

Por Carlos Eduardo Amaral

longo intervalo sem óperas em Pernambuco perdurava desde sete de setembro de 1883, quando Leonor, de O Euclides Fonseca (1854-1929), teve lugar no hoje ses- quicentenário Teatro de Santa Isabel. Depois disso, apenas as operetas de Valdemar de Oliveira (1900-1977) foram apresenta- das naquela casa, nos anos 1920 e 30. Leonor baseava-se na lenda de Marília de Itamaracá, a mes- ma sobre a qual Adolfo Maersch (de quem se desconhece as datas de nascimento e morte) compôs uma ópera, com libreto do médico e escritor italiano radicado no Brasil Luiz Vicente de Simoni (1792-1881), em 1854. O drama lirico in un atto de Fonseca, sobre poema de José Afonso de Araújo, envolvia ape- nas três personagens – Leonor Coutinho (soprano dramático), Dom Antônio (tenor) e Dom Nuno Coutinho, irmão de Leonor (baixo) – e passava-se no ano de 1643. Segundo o professor aposentado José Amaro Santos da Sil- va, do Departamento de Música da UFPE, a última ópera do professor e maestro recifense (cantada em português, em vez do tradicional italiano) nasceu de uma encomenda do Clube Carlos Gomes, cujo secretário era um promissor aluno de Fon- seca, Alberto Nepomuceno (1864-1921). Afortunadamente, a partitura original e sua redução para canto e piano, de 1915, Cena de Dulcineia e Trancoso não se perderam: encontram-se sob guarda da senhora Eleonora BITTENCOURT / CAROLINE DIVULGAÇÃO Fonseca, bisneta do compositor. Considerando que as pesquisas sobre ópera no Brasil mal de ópera nacional. Paralelamente a isso, desperta curiosidade observam a produção surgida em Pernambuco, é importante saber que no Brasil existiria um lugar chamado “casa de ópera” ressaltar que Leonor não constituiu um caso isolado. Euclides em tempos anteriores a D. João VI. Fonseca compôs ainda a ópera A descoberta do Brasil, o dra- Atualmente, o Teatro de Santa Isabel apresenta-se como ma bíblico em um ato Il maledetto e as operetas As donzelas o único espaço adequado à encenação operística em Pernam- d’Onor ou O duende da noite e A princesa do Catete. E pelo buco, enquanto no século XIX outros teatros menores locais fato de reger a Orquestra do Teatro de Santa Isabel, antecessora abrigavam récitas, quando as companhias de ópera italianas e da Sinfônica do Recife, o catálogo orquestral do compositor pos- francesas vinham ao Recife ou faziam a cidade de escala na ida sui partituras igualmente dignas de nota. para as capitais mais ao sul. Mas tais récitas eram de árias e due- Outros compositores como Marcelino Cleto Ribeiro (1842- tos, não montagens completas, devido aos altos custos destas 1920) e Thomaz Cantuária (1800-1878), conforme testemu- últimas. Por esse fato, a primeira ópera completa apresentada nho do próprio Euclides Fonseca, legaram dramas líricos, os no Recife foi I puritani, de Bellini (1801-1835), em 18 de agosto quais, no entanto, não chegaram aos nossos dias. Mas antes de de 1858, no Santa Isabel – ou seja, oito anos após a inauguração todos esses, Luiz Álvares Pinto (1719-1789) havia estreado seu do teatro. drama Amor mal correspondido, também extraviado, na Casa Em 2009, Dulcineia e Trancoso, sem querer, tornou-se um de Ópera do Recife em 1880, precedendo até mesmo Le due marco histórico por fechar uma lacuna que pairou por todo o gemelle, do padre José Maurício (1767-1830). século passado. Mas se considerarmos que seu compositor, Eli- O professor José Amaro – autor de “Música e ópera no Eri Moura, e o libretista, Waldermar José Solha, não nasceram Santa Isabel: subsídio para a história e o ensino da música no Re- em Pernambuco nem residem nesse estado, Leonor, por assim cife” (Edufpe, 2006), disponível parcialmente no Google Livros dizer, ainda espera sair de cartaz para dar lugar à estreia da obra – aponta que musicólogos como José Maria Neves (1943-2002) de um conterrâneo. E o posto já tem um candidato, caso haja defendem o drama de Álvares Pinto como a primeira tentativa patrocínio: Lampião, de Marlos Nobre, concluída em 2008.

18 Abril 2010 CONCERTO No ano da reinauguração Série do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, O Globo/Dell’Arte uma Série inesquecível Concertos

2010 Internacionais

Dresdner Philharmoniker Rafael Frühbeck de Burgos, regente Ano XVII Ano 02 Mai Sérgio Monteiro, piano Musica Angelica Yo Yo Ma Martin Haselböck, regente Kathryn Stott, piano

18 Jun Daniel Taylor, contratenor Carolyn Sampson, soprano 27 Set Hong-Kong Sinfonietta Concertgebouw Yip Wing-Sie, regente 12 Ago Colleen Lee Ka-ling, piano Jazz Orchestra 18 Out Andras Itzhak Perlman

22 Ago Schiff 15 Nov

Dell’Arte, símbolo de qualidade

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Anuncio 11.indd 1 3/18/10 6:46:18 PM No ritmo da Broadway Como o crescente mercado de musicais está se revelando um novo campo de atividade profissional para músicos clássicos

Por Leonardo Martinelli

ão existem estatísticas ofi ciais, mas uma matemática Show Boat, com letras de Oscar Hammerstein II), ao mesmo básica já pode nos dar uma boa indicação. Suponha- tempo em que Nova York se consolidava como sua Meca. N mos que no Brasil existam dez bons cursos de ensino No Brasil, os musicais chegaram mais tarde, num primeiro superior em música, e que a cada ano essas escolas lancem no instante de forma esporádica durante as décadas de 1980-90, mercado algumas centenas de graduados, dentre os quais cer- quase sempre em produções modestas ou mesmo semiprofi ssio- tamente alguns deles estarão aptos a desenvolver uma carreira nais. Foi somente com o início do novo milênio que de fato as profi ssional como instrumentista, cantor ou regente. Por outro produções da Broadway passariam a ganhar versões brasileiras, lado, faça as contas de quantas orquestras ou coros profi ssionais a partir da restauração do antigo Teatro Paramount (localizado estão em atuação no Brasil e considere que há um percentual ex- no centro de São Paulo) por meio de uma joint venture entre o tremamente baixo de renovação de seus integrantes. Resultado gigante mediático Abril com o grupo mexicano CIE, hoje rebati- da equação: existe na cena musical brasileira uma oferta de mão zado por T4F. A reforma do espaço, hoje conhecido como Teatro de obra imensamente maior do que o mercado efetivamente é Abril, visava abrigar produções em moldes muito próximos aos capaz de absorver. Alguns instrumentistas – em especial, os de cordas – têm mais chance de encontrar uma oportunidade de trabalho, por Cena de O rei e eu, em cartaz no Teatro Alfa conta da quantidade desses músicos que as orquestras em geral demandam. Mas imagine o caso dos sopros, ou mesmo dos re- gentes, onde é virtualmente impossível criar coros e orquestras (ainda que amadores) para empregar a todos. Cantores, então, vivem um momento crítico: com o fechamento dos teatros mu- nicipais do Rio e de São Paulo para reformas e o enxugamento de verbas que os governos do Amazonas e do Pará têm impin- gido ao seus festivais de ópera, em termos econômicos não é possível dizer que existe uma cena lírica em atividade no país. A sobrevivência de imensa parcela de nossos músicos está atre- lada a pequenos cachês (onde os famigerados “casórios” lideram o ranking) ou de oportunidades no exterior. Por tudo isso, um outro tipo de espetáculo cênico-musical tem sido visto com bons olhos pelos músicos brasileiros. Pode até ser que parte do público clássico torça o nariz (será?), mas os profi ssionais da música tendem a ser unânimes em dar as boas vindas aos musicais da Broadway.

A PRIMA DESGARRADA DA ÓPERA A ópera, mais especifi camente alguns gêneros líricos leves (tal como os topsy-turvy de Gilbert e Sullivan), está na raiz dos musicais da Broadway. Suas origens situam-se no fi nal do sé- culo XIX, quando alguns espetáculos, com presença marcante de música popular urbana, foram produzidos em Londres por George Edwardes. Sua introdução nos Estados Unidos fez com que o gênero ganhasse identidade própria, desgarrando-se da tradição operística. Foi durante a década de 1920, quando tam- bém o jazz estava em franca ascensão, que o musical garantiu um importante espaço na cultura musical daquele país, momen- to em que títulos seminais foram levados à cena pela primeira vez (tais como Tip Toes e Funny Face dos irmãos Gershwin e DIVULGAÇÃO / JOÃO CALDAS DIVULGAÇÃO

20 Abril 2010 CONCERTO dos espetáculos da Broadway. O grande divisor de águas foi a Se as diferenças entre o musical e a ópera são evidentes estreia brasileira de Les miserábles, musical sobre o romance para a audiência, para o músico isso ocorre não apenas pela homônimo de Victor Hugo, com músicas de Claude-Michel mudança de estilo mas, sobretudo, pelo esquema de trabalho. Schönberg (não confundir com Arnold Schönberg, o inventor Ao contrário do cotidiano de uma orquestra, onde se prepara do dodecafonismo), que na versão brasileira contou com a tra- um determinado repertório para um programa para logo depois dução de Claudio Botelho. iniciar a preparação de outro totalmente diferente, no musical a A partir desse momento iniciava-se uma promissora rela- “repetição” é a regra. ção com o público brasileiro, ao mesmo tempo em que um novo Trabalhando de sexta a domingo (alguns começam suas campo de trabalho se abria para os músicos profi ssionais. apresentações na quinta), é comum também fazer récitas duplas nos fi nais de semana: uma matinê e logo em seguida a sessão A VIDA NA BROADWAY DOS TRÓPICOS noturna. “No Brasil uma ópera fi ca apenas poucos dias em car- “O mundo dos musicais é extremamente profi ssionaliza- taz. Desde que comecei a reger musicais cheguei a fazer sete do, exigente e competitivo. Temos hoje no Rio e em São Paulo apresentações por semana por meses a fi o”, conta o maestro vários espetáculos ao mesmo tempo. Em um país no qual as Paulo Nogueira, atualmente regente de Cats e mais um dos pro- orquestras estão fechando, é uma ótima oportunidade de pro- fi ssionais oriundos do Teatro Municipal de São Paulo (além de fi ssionalização para os músicos”, afi rma o maestro Jamil Maluf, Maluf e Nogueira, o jovem Juliano Suzuki, assistente da OER, que recentemente estreou nesse universo assinando a direção também já atuou no Fantasma da ópera). “É fi sicamente muito musical do espetáculo O rei e eu, da dupla Richard Rodgers e cansativo, mas por outro lado, o cansaço musical não existe. Oscar Hammerstein II (os mesmo da Noviça rebelde). Titular Afi nal, não é possível repetir literalmente uma música. Sempre da Orquestra Experimental de Repertório do Teatro Municipal há algo novo a ser feito”, completa Nogueira, que realiza um de São Paulo e com vários títulos operísticos em seu currículo, trabalho físico específi co para suportar a estafante rotina. Maluf explica que aceitou o trabalho pelos cognatos do título Se no palco tudo acaba em happy end, nas coxias dos em questão com a linguagem operística e pelo fato dessa monta- teatros nem sempre tudo são fl ores. O profi ssionalismo made gem, produzida por Jorge Takla, manter de forma relativamente in Broadway têm propiciado bons resultados, mas o fato dos intocada a partitura orquestral original de Rodgers. musicais estarem estreitamente ligados à lógica da indústria cul- A preocupação de Maluf faz sentido, pois uma das carac- tural – que no caso do Brasil resume-se na presença de atores terísticas das versões brasucas, além da tradução das canções globais nos elencos (invariavelmente a parte menos interessante para o português, é uma signifi cativa redução do efetivo musi- do ponto de vista musical) – resulta em um inevitável choque cal previsto na partitura original, quase sempre uma pequena de culturas. orquestra sinfônica. Parte do papel da direção musical pode “Ainda falta seriedade e profi ssionalismo para boa parte dos incluir a adaptação desse material, onde cordas angelicais, produtores executivos dos musicais brasileiros. Falta comprome- trombones apocalípticos e trombetas de Jericó são encapsula- timento com resultados artísticos e respeito com os profi ssionais das nos timbres “sampleados” de modernos teclados digitais, envolvidos nas produções” afi rma o compositor e pianista Felipe comandados por pianistas, em sua grande maioria, de forma- Senna, que recentemente se desligou da produção de Hairspray, ção clássica. apesar de seu nome ainda aparecer nos créditos como diretor Ainda assim os musicais oferecem muitas vagas, e bons sa- musical do espetáculo. De fato, se de um lado é possível compro- lários têm atraído cada vez mais músicos clássicos. Assim, desde var um estado de lua de mel alimentado pelo tilintar dos salários, março passado, vinte músicos ocupam o fosso do Teatro Alfa, durante essa reportagem foi relativamente comum se deparar em São Paulo, de sexta a domingo, para a apresentação de O Rei com relatos daquilo que os psicólogos modernos chamam de e eu. Entre eles está Rafael Cesário, jovem violoncelista recém bullying por parte da produção executiva em relação ao pessoal graduado pela Faculdade Santa Marcelina e com larga experiên- “operacional” de música e dança em diferentes montagens de cia nos diferentes grupos orquestrais da região metropolitana de musicais, atuais e passadas. São Paulo. Ganhando quase quatro vezes mais do que ganhava Se os musicais brasileiros se fi rmarão como um campo de em seu antigo serviço, Cesário fará dos honorários de seus seis trabalho musical consistente só o tempo dirá. Em todos os casos, meses de contrato seu pé de meia para o tão sonhado mestrado porém, já está claro que o trabalho dos músicos vai muito além nos Estados Unidos. do serviço realizado em nossas orquestras sinfônicas.

CONCERTO Abril 2010 21 Denise de Freitas

Uma das mais importantes cantoras brasileiras da atualidade, a mezzo soprano Denise de Freitas não se encaixa naquelas histórias de longas preparações e várias tentativas para se atingir o resultado desejado. No seu caso, como ela diz, “foi tudo muito rápido e natural”. Mais ainda, a vontade de cantar profissionalmente sequer se manifestou antes que a artista descobrisse o tremendo talento de que dispunha

Por Camila Frésca DIVULGAÇÃO

té os vinte e poucos anos, não passava pela cabeça de solista, mas era o coro que garantia meu sustento. Só que estava Denise de Freitas fazer carreira como cantora. Ela cursava ficando difícil conseguir ser dispensada toda hora para me apre- A letras, trabalhava como secretária e o mais perto que che- sentar em outros lugares. Então senti que aquele momento na gava da música era cantar numa banda de rock, estimulada pela verdade era uma oportunidade; agradeci muito a todos e fui em facilidade natural que possuía e pelos elogios que sua voz recebia. frente.” Felizmente ela não se arrependeu da decisão, já que os Foi fazer aulas para aprimorar o inglês e um belo dia, passando pe- trabalhos como solista, em óperas e concertos, sucederam-se los corredores da Cultura Inglesa, ouviu o coro da escola, que cha- com fre­quência cada vez maior. mou sua atenção. “Aquele som me impressionou e quis participar Ao contrário das frágeis heroínas – maioria absoluta dos do grupo; a regente era ninguém menos do que a Martha Herr”, papeis destinados às sopranos nas óperas –, a mezzo Denise conta. Empolgada com as atividades no coro, passou a fazer aulas sempre pode interpretar personagens variados, como mulheres de canto com Carlos Vial e, após um ano de treino, foi selecionada fatais, megeras, personagens cômicos ou masculinos. Dentre para compor o nascente Coral Sinfônico do Estado (hoje Coro da aqueles que têm sua preferência estão o já mencionado Queru- Osesp). “Essa experiência no Coral Sinfônico me marcou muito. bino, a Dalila de Sansão e Dalila e o pequeno João da consagrada Até então eu não pensava em ser uma cantora, mas a partir daí montagem de João e Maria, que encantou público e crítica em deixei a vida me levar, aceitando o dom que havia recebido.” récitas no Rio e em São Paulo. Mas a lista de obras que Denise de Nessa mesma época, Denise encontrou aquela que seria Freitas já interpretou é extensa, pois ela é sem dúvida uma das sua “mestre e amiga” até os dias atuais, a professora Lenice mais requisitadas cantoras contemporâneas. Sua bela voz, caris- Priolli – responsável pela formação de dezenas de cantores hoje ma e qualidade de interpretações não passaram despercebidos em atividade. “Foi ela quem me lapidou, quem me ensinou da crítica, que lhe distinguiu com prêmios – como o Concurso tudo”, afirma. Ao mesmo tempo ingressou na antiga Universi- Bidu Sayão, o Prêmio Carlos Gomes e o APCA – e não se cansa dade Livre de Música (hoje Emesp) e fez aulas particulares de de alardear nos jornais os dotes dessa notável artista. teoria e harmonia. Como a maioria absoluta dos cantores brasileiros, Denise Após dois anos e meio no Coro do Estado, Denise ingressou se ressente da precária situação em que se encontra nossa cena no Coral Paulistano, onde ficaria outros seis. Ao mesmo tempo, lírica, com teatros fechados e temporadas interrompidas. “Esta- iniciou as primeiras audições para papeis solo, que não demo- mos vivendo um período de muita dificuldade para os cantores, raram a surgir. “Nessa época pessoas como Mônica Vasques e que estão lutando para se manter na atividade.” Ainda assim, a Naomi Munakata me incentivaram muito, e as chances foram artista está cheia de compromissos em apresentações sinfôni- aparecendo rápido”, recorda. Uma das primeiras grandes opor- cas pelo país. Este mês, o público poderá vê-la interpretando as tunidades veio em 1995, quando integrou o coro da Internatio- Kindentotenlieder de Mahler no concerto que a Osusp faz nos nale Bachakademie Stuttgart, em uma turnê que a levou a vários dias 9 e 10. “Conheci Mahler justamente cantando essas can- países da Europa com o oratório Stabat Mater, de Dvorák, sob a ções, há alguns anos. Mahler é um problema para mim, porque regência do prestigiado Helmuth Rilling. Também nessa época me emociono muito ao interpretá-lo, há toda uma riqueza e Denise estreou como solista no repertório sinfônico cantando o profundidade de emoções; esse ciclo é especialmente tocante e Magnificat de Villa-Lobos, sob a regência de Aylton Escobar, no sempre me deixa comovida.” Festival de Campos do Jordão. Já o primeiro papel como solista Até o final do ano virá mais Mahler, ópera, o oratório de ópera veio em 1997, como Querubino das Bodas de Fígaro. O messias e o Stabat Mater de Dvorák, que ela canta com a Seguiram-se papeis em Carmen, Os contos de Hoffmann e O Osesp em junho. “Essa também é uma obra com significado morcego, de Strauss, entre outros. especial para mim, porque foi a que cantei com a Bachakademie. Logo ficou difícil conciliar os ensaios do coro com os com- Naquela ocasião eu estava no coro, e encantada com os solistas promissos como solista, e ela teve que fazer uma opção. “Sair maravilhosos que ouvia, pensava: será que algum dia vou poder do coral foi uma decisão difícil, mas crucial. Eu atuava como cantar isso?”

22 Abril 2010 CONCERTO

Sonho de artista

Entrevista com Muita gente não sabe, mas você chegou a estudar canto no registro de tenor. Como foi isso, quanto tempo durou e por que mudou para barítono? Quando assisti pela primeira vez aquele famoso concerto dos Paulo Szot “Três tenores” que, por sinal, aconteceu no dia do meu ani- versário, fi quei impressionadíssimo com a beleza das vozes de Pavarotti, Domingo e Carreras. Desde aquele momento queria tornar-me um tenor. Queria cantar o que eles cantavam, soar como eles soavam, queria ser um tenor! Minha voz era fl exível e muitas vezes conseguia sustentar alguns agudos. Fiquei empol- gado e estudei como tenor durante os primeiros anos. Cheguei a raças à Broadway, um brasileiro chegou ao mais importante cantar duas vezes para Pavarotti, que me levou para a Filadélfi a palco de ópera do planeta. Laureado em 2008 com o Tony para participar da fi nal de seu concurso de canto. Foi só depois G Award por sua atuação no musical South Pacifi ,c de Rodgers e do concurso que alguns professores e coachs me abriram os Hammerstein, o barítono paulista Paulo Szot foi o protagonista, no mês olhos e fi zeram-me enxergar que a verdadeira “cor” da minha passado, de uma nova produção do Metropolitan de Nova York. Trata- voz era baritonal, e que deveria seguir cantando como barítono. se da ópera O nariz, de Shostakovitch, baseada no conto homônimo De repente, tudo fazia sentido, e o conforto vocal era inegável. de Gógol, que estreou no Met em 5 de março passado, com direção Desde então, nunca mais quis entoar “La donna è mobile” ou cênica de William Kentridge e regência de Valery Gergiev. A atuação “E lucevan le stelle”... de Szot já lhe rendeu novos convites internacionais, para protagonizar Evguêni Oniéguin, de Tchaikovski, e Escamillo (da Carmen de Bizet) Além dos três tenores, teve também aquele filme que na Staatsoper de Viena. Szot deve interpretar Escamillo também na acabou de sair em DVD no Brasil: O Mestre da música, de próxima temporada do Metropolitan, e canta-o ainda em junho deste Gerard Corbiau, com José Van Dam no papel principal. ano, em Valência (Espanha), sob a batuta de . Você está corretíssimo. Esse fi lme me marcou muito e foi funda- Enquanto isso, a carreira nos musicais continua: neste mês, Paulo Szot mental para tomar decisões importantes naquele momento da volta ao elenco de South Pacifi c e, no dia 16, faz ainda sua estreia no minha vida. Foi inspirador. Logo após assistir ao fi lme no cine- Carnegie Hall, com a New York Pops, em um programa dedicado a ma, comprei o LP, depois o CD, e hoje carrego a trilha do fi lme Lerner e Loewe (a dupla de autores de My Fair Lady). no meu iPod. O segundo semestre também já tem uma intensa agenda: no fi nal de outubro, ele protagoniza Don Giovanni, de Mozart, em Dallas, para, Como foi a sua estreia no Met? A preparação, a no mês seguinte, começar os ensaios de Women on the Verge of a adrenalina e a ansiedade foram as de sempre, ou Nervous Breakdown, musical baseado no fi lme Mulheres à beira de houve um extra? um ataque de nervos, do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que su- Cantar no Met é um sonho de todo artista de ópera, brasileiro ou pervisiona o espetáculo, com direção de Bart Sher, texto de Jeffrey Lane de qualquer outra nacionalidade. Tive a oportunidade de assistir e música e letra de David Yazbek. a alguns ensaios do legendário Riccardo Muti e sua estreia no Paulo Szot ainda estava envolvido com a produção de O nariz quando, Met, e até ele, no seu primeiro ensaio com a orquestra, oscilava por e-mail, concedeu a seguinte entrevista à Revista CONCERTO. a batuta. O Met sempre foi e será referência na ópera. Estrear no Met é um sonho, e viver esse sonho é algo inesquecível. Foram quatro semanas de ensaios intensos e difíceis. O nariz é Por Irineu Franco Perpetuo uma ópera complicada musicalmente e também cenicamente. Kovaliov quase nunca sai de cena. É muito desgastante interpre- tar esse personagem de constante desespero, fúria e incompre- ensão durante quase duas horas.

Você já teve alguma repercussão da estreia? Sim, foi muito boa. O público foi muito generoso e carinhoso comigo, assim como os diretores do Met, Peter Gelb e James Levine. No jantar seguido à estreia recebi o convite para cantar Escamillo no Met na próxima temporada e também para inter- pretar Evguêni Oniéguin e Escamillo na Staatsoper de Viena.

24 Abril 2010 CONCERTO Como surgiu essa oportunidade no Met? Teve algo a ver gas que tentaram uma carreira no exterior e estão indo muito com o seu sucesso na Broadway? bem. Alguns países da Europa oferecem contratos fi xos, geral- Essa oportunidade surgiu de um convite direto de Peter Gelb e mente para duas temporadas, o que é sempre uma garantia. Para teve tudo a ver com o South Pacifi .c Peter foi assistir à estreia alguns cantores é a possibilidade de morar em uma única cidade de South Pacifi c convidado pelo diretor, Bart Sher. Peter me e estabelecer uma residência com uma rotina “normal” e os chamou para conversar e fazer uma work session, ele queria benefícios de um emprego fi xo. me ouvir cantando em russo. Depois de me ouvir, perguntou se eu estaria interessado em protagonizar uma ópera de Shostako- Quais são os papéis que você ainda gostaria de fazer? vitch. Levei a partitura para casa e depois de alguns dias respon- Sinceramente não sonho em fazer esse ou aquele papel; talvez di que sim, aceitaria o desafi o. porque tenha tido a sorte de interpretar papéis muito interessan- tes ao longo da minha carreira. Os barítonos de Mozart fazem Fale um pouco sobre o papel de Kovaliov. Seu sangue e sempre fi zeram parte da minha vida na ópera, e espero que polonês ajudou na hora de cantar em russo? continuem preenchendo a minha agenda. As óperas de Mozart O papel de Kovaliov é um tour de force. Levei um ano inteiro são fantásticas e muito saudáveis para o cantor. para aprender, estudando todos os dias. Existem vários papéis difíceis no repertório operístico, mas na minha modesta experi- Você tem planos de gravações? ência nos palcos, nunca vi nada igual ao Kovaliov. A música de Sim, gostaria de registrar esse momento do meu crossover, com Shostakovitch torna-se esquisitíssima, e com razão – é a música canções do repertório erudito e de musicais. Mas não quero de um homem que acorda e perde não só seu nariz, mas também fazer nada com pressa. O maior empecilho, no momento, é sua posição social, carreira, casamento, tudo. A música acom- conseguir tempo livre para me concentrar com atenção nesse panha essa angústia e loucura que se tornou a vida de Kovaliov, projeto. Um dia sai... puro desespero. Além da música, o texto é complicadíssimo. O meu polonês ajudou muito na compreensão e entendimento Obrigado pela entrevista. do texto e da gramática. O russo e o polonês são línguas irmãs, como o português e o espanhol.

E como foi trabalhar com um nome como Gergiev? Ele é muito tranquilo e simpático.

Fale um pouco sobre sua experiência na Broadway. É fácil conciliar esses universos, a ópera e o musical? Canto ópera há vinte anos. A oportunidade de fazer algo novo foi muito sedutora. Fui apresentado a uma nova linguagem cê- nica e teatral e aprendi muito com South Pacifi .c O mundo dos musicais é fascinante. Como mencionei a Jesse Green, do New York Times (em uma matéria sobre minha estreia em South Pacifi ),c nos musicais você não busca a “perfeição”, mas sim a “expressão”. No teatro musical, ou no teatro em geral, o ator tem a liberdade de criar seus próprios ritmos, música, camadas, cores etc. Assim, foi libertador fazer parte desse universo e ex- pandir minhas possibilidades no palco.

Como é o musical baseado em Mulheres à beira de um ataque de nervos? A adaptação para a Broadway é fantástica e as canções são lindas. Já fi z parte de dois workshops com Almodóvar, ele é magistral. Entre outras beldades, estavam Salma Hayek e Jessica Biel. Patti LuPone também foi convidada para o papel de Lucia, a primeira esposa de Ivan, meu papel.

Como você avalia o mercado brasileiro para cantores hoje? Eu estou um pouco por fora sobre o mercado brasileiro dos úl- timos três anos, mas, na época em que comecei minha carreira operística, como Fígaro, em São Paulo, as oportunidades sur- giram com abundância. Nunca pude reclamar por falta de tra- balho naquela época no Brasil. Mesmo assim, já percebia certa fragilidade do mercado brasileiro para os cantores de ópera e achava que deveria expandir minhas possibilidades de trabalho no exterior. A concorrência no exterior é muito grande, porém o número de casas de ópera também é grande. Os programas para jovens cantores oferecidos por algumas casas de ópera proporcionam

ótimas oportunidades para aperfeiçoamento. Tenho vários cole- DIVULGAÇÃO

CONCERTO Abril 2010 2� Música porque música Embora a música possa servir a diversos fins, deve haver um ponto em que a justificativa da música é ela mesma – o puro fato de ser coisa invisível, que percorre o ar e desaparece no tempo

Por Sidney Molina

Sabemos que a utilização da música clássica – e não apenas Não há como falar de música clássica brasileira hoje sem dela – em projetos sociais pode trazer importantes benefí- mencionar a Osesp que, antes de ampliar seu papel social e aten- S cios, como provam o Neojibá (na Bahia), o Guri e a Sinfônica der a 70.000 crianças por ano, já havia se tornado uma orques- Heliópolis (em São Paulo), entre outros. Em um país com tanta tra diferenciada, capaz de realizar temporadas anuais com cerca gente pobre, tirar jovens das ruas é sempre tarefa prioritária, e pro- de 130 concertos de alto nível, todos com casa cheia. jetos como esses merecem ser continuamente aperfeiçoados. Tam- Nem toda capital brasileira pode ou quer ter uma Osesp, e bém sabemos que uma atividade musical – quando bem orientada nem toda cidade brasileira precisa de uma Osesp. Mas poderia – pode contribuir para o desenvolvimento afetivo e intelectual de haver boa música clássica em todas elas: cidades menores po- crianças, adolescentes e adultos, e é ótimo que a música volte ofi- dem organizar séries enxutas, com propostas criativas de reper- cialmente a fazer parte da educação pública no Brasil. tório, aptas a criar interesse por sua qualidade e capazes de atrair Embora a música possa servir para isso tudo, de vez em público de toda parte. quando é importante lembrar que não é para nada disso que existe Por que não investir em grupos de câmara fixos, dando música. Não é por nenhum desses motivos que gostamos de tocar, apoio para que gravem, construam um repertório personali- cantar e ir a concertos. Antes de tudo, música é possível, é huma- zado e circulem pelo Brasil e exterior? Ao mesmo tempo: por no. E música pode ser também clássica (por que não?), até mesmo que não investir em séries profissionais de música de câmara, em um país que tem uma música popular tão interessante. que possam convidar solistas e grupos de diversos lugares para Segundo uma formulação do musicólogo Carl Dahlhaus tocar em suas temporadas? Nos Estados Unidos cada escola (1928-1990), a história da música recolhe o seu assunto – a mú- ou faculdade tem um teatro, cada teatro é gerido por um per- sica que vale a pena escutar, estudar, fazer, pensar – da estética. forming arts department, e cada um deles tem seu orçamento Quer dizer, uma “história”, para ser “da música”, deve antes definido (seja ele qual for), a partir do qual é elaborada uma decidir acerca da relevância musical dos objetos que estuda. Da programação. mesma forma, a educação musical pressupõe igualmente uma Não deveria ser necessário justificar qual é a “vantagem” referência a práticas específicas, o que implica sempre escolher de existir uma temporada regular de concertos de alto nível ge- que música queremos conhecer e aprender. Música é sempre rida com responsabilidade. alguma música: popular, clássica, escrita, improvisada, cantada, O dilema é – sempre, em tudo – juntar na mesma equação instrumental, étnica, urbana, antiga, contemporânea. Alguma tempo, lugar e pessoas: o tempo é a temporada, que se renova música está sempre na base de cada corrente de educação mu- seguindo as estações da natureza e da cultura; o lugar é o lugar sical, embora toda música seja, de algum modo, fruto de um ou adequado (por que não o Brasil?), preparado para os seus fins; e outro processo educacional. as pessoas são as pessoas, que sabem fazer e gostam (ou podem Se a arte não é só fruto da história da arte, mas também gostar) de música – isto é, potencialmente todo mundo. seu fundamento, então é porque tem certo grau de autonomia. E deve haver um ponto em que a justificativa da música é ela Sidney Molina é violonista, integrante do quarteto de violões Qua- mesma – o puro fato de ser coisa invisível, que percorre o ar e ternaglia, crítico musical do jornal Folha de S. Paulo e autor do livro desaparece no tempo. Por que música? Porque música! recém lançado “Música clássica brasileira hoje” (Publifolha 2010) REPRODUÇÃO / WWW.SXC.HU REPRODUÇÃO

26 Abril 2010 CONCERTO

Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)

O mês de abril marca os 180 anos de falecimento do padre José Maurício Nunes Garcia. O compositor brasileiro é a mais importante personalidade de nossa música colonial, além de ser um dos mais significativos de toda a América nesse período. Mulato de família humilde e descendente de escravos, seu legado não se restringe apenas às obras deixadas, mas estende-se a sua atuação como intérprete e pedagogo

Por Camila Frésca

eja pela quantidade, seja pela qualidade das obras, o e é sua mãe quem cuida de sua educação: José Maurício estuda padre José Maurício Nunes Garcia distingue-se como o fi losofi a, gramática, retórica e humanidades. Já sua formação S grande compositor brasileiro de todo o período colonial. musical fi ca a cargo do músico mineiro Salvador José de Almei- Tendo atuado em época imediatamente posterior à da rica mú- da Faria. É provável que Salvador tenha transmitido ao futuro sica mineira produzida durante a fase áurea de extração do ouro padre um pouco das tradições musicais de seu estado, além da (século XVIII), sua obra possui linguagem particular, facilmente técnica de compositores italianos e portugueses do século XVIII. reconhecível e que se destaca da espécie de estilo comum que Em 1783, aos 16 anos, José Maurício compõe sua primeira obra, pode ser encontrado nos autores mineiros e mesmo hispano- Tota pulchra es Maria, uma antífona escrita para soprano, fl au- americanos. ta, coro e orquestra de cordas. O jovem compositor já devia ter José Maurício viveu dias de glória, mas morreu em difi culda- uma atividade profi ssional consistente – sabe-se que ele dava des. No entanto, ao contrário de outros compositores, sua fi gura aulas desde os 12 anos –, pois em 1784 é um dos fundadores da nunca foi totalmente esquecida. Ele conquistou sucessivos admi- irmandade de Santa Cecília, destinada a reunir os “professores radores que procuraram preservar sua memória, mas foi a partir da arte da música” do Rio de Janeiro. da década de 1940 que sua vida e obra passaram a ser objeto Aos 25 anos, José Maurício Nunes Garcia é ordenado pa- de longo e aprofundado estudo da musicóloga Cleofe Person de dre. Para Cleofe Person de Mattos, a escolha pela carreira eclesi- Mattos que, além de transcrever e promover a execução de suas ástica foi menos uma vocação do que um recurso para alcançar peças, editou um catálogo delas e uma biografi a que até hoje é status no campo da música, superando as difi culdades decorren- referência para quem deseja saber mais sobre o compositor. Mais tes do “defeito de cor”. Segundo André Cardoso, esse seria o recentemente, pesquisadores como André Cardoso e Ricardo Ber- único meio que poderia levá-lo ao posto de mestre-de-capela. De nardes têm contribuído para recolocar sua obra em circulação. fato, em 1798 José Maurício assume tal função na Sé do Rio de Neto de escravos, José Maurício Nunes Garcia nasceu no Janeiro, e nos dez anos seguintes desenvolve intensa atividade dia 22 de setembro de 1767. Seu pai falece alguns anos depois composicional, atuando ainda como organista e regente.

Marcos Portugal, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, compositor e regente que onde nasceu José Maurício chegou ao Brasil em 1811 Chegada da família Compõe, aos 16 anos, a real ao Brasil. José antífona Tota pulchra, para Maurício é nomeado coro a 4 vozes, já revelando mestre da Real suas qualidades como Aos 25 anos, José Maurício Capela de Música por compositor. é ordenado padre. D. João VI. 1783 1792 1808

1767 1784 1798 José Maurício nasce O compositor é um dos fundadores da É nomeado mestre-de-capela da Sé do Rio de Janeiro, a 22 de setembro no irmandade de Santa Cecília, que reunia onde já atuava como músico e compositor. Também Rio de Janeiro. os “professores da arte da música” no inicia as atividades de professor, ministrando em sua casa Rio de Janeiro. cursos gratuitos para jovens carentes.

28 Abril 2010 CONCERTO D. João mestre da Real Capela. Tem início então o mais profícuo período composicional do sacerdote-músico, e suas composi- ções refl etem uma renovação estilística, com o aproveitamento dos novos recursos vocais e instrumentais. “O que caracteriza este período como de transição é a síntese através da qual José Maurício adapta sua música e sua linguagem, obtendo um estilo híbrido em sua criação, ainda com resquícios fortes da primeira fase, mas já alçando voos em direção ao estilo que iria caracteri- zar sua segunda fase: mais madura e moderna”, afi rma Ricardo Bernardes. Entre 1808 e 1811, José Maurício compõe cerca de 70 obras, com destaque para a Missa de Nossa Senhora da Conceição para 8 de dezembro de 1810, a mais sofi sticada e complexa das que havia composto até então e que revela um Padre José Maurício autor que, aos 43 anos, encontrava-se em plena maturidade. em quadro pintado por Porém, esse período de bonança duraria pouco, já que em seu filho, José Maurício 1811 chega ao Rio Marcos Portugal – o mais célebre compositor Nunes Garcia Júnior português de sua época – para assumir as funções de diretor do Teatro de Ópera e compositor da Real Capela. Sua chegada É também em 1798 que ele dá início a seu famoso curso gra- encerra o período de José Maurício à frente da instituição, bem tuito de música, destinado a jovens pobres e que se transformará como ofusca o destaque que este havia adquirido como músico em futuro celeiro de profi ssionais da música no Rio de Janeiro. Mais da corte – embora ele continuasse a compor ocasionalmente e tarde a iniciativa inspiraria um discípulo, Francisco Manuel da Silva, a assumir solenidades menores. Cronistas da época deixaram na criação de um grande estabelecimento gratuito de ensino mu- registrado o clima de rivalidade que se instalou entre os compo- sical: o Imperial Conservatório de Música (hoje Escola de Música sitores, mas o fato é que o estilo italianizado de Marcos Portugal da UFRJ). A atividade de professor não se limitou só às aulas, tendo agradava em cheio ao gosto da corte instalada no Rio. José Maurício escrito manuais teóricos, com destaque para o “Com- Vale notar, nesse período, o contato de José Maurício com pêndio de música e método de pianoforte”, dedicado a seus fi lhos o compositor austríaco Sigismund Neukomm, que entre 1816 mais velhos Apolinário José e José Maurício Nunes Garcia Júnior. e 1821 permaneceu no Brasil. A amizade estabelecida entre Sim, fi lhos, pois desde pelo menos 1805 José Maurício era ligado a os dois foi relevante para a evolução da linguagem musical Severina Rosa de Castro, que viria a ser mãe de seus seis herdeiros. do sacerdote, fazendo com que ele tivesse a oportunidade de José Maurício Júnior foi aluno de pintura de Debret e legou para a estrear no Brasil obras de Haydn e Mozart. posteridade o único retrato de seu pai, que ilustra este texto. Embora continuasse escrevendo, a última década de vida Em 1808, fugindo das tropas de Napoleão, a família real de José Maurício foi de decadência física e econômica, a ponto e parte da corte portuguesa, liderada pelo príncipe regente D. de ter que fechar o curso gratuito que desde 1798 mantinha em João VI, refugiam-se no Brasil, e o Rio de Janeiro vê-se elevado sua casa. Sua última obra, escrita em 1826, foi a Missa de Santa a capital do reino. São conhecidas as profundas transformações Cecília, encomendada pela irmandade homônima e um de seus sociais e culturais que tal fato implicou, fazendo com que a ci- maiores legados artísticos. Em 1830, José Maurício falece em dade gradualmente se aproximasse dos padrões europeus. Mo- “extrema miséria”, segundo Cleofe Person de Mattos. difi cações também são sentidas na vida musical, sendo criados Porém, se em sua época teve o talento ofuscado, o que o Teatro de Ópera e a Real Capela de Música, nos moldes da se notou ao longo dos anos foi um contínuo interesse por suas congênere lisboeta. obras, e hoje José Maurício fi gura com justiça entre os mais bri- Começa a chegar ao Rio de Janeiro um número expressivo lhantes compositores nascidos no Brasil, ao lado de nomes como de cantores e instrumentistas, e José Maurício é designado por Carlos Gomes e Villa-Lobos.

Dois dos filhos de José Máscara mortuária do No quadro de Henrique Bernardelli, Maurício: o médico José padre José Maurício José Maurício apresenta-se para Maurício Nunes Garcia Júnior D. João VI e Carlota Joaquina, na O compositor e Antonio José Nunes Garcia presença de Marcos Portugal austríaco Sigismund Neukomm, que travaria amizade com José Maurício, chega ao Brasil. 1816

Real Teatro São 1811 João, construído 1826 1830 em 1813 e palco Com a chegada ao Rio do compositor português José Maurício compõe Falece no Rio de Janeiro de apresentações Marcos Portugal, José Maurício perde o posto de sua última obra, Missa em 18 de abril, segundo e cerimônias mestre da Real Capela, bem como a posição de de Santa Cecília. consta, “em extrema políticas destaque que desempenhara nos últimos anos. miséria”. IMAGENS: REPRODUÇÕES

CONCERTO Abril 2010 29 O que os pianistas não contam sobre Chopin

Os pianistas em geral derramam-se em elogios superlativos para Chopin e apregoam modos de interpretar sua música. Mas o que os pianistas não contam é que de cada dez deles, dez, ou seja, todos,

consultam um guru para encontrar novidades a respeito de Chopin... REPRODUÇÃO

Por João Marcos Coelho

normal os músicos saírem à cata de novidades sobre o Em 1970, ele publicou o livro “Chopin vu par ses élèves”. compositor que é o homenageado do momento. Este ano, As várias edições posteriores – em 1979, 1988 e agora, em É a bola da vez é Chopin. E por isso mesmo músicos do 2006, pela Fayard de Paris – transformaram o livro em leitura mundo inteiro debruçam-se sobre detalhes, minúcias – algo, en- de cabeceira de pianistas do mundo inteiro. Como Chopin fi m, que revele um novo olhar sobre o compositor ou sua obra. pouco falou sobre sua música, técnica pianística e outros Mas, como lembrou há pouco em entrevista o notável temas que guiariam os intérpretes, havia uma lacuna apa- pianista húngaro Andras Schiff, “há coisas sobre a personalida- rentemente insanável para construir interpretações o mais de de Chopin que preferiríamos não saber”. O seu declarado próximo possível das do polonês. Pois Jean-Jacques passou as antissemitismo, por exemplo. Quase sempre, ao negociar com últimas quatro décadas esmiuçando cadernos de anotações editores a publicação de suas obras, ele os ofendeu. Xingou dos poucos alunos que Chopin manteve em Paris entre 1831 Schlesinger de “cão judeu” por propor-lhe pouco dinheiro por e 1849, vasculhou os manuscritos para descobrir dedilhados algumas peças para piano. Em seguida, também brigou feio marcados pelo próprio compositor, correu atrás de todo mun- com o fabricante de pianos e editor Pleyel que lhe fornecia do que o viu tocar. instrumentos e a sala cobiçada em Paris para suas bissextas Esta bíblia sobre Chopin mudou o modo como se interpreta apresentações públicas. E por causa daquelas mesmas peças sua música, com certeza. Os pianistas têm feito verdadeira ro- para piano chegou a ordenar, indignado, por escrito, a Pleyel: maria para estar com Jean-Jacques e quem sabe descobrir mais “Limpe a bunda com elas” (elas, no caso, eram manuscritos de alguma novidade. peças para piano). Resignado, voltou a negociar com Schlesin- Nesse sentido, uma das gravações mais interessantes da ger e anotou o seguinte argumento: “Melhor negociar com um tsunami atual de registros das obras de Chopin sem dúvida é judeu do que com três”. a do pianista francês Alain Planès. Ele não exibe uma imagem Historicamente, o primeiro a interessar-se por detalhes da reluzente como a do chinês Lang Lang ou a do sensacional po- vida de Chopin foi seu amigo, o compositor e pianista Franz lonês Krystian Zimerman. Mas de um lado teve o cuidado de Liszt. Ele teve o descaramento de começar a escrever a primeira mergulhar fundo nos escritos de Jean-Jacques e, de outro, sacou biografi a do autor das polonaises enquanto este ainda agoniza- a estupenda ideia de reproduzir, tal e qual, um dos raros recitais va, entrevistando as pessoas que com ele conviveram e reco- públicos que Chopin fez em seus 19 anos de Paris. Planès repete lhendo documentação. E na biografi a, tratou de rapidamente o programa do recital que ele apresentou no dia 21 de fevereiro construir a imagem que a posteridade assimilou: “Chopin po- de 1842 na Sala Pleyel. derá alinhar-se com aqueles primeiros músicos que souberam O CD acaba de ser lançado no mercado internacional pela individualizar em si mesmos o sentido poético de uma nação”. Harmonia Mundi francesa, e intitula-se “Chez Pleyel – un con- Que o digam as polonaises. cert de Chopin à Paris (février 1842)”. Além disso, Planès toca em um piano Pleyel fabricado em 1836 que deve ter soado sob O GURU CHAMA-SE JEAN-JACQUES os dedos de Chopin (ele não soa anêmico, felizmente; apenas Os pianistas em geral derramam-se em elogios superlati- mais íntimo). E repete o programa de uma hora e 20 minutos na vos para Chopin e apregoam – cada um a seu modo – modos mesma ordem, começando com o Andante Spianato opus 22 e de interpretar sua música. As controvérsias já começam com o terminando com a Grande Valse opus 42. Passa, naturalmente, famoso rubato, que muda conforme o temperamento e a per- pela Balada opus 47, e enfi leira alternadamente alguns notur- sonalidade de cada músico no momento da recriação da peça nos, prelúdios do opus 28, estudos do opus 25, mazurcas e o musical. Impromptu opus 51. Mas o que os pianistas não contam – e eu revelo a vocês Mais do que isso, ele busca recriar o verdadeiro rubato que aqui, em primeira mão – é que de cada dez pianistas, dez, ou Chopin praticava a partir dos ensinamentos de Jean-Jacques, os seja, todos, consultam um guru para encontrar novidades a ornamentos que beiram ao improviso etc. Um mundo novo, um respeito de Chopin. O nome dele é Jean-Jacques Eigeldinger. Chopin diferente, enfi m, que vale a pena conhecer.

30 Abril 2010 CONCERTO

A música nas escolas Obrigatoriedade do ensino da música gera oportunidades e abre novas perspectivas para a atividade musical no Brasil

Por Sergio da Costa e Silva

omemorou-se no último 5 de março o Dia da Música A miscigenação de nossa cultura original formada por ín- Clássica, também data de nascimento de Villa-Lobos, “o dios, portugueses e africanos que, ao longo dos séculos, recebeu C principal responsável pela descoberta de uma linguagem ainda outros elementos imigrantes, acabou por contribuir para peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior uma musicalidade muito rica e diferenciada, que se manifesta expoente da música do modernismo no Brasil, compondo obras em todo o nosso grande território. E esse patrimônio precisa ser que enaltecem o espírito nacionalista nas quais incorpora ele- estudado e difundido entre as regiões, entre os nossos escolares, mentos das canções folclóricas, populares e indígenas” (Wikipe- por meio do canto ou da prática instrumental, que inclui os ru- dia). Seu trabalho varou fronteiras e hoje, mais do que nunca, dimentos da leitura musical, de modo a fortalecer a identidade ele é consagrado como o maior compositor brasileiro de todos nacional, comprovando assim que a música vai muito além de os tempos. passatempo. O ensino musical auxilia na boa formação do indi- Foi dele a cruzada em prol da música e em especial do víduo, seja pelo ponto de vista da disciplina, seja pelos aspectos canto orfeônico nas escolas. O ensino de música nas escolas bra- cognitivos ou psicológicos do aprendizado. sileiras tomou impulso na década de 1930, quando Villa-Lobos O retorno da música como conteúdo obrigatório nas es- apresentou um projeto de educação musical para São Paulo, que colas é mais um elemento importante entre os vários que são foi implementado. necessários a salvar nossa educação. E, aliás, frise-se, que precisa Com base nessa experiência, Anísio Teixeira, então Secre- ser bem implementado para que não se desperdice essa oportu- tário de Educação do Rio, capital do país naquela época, criou nidade. Se bem utilizada, comprovadamente, a música aliada para Villa-Lobos uma Superintendência da Educação Musical e harmonicamente aos demais conteúdos refl exivos e práticos Artística. Daí foi um passo para levar seu projeto a Getúlio Vargas. pode dar bons frutos na formação da cidadania brasileira. A obrigatoriedade do ensino musical no país foi decretada em A confi rmar isso, como diretor do projeto Música no 1932 e ações paralelas, como as desenvolvidas posteriormente Museu e a par das grandes experiências que vivo diariamen- pelo maestro Eleazar de Carvalho nos seus “Concertos da Juven- te – seja com os músicos, seja com o público –, antevejo as tude”, incutiram nos jovens os grandes apelos da música de qua- mudanças que se avizinham. Desde os alunos das escolas que lidade. Calcada nessas aulas, toda uma geração estudou e hoje se ampliarão os seus horizontes culturais aos músicos – ah, os orgulha em pelo menos conhecer todos os hinos brasileiros. músicos, esses abnegados, se verão diante de um novo desa- Na reforma da Lei de Diretrizes e Bases, em 1972, Jarbas fi o e alternativa profi ssional, qual seja uma atividade didática. Passarinho, então Ministro da Educação e Cultura, suprimiu a Teremos aí uma nova divisão entre os virtuosos – que não são obrigatoriedade e, há cerca de um ano e meio, em 18 de agosto de muitos – e aqueles que têm a musica no corpo e na alma, e 2008, o presidente Lula sancionou a Lei nº 11.769 que altera a de que poderão transmitir sua trajetória rica, mas muitas vezes nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), para sinuosa, a toda uma população. dispor sobre o ensino da música na educação básica, tornando Já por três anos o Música no Museu vem realizando dois fi nalmente obrigatório o seu estudo nos níveis fundamental e mé- importantes eventos paralelos às suas centenas de concertos dio em todo o país. Culminava um longo trabalho desenvolvido anuais: O Encontro de Empreendedorismo na Área Musical e o por toda a classe musical por meio da mobilização do Grupo de Concurso Jovens Músicos. O que eles têm em comum é mostrar Articulação Parlamentar Pró-Música (GAP), formado por 86 en- a pujança de nossos valores, da nossa trajetória, das iniciativas tidades, como universidades, associações e cooperativas de mú- musicais e altruístas de cidades como Paulo de Frontin, Niterói, sicos, e que teve no então Senador Saturnino Braga – um cantor Volta Redonda, Campos e Cabo Frio, entre muitas outras. Quão lírico bissexto – seu grande apoiador, com a então Senadora Rose- rica foi a experiência desses dois eventos que se cruzam, ape- ane Sarney dando-lhe sequência. Uma árdua batalha no Congres- sar de aspectos diferentes? Quantos jovens talentos estão sen- so, várias discussões, posições contra e a favor quase na mesma do descobertos por meio de iniciativas como essas? Se aqui no intensidade e, principalmente, uma resistência ainda que velada Rio isso acontece em escala crescente, iniciativas pioneiras no dos donos de colégios. Mas tudo isso não conseguiu interromper campo da música dão-se em todo o Brasil, de Norte a Sul. Dois a sua escalada. O resultado está aí, a música passa a ser conteúdo grandes exemplos: João Carlos Martins, heroicamente em São obrigatório embora não exclusivo no currículo escolar sem, en- Paulo, e Cussy de Almeida, em Pernambuco. Não é à toa que o tretanto, deixar de contemplar as demais áreas artísticas. Mas a único item do governo Hugo Chavez que tem unanimidade em música torna-se especial, pois além das suas noções básicas, dos todo o mundo é o trabalho desenvolvido entre os jovens através cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, da música. os alunos aprenderão também cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para que, dessa forma, pos- Sergio da Costa e Silva, empresário, criador e diretor de Música no sam conhecer melhor a amplitude cultural brasileira. Museu – www.musicanomuseu.com.br

32 Abril 2010 CONCERTO Filarmônica Bachiana SESI-SP Foto: Divulgação

UMA INICIATIVA QUE MERECE SER APLAUDIDA DE PÉ.

A Filarmônica Bachiana SESI-SP é mais do que uma orquestra. É uma verdadeira escola. Sob a regência e a supervisão do maestro João Carlos Martins, profissionais jovens e talentosos têm a oportunidade de tocar ao lado de músicos experientes e aprimorar ainda mais sua técnica. A orquestra também exerce o papel importante de levar a cultura da música erudita e instrumental a milhares de brasileiros, com apresentações tanto nas periferias das grandes cidades quanto nos principais teatros.

www.sesisp.org.br – twitter.com/sesisp_cultural VIDA DE MAESTRO

Um dos mais aclamados músicos do país, Roberto Minczuk consegue conciliar a direção de três orquestras sinfônicas com dezenas de convites em vários continente

FOTO: CARLOS GOLDGRUB

34 Abril 2010 CONCERTO o imaginário popular, a figura do maestro é cercada de O FILHO DE JOSÉ mitos e fantasias. Impulsivo e ditatorial, com enormes Tido pela crítica especializada e pelo fiel público como um N e desarranjadas madeixas e vestindo uma indefectível dos melhores regentes do país, Minczuk é sem dúvida o maestro casaca negra, ele sobe ao pódio em estado de pomposa tensão, brasileiro de maior projeção internacional, comparada apenas percutindo três vezes sua batuta na estante de partitura para à obtida décadas atrás pelo mítico Eleazar de Carvalho (1912- silenciar o murmúrio das pacatas criaturas que, na sua frente, 1996), de quem, aliás, foi um dos mais promissores alunos. empunham seus arcos, instrumentos e baquetas. Os primei- Roberto é o quinto dos oito filhos de uma família que tem ros acordes passam a soar e, tal qual um mágico, a dança a música e devoção religiosa como base de sua existência. O pa- da batuta faz materializar de forma sobrenatural os sons que triarca, José Minczuk, integrou o corpo musical da Polícia Militar explodem da orquestra. Ao término do espetáculo, o maestro de São Paulo (de cujo coro masculino chegou a ser regente) e retira-se não se sabe para onde, talvez para alguma espécie era também o responsável pelo serviço musical da Assembléia de templo secreto onde sua alma é alimentada da mais pura de Deus Russa, igreja de profissão evangélica frequentada pela essência musical, e de onde ele emergirá apenas para fazer comunidade de origem russa e eslava do bairro paulistano da Vila sua próxima apresentação. Mais do que um músico, sua figu- Prudente, onde todos os Minczuk – que incluem outros músicos ra assemelha-se à de um sacerdote, que por isso não pode se de atuação profissional – foram criados. “Para mim, foi muito na- ocupar de assuntos terrenos. tural o contato com a música, na minha infância aprendi vários Esse é o mito. Mas qual é a realidade? Para o maestro mo- instrumentos”, conta Minczuk, cuja iniciação musical foi ainda derno, tão familiar quanto um pódio diante de uma orquestra complementada por uma rigorosa rotina de estudos de teoria mu- são os saguões de aeroportos e salas de reuniões, e da mesma sical, percepção e solfejo. Foi entre as aulas de trompete, piano e forma que a batuta é seu bandolim que o músico encon- instrumento de trabalho trou o instrumento que muda- dentro da sala de concer- Na Juilliard, pelo menos ria a sua vida: a trompa. tos, um telefone celular é metade da classe tinha Antes de se notabilizar seu companheiro fiel fora ouvido absoluto, e tive como como regente, Minczuk de- dela. Esqueça a ideia da colegas grandes nomes da senvolveu notável carreira orquestra como um paca- música atual. Lá você acaba neste que é considerado um to grupo de músicos, pois sofrendo um choque de alto dos mais difíceis instrumen- não raro ela tende mais tos da orquestra. Com apenas impacto musical, que não há para uma matilha de ca- nove anos foi admitido na clas- prichosas hienas que, se como não absorver. se do trompista Enzo Pedini tratada com a pura força na prestigiada Escola Munici- bruta, pode responder com grande animosidade. Isso faz com pal de Música de São Paulo. Sua proficiência no instrumento que cada ensaio seja uma espécie de sessão de psicoterapia em era tão espantosa, que já no ano seguinte solou o Concerto grupo, na qual cabe ao maestro mediar uma intensa confluên- nº 3 de Mozart no Municipal paulistano. Com apenas treze anos cia de forças humanas, e ainda por cima manter sua autoridade prestou concurso para primeira trompa da Orquestra Sinfônica garantindo a disciplina. A alma do maestro é, sim, alimentada Municipal, para então ser admitido como o mais jovem profis- de música, mas esta última não é ingerida de forma sobrena- sional da história do grupo. Naquele mesmo ano ele faria uma tural. Ela é incorporada na labuta empregada na leitura minu- audição para Peter Mennin (então diretor da Juilliard School de ciosa de partituras e em uma série de anotações feitas não em Nova York, uma das mais conceituadas escolas de música do um templo sagrado, mas onde e quando for possível (longas mundo), que ficou impressionado com o talento de tão jovem viagens intercontinentais costumam ser perfeitas para isso...). músico. Em 1981 Minczuk já estava com suas malas prontas E ai daquele que não se ocupar com os assuntos terrenos e para uma longa estada nos Estados Unidos. deixar de lado o fundamental trabalho político e administrati- vo junto a autoridades e patrocinadores, que incandescem os FAZENDO A AMÉRICA bastidores dos teatros durante os dias da semana. Já a casaca, Fantástico. É assim que o maestro define seus estudos na é claro, continua sendo a veste predileta, mas, nos dias de Juilliard. “Lembro-me de que quando eu estudava na Escola Mu- hoje, também trajes elegantemente informais fazem parte do nicipal, meu irmão Arcádio [hoje oboísta da Osesp] e eu éramos guarda-roupa oficial para concertos didáticos ou ao ar livre. os únicos com ouvido absoluto. Na Juilliard, pelo menos metade Se ao redor do mundo é essa a natureza cada vez mais da classe tinha ouvido absoluto, e tive como colegas grandes no- comum da atividade de maestro, poucos no Brasil desenvolvem mes da música atual. Lá você acaba sofrendo um choque de alto esse verdadeiro malabarismo de forma tão brilhante e compe- impacto musical, que não há como não absorver.” Os anos nos tente como o paulistano Roberto Minczuk. Para ele, que no Estados Unidos não foram menos impressionantes que seus anos próximo dia 23 de abril (mesmo dia em que volta a atuar frente de iniciação no Brasil. Aos 17 anos ele solaria junto à Filarmônica à Osesp) chega aos seus 43 anos de idade, este será mais um de Nova York, e entre uma e outra passagem pelo Brasil venceria o ano de intensas atividades: como diretor artístico e regente ti- Concurso Eldorado, até recentemente o mais importante certame tular da Orquestra Sinfônica Brasileira, que em 2010 completa de música clássica do país. Foi na terra do Tio Sam, enquanto se 70 anos com uma grande temporada; como diretor artístico do aprimorava ainda mais na trompa, que Minczuk deu seus primei- Theatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja reabertura em maio ros passos rumo à regência orquestral. exigirá muito esforço; como diretor artístico e regente titular da “Meu pai sempre disse que eu deveria ser maestro”, diz Min- Orquestra Sinfônica de Calgary, no Canadá; atendendo a deze- czuk, para quem a mudança da estante de uma orquestra para o nas de concertos com orquestras em diversos continentes, e, é pódio do regente foi sempre vista como algo inexorável. “Meu pai claro, cuidando de sua família, como ele sempre faz questão de me preparou para isso, me pedindo para fazer arranjos, orquestra- lembrar. É, vida de maestro não é fácil... ções, e para tirar de ouvido músicas dos discos, colocando-as em

CONCERTO Abril 2010 3��5 partitura.” Paralelamente aos seus estudos na Juilliard, Minczuk passou a frequentar uma igreja protestante da comunidade ucra- A Alemanha foi uma experiência niana de Nova York, onde logo assumiu as funções que um dia seu pai exercera em São Paulo. “Foi algo fundamental em minha fundamental. Mas percebi que já formação, pois como sempre ensinou Eleazar de Carvalho, gran- tinha dado tudo o que podia como de parte da regência é você ser um líder. E temos que aproveitar trompista, e bateu uma grande qualquer oportunidade para desenvolvermos nossas aptidões.” saudade do Brasil. A Big Apple não foi apenas o lugar onde Minczuk daria seus primeiros gestos empunhando uma batuta, mas foi lá tam- bém que veio a conhecer Kurt Masur, um dos maiores regentes da modernidade, e com quem passou a nutrir uma proveitosa relação musical. “Ele é um mentor, uma pessoa que admiro e com quem aprendi muito. Todo artista tem uma pessoa que lhe dá parâmetros e modelos. Tive vários mentores, é evidente. Mas o Masur, antes de tudo, é uma pessoa maravilhosa. Uma pessoa que com todo seu conhecimento e fama é muito acessível e hu- mana. Aprendi com ele que a música vem em primeiro lugar. E a cada momento que passo com ele aprendo”, afirma Minczuk, que aos vinte anos foi encorajado por Masur a fazer um teste na prestigiada orquestra do Gewandhaus de Leipzig, na época dirigida pelo maestro alemão. Mais uma vez Minczuk fez histó- ria, pois na época o grupo pertencia à Alemanha Oriental e era praticamente fechado a estrangeiros. O filho de José passou a ser o único não-alemão a integrar a orquestra. “Foi uma experiência fundamental. Mas, ao mesmo tem- po, percebi que já tinha dado tudo o que podia como trompista, e bateu uma grande saudade do Brasil. Nasci em uma família de russos, mas fui criado à brasileira, e queria reencontrar essa minha identidade. Voltei para o país e para a casa de meus pais, e foi quando também conheci minha esposa, Valéria”, conta Roberto. Na década de 1990 Minczuk estava decidido não só a construir uma nova vida ao lado de sua esposa – com quem teve quatro filhos –, mas também a mergulhar de cabeça nos revoltosos mares da regência orquestral.

PARA O ALTO, E AVANTE! Foi frente à Orquestra Sinfônica da UnB (Universidade de Brasília) que Minczuk estreou profissionalmente sua batuta, para pouco tempo depois retornar a seu Estado natal, quando passou a dirigir, em 1994, a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Ali o maestro aprendeu um modus operandi comum à vida de muitos maestros brasileiros, qual seja: primeiramente, reerguer artisticamente o grupo, reconquistando o público, para então operar um crescimento institucional do mesmo, atraindo novos investimentos e patrocinadores. A atuação de Minczuk em Ribeirão fez seu nome circular no meio musical paulista. Era a época em que o maestro John Neschling assumira o compromisso de tornar a Orquestra Sinfôni- ca do Estado de São Paulo (Osesp) não apenas a principal orques- tra do país, mas também um grupo de relevância internacional. Atento à necessidade de um braço direito para tal empreitada, em 1997 Neschling convida Minczuk para ingressar oficialmente no projeto da “nova Osesp”, oferecendo-lhe os cargos de diretor artístico adjunto e regente associado e, acima de tudo, tornando-o um dos pilares de sustentação do projeto. Quase ao mesmo tem- po, Minczuk foi aprovado no concurso para regente assistente da Filarmônica de Nova York, voltando a atuar junto a Masur. Mais tarde, em 2002, quando o maestro alemão disse adeus à famosa orquestra norte-americana e Lorin Maazel o sucedeu, Minczuk foi convidado a assumir o posto de regente associado, cargo pela última vez ocupado por Leonard Bernstein. A partir de então a carreira internacional de Minczuk pas- sou a consolidar-se. Até hoje, o maestro já regeu quase noventa FOTO: CARLOS GOLDGRUB

36 Abril 2010 CONCERTO ROBERTO MINCZUK EM ABRIL São Paulo Com a Osesp, dias 22,23 e 24 de abril Rio de Janeiro Com a OSB, dia 3 de abril

FOTO: CARLOS GOLDGRUB orquestras diferentes nos mais variados países do globo, com resgatando sua importância, atraindo muitos investimentos. O destaque para importantes orquestras norte-americanas (além Rio é e continuará sendo a vitrine do Brasil, representando o da Filarmônica de Nova York, as orquestras de Cleveland, Fi- que o país tem de melhor. Fico feliz de estar nesta cidade, que ladélfia, São Francisco e Los Angeles), britânicas (como a Filar- tem uma tradição maravilhosa de música clássica, um público mônica de Londres, além dos diversos grupos associados à BBC) apaixonado e o teatro de ópera mais importante do Brasil”, diz e francesas (como a Orchestre National National de France, de Roberto, referindo-se ao centenário Theatro Municipal, que de- Lille, e do Capitole de Toulouse). verá ser reaberto em maio. “Tudo foi acontecendo muito rápido” recorda Minczuk que, Na cidade do Cristo Redentor a chegada de Minczuk foi como se não bastasse o desafio cotidiano da manter sua atividade cercada de expectativas. Não que coubesse ao maestro a tarefa e carreira como regente, era ainda peça fundamental no delicado de “redimir” a cena clássica carioca, mas efetivamente muitas jogo de xadrez político nos anos de consolidação da Osesp. Sua fichas estavam sendo apostadas com sua chegada. E as apostas atuação saltou aos olhos do governo paulista. Tanto que em 2004, só subiram com a promessa da Cidade da Música, um imenso quando se decidiu reestruturar o então financeira e artisticamente complexo arquitetônico que em breve (assim se espera) deverá combalido Festival de Inverno de Campos do Jordão, optou-se por ser a sede da OSB. Isso faz com que na prática Minczuk esteja chamá-lo para a difícil missão. Mais uma vez Minczuk não deixou envolvido nos principais projetos clássicos do Rio. Ainda se trata por menos, recuperando as origens artísticas do evento (do qual de um work in progress, mas muitas mudanças musicais e ad- tinha sido bolsista quando pré-adolescente), chamando músicos ministrativas já são perceptíveis. Se ao assumir a OSB o grupo de excelência para atuarem nas diversas frentes do festival, recu- contava com um orçamento anual que mal beirava os R$ 4 mi- perando público e atraindo importantes patrocinadores privados. lhões, hoje, após a atração de novos parceiros a patrocinadores, “Gostei muito dirigir o festival”, afirma Minczuk. “Fico feliz pelo ele já chega a R$ 30 milhões. Não é trabalho apenas do maestro, investimento que a gente fez na nova geração. Eu mesmo fui alu- claro. Atualmente a Fundação OSB conta com uma competente no do festival, e o que eu fiz foi proporcionar isso novamente para equipe e com uma renovada e engajada diretoria. a geração atual.” No ano seguinte, Minczuk aceitaria outro desa- Simultaneamente a suas atribuições no Rio de Janeiro, Minc­ fio: assumir a direção da Orquestra Sinfônica Brasileira, a OSB, zuk ainda passa algumas semanas por ano em Calgary, desde 2006, sediada no Rio de Janeiro, que há anos lutava para reconquistar o quando assumiu a direção e regência daquela orquestra canaden- prestígio de outrora. se. Agora, tente se imaginar não só administrando tudo isso, mas O início das atividades de Minczuk no Rio coincidiu com também gerenciando políticas e politicagens, encontrando tempo o desligamento gradual de seus trabalhos junto à cúpula da cul- para estudar música e conhecer novos repertórios (Minczuk já tura paulista. Primeiramente veio a demissão da Osesp, para a realizou diversas estreias mundiais), que então você entenderá qual Neschling nunca emitiu uma justificativa plenamente con- melhor o que é a vida de um maestro contemporâneo. vincente, sequer convidando-o para apresentações esporádicas. E apesar de toda essa louca agenda, Minczuk faz questão E de forma igualmente enigmática veio, no ano passado, sua de afirmar que seu compromisso maior é com a família. “Vida retirada do Festival de Campos do Jordão. Se por um lado seus de maestro não é fácil. Fico vendo muitos de meus colegas em laços com a terra natal iam minguando, Minczuk encontrou seu segundo, terceiro ou até mesmo quarto casamento! Mas no Rio de Janeiro um novo lar e ambiente profissional, vivendo desde o início de minha carreira coloquei minha família como agora um dos momentos mais importantes de sua carreira. prioridade, mesmo com todas minhas viagens e responsabilida- des”, diz o maestro que, como sempre faz questão de colocar “FOI UM ‘RIO’ QUE PASSOU EM MINHA VIDA... em seus releases e résumés, é pai de Natalie, Rebecca, Joshua ... e meu coração se deixou levar.” Os imortais versos de e Julia, todos também percorrendo as sendas musicais iniciadas definem bem o estado de espírito que Minc­ décadas atrás pelo Seu José Minczuk. Sendas musicais que, para zuk sente pela Cidade Maravilhosa. E se entusiasma: “Esta é um a sorte dos cariocas, agora frutificam na terra de São Sebastião hora muito especial para Rio. A cidade está se desenvolvendo, do Rio de Janeiro.

CONCERTO Abril 2010 3��7 Ensemble Berlin

Ligia Amadio SÃO PAULO

Maria João Pires – piano e Pavel Gomziakov – violoncelo (5/21h) Osesp, Isaac Karabtchevsky – regente e Jean-Louis Maria Joao Pires Steuerman – piano (8 e 9/21h e 10/16h30) Osusp, Claude Villaret – regente e Denise de Freitas – mezzo soprano (9/1212h e 10/21h) Osesp, Coros Adulto e Infantil da Osesp e Isaac Karabtchevsky – regente (11/11h) Orquestra Sinfônica Municipal e Rodrigo de Carvalho – regente (11/11h) Sylvia Thereza – piano (11/12h) Olga Kopylova – piano (11/16h) Quarteto Osesp e Jean-Louis Steuerman – piano (11/17h) Adélia Issa – soprano e Ricardo Ballestero – piano (13/12h30) Vadim Repin – violino e Itamar Golan – piano Jean-Louis Steuerman (13 e 14/21h) Vadim Repin Elisa Freixo – cravo e órgão (14/21h) DIVULGAÇÃO /KASSKARA DG DIVULGAÇÃO Osesp, Louis Langrée – regente e Ole Edvard Antonsen – trompete (15 e 16/21h e 17/16h30) Camerata Aberta Gli Archi Ensemble (15/21h) Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo (17/17h) Zarzuela El niño judio, de Pablo Luna (21/18h) Osesp, Roberto Minczuk – regente e Cláudio Cruz – violino (22 e 23/21h e 24/16h30) Orquestra Sinfônica de Santo André, Carlos Eduardo Moreno – regente e Johannes Gramsch – violoncelo DIVULGAÇÃO / CIADEFOTO DIVULGAÇÃO (24 e 25/20h) Filarmônica Bachiana Sesi SP, João Carlos Martins – regente e pianista e Sergei Eleazar de Carvalho – regente (24/21h) Coro de Câmara da Osesp e Naomi Munakata – regente (25/11h) Quarteto Portinari e Paulo Gori – piano (25/11h30) Ensemble Berlin (27 e 28/21h) Osesp, Alexander Vedernikov – regente e Cristina Ortiz – piano (29 e 30/21h e 1/5, às 16h30) Dimos Goudaroulis e Nicolau de Figueiredo Ópera Tosca (29/04 e 4 e 6/5 às 20h30 e 2 e 8/5 às 17h) Louis Langree DIVULGAÇÃO / ANDRÉ MEHMARI DIVULGAÇÃO

38 Abril 2010 CONCERTO Prelúdio 21

Marcelo de Jesus

RIO DE JANEIRO OUTRAS CIDADES Ira Levin

OSB e Roberto Minzuck – regente (3/16h) Aracaju, SE / Orquestra Sinfônica de Sergipe (8/20h30 e 29/19h) Ensemble da Orquestra Petrobras Sinfônica e Carlos Prazeres – regente (4/17h) Belo Horizonte, MG / Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (1, 13 e 22/20h30, 12/14h e Coro Polifonia Carioca (7/18h30) 25/11h) e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Rosana Lanzelotte – cravo, José Staneck – gaita e (20/20h) Duo Santoro – violoncelos (9/12h30) Brasília, DF / Orquestra Sinfônica do Teatro Lício Bruno – baixo-barítono e Priscila Bomfim – piano Nacional Claudio Santoro (13, 20 e 27/20h) (9/17h) Campinas, SP / Orquestra Sinfônica Municipal Sylvia Thereza – piano (16/17h) de Campinas (10/20h) Vadim Repin – violino e Itamar Golan – piano (16/20h) Curitiba, PR / Camerata Antiqua de Curitiba (9/20h) OSB, Marcos Arakaki – regente e Jennifer Campbell – harpa (21/20h) Manaus, AM / XIV Festival Amazonas de Ópera (de 19/4 a 30/5) Cristina Ortiz – piano e Quinteto Villa-Lobos (24/16h) Salvador, BA / Orquestra Sinfônica da Bahia Prelúdio 21 / Armildo Uzeda – violino (24/15h) (1, 22 e 29/20h) Filarmônica do Brasil (24/21h) Santos, SP / Rosana Lanzelotte – cravo e Vox Orquestra Sinfônica da Venezuela e Angelo Pagliuca – Brasiliensis (18/12h) regente (28/18h30) São José dos Campos, SP / Tatiana Kolesova – piano (22/20h e 24/19h) Tatuí, SP / II Encontro Internacional de Quinteto Villa-Lobos Madeiras de Orquestra (de 8 a 11/04) Vitória, ES / Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, Helder Trefzger – regente e Gabriela Queiroz – violino (29/20h) Helder Trefzger

As programações são fornecidas pelas próprias entidades promotoras. Confirme pelo telefone antes de sair de casa. Endereços São Paulo: página 51 Endereços Rio de Janeiro: página 57 SALVO OUTRA MENÇÃO, AS FOTOS SÃO DE DIVULGAÇÃO. Roteiro Musical São Paulo

Sala São Paulo 21h00 – Petri Kumela (Finlândia). 1 QUINTA-FEIRA Direção artística: Gilson Antunes. Concertos da Osesp contam com Teatro Municipal Dr. Armando de Ré. Entrada 11h00 IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL franca. Este evento continua até dia 4. destacados convidados DE VIOLÃO VITAL MEDEIROS Recitais: 11h00 – Federico Nuñez 15h00 AS BODAS DE FÍGARO, Março terá novamente (Argentina); 20h00 – Alexei Belousov de Mozart uma excelente programação da (Rússia/Israel); 21h00 – Ernesto Ópera Comentada em DVD. Ciclo de Orquestra Sinfônica do Estado Lunagómez (México). Direção artísti- Mozart em Salzburg. Com Netrebko, de São Paulo. No primeiro pro- ca: Gilson Antunes. D’Arcangelo, Skhovus, Schäfer, Coro grama do mês, dias 8, 9 e 10, Teatro Municipal Dr. Armando de Ré. Entrada da Ópera de Viena e Orquestra franca. Este evento continua até dia 4. Filarmônica de Viena. Regente: é Isaac Karabtchevsky, um dos Nikolaus Harnoncourt. Programação e principais maestros brasileiros 14h00 ALLAN GRANDO – piano comentários: Lauro Machado Coelho. da atualidade, quem rege o Sarau das Artes. Homenagem aos Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro grupo. Karabtchevsky é diretor 200 anos do nascimento de Chopin. Britânico. Entrada franca. artístico e regente titular da Programa: obras de Chopin, Liszt e Orquestra Sinfônica de Porto Villa-Lobos. 4 DOMINGO Biblioteca Municipal Monteiro Lobato. Alegre, da Petrobras Sinfônica e Entrada franca. da Orquestra Nacional do Vale 11h00 IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL do Loire, na França. O progra- 21h00 Musical O REI E EU, DE VIOLÃO VITAL MEDEIROS ma, com a participação dos co- de Richard Rodgers e Oscar Recitais: 11h00 – Armildo Uzeda; 20h00 – João Paulo Figueroa (EUA/ ros infantil e adulto da Osesp e Hammerstein Direção geral: Jorge Takla. Direção Brasil); 21h00 – José Manuel Dapena do excelente pianista brasileiro musical: Jamil Maluf. Versão brasileira: (Espanha). Direção artística: Gilson Jean-Louis Steuerman, tem Cláudio Botelho. Com Tuca Andrada – Antunes. Alexander Vedernikov obras de Rimsky-Korsakov, Ra- DIVULGAÇÃO ator, Cláudia Netto – atriz e Luciana Teatro Municipal Dr. Armando de Ré. Entrada chmaninov e Villa-Lobos. Bueno – mezzo soprano, entre outros. franca. O regente francês Louis Langrée é quem comanda a Osesp na sema- Teatro Alfa. Apresentações quintas-feiras 11h00 ZABAIONE MUSICALE às 21h (R$ 60); sextas-feiras às 21h30 (de na seguinte. Dias 15, 16 e 17, obras de Mozart, Jolivet, Tchaikovsky e R$ 60 a R$ 170); sábados 17h e 21h(de Música no Museu. Dois mestres: Bach o Concerto para trompete de Hummel integram o programa. O solista R$ 70 a R$ 185) e domingos às 16h (de R$ 70 e Händel. Com Roberto Anzai – cravo, será Ole Edvard Antonsen, trompetista norueguês nascido em 1962. a R$ 185) e às 20h (de R$ 40 a R$ 150). órgão e direção artística, Claudete Até 8 de agosto. Dono de extensa discografia, Antonsen é músico versátil que se aventura Biasoli – soprano, Eduardo Klein – flau- pela música clássica (do barroco ao contemporâneo), o jazz e até o pop. ta doce e viola da gamba e Wagner 21h00 Musical CATS, de Andrew Lavos – violoncelo. Programa: Händel Os concertos dos dias 22, 23 e 24 têm como destaque a primeira Lloyd Webber – Courante para espineta solo e Sonata audição mundial do Concerto para violino de Ronaldo Miranda, inter- Com Paula Lima, Saulo Vasconcelos e HWV 364 op. 1 nº 6 e Bach – Ária do pretado pelo spalla da Osesp Cláudio Cruz. Miranda, que atualmente é Sara Sarres. Letras: Toquinho. Oratório de Páscoa BWV 249, Sonata professor na USP, iniciou a carreira de compositor em 1977, ao vencer Teatro Abril. Quintas e sextas-feiras às 21h00; BWV 1028 e Cantata BWV 199. sábados às 17h00 e às 21h00 e domingos o concurso de composição da II Bienal de Música Brasileira Contem- às 16h00 e às 20h00. Ingressos: De R$ 80 a Museu da Casa Brasileira. Entrada franca. porânea. O programa, que ainda tem obras de Beethoven e a Primeira R$ 240 (sextas e sábados) e de R$ 50 a R$ 220 (quintas e domingos). Até 30 de maio. 11h30 HERIVELTO BRANDINO – Sinfonia de Mahler, será regido por Roberto Minczuk (leia matéria sobre marimba e TIAGO MEIRA – flauta Minczuk nesta edição). Clássicos do Domingo. Programa: No último programa do mês, dias 29, 30 e 1º de maio, a batuta passa 2 SEXTA-FEIRA Ueno – La mere; Klatzow – Figures in para Alexander Vedernikov. O regente russo, que esteve à frente do Te- a landscape; Viñao – Khan variations e atro Bolshoi entre 2001 e 2009, foi o responsável pelo renascimento do 11h00 IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL Piazzolla – Concert d’aujourd hui. DE VIOLÃO VITAL MEDEIROS prestígio e excelência artística da histórica instituição. Obras de Borodin, Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran Recitais: 11h00 – Fábio Scarduelli; Barbosa. Entrada franca. Tchaikovsky e o Concerto para piano nº 2 de Wilhelm Stenhammar 20h00 – Andrés Madariaga (Chile); 12h00 BRASSAMPA estão no programa. O sueco Carl Wilhelm Eugen Stenhammar (1871- 21h00 – Francisco Gil (México). Música em Cena. Com Amarildo 1927), fez carreira como compositor, pianista e regente. A solista da obra Direção artística: Gilson Antunes. Nascimento e Michel Machado – trom- será a pianista virtuose brasileira Cristina Ortiz. Teatro Municipal Dr. Armando de Ré. Entrada franca. Este evento continua até dia 4. petes, Ricardo Cruz – trompa, Emerson CÂMARA Teixeira – trombone e Sergio Teixeira Logo no início do mês, dias 8 e 10, dois concertos da série Um certo 17h00 CORAL CULTURA INGLESA – tuba. Programa: Cheetham – Scherzo; olhar trazem obras da russa Sofia Gubaidulina Quasi( hoquetus) e de Anton Sexta-feira da Paixão. Regente: Marcos Bach – Jesus alegria dos homens; Júlio Sergl. Órgão/piano: Marcos Bizet – Fantasia Carmen; Gabrieli – Arensky (Trio em ré menor). No dia 11 o Quarteto Osesp, agora formado Alves da Gama. Programa: André da Canzona 2; Beethoven – Sinfonia nº 9 por Emmanuele Baldini e Davi Graton (violinos), Giovanni Pasini (viola) e Silva Gomes – O vos omnes; Tristão (trechos); Maurer – Three pieces; Hun Johannes Gramsch (violoncelo), mostra obras de Beethoven e Dohnányi, Mariano da Costa – Adoremus e – Classical medley; Frackenpohl – Pop com a participação de Jean-Louis Steuerman. Finalmente, no dia 18, Ole Matinas de quarta-feira santa e Elias suíte; Piazzolla – Contrabajeando e Edvard Antonsen troca o trompete pela regência e comanda um grupo de Álvares Lobo – Bajulans, Pai nosso e – Aquarela do Brasil. câmara em obras de Mendelssohn, Strauss e Tomasi, entre outros. Três horas de agonia. Teatro do Sesi. Entrada franca. Igreja São Luís Gonzaga. Entrada franca. MATINAIS GRATUITOS 16h00 ARTHUR MARDEN – piano Música no MuBE. Programa: Bach – Além dos concertos da Osesp, a Sala São Paulo promove aos domin- 3 SÁBADO gos os concertos matinais, com entrada franca. Dia 11 a própria Osesp Sinfonia nº 15; Beethoven – Sonata op. toca sob regência de Isaac Karabtchevsky; dia 18 é a vez da Sinfônica 10 nº 2; Scriabin – Prelúdios op. 11 nºs 11h00 IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL 4, 9, 12, 14 e 16; Estudo op. 42 nº 5 e de Heliópolis sob regência de Roberto Tibiriçá; e no dia 25 o Coro de DE VIOLÃO VITAL MEDEIROS Sonata op. 30 nº 4; Prokofiev – Toccata Câmara da Osesp, sob regência de Naomi Munakata, apresenta obras de Recitais: 11h00 – Álvaro Henrique; e Chopin – Balada op. 52. compositores como Scarlatti, José Maurício Nunes Garcia e Poulenc. 20h00 – José Luiz Lara (Venezuela); MuBE. R$ 20 e R$ 10.

40 Abril 2010 CONCERTO 20h00 SYLVIA THEREZA – piano nº 3, Concerto para oboé e violino, Levy e Brahms. Leia mais na pág. 50. SEGUNDA-FEIRA 5 Música em Cena. Série Pianistas – Chopin Suíte nº 1 para violoncelo solo e Anfiteatro Camargo Guarnieri. Entrada franca. 200 anos. Programa: Chopin – Noturnos Concerto para dois violinos. Reapresentação dia 10 às 21h00 na Sala São Paulo. 21h00 MARIA JOÃO PIRES – piano op. 27 nºs 1 e 2 e op. 72, Sonata op. 35 Hospital do Câncer A.C. Camargo. Entrada e PAVEL GOMZIAKOV – violoncelo franca. nº 2 e Baladas op. 38 nº 2 e op. 23 nº 1. 20h00 NEYMAR QUARTETO Ano Chopin no Brasil. Programa: Teatro do Sesi de Vila Leopoldina. Entrada Sesi Música. Série Quarteto de Cordas. Chopin – Estudo op. 25 nº 7 arranjo franca. 19h00 MÚSICA DE CÂMARA COM Com Ricardo Takahashi – violino, para violoncelo e piano de Glazunov, MEMBROS DA ORQUESTRA SINFÔNICA Daniel Pires – viola, Vana Bock – vio- Sonata nº 3 op. 58, Duas mazurcas DO ESTADO DE SÃO PAULO 7 QUARTA-FEIRA loncelo e Neymar Dias – contrabaixo. e Sonata para violoncelo e piano Um Certo Olhar. Programa: Gubaidulina Programa: obras de Neymar Dias. op. 65 e Liszt – Gôndola fúnebre – Quase hoquetus e Arensky – Trio em Teatro do Sesi de Mauá. Entrada franca. para violoncelo e piano. Realização: 21h00 BANDA MANTIQUEIRA, ré menor. Leia mais na pág. 40. Sociedade Chopin do Brasil e GONZALO RUBALCABA – piano e Sala São Paulo. R$ 40. Reapresentação dia 10 20h00 AMABILE INCANTO Sociedade de Cultura Artística. Leia CORO DE ALUNOS DO PROJETO GURI às 14h45. Sesi Música. Série Canções e Operetas. mais na pág. 42. Lançamento do Programa de Bolsas de Com Clarissa Monti Lettieri – soprano, Estudo do Projeto Guri. Programa: obras 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Sala São Paulo. De R$ 150 a R$ 300. 50% Johnny França – baixo-barítono e Sin Ae ESTADO DE SÃO PAULO e COROS de desconto para assinantes da Sociedade de Rollins, Menendez/Utrera, Gillespie, Lee – piano. Programa: Mozart, Puccini, ADULTO e INFANTIL DA OSESP de Cultura Artística. R$ 10 para estudantes Zequinha de Abreu, Tom Jobim, João Gounod, Lehár, Dvorák e Gershwin. de até 30 anos meia hora antes do concerto. Regente: Isaac Karabtchevsky. Bosco, Sanchez e Adoniran Barbosa. Teatro do Sesi de Osasco. Entrada franca. Sala São Paulo. De R$ 40 a R$ 140. Solista: Jean-Louis Steuerman – Reapresentação dia 10 às 20h00 no Teatro piano. Programa: Rimsky-Korsakov TERÇA-FEIRA do Sesi de São Bernardo do Campo. 6 – Abertura grande páscoa russa op. QUINTA-FEIRA 8 36; Rachmaninov – Rapsódia sobre 20h00 BRASSAMPA 12h30 QUINTA ESSENTIA QUARTETO um tema de Paganini e Villa-Lobos – Música em Cena. Com Amarildo Música no Masp. Com Alfredo Zaine, 12h30 ORQUESTRA ANTUNES Bachianas brasileiras nº 4 e Mandú- Nascimento e Michel Machado – trom- Guilherme dos Anjos, Gustavo de CÂMARA Çarará. Leia mais na pág. 40. petes, Ricardo Cruz – trompa, Emerson Francisco e Renato Pereira – flautas Música no Leito. Diretor artístico e Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. Rea­ Teixeira – trombone e Sergio Teixeira doce. Programa: Telemann – Concerto regente: Ênio Antunes. Solistas: Ênio presentação dia 9 às 21h00 e dia 10 às 16h30. – tuba. Programa: Cheetham – Scherzo; em fá maior; Bach – A arte da fuga; Antunes, Renato Yokota e Danilo Bach – Jesus alegria dos homens; Bizet Purcell – Fantasia em lá menor; Nascimento – violinos; Wagner de – Fantasia Carmen; Gabrieli – Canzona Sweelinck – Mein junges Leben hat ein Souza, Joel Alves e Paulo Fernando 9 SEXTA-FEIRA 2; Beethoven – Sinfonia nº 9 (trechos); End; Händel – Concerto grosso op. 6 Cardoso – viola; Raïff Dantas Barreto, Maurer – Three pieces; Hun – Classical nº 2; Merula – La Merula; Cato – Diego Mesquita e Pablo de Morais – 12h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DA USP medley; Frackenpohl – Pop suíte; Fantasia cromática a 4 e Boismortier violoncelos; Daniel Danzi – contrabaixo Regente: Claude Villaret. Solista: Piazzolla – Contrabajeando e – Sonata nº 5. e Rodrigo Nagamori – oboé. Programa: Denise de Freitas – mezzo soprano. Ary Barroso – Aquarela do Brasil. Masp – Grande Auditório. Entrada franca. Bach – Concerto de Brandemburgo Programa: trechos de obras de Mahler, Teatro do Sesi de Santo André. Entrada franca. Roteiro Musical São Paulo

Sala São Paulo, dias 13 e 14 / Rio de Janeiro, dia 16 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Parabéns a você (s); Godoy – Flor da ESTADO DE SÃO PAULO e COROS manhã e Jacob do Bandolim – Noites Violinista Vadim Repin abre a ADULTO e INFANTIL DA OSESP cariocas. Regente: Isaac Karabtchevsky. Memorial da América Latina – Auditório temporada da Cultura Artística Solista: Jean-Louis Steuerman – Simón Bolívar. Entrada franca. piano. Programa: Rimsky-Korsakov Após recentes apresentações Vadim Repin – Abertura grande páscoa russa op. 11 DOMINGO nos Estados Unidos e extremo 36; Rachmaninov – Rapsódia sobre oriente, o violinista Vadim Repin um tema de Paganini e Villa-Lobos 11h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO desembarca no Brasil para inaugu- – Bachianas brasileiras nº 4 e Mandú- ESTADO DE SÃO PAULO e COROS rar a temporada 2010 da Sociedade Çarará. Leia mais na pág. 40. ADULTO e INFANTIL DA OSESP de Cultura Artística, dias 13 e 14. Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. Concerto Matinal. Regente: Isaac Reapresentação dia 10 às 16h30. Repin e o pianista Itamar Golan Karabtchevsky. Programa: Rimsky- também se apresentam no Rio de Korsakov – Abertura grande páscoa Janeiro, dia 16, dentro da progra- 10 SÁBADO russa op. 36 e Villa-Lobos – Bachianas mação da Sala Cecília Meireles. brasileiras nº 4 e Mandú-Çarará. Leia 14h45 MÚSICA DE CÂMARA COM mais na pág. 40. Reconhecido mundialmente MEMBROS DA ORQUESTRA SINFÔNICA Sala São Paulo. Entrada franca. por sua técnica precisa, Vadim Re- DO ESTADO DE SÃO PAULO pim vai interpretar dois programas Um Certo Olhar. Programa: Gubaidulina 11h00 ORQUESTRA SINFÔNICA diferentes, em uma compilação que – Quase hoquetus e Arensky – Trio em MUNICIPAL sublinha a abrangência de seu reper- ré menor. Leia mais na pág. 40. Dançando mundo afora. Regente: tório como solista: na primeira noi- Sala São Paulo. R$ 40. Rodrigo de Carvalho. Programa: te, peças de Debussy, Stravinsky e Tchaikovsky – Trepak; Brahms – 15h00 LA GAZZA LADRA, de Rossini Danças húngaras nºs 1, 3, 5 e 10; Arvo Pärt; na segunda, Beethoven, Ópera Comentada em DVD. Com Mario Kodály – Danças de Galanta; Dvorák Janácek, Brahms e Richard Strauss. Ferrara, Mariola Cantarero, Vittorio – Danças eslavas nºs 3 e 8; J. Strauss – Prodígio, Repin fez sua primei- Prato, Michele Petrusi, Cosimo Panozzo, Valsa do imperador; Bizet – Farandola DIVULGAÇÃO / KASSKARA DIVULGAÇÃO ra apresentação pública aos seis Stefan Cifolelli, Manuela Custer, Coro e Offenbach – Can-Can. Leia mais na anos de idade. Aos 18, tornou-se o mais jovem vencedor da história do de Câmara de Praga e Orquestra Haydn pág. 44. Concurso Rainha Elisabeth, em Bruxelas. Hoje, aos 39, é um dos princi- de Bolzano e Trento. Regente: Lu Jia. Sesc Pinheiros. R$ 15. pais violinistas em atividade no mundo. Programação e comentários: Lauro 11h00 ORQUESTRA ANTUNES Com violino Von Szerdahely de 1736 fabricado pelo lendário Guar- Machado Coelho. Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro CÂMARA neri del Gesù, Vadim Repin esteve no último ano ao lado de renomadas Britânico. Entrada franca. Música no Museu. Diretor artístico e orquestras, como as filarmônicas de Londres, Munique e Israel – com esta regente: Ênio Antunes. Solistas: Joel última realizou uma turnê por aquele país sob regência de Zubin Mehta. 16h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Alves – viola, Marcos Fokin – fagote, Itamar Golan, que o acompanha ao piano, nasceu na Lituânia e mais ESTADO DE SÃO PAULO e COROS Domingos Elias – clarinete, Rodrigo tarde naturalizou-se israelense. Estudou com Lara Vodovoz e Emmanuel ADULTO e INFANTIL DA OSESP Nagamori – oboé e James Strauss – Regente: Isaac Karabtchevsky. Krazovsky e iniciou sua carreira nos Estados Unidos após se formar no flauta. Programa: Villani-Côrtes – A Solista: Jean-Louis Steuerman – New England Conservatory. Catedral da Sé; Krieger – Brasiliana; piano. Programa: Rimsky-Korsakov Santoro – Ponteio; Villa-Lobos – Ciranda – Abertura grande páscoa russa das sete notas; Nepomuceno – Sala São Paulo, dia 5 op. 36; Rachmaninov – Rapsódia Serenata 1902; Guerra-Peixe – Quatro sobre um tema de Paganini e Villa- coisas; Mignone – Modinha imperial e Maria João Pires e Pavel Gomziakov Lobos – Bachianas brasileiras nº 4 Carlos Gomes – O burrico de pau. e Mandú-Çarará. Leia mais Museu da Casa Brasileira. Entrada franca. são atração do “Ano Chopin” na pág. 40. Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. 11h30 TRIO LUMIÈRE e RENATO Após o grande sucesso do concerto de Nelson Freire ao lado da BANDEL – viola Filarmônica Brasileira, em março, as comemorações do Ano Chopin no 19h00 CORO LUTHER KING Schumann e Chopin – Duas estrelas Brasil promovem outra grande atração. A pianista portuguesa Maria João Auditório Ibirapuera – Foyer. Entrada franca. do romantismo musical. Trio Lumière: Pires toca em duo com o violoncelista russo Pavel Gomziakov, dia 5 de Eliane Tokeshi – violino, Heloisa abril na Sala São Paulo. 20h00 AMABILE INCANTO Torres Meirelles – violoncelo e Maria Sesi Música. Veja detalhes dia 9 às José Carrasqueira – piano. Programa: Maria João Pires completou 60 anos de carreira em 2009. Nascida 20h00. em Lisboa, tocou pela primeira vez em público aos quatro anos de idade. Schumann – Quarteto op. 47; Villani- Teatro do Sesi de São Bernardo do Campo. Côrtes – Royati e Gnattali – Quarteto Aos cinco deu seu primeiro recital e dois anos mais tarde já interpretava os Entrada franca. nº 2. Leia mais na pág. 46. concertos de Mozart. O reconhecimento internacional veio após obter o 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DA USP Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. R$ 20 primeiro prêmio do Concurso do Bicentenário de Beethoven, em 1970. e R$ 10 (acesso à Fundação e ao concerto). Regente: Claude Villaret. Solista: Paralelamente à carreira solo ela desenvolve intensa atividade Denise de Freitas – mezzo soprano. 11h30 TÂNIA CAMARGO GUARNIERI – camerística. Um de seus parceiros atuais é o violoncelista russo Pavel Programa: Levy – Werther, abertura Gomziakov, com quem Maria João tem se apresentado pela Europa e violino e ARACELI CHACÓN – piano dramática; Mahler – Kindertotenlieder Clássicos do Domingo. Programa: América do Sul, além de ter gravado obras de Chopin em 2009. e Brahms – Sinfonia nº 2. Leia mais na Guarnieri – Sonatina e Sonatas nºs 7, No repertório do concerto estão, de Chopin, o Estudo op. 25 nº 7, pág. 50. 2 e 5. Sala São Paulo. De R$ 10 a R$ 50. em transcrição para violoncelo e piano, de Glazunov, a Sonata nº 3 op. Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran 58, a Sonata para violoncelo e piano op. 65 e duas mazurcas. Completa Barbosa. Entrada franca. 21h00 ORQUESTRA JOVEM TOM JOBIM o programa a Gôndola fúnebre para violoncelo e piano de Liszt. Regente: Roberto Sion. Programa: 11h30 ORQUESTRA ARTE BARROCA O Ano Chopin no Brasil é uma realização da Sociedade Chopin do Villani-Côrtes – Álbum de retratos; Concerto “Archivo musical de Chiquitos Brasil e da Sociedade de Cultura Artística, com apoio institucional do Evans – Turn out the stars; Rafael dos e barroco italiano tardio”. Diretor artís- Consulado Geral da Polônia em São Paulo e da Embaixada da Polônia. Santos – Momentos em Bossa; Sion – tico e spalla: Paulo Henes. Com Alceu

42 Abril 2010 CONCERTO

Roteiro Musical São Paulo

Sala São Paulo, dias 27 e 28 Camilo Jr., Renan Vitoriano, Carolina Sinhoreli Diniz – violino. Programa: Rosati Colepicolo e Bia Ribeiro – violi- obras de Bach, Haydn e Vivaldi. Mozarteum traz grupo alemão nos; Tânia Neiva – violoncelo barroco; Realização: Sesc Carmo. Gilberto Chacur – contrabaixo; Edilson Igreja Nossa Senhora da Boa Morte. Entrada pela primeira vez ao país de Lima – guitarra barroca e teorba e franca. Fernando Cardoso – cravo. Programa: O Mozarteum Brasileiro dá início a sua temporada internacional neste Scarlatti – Agar et Ismaele Esiliati, 12h30 ADÉLIA ISSA – soprano e mês trazendo ao público paulista o Ensemble Berlin. Conjunto de câma- L’Oratorio; Anônimo – Sonata XIX; RICARDO BALLESTERO – piano ra formado em sua maioria por músicos da Filarmônica de Berlim, o En- Sammartini – Sonata XIII; Locatelli – Música no Masp. Recital A voz de semble Berlin se apresenta na sua formação de septeto – com os músicos Sonata X; Vivaldi – Concerto XII RV 275 Schumann. Programa: canções Philipp Bohnen e Christoph von der Nahmer (violinos), Martin von der e Concerto em sol menor e Geminiani de Schumann, Clara Schumann, Mendelssohn, Brahms, Ives e Nahmer (viola), Clemens Weigel (violoncelo), Ulrich Wolff (contrabaixo), – Concerto VI op. 2. Igreja Santa Margarida Maria. Entrada franca. Nepomuceno. Christoph Hartmann (oboé) e Franz Draxinger (trompa) – dias 27 e 28. Reapresentação dia 18 às 18h00 na Livraria Masp – Grande Auditório. Entrada franca. A ideia de criar o Ensemble Berlin surgiu em 1999, quando alguns Cultura do Shopping Villa-Lobos. colegas da Filarmônica se reuniram pela primeira vez para participar do 18h30 Ópera WERTHER, de Landsberger Sommermusik, um pequeno festival de verão dedicado à 12h00 ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE Massenet música de câmara. As idades dos integrantes oscilam entre 27 e 55 anos: REPERTÓRIO Vesperais Líricas 30 anos. Com Adriana Cinema em Concerto. Regente: Jamil Magalhães – soprano, Laura Aimbiré – o mais velho, um dos fundadores do conjunto, é o contrabaixista Ulrich Maluf. No programa trilhas musicais mezzo soprano, Miguel Geraldi – tenor Wolff, que ingressou na Filarmônica de Berlim em 1978, quando a orques- de Alexandre Guerra: Medley Maysa, e Jonas Mendes – baixo. Piano: Karin tra ainda estava sob a regência do legendário Herbert von Karajan. O mais da mini-série Maysa; Jobiniana do Uzun. Direção cênica: João Malatian. jovem, o violinista Philipp Bohnen, ingressou na orquestra em 2008. filme Mata atlântica e os ciclos da Coordenação geral: Eloísa Baldin. Para as duas noites o grupo selecionou, à exceção de Mozart, um vida; tema de abertura do filme Um Sala Olido. Entrada franca. Reapresentação repertório pouco tocado nas salas de concerto. No programa, predomi- homem de moral; adágio amoroso do dia 15 às 19h00 no Teatro João Caetano. filme Bodas de papel, entre outros. nantemente clássico, estão Antonio Rosetti, Louis François Dauprat, 21h00 VADIM REPIN – violino e Com exibição de trechos dos filmes. Mozart, George Onslow e Carl Reinecke. ITAMAR GOLAN – piano Haverá palestra ilustrada às 11h00. Sociedade de Cultura Artística. Programa: Leia mais ao lado. Ensemble Berlin Debussy – Sonata para violino e piano; Teatro Bradesco. R$ 30 e R$ 15. Stravinsky – Divertimento; Pärt – Fratres e Beethoven – Sonata para violino e 12h00 SYLVIA THEREZA – piano piano nº 7. Leia mais na pág. 42. Música em Cena. Programa: Chopin Sala São Paulo. De R$ 90 a R$ 190 e R$ 10 – Noturnos op. 27 nºs 1 e 2 e op. 72, (estudantes até 30 anos, meia hora antes do Sonata op. 35 nº 2 e Baladas op. 38 concerto). Televendas Cultura Artística: (11) nº 2 e op. 23 nº 1. 3258-3344. Vadim Repin e Itamar Golan se Teatro do Sesi. Entrada franca. reapresentam dia 14 às 21h00. DIVULGAÇÃO 16h00 OLGA KOPYLOVA – piano 14 QUARTA-FEIRA Música no MuBE. Programa: Sesc Pinheiros / Auditório Ibirapuera / Sala Olido / Teatros Bradesco e João Caetano Tchaikovsky – Estações op. 73 bis; 21h00 VADIM REPIN – violino e Kapustin – Suíte em estilo antigo op. ITAMAR GOLAN – piano Grupos do Teatro Municipal 28; Prokofiev – Sonata nº 4 op. 29 e Sociedade de Cultura Artística. Gershwin – Rhapsody in blue. Programa: Janácek – Sonata para violi- promovem boas atrações MuBE. R$ 20 e R$ 10. no e piano; Brahms – Sonata para violi- no e piano nº 3 e Strauss – Sonata para Com o Teatro Municipal em obras, locais como Sesc Pinheiros, 17h00 QUARTETO OSESP e JEAN- Auditório Ibirapuera, Sala Olido e Teatro Bradesco são palco para as apre- violino e piano. Leia mais na pág. 42. LOUIS STEUERMAN – piano Sala São Paulo. De R$ 90 a R$ 190 e R$ 10 sentações dos corpos estáveis da casa. Com Emmanuele Baldini e Davi Graton (estudantes até 30 anos, meia hora antes do A Orquestra Sinfônica Municipal faz três concertos, sempre sob a re- – violinos, Giovanni Pasini – viola concerto). Televendas Cultura Artística: (11) gência de Rodrigo de Carvalho. O do dia 11 terá um repertório bastante e Johannes Gramsch – violoncelo. 3258-3344. Programa: Beethoven – Quarteto nº 13 variado, enquanto no dia 18 o programa contém trechos das obras Ro­ 21h00 ELISA FREIXO – cravo e órgão op. 130 e Dohnányi – Quinteto com meu e Julieta de Tchaikovsky e Prokofiev, além das “Danças sinfônicas” Bach: Tema & Contratema. J.S. Bach piano op. 26. Leia mais na pág. 40. (de West side story) de Leonard Bernstein. O último concerto, dia 30, e filhos. Programa: J.S. Bach – Tocata Sala São Paulo. De R$ 22 a R$ 50. marca o lançamento do CD “Villa-Lobos”, com a apresentação das obras dórica, prelúdios e fugas do Cravo bem temperado vol. 2 e Partita O Gott, du Uirapuru, Bachianas brasileiras nº 2 e Choros nº 6. 19h00 BANDA SINFÔNICA JOVEM DO frommer Gott; J.C. Bach – Sonata nº 3 Com coordenação geral de Eloisa Baldin e direção cênica de João ESTADO e C.Ph.E. Bach – Peças para um órgão Malatian, as Vesperais Líricas apresentam, nos dias 13 e 15, uma versão 100 anos de nascimento de Samuel mecânico, Rondó e Sonata. Barber. Regente: Mônica Giardini. “pocket” da ópera Werther, de Massenet. Já o excelente Quarteto de Cor- Espaço Cachuera! R$ 20 e R$ 10. das da Cidade de São Paulo faz um concerto especial ligado à Páscoa, com Solista: Alexandre Ficarelli – oboé. a obra As sete últimas palavras de Cristo na cruz, de Haydn, dia 17. Programa: Barber – Commando march e Sinfonia nº 1; Doss – Alpina saga e 15 QUINTA-FEIRA Por sua vez, a Orquestra Experimental de Repertório, sob regência Hidas – Concerto nº 2 para oboé. de Juliano Suzuki, retoma a série “Cinema em concerto” apresentando, Memorial da América Latina – Auditório 12h30 HANUMAN TRIO dia 11, obras de Alexandre Guerra feitas para programas de TV e para Simón Bolívar. Entrada franca. Concerto ao Meio-Dia. Com Shri o cinema. Compositor, arranjador e produtor, Guerra estudou no Bra- Hanuman – violão clássico e voz, Julio sil com Koellreutter e se formou em música para cinema pelo Berklee Falavigna – tabla e Fábio Mentz – ban- 13 TERÇA-FEIRA College of Music. Desde 1994 dedica-se à composição de trilhas sono- suri. No programa música clássica da Índia e do violão clássico europeu. ras, sendo autor de dezenas delas. Para esta apresentação ele selecionou 12h00 DUO CHAMORRO-DINIZ trechos de onze obras, como as feitas para a série “Maysa” da Rede Glo- Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran Música em Cena. Com Ana Maria Barbosa. Entrada franca. Reapresentação dia bo e o filme “Amyr Klink e o continente gelado”, entre outros. Chamorro – violoncelo e Laércio 16 às 18h30.

44 Abril 2010 CONCERTO 19h00 Ópera WERTHER, de Chacona; Watlock – Suíte Capriol e Suk 15h00 O BARBEIRO DE SEVILHA, de 17h00 QUARTETO DE CORDAS DA Massenet – Serenata para cordas op. 6. Leia mais Rossini CIDADE DE SÃO PAULO Vesperais Líricas 30 anos. Com na pág. 47. Ópera Comentada em DVD. Com Especial para Páscoa. Com Betina Adriana Magalhães – soprano, Laura Masp. R$ 60. Coquetel a partir das 20h00. Herman Prey, Teresa Berganza, Luigi Stegmann e Nelson Rios – violinos, Aimbiré – mezzo soprano, Miguel Alva, Enzo Dara, Paolo Montarsolo, Marcelo Jaffé – viola e Robert Suetholz Geraldi – tenor, Jonas Mendes – baixo. 16 SEXTA-FEIRA Coro e Orquestra do Teatro Alla Scala – violoncelo. Programa: Haydn – As Piano: Karin Uzun. Direção cênica: de Milão. Regente: . sete últimas palavras de Cristo na cruz. João Malatian. Coordenação geral: Programação e comentários: Lauro Sala Olido. Entrada franca. 18h30 HANUMAN TRIO Eloísa Baldin. Machado Coelho. Concerto às Seis e Meia. Veja detalhes Teatro João Caetano. Entrada franca. Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro 19h00 CORAL CULTURA INGLESA dia 15 às 12h30. Britânico. Entrada franca. Encontro de Corais. Regente: Marcos 20h30 LUCIANO MORAIS – violão Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran Júlio Sergl. Órgão/piano: Marcos Barbosa. Entrada franca. Programa: obras de Milan, Guerau, 16h00 TRIO CAMBINI Alves da Gama. Programa: André da Silva Gomes – O vos omnes; Tristão Bach e Sor. 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Concerto na Fellowship. Com Wladimir Mariano da Costa – Adoremus e Elias Musicalis Núcleo de Música. ESTADO DE SÃO PAULO Lattuada e Grace Henderson – flautas Álvares Lobo – Bajulans e Pai nosso. Regente: Louis Langrée. Solista: e Klaus Hellner – viola. Programa: Igreja Nossa Senhora Aparecida. Entrada franca. 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Ole Edvard Antonsen – trompete. obras de Cambini, Scarlatti, Reger e ESTADO DE SÃO PAULO Programa: Mozart – La Clemenza di Tito Haydn. Fellowship Community Church. Entrada franca. 20h30 ORQUESTRA FILARMÔNICA DE Regente: Louis Langrée. Solista: K 621, abertura; Hummel – Concerto SÃO CAETANO DO SUL Ole Edvard Antonsen – trompete. para trompete; Jolivet – Concertino 16h00 ORQUESTRA JOVEM TOM JOBIM Regente: Sérgio Assumpção. Programa: Mozart – La Clemenza di Tito para trompete e Tchaikovsky – Sinfonia Programa: Debussy – Prelúdio para a K 621, abertura; Hummel – Concerto nº 6, Patética. Leia mais na pág. 40. Regente: Roberto Sion. CEU Jambeiro. Entrada franca. tarde de um fauno; Grieg – Peer Gynt, para trompete; Jolivet – Concertino Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. suíte nº 1 op. 46; Borodin – Danças para trompete e Tchaikovsky – Sinfonia Reapresentação dia 17 às 16h30. 16h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO polovitsianas e Ravel – Pavana para nº 6, Patética. Leia mais na pág. 40. uma princesa morta e Bolero. Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. ESTADO DE SÃO PAULO Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho. Reapresentação dia 16 às 21h00 e dia 17 às 17 SÁBADO Regente: Louis Langrée. Solista: Entrada franca. Reapresentação dia 18 às 19h30. 16h30. Ole Edvard Antonsen – trompete. 11h00 FÁBIO CURY – fagote Programa: Mozart – La Clemenza 21h00 GLI ARCHI ENSEMBLE Encontros Clássicos. Palestra e recital di Tito K 621, abertura; Hummel 18 DOMINGO Música no Masp Internacional. de lançamento do CD “Velhas e novas – Concerto para trompete; Jolivet Programa: Vivaldi – Sinfonia da La Cirandas – Música brasileira para fagote e – Concertino para trompete e 11h00 ORQUESTRA SINFÔNICA verità in cimento; Rossini – Sonata para orquestra”. Haverá sessão de autógrafos Tchaikovsky – Sinfonia nº 6, Patética. MUNICIPAL cordas nº 6; Molinelli – Twin legends e após o concerto. Leia mais na pág. 10. Leia mais na pág. 40. Romeus e Julietas. Regente: Rodrigo Milonga para Astor; Purcell/Britten – Sala São Paulo – Loja Clássicos. Entrada franca. Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. de Carvalho. Programa: Tchaikovsky Roteiro Musical São Paulo

Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, dias 11 e 25 – Romeu e Julieta, abertura-fantasia; e Concerto em sol menor e Geminiani Prokofiev – Romeu e Julieta, trechos – Concerto VI op. 2. Concertos da Fundação mostram do balé e Bernstein – West side story, Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos. danças sinfônicas. Entrada franca. Auditório Ibirapuera. R$ 20. ótima música de câmara 19h30 ORQUESTRA FILARMÔNICA Formado por experientes profissionais, o Trio Lumière faz a primeira 11h00 SINFÔNICA HELIÓPOLIS DE SÃO CAETANO DO SUL das duas apresentações que acontecem este mês na Fundação Maria Lui- Concerto Matinal. Regente: Roberto Regente: Sérgio Assumpção. sa e Oscar Americano, no dia 11. Eliane Tokeshi (violino), Heloisa Mei- Tibiriçá. Programa: Shostakovich – Programa: Programa: Debussy – Prelúdio para a tarde de um fauno; relles (violoncelo) e Maria José Carrasqueira (piano) são artistas atuantes Abertura festiva op. 96; Villa-Lobos – Bachianas brasileiras nº 4; J. Strauss Grieg – Peer Gynt, suíte nº 1 op. 46; no cenário artístico nacional e internacional e docentes de universidades Borodin – Danças polovitsianas e Ravel brasileiras. Com o Trio Lumière, formado em 2000, elas pretendem di- Jr. – O morcego op. 362, abertura e Tchaikovsky – Capricho italiano op. 40. – Pavana para uma princesa morta e vulgar o vasto repertório escrito para esta formação, incluindo a música Leia mais na pág. 40. Bolero. contemporânea. Neste recital as intérpretes contam com a participação Sala São Paulo. Entrada franca. Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho. do violista Renato Bandel para interpretar Schumann, Villani-Côrtes e Entrada franca. 12h00 GRUPO CAFÉ CONCERTO Radamés Gnattali. 19h30 CORAL DA GENTE Domingo ao Meio Dia. Com Marion Criado em 2005 por músicos da Osesp e com grande atuação nas Instituto Baccarelli. Concertos do Dorin e Rosmarie Appy – violinos, séries de concerto do país, o Quarteto Portinari é a atração seguinte, dia Jubileu. Carmen Borba – violoncelo, Miranda 25. Em um programa todo dedicado aos 200 anos de nascimento de Paróquia Sant’Ana. Entrada franca. Sousa – contrabaixo, Maria Aparecida Schumann, o grupo toca o Quarteto op. 41 nº 1 e o Quinteto op. 44, Rasetti – piano e Danielle Rigon – com a participação do pianista Paulo Gori. 20h00 GERHARD BLUM – órgão percussão. Programa: obras de Programa: obras de Bach, Händel, Henderson, Komzak, Mendelssohn, Schumann e Guilmant. Shostakovich, Kander, Idelsohn e Lehar, Igreja Nossa Senhora de Fátima. Entrada Teatro Municipal de Santo André, dias 24 e 25 entre outros. franca. A Hebraica – Teatro Arthur Rubinstein. Sinfônica de Santo André toca Entrada franca. 20 TERÇA-FEIRA Sibelius, Saint-Saëns e Bruckner 12h00 NEYMAR QUARTETO Música em Cena. Com Ricardo 12h30 Ópera O EMPRESÁRIO, de Seguindo com sua temporada, a Orquestra Sinfônica de Santo Takahashi – violino, Daniel Pires – Mozart André realiza mais um bom programa nos dias 24 e 25, no Teatro viola, Vana Bock – violoncelo e Música no Masp. Ópera Portátil de Neymar Dias – contrabaixo. Programa: Municipal de sua cidade. O regente titular Carlos Eduardo Moreno Repertório. Com Jamile Evaristo – obras de Neymar Dias. soprano, Ossiandro Brito – tenor, Paulo abre as récitas com o poema sinfônico Finlândia, uma das mais Teatro do Sesi. Entrada franca. célebres peças de Jean Sibelius (1865-1957). O compositor foi um Menegon – baixo, Wesley Lacerda – direção musical e piano e Pablo dos mais importantes da história musical de seu país, além de figura 16h00 ARSIS PIANO TRIO Moreira – direção cênica. Música no MuBE. Com Liliane Kans fundamental, por meio de suas obras, na formação da identidade Masp – Grande Auditório. Entrada franca. nacional finlandesa. - piano, Fabio Chamma – violino e Em seguida é a vez do Concerto para violoncelo nº 1 do francês Angelique Camargo – violoncelo. Programa: Schumann – Trio nº 3 op. 21 QUARTA-FEIRA Saint-Saëns. Os solos ficam a cargo de Johannes Gramsch, músico 110 e Brahms – Trio nº 1 op. 8. alemão nascido em Düsseldorf e que é spalla do naipe de violonce- MuBE. R$ 20 e R$ 10. los da Osesp. Os concertos se encerram com a Sinfonia nº 1, primei- 18h00 Zarzuela EL NIÑO JUDIO, de Pablo Luna 17h00 MÚSICA DE CÂMARA COM ra das nove grandes obras sinfônicas do austríaco Anton Bruckner. Comemoração ao aniversário de MEMBROS DA ORQUESTRA SINFÔNICA nove anos do CCBB-SP. Orquestra DO ESTADO DE SÃO PAULO Jovem Municipal de Guarulhos. Série de Câmara. Regente: Ole Sesc Santana, dia 23 / Santo André, dia 24 / São José dos Campos, dia 27 / Regente: Emiliano Patarra. Solistas: Edvard Antonsen. Programa: São Carlos, dia 28 / Sesc Carmo, dia 2 de maio Sérgio Weintraub, Sheila Minatti, Mendelssohn – Harmoniemusik op. Saulo Javan, Leonardo Pace, Eduardo 24, abertura; Strauss – Serenata op. Abumrad, Magda Paino, Gisela Concertos marcam lançamento 7; Shostakovich – Duas peças de Hendricks, Jose Negreiros, Rachel Scarlatti op. 17, Pastorale e Capriccio; Alonso e Marcelo Silva. Direção de CD de Goudaroulis e Figueiredo Gefors – Snurra; Grieg – Marcha fú- cênica: Mauro Wrona. Leia mais na nebre e Tomasi – Fanfarras litúrgicas. Dimos Goudaroulis, violoncelista grego radicado no Brasil desde pág. 48. Leia mais na pág. 40. 1996, desenvolve uma rica e versátil carreira que transita entre o univer- Vale do Anhangabaú. Entrada franca. so popular e o erudito – indo do barroco ao contemporâneo. Em seu mais Sala São Paulo. De R$ 22 a R$ 44. novo trabalho, o CD “O tenor perdido”, ele explora pela primeira vez 18h00 ORQUESTRA ARTE BARROCA 22 QUINTA-FEIRA em gravações o seu violoncelo piccolo, que seria, segundo o músico, “o Concerto “Archivo musical de Chiquitos tenor perdido da família do violino, o instrumento que falta entre a viola e barroco italiano tardio”. Diretor artís- 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA e o violoncelo”. Dimos garimpou partituras inéditas de compositores tico e spalla: Paulo Henes. Com Alceu DO ESTADO DE SÃO PAULO Camilo Jr., Renan Vitoriano, Carolina do século XVII que teriam sido escritas para o violoncelo piccolo e fez Regente: Roberto Minczuk. Solista: Rosati Colepicolo e Bia Ribeiro – violi- as gravações tendo como parceiro o excelente Nicolau de Figueiredo, Cláudio Cruz – violino. Programa: nos; Tânia Neiva – violoncelo barroco; brasileiro radicado na Europa que é um dos mais prestigiados cravistas da Beethoven – Abertura zur Namensfeier Gilberto Chacur – contrabaixo; Edilson cena internacional. O álbum duplo, gravado pelo Selo Sesc, tem obras de op. 115; Ronaldo Miranda – Concerto de Lima – guitarra barroca e teorba e Giuseppe Valentini, Andrea Caporale, William Babell e Händel. para violino e orquestra (estreia) e Fernando Cardoso – cravo. Programa: Mahler – Sinfonia nº 1, Titã. Leia mais Dimos e Nicolau de Figueiredo fazem em abril uma série de concer- Scarlatti – Agar et Ismaele Esiliati, na pág. 40. tos para o lançamento de “O tenor perdido”: no Sesc Santana, dia 23, L’Oratorio; Anônimo – Sonata XIX; Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. Sesc Santo André (24), Sesc São José dos Campos (27), Sesc São Carlos Sammartini – Sonata XIII; Locatelli – Reapresentação dia 23 às 21h00 e dia 24 às (28) e Sesc Carmo (2 de maio). Sonata X; Vivaldi – Concerto XII RV 275 16h30.

46 Abril 2010 CONCERTO 21h00 ÓPERA DAS PEDRAS – 16h00 BANDA SINFÔNICA JOVEM Masp, dia 15 O ESPETÁCULO DA TERRA, DO ESTADO de Denise Milan Regente: Mônica Giardini. Conjunto italiano é atração da Camerata Popular. Regente: Tiago CEU São Mateus. Entrada franca. Pinheiro. Com Wellington Nogueira série internacional do Masp e Badi Assad. Música de Clarice Assad, 16h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Carlinhos Antunes, André Mehmari, ESTADO DE SÃO PAULO O Masp recebe, a Marco Antonio Guimarães e Naná Regente: Roberto Minczuk. Solista: partir do dia 15 desse Vasconcelos. Concepção, direção, Cláudio Cruz – violino. Programa: mês, a terceira tem- libreto e cenografia: Denise Milan. Beethoven – Abertura zur Namensfeier porada de Música no Co-direção: Lee Breuer. op. 115; Ronaldo Miranda – Concerto Masp Internacional. Sesc Ipiranga – Teatro. R$ 20, R$ 10 e R$ 5. para violino e orquestra (estreia) e A atração é o grupo Reapresentação às quintas e sextas-feiras às Mahler – Sinfonia nº 1, Titã. Leia mais italiano de câmara Gli 21h00 e sábados às 20h00. Até 15 de maio. na pág. 40. Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. Archi Ensemble, que 23 SEXTA-FEIRA para esta apresentação 17h00 Ópera ORFEU E EURÍDICE, traz obras de Vivaldi, Gli Archi Ensemble de Gluck DIVULGAÇÃO 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Rossini e Britten, entre Coral da Cidade de São Paulo e ESTADO DE SÃO PAULO outros compositores. Solistas da Orquestra Acadêmica Regente: Roberto Minczuk. Solista: Conhecido em toda a Europa, o grupo italiano foi criado em 2003 e de São Paulo. Regente: Luciano Cláudio Cruz – violino. Programa: Camargo. Com Cristine Bello Guze, já se apresentou junto a grandes maestros e solistas, como Boris Belkin, Beethoven – Abertura zur Namensfeier Ludmila de Carvalho e Thayana Gunter Neuhold, George Pehlivanian e Hubert Soudant, entre outros. op. 115; Ronaldo Miranda – Concerto Roverso. Direção cênica: Rodolfo Além da bem-sucedida programação pela Europa, Gli Archi Ensemble para violino e orquestra (estreia) e García Vásquez. também realizou turnês na China e Austrália. Mahler – Sinfonia nº 1, Titã. Leia mais CEU Butantã – Teatro Carlos Zara. Entrada na pág. 40. franca. Reapresentação dia 25 às 17h00. TEMPORADA INTERNACIONAL TEM DIVERSAS OUTRAS ATRAÇÕES Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. A série Música no Masp Internacional, iniciada em 2007, é uma Reapresentação dia 24 às 16h30. 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA parceria do museu com a Art Invest Marketing Cultural. Realizados no DE SANTO ANDRÉ 21h00 DIMOS GOUDAROULIS – Grande Auditório, os concertos, precedidos de coquetel, têm comentá- Regente: Carlos Eduardo Moreno. violoncelo e NICOLAU DE FIGUEIREDO rios do violista Marcelo Jaffé e do jornalista Irineu Franco Perpetuo. Solista: Johannes Gramsch – violonce- – cravo lo. Programa: Sibelius – Finlândia, po- Essa temporada terá um total de oito atrações. Além de Gli Archi Lançamento de CD “O tenor perdi- ema sinfônico; Saint-Saëns – Concerto Ensemble, se apresentam Russian Virtuosi of Europe (maio), Tallin do – Música para violoncelo piccolo e nº 1 para violoncelo e orquestra e Chamber Orchestra (junho), Capella Bydgostiensis (julho), Budapest cravo”. Programa: gravações inéditas Bruckner – Sinfonia nº 1. Leia mais Chamber Symphony (agosto), New Orleans Jazz Orchestra (setembro), de obras do período barroco. Leia mais na pág. 46. na pág. 46. Academia Chamber Orchestra (outubro) e Mahler Chamber Orchestra Teatro Municipal de Santo André. Entrada Sesc Santana. Entrada franca. De R$ 3 a R$ 12. (novembro). franca. Reapresentação dia 25 às 20h00.

20h00 DIMOS GOUDAROULIS – SÁBADO Sala São Paulo, dia 24 24 violoncelo e NICOLAU DE FIGUEIREDO – cravo 11h00 PEDRO E O LOBO – HISTÓRIAS Lançamento de CD “O tenor Filarmônica Bachiana Sesi segue DE OPERILDA perdido – Música para violoncelo O Aprendiz de Maestro. Sinfonieta piccolo e cravo”. Programa: gravações temporada na Sala São Paulo Tucca Fortíssima e Andréa Bassit – inéditas de obras do período barroco. Com um concerto na Sala São Paulo, dia 24, a Orquestra Filarmônica atriz. Regente: João Maurício Galindo. Sesc Santo André. Entrada franca. Bachiana Sesi SP dá prosseguimento a sua temporada 2010. Os músicos, Programa: Prokofiev – Pedro e o Lobo. Reapresentação dia 2/5 às 11h00 no Sesc Texto: Andréa Bassit. Realização: Carmo. comandados pelo regente e fundador, João Carlos Martins, interpretam Tucca – Associação para Crianças e a Sinfonia nº 1 de Brahms na primeira parte do programa. Adolescentes com Câncer. 20h00 CORAL CULTURA INGLESA Após o intervalo é a vez de Amazônia sempre será, de Edmundo Sala São Paulo. De R$ 40 a R$ 50. Centro de Música Brasileira. Villani-Côrtes, compositor mineiro radicado em São Paulo e que em Coral Cultura Inglesa Convida. 2010 completa 80 anos. Em seguida, o maestro Martins passa da batuta 11h00 FABIO LUZ – piano Com Grupo Vocal Piacere e Fabio Luz & friends. Lançamento Coral Municipal Zanzalá de para o piano, e quem sobe ao pódio é Sergei Eleazar de Carvalho, filho de “Il Giardino degli Angeli”, um Cubatão. Regentes: Marcos do lendário maestro Eleazar de Carvalho. Ele comanda a Bachiana em álbum para a juventude de Fabio Luz. Júlio Sergl, Vera Novack e um tributo ao francês Michel Legrand. Pianista, arranjador e compositor, Programa: 25 peças breves para piano Fernanda Tavares. Órgão/piano: Legrand nasceu em Paris em 1932 e construiu uma carreira de sucesso a quatro mãos, com participação do Marcos Alves da Gama. Programa: internacional escrevendo obras para o cinema, entre as quais destacam- público. André da Silva Gomes – O vos se as trilhas dos filmes “Lola”, “Les misérables”, “Prêt-à-porter”, “Les Escola Tom sobre Tom – Teatro. omnes e Elias Álvares Lobo – parapluies de Cherbourg” e “Une femme est une femme”. Pai nosso. 15h00 A VOLTA DO PARAFUSO, de Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britten Britânico. Entrada franca. Filarmônica Bachiana Sesi-SP Ópera Comentada em DVD. Ciclo Britten. Com Eilene Hannan, Margaret 20h00 CENAS DE ÓPERAS FAMOSAS Haggart, Anson Austin, Wendy FAU em Concerto. Gala Concert. Com Dixon e Orquestra Sinfônica da Desirée Brueckheimer – soprano, Austrália. Regente: David Stanhope. Erica Aguilar – mezzo soprano, Programação e comentários: Lauro Bruno Lunardi – tenor, André Machado Coelho. Heryson – barítono e Junior Gurgel Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro – piano.

Britânico. Entrada franca. FAU Maranhão. Entrada franca. DIVULGAÇÃO

CONCERTO Abril 2010 47�� Roteiro Musical São Paulo

20h30 Ópera DIDO E ENÉAS, 16h00 CAMERATA ABERTA As três séries musicais do Centro Cultural São Paulo, que levam de Purcell Concerto Os extremos. Regente: uma boa e diversificada programação aos espaços da casa, têm como Orquestra de Câmara Barroca. Guillaume Bourgogne. Programa: destaque este mês a violinista Tânia Camargo Guarnieri e a pianista Regente: Patrícia Michelini. Coro de Varèse – Octandre; Sciarrino – Araceli Chacón (dia 11); a música indiana do Hanuman Trio (dias 15 Repertório da Fundação das Artes de Archeologia del teléfono; Cendo – Action e 16); e a pianista Sylvia Maltese mostrando obras de mulheres com- São Caetano do Sul. Regentes: Daniel painting; Silvio Ferraz – Dona Letícia e positoras (dias 29 e 30). Volpin e Maria Cecília de Oliveira. Kafejian – Sobre paranambucae. Solistas: Maria Cecília de Oliveira, Masp – Grande Auditório. R$ 10 e R$ 5. Bach: tema & contratema, série do Espaço Cachuera!, mostra no dia Fábio Miguel, Ana Célia Nascimento, 14 a música de Bach e seus filhos com Elisa Freixo ao cravo e órgão. Marina Fossa, Jéssica Viana, Elisângela 16h00 CRISTIANO VOGAS – piano A musicista paulista mora em Minas Gerais desde 1988, quando foi Bandeira, Patrícia Nelli, Caroline de Música no MuBE. Programa: Mozart – convidada para cuidar do órgão da Sé de Mariana, um dos mais im- Britto, Cátia Suzano, Daniela Amaral, Sonata K 457; Debussy – Images, 2º portantes instrumentos históricos brasileiros. Gilberto Zanchetta e Sezenando Coelho. caderno; Chopin – Barcarola op. 60 Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho. e Liszt – Soneto del Petrarca 104 e O belo projeto Aprendiz de Maestro mostra no dia 24 um episódio Entrada franca. Reapresentação dias 25/4 e 2/5 Rapsódia húngara nº 8. baseado na obra Pedro e o lobo, de Prokofiev. Mademoiselle Operil- às 19h e dia 1/5 às 20h30. MuBE. R$ 20 e R$ 10. da, maestro João e a Sinfonieta Tucca Fortíssima viajam à Rússia para mostrar músicas e contar histórias daquele país. 20h30 DUO SIQUEIRA LIMA 17h00 ORQUESTRA JOVEM DO ESTADO Movimento Violão. Com Cecília Regente: João Maurício Galindo. Com regência do maestro Luciano Camargo, a Orquestra Acadêmica de Siqueira e Fernando Lima – violões. Solista: Marija Bokor – piano. São Paulo e o Coral da Cidade de São Paulo apresentam a ópera Orfeu Sesc Vila Mariana. Entrada franca. Programa: Schumann – A noiva de e Eurídice, de Gluck. A montagem, que tem direção cênica de Rodolfo Messina, abertura; Beethoven – Garcia Vázquez, será apresentada no CEU Butantã, dias 24 e 25. 21h00 FILARMÔNICA BACHIANA Concerto para piano nº 1; D’Indy – SESI SP La forêt enchanté e Satie – Parade. O conjunto Zabaione Musicale, que se dedica à música dos séculos Regentes: João Carlos Martins Sala São Paulo. R$ 10 e R$ 5. XVII e XVIII, abre as apresentações musicais de abril no Museu da e Sergei Eleazar de Carvalho. Casa Brasileira, no dia 4. O repertório é dedicado à obra de Bach e Solista: João Carlos Martins – piano. 17h00 ZABAIONE MUSICALE Händel. O concerto “Arte do som brasileiro”, com a Orquestra Antunes Programa: Brahms – Sinfonia nº 1; Cultura aos Domingos. Com Claudete Câmara, é a atração seguinte, no dia 11. O grupo de jazz Swiss College Villani-Côrtes – Amazônia sempre será Biasoli – soprano, Eduardo Klein – flau- Dixie Band se apresenta no dia 18, e o conjunto de música instrumen- e Tributo a Michel Legrand. Leia mais ta doce e viola da gamba, Wagner tal brasileira Comboio toca no dia 25. na pág. 47. Lavos – violoncelo e Roberto Anzai Sala São Paulo. Ingressos: De R$ 60 a R$ 100. – cravo, órgão, teclado e direção. Em São Paulo, a série Música em Cena do projeto Sesi Música – que Programa: obras de Händel e Bach. promove dezenas de concertos mensais em unidades do Sesi no Esta- 25 DOMINGO Auditório Cultura Inglesa – Higienópolis. do de São Paulo – tem como atrações o quinteto de metal Brassampa, R$ 20 e R$ 10. no dia 4; a jovem pianista carioca Sylvia Thereza tocando obras de Chopin, dia 11; o Neymar Quarteto, formado por Ricardo Takahashi 11h00 CORO DE CÂMARA DA 17h00 Ópera ORFEU E EURÍDICE, (violino), Daniel Pires (viola), Vana Bock (violoncelo) e Neymar Dias ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO de Gluck (contrabaixo), dia 18; e a Camerata Mahle, fundada em 2009 em ho- DE SÃO PAULO Veja detalhes dia 24 às 17h00. menagem ao compositor alemão Ernst Mahle, que há muitos anos Concerto Matinal. Regente: Naomi CEU Butantã – Teatro Carlos Zara. Entrada desenvolve um importante papel pedagógico em Piracicaba, dia 25. Munakata. Programa: obras de franca. Scarlatti, Pe. José Maurício, Poulenc, O Museu Brasileiro da Escultura – MuBE tem mantido nos últimos Lotti, Villa-Lobos, Miranda, Nobre, 19h00 Ópera DIDO E ENÉAS, anos uma série regular de concertos para piano, com recitais solo, em Mignone, Caymmi e . de Purcell duo pianístico ou em pequenas formações camerísticas. Nesse mês, Leia mais na pág. 40. Veja detalhes dia 24 às 20h30. as atrações são Arthur Marden tocando Bach, Beethoven, Scriabin, Sala São Paulo. Entrada franca. Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho. Entrada franca. Reapresentação dias 1/5 às Prokofiev e Chopin, no dia 4; a pianista titular da Osesp, Olga Kopylo- 20h30 e 2/5 às 19h. va, no dia 11; o Arsis Piano Trio, com Schumann e Brahms, no dia 18; 11h00 ENSEMBLE ALGOL Um instante Maestro. Regência e e Cristiano Vogas, no dia 25. 19h45 GRUPO QUODLIBET comentários: Carlos Eduardo Moreno. Série Sacra Música. Com Daniela Solista: Laura de Souza – soprano. Em mais um concerto da série Um instante, maestro, o regente Car- Amaral – soprano, João Carlos Programa: Mahler – Sinfonia nº 4. los Eduardo Moreno comanda a execução da Sinfonia nº 4 de Gustav Ghastine, Walkiria Morato e Eleen Sesc Santo André. Entrada franca. Mahler com o Ensemble Algol e a soprano Laura de Souza. O pro- Chalet – flautas doce, Rafael N. de grama, que acontece no Sesc Santo André dia 25, tem o objetivo de 11h30 QUARTETO PORTINARI e Souza – violino, Roberto Imai – viola aproximar o público da música clássica. Antes da execução, Moreno da gamba, Daniel Abuassi – flauta faz comentários sobre a obra. PAULO GORI – piano Schumann e Chopin – Duas estrelas do doce e contínuo e Luís Carlos Bianco – contínuo. Programa: Quantz – Trio Em uma realização da Fundação das Artes de São Caetano do Sul romantismo musical. Com Cláudio Cruz sonata; Purcell – Suíte The fairy queen; será apresentada a ópera Dido e Enéas, do inglês Henry Purcell, dias e Svetlana Tereshkova – violinos, Peter Bach – Schafe können sicher weiden, 24 e 25 de abril e 1º e 2 de maio. A Orquestra de Câmara Barro- Pas – viola e Marialbi Trisolio – violon- da cantata BWV 208 e Bist du bei mir ca, regida por Patrícia Michelini, acompanha o Coro de Repertório da celo. Programa: Schumann – Quarteto e Adson – Courtly Masquin Ayres. Fundação e os solistas Maria Cecília de Oliveira, Fábio Miguel e Ana op. 41 nº 1 e Quinteto op. 44. Leia Capela da PUC. Entrada franca. Célia Nascimento, entre outros. Na mesma cidade o maestro Sérgio mais na pág. 46. Assumpção, titular da Orquestra Filarmônica de São Caetano do Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DE Sul, comanda o grupo em concertos que acontecem dias 17 e 18. R$ 20 e R$ 10 (acesso à Fundação e ao concerto). SANTO ANDRÉ O repertório tem obras de Debussy, Grieg, Borodin e Ravel. Regente: Carlos Eduardo Moreno. 12h00 CAMERATA MAHLE Em comemoração aos nove anos de Centro Cultural Banco do Brasil Solista: Johannes Gramsch – violoncelo. Música em Cena. Regente: Ernst de São Paulo, a zarzuela El niño judio, de Pablo Luna, será novamente Programa: Sibelius – Finlândia, poema Mahle. Programa: Purcell – Suíte para apresentada na cidade. A récita acontece dia 21 no Vale do Anhan- sinfônico; Saint-Saëns – Concerto nº 1 cordas; Händel – Passacaglia; Genzmer gabaú com a Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos sob a regência para violoncelo e orquestra e Bruckner – – Sinfonietta e Mahle – Suíte viajando de Emiliano Patarra. Sinfonia nº 1. Leia mais na pág. 46. pelo Brasil. Teatro Municipal de Santo André. Entrada Teatro do Sesi. Entrada franca. franca.

48 Abril 2010 CONCERTO Destaques da programação ,

abril/2010

LAUDATE DOMINUM ta em re menor. Europa galante. Dir.: Fabio Biondi./ 24 de Abril TEMA E VARIAÇÕES Programa do pianista e compositor Amaral Vieira Giovanni Batista PERGOLESI - Concerto em sol maior Piotr Ylich TCHAIKOVSKY - Sinfonia n° 4. Orquestra Programa do maestro Julio Medaglia sobre os prin- sobre a música sacra. para flauta. James Galway (flauta). I Solisti Veneti. Filarmônica de Leningrado. Dir.: Evgeny Mravinski cipais temas recorrentes na música ocidental. Domingos, 09h00min. Dir.: Claudio Scimone. Segunda à sexta-feira, 11h00min. O QUE HÁ DE NOVO 04 de abril Antonio VIVALDI - La Pastorella. Alla Rustica. Sona- 1ª semana Johann Sebastian BACH (1685-1750) - Kommt, eilet Programa de João Marcos Coelho sobre os lança- tori della Gioiosa Marca./ Johann Sebastian BACH mentos do mercado fonográfico. • A semana Santa Européia und laufet, ihr flüchtigen Füsse, oratório de Páscoa - Concertos para violino e oboé e para violino em • A semana santa no Brasil BWV 249 para solistas, coro e conjunto instrumen- Sábados 18h00min. sol maior. Fabio Biondi (violino). Alfredo Bernardini 2ª semana tal. Edith Selig, Claudia Hellmann, Georg Jelden, Ja- 3 de abril (oboé). Europa Galante./ Domenico SCARLATTI - So- Dvorak: trechos de dois CDs recentíssimos: num, • Georges Onslow cok Stämpfli, solistas vocais. Heinrich Schütz Choir, nata a mandolino e basso continuo. Tragicomedia. o maestro Charles Mackerras rege a Filarmônica • A importância de Vênus na música Heilbronn. Pfortzheim Chamber Orchestra. Reg.: /Alessandro SCARLATTI - Sonata. Europa Galante. Checa os três poemas sinfônicos Vodnik, Polednice, • Música Sobre o nome B-A-C-H Fritz Werner. Gravação histórica realizada em junho Dir.: Fabio Biondi./ Johan Schenk: fantasia em la Zlatly kolovrat e Holoubek de Antonín Dvorak (selo • 60 anos sem Vaslav Nijinski de 1964 na cidade de Heilbronn, Alemanha. maior. Capriccio Stravagante. Supraphon); o segundo é um álbum duplo do selo • A versatilidade do Quarteto Kronos. 11 de abril Giovanni PICCHI - Passo e Mezo. Saltarello del detto. LPO (de London Philharmonic Orchestra), onde a 3ª semana Franz Peter SCHUBERT (1797-1828) - Missa nº 5, Toccata. Fabio Bonizoni (cravo). Giuseppe TARTI- orquestra, solistas e o coro da LPO, comandados por • O humor na música índice Deutsch 678 em lá bemol maior para solistas, NI - Concerto em re menor ‘Ombra Diletta’.L’Arte Neemi Järvi, interpretam o “Réquiem” de Dvorak. • A música em Mônaco coro e orquestra (segunda versão, 1826) - Kyrie, Glo- dell’Arco. / Johann Sebastian BACH - Concerto de 10 de abril • Compositores nórdicos ria, Credo, Sanctus, Benedictus, Agnus Dei. Solistas: Brandemburgo n° 1. Oregon Bach Festival Chamber Duas versões do quarto concerto para piano de Bee- • Música e Filosofia Helen Donath, Brigitte Fassbaender, Francisco Arai- Orchestra. Dir.: Helmut Rilling. / William WILLIAMS - thoven. Primeiro, a leitura convencional do pianista • O popular e o erudito na música brasileira. za, Dietrich Fischer-Fieskau. Coro e Orquestra Sinfô- Sonata Imitação dos pássaros. Musica Poética. alemão Till Fellner, acompanhado pela Orquestra 4ª semana nica da Rádio Bávara. Reg.: Wolfgang Sawallisch. • Música incidental Georg Friderich HAENDEL - Concerto Grosso em si Sinfônica de Montreal, regida por Kent Nagano • Hipocondria musical 18 de abril bemol maior. Concentus Musicus Wien. Dir.: Niko- (CD ECM/2010). Em seguida, a versão do mesmo • 50 anos de Brasília Anton BRUCKNER (1824-1896) - Requiem em ré me- laus Harnoncourt. / Antonio VIVALDI - Concerto para concerto para piano e quarteto de cordas feita pelo • A música dos descobrimentos nor para solistas, coro, órgão e orquestra (1849). / cordas em sol menor. Paul Goodwin (oboé). Alberto próprio Beethoven a pedido do príncipe Lobkowitz, • O ragtime Psalm 112 para coro duplo e orquestra (1863). Joan Grazzi (fagote). The English Concert. Dir.: Trevor Pin- que queria tocá-lo com amigos, em “petit comité”. Rodgers, Catherine Denley, Maldwyn Davies, Micha- nock/ Georg MUFFAT - Sonata nº 1 em re maior. The A interpretação é da pianista Müza Rubackyté, 5ª semana el George, solistas vocais. Corydon Singers. English Parley of Instruments. Dir.: Roy Goodman. / Antonio acompanhada pelo Shanghai String Quartet (CD • Músicos em turnê Chamber Orchestra. Reg.: Matthew Best. VIVALDI - Concerto para oboé em do maior. Paul Lontano). • Arias de Mozart Goodwin (oboé). The English Concert. Dir.: Trevor 17 de abril • A batalha 25 de abril • Trilheiros escrevem para as salas de concerto Pinnock. / Antonio VIVALDI - Concerto para fagote. Um tributo ao grande pianista norte-americano 2010 - Centenário de nascimento de Samuel Barber. Alberto Grazzi (fagote). The English Concert. Dir.: • A música sobre trilhos Samuel BARBER (1910-1981) - Agnus Dei, para coro Earl Wild, nascido em Pittsburgh, Pensilvânia, Trevor Pinnock./ Giuseppe TORELLI - Concerto para cuja morte, em 23 de janeiro passado, aos 94 a cappella. King’s College Choir. Reg.: David Hill. trompete em re maior. Maurice André (trompete). ORGANUM PLENUM anos, passou despercebida. Notável músico, / Jorge ANTUNES - Blaue Elegie für Nikolaus von Philharmonia Orchestra. Dir. Riccardo Muti. Programa de Ralf Schwarz sobre as técnicas e o re- Myra para mezzo-soprano e oito violoncelos (2004) exercia uma enorme liberdade em seu trabalho. pertório para órgão; nesse mês de abril, uma home- [16:29]. Gerrie de Vries, mezzo-soprano. Cello Octet O PRAZER DA MÚSICA Tanto interpretava repertórios diferentes, como o nagem a Charles Marie-Widor. Conjunto Ibérico. Reg.: Bas Wiegers. Primeira apre- Programa de Marcelo Jaffé sobre as escutas das ciclo “O rouxinol perdido”, de Reynaldo Hahn, em Domingos, 08h00min. sentação no Brasil. / Igor STRAVINSKY (1882-1971) Sonoridades. primeira gravação mundial de 2001 para o selo 04 de abril - Symphony of Psalms, para coro e orquestra (1930, 3 de Abril Ivory Classics. Da mesma gravadora, também Charles-Marie WIDOR - Sinfonia nº 1 em dó menor, revis. 1948) - Psalm 38 - Psalm 39 - Psalm 150. Mon- mostraremos raridades como uma sonata para Robert SCHUMANN – Trios. Quarteto em Mi bemol op. 13 nº 1. Pierre Pincemaille (órgão). teverdi Choir. London Symphony Orchestra. Reg.: maior. Peças de Fantasia op.8. Romance op.28 n.2. piano que Wild compôs em 2000; e a Marcha John Elliot Gardiner. Gravação realizada em abril de Trio Beaux Arts. Samuel Rhodes (viola Arthur Ru- Rakoczy de Berlioz, em paráfrase do pianista. 11 de abril 2006 em Amsterdam, Holanda. Charles-Marie WIDOR - Sinfonia nº 2 em ré maior, binstein (piano). 24 de abril op. 13 nº 2. Pierre Pincemaille (órgão). BANCHETTO MUSICALE 10 de Abril Um programa Schumann, em tributo aos 200 anos Programa de Maurício Monteiro sobre a música ins- Luigi CHERUBINI (250 anos) – Réquiem. New Phi- de seu nascimento: em CD do selo Ondine lançado 18 de abril trumental dos séculos XVII e XVIII. lharmonia Orchestra. Dir.: Ricardo Muti. em março/2010, o pianista Tzimon Barto interpre- Charles-Marie WIDOR - Sinfonia nº 3 em mi menor Domingos, 12h00min. ta a Introdução e Allegro appassionato, opus 92, op. 13 nº 3. Pierre Pincemaille (órgão). Domenico Natale SARRI - Concerto em la maior. Il 17 de Abril ao lado da Sinfônica da NDR regida por Christoph Ludwig van BEETHOVEN - Quarteto de Cordas em mi Eschenbach. E como Eschenbach foi pianista antes 25 de abril Giadino Armonico. Dir.: Giovanni Antonini. /Johann Charles-Marie WIDOR - Sinfonia nº 4 em fá menor, bemol maior./ Léos JANÁCEK - Quarteto de Cordas de se dedicar à regência sinfônica, ele retorna ao Wilhelm FURCHEIN - Sonata em mi maior. Sonatella. op. 13 nº 4. Pierre Pincemaille (órgão). Sonata em re maior. Musica Antiqua Köln. nº 1, op. 127. Quarteto Hagen. teclado para, ao lado de Barto, interpretar os “Seis Dir.: Reinhard Goebel/ Domenico SCARLATTI - Sona- Estudos em Forma Canônica”, opus 56.

Contribuir para a formação crítica do homem para a cidadania é a missão da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Televisão Cultura, Rádio Cultura Brasil e Rádio Cultura FM, Cultura Marcas, Cultura Serviços, Cultura Data, RadarCultura e TV Rá Tim Bum. É uma organização sem fins lucrativos, cujos resultados são revertidos integralmente na produção de conteúdos.

anúncio_rádio_cultura_FM_MARCO 2010.indd 1 16/3/2010 17:13:19 Roteiro Musical São Paulo

Sala São Paulo, dia 10 / Theatro São Pedro, dias 29 e 2, 4, 6 e 8 de maio 26 SEGUNDA-FEIRA 29 QUINTA-FEIRA Osusp toca Levy, Brahms, Mahler 11h30 ORQUESTRA SINFÔNICA 12h30 SYLVIA MALTESE – piano e ópera Tosca de Puccini MUNICIPAL, CORAL LÍRICO e CORAL Concerto ao Meio-Dia. Mulheres PAULISTANO compositoras França-Brasil. Programa: Uma ópera e um programa sinfônico compõem a programação da Almanaque Musical – Concerto obras de Boulanger, Farrenc, Holmès, Orquestra Sinfônica da USP. No dia 10, o regente suíço Claude Villaret Didático. Regente: Rodrigo de Bonis, Benedictis, Dinorá de Carvalho, comanda o grupo em obras de Alexandre Levy, Brahms e nos Kinder­ Carvalho. Roteiro e direção cênica: Adelaide Pereira da Silva, Kilza Setti, totenlieder (Canções das crianças mortas) de Gustav Mahler, obra que João Malatian. Maria Helena Rosas Fernandes, terá como solista a ótima mezzo soprano Denise de Freitas (leia mais Sala Olido. Entrada franca. Reapresentação Sandra Abrão, Baroncelli, Silvânia dia 27 às 9h30 e 11h30. Barros, Chiquinha Gonzaga e Bilhar. sobre a artista na coluna Palco desta edição.) Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran Já no final do mês a Osusp estreiaTosca , célebre ópera em três atos Barbosa. Entrada franca. Reapresentação dia de Puccini. A montagem é uma parceria da orquestra com a Apaa, que 27 TERÇA-FEIRA 30 às 18h30. administra o Theatro São Pedro. Com libreto de Luigi Illica e Giuseppe 20h30 Ópera TOSCA, de Puccini 09h30 ORQUESTRA SINFÔNICA Giacosa, baseado na peça homônima de Victorien Sardou, Tosca estreou Orquestra Sinfônica da USP. Regente: MUNICIPAL, CORAL LÍRICO e CORAL em Roma em janeiro de 1900. O enredo gira em torno da cantora de ópe- Ligia Amadio. Solistas: Laura de PAULISTANO ra Floria Tosca, de seu amante Mario Cavaradossi e do barão Scarpia. Souza – soprano, Rubens Medina – Almanaque Musical – Concerto didá- Com direção musical e regência da maestrina Ligia Amadio e direção tenor e Rodrigo Esteves – Scarpia. tico. Regente: Rodrigo de Carvalho. Direção cênica: Fernando Bicudo. cênica de Fernando Bicudo, as récitas acontecem dias 29 de abril e dias Roteiro e direção cênica: João Malatian. Theatro São Pedro. R$ 10 e R$ 5. 2, 4, 6 e 8 de maio. Os solistas são a soprano Laura de Souza, o tenor Sala Olido. Entrada franca. Reapresentação Reapresentação dias 2 e 8/5 às 17h00 às 11h30. Rubens Medina e o barítono Rodrigo Esteves. e dias 4 e 6/5 às 20h30.

12h30 BRUCH TRIO 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Música no Masp. Com Aída Machado ESTADO DE SÃO PAULO Masp, dias 6, 13, 20 e 27 – piano, Marta Vidigal – clarinete e Regente: Alexander Vedernikov. Marcelo Jaffé – viola. Programa: Bruch Solista: Cristina Ortiz – piano. Masp tem ótima programação – Peças op. 83; Brahms – Dois cantos Programa: Borodin – Príncipe Igor, op. 91 e Schumann – Contos de fanta- Além da série internacional, o Música no Masp promove con- danças polovitsianas; Stenhammar sia op. 132. – Concerto nº 2 para piano op. 23 e certos semanais gratuitos às terças-feiras na hora do almoço. No dia Masp – Grande Auditório. Entrada franca. Tchaikovsky – Suíte nº 3 op. 55. 6, o quarteto de flautas doce Quinta Essentia mostra obras de Te- Leia mais na pág. 40. 21h00 ENSEMBLE BERLIN lemann, Bach e Purcell, entre outros. Na semana seguinte, dia 13, Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. Adélia Issa e Ricardo Ballestero exploram “A voz de Schumann” em Mozarteum Brasileiro. Com Philipp Reapresentação dia 30 às 21h00 e dia 1/5 Bohnen e Christoph von der Nahmer um recital com canções do compositor, além de peças de Mendels- às 16h30. – violinos, Martin von der Nahmer – sohn, Brahms, Charles Ives e Alberto Nepomuceno. viola, Clemens Weigel – violoncelo, Dentro do projeto “Ópera Portátil de Repertório”, que apre- Ulrich Wolff – contrabaixo, Christoph 30 SEXTA-FEIRA senta versões reduzidas de óperas, serão apresentados, no dia 20, Hartmann – oboé e Franz Draxinger – trechos de O empresário, de Mozart. Os solistas Jamile Evaristo, trompa. Programa: Rosetti – Quinteto 18h30 SYLVIA MALTESE – piano Ossiandro Brito e Paulo Menegon cantam sob a direção musical para oboé, trompa, dois violinos e vio- Concerto às Seis e Meia. Veja detalhes de Wesley Lacerda, que estará também ao piano. A direção de loncelo; Dauprat – Quinteto op. 6 para dia 29 às 12h30. Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran cena é de Pablo Moreira. Encerram as apresentações do mês o trompa e cordas; Mozart – Quarteto para oboé e trio de cordas K 370; Barbosa. Entrada franca. Bruch Trio, formado por Aída Machado (piano), Martha Vidigal Onslow – Quinteto de cordas nº 26 20h30 ORQUESTRA DE CÂMARA DA (clarinete) e Marcelo Jaffé (viola), com obras de Bruch, Brahms e para quarteto de cordas e contrabaixo USP e AULUSTRIO Schumann, dia 27 de abril. e Reinecke – Septeto op. 188. Leia Regente: Olivier Toni. Aulustrio: mais na pág. 44. Fábio Brucoli – violino, Mauro Brucoli Sala São Paulo. De R$ 60 a R$ 160. Reapresentação dia 28 às 21h00. – violoncelo e Paulo Brucoli – piano. Masp, dia 25 Programa: Beethoven – Concerto trípli- ce op. 56 e Sinfonia nº 1 op. 21. Camerata Aberta faz concerto 28 QUARTA-FEIRA Anfiteatro Camargo Guarnieri. Entrada franca. explorando escrita musical Reapresentação dia 2/5 às 11h00 no Masp. 21h00 ENSEMBLE BERLIN 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Formada no final de 2009 e tendo feito seu concerto de estreia em Mozarteum Brasileiro. Com Philipp ESTADO DE SÃO PAULO março último, a Camerata Aberta – grupo de câmara focado no estudo Bohnen e Christoph von der Nahmer Regente: Alexander Vedernikov. – violinos, Martin von der Nahmer – e na difusão do repertório contemporâneo internacional – dá prossegui- Solista: Cristina Ortiz – piano. viola, Clemens Weigel – violoncelo, Programa: Borodin – Príncipe Igor, mento a sua primeira temporada com o concerto “Os extremos”, no Ulrich Wolff – contrabaixo, Christoph Grande Auditório do Masp. O francês Guillaume Bourgogne, regente danças polovitsianas; Stenhammar Hartmann – oboé e Franz Draxinger – – Concerto nº 2 para piano op. 23 e convidado para o primeiro trimestre de atividades do grupo, selecionou trompa. Programa: Rosetti – Quinteto Tchaikovsky – Suíte nº 3 op. 55. obras de Edgar Varèse, Salvatore Sciarrino, Raphael Cendo, Silvio Ferraz para oboé, trompa, dois violinos e vio- Leia mais na pág. 40. e Sergio Kafejian. loncelo; Dauprat – Quinteto op. 6 para Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. Como o próprio tema do concerto sugere, Bourgogne buscou um re- trompa e cordas; Mozart – Quarteto Reapresentação dia 1/5 às 16h30. corte de linguagens e sonoridades pouco usuais, em que os instrumentos para oboé e trio de cordas K 370; Onslow – Quinteto de cordas nº 26 21h00 ORQUESTRA SINFÔNICA se encontram em seus limites de audibilidade e de execução, levando ao para quarteto de cordas e contrabaixo MUNICIPAL público a oportunidade de descobrir novas maneiras de se ouvir música. e Reinecke – Septeto op. 188. Leia Lançamento do CD “Villa-Lobos – 50 Os músicos da Camerata Aberta são professores da Tom Jobim Emesp mais na pág. 44. anos”. Regente: Rodrigo de Carvalho. e instrumentistas que atuam nas melhores orquestras de São Paulo. Sala São Paulo. De R$ 60 a R$ 160. Programa: Villa-Lobos – Uirapuru,

50 Abril 2010 CONCERTO Bachianas brasileiras nº 2 e Choros nº 6. Leia mais na pág. 44. Endereços São Paulo Auditório Ibirapuera. R$ 30 e R$ 15. A Hebraica – Teatros Arthur Igreja Nossa Senhora Aparecida Sesc Santana – Av. Luiz Dumont 1/5 SÁBADO Rubinstein – Rua Hungria, – Rua Parque Domingos Luís, Vilares, 579 – Santana – Tel. (11) 1000 – Jardim América – Tel. 273 – Jardim São Paulo – Tel. (11) 6971-8700 (11) 3818-8800 (522 lugares) 2979-9270 16h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO Sesc Santo André – Rua Tama­ Estacionamento próprio com ESTADO DE SÃO PAULO Igreja Nossa Senhora de Fátima rutaca, 302 – V. Guiomar – Tel. manobrista Regente: Alexander Vedernikov. – Av. Dr. Arnaldo, 1831 – Sumaré – (11) 4469-1200 (302 lugares) Solista: Cristina Ortiz – piano. Anfiteatro Camargo Guarnieri Tel. (11) 3862-8665 e 3862-5667 Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, Programa: Borodin – Príncipe Igor, – Rua do Anfiteatro, 109 – Cidade 141 – Teatro (608 lugares) e Universitária – Telefone (11) Igreja São Luís Gonzaga – Av. danças polovitsianas; Stenhammar Auditório (131 lugares) – 1º 3091-3000 (360 lugares) Paulista, 2378 (esquina com Rua – Concerto nº 2 para piano op. 23 e Bela Cintra) – Tel. (11) 3231-5954 andar – Tel. (11) 5080-3147 Tchaikovsky – Suíte nº 3 op. 55. Leia Auditório Cultura Inglesa – (500 lugares) Teatro Abril – Av. Brig. Luís mais na pág. 40. Higienópolis – Av. Higienópolis, Antônio, 411 – Bela Vista – Tel. 449 – Consolação – Tel. (11) Livraria Cultura do Shopping Villa- Sala São Paulo. De R$ 36 a R$ 122. (11) 6846-6000 (1500 lugares) 3826-4322 (80 lugares) Lobos – Av. Nações Unidas, 4777 – Tel. (11) 3024-3599 (120 lugares) Teatro Alfa – Rua Bento Branco 18h00 VALDILICE DE CARVALHO – Auditório Ibirapuera – Av. Pedro Masp – Grande Auditório (364 de An­drade Filho, 722 – Tel. (11) piano Álvares de Cabral, s/nº – Portão 5693-4000. Ingressos: 0300-789- 3 do Parque Ibirapuera – Tel. lugares) e Pequeno Auditório Recital de lançamento do CD “Em (72 lugares) – Av. Paulista, 1578 3377 – www.ingressorapido. tempo de valsa”. (11) 6846-6000. Estacionamento com.br (1122 lugares) Zona Azul (800 lugares) – Cerqueira César – Tel. (11) 3251- Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran 5644 entrando pelo elevador Teatro Bradesco – Bourbon Barbosa. Entrada franca. Biblioteca Municipal Monteiro no térreo Shopping São Paulo – Piso Lobato – Rua General Jardim, 485 Perdizes – Rua Turiassu, 2100 20h30 Ópera DIDO E ENEAS, de – Vila Buarque – Tel. (11) 3256- Memorial da América Latina – Auditório Simón Bolívar (876 – Perdizes – Ingressos: tel. (11) Purcell 4038 / 4122 (130 lugares) 4003-1212 e www.ingressorapido. Veja detalhes dia 24/4 às 20h30. lugares) e Sala dos Espelhos Capela da PUC – Rua Monte (100 lugares) – Av. Auro Soares de com.br. Estacionamento: R$ 6 (até Teatro Paulo Machado de Carvalho. Entrada Alegre, 948 – Perdizes – Tel. (11) 2 horas) e R$ 2 (hora adicional) franca. Reapresentação 2/5 às 19h. Moura Andrade, 664 – Metrô Barra 3862-2498 (200 lugares) Funda – Tel. (11) 3823-4600 – (1457 lugares) Centro Cultural São Paulo – Estacionamento: R$ 10 Teatro do Sesi – Av. Paulista, (630 1313 – Cerqueira César – Tel. (11) DOMINGO Sala Adoniran Barbosa MuBE – Museu Brasileiro da 2/5 lugares), (324 3284-9787. Ingressos gratuitos Jardel Filho Escultura – Av. Europa, 218 – Jd. na bilheteria de quarta a sexta- lugares) – Rua Vergueiro, 1000 – Europa – Tel. (11) 3081-8611 (192 11h00 DIMOS GOUDAROULIS – Tel. (11) 3383-3400 feira, das 14h às 18h e sábados e lugares) violoncelo e NICOLAU DE FIGUEIREDO domingos das 14h30 às 16h CEU Butantã – Av. Eng. Heitor Museu da Casa Brasileira – Av. – cravo Antônio Eiras Garcia, 1700 – Tel. Teatro do Sesi de Mauá – Av. Brig. Faria Lima, 2707 – Jd. Lançamento de CD “O tenor perdi- (11) 3732-4560 (450 lugares) Presidente Castelo Branco, 237 do – Música para violoncelo piccolo e Paulistano – Tel. (11) 3032-3727 – Mauá – Tel. (11) 4514-2555 CEU Jambeiro – Rua Flores do cravo”. Programa: gravações inéditas (230 lugares) ramais 206/207 (132 lugares) Jambeiro s/n° – Guaianazes – de obras do período barroco. Leia mais Tel. (11) 6960-2059 Musicalis Núcleo de Música – Rua Teatro do Sesi de Osasco – Av. na pág. 46. Dr. Sodré, 38 – Itaim Bibi – Tel. (11) Getúlio Vargas, 401 – Tel. (11) CEU São Mateus – Rua Sesc Carmo. Entrada franca. 3845-1514 (80 lugares) 3686-3500 (233 lugares) Curumatim, 201 – Telefone (11) Paróquia Sant’Ana – Rua Regina Teatro do Sesi de Santo André 18h00 HELENA JANK – cravo 6732-8159 (450 lugares) Badra, 282 – Alto da Boa Vista – Praça Dr. Armando de Arruda Bach: Tema & Contratema. Programa: Escola Tom sobre Tom – Rua Pereira, 100 – Santo André – Tel. J.S. Bach – Variações Goldberg BWV Inácio Pereira da Rocha, 135 – Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britânico – Rua Ferreira (11) 4997-3177 (248 lugares) 988. Pinheiros – Tel. (11) 3032-3436 de Araújo, 741 – Pinheiros – Tel. Teatro do Sesi de São Bernardo Espaço Cachuera! R$ 20 e R$ 10. (80 lugares) (11) 3039-0575 (157 lugares) do Campo – Rua Suécia, 900 – Espaço Cachuera! – Rua Monte Assunção – Tel. (11) 4109-6788 19h00 Ópera DIDO E ENEAS, de Alegre, 1094 – Perdizes – Tel. Sala Olido – Av. São João, 473 – Purcell (11) 3872-8113 (100 lugares) Centro – Tel. (11) 3397-0171 Teatro do Sesi Vila Leopoldina Veja detalhes dia 24/4 às 20h30. (300 lugares) – Rua Carlos Weber, 835 – Tel. FAU Maranhão – Rua Maranhão, (11) 3833-1042 Teatro Paulo Machado de Carvalho. Entrada 88 – Higienópolis – Tel. (11) Sala São Paulo – Praça Júlio franca. 3091-4801 / 3257-7837 (150 Prestes, s/nº – Tel. (11) 3223-3966. Teatro João Caetano – Rua lugares) Ingressos: tel. (11) 4003-1212 e Borges Lagoa, 650 – Vila Mariana 20h30 Ópera TOSCA, de Puccini www.ingressorapido.com.br. Pessoas – Tel. (11) 5573-3774 (438 Orquestra Sinfônica da USP. Regente: Fellowship Community Church acima de 60 anos e estudantes lugares) Ligia Amadio. Solistas: Laura de – Rua Carlos Sampaio, 107 – pagam meia entrada (somente na Metrô Brigadeiro – Tel. (11) Teatro Municipal de Santo Souza – soprano, Rubens Medina – bilheteria da Sala). Estacionamento: 3253-7609 (300 lugares) André – Praça IV Centenário, tenor e Rodrigo Esteves – Scarpia. R$ 10, desconto para clientes da nº 1 – Centro – Tel. (11) 4433- Direção cênica: Fernando Bicudo. Fundação Maria Luisa e Oscar Porto Seguro. (1501 lugares) 0789. Estacionamento próprio Americano – Av. Morumbi, 4077 Theatro São Pedro. R$ 10 e R$ 5. Sesc Carmo – Rua do Carmo, 202 – (474 lugares) – Butantã – Tel. (11) 3742-0077 Reapresentação dia 8/5 às 17h00 e dias 4 Tel. (11) 3111-7000 Teatro Municipal Dr. Armando e 6/5 às 20h30. (107 lugares) Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, de Ré – Rua General Francisco Hospital do Câncer A.C. 822 – Ipiranga – Tel. (11) 3340- Glicério, 1353 – Centro – Tel. (11) 20h30 ORQUESTRA DE CÂMARA DA Camargo – Rua Professor Antônio 2000 (213 lugares) 4747-4180 Prudente, 211 – Liberdade – Tel. USP e AULUSTRIO Teatro Municipal Paulo (11) 2189-5000 Sesc Paulista – Av. Paulista, 119 – Regente: Olivier Toni. Aulustrio: Machado de Carvalho – Al. Tel. (11) 3179-3700 Fábio Brucoli – violino, Mauro Brucoli Igreja de Santa Margarida Conde de Porto Alegre, 840 – – violoncelo e Paulo Brucoli – piano. Maria – Av. Lins de Vasconcelos, Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, S.C. do Sul – Tel. (11) 4238-3030 Programa: Beethoven – Concerto trípli- 2129 – Jd. da Glória – Tel. (11) 195 – Pinheiros – Tel. (11) 3095- (1122 lugares). Estacionamento ce op. 56 e Sinfonia nº 1 op. 21. 5579-5059 9400 (1010 lugares) gratuito Masp. R$ 8 e R$ 4.

CONCERTO Abril 2010 51�� Roteiro Musical Rio de Janeiro

Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa, dia 4 – Sinfonia em ré maior; Mozart – 1 QUINTA-FEIRA Concerto nº 3 K 447 e Sinfonia Opes realiza mais um concerto nº 33 K 319 e Lane – Três miniaturas 12h30 JERZY MILEWSKI – violino e náuticas. da série Mestre Athayde ALEIDA SCHWEITZER – piano Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Entrada Música no Museu. Programa: obras de franca. O Ensemble da Orquestra Bach, Granados e Francoeur-Kreisler. Petrobras Sinfônica, grupo instru- Museu Nacional de Belas Artes. Entrada 6 TERÇA-FEIRA mental formado a partir da orques- franca. tra, apresenta no dia 4, na Igreja 19h30 CLÁUDIA NASCIMENTO – 12h30 ÉRICO TOURINHO – piano Nossa Senhora do Carmo da Lapa, flauta, GABRIEL MARIN – viola e Música no Museu. Programa: obras o terceiro concerto da série Mestre JENNIFER CAMPBELL – harpa de Bach, Mozart e Villa-Lobos. Athayde. Com regência de Carlos Série Música de Primeira. Programa: Museu da República. Entrada franca. Prazeres, a apresentação terá a Debussy – Sonata para flauta, viola e participação do flautista Marce- harpa; Bax – Sonata para flauta e harpa 7 QUARTA-FEIRA lo Bonfim, do barítono Fabrício e Ibert – Trio para flauta, viola e harpa. Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. Klaussen e do Quarteto Colonial. Entrada franca. 18h00 CIA. VERSÁTIL Can- Música no Museu. Com Maíra No programa, obras de Bach ( Carlos Prazeres tata BWV 56) e Pergolesi (Concer- DIVULGAÇÃO Lautert – soprano e Priscila Bomfim 2 SEXTA-FEIRA to para flauta em sol maior). – piano. Programa: obras de Mozart, Schumann, Brahms, Strauss e Alban A série Mestre Athayde foi criada no intuito de democratizar o aces- 12h30 ANDRE TRINDADE – violão Berg. so à musica clássica, realizando concertos com entrada franca em diver- Música no Museu. Programa: obras Clube de Engenharia. Entrada franca. sas igrejas da região metropolitana do Rio. As demais séries da Petrobras de Villa-Lobos, Bach, André Trindade, Sinfônica (Djanira e Portinari), que acontecem no Theatro Municipal, Sueli Costa e Abel Silva. 18h30 CORO POLIFONIA CARIOCA terão início no mês de maio. (Veja detalhes sobre a temporada da Opes Parque das Ruínas. Entrada franca. Regente: Ueslei Banus. Com: Ana Lia na página 15.) Alves – soprano, Patrícia Peres – contral- 3 SÁBADO to, Martin Fernandez – tenor, Anderson Cianni – baixo e Priscila Bomfim – pia- no. Programa: Mozart – Réquiem. Centro Cultural Justiça Federal, dia 24 16h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Auditório Lorenzo Fernandez – Conservatório BRASILEIRA Brasileiro de Música. Entrada franca. Grupo de compositores Prelúdio Regente: Roberto Minzuck. Solistas: Rosana Lamosa – soprano, Adriana QUINTA-FEIRA 21 dá início à 12ª temporada Clis – mezzo soprano, Fernando Portari 8 – tenor e Lício Bruno – barítono. Com A décima segunda temporada do grupo Prelúdio 21, que reúne Coral Calíope. Programa: Bach – Paixão 19h00 UMA EM QUATRO sete excelentes compositores contemporâneos brasileiros, tem início segundo São João. Leia mais na pág. 54. Com DC – Grupo de Dança Dissídio este mês com um concerto no Centro Cultural Justiça Federal, dia Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. Coletivo e Ana Botafogo. Coreografia e 24. O Prelúdio 21 é formado por Alexandre Schubert, Caio Senna, Entrada franca. direção: João Wlamir. Programa: obras J. Orlando Alves, Marcos Lucas, Neder Nassaro e Sergio de Oliveira. de Wagner, Ravel e Debussy. Centro Cultural dos Correios. R$ 10. Os músicos se uniram há mais de dez anos para difundir a música 4 DOMINGO contemporânea e suas próprias obras, aproximando o público da pro- SEXTA-FEIRA dução atual. Além de concertos regulares, o Prelúdio 21 organiza 11h30 TELMA BOGÉA – piano 9 eventos como palestras, debates e lançamentos de CDs. Música no Museu. Programa: obras de Villa-Lobos. 12h30 ROSANA LANZELOTTE – cravo, Para essa temporada estão programadas apresentações, sempre Museu de Arte Moderna. Entrada franca. JOSÉ STANECK – gaita e DUO SANTORO gratuitas, no último sábado de cada mês. O repertório do primeiro – violoncelos concerto tem obras escritas para violão solo e dedicadas ao violonis- 17h00 ENSEMBLE DA ORQUESTRA Circuito BNDES Musica Brasilis. ta Armildo Uzeda, solista da récita. PETROBRAS SINFÔNICA Programa: obras de Bach, Villa-Lobos, Série Mestre Athayde. Regente: Carlos Nazareth e Luís Álvares Pinto. Leia Prazeres. Solistas: Fabrício Klaussen mais na pág. 54. – barítono e Marcelo Bonfim – flauta. Entrada franca. Rio de Janeiro e São Paulo Auditório do BNDES. Com Quarteto Colonial: Doriana Mendes – soprano, Daniela Mesquita 15h00 DANIELA MESQUITA – mezzo Série Música no Museu apresenta – mezzo soprano, Geilson Santos – soprano e FÁBIO NIN – violão tenor e Luiz Kleber Queiroz – barítono; Música no Museu. Programa: obras atrações no Rio e em São Paulo direção: Maria Aída Barroso. Programa: de Villa-Lobos e os Ibéricos. Atrações variadas, programas internacionais e novo espaço (o Clube Bach – Cantata BWV 56 e Pergolesi – Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. de Engenharia, localizado no centro do Rio de Janeiro) marcam a progra- Concerto para flauta em sol maior. Leia mais ao lado. mação de abril do projeto Música no Museu, que todos os meses promo- 17h00 LÍCIO BRUNO – baixo-barítono Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa. ve dezenas de concertos no Rio de Janeiro e em outras cidades. Entrada franca. e PRISCILA BOMFIM – piano Entre os destaques estão o violinista Jerzy Milewski e a pianista Sala de Concerto. Programa: Schubert Aleida Schweitzer, abrindo a programação no Museu Nacional de Belas – Der Wanderer, Der Lindenbaum e SEGUNDA-FEIRA Artes; a Cia. Versátil, com sete concertos em locais variados, como o 5 Die Post; Rachmaninov – Viésiénnie vódy; Jacques Offenbach – Cyntille Centro Cultural Banco do Brasil, o Clube de Engenharia e o Arquivo 19h00 ORQUESTRA SINFÔNICA DA Diamant; Mignone – Guapa Trigueira Nacional; a mezzo soprano Daniela Mesquita e o violonista Fábio Nin no UFRJ de O chalaça; Villa-Lobos – Viola que- Centro Cultural Justiça Federal, e os flautistas Stael Malamut e Verônica Série Música no Fórum. Regente: brada; Waldemar Henrique – Maracatu Marques tocando Telemann, Locatelli e Haydn no Museu Militar Conde Ernani Aguiar. Solista: Alessandro e Heckel Tavares – Banzo. de Linhares. Jeremias – trompa. Programa: Tarchi Rádio Mec. Entrada franca.

52 Abril 2010 CONCERTO 17h00 ROSANA LANZELOTTE – cravo, 11 DOMINGO JOSÉ STANECK – gaita e DUO SANTORO A série Música de Primeira, que acontece na Primeira Igreja Batista – violoncelos do Rio de Janeiro, recebe no dia 1º de abril um trio de integrantes 11h30 BENE+DICTUS Circuito BNDES Musica Brasilis. da Orquestra Sinfônica Brasileira. Cláudia Nascimento (flauta), Gabriel Circuito BNDES – Musica Brasilis. Programa: obras de Bach, Marin (viola) e Jennifer Campbell (harpa) tocam Debussy, Arnold Bax Direção: Dom Félix Ferrà. Programa: Villa-Lobos, Nazareth e Luís Álvares e Jacques Ibert. Pinto. Leia mais na pág. 54. Pergolesi – Stabat Mater. Afroreggae – Núcleo Parada de Lucas. Entrada Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Entrada Abril marca o início da 38ª edição da série Música no Ibam. Dias 19 franca. franca. e 20 o Duo Cancionâncias, formado pela soprano Manuela Camargo e o violonista Cyro Delvizio, mostra obras de Cláudio Santoro, Villa- 18h30 BENE+DICTUS 11h30 DANIELE ESPÍNDOLA – piano Lobos e João Guilherme Ripper, entre outros. O Coro Polifonia Carioca, Circuito BNDES – Musica Brasilis. Música no Museu. Programa: obras com regência de Ueslei Banus e a participação de Priscila Bomfim ao Direção: Dom Félix Ferrà. Programa: de Mozart, Liszt, Prokofiev e Brasílio piano, faz ensaio aberto seguido de palestra no dia 26, e no dia 27 Pergolesi – Stabat Mater. Itiberê Sobrinho. interpreta o Réquiem de Mozart. Já no dia 28, o Coral Réus Confessos Igreja da Ordem Terceira de São Francisco Museu de Arte Moderna. Entrada franca. apresenta um repertório de música popular. da Penitência. Entrada franca. A XVI temporada do Projeto Candelária leva à Igreja da Candelária 19h00 Cantata EU SOU, de Eudora 12 SEGUNDA-FEIRA uma apresentação da Orquestra Sinfônica da Venezuela. O maestro Pitrowsky Salles Angelo Pagliuca comanda obras de Villa-Lobos, A. Romero e Simón Projeto ACMúsica. Coro da ACM. 19h00 ANDRÉ CARRARA – piano Dias, entre outros. Regente: Ilem Vargas. Solistas: Cíntia Série Música no Fórum. Programa: Fortunato, Fátima Scalzo, Gizele Chopin – Estudos op. 10 e op. 25. Projeto que leva atrações semanais ao Fórum de Ciência e Cultura da Abrantes, Myrian Ferreira, Ruth Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Entrada UFRJ, Música no Fórum inicia o mês com um concerto da Orquestra Köhler – sopranos e Maurílio Costa franca. Sinfônica da UFRJ, sob regência de Ernani Aguiar. Tributos a Chopin – piano. acontecem nos dias 12 – quando o pianista André Carrara interpreta os Igreja São Francisco Xavier. Entrada franca. 12 Estudos op. 10 e op. 25 – e 19, em um recital que terá comentários 13 TERÇA-FEIRA de Paulo Peloso. Sob regência de Maria José Chevitarese, o Coral Brasil Ensemble apresenta-se no dia 26. 10 SÁBADO 12h30 CIA. VERSÁTIL Música no Museu. Com Doriana O programa Sala de Concerto, que transmite pela Rádio MEC FM recitais 19h00 BENE+DICTUS Mendes – soprano e Marco Lima – semanais ao vivo, tem como atrações do mês o barítono Lício Bruno e Circuito BNDES – Musica Brasilis. violão. Programa: obras de a pianista Priscila Bomfim, no dia 9; a pianista Sylvia Thereza interpre- Direção: Dom Félix Ferrà. Programa: Villa-Lobos, Edino Krieger, Alceo tando Chopin, no dia 16; cantores de ópera do Teatro Bolshoi, acompa- Pergolesi – Stabat Mater. Bocchino, Caio Senna e Roberto nhados pela pianista Kátia Balloussier, dia 23; e o Duo Pianístico da UFRJ, Capela Nossa Senhora das Dores. Entrada Victorio. formado por Maria Helena Andrade e Sonia Maria Vieira, no dia 30. franca. Arquivo Nacional. Entrada franca. Roteiro Musical Rio de Janeiro

Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé , dia 3 / Espaço Tom Jobim, dia 21 / 15h00 CAMERATA DE VIOLÕES DO 20h00 VADIM REPIN – violino e BNDES, dia 28 / Teatro Odylo Costa Filho, dia 30 CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE ITAMAR GOLAN – piano MÚSICA Concertos Internacionais. Programa: OSB faz concertos prévios Sala de Música. Programa a ser Debussy – Sonata para violino e definido. piano; Stravinsky – Divertimento; a sua temporada oficial Sala Cecília Meireles. Entrada franca. Arvo Pärt – Fratres e Beethoven – Sonata nº 7. Leia mais na pág. 56. Antes de dar início a sua temporada oficial, em maio (leia detalhes na Sala Cecília Meireles. R$ 20 e R$ 30. página 14), a Orquestra Sinfônica Brasileira faz diversas apresentações. 14 QUARTA-FEIRA No dia 3 o maestro titular Roberto Minczuk comanda o grupo na Paixão segundo São João, de Bach. O excelente time de solistas é composto por 12h30 CIA. VERSÁTIL 17 SÁBADO Rosana Lamosa, Adriana Clis, Fernando Portari e Lício Bruno. A récita Música no Museu. Com Antonella Pareschi – violino e Viviane Sobral ainda conta com a participação do Coral Calíope. – piano. Programa: obras de Ernani 11h30 MÁRIO DA SILVA – violão Nesta obra grandiosa, Bach revela um gênio dramático completa- Aguiar, Villa-Lobos e Beethoven. Música no Museu. Programa: obras de mente original. A Paixão inscreve-se em uma tradição, cuja origem re- Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Jaime Zenamon, Frederic Hand, Arthur monta à Idade Média, da celebração, por meio de uma obra ou espetácu- franca. Kampela, André Abujamra e Carlo Domeniconi. lo, da morte e da ressurreição de Cristo. Um dado espantoso é que Bach Parque das Ruínas. Entrada franca. escreveu uma obra tão complexa entre 1723-24, mesmo período em que 15 QUINTA-FEIRA compôs 80 cantatas e no qual nasceram seu oitavo e nono filhos. 19h00 ARTHUR SCHIAPPE – piano No dia 21, o regente assistente Marcos Arakaki é quem rege a OSB 12h30 STAEL MALAMUT e VERÔNICA Programa: obras de Liszt e Chopin. no Espaço Tom Jobim. Além do Concerto para harpa de Villa-Lobos, MARQUES – flautas Sala Cecília Meireles – Auditório Guiomar com solos de Jennifer Campbell, obras de Carlos Gomes, Chopin e Tom Música no Museu. Programa: Anônimo Novaes. R$ 25. – Grensleeves; Telemann – Sonata op. Jobim completam a programação. 2; Locatelli – Sonata op. 4; De Fesch – Músicos da OSB ainda fazem uma apresentação de câmara no dia Sonata op. 9 e Haydn – Echo. 18 DOMINGO 28, e a OSB Jovem, sob regência de Arakaki, toca um repertório variado Museu Militar Conde de Linhares. Entrada dia 30, na UERJ. franca. 11h30 ANDRÉ SIGNORELLI – piano Música no Museu. Programa: obras 14h30 QUARTETO DE CORDAS de Schumann, Chopin, Debussy Rio de Janeiro, Santos, São Cristóvão e Aracaju DA UFF e Liszt. Ana de Oliveira e Ubirajá Rodrigues – Museu de Arte Moderna. Entrada franca. Circuito BNDES de música tem violinos, Nayran Pessanha – viola e David Chew – violoncelo. Programa: nova edição e lança portal Levy – Quarteto para cordas e Nepo­ 18h30 CORO POLIFONIA CARIOCA e ORQUESTRA JOVEM DO Estreado no ano pas- muceno – Quarteto para cordas nº 3. ASPI – UFF. Entrada franca. CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE sado, o Circuito BNDES MÚSICA Musica Brasilis inicia Regente: Ueslei Banus. Solistas: 18h00 ROSANA LANZELOTTE – cravo, Mona Vilardo – soprano, Patrícia uma nova edição, levan- JOSÉ STANECK – gaita e DUO SANTORO Peres – contralto, Martin Fernandez do a música barroca para – violoncelos – tenor e Anderson Cianni – baixo. diversas cidades do país. Circuito BNDES Musica Brasilis. Programa: Mozart – Requiem K 626. Só neste mês serão nove Programa: obras de Bach, Villa-Lobos, Sala Cecília Meireles. R$ 15 e R$ 30. apresentações, sempre Nazareth e Luís Álvares Pinto. com entrada franca, no Escola de Música Villa-Lobos – Auditório Guerra-Peixe. Entrada franca. Rio de Janeiro, Santos, 19 SEGUNDA-FEIRA São Cristóvão e Aracaju. 18h00 CYRO DELVIZIO – violão A abertura acontece e MANUELAI CAMARGO – voz 12h30 DUO CANCIONÂNCIAS dia 9 com três concertos Música no Museu. Programa: can- Música no Ibam. Jornada de abertura: em espaços diferentes do ções de Claudio Santoro, Waldemar “Voz como Instrumento”. Manuela Rio de Janeiro. Um deles Henrique, Ernani Aguiar e Alberto Costa. Camargo – soprano e Cyro Delvizio – violão. Programa: obras de Villa-Lobos, (realizado às 18h30 na Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. Reapresentação dia 22 às 12h30 no Claudio Santoro e João Guilherme Igreja da Ordem Terceira Real Gabinete Português de Leitura. Ripper, entre outros.

Rosana Lanzelotte DIVULGAÇÃO de São Francisco da Peni- Auditório do Ibam. Entrada franca. tência) lembrará os 300 anos de nascimento de Giovanni Battista Pergolesi. A obra-prima do 16 SEXTA-FEIRA 12h30 FERNANDO AGUERA – compositor dedicada à semana santa – o Stabat Mater – será apresen- violão tada pelo conjunto vocal e instrumental Bene+Dictus, sob a direção 15h00 CIA. VERSÁTIL Música no Museu. Programa: obras de Dom Félix Ferrà, com as participações de Paulo Mestre (contrate- Música no Museu. Com Fabrizio de Villa-Lobos, Bach, Roland Dyens, nor) e da soprano Marilia Vargas. Claussen – barítono e Viviane Sobral – Leo Brouwer e Antonio Lauro. piano. Programa: obras de Massenet, Museu Carmem Miranda. Entrada franca. Neste mesmo dia também será lançado o portal Musica Brasilis Fauré, Duparc e Villa-Lobos. (www.musicabrasilis.org.br) por Rosana Lanzelotte, idealizadora tanto Centro Cultural Justiça Federal. Entrada 19h00 SILAS BARBOSA e LUCIANO da série quanto do site. O portal disponibiliza partituras, áudios e vídeos franca. MAGALHÃES – pianos de obras musicais brasileiras, com recursos interativos como escuta guia- Série Música no Fórum. Comentários: da e jogos musicais, que objetivam ampliar o interesse dos repertórios. 17h00 SYLVIA THEREZA – piano Paulo Peloso. Programa: Chopin – Sala de Concerto. Programa: Chopin – Os artistas que se apresentarão no Circuito BNDES em abril são, Mazurka op. 24 nº 4, Noturno op. 32 Balada op. 35 nº 2 em si bemol menor, além de Lanzelotte e do Bene+Dictus, o conjunto Vox Brasiliensis, o nº 2, Fantasia op. 49, Polonaise- Noturnos op. 27 nºs 1 e 2 e Sonata op. fantasia op. 49 e Scherzo nº 3 op. 39. Quarteto de Cordas da Sinfônica de Sergipe, o Duo Santoro de violonce- 35 nº 2. Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Entrada los e José Staneck (harmônica). Rádio Mec. Entrada franca. franca.

54 Abril 2010 CONCERTO

Roteiro Musical Rio de Janeiro

Sala Cecília Meireles, dia 26 – Vuchella; Saint-Saëns – Sansão 20 TERÇA-FEIRA e Dalila; Mascagni – Cavaleria Filarmônica do Brasil estreia Rusticana; Bizet – Carmen e Rossini – 20h30 DUO CANCIONÂNCIAS Tarantela Napolitana. na Sala Cecília Meireles Música no Ibam. Jornada de abertura: Rádio Mec. Entrada franca. “Voz como Instrumento”. Manuelai Um concerto na Sala Cecí- Rosana Lamosa e Fernando Portari Camargo – soprano e Cyro Delvizio – lia Meireles, dia 26, marca a es- violão. Programa: Santoro – Canções 24 SÁBADO treia da Orquestra Filarmônica de amor; Aguiar – Cantinela; Alberto do Brasil (Fibra). Formada por Costa – Canto da saudade; Waldemar 15h00 PRELÚDIO 21 músicos brasileiros experien- Henrique – Senhora dona Sancha; Recital de Armildo Uzeda – violino. Ripper – Canção antiga e Villa-Lobos tes, com atuações em algumas Programa: Sérgio de Oliveira – Umas – Nesta rua, Canção do poeta do séc. coisas do coração; Marcos Lucas de nossas melhores orquestras XVII, Modinha, Lundú da marquesa de – Tríptico; Neder Nassaro – Curto- e passagens internacionais, a Santos e Quatro canções de A floresta circuito; J. Orlando Alves – Intermezzo; Fibra foi criada pelo maestro do Amazonas. Alexandre Schubert – Duas miniaturas Laércio Diniz. Um dos objeti- Auditório do Ibam. Entrada franca. e Caio Senna – E porque o mar está vos do grupo é, por meio das fervendo e se os porcos tem asas. Leia mais na pág. 52. apresentações, levar a música 21 QUARTA-FEIRA de concerto a todo o território Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. DIVULGAÇÃO brasileiro. 12h30 CIA. VERSÁTIL O evento contará com a Música no Museu. Com Luzia Rohr 16h00 CRISTINA ORTIZ – piano e presença dos solistas Rosana Lamosa e Fernando Portari e é a primeira de – mezzo soprano e Viviane Sobral – QUINTETO VILLA-LOBOS uma série de concertos intitulada “Capemisa”, patrocinadora da série. piano. Programa: obras de Manuel Concertos Internacionais. Programa: Estão programados espetáculos no Teatro Municipal do Rio de Janeiro de Falla, Alberto Ginastera, Enrique Poulenc – Obras para piano e instru- (com a participação da soprano italiana Maria Pia Piscitelli) e no Museu Granados e Bizet. mentos de sopro. Leia mais ao lado. Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Sala Cecília Meireles. R$ 20 e R$ 30. . franca. Laércio Diniz estudou violino com Ludmila Vinecka e Erich Lehnin- 16h30 BRUNO DE AZEVEDO – violão ger, aperfeiçoando-se mais tarde na Alemanha, onde residiu até 1995. É 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Música no Museu. Programa: obras de o criador do Quarteto Aureus e da Orquestra de Câmara Engenho Barro- BRASILEIRA Lina Pires, Sagreiras, Piazzolla e Bruno co, da qual é spalla e diretor artístico. Há alguns anos atua como regente, Regente: Marcos Arakaki. Solista: Azevedo. Jennifer Campbell – harpa. Programa: tendo sido spalla e regente adjunto da Filarmônica Bachiana. Museu Casa do Pontal. Entrada franca. Carlos Gomes – Lo schiavo e Alvorada; Villa-Lobos – Concerto para harpa; Chopin – Grande valsa brilhante e Tom 25 DOMINGO Sala Cecília Meireles, dias 16 e 24 Jobim – Sinfonia da alvorada e Garota de Ipanema. 11h30 DANIELA SPIELMANN – sax e SCM mostra música de câmara Espaço Tom Jobim. DOMINGOS TEIXEIRA – piano Música no Museu. Programa: obras de com artistas excepcionais Pixinguinha. 22 QUINTA-FEIRA Museu de Arte Moderna. Entrada franca. A programação de concertos internacionais da Sala Cecília Meireles tem como grande atração a dupla formada pelo exímio violinista Vadim 12h30 CYRO DELVIZIO – violão e Repin e por Itamar Golan, que o acompanha ao piano. No dia 16 eles MANUELAI CAMARGO – voz 26 SEGUNDA-FEIRA mostram ao público carioca obras de Debussy, Stravinsky, Arvo Pärt e Música no Museu. Programa: Beethoven. Repin e Golan tocam também em São Paulo, dias 13 e 14. Canções de Claudio Santoro, Alberto 12h30 CORO POLIFONIA CARIOCA (Leia mais sobre os artistas na página 42.) Costa, Waldemar Henrique e Ernani Música no Ibam. Jornada de abertura: Outra grande atração da Sala neste mês é a pianista Cristina Ortiz e Aguiar. “Voz como Instrumento”. Regente: Real Gabinete Português de Leitura. Entrada Ueslei Banus. Solista: Priscila Bomfim o Quinteto Villa-Lobos, que se apresentam juntos em obras para piano franca. e instrumentos de sopro de Francis Poulenc, – piano. Programa: Mozart – Réquiem K 626. dia 24. Ortiz, uma das principais pianistas Auditório do Ibam. Entrada franca. brasileiras da atualidade, faz uma impor- 23 SEXTA-FEIRA tante carreira no exterior e vive na In- 18h00 ÁLVARO HENRIQUE – violão glaterra há muitos anos. Já o Quinteto 15h00 STAEL MALAMUT e VERÔNICA Música no Museu. Homenagem Villa-Lobos é formado por excelentes MARQUES – flautas aos 50 anos de Brasília. Programa: instrumentistas de sopro que tra- Música no Museu. Programa: Anônimo obras de Mário Ferraro, Jorge balham como solistas orques- – Grensleeves; Telemann – Sonata op. Antunes, Carlos Alberto da Silva 2; Locatelli – Sonata op. 4; De Fesch – tras importantes. Fundado e Gottschalk. Sonata op. 9 e Haydn – Echo. Casa de Cultura Laura Alvim. Entrada em 1962, o grupo dedica- Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. franca. se principalmente a divulgar música 17h00 CANTORES DA ÓPERA DO 19h00 CORAL BRASIL ENSEMBLE brasileira, com TEATRO BOLSHOI (Moscou) Série Música no Fórum. Regente: destaque Sala de Concerto. Com Oxana Maria José Chevitarese. Programa: para a obra Kornievskaya – mezzo soprano, Raminsh – Ave verum corpus; Aguiar Georgy Srivle – tenor e Kátia de Heitor – Dois cantos para lesu, Missa brevis, Balloussier – piano. Programa: Madrugadas; Poulenc – La blanche Villa-Lobos. trechos de Tchaikovsky – Eugene neige e Debussy – Trois chansons. Onegin e A dama de espadas; Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Entrada

Cristina Ortiz DIVULGAÇÃO Verdi – Rigoletto e Il trovatore; Tosti franca.

56 Abril 2010 CONCERTO 21h00 ORQUESTRA FILARMÔNICA DO BRASIL 28 QUARTA-FEIRA Com direção artística de Vantoil de Souza e direção musical de Guilher- Série Capemisa. Regente: Laércio me Bernstein, a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa prossegue com Diniz. Solistas: Rosana Lamosa – 12h30 CIA. VERSÁTIL sua temporada no Sesc de sua cidade e faz, no dia 13, um concerto com soprano e Fernando Portari – Música no Museu. Com Eugênio obras de Copland, João Guilherme Ripper, Grieg e Leonard Bernstein. tenor. Programa: Glazunov – Ranevsky – flauta transversal e Priscila Lícia Lucas será a solista do Concerto para piano, de Edward Grieg. Chopiniana op. 46; Newton Bomfim – piano. Programa: obras de A Divisão de Música do Centro de Artes da UFF apresenta, a partir desse Carneiro – Jobiniana e Schumann – Bach, Haydn, Mahler, Arthur Foote e mês, uma série de três concertos com entrada gratuita, em Niterói. As- Sinfonia nº 4 op. 120; e árias de Copland. sim, no dia 15 o Quarteto de Cordas da UFF interpreta peças escritas por óperas de Puccini, Verdi e Saint- Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada franca. compositores brasileiros nascidos no século XIX e que influíram na música Saëns. Leia mais na pág. 56. das gerações seguintes: Alexandre Levy e Alberto Nepomuceno. Sala Cecília Meireles. Entrada franca. 13h00 ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA 27 TERÇA-FEIRA Série OSB Câmara no BNDES. Programa Regente e piano: Guilherme Heuss. um tema de Thomas Moore e Villa- a ser definido. Programa: repertório de música Lobos – A folia de um bloco infantil, 15h00 SÃO VICENTE A CAPELA Auditório do BNDES. Entrada franca. popular. entre outros. Sala de Música. Programa a ser de- Auditório do Ibam. Entrada franca. Rádio Mec. Entrada franca. finido. 18h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DA VENEZUELA 18h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Sala Cecília Meireles. Entrada franca. SEXTA-FEIRA Projeto Candelária. Regente: 30 BRASILEIRA JOVEM Concerto OSB Jovem UERJ. Regente: 18h00 MADRIGAL CRUZ LOPES Angelo Pagliuca. Solistas: Eleonora Troncone – soprano e Luis Losada. 12h30 QUARTETO CARIOCA Marcos Arakaki. Programa: Ginastera Música no Museu. Regente: José Música no Museu. Com Thatiana Silva, – Suíte do balê Estancia; Gershwin Machado Neto. Solista: Regina Programa: obras de Villa-Lobos, A. Romero e Simón Dias, entre Hugo Stutz, Adilson José Alves e Yuri – Abertura cubana; Guarnieri – Três Tatagiba – piano. Programa: obras de Lima Pereira – clarinetes. Programa: danças e Fernandez – Batuque. Villa-Lobos, Caccini, Vivaldi, Tom Jobim outros. Igreja da Candelária. Entrada franca. obras de Mozart, Händel, Carlos Teatro Odylo Costa Filho – UERJ. R$ 2. e Vinícius de Moraes. Gomes, Benedetto Marcelo e Haydn. Museu do Exército. Entrada franca. 18h30 MÚSICA ANTIGA DA UFF Museu Histórico Nacional. Entrada franca. 20h30 Ópera IL SEGRETO DI Série UFF – Ação Musical. Programa: SUSANNA, de Wolf-Ferrari 20h30 CORO POLIFONIA CARIOCA Orff – Carmina Burana. 17h00 DUO PIANÍSTICO DA UFRJ Música no Ibam. Jornada de aber- Música no Ibam. Jornada de abertura: Centro Cultural Justiça Federal. Entrada Sala de Concerto. Com Maria Helena tura: “Voz como Instrumento”. Com “Voz como Instrumento”. Regente: franca. de Andrade e Sonia Maria Vieira – pia- integrantes da Escola de Música da Ueslei Banus. Solista: Priscila Bomfim nos. Programa: Schumann – Improvisos UFRJ. Direção: Heliana Farah. Gustavo – piano. Programa: Mozart – Réquiem 20h30 CORAL RÉUS CONFESSOS op. 66 nºs 1, 4 e 5, Baile das crianças Ballestero – piano e André Garcez – K 626. Música no Ibam. Jornada de op. 130 e Cenas de baile op. 108; cenário, figurino e produção. Auditório do Ibam. Entrada franca. abertura: “Voz como Instrumento”. Chopin – Variações em ré maior sobre Auditório do Ibam. Entrada franca.

Endereços Rio de Janeiro

Afroreggae – Núcleo Parada de Lucas Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Igreja Nossa Senhora do Carmo da Museu Militar Conde de Linhares – – Rua da Democracia, 17 – Parada de Primeiro de Março, 66 – Tel. (21) 3808- Antiga Sé – Rua Primeiro de Março, s/nº Av. Pedro II, 383 – São Cristóvão – Tel. Lucas 2020 (155 lugares) – Tel. (21) 2242-7766 (250 lugares) (21) 2589-9734 (200 lugares)

Arquivo Nacional – Praça da Centro Cultural dos Correios – Rua Igreja Nossa Senhora do Carmo da Museu Nacional de Belas Artes – Av. República, 173 – Tel. (21) 2179-1273 Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Tel. Lapa – Largo da Lapa, s/nº – Tel. (21) Rio Branco, 199 – Centro – Tel. (21) (1500 lugares) (21) 2253-1580 3094-8307 (200 lugares) 2240-0068 (80 lugares) Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio ASPI – UFF – Rua Passo da Pátria, 19 – Igreja São Francisco Xavier – Rua São Paróquia Nossa Senhora Aparecida Branco, 241 – Centro – Tel. (21) 3261- Niterói – Tel. (21) 2622-1675 Francisco Xavier, 75 – Tijuca – Tel. (21) – Estr. Governador Chagas Freitas, 520 – 2550 (142 lugares) (50 lugares) 2234-2095 Ilha do Governador (1500 lugares) Clube de Engenharia – Av. Rio Branco, Museu Carmem Miranda – Av. Rui Parque das Ruínas – Rua Murtinho Auditório do BNDES – Av. Chile, 100 124 – Centro – Tel. (21) 2178-9200 (420 Barbosa – Flamengo – Tel. (21) 2299-5586 Nobre, 169 – Santa Teresa – Tel. (21) – Centro – Tel. (21) 2172-7770 (300 lugares) 2253-8645 (100 lugares) lugares) Museu Casa do Pontal – Estrada do Escola de Música Villa-Lobos – Rua Pontal, 3295 – Recreio dos Bandeirantes – Primeira Igreja Batista do Rio de Auditório do Ibam – Largo Ibam, 1 – Ramalho Ortigão, 09 – Centro – Tel. (21) Tel. (21) 2490-3278 (100 lugares) Janeiro – Rua Frei Caneca, 525 – Tel. Humaitá – Tel. (21) 2536-9797 (221 2232-6405 lugares) (21) 2197-0900 Espaço Tom Jobim – Rua Jardim Botânico, Museu da República – Rua do Catete, Auditório Lorenzo Fernandez – 1008 – Tel. (21) 2274-7012 (500 lugares) 153 – Tel. (21) 3235-2650 (80 lugares) Rádio Mec – Praça da República, 141-A – Tel. (21) 2117-7853 (70 lugares) Conservatório Brasileiro de Música – Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ – Museu de Arte Moderna – Av. Infante Av. Graça Aranha, 57 / 12º andar – Av. Pasteur, 250 – Urca – Tel. – (21) 2295- Dom Henrique, 85 – Praia do Flamengo – Real Gabinete Português de Leitura – Tel. (21) 3478-7600 (150 lugares) 1595 (120 lugares) Tel. (21) 2240-4944 (180 lugares) Rua Luís de Camões, 30 – Centro – Tel. (21) 2221-3138 (100 lugares) Capela Nossa Senhora das Dores – Igreja da Ordem Terceira de São Museu do Exército – Praça Coronel Rua Olinda Ellis, 433 – Campo Grande Francisco da Penitência – Largo da Eugênio Franco, 1 – Posto 6 – Copacabana Sala Cecília Meireles – Largo da Lapa, (150 lugares) Carioca, 5 – Centro – Tel. (21) 2262-0197 – Tel. (21) 2521-1032 (150 lugares) 47 – Tel. (21) 2332-9176 (835 lugares) (100 lugares) Casa de Cultura Laura Alvim – Av. Museu Histórico Nacional – Praça Teatro Odylo Costa Filho – UERJ – Rua Vieira Souto, 176 – Ipanema – Tel. (21) Igreja da Candelária – Praça Pio X, s/nº – Marechal Âncora, s/nº – Centro – Tel. (21) São Francisco Xavier, 524 – Maracanã – 2332-2015 (70 lugares) Centro – Tel. (21) 2233-2324 (375 lugares) 2550-9220 (200 lugares) Tel. (21) 2587-7481 / 2587-7116

CONCERTO Abril 2010 57�� Roteiro Musical Outras Cidades

Manaus, de 19 de abril a 30 de maio ARACAJU, SE Copland – Fanfarra para um homem comum; Ripper – Psalmos; Grieg Yerma de Villa-Lobos abre 08/04 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA – Concerto para piano e Bernstein – DE SERGIPE Danças sinfônicas de West Side Story. XIV Festival Amazonas de Ópera Regente: João Maurício Galindo. Sesc Barra Mansa – Anfiteatro – Tel. (24) 3324-2807. Tem início no dia 19 de abril o XIV Festival Amazonas de Ópera (FAO). Solista: Pavel Gomziakov – violoncelo. Programa: Mussorgsky – Uma noite no Maior evento brasileiro do gênero, o festival é referência no país e a cada monte calvo; Haydn – Concerto para BELO HORIZONTE, MG edição realiza montagens inéditas de grandes títulos operísticos – como a violoncelo e Nepomuceno – Sinfonia integral do Anel do Nibelungo – além de estreias de obras brasileiras con- em sol menor. temporâneas e de importância histórica. O Festival Amazonas de Ópera é Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1491. 01/04 20h30 ORQUESTRA promovido pelo governo do Estado do Amazonas por meio da Secretaria R$ 10. FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS de Cultura, e tem direção geral de Robério Braga. O maestro Luiz Fernando Série Allegro II. Regente: Fabio 14/04 19h30 ROSANA LANZELOTTE Mechetti. Solista: Maria João Pires Malheiro é o diretor artístico e Marcelo de Jesus, diretor adjunto. Até o dia – cravo e QUARTETO DE CORDAS DA – piano. Programa: Wagner – Parsifal, 30 de maio, o XIV FAO promoverá cinco montagens de óperas, palestras SINFÔNICA DE SERGIPE Mistério da Sexta-feira Santa; e diversos concertos e recitais. Circuito BNDES Musica Brasilis. Com Beethoven – Concerto para piano nº 4 Yerma, ópera em três atos de Villa-Lobos, é a primeira das cinco mon- Márcio Rodrigues e Marcos Gonçalo e Tchaikovsky – Sinfonia nº 6 Patética. tagens previstas no evento. Baseada em peça teatral de García Lorca, a – violinos, Cleverson Cremer – vio- Leia mais na pág. 60. obra de Villa-Lobos narra a história trágica de Yerma, mulher obcecada la e Pedro Biviláqua – violoncelo. Palácio das Artes – Tel. (31) 3236-7400. R$ 20 a R$ 45. pela ideia da maternidade e cujo marido, Juan, recusa-se a ter filhos, em- Programa: Bach – Concerto nº 2 para cravo; Carlos Gomes – Sonata para bora a ame. A essa relação somam-se Victor, paixão da protagonista, e as cordas e Villa-Lobos – Quarteto nº 5. 11/04 10h00 ORQUESTRA SINFÔNICA moradoras do vilarejo, guardiãs de um moralismo opressivo. Escrita entre Capela da Ordem Terceira de São Francisco DE MINAS GERAIS 1955 e 1958, sua estreia deu-se apenas em 1971, na Santa Fé Opera. A – Tel. (79) 3261-1276. Reapresentação dia 15 Série TIM de Concertos no Parque. primeira montagem brasileira aconteceu apenas doze anos mais tarde, no às 20h00 na Biblioteca Pública Epifânio Dórea Regente: Nyll Batista. – Tel. (79) 3179-1935 e dia 16 às 20h00 na Teatro Municipal do Rio, sob a direção de Mario Tavares. Com direção Parque Municipal Renné Giannetti – Av. Sociedade Filarmônica de Sergipe – Tel. (79) Afonso Pena, s/nº – Centro. Entrada franca. musical e regência de Marcelo de Jesus, essa montagem de Yerma será le- 3214-5534. Entrada franca em todos os locais. vada ao palco do Teatro Amazonas dias 23, 25 e 30 de abril. Encabeçando 12/04 14h00 ORQUESTRA 29/04 19h00 ORQUESTRA SINFÔNICA o extenso elenco estão Amparo Navarro, Marcello Puente, Isabelle Sabrié FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS DE SERGIPE Concerto Didático. Regente: Marcelo e Homero Velho. Amazonas Filarmônica, Companhia de Dança do Ama- Regente: Daniel Nery. Solista: Lehninger. Programa: Mozart – zonas e Coral do Amazonas também participam das récitas. Andressa Souto – violoncelo. Abertura de As bodas de Figaro; Haydn Com apresentação única, a ópera em um ato Guerras de alecrim e Programa: Carlos Gomes – Abertura – Divertimento; Copland – Fanfarra para mangerona será apresentada dia 24, com a Orquestra Barroca do Amazo- de Maria Tudor; Elgar – Concerto para um homem comum; Boren – Não atire violoncelo e Bizet – Sinfonia nº 1. nas e direção musical e regência de Márcio Pascoa. Trata-se de uma jocosa o pau no gato; Tchaikovsky – Sinfonia crítica social de Antônio José da Silva, mais conhecido como “O judeu”, Catedral Metropolitana – Av. Beira Mar, s/nº – Centro. Entrada franca. nº 4, 3º movimento e Prokofiev – com música de Antônio Teixeira (1707-1769), um dos compositores de Pedro e o Lobo. maior importância da primeira metade do século XVIII em Portugal. Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) Ainda em abril estreiam outros dois títulos. A cinderela, de Rossini, ARARAQUARA, SP 3236-7400. Entrada franca. será mostrada em versão “pocket” nos dias 28 de abril, 6 e 20 de maio, 28/04 20h30 MARCO PEREIRA – 13/04 20h30 ORQUESTRA com direção musical e regência de Marcelo de Jesus e participação da violão FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS Orquestra de Câmara do Amazonas. Já uma montagem completa de Movimento Violão. Leia mais na Série Vivace III. 200 anos de nascimen- Romeu e Julieta de Charles Gounod tem lugar no Teatro Amazonas dias pág. 63. to de Schumann. Regente: Roberto 29 de abril, 2 e 4 de maio. A célebre ópera do compositor francês terá Teatro Municipal – Tel. (16) 3336-5183. Tibiriçá. Solista: Eduardo Monteiro Cesar Gutierrez, Carmen Monarcha, Rosendo Flores, Douglas Hahn, – piano. Programa: Bach/Stokowski – Homero Velho e Manuela Freua entre os solistas. O maestro Malheiro 30/04 20h00 ORQUESTRA ARTE Toccata e Fuga; Schumann – Concerto BARROCA assina a direção musical e regência, enquanto a direção cênica, cenários para piano e Brahms – Sinfonia nº 3. Sesi Música. Série A Música Barroca. Palácio das Artes – Tel. (31) 3236-7400. e figurinos são de William Pereira. Também estão no espetáculo a Or- Direção artística e spalla: Paulo R$ 20 a R$ 45. questra Experimental da Amazonas Filarmônica, o Coral do Amazonas Henes. Com Alceu Camilo Jr., Renan e a Companhia de Dança do Amazonas. Vitoriano, Carolina Rosati Colepicolo 20/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA As produções líricas do FAO se encerram com mais uma importan- e Bia Ribeiro – violinos; Tânia Neiva DE MINAS GERAIS te montagem operística: Lo schiavo, drama em quatro atos de Carlos – violoncelo barroco; Gilberto Chacur – Série Sinfônica no Museu. Regente: contrabaixo; Edilson de Lima – guitarra Charles Roussin. Solista: Celso Faria – Gomes, será apresentado dias 21, 23 e 24 de maio, com a Amazonas violão. Programa: Rossini – Abertura de Filarmônica e direção musical e regência de Luiz Fernando Malheiro. barroca e teorba e Fernando Cardoso – cravo. Programa: Scarlatti – Agar et La Cambiale di Matrimonio; Giuliani – OUTRAS ATRAÇÕES Ismaele Esiliati, L’Oratorio; Anônimo – Concerto para violão e cordas e Haydn Entre as outras atrações do XIV Festival Amazonas de Ópera estão Sonata XIX; Sammartini – Sonata XIII; – Sinfonia nº 88. concertos com repertório erudito e popular que a Orquestra de Vio- Locatelli – Sonata X; Vivaldi – Concerto Museu Inimá de Paula – Tel. (31) 3213-4320. Entrada franca. lões do Amazonas realiza em abril e maio; palestras de Luiz Fernando XII RV 275 e Concerto em sol menor e Geminiani – Concerto VI op. 2. Malheiro, Carmen Monarcha e William Pereira, abordando aspectos 22/04 20h30 ORQUESTRA Teatro do Sesi – Tel.(16) 3337-3100. Entrada diversos do mundo da ópera; recitais dedicados a Chopin, Schumann e franca. FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS Mahler, ao universo dos musicais, ao registro de contratenor e ao reper- Série Allegro III. Regente: Fabio Mechetti. Solista: Augustin Hadelich tório amazonense, entre outros. BARRA MANSA, RJ O mês de maio ainda reserva importantes eventos do festival como – violino. Programa: Freitas – Gonzaga ou A Revolução de Minas; Schumann a execução da Missa de Santa Cecília, do padre José Maurício Nunes 13/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA – Concerto para violino e Dvorák – Garcia e o balé-ópera Floresta do amazonas, de Villa-Lobos, com a parti- DE BARRA MANSA Sinfonia nº 8. cipação de Edna D’Oliveira e regência de Miguel Campos Neto. (Acom- Regente: Guilherme Bernstein. Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) panhe mais detalhes sobre o XIV FAO em nossa próxima edição.) Solista: Lícia Lucas – piano. Programa: 3236-7400. R$ 20 a R$ 45,00.

58 Abril 2010 CONCERTO 25/04 11h00 ORQUESTRA CAMPINAS, SP FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS Série Juventude I. Regente: Marcelo 09/04 20h00 CHRISTIAN DAYNER Lehninger. Programa: Mozart – – tenor, NELSON NICOLA DIMARZIO Abertura de As bodas de Figaro; Haydn – barítono e ANA CAROLINA SACCO – – Divertimento e Brahms – Variações piano sobre um tema de Haydn. Associação Brasileira Carlos Gomes de Teatro Klauss Vianna – Tel. (31) 3229-4316. Artistas Líricos. R$ 5. Centro de Convivência Cultural – Sala Carlos Gomes – Tel. (19) 3232-4168. Entrada franca.

BIRIGUI, SP 10/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE CAMPINAS 16/04 20h00 DUO SIQUEIRA LIMA Concerto Oficial. Série Laranja. Sesi Música. Série Duos. Com Cecília Regente: Parcival Módolo. Solista: Siqueira e Fernando Lima – violões. Vagner Ferreira – piano. Programa: Programa: Bach – Prelúdio I, de O Satie – 2 Gymnopédies; Kurt Weill – cravo bem temperado e Fantasia BWV Suíte da Ópera dos três vinténs; Finzi 906; D. Scarlatti – Sonatas K 443, K – Éclogue e Vaughan Williams – Suíte 22, K 52 e K 133; Geraldo Ribeiro – English folk songs. Inflexão modinheira e Ponteadinho Centro de Convivência Cultural – Tel. (19) 3232- de minha terra; Granados – Valsas 4168. R$ 20. Reapresentação dia 11 às 11h00. poéticas e Händel – Chaconne em sol maior. 10/04 20h00 TANIA GUARNIERI e Teatro do Sesi – Tel. (18) 3642-7044. Entrada ULISSES NIKOLAI – violinos, FÁBIO franca. PELLEGATTI – violoncelo, CESAR PELLEGATTI – viola e ANTONIO EDUARDO e ARACELI CHACON – pianos BLUMENAU, SC Série A vanguarda esquecida. Vanguarda musical dodecafônica 25/04 20h00 ORQUESTRA DE russa – Período Lunacharsky. Programa: CÂMARA DE BLUMENAU Lourié – A phoenix park nocturne e Regente: Daniel Bortholossi. Solista: Dois poemas op. 8; Roslavets – Cinco Daniele Girardello. Programa: música Prelúdios e Três composições e Três germânica. danças para violino e piano e Golishev Teatro Carlos Gomes – Tel. (47) 3037-3400. – Trio de cordas. Curadoria: Gilberto Entrada franca. Mendes e Antonio Eduardo. Leia mais na pág. 60. BRASÍLIA, DF Espaço Cultural CPFL – Tel. (19) 3756-8000. Entrada franca.

13/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA 17/04 20h00 THIAGO ABDALLA – DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO violão, TANIA GUARNIERI e ULISSES SANTORO NIKOLAI – violinos e ARACELI CHACON Regente: Ira Levin. Solista: Ney – piano Rosauro – marimba. Programa: Série A vanguarda esquecida. A música Mignone – Sinfonia Tropical; Rosauro – moderna que ninguém mais ouve. Concerto para marimba e Villa-Lobos – Programa: Krenek – Suíte para violão; Choros nº 6. Leia mais na pág. 62. Roussel – Segovia; Honegger – Sonata Teatro Nacional Claudio Santoro – Tel. (61) para dois violinos e Dallapiccola – 3325-6153. Entrada franca. Sonatina Canonica. 20/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Espaço Cultural CPFL – Tel. (19) 3756-8000. Entrada franca. DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO SANTORO 23/04 20h00 GERMANO BRISSAC Concerto comemorativa dos 50 anos – tenor e DANIEL CRISTIANO SANTOS – de Brasília. Projeto Língua Mãe. Com piano coral de 120 crianças de três conti- Associação Brasileira Carlos Gomes de nentes. Regente: Gil Jardim. Direção: Artistas Líricos. Programa: obras de . Tosti, Schubert e Gounod. Teatro Nacional Claudio Santoro – Tel. (61) Centro de Convivência Cultural – Sala Carlos 3325-6153. Entrada franca. Gomes – Tel. (19) 3232-4168. Entrada franca.

27/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA 23/04 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO MUNICIPAL DE CAMPINAS SANTORO Concerto Popular. Regente: Parcival Regente: Henrique Morelenbaum. Módolo. Solista: Eudóxia de Barros – pia- Igreja Santo Antonio – Tel. (19) 3231-4251. no. Programa: Leopoldo Miguez Entrada franca. – Prometheus; Osvaldo Lacerda – Cromos, para piano e orquestra e 24/04 20h00 FÁBIO PELLEGATTI – Claudio Santoro – Sinfonia nº 5. violoncelo, SONIA RAY – contrabaixo Teatro Nacional Claudio Santoro – Tel. (61) e ANTONIO EDUARDO e MARIA EMÍLIA 3325-6153. Entrada franca. CAMPOS – pianos Roteiro Musical Outras Cidades

Belo Horizonte, dias 1º, 12, 13, 22 e 25 Série A vanguarda esquecida. 18/04 11h00 TRIO BRANDÃO-KIUN Vanguarda musical russa reprimida – Domingo no Câmpus. Filarmônica de Minas Gerais Período Khrénikov. Programa: Schnittke Teatro Positivo – Pequeno Auditório – Tel. – Hymn II, canção em memória de Igor (41) 3317-3446. R$ 10. tem ótimos convidados em abril Stravinsky; Ustvolskaya – Prelúdios; Gubaidulina – Sonata para piano e 23/04 20h00 ORQUESTRA DE A Orquestra Filarmônica Augustin Hadelich contrabaixo nº 1 e Pantomina para CÂMARA DA CIDADE DE CURITIBA de Minas Gerais dá sequência a contrabaixo e piano; Kapustin – Nearly Regente: Christopher Whiting. Solistas: sua programação no Palácio das waltz para violoncelo e piano op. 98, Ana Valéria Poles – contrabaixo e Artes, em Belo Horizonte, com Elegia para violoncelo e piano op. 96 Betina Stegmann – violino. Programa: as séries Vivace e Allegro, além e Burlesque para violoncelo e piano Bach – Concerto para violino BWV 1056; op. 97. Curadoria: e Pedro Cameron – Andante expressivo; do início dos Concertos para a Camargo Guarnieri – Ponteio nº 46 e Juventude e Didático. Antonio Carlos. Espaço Cultural CPFL – Tel. (19) 3756-8000. Dança brasileira; Bottesini – Gran Duo No dia 1º, o grande desta- Entrada franca. Concertante e Roost – Rikudim. que é a pianista portuguesa Ma- Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Tel. (41) ria João Pires, em concerto re- 24/04 20h00 CORTINA LÍRICA 3274-3477. Entrada franca. Reapresentação dia Associação Brasileira Carlos Gomes 24 às 18h30 na Capela Santa Maria – Espaço gido pelo maestro titular Fabio Cultural – Tel. (41) 3321-2840. R$ 10 e 1 kg de Mechetti. No repertório estão de Artistas Líricos. Ópera La Traviata, alimento não-perecível. Parsifal: Mistério da Sexta-feira de Verdi.

DIVULGAÇÃO Centro de Ciências, Letras e Artes – Rua 25/04 11h00 LAÍS DE SOUZA BRASIL Santa, de Wagner, escolhida por Bernardino de Campos, 989 – Centro. – piano Mechetti para fazer uma conexão com a Sexta-feira Santa celebrada no Domingo no Câmpus. Valsas brasileiras. dia seguinte (2 de abril); o Concerto para piano n° 4, de Beethoven, e a CUIABÁ, MT Programa: obras de Carlos Gomes, Sinfonia n° 6, Patética, de Tchaikovsky. Nazareth, Siqueira, Fernandez, Guarnieri, Celebrando os 200 anos de nascimento de Schumann, a apresen- Mignone, Krieger e Villa-Lobos. 08/04 20h00 ORQUESTRA DO tação do dia 13 traz como convidados o maestro Roberto Tibiriçá e o Teatro Positivo – Pequeno Auditório – Tel. ESTADO DE MATO GROSSO (41) 3317-3446. R$ 10. pianista Eduardo Monteiro. No programa estão a Tocata e Fuga em ré Concerto em homenagem ao 291º menor, de Bach, composta originalmente para órgão e orquestrada por aniversário de Cuiabá. Regente: 26/04 20h00 CAROLINA FARIA – Stokowski, além de obras de Schumann e Brahms. Leandro Carvalho. Solista: Roberto soprano e LINDA BUSTANI – piano Ainda homenageando Schumann, o concerto do dia 22 tem como Corrêa – viola de cocho. Programa: Homenagem aos 200 anos de nasci- solista convidado o violinista italiano, filho de pais alemães, Augustin Mahle – Concertino para viola de cocho mento de Chopin. Concerto Cênico na Hadelich, que interpreta o Concerto para violino. O compositor mineiro (estréia); Tote Garcia – Cadê Totinho e Capela. Participação: Fernando Eiras – e contrafagotista da Osesp Cláudio Freitas estreia sua obra Gonzaga ou Rabelo no Coxipó; Mestre Albertino – ator. Programa: obras de Chopin. No bairro do Areião, Lambari na cuia e Capela Santa Maria – Espaço Cultural – Tel. A revolução de Minas, especialmente comissionada pela Filarmônica. Paraíso e José Ribeiro – Quilombinho. (41) 3321-2840. R$ 10 e 1 kg de alimento Trata-se de um poema sinfônico para grande orquestra que resgata as Cine Teatro Cuiabá – Tel. (65) 3027-1824. não-perecível. histórias por trás dos personagens da Inconfidência Mineira. Completa o programa a Sinfonia nº 8 de Dvorák. 30/04 20h00 CORO DA CAMERATA CURITIBA, PR ANTIQUA DE CURITIBA Além dos concertos oficiais, a Filarmônica de Minas realiza outras duas Regente: Fernando Swiech. Programa: séries, sob regência do maestro assistente Marcelo Lehninger, voltadas para 07/04 20h00 DUO PRIMO obras de Distler, Grieg, Kverno, Pärt, a formação de público. As apresentações acontecem dias 12 e 25. Série Música de Câmara. Com Afvén e Mäntyjärvi. Fernando Deddos – eufônio e Danilo Capela Santa Maria – Espaço Cultural – Tel. Koch – percussão. Programa: obras de (41) 3321-2840. R$ 10 e 1 kg de alimento não- perecível. Reapresentação dia 01/05 às 18h30. Campinas, dias 10, 17, 24 e 1º de maio Samuel Adler, Sólon Mendes, Carlos Coelho, Gismonti e Piazzolla. Recomeçam os concertos de Capela Santa Maria – Espaço Cultural – Tel. FLORIANÓPOLIS, SC (41) 3321-2840. R$ 10 e 1 kg de alimento música contemporânea da CPFL não-perecível. Reapresentação no mesmo local 27/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA e horário dia 8. “A vanguarda esquecida” é o módulo que abre a temporada de mú- DE SANTA CATARINA sica contemporânea da CPFL Cultura, que volta a acontecer exclusiva- 09/04 20h00 CAMERATA ANTIQUA Série Beethoven VI. Regente: Nilo Valle. DE CURITIBA Solista: Luiz Guilherme Pozzi – piano. mente em Campinas. Com curadoria de Gilberto Mendes e Antonio Programa: Beethoven – Sinfonia nº 8 e Eduardo, os concertos procuram resgatar um pouco de uma importante Regente: Luís Otávio Santos. Solista: Elizabeth Fadel – cravo. Concerto para piano nº 5, Imperador. produção moderna do século XX (feita entre 1920 e 1940), que hoje caiu Programa: Bach – Concerto para cravo Teatro Álvaro de Carvalho – Tel. (48) 3028-8070. em quase completo esquecimento. São obras de Dallapiccola, Roussel, nº 3 BWV 1054 e Haydn – Missa Lord 29/04 20h00 ORQUESTRA DE Krenek, Shnittke, Arthur Lourié e Jef Nelson. Leia mais na pág. 62. Antonio Eduardo CÂMARA DE BLUMENAU Golyscheff, entre muitos outros. Paróquia Bom Pastor – Tel. (41) 3335-5552. Regente: Daniel Bortholossi. Solista: Os temas abordados serão “Van- Entrada franca. Reapresentação dia 10 às 18h30 na Capela Santa Maria – Espaço Cultural – Tel. Daniele Girardello. Programa: música guarda musical dodecafônica russa” (41) 3321-2840. R$ 10 e 1 kg de alimento germânica. (dia 10); “A música moderna que nin- não-perecível. Teatro Álvaro de Carvalho – Tel. (48) 3028- guém mais ouve” (dia 17); “Vanguar- 3351. Entrada franca. 11/04 11h00 PAULO GORI – piano e da musical russa reprimida” (dia 24); WINSTON RAMALHO – violino e “Reação à vanguarda” (1º de maio). Domingo no Câmpus. Programa: FRANCA, SP Entre os intérpretes estarão Ulisses Beethoven – Sonata nº 9 op. 47, Nikolai (violino), Cesar Pellegatti (vio- Kreutzer; Chopin – Noturno op. 27 09/04 20h00 SYLVIA THEREZA – la), Thiago Abdalla (violão) e os pianis- nº 2 e Schumann – Sonata nº 1 piano tas Antonio Eduardo, Beatriz Aléssio e op. 105. Sesi Música. Série Pianistas. Chopin Teatro Positivo – Pequeno Auditório – Tel. 200 anos. Programa: Chopin – Noturno DIVULGAÇÃO Gustavo Fiel. (41) 3317-3446. R$ 10. op. 27 nºs 1 e 2, Nortuno Póstumo op.

60 Abril 2010 CONCERTO 72, Balada op. 38 nº 2 e op. 23 nº 1. Mozart, Vivaldi e Zequinha de Abreu. JUIZ DE FORA, MG Concertos SJCA. Programa: Brahms – Teatro do Sesi – Tel. (16) 3721-1444. Entrada Igreja Católica São José – Tel. (27) 3744-3112. Valsas nºs 1, 2, 3, 4, 7, 9, 10, 11 e 15 franca. Entrada franca. 04/04 20h00 CAMERATA, CORAL e e Danças Húngaras nºs 1 e 2; Fauré – ORQUESTRA SINFÔNICA PRÓ-MÚSICA Suíte Dolly; Albéniz – Sevilha e Castilla e Mignone – Congada. GOIÂNIA, GO ITAPETININGA, SP Concerto de Páscoa. Regentes: Nelson Nilo Hack e João Paulo Fazza. Solistas: Centro das Artes – Sala Glória Rocha – Tel. Jovelina Nóbrega – soprano e Patrícia (11) 4521-0971. R$ 10. 07/04 20h30 ANTONIO DEL CLARO – 09/04 20h00 QUINTETO ACADÊMICO Guimarães – mezzo soprano. Programa: violoncelo e NEY FIALKOW – piano BRASILEIRO Concertos na Cidade. Programa: obras Sesi Música. Série Instrumental. Com obras de Mozart, Strauss e Haydn. MANAUS, AM Adriana Scaglioni Lima – trompa, Centro Cultural Pró-Música – Tel. (32) 3215- de Schumann e Rachmaninov. Direção 3951. Entrada franca. artística: Gyovanna Carneiro. Lindemberg Cavalcante – clarinete, 19/04 18h00 XIV FESTIVAL Auditório do Sesc Cidadania – Av. C-197, Anselmo Pereira – flauta, Valquiria de 22/04 20h00 DUO SANTOS & PICCHI AMAZONAS DE ÓPERA Quadra 498, Lote 1/21 – Jardim América. Campos – oboé e Ivan Nascimento Clássicos Pró-Música. Com Lenine Convivências da Ópera. Ópera e mú- Entrada franca. – fagote. Programa: Anton Reicha – Santos – tenor e Achille Picchi – piano. sica com o maestro Luiz Fernando Quinteto de sopros; Mozart – Eine kleine Programa: obras de Nepomuceno, Malheiro. Leia mais na pág. 58. 25/04 11h00 CONJUNTO DE CORDAS Nachtmusik e Ária A rainha da noite, de Francisco Braga, Claudio Santoro, Altino Centro Cultural Palácio da Justiça – Tel. (92) DA ORQUESTRA SINFÔNICA DE GOIÂNIA A flauta mágica; Haydn – Divertimento; Pimenta, Nestor de Hollanda, Lorenzo 3248-1844. Concertos Goiânia Ouro. Regente: Gnattali – Suíte para quinteto de sopros. Fernandez, Villa-Lobos e Ernani Braga. Joaquim Jayme. Programa: obras de Teatro do Sesi – Tel. (15) 3271-7144. Entrada Teatro Pró-Musica – Tel. (32) 3215-8045. Entrada 23/04 20h00 Ópera YERMA, de Bach e Vivaldi. Direção: Gyovanna franca. franca. Villa-Lobos Carneiro. XIV Festival Amazonas de Ópera. Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro – 25/04 20h00 ORQUESTRA DE Companhia de Dança do Amazonas, Rua 3 c/9 – Centro. R$ 8. JOÃO PESSOA, PB CÂMARA PRÓ-MÚSICA Coral do Amazonas e Amazonas Projeto Música nas Igrejas. Regente: Filarmônica. Direção musical e re- 27/04 18h00 BANDA SINFÔNICA Nelson Nilo Hack. Programa: obras de gência: Marcelo de Jesus. Solistas: GOVERNADOR LINDENBERG, ES JOSÉ SIQUEIRA – UFPB Vivaldi, Villa-Lobos, Carlos Almeida e Isabelle Sabrié, Keila de Moraes, Regentes: Sandoval Moreno e Guerra-Peixe. Elaine Martorano, Elmiza Carvalho, 15/04 19h00 ORQUESTRA Antonio Carlos Coelho. Solista: Igreja da Glória – Tel. (32) 3215-1831. Entrada Marcello Puente e Homero Velho, franca. FILARMÔNICA DO ESPÍRITO SANTO Johnson Alves – trompete. Programa: entre outros. Baseada em texto de Série Espírito Santo – Concertos Schubert – Serenade; Antonio Federico García Lorca. Direção cênica e JUNDIAÍ, SP Itinerantes. Regente: Helder Trefzger. Coelho – Guaracy (estréia) Hartmann figurinos: Allex Aguilera. Coreografia: Solistas: Thiago Queiroz – oboé, – Arbuclenian Polka e Steven Renek – Monique Andrade. Moacyr Teixeira Neto – violão, Pedro Celebration fanfare. 11/04 20h00 Duo NAYR Teatro Amazonas – Tel. (92) 3622-1880. Mota e Marcelo Madureira – trompe- Auditório da Reitoria da UFPB – Tel. (83) EFFENBERGER GUELLI e ULISSES Reapresentação dia 25 às 19h00 e dia 30 às tes. Programa: obras de Tchaikovsky, 3216-7200. VICENTE DUMALAKAS – pianos 20h00. Roteiro Musical Outras Cidades

Brasília, dias 13, 20 e 27 24/04 20h00 Ópera GUERRAS DE viola caipira e violão e Tchelo Nunes ALECRIM E MANGERONA, de Antônio – violino. Programa: Villa-Lobos – O Levin, Morelenbaum e Naná Teixeira trenzinho do caipira e Toccata das XIV Festival Amazonas de Ópera. Bachianas brasileiras nº 2; Quarteto dirigem Sinfônica de Brasília Orquestra Barroca do Amazonas. Pererê – Suíte Sacizística; Sebastião Direção musical e regência: Márcio Lima – Polka do Saci; Gabriel Gomes Três concertos dão conti- Páscoa. Solistas: Miriam Abad, Thelvana – As montanhas; Villa-Lobos – A lenda nuidade à ambiciosa tempora- Freitas, Jaiana Silva, Leonardo Feitosa, do caboclo e Jacob do Bandolim – Doce da programada pelo maestro Ira Fabiano Cardoso e Roberto Paulo. de coco, entre outros. Levin para a Sinfônica do Teatro Teatro Amazonas – Tel. (92) 3622-1880. Teatro do Sesi – Tel. (14) 3417-4500. Entrada Nacional Claudio Santoro, em franca. Brasília. No dia 13, o próprio 26/04 18h00 XIV FESTIVAL AMAZONAS DE ÓPERA Levin rege a Orquestra em PIRACICABA, SP Convivências de Ópera. Canto lírico obras dos brasileiros Francisco com Carmen Monarcha – soprano. 30/04 20h00 CAMERATA MAHLE Mignone, Heitor Villa-Lobos e Centro Cultural Palácio da Justiça – Tel. (92) Ney Rosauro, que será também 3248-1844. Sesi Música. Série Instrumental. Programa: Purcell – Suíte para cor- o solista de seu Concerto para 27/04 19h00 XIV FESTIVAL das da ópera King Arthur; Händel marimba nº 2. AMAZONAS DE ÓPERA – Passacaglia, Tema e 22 Variações; No dia 27, a Sinfônica de Concertos Populares. Orquestra de Genzmer – Sinfonietta e Mahle – Brasília toca sob regência do Violões do Amazonas. Direção musi- Suíte Viajando pelo Brasil. maestro Henrique Morelen- Henrique Morelenbaum cal e regência: Davi Nunes. Programa: Teatro do Sesi – Tel. (19) 3421-2884. Entrada DIVULGAÇÃO baum. O programa, novamente Pixinguinha – Carinhoso; Carlos Gomes franca. todo dedicado a compositores brasileiros, tem Prometheus, de Leopoldo – Quem sabe; Villa-Lobos – Canção Miguez, a Sinfonia nº 5, de Claudio Santoro, e Cromos, de Osvaldo de amor e Melodia sentimental; PORTO ALEGRE, RS Ary Barroso – Aquarela do Brasil; Lacerda, que terá solos da pianista Eudóxia de Barros. A premiada peça Praetouris – Três danças renascentistas; 11/04 19h00 ORQUESTRA DE para piano e orquestra foi escrita em 1992 e consiste em oito pequenos Mozart – Serenata Noturna; Tedesco – quadros musicais, formando uma suíte. CÂMARA DA ULBRA Prelúdio; Zequinha de Abreu – Tico-tico Concerto de Abertura. Regente: Tiago na fubá; Jacob do Bandolim – Santa SINFÔNICA DE BRASÍLIA PARTICIPA DE COMEMORAÇÕES Flores. Programa: Nielsen – Little morena; Nazareth – Quebra-cabeças e Suite op. 1; Arensky – Variações sobre Já no dia 20 a Sinfônica de Brasília participa de um concerto especial Escorregando, entre outros. por ocasião dos 50 anos de sua cidade. O espetáculo, que integra o proje- um tema de Tchaikovsky op. 35 e Centro Cultural Palácio da Justiça – Tel. (92) Tchaikovsky – Serenata op. 48. to Língua Mãe e tem como destaque o percussionista Naná Vasconcelos, 3248-1844. Sala de Concertos Leopoldina – Rua Marquês será composto por 120 crianças das cidades do Porto e Vila Nova de 28/04 19h00 Ópera A CINDERELA, do Herval, 280. Entrada franca. Gaia, em Portugal; Luanda, em Angola, na África; e Brasília. Naná rege de Gioachino Rossini o coro de crianças enquanto o maestro Gil Jardim conduz a orquestra. 12/04 21h00 ORQUESTRA DE XIV Festival Amazonas de Ópera. Versão CÂMARA THEATRO SÃO PEDRO No repertório, canções folclóricas e cantigas dos três países unidos pela em pocket-ópera. Coral do Amazonas Concertos Oficiais. Direção artística mesma língua. e Orquestra de Câmara do Amazonas. e regência: Antônio Carlos Borges- Direção musical e regência: Marcelo Cunha. Solista: Tali Morgulis – piano. de Jesus. Solistas: Elaine Martorano, Curitiba, dias 7, 8, 9, 23, 24, 26, 30 e 1º de maio Programa: Händel – Concerto Grosso Cristiano Silva, Randal Oliveira, Eraldo op. 6 nºs 1 e 9 e Bach – Concerto de Luís Otávio Santos toca Haydn Auzier, Kátia Freitas e Marinete Alves. Brandemburgo nº 3 e Concerto para Direção cênica: Francisco Mendes. piano em ré menor. Teatro Luiz Cabral – Tel. (92) 3622-2224. Theatro São Pedro – Tel. (51) 3227-5100. com a Camerata Antiqua Reapresentação dia 6 de maio às 19h00 no Centro de Convivência do Idoso (Aparecida) e Após realizar a inte- dia 20 de maio às 19h00 no Centro da Família RIBEIRÃO PRETO, SP gral dos motetos de Bach Padre Pedro Vigriola. no ano passado, o exce- 29/04 20h00 Ópera ROMEU E 27/04 20h30 MARCO PEREIRA – lente violinista e regente JULIETA, de Charles Gounof violão Luís Otávio Santos volta XIV Festival Amazonas de Ópera. Movimento Violão. a trabalhar com a Came- Companhia de Dança do Amazonas, Teatro Minaz – Tel. (16) 3941-2722. rata Antiqua de Curitiba. Coral do Amazonas e Orquestra Nos dias 9 e 10, ele rege Experimental da Amazonas RIO CLARO, SP Filarmônica. Direção musical e o grupo no Concerto para Luís Otávio Santos cravo em ré maior, de DIVULGAÇÃO regência: Luiz Fernando Malheiro. 09/04 20h00 QUINTETO SOPRA 5 Solistas: Carmen Monarcha, Rosendo Sesi Música. Com Sérgio Cerri – flauta, Bach, com solos de Elisabeth Fadel e na conhecida missa de Haydn Lord Flores, Douglas Hahn, Homero Velho Nelson. Em uma interpretação historicamente orientada, ele conta com João Carlos Goehring – oboé, André e Manuela Freua, entre outros. Direção Luís Zocca – clarinete, Francisco José os solistas Sílvia Suss Marques, Daniela Oliveira, Alexandre Mousquer cênica: William Pereira. Amstalden – fagote e Evandro Daniel e Cláudio de Biaggi. Teatro Amazonas – Tel. (92) 3622-1880. das Neves – trompa. Programa: Diversas outras boas atrações ainda ocorrem dentro da programação Reapresentação dia 2 de maio às 19h00 e dia 4 de maio às 20h00. Danzi – Quinteto de Sopros op. 56 da Capela Santa Maria. Dias 7 e 8 Fernando Deddos e Danilo Koch nº 2; Albéniz – Cantos de España op. realizam um recital de percussão e eufônio; dias 23 e 24 a Orquestra de 232; Lefevre – Suíte para quinteto MARÍLIA, SP Câmara da Cidade de Curitiba apresenta-se sob regência de Christopher de sopros; Nepomuceno – Suíte an- Whiting e com as solistas Ana Valéria Poles (contrabaixo) e Betina Steg- tiga; Joaquim Calado – Flor amorosa; 09/04 20h00 QUARTETO PERERÊ mann (violino); a pianista Linda Bustani, a cantora Carolina Faria e o ator Piazzolla – La muerte del ángel e Sesi Música. Série Instrumental. Com Tuthill – Sailors’hornpipe op. 14 nº 1. Fernando Eiras homenageiam Chopin no dia 26; e o Coro da Camerata Alessandro Ferreira – violão, Edson Teatro do Sesi – Tel. (19) 3527-2446. Entrada Antiqua de Curitiba apresenta-se dias 30 e 1º de maio. Tadeu – gaita, Francisco Andrade – franca.

62 Abril 2010 CONCERTO SALVADOR, BA Brasiliensis: Ricardo Kanji – direção Salvador, dias 1º, 8, 14, 22 e 29 e flautas, Tiago Pinheiro – tenor e 01/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Guilherme de Camargo – guitarras. Sinfônica da Bahia tem DA BAHIA Programa: obras de Luís Álvares Pinto, Série Quintas Sinfônicas. Regente: Pe. José Maurício, Marcos Portugal e destacados convidados Cândido Inácio da Silva. Alejandro Posada. Solista: Dominique No dia 1º, a Orquestra Sinfônica Merlet – piano. Programa: obras de Igreja do Convento do Carmo – Tel. (13) 3021- 4018. Entrada franca. da Bahia toca sob regência do ma- Schumann e Dvorák. Leia mais ao lado. Teatro Castro Alves – Sala Principal – Tel. (71) estro colombiano Alejandro Posada, 3339-8014. R$ 10. 27/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA que em março esteve à frente de JOVEM UNISANTOS um dos programas da Osesp em São Concerto de Outono. Regente: Beto 08/04 20h00 MICHEL BELLAVANCE – Paulo. Sob sua batuta os músicos to- flauta Lopes. Solistas: Carmencita Peres – cam obras de Schumann e Dvorák, Série Música de Câmara. Participação: mezzo soprano; Kasane Nishizawa, Solistas da Osba. Programa: obras de Ciro Gonçalves Dias Jr. e Edna Moura com a participação do destacado Mozart, Villa-Lobos, Haydn, Holliger e – pianos. Programa: Rossini – Abertura pianista e professor francês Domini- Boismortier. de O barbeiro de Sevilha; Chopin – que Merlet. Teatro Castro Alves – Sala do Coro – Tel. (71) Valsa Brilhante op. 18 nº 1; Haydn Já dia 29, a Osba mostra obras 3339-8014. R$ 10. – Concerto para piano nº 5; Souza de Schubert, Schumann e Brahms na Lima – Suíte Mirim para piano; Mozart versão do maestro Benoît Willmann, 14/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA – Adágio do Concerto para piano Alejandro Posada DIVULGAÇÃO DA BAHIA K 488 e Debussy – Beau Soir, para voz que já colaborou com a orquestra em Concerto Acadêmico. Regente: Rafael e orquestra. sua última temporada. Willmann nasceu em Paris em 1967 e paralela- Payare. Programa: obras de Verdi, Teatro Coliseu – Tel. (13) 3226-8000. Entrada mente a sua carreira de instrumentista na Orchestre de la Suisse Roman- Rimsky-Korsakov e Shostakovich. franca. de formou-se em regência no Conservatório Superior de Genebra. Rege Teatro Castro Alves – Sala Principal – Tel. (71) regularmente o Ensemble Contemporain Contrechamps e a Orchestra 3339-8014. R$ 10. Vesperal gratuita dia 13 às 16h00. SÃO CARLOS, SP Synphonique de Bienne, na Suíça. Em 2008, fundou a orquestra Came- rata Armin Jourdan, da qual é diretor artístico e regente. O solista da 22/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA 28/04 20h00 DIMOS GOUDAROULIS récita será o violinista italiano Emmanuele Baldini, spalla da Osesp. DA BAHIA – violoncelo piccolo e NICOLAU DE Além dos dois grandes concertos sinfônicos, a Osba faz música de Série Mozart nas Igrejas. Regente: FIGUEIREDO – cravo câmara no dia 8, um concerto acadêmico dia 14 e dá continuidade à Rodrigo Blumenstock. Programa: Lançamento do CD “O tenor perdido”. série Mozart nas Igrejas no dia 22. Mozart – Sinfonia nº 41 e Beethoven – Programa: Capporale – Sonatas nºs 1 Sinfonia nº 1. e 2; Händel – Transcrições da ópera Igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia – Rinaldo para cravo; Valentini São Paulo, dia 24 / Ribeirão Preto, dia 27 / Araraquara, dia 28 Tel. (71) 3242-0545. Entrada franca. – Allettamento nºs 6 e 1 e D. Scarlatti – Sonatas K 132 e K 239. Movimento Violão apresenta 29/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Sesc São Carlos – Tel. (16) 3373-2323. R$ 12. DA BAHIA Série Quintas Sinfônicas. Regente: exímios instrumentistas Benoît Willmann. Solista: Emmanuele SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP Provavelmente a mais importante iniciativa na área do violão erudito Baldini – violino. Programa: obras de nos últimos anos, o projeto Movimento Violão, criado e coordenado pelo Schubert, Brahms e Schumann. 30/04 20h00 AMABILE INCANTO violonista Paulo Martelli, chega em 2010 a sua sétima edição. O projeto Teatro Castro Alves – Sala Principal – Tel. (71) Sesi Música. Série Canções e Operetas. 3339-8014. R$ 10. Com Clarissa Monti Lettieri – soprano, acontece mensalmente em São Paulo (unidades do Sesc), Araraquara Johnny França – baixo-barítono e Sin (Teatro Municipal) e Ribeirão Preto (Teatro Minaz), com concertos gra- SANTOS, SP Ae Lee – piano. Programa: Mozart – tuitos. Esta temporada terá 11 apresentações, que serão registradas em Don Giovanni; Puccini – La Bohéme; um DVD a ser lançado no final do ano. O Movimento Violão também Gounod – Faust; Lehár – A viúva alegre; 06/04 20h30 ORQUESTRA SINFÔNICA vem sendo gravado ao vivo nas unidades do Sesc em São Paulo, e desde Dvorák – Rusalka e Gershwin – Porgy MUNICIPAL DE SANTOS o ano passado faz parte da programação da Sesc TV. and Bess. Regente: Luís Gustavo Petri. Programa: Em abril os destaques são o excelente Duo Siqueira Lima, forma- Teatro do Sesi – Tel. (17) 3224-6611. Entrada Schumann – Abertura Manfred, franca. do pelos jovens violonistas Fernando Lima e Cecília Siqueira, que se Concerto para piano e Sinfonia nº 1. apresenta no Sesc Vila Mariana dia 24. Já em Ribeirão Preto (dia 27) e Teatro Coliseu – Tel. (13) 3226-8000. Entrada Araraquara (dia 28), é Marco Pereira quem sobe ao palco para um recital franca. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP solo. Pereira é natural de São Paulo, onde fez seus estudos de violão sob a orientação do mestre uruguaio Isaias Sávio no Conservatório Dramático 09/04 20h00 Duo ANTONIO DEL 10/04 18h00 ADÉLIA ISSA – soprano e Musical de São Paulo. CLARO – violoncelo e RICARDO e RICARDO BALLESTERO – piano BALLESTERO – piano Projeto Villa-Lobos. Programa: A voz de Essa temporada do Movimento Violão ainda terá como atrações Sesi Música. Série Ano Robert Schumann. Edelton Gloeden e Fábio Zanon. Schumann. Programa: Beethoven – Espaço Mário Covas – Tel. (12) 3921-7587. Sonata para piano e violoncelo op. 69; R$ 6 e R$ 3. Schumann – Cinco peças populares op. 102; José Bragato – Milontan e Graciela 22/04 20h00 TATIANA KOLESOVA y Buenos Aires e Camargo Guarnieri – (Rússia) – piano Ponteio e Dança. Série Virtuoses da Música. Programa: Teatro do Sesi – Tel. (13) 3203-4966. Entrada Chopin – Baladas nº 1 op. 23, nº 2 franca. op. 38, nº 3 op. 47 e nº 4 op. 52 e Polonaise op. 53; Schumann – Carnaval 18/04 12h00 ROSANA LANZELOTTE – op. 9 e Scriabin – Sonata-fantasia op. cravo e VOX BRASILIENSIS 19. Direção: Lucy Asdente. Duo Siqueira Lima Circuito BNDES Musica Brasilis. Vox Bosque Imperial, 240 – Tel. (12) 3922-3993. DIVULGAÇÃO

CONCERTO Abril 2010 63�� Roteiro Musical Outras Cidades

24/04 19h00 TATIANA KOLESOVA 29/04 20h00 ORQUESTRA DO Obras de Satie, Kurt Weill, Vaughan Williams e Éclogue para piano e (Rússia) – piano INSTITUTO MUNICIPAL DE MÚSICA DE orquestra de cordas op. 10, de Gerald Finzi, estão no programa que a Série Virtuoses da Música. Programa: SOROCABA Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas faz dias 10 e 11, com re- Chopin – Andante Spianato e Grande Regente: Paulo Afonso Estanislau. gência de Parcival Módolo e a participação de Vagner Ferreira ao piano. polonaise brilhante op. 22; Ravel Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. Entrada – Mirors; Bach/Busoni – Prelúdio, franca. É todo dedicado a obras de Schumann o concerto que a Orquestra Sin- Intermezzo e Fuga; Rachmaninov – fônica Municipal de Santos faz no dia 6 no Teatro Coliseu, em Santos. Variações Corelli op. 42 e Kreisler/ TATUÍ, SP Com entrada franca, a apresentação tem regência de Luís Gustavo Petri, Rachmaninov – Valsas Liebeslied e que criou o grupo em 1995 e desde então é seu regente titular. Liebesfreud. Direção: Lucy Asdente. 08/04 20h30 II ENCONTRO Em Curitiba, a programação da série Domingo no Campus tem grandes Bosque Imperial, 240 – Tel. (12) 3922-3993. INTERNACIONAL DE MADEIRAS atrações. Os ótimos instrumentistas Winston Ramalho (violino) e Paulo DE ORQUESTRA 27/04 21h00 DIMOS GOUDAROULIS Gori (piano) tocam sonatas de Beethoven, Schumann e o Noturno op. Abertura. Banda Sinfônica do – violoncelo piccolo e NICOLAU DE 27 nº 2, de Chopin, no dia 11. O Trio Brandão-Kiun faz o concerto do dia Conservatório de Tatuí, Quinteto FIGUEIREDO – cravo 18, e a experiente pianista Laís de Souza Brasil faz um recital solo no Acadêmico Brasileiro. Regente: Lançamento do CD “O tenor perdi- dia 25. O conteúdo da apresentação é um espelho do repertório que a Wagner Polistchuk. Solista: Ovanir do”. Programa: Capporale – Sonatas artista privilegiou ao longo de sua carreira. Assim, a primeira parte é Buosi – clarinete. nºs 1 e 2; Händel – Transcrições da dedicada a valsas de autores brasileiros como Carlos Gomes e Ernesto Conservatório de Tatuí – Tel. (15) 3205-8432. ópera Rinaldo para cravo; Valentini Nazareth, e a segunda a obras de Camargo Guarnieri. R$ 10. – Allettamento nºs 6 e 1 e D. Scarlatti – Já em Porto Alegre, a Orquestra de Câmara da Ulbra faz no dia 11 o Sonatas K 132 e K 239. 09/04 20h30 II ENCONTRO concerto de abertura da sua temporada. Obras de Carl Nielsen, Anton Sesc São José dos Campos – Tel. (12) 3904- INTERNACIONAL DE MADEIRAS Arensky e Tchaikovsky serão regidas pelo maestro Tiago Flores. 2000. R$ 8. DE ORQUESTRA Joel Gisiger e Arnaldo de Felice – O ótimo trabalho desenvolvido pelo maestro titular Helder Trefzger SOROCABA, SP oboés e Magnus Nilsson – fagote. com a Filarmônica do Espírito Santo segue este mês com mais três Conservatório de Tatuí. R$ 10. concertos. Sob regência de Guilherme Mannis, o grupo se apresenta 09/04 20h00 GRUPO AUM com a participação do Coral Arcellor Mittal Tubarão e do saxofonista Sesi Música. Série Instrumental. 10/04 20h30 II ENCONTRO Dilson Florêncio, no dia 7. Dia 29 a violinista Gabriela Queiroz sola na Cortesia – Homenagem aos 80 INTERNACIONAL DE MADEIRAS Introdução e rondó caprichoso, de Saint-Saëns, em récita regida por anos de Villani-Côrtes. Com Arlete Tironi DE ORQUESTRA Trefzger e que ainda tem Berlioz, Bizet e Francisco Braga. A Ofes tam- Gordilho – piano, Liliana Bertolini – flau- Jacques Zoon – flauta e Iseut Chuat - bém toca na cidade de Governador Lindenberg no dia 15. ta, Hélcio de Latorre – flauta e flautim, violoncelo. A estreia do Concertino para viola de cocho e orquestra, do compo- Gilson Barbosa – oboé e corne inglês, Conservatório de Tatuí. R$ 10. sitor Ernst Mahle, com solos de Roberto Corrêa, é o destaque do con- Clóvis Camargo – contrabaixo e Nathan 11/04 20h30 II ENCONTRO certo que a Orquestra do Estado de Mato Grosso faz dia 8 no Cine Calan – percussão. Programa: Villani- INTERNACIONAL DE MADEIRAS Teatro Cuiabá. O grupo, que tem como diferencial um naipe de violas Côrtes – Choro urbano, Suíte Postais DE ORQUESTRA caipiras, explora um repertório ligado às raízes populares brasileiras. O Paulistanos, Valsa Saudosa, Valsa Encerramento. Orquestra Sinfônica concerto, que ainda tem obras de Tote Garcia, Mestre Albertino e José Festiva, Casulo, Chorando, Pequena do Conservatório de Tatuí. Regente: Agnello Ribeiro, será regido por Leandro Carvalho e comemora os 291 fantasia Escravo de Jó e Baião. Edson Beltrami. Solistas: Jessica anos da cidade de Cuiabá. Teatro do Sesi de Sorocaba – Tel. (15) 3224- 0984. Entrada franca. Dalsant – flauta e Fábio Cury – fagote. A programação musical em Goiânia tem no dia 7 um recital de vio- Conservatório de Tatuí. R$ 10. loncelo e piano com os excelentes Antonio del Claro e Ney Fialkow. 19/04 20h00 CORAL ADULTO DA FUNDEC No repertório, obras de Schumann e Rachmaninov. Já no dia 25, o VILA VELHA, ES conjunto de cordas da Orquestra Sinfônica de Goiânia toca obras de Regente: Sandra Sanches. Solista: Bach e Vivaldi sob regência de Joaquim Jayme. Maria Regina Rabello – piano. Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. Entrada 07/04 20h00 ORQUESTRA João Maurício Galindo é o regente convidado do concerto que a franca. FILARMÔNICA DO ESPÍRITO SANTO Orquestra Sinfônica de Sergipe faz no dia 8. Obras de Mussorgsky, Série Quarta Clássica. Regente: Nepomuceno e o Concerto para violoncelo de Haydn (com solos de 20/04 20h00 CORAL INFANTIL DA Guilherme Mannis. Solista: Dilson Pavel Gomziakov) estão no programa. O regente assistente Daniel FUNDEC Florêncio – saxofone. Participação: Nery sobe ao pódio no dia 29, quando a Orsse faz obras de Carlos Regente: Sandra Sanches. Solista: Taís Coral Arcellor Mittal Tubarão. Gomes, Elgar e Bizet. Helena Valim – piano. Programa: Haydn – Te Deum nº 2; Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. Entrada Larsson – Concerto para saxofone; franca. Villa-Lobos – Fantasia para saxofone e Stravinsky – Pulcinella. 22/04 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA Teatro Marista – Tel. (27) 4009-4200. Entrada DE SOROCABA franca. Clube CONCERTO Regente: Eduardo Ostergen. Solista: Soluna Garnes – steel drum. VITÓRIA, ES Serviço exclusivo para os assinantes Programa: Rossini – Aberturo de Il Signor Bruschino; Vaughan Williams – da Revista CONCERTO. 29/04 20h00 ORQUESTRA As Vespas; Offenbach – Ballet Parisien; FILARMÔNICA DO ESPÍRITO SANTO John Aldwynn – Pan para steel drum e Série Concertos Sinfônicos. Regente: Consulte no nosso site Rimsky-Korsakov – O vôo do bezouro, Helder Trefzger. Solista: Gabriela www.concerto.com.br entre outros. Queiroz – violino. Programa: Berlioz Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. Entrada – Abertura de Carnaval romano; Bizet – franca. Reapresentação dia 25 às 18h00. a relação dos produtos e serviços conveniados ao Suíte nº 2 de L’Arlésienne, e Suíte nº 1 nosso clube, com os descontos especiais. 27/04 20h00 BANDA SINFÔNICA DA de Carmen; Francisco Braga – Episódio FUNDEC Sinfônico e Saint-Saëns – Introdução e Regente: Paulo Afonso Estanislau. Rondó Capriccioso op. 28. Aproveite as promoções e boa música! Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. Entrada Teatro Carlos Gomes – Tel. (27) 3132-8396. franca. R$ 10.

64 Abril 2010 CONCERTO Uma seleção exclusiva dos melhores artigos da revista Gramophone Abril de 2010

Todos os textos e fotos publicados na seção “Gramophone” são de propriedade e copyright de Haymarket. www.gramophone.co.uk Notas Sonoras

Uma odisseia mahleriana Parte 2 Leia a partir da página 55 a parte final da matéria do editor especial Michael McManus, na qual onze dos maiores regentes mahlerianos da atualidade comentam as sinfonias de Gustav Mahler. A edição de março nº 159 da Revista CONCERTO publicou os textos de Sir Charles Mackerras (Sinfonia nº 1), Mariss Jansons (Sinfonia nº 2), Lorin Maazel (Sinfonia nº 3), (Sinfonia nº 4) e Sir Simon Rattle (Sinfonia nº 5).

GRAMOPHONE conversa com... Jordi SAVALL O grande violista em sua última jornada musical épica

Em seu novo lançamento, “The forgotten kingdom” (O rei- Como representa o modo no esquecido), você explora a música da Cruzada Albigense como os judeus fugiram da do século XIII. A exemplo de seus outros projetos recentes, Andaluzia e foram aceitos trata-se de um conjunto de vários discos, embalado em um nas universidades em ou- belo livro, com pinturas e ensaios. Qual é o atrativo desses tros lugares, tornando-se abrangentes projetos? uma fonte muito impor- História e música são muito interessantes separadamente, mas, tante de cultura e diálogo – quando você as junta, elas fi cam três vezes mais interessantes. e também uma concepção Você consegue ver e ouvir as conexões. Os poetas e os músicos de mundo fascinante e fe- são os jornalistas daquela época, e esse tipo de abordagem deixa roz, ligada a interpretações isso em relevo. Entendemos a história com o nosso intelecto, mas misteriosas da Cabala. a música nos traz a conexão emocional essencial, e você conse- gue reviver os eventos. Contudo, nem todos os instrumentos que vocês tocam são daquela época. Que revelações você encontrou? Não, tomamos liberdades para ser um pouco mais criativos, usan- A história das perseguições das Cruzadas tem muitos episódios do o kaval e o duduk das tradições orientais. Necessitávamos fascinantes, como o da cidade em que os árabes foram conquista- nos referir musicalmente à terrível queima dos hereges, e esses dos e forçados a se render sem que ninguém fosse morto. Conse- instrumentos improvisam livre e espiritualmente, e prestam uma quentemente, eles permaneceram livres. Daí, em outra parte da homenagem poética ao espírito das pessoas que estavam mor- cidade, as tropas francesas fi zeram um grande massacre, com as rendo. Mas também temos o tambor para lembrar da violência. ruas cheias de sangue. A música representa isso. Então você tem a violência e a espiritualidade da religião.

Fabio Luisi, diretor musical geral da Ópera O Teatro San Carlo, histórica casa de ópera Estatal da Saxônia e da Staatskapelle de Nápoles, reabriu depois de uma espeta- Dresden, anunciou sua renúncia abrupta cular reforma com La clemenza di Tito, em em fevereiro, deixando a casa sem um 27 de janeiro, aniversário do nascimento regente para o ciclo do Anel, que deveria de Mozart. Supervisionada pela arquiteta ter acontecido naquele mês. O regente Elisabetta Fabbri, a reforma foi viabilizada disse ao New York Times que pararia de por uma doação de 67 milhões de euros da trabalhar imediatamente, e culpou as região da Campânia, e incluiu duas salas de autoridades do teatro por fazerem um ensaio, nova maquinaria de palco e ar condi- acordo televisivo sem seu conhecimento. cionado praticamente silencioso.

PHILIPPEMATSA/ALIA VOX, MATS BACKER, DROITS DE L’ARTISTE GÈRÈS PAR AKG-IMAGES

CONCERTO Abril 2010 65 A escolha do editor A seleção de James Inverne para os lançamentos mais extraordinários deste mês

THE FORGOTTEN KINGDOM Hespèrion XXI; La Capella Reial da Catalunya / Jordi Savall Alia Vox Quem disse que a época do CD como um artefato de valor já era? Claramente, não as pessoas do selo Alia Vox, de Jordi Savall, que no- vamente criaram para seu fundador um livro magnífico, para abrigar

CD do mês os três discos deste lançamento. Só as ilustrações, pinturas e ensaios já valem a compra. Mas a música, como tem que ser, transcende isso tudo. Dessa vez, Savall escolheu como tema a Cruzada dos Albigenses (a iniciativa da ‘HOMMAGE À CHOPIN’ Igreja Católica do século XIII para banir a seita dos cátaros). O primeiro Jonathan Plowright pn impacto vem da qualidade da execução – polida, mas infinitamente Hyperion sensível. As texturas se entrecruzam como camadas de entendimento, Uma seleção infinitamente fascinante, não de à medida que Saval e o Hespèrion XXI penetram a música de 800 anos atrás. Nossa crítica Julie Anne Sadie chega a sugerir que o lançamento Chopin, mas de vários tributos a ele, das penas e estabelece um novo padrão de excelência para a interpretação de mentes de outros compositores, de Tchaikovsky música antiga. Não há dúvida que, em intensidade e imaginação, ele a Villa-Lobos. O estilo de Jonathan Plowright supera mesmo o lançamento anterior de Savall, Jerusalem, que eu consegue, a um só tempo, pertencer ao mundo tanto admirei. de Chopin e se distanciar um pouco dele. Como A música abrange o canto da Cabala, canto bizantino, Hildegard von se diz, aqui tem coisa para a cabeça e coisa Bingen e Dufay. E quando a gente ouve o texto recitado das leis sobre heresia – “Quem ouvir as falsas doutrinas para o coração. Maravilhosamente concebido e dos hereges será punido como herege” –, o contexto se torna abundante e assustadoramente claro. lindamente executado.

IRMGARD SEEFRIED ARNELL. BATE. CHISHOLM LIGETI STRING QUARTETS GERALD FINLEY Previously Unreleased Recordings, Orchestral Works Parker Quartet Great Operatic Arias 1943-52 / Irmgard Seefried sop Royal Scottish National Orchestra Naxos London Philharmonic Orchestra Viktor Graef pn – Orfeo Martin Yates Pelo preço da Naxos, trata-se de uma Edward Gardner – Chandos Quem quiser uma lembrança do ta- Dutton barganha. Um dos melhores quartetos Que coisa rara: um álbum de árias que lento de Irmgard Seefried não precisa Se o chamariz aqui é a curta obra de de cordas jovens da atualidade conse- funciona como uma experiência dra- procurar em outro lugar. A Orfeo de- Richard Arnell, cujo trabalho Dutton gue tocar tudo o que existe nas obras mática quando ouvido de cabo a rabo. sencavou uma seleção de gravações fez tanto para promover, a maior obra, diabolicamente difíceis de Ligeti. O Tem a ver um pouco com a escolha maravilhosa, feitas em Viena entre na verdade, é a Terceira Sinfonia de resultado é empolgante, com aque- do repertório – dois dos papéis con- 1943 e 1952. A voz de Seefried está Stanley Bate. Trata-se de uma obra la sensação hipnótica de que tudo temporâneos de Finley (Dr Atomic e o translúcida ao longo de toda a coleção atmosférica e dramática, composta no pode desandar a qualquer momento. soberbo The Silver Tassie) atenuam os de canções – o som é miraculosamen- entreguerras. Martin Yates e a Royal Bem, a coisa não desanda, e o Parker obrigatórios Puccini e Bizet. Mas o can- te leve, porém rico e flexível. E, como Scottish National Orchestra se empe- Quartet, além de uma virtuosidade tor confere intensidade característica a tantos cantores daquela era, ela sabia nham por seus méritos, e a audição é extrema, traz ainda inteligência à cada personagem. Grande diversão e, como usar as palavras. compensadora. empreitada. Obrigatório. às vezes, bem mais do que isso.

KA HARTMANN VIVALDI BYRD R STRAUSS Complete Works with String Quartet Cello Sonatas / Roel Dieltiens vc Infelix ego Eine Alpensinfonie Doelen Quartet – Cybele Ensemble Explorations – Et’cetera The Cardinall’s Musick / Andrew London Symphony Orchestra Em excelente som Super Audio o Eis aqui uma defesa emocional e Carwood – Hyperion Bernard Haitink – LSO Live Doelen Quartet faz aqui justiça a muito bem pensada de Vivaldi como Finalmente chegamos. É o último lan- Não é a melhor época para lançar uma Hartmann. O lançamento seria de um grande compositor para violoncelo. çamento dos 13 volumes da integral da Sinfonia Alpina, com as lembranças da qualquer forma imperdível para fãs Roel Dieltiens traz tamanha entrega, música coral de Byrd por The Cardinall’s magnífica realização de Jansons com de Hartmann, por trazer a primeira tamanha cor e tamanha originalidade Musick. Foi uma jornada da mais alta a Concertgebouw ainda bem recentes, gravação do Little Concerto. Muitos se de pensamento que soa absolutamen- qualidade musical, e seu item derradei- mas Haitink, como de hábito, ocupa deixarão fascinar também pelos vários te convincente. À medida que a épica ro finaliza as coisas de forma típica. A um lugar especial. Uma abordagem extras falados, que incluem o próprio exploração que o selo Naïve faz das profundidade caminha lado a lado com sinfônica dá segurança a sua jornada, Hartmann, bem como membros da óperas completas de Vivaldi atinge o uma sensação de celebração. E, se você cheia de beleza e considerável po- família. Eles teriam ficado ainda mais meio do caminho, o resto da música colecionou todos os 13 discos, chegou a tência. Ela não tem o sentido bruto entusiasmados se o selo Cybele tives- de Vivaldi continua sendo buscado hora de voltar para o primeiro e come- de perigo da de Jansons, mas é outra se incluído textos em outras línguas. aceleradamente. çar o seu próprio festival Byrd! interpretação. Eu desejo ambas.

66 Abril 2010 CONCERTO Uma odisseia mahleriana Parte 2

Mahler Sinfonia nº 6 6 Christoph Eschenbach sobre as controvérsias da Sinfonia “Trágica”

Tanto a Quinta quanto a Sétima sinfonias contêm pela falta de autoconfi ança, um problema que Mahler afi rmações gloriosas de alegria, e Mahler evidentemente nunca teve. Em todo caso, acredito que a versão original é sentiu que, entre essas peças, tinha que escrever alguma a preferível. O Scherzo é uma peça rebelde e áspera, com coisa que desse uma noção do lado trágico e negativo da um trio que aparece duas vezes, e tem a marcação pouco vida. É a obra perfeita para uma gravação ao vivo, porque comum de altväterisch (como um velho pai). Eu imagino com ela você tem todo mundo tocando no limite. É uma um velho externando suas opiniões e dançando de forma sinfonia incrível, cheia de poder, e o primeiro movimento estranha. Também há a marcação de grazioso, o que su- em especial carrega-nos para longe, graças àquele ritmo gere certa simpatia com a velhice. de marcha logo no começo. A luta que acontece desde a Mahler só escreveu movimentos lentos maravilho- abertura em lá menor até a conclusão do movimento, em sos, e esse Andante é um dos mais maravilhosos. Há lin- lá maior, é realmente titânica, com momentos de extraor- dos momentos cantabile, especialmente quando a música dinária contemplação – marcados grazioso – no meio do escorrega para dó maior, e tudo parece estar parado. Nin- caminho. Bastante característico é o uso que Mahler faz guém consegue respirar. Até o apaixonado clímax com dos chocalhos – eles falam da solidão, das montanhas, de os chocalhos é cantabile. Tudo está maravilhosamente estar com a natureza. O último lampejo de vida não vem equilibrado, e o fi nal emerge disso naturalmente, com sua do homem, mas dos animais. introdução de uma extensão pouco usual, antes do surgi- Nas apresentações ao vivo e nas gravações, coloco mento do tema principal. o Scherzo como segundo movimento, por duas razões. Também há discussões sobre o terceiro golpe de mar- Primeiro, acho que funciona melhor em termos da lógica telo. Aceito inteiramente a decisão de Mahler de deixá-lo emocional da peça. A dança demoníaca do Scherzo traz de fora. Se você olhar atentamente para a partitura, as o poder total do movimento de abertura. O ritmo de mar- outras duas marteladas são seguidas, cada uma, por uma cha do primeiro movimento está invertido: a ênfase agora luta incrível. Você é atingido por um martelo – o destino está no tempo fraco, e a mudança para 3/4 representa –, e trata-se de um fenômeno que está fora dos limites outra atitude, uma rebelião contra o 4/4 do mo- do nosso entendimento. Duas vezes fazemos to- vimento precedente. Os sforzatos no terceiro dos os esforços para lutar contra o destino. Acho tempo fazem dessa marcha um oponente que Mahler cortou o terceiro golpe de martelo duplo do que veio antes. E também há uma porque ele não queria fazer uma afi rmação A gravação de Christoph segunda razão: para mim, há uma indica- pessimista, que poderia ter sido interpretada Eschenbach da Sinfonia ção tonal clara no fato de que o Andante como a morte da criação sinfônica em geral. nº 6 de Mahler com a termina em mi bemol maior, e que então Ele já tinha em mente a Sétima sinfonia, que Orquestra da Filadélfia deveria ser seguido pela tonalidade relativa seria seguida pela gloriosa Oitava, Das Lied está disponível na de dó menor – o começo do fi nal. von der Erde, a Nona. Então, não era o fi nal. Ondine (ODE1084-5D) Não sabemos ao certo por que Mah- Shostakóvitch também escreveu música GRAVAÇÕES CLÁSSICAS ler mudou de ideia quanto à ordem altamente pessoal, mas jamais captou da mesma desses movimentos. Numerosas forma todas as facetas da vida. Muita gente se Filarmônica de Berlim autoridades escreveram sobre a pergunta por que Mahler escreveu música Herbert von Karajan questão, mas não há resposta tão trágica quando estava no auge. Ja- DG 457 716-2GOR2 Karajan não gravou defi nitiva. Acredito que de- mais compreenderemos a alma e o pro- todas as sinfonias de vem ter sido razões práticas. cesso mental de um gênio desse porte, Mahler, mas sua Sexta As orquestras da época de- mas creio que essa música demonstra o é soberba, antecipando vem ter tido difi culdades quão cheio de força e energia ele era. Berg e Schönberg em tocar sua música, e Para ele, esse era o tempo certo Filarmônica de Berlim ter dois movimentos de para escrever essa música. Além Claudio Abbado potência inexorável jun- do mais, Mahler tinha razões DG 477 5684GSA2 tos pode ter sido uma para pressentir que tinha um Vencedor do demanda técnica exces- futuro não tão feliz pela fren- GRAMOPHONE Award siva para elas. Mahler te. Ele tinha passado por brigas semanas antes do também pode ter sido feias na Ópera Estatal de Viena, lançamento da gravação altamente elogiada de infl uenciado pelo conse- e o antissemitismo começara a Eschenbach, Abbado lho de alguém; Bruckner manifestar-se. A partir disso tudo, oferece profundidade e frequentemente foi, embora esse vulcão de força trágica entrou execução superrefinada Bruckner fosse atormentado em erupção. ERIC BRISSAUD

CONCERTO Abril 2010 67 Mahler Sinfonia nº 7 7 Valery Gergiev sobre a obra considerada a mais problemática do ciclo

Reger a Sinfonia nº 7 foi o mais assustador ciclo inteiro em uma temporada, eu não tinha como pen- dos meus projetos. Escutar gravações históricas sar que uma obra não era tão boa como as outras. Então dessa peça, de 20 ou 30 anos atrás, não me passei o máximo de tempo nessa aqui, tentando fazê-la inspirou a querer regê-la. Quando ouvi dar certo, centrando esforços nos elementos individuais sinfonias como a nº 1 e nº 5, no tempo da sinfonia. Ela tinha que soar bem. de estudante, era muito mais fácil en- Especialmente no teatro de ópera, tenho que moldar tender sua ligação com a experiência obras imensas, e aprendi a importância disso. Como re- sinfônica anterior. Já a nº 7 e a nº 8 gra, você não espera gravar a nº 7 mais de uma vez. A sin- são especialmente aterradoras para fonia está cheia de repetições, especialmente no Rondo- qualquer um que quiser gravá-las Finale, e é crucial decidir o quão agressivo e bombástico como parte de um legado duradou- você quer esse movimento. Às vezes você tem uma face ro. Não é uma sinfonia que preci- sombria; às vezes, um sorriso. Corri alguns riscos e pedi se de resgate, mas também não se aos músicos que repensassem o caráter de cada movi- defende tão bem como, digamos, a mento, especialmente do último. Sabemos que, às vezes, Sinfonia nº 5 ou a Sinfonia nº 2. Essas um compositor pode mudar dramaticamente de uma são muito bem moldadas. Trata-se de composição para outra. É mais complicado quando essas obras orgânicas e simples, em que uma divisões acontecem dentro da mesma composição – por grande acumulação resulta em um fi nal de exemplo, Siegfried foi composta em épocas diferentes, e êxtase. as duas Nachtmusiken da sinfonia foram escritas um ano Regi a Sétima primeiro com a orquestra de antes do resto da obra –, mas isso não foi um obstáculo Roterdã e depois com a do Mariinsky. Estava longe de me para mim. Para mim, o terrível era pensar que nós podí- A gravação de Valery sentir com 100% de clareza ou 100% preparado – não por amos tocar, digamos, os primeiros cinco ou oito minutos Gergiev da Sinfonia não ter tentado me preparar, mas porque a peça é muito do movimento fi nal e minha cabeça poderia estaria dizen- nº 7 de Mahler com a enigmática. Ela tem uma forma estranha e incomum que do “acabou, não deu certo de novo”. É um pensamento Sinfônica de Londres está é a chave para ela. Você tem que dar duro para moldá-la. aterrorizante, porque um regente tem que ser o seu mais disponível em LSO Live Não é tanto uma questão dos andamentos – é mais um duro crítico. Você tem que sentir que aquilo está se mo- (LSO0665) trabalho de luz e sombra, e diferentes níveis de potência. vendo, fi cando cada vez mais focado em um objetivo, ou GRAVAÇÃO CLÁSSICA O essencial é não cansar o público demais. O primeiro seja, no fi nal da peça. Você tem que experimentar um movimento é tão imenso que você realmente tem que sa- sentimento natural, como a escalada do Everest, e não Filarmônica de Londres Klaus Tennstedt ber o que fazer com o segundo movimento. Não é só uma deve quebrar a linha natural. No fi nal da sinfonia, você BBC Legends BBCL4224-2 questão de andamento, repito: é uma questão de manter tem que estar seriamente concentrado em um tempo que A gravação de estúdio um senso de direção, linha e proporção. A intuição tem é perigosamente lento, com todos aqueles solos para ins- é mediana, mas essa um papel essencial. Se fosse apenas uma questão de técni- trumentos pouco comuns. A tentação é exagerar. realização ao vivo de ca, haveria centenas de interpretações bem-sucedidas da Sou regente há 30 anos e, mesmo assim, essa música Tennstedt é uma re- música. Se existe Nachtmusik [música noturna], acredito exigiu todos os meus recursos e experiência. Esse tipo de velação, misteriosa e que tem que haver algo para contrabalançar, com muito desafi o orquestral pode destruir qualquer um. Nas sinfo- estranha onde tem que sol, luz do dia e energia direta. Algo pode soar jubiloso, nias nºs 7 e 8 eu tive excitação a mais, mas também medo ser, cheia de força ou inexpressivamente pura mas o equilíbrio é entre as diferentes imagens que são tão a mais, como se fosse um equilibrista: um movimento em outros lugares: um peculiares nessa sinfonia. Só comecei a acreditar nisso errado e você cai lá do alto. Tenho pavor dessa sinfonia. mestre mahleriano em depois de minha gravação com a LSO. Depois de ter de- Se algum regente afi rmar que a nº 7 é uma composição pleno combate cidido, junto com os músicos e a direção, que faríamos o muito perigosa, tudo o que direi é “sim, sim, sim!”

DATAS DE UMA VIDA

1860 Gustav Mahler nasce Budapeste, Mahler estreia sua 1897 Mahler é nomeado dire- tação completa da Terceira Finaliza Das Lied von der Erde em Kalischt, Boêmia, em 7 Primeira Sinfonia, que não é tor da Ópera da Corte de Viena. Sinfonia 1910 Estreia da Sinfonia nº 8. de maio bem recebida Enfrentando forte antissemi- 1904 Estreia da Sinfonia nº 5 Finaliza a Sinfonia nº 9 1883 Nomeado diretor musi- 1895 A Segunda Sinfonia tismo, é forçado a renunciar 1906 Estreia da Sinfonia nº 6 1911 Adoece gravemente; cal e coral real em Kassel, aos de Mahler é executada em em 1907 1908 Estreia da Sinfonia nº 7 inicialmente, acredita-se que 23 anos. Sua reputação como Berlim, e sua reputação como 1901 Estreia da Quarta 1909 Depois de anos viajan- é fadiga crônica. Retorna para regente cresce rapidamente compositor segue a crescer Sinfonia em Munique do entre Europa e América, Viena, onde morre, deixando 1889 Na chefia da prestigio- 1896 Partes da Terceira 1902 Casa-se com Alma Mahler torna-se regente titular esboços para a sua Décima sa Ópera Real Húngara, em Sinfonia são estreadas Schindler. Primeira apresen- da Filarmônica de Nova York. Sinfonia

68 Abril 2010 CONCERTO Uma odisseia mahleriana Parte 2

Mahler Sinfonia nº 8 8 Michael Tilson Thomas sobre a chamada “Sinfonia dos mil”

Na Sétima sinfonia, Mahler buscava estratégias de gênero. O Pater Ecstaticus é um personagem grande, ena- descontinuidade – harmônica, polifônica e esquemática morado, fanfarrão; já o Pater Profundus é a coisa mais pró- –, notadamente no último movimento. Tendo rapidamen- xima que Mahler escreveu de um vilão wagneriano, bem te dominado essa habilidade, ele se pôs a escrever essa no estilo de Alberich ou Hagen. A música é bem selvagem. grande nova peça. O maior problema com a obra é que as Depois vem a primeira aparição dos anjos e uma espécie de forças são tão vastas que é muito fácil ela se tornar excessi- música de rua. O que ele pede aqui não são pequenos co- vamente espessa e pesada. Considerando sua sagacidade ristas delicados – trata-se de meninos de rua, zombando de e humor mercurial, esse é o tipo de peça que deveria ser nós com irreverência cortante. A música nessa parte é plena trabalhada com pinças, embora as forças com que você de humor. É como um jogo, cheio de riso superfi cial. E, de- tem que lidar sejam um instrumento mais brusco. pois de todos os anjos e trilos e trêmolos e uma sensação de O primeiro movimento é uma grande exposição, in- um evento elétrico e atmosférico, chega Dr. Marianus. Esse cluindo talvez a mais longa e mais contínua erupção de é um exemplo clássico de onde muitas performances saem tempo rápido que Mahler jamais escreveu. São imagens de dos trilhos, porque as marcações de Mahler deixam claro paisagens do céu e erupções de luz, e pequenos conjuntos que, seja qual for o andamento em que você está ao sair da de tropas celestiais. Há um contraste mais lento e fúnebre, seção dos anjos, você tem que desacelerar gradualmente com solos de violino astutos e expressivos, mas essa erup- até o hino fi nal de Marianus (“Jungfrau…”). Isso nos leva ção de energia exultante é combinada com tamanho domí- além do domínio das palavras e para o tema “Ewig Wei- nio do contraponto que fi camos espantados ao pensar que bliche”, com harmônios e harpas. Trata-se da mais ousada Mahler uma vez admitiu que mal comparecia às aulas de evocação sentimental da música de salão que ele usou. contraponto, e que tirou apenas as notas necessárias para Então vem minha parte favorita da obra – o conjunto A gravação de Michael passar. Nesse movimento, o desafi o é conseguir que essa com as grandes mulheres pecadoras. De repente estamos Tilson Thomas da música maravilhosamente inspiradora e divertida, tão ine- na montanha, em um chá com essas três mártires – essas Sinfonia nº 8 de Mahler rentemente cheia de surpresa e brilho, soe sufi cientemente três velhas camaradas, que obviamente se reúnem com com a Sinfônica de São clara e bem estruturada. Você tem que iluminar e equilibrar regularidade, para se lembrar de seus maravilhosos velhos Francisco está disponível as coisas com muito cuidado, senão você acaba perdendo a tempos de sofrimento. O cintilar da música conta-nos que no selo maneira maravilhosa pela qual o grupo vocal é tratado para as memórias são predominantemente felizes – oh, você (821936 00210-2) criar cores muito particulares e o organista, para sublinhar se lembra daqueles lacaios? –, e elas cantam um cânone certos temas íngremes. Há um aspecto de assombro, tam- espetacular. É muito charmoso, e elas estão desfrutando GRAVAÇÕES CLÁSSICAS bém, cada vez que uma área tonal é introduzida, remeten- grandemente uma da companhia da outra. Depois chega Sinfônica de Chicago do àquelas modulações dramáticas da Primeira sinfonia. Gretchen, brilhante e inocente, com outra instrução clara Sir Georg Solti A obra segue até uma coda assombrosa, na qual o de cantar com calma e com afeto. Essa sinfonia não pode Decca 475 7521DOR tempo dobra. É importante que o primeiro movimento degenerar em Schreifest (gritaria). Em última análise, a Épico é a palavra aqui: termine com esse sentimento de falta de fôlego, porque mensagem da peça é que a majestade do amor dessa garo- talvez seja a versão estamos prestes a voltar-nos para uma linguagem comple- ta simples equivale a toda a majestade do Paraíso. mais teatral já gravada. tamente diferente, com uma melodia notavelmente conti- Tennstedt tem mais da e extremamente lúgubre e simples nas madeiras, que é alma, Bernstein é, de certa forma, mais devidamente transformada naquela potência radiante, em envolvente, mas é difícil tonalidade maior, do Chorus Mysticus no fi nal. A harmo- ouvir essa e não ser nia aqui é pungente, com pequenas sombras de nuanças arrebatado que os músicos têm que alcançar sem desfazer o estado Filarmônica de Londres de espírito geral, de tristeza silenciosa. Então vem uma Klaus Tennstedt irrupção repentina de som, com a orquestra tocando abso- EMI 463615572-2 lutamente a toda, especialmente as trompas, os violonce- Uma performance los e os outros que estão no registro médio da orquestra. vencedora do O estado de espírito lembra a emoção crua em partes dos GRAMOPHONE Award, na movimentos lentos da Quarta e Sexta sinfonias – estamos qual Tennstedt convoca a caminho do “Abschied” de Das Lied von der Erde. imensas reservas de Depois vêm os grandes festejos. Se você quiser apre- poder, físico e espiritual, para galvanizar vastas ciar o gênio retorcido de Mahler por inteiro ao abordar forças de músicos. esse texto, basta comparar com o jeito lírico e reverente de Profundamente Schumann colocar música nos mesmos versos. Mahler ob- comovente serva-os com todo o talento de observação de um pintor de

CONCERTO Abril 2010 69 Mahler SinfoniaDas Lied nºvon 7 der Erde 7 Kent Nagano sobre a Sinfonia-Lieder de Mahler, “A canção da terra”

O que essa obra é, exatamente? Uma sinfonia? Um Mahler reescrevia e revisava suas partituras; será que tipo de ópera? Não acho que seja muito uma ópera. Ela ele teria reescrito ou revisado essa se tivesse vivido para tem uma concepção especial, e não cabe em qualquer ensaiá-la e ouvi-la? Não podemos ter certeza, mas não estrutura familiar. Está fortemente ligado aos Lieder [can- estou seguro de que ele a teria mudado muito. Há muitos ções] com textos que têm características líricas, cantabi- forte, especialmente na primeira canção, mas forte não le. É uma Sinfonia-Lieder. As pessoas estavam se pergun- diz respeito apenas a decibéis. Pode signifi car mais forte, tando: a sinfonia ainda é possível? Ainda é relevante? A em vez de mais alto e, de qualquer forma, a maior parte resposta de Mahler foi criar uma nova forma refi nada, da música nessa peça não consiste em tutti. Há passagens usando a ideia de Lieder. Nas sinfonias anteriores de longas e delicadas de música de câmara. Mahler teria retra- Mahler associadas a Lieder, como a Terceira e a Quarta, balhado a peça, mas não tenho certeza de que o resultado só parte da obra tomou a forma de Lied, mas aqui todos seria uma orquestra menor ou um encolhimento da or- os seis movimentos o fazem. questração. Isso já foi escrito na época de Gurrelieder [de Os textos vêm de fora da tradição ocidental e são Schönberg] e depois das óperas de Wagner, então Mahler fortemente infl uenciados pela China, o que faz a músi- conhecia os benefícios de uma paleta orquestral ampla, ca naturalmente confl ituosa. A Oitava sinfonia já estava com as cores e texturas que ela possibilita. aberta a esse tipo de confl ito cultural, com suas duas par- Nossa gravação vem de apresentações ao vivo, e eu tes bem distintas. A parte 1 é litúrgica, baseada em textos pedi à orquestra para tocar com muita transparência. Isso cristãos, enquanto a parte 2 é espiritual-secular, com o não signifi ca dinâmicas leves do ponto de vista do ou- homem presente como indivíduo. Tudo isso espelha a an- vinte, mas quis evitar congestionamentos. Minha esco- tiga ideia de um mundo dividido entre uma Abendland, lha de um barítono (Christian Gerhaher) em vez de uma onde o sol se põe, e um Morgenland, onde ele nasce. mezzo não foi “política”. Senti que era importante para Essa tensão estava especialmente na moda na virada do o conceito dessa performance particular ter colaborado- século XIX para o XX. Muitos escritores foram infl uencia- res com uma relação forte e madura com Lieder. Nessa dos por ela. Goethe – uma grande fi gura europeia – tinha obra, as cores e nuanças podem mudar, mesmo dentro ligações fortes com o leste. Rückert, cujos textos Mahler de uma frase de oito compassos. A orquestração tem que A gravação de Kent Nagano de Das Lied também utilizou, além de escritor era também professor soar natural e orgânica, e eu precisava de cantores que von der Erde com a de línguas orientais, com profundo interesse no Oriente. conseguissem colorir a música da mesma forma. Chris- Sinfônica de Montreal Schiller escreveu uma versão de Turandot e, na França, tian Gerhaher e eu conversamos longamente sobre isso, está disponível na Sony Ravel e Debussy tinham um fascínio óbvio pela Ásia. Em mesmo antes de começar a ensaiar. Exploramos juntos (88697 50821-2) toda sua música, Mahler vinha se esforçando para en- aspectos da beleza, o que não deve ser confundido com contrar algo universal, evitando estereótipos de exotismo “agradável”. A beleza pode ser profundamente perturba- GRAVAÇÕES CLÁSSICAS como Butterfl y. Nos versos que escolheu para Das Lied dora, e certamente “não-agradável”! Filarmônica de Viena von der Erde, ele está buscando ideias grandiosas, e sua Bruno Walter música novamente volta a nos levar através de numero- Decca 466 576-2DM sos aspectos importantes da vida de uma pessoa ou da Kathleen Ferrier, o tenor humanidade. Na Primeira sinfonia temos a natureza, e Julius Patzak e Walter Segunda estão soberbamente a sensação de vagar. A traz a ressurreição e, a idiomáticos nessa Terceira, a natureza de novo, enquanto a Quarta contras- gravação. Muito ta Irdisch [terreno] com Himmlisch [celestial], e a Sétima dependerá de você lida com a ideia de destino. Destacado ao redor de todas preferir mezzo ou as suas grandes obras está esse sentido das fases da vida, barítono em Das Lied, a luta de um único ser humano com a identidade, todos mas a realização de fi nalmente culminando em um confronto com a morte. Walter será sempre Em Das Lied ele explora essas ideias da perspectiva de especial um mundo que inclui tanto o Oriente quanto o Ocidente. Filarmônica de Viena O resultado é uma ruptura com o que queremos dizer Leonard Bernstein com “sinfonia”. Mahler usou textos asiáticos como aber- Decca 466 381-2DM tura, não como limitação, combinando-os principalmen- Para uma versão com barítono, Dietrich te, mas não exclusivamente, com harmonias e estruturas Fischer-Dieskau está ocidentais. Ele nos diz que o mundo é eterno, mas que o magnífico com Bernstein individual perecerá. É uma de suas obras mais avançadas, e James King e ela nos leva diretamente para o século XX. SUSESCH BAYAT

70 Abril 2010 CONCERTO Uma odisseia mahleriana Parte 2

Mahler Sinfonia nº 9 9 Esa-Pekka Salonen sobre a “distribuição da morte” na aterrorizante Nona

Todos os regentes que fazem a Nona de Mahler têm trumentação, mas equilíbrio interno é outra coisa. É uma algum tipo de receio da partitura. Lá há algo de muito preferência pessoal, mas não vejo o caos como emocional- universal e poderoso – às vezes faz você se sentir peque- mente poderoso. no. Tanto Das Lied von der Erde quanto a Nona sinfonia No fi nal da vida, Mahler estava jogando com a ideia apresentam um desafi o muito específi co para o regente, de atonalidade, mas são muito raros os acordes que não porque Mahler nunca as ouviu. guardam nenhuma relação com a tonalidade. Há um mo- Seu jeito de orquestrar era muito prático. Ele deli- mento de profundo desespero no Adagio de abertura da beradamente orquestrava em excesso, para que nos en- Décima sinfonia, que está completamente fora da modali- saios pudesse diminuir a instrumentação, retirando o que dade maior/menor. O principal desafi o da Nona sinfonia estava desnecessariamente dobrado. É sempre mais fácil é como dominar a forma geral da peça – como distribuir a e mais rápido tirar coisas. Ele continuava remanejando morte. Tudo tem que soar inevitável. O Scherzo conduz- as partituras de apresentação em apresentação, de acordo nos ao turbilhão, com um benigno Ländler transforman- com as demandas específi cas de diferentes orques- do-se em algo totalmente diferente. Ele contém todos tras e salas. Para Mahler, a composição era os protótipos de um scherzo mahleriano – é um processo contínuo. É muito raro a mãe de todos os scherzos. Essa jorna- existir uma “partitura fi nal”. Para da dentro de apenas um movimento um regente daquele calibre não é bastante assombrosa. Contém havia o fi m – apenas um mo- a música mais sofi sticada de mento em que a partitura Mahler, mas também é ultrar- tinha que ser impressa. rústico e, em alguns lugares, Nesse sentido, na Nona francamente engraçado. sinfonia você está lidan- É um mostruário técnico, do com uma partitura es- como um concerto para or- sencialmente inacabada. questra em miniatura. Os problemas com A última página é uma a partitura são mais sutis das mais assombrosas pági- e menos óbvios do que nas de qualquer compositor, em Das Lied – pense nos qualquer que seja o critério. A gravação de Esa- famosos problemas de equi- Cada frase tem uma intensida- Pekka Salonen da líbrio da primeira canção –, de incrível. É como uma evolu- Sinfonia nº 9 de Mahler mas eles existem. O estilo ma- ção biológica ao contrário, em que com a Philharmonia duro de Mahler começou a emergir cada frase musical vai sendo desman- Orchestra será lançada na Sexta sinfonia, e uma de suas carac- telada, pedaço por pedaço. Você começa pela Signum terísticas foi o desejo de alcançar o máximo com sofi sticação e reverte à ameba, o mais ele- GRAVAÇÕES CLÁSSICAS de clareza e o máximo de transparência, tentando colo- mentar DNA da música. Essa é a fi gura mais básica de toda car a estrutura harmônica de forma a assegurar que cada a música, o último sinal enviado antes do silêncio. Que Filarmônica de Berlim elemento motívico fosse completa e claramente audível. coisa arrojada! Quando a música é decomposta, não resta Herbert von Karajan DG 453 040-2GTA2 Distintamente de, digamos, Strauss ou Debussy, não há nada, a não ser o silêncio. Creio que o longo retraimento Gravação do Ano da nenhum “acolchoamento” da textura. Há uma unidade de Sibelius foi o resultado de seu próprio processo motívi- GRAMOPHONE, era vista completa de harmonia, melodia, ritmo e textura. A Nona co: depois da simplicidade resoluta de Tapiola, para onde pelo próprio Karajan sinfonia não soa automaticamente clara ou transparente. mais ele poderia ir? como talvez sua mais Em algumas das passagens das cordas, linhas temáticas Nossa nova gravação da Nona é um registro ao vivo elevada realização em e secundárias colidem em um registro bastante estreito. de uma performance que demos depois de tê-la tocado em disco Para mim, é absolutamente claro que ele teria mudado turnê, em lugares como o Concertgebouw e Colônia. Gos- Filarmônica de Berlim isso. Também há algumas harmonias erradas na partitura to muito da ideia de gravar essa peça ao vivo. Na verdade, Sir Simon Rattle – alguns lugares em que ele pode ter se enganado, espe- fazer o fi nal em estúdio não parece correto. Assim muitas EMI 501228-2 cialmente no primeiro movimento. Como eu sei? Posso das gravações celebradas da peça – Bernstein, Karajan, O recente retorno de apenas adivinhar, mas baseado em anos de estudo, admi- Bruno Walter em 1938 – foram feitas em concertos. Não Rattle à Nona produziu uma experiência ração e amor pela música de Mahler. Em muitos lugares é por acaso. A sinfonia é sobre a morte, e tem que ter uma incrivelmente intensa, o regente tem uma escolha – ser completamente fi el à sensação de não retorno. É seu único tiro. Você o dá, e tem maravilhosamente partitura ou então deixar certas passagens mais claras. que viver com o resultado. É vida e morte de verdade, e

NICHO SÖDLING tocada São águas traiçoeiras. Eu não ousaria mexer com a ins- não um videogame.

CONCERTO Abril 2010 71 Mahler Sinfonia nº 10 10 Riccardo Chailly sobre o grande torso sinfônico de Mahler e sua famosa finalização

Mahler certamente teria melhorado essa parte. A única coisa que gostaria é que a Faber Music, a editora britâni- ca, tivesse imprimido as partes de orquestra, assim como imprimiu a grade orquestral. A peça é tão difícil de tocar que a última coisa que a orquestra precisa é ter difi culda- de em ler as notas do material manuscrito. Essa é uma das razões principais para as performances da sinfonia ainda serem tão poucas. Infelizmente, temos também que culpar Alma pelo que disse e escreveu, com apoio de Bruno Walter, que in- fl uenciou grandes mahlerianos como Bernstein. Quando regi a obra em Berlim, nos anos 1980, o maestro Karajan pediu uma conversa particular. Eu tinha grande reverên- cia por ele, e fui vê-lo na Philharmonie às nove da manhã. Ele queria saber da Décima sinfonia. Dei-lhe minhas im- pressões e ele me perguntou sobre a difi culdade de reger o segundo movimento. Disse-lhe que era impossivelmen- te complicado de reger e de tocar, e que o achava de uma difi culdade técnica comparável à da “Danse sacrale” da Sagração da primavera. “Nesse caso, é melhor eu não mexer com isso”, Karajan disse. “Por quê?”, perguntei. “O senhor é um esplêndido intérprete de Mahler, maes- tro.” Ele respondeu: “Algumas coisas chegam à sua vida Das Lied von der Erde e as Sinfonias nº 9 e 10 são simplesmente tarde demais.” três obras-primas tardias de Mahler. Em 1960, Deryck Olhei para outras edições da sinfonia. Todas têm Cooke revelou uma obra-prima que não era absolutamen- ideias interessantes, mas acho que elas acrescentam coisa te conhecida antes. Venho regendo a versão de Cooke demais ao torso dos esboços originais de Mahler. Há uma dessa sinfonia por mais de 25 anos, e só tenho a dizer coi- tendência ao excesso que Mahler não apreciaria. Estu- A gravação de Riccardo sas boas. Acho que o que conta nessa versão é o valor da dei a maneira com que Mahler lidou com as partituras Chailly da Sinfonia obra e a grandeza da música. Mahler parece ter querido da Segunda e Quinta sinfonias. Ao revisar essas obras, nº 10 de Mahler com a que a Décima fosse tocada direto, e Cooke reconheceu-a era sempre um processo de tirar, nunca de acrescentar. Sinfônica da Rádio de como uma obra espelhada. Perto da conclusão do fi nal Ele sempre “encolhia” as obras. Por isso prefi ro o caráter Berlim está disponível há uma ideia inteligente, quando as trompas, em uma “espartano” da orquestração de Deryck Cooke, que nos na Decca tessitura desesperadamente aguda, retomam o tema que leva de verdade ao coração da peça. Mahler estava cami- (466 955-2DH) as violas tocam na abertura da peça. O “Purgatório” é o nhando por si mesmo para o sistema dodecafônico. No centro, o “elemento Dante”, um tesouro completamente primeiro Adagio há um cluster vertical de nove tons ao GRAVAÇÃO CLÁSSICA orquestrado pelo próprio Mahler, rodeado por dois scher- todo, como um grito de horror para orquestra sinfônica. Bournemouth zos de duração similar e dois adagios externos quase do Se ele tivesse vivido mais uns cinco anos, conforme se Symphony Orchestra mesmo tamanho. O primeiro Adagio tem sido feito, com aproximava da década de 1920, creio que, como Puccini Sir Simon Rattle muita frequência, lento demais; nas performances mais nos esboços do fi nal de Turandot, Mahler teria ido na EMI 585901-2 Rattle fez mais do que recentes, venho tentando equilibrar os dois adagios. direção do dodecafonismo. Sabemos das conversas de persuadir o mundo dos Felizmente a partitura publicada permite que o re- Mahler com Schönberg sobre a teoria de Klangfarben méritos do trabalho gente veja uma reprodução dos esboços originais de Mah- [timbres], conforme exemplifi cada nas Seis peças para de Deryck Cooke na ler. É possível ver o quanto de Mahler existe ali. Deryck orquestra. De acordo com Alma, ele era indiferente a edição da inacabada Cooke só acrescentou o mínimo necessário para a obra essa teoria, mas no começo da Primeira sinfonia tem Décima. Sua regravação ser executada; não há ego algum. O ponto vencedor é aquela marcação, Wie ein Naturlaut [como um som da com a Filarmônica a simplicidade de Cooke e sua fi delidade aos esboços, natureza], que dá quase na mesma. Ele simplesmente não de Berlim pode ser sem qualquer exuberância ou pretexto de originalidade. se impressionava com teorias e preferia fazer as coisas a mais refinada, mas a primeira tacada, com a Mahler obviamente teria feito diferente, mas pense em seu próprio modo. Ele era um regente de verdade, muito Bournemouth Symphony, Das Lied von der Erde. Se tivesse ouvido o primeiro mo- pragmático e entediado por ter que explicar tudo, o que permanece importante e vimento, e como o equilíbrio corre o risco de matar o te- os regentes têm de fazer todos os dias, não apenas com os extremamente poderosa nor, sabendo o quão hipercrítico ele era com sua música, braços, mas também com palavras! DECCA

72 Abril 2010 CONCERTO CHOPIN – GODOWSKY ÉTUDES VELHAS E NOVAS CIRANDAS VALSAS – FRANCISCO MIGNONE SAUDADES DE PRINCESA Boris Berezovsky Música brasileira para Raïff Dantas Barreto Trio de Câmara Brasileiro Warner Classics. fagote e orquestra Lançamento independente. Nacional. Lançamento Crioula Records. Nacional. R$ 42,60 Fábio Cury R$ 22,30 Nacional. R$ 32,70 Pianista virtuose e compositor, Lançamento Selo Clássicos. Nacional. Um dos mais talentosos violon- Os jovens músicos brasileiros Leopold Godowsky (1870-1938) R$ 25,00 celistas brasileiros da atualidade, Caio Cezar (violão), Alessandro nasceu na Polônia e mais tarde Desbravando um universo ainda Raïff Dantas Barreto nasceu em Valente (cavaquinho) e Pedro emigrou para os Estados Unidos, pouco explorado, Fábio Cury, João Pessoa, onde iniciou seus Amorim (bandolim e violão onde se naturalizou. Sua carreira exímio instrumentista, registra estudos musicais. Mais tarde, tenor), integrantes do Trio Brasi- de concertista o levou a vários obras brasileiras escritas para aperfeiçoou-se em seu instru- leiro de Câmara, prestam neste países do mundo, e seu trabalho fagote e orquestra. Acompanhado mento na Itália. Desde 2001, é o disco uma homenagem ao exímio autoral é composto sobretudo por pela Amazonas Filarmônica, primeiro violoncelo da Orquestra violonista Francisco Soares de transcrições ou obras inspiradas sob regência de Luiz Fernando Sinfônica Municipal, em São Pau- Souza, mais conhecido como em outras, como as Metamorfoses Malheiro e Marcelo de Jesus, lo. Neste belo trabalho, ele se de- Canhoto da Paraíba (1927-2008). sinfônicas sobre temas de Johann Cury interpreta obras do século dica a interpretar, no violoncelo, O nome artístico veio do fato de Strauss Jr. e transcrições para pia- XX, a mais antiga delas a Ciranda as 16 valsas para fagote solo, um ser canhoto e tocar o instrumento no de obras de Bach e Schubert. das sete notas, de Villa-Lobos, dos mais expressivos conjuntos ao contrário: na infância, por Nessa linha encontram-se seus escrita em 1933. Também estão de obras de Francisco Mignone. dividir um único violão com nove 53 estudos, baseados nos estudos no disco “cirandas” mais recentes: Apaixonado pelas peças desde irmãos, não podia inverter suas de Chopin. São obras de extrema o Concerto para fagote, harpa e que as ouviu pela primeira vez, há cordas e acabou por desenvolver complexidade técnica, muitas cordas, de André Mehmari, e o mais de 20 anos, ele explica sua uma técnica particular. Seu virtuo­ vezes superando os estudos Concertino para fagote e orquestra opção no encarte do CD: “Por que sismo como intérprete e seu traba- originais. Por esse motivo não são de câmara, de Antônio Ribeiro, deveria transcrever aquelas músi- lho como compositor conquista- peças frequentemente ouvidas nas ambas obras dedicadas ao intér- cas para violoncelo se ele, sempre ram admiradores como Radamés salas de concerto e menos ainda prete. Completa a seleção o Choro lembrado pelos compositores Gnattali e Raphael Rabello. Neste gravadas. O premiado pianista para fagote e orquestra de câmara brasileiros, nos oferece uma vasta disco, as músicas de Canhoto russo Boris Berezovsky, no (1991), uma das últimas peças relação de obras maravilhosas ganham arranjos camerísticos. entanto, encarou a tarefa hercúlea escritas por Camargo Guarnieri e para serem executadas? Sim- A pesquisa de repertório iniciou-se e gravou ao vivo 11 dessas obras na qual Cury trabalha em sua tese plesmente porque são lindas no em 1998 com Caio Cezar em cola- (bem como outras duas trans- de doutorado. Excelente fagotista, fagote, no cello ou em qualquer boração com o próprio compositor, crições de Godowsky), em uma Fábio Cury dá a essas obras uma instrumento, desde que superadas e a seleção inclui obras conhecidas impressionante demonstração leitura precisa e rica, demons- as dificuldades técnicas e musi- como Visitando o Recife, Com de domínio técnico. Deixando a trando todas as suas capacidades cais.” De fato, fazendo pequenas mais de mil e Memória de Sebas- experiência ainda mais interessan- como intérprete. Por sua vez, o adaptações – já que a tessitura tião Malta, além de inéditas como te, executou, antes de quase todas repertório também é uma mostra dos instrumentos é similar – Raïff Tem dó, Saudade de Princesa elas, o estudo original de Chopin, significativa do que tem sido es- realiza um primoroso trabalho, (que homenageia a cidade Natal fornecendo ao ouvinte ferra- crito para fagote solista no Brasil. colocando seu refinamento como do compositor) e Gaguejando. O mentas para melhor perceber as Haverá concerto de lançamento e intérprete a serviço de uma leitura resultado, bonito e inusitado, traz diferenças entre a versão original sessão de autógrafos no sábado 17 reveladora dessa verdadeira joia um olhar diferente à obra desse e a recriação de Godowsky. de abril (veja no Roteiro Musical). de nosso repertório. talentoso artista.

FRÉDÉRIC CHOPIN – NOTURNOS nascimento. Certamente um dos mais especiais CDs de Nelson Freire sua carreira, Freire esbanja aqui maturidade e domínio de Lançamento Universal. 2 CDs. Nacional. R$ 49,90 seu instrumento. Os Noturnos de Chopin representam o Um dos mais aguardados lançamentos fonográficos do que de mais reflexivo, íntimo e introspectivo ele escreveu, ano, este CD, gravado em dezembro último na Inglaterra, e ao lado da intensidade dramática encontra-se igualmente traz Nelson Freire interpretando a integral dos Noturnos uma surpreendente sofisticação harmônica. Nelson Freire de Chopin. O pianista, um dos principais instrumentistas já havia tentado gravar a obra na década de 1970, mas de- da atualidade, desenvolveu ao longo de sua carreira uma sistiu por não se considerar pronto. Sobre esta gravação, ele estreita ligação com a obra de Chopin (o primeiro disco que declarou à Revista CONCERTO: “Fazer um atrás do outro gravou, aos 13 anos de idade, foi dedicado ao compositor). é difícil. Exige muito emocionalmente. Embora não pareça, Este ano, ele toca obras do mestre em várias cidades do é exaustivo.” Felizmente para os admiradores do pianista, o mundo, como parte das celebrações do bicentenário de seu resultado belíssimo vale todo o esforço.

Compre pelo telefone (11) 5535-5518 ou www.lojaclassicos.com.br CONCERTO Abril 2010 73�� LUISA FERNANDA / FEDERICO MORENO TOROBA tores do gênero no século XX, com dezenas de obras. Luisa Placido Domingo / Nancy Herrera / José Bros / Fernanda, estreada em 1932, é a mais famosa delas. Com Mariola Cantarero libreto da dupla Federico Romero y Guillermo Fernández Lançamento Opus Arte. 134 minutos. Nacional. Legendas em inglês, Shaw, a obra está dividida em três atos ambientados na Es- francês, alemão, espanhol e italiano. DVD todas as regiões. R$ 72,30 panha de Isabel II, por volta do ano de 1868. Essa esmerada Federico Moreno Torroba é considerado o último grande montagem foi realizada em 2007 no Teatro Real de Madri. compositor de zarzuelas (opereta espanhola). Nasceu em Plácido Domingo encabeça um elenco de fama internacio- Madri em 1891, filho do organista José Moreno Ballestero, nal que inclui Nancy Herrera, Mariola Cantarero e José que o iniciou na música. Estudou no Conservatório de Bros. O Coro e Orquestra do Teatro Real foram regidos Madri e suas primeiras composições foram sinfônicas, mas por Jesús López Cobos, também diretor musical da mon- logo se interessou pela zarzuela. Conheceu sucesso quase tagem. Os extras trazem fotos do elenco, sinopse ilustrada e imediato e consagrou-se como um dos grandes composi- entrevistas com cantores e maestro.

RATTLE CONDUCTS BEETHOVEN, CAVALLERIA RUSTICANA / MUTI CONDUCTS SCHUBERT, MAYA PLISETSKAYA STRAVINSKY & BRUCH PAGLIACCI VERDI & MARTUCCI DIVA OF DANCE Filarmônica de Berlim Mascagni / Leoncavallo Filarmônica de Berlim Lançamento Euro Arts / Music Simon Rattle Jesús López Cobos / Giancarlo Riccardo Muti Brokers. 154 minutos. Nacional. Lançamento Euro Arts / Music Brokers. Del Monaco Lançamento Euro Arts / Music Legendas em italiano, inglês, alemão Brokers. 97 minutos. Nacional. e francês.DVD região 4. R$ 56,20 92 minutos. Nacional. DVD região 4. Lançamento Opus Arte. 2 DVDs. 140 DVD região 4. R$ 56,20 R$ 56,20 minutos. Nacional. Legendas em Maya Plisetskaya é, em todos O Concerto Europeu da Orquestra português, inglês, francês, espanhol, Apresentamos o último Concerto os sentidos, uma personalidade Filarmônica de Berlim, realizado alemão e italiano. DVD todas as Europeu da Orquestra Filar- excepcional. Nascida em Moscou todos os anos em 1º de maio, é regiões. R$ 79,70 mônica de Berlim, celebrado em 1925, estudou na escola do sempre um evento de destaque Dois títulos dentre os mais conhe- anualmente para lembrar sua Balé do Teatro Bolshoi, passando internacional no calendário da mú- cidos do mundo da ópera estão fundação, ocorrida em 1882. a fazer parte do grupo profissional sica erudita. O registro apresentado reunidos aqui nesta aclamada Realizado sempre em uma cidade em 1943 e tornando-se primeira aqui nos leva à apresentação de produção de Giancarlo del europeia diferente, o espetáculo bailarina em 1962. Fez carreira in- 2008, realizada no Conservatório Monaco, levada à cena no Teatro registrado aqui aconteceu no dia ternacional apresentando-se com Tchaikovsky de Moscou. Sob a Real de Madri em 2007. Trata-se 1º de maio de 2009 em Nápoles, sucesso nos EUA e na França, e regência de Sir Simon Rattle, atual de duas obras-primas que trou- terra natal do carismático maestro mais tarde passou a atuar também diretor artístico da Filarmônica xeram à ópera novos patamares Riccardo Muti, que dessa vez como coreógrafa. Como quase de Berlim, a orquestra exibe uma de realismo, dentro do estilo que dirige a orquestra. O programa nenhum outro bailarino, a eterna exuberante performance. Destaque ficou conhecido como verismo: teve início com a abertura de La prima ballerina assoluta do Teatro para o Concerto para violino, de Cavaleria rusticana, de Pietro forza del destino, ópera de Verdi Bolshoi soube como combinar des- Max Bruch, solado por um dos Mascagni (1863-1945) e Pagliacci, cuja trama baseia-se em um drama tacadas habilidades da dança com artistas mais fascinantes da atualida- de Ruggero Leoncavallo (1857- espanhol, transformado em libreto grande expressão dramática. de, o violinista russo Vadim Repin 1919). O diretor musical e regente por Francesco Maria Piave. Logo Há também poucos bailarinos que – que este mês está no Brasil para do Coro e Orquestra do Teatro segue La canzone dei ricordi podem olhar para trás e recordar concertos em São Paulo e no Rio Real de Madri, Jesús Lopes (sete canções para soprano e uma carreira tão longa e ativa. de Janeiro. “Cada um dos músicos Cobos, dirige um elenco duplo de orquestra), de Giuseppe Martucci Mais do que isso: em seu octogési- desta orquestra pensa e responde extraordinários talentos, em uma (1856-1909), compositor, maestro mo aniversário, em novembro de incrivelmente rápido. Eles nunca gravação filmada com câmeras e pianista italiano natural de Nápo- 2005, Plisetskaya subiu ao palco param. Com a Filarmônica você de alta definição e som digital. O les. A solista da obra foi a também e fez uma performance solo. Em pode ter certeza que os músicos es- elenco da Cavalleria é encabeçado italiana Violeta Urmana, uma uma homenagem ao seu trabalho, tão dando seu melhor: eles nunca por Violeta Urmana e Vincenzo das principais sopranos dramá- este filme apresenta imagens fas- perguntam ‘como?’ – perguntam La Scola, enquanto Pagliacci tico da atualidade. A grandiosa cinantes de seus maiores sucessos ‘por quê?’. É por isso que eu amo tem Vladimir Galouzine como Sinfonia em dó maior, obra como bailarina, além de uma en- trabalhar com eles”, declarou o Canio, María Bayo como Nedda de Schubert de notável síntese trevista em que Maya Plisetskaya maestro. O repertório ainda inclui e Carlo Guelfi como Tonio. Os formal e impressionante vitalidade descreve sua vida como dançarina a Sinfonia em três movimentos, de extras ainda trazem entrevistas rítmica, completa este memorável – que é, simultaneamente, um Igor Stravinsky, e a Sinfonia nº 7, com del Monaco, Cobos e os prota- concerto, realizado no imponente capítulo completo da história da de Beethoven. gonistas de cada uma das óperas. Teatro San Carlo. Rússia, de Stalin à Perestroika.

74 Abril 2010 CONCERTO Compre pelo telefone (11) 5535-5518 ou www.lojaclassicos.com.br

BRASILIANA gal; Vasco Mariz comenta os centenários de nascimento Revista Semestral da da compositora baiana Babi de Oliveira e de morte de Academia Brasileira de Música Machado de Assis; Daniel Wolf conta um pouco da traje- Lançamento ABM. R$ 7,00 cada tória do violão clássico em Porto Alegre, e Karina Gomes Brasiliana é uma publicação da Academia Brasileira trata das bandas brasileiras. Já o volume 29 tem como de Música que semestralmente reúne artigos, textos destaque o cinquentenário de morte de Villa-Lobos: há científi cos, resenhas de livros e notícias do mundo mu- artigos sobre sua obra escritos por Vasco Mariz, Ricardo sical. No número 28 da revista, o destaque são cinco Tacuchian, Turíbio Santos, Guilherme Bernstein, Luiz textos de musicólogos brasileiros tratando de assuntos Paulo Horta e Maria Alice Volpe. Também nesta edição, diversos: Marcelo Hazan, em um excelente artigo, Mariz trata das óperas de e do composi- derruba o mito do primeiro encontro entre o padre José tor Jorge Antunes, enquanto Tacuchian relembra Silvio Maurício Nunes Garcia e o compositor Marcos Portu- Barbato e José Alberto Kaplan.

HEITOR VILLA-LOBOS E O VIOLÃO MÚSICA CLÁSSICA BRASILEIRA HOJE Humberto Amorim Sidney Molina Lançamento Academia Brasileira de Música. 183 páginas. R$ 41,70 Lançamento Publifolha. 210 páginas. R$ 22,00 Mestre em práticas interpretativas, Mais recente lançamento da série “Folha Expli- o violonista, pesquisador e professor ca”, este livro do professor e violonista Sidney Humberto Amorim dedica-se neste livro Molina pretende mostrar ao público – boa par- a explorar uma das mais importantes cela do qual desconhece por completo o assunto facetas da obra de Villa-Lobos: suas – o que acontece na música clássica brasileira de composições para violão. Dentro desse hoje. Para tanto, Molina (criador e componente repertório, Villa é o autor mais tocado do do excelente conjunto de violões Quaternaglia) século XX em todo o mundo. Com seus reúne 49 textos curtos, sobre 14 compositores e conhecimentos técnicos sobre o instru- 35 intérpretes da música clássica brasileira atual. mento, escreveu obras que alargaram as Cada verbete também comenta outros artistas possibilidades do violão e o trouxeram à relacionados, ampliando a seleção. Vistos em conjunto, os modernidade. É surpreendente, portan- textos desenham um panorama atualizado dessa “outra música to, que até o momento não existisse um brasileira” (que não a nossa excelente música popular), que há estudo minucioso que se debruçasse sobre esse repertório e mais de uma década vive um momento notável de renovação nos ajudasse a desvendar as circunstâncias de sua composição, e crescimento. Entre os músicos abordados – o autor esclarece bem como suas especifi cidades. É o que Amorim faz agora, que, pela limitação de espaço, muitos fi caram de fora e portanto em um importante estudo que faz um levantamento crítico da essa não pretende ser uma listagem “absoluta” – estão compo- obra para violão do compositor. Para Fábio Zanon, trata-se de sitores como Gilberto Mendes, Jocy de Oliveira, Flo Menezes “um trabalho excepcional de musicologia, que junta os pontos e André Mehmari, intérpretes como o Quarteto de Cordas da e preenche as lacunas, em um equilíbrio raro entre o trabalho Cidade de São Paulo, Nelson Freire, Cláudio Cruz, Ricardo de investigador, a sensatez na interpretação dos dados, a Castro, Fábio Zanon, Arnaldo Cohen e Paulo Szot, bem como isenção e a admiração pelo objeto de estudo”. maestros como John Neschling e Roberto Minczuk.

PERCEPÇÃO MUSICAL: Prática auditiva para músicos CÍRCULO DE INFLUÊNCIAS Bruce Benward e Thimothy Kolosick Da Revolução Bolchevique às gerações pós-Shostakóvitch Lançamento Edusp/Unicamp. 256 páginas. Preço a definir. Marco Aurélio Scarpinella Valorosa contribuição para a rarefeita literatura Lançamento Algol Editora. 800 páginas. Preço a definir. musical nacional, este livro, voltado a estudan- Após a importante iniciativa de trazer ao público tes universitários de música, propõe o estudo brasileiro a primeira biografi a em português da percepção musical como uma maneira do compositor Alfred Shnittke, Marco Auré- de desenvolver o conhecimento histórico, a lio Scarpinella lança mais uma abrangente e prática, a criatividade e o domínio rítmico. cuidadosa pesquisa acerca da vanguarda russa. O O estudo compreende todas as etapas da livro apresenta um panorama biográfi co-musical construção do ouvido musical, que consiste no de uma geração de compositores soviéticos que reconhecimento antecipado de sons produzidos têm como principais características em comum por músicos. Diversas atividades são apresen- a infl uência de Shostakóvitch e o contexto tadas de maneira clara e progressiva em 16 capítulos, por meio da político-social – que muitas vezes intervinha na aplicação de técnicas em um repertório que compreende obras criação de supostas músicas dissidentes. Dentre os composi- tonais, passando por vários estilos musicais representativos de tores biografados nesta obra há tanto os familiares do público cada época, possibilitando a expansão para o repertório pós-tonal. brasileiro – como Prokofi ev, Gubaidulina, Miaskovski e Svíridov Este é o primeiro volume de uma série didática voltada à música – quanto outros menos conhecidos, mas de grande infl uência e que deve contribuir para a construção de uma literatura básica na música erudita contemporânea. A obra aproxima o perfi l dos no assunto em língua portuguesa. A série foi idealizada e é dirigida compositores a partir de suas inter-relações, confl itos e criações pelos professores Marcos Branda Lacerda e Adriana Lopes da vanguardistas ou tradicionalistas, tendo como palco principal os Cunha Moreira, que também traduziu este volume. conservatórios de música de Moscou e Leningrado.

76 Abril 2010 CONCERTO Compre pelo telefone (11) 5535-5518 ou www.lojaclassicos.com.br SÃO PAULO Espaço Cultural É Realizações – Rua França Pinto, 498 EXPOSIÇÃO CARTAZES MUSICAIS. Cartazes do – Vila Mariana – Tel. (11) 5572-5363 – eventos@ designer Kiko Farkas feitos para os concertos da CLUBE DO OUVINTE. Palestras gratuitas, com o maestro erealizacoes.com.br – www.erealizacoes.com.br. Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Até 11 Sérgio Igor Chnee. Com duração de 40 minutos, de abril. Local: Centro Universitário Maria Antônia acontecem antes dos espetáculos, às 20h00, e estão CURSO DE MÚSICA: Populares e eruditos, com – Ceuma – Rua Maria Antônia, 258 – Vila Buarque – relacionadas ao concerto do dia. Para participar basta Irineu Franco Perpetuo. O curso aborda quatro Tel. (11) 3255-3140. apresentar o ingresso do concerto. Dias 27 e 28 de abril, compositores de nacionalidades distintas, cuja FACULDADE CANTAREIRA – Cursos livres. Arranjo apresentação do Ensemble Berlin – cordas e sopros da estética se caracterizou pelo constante cruzamento musical para coro infantil, com Julio Cesar de Filarmônica de Berlin, na Sala São Paulo. Informações: das fronteiras da música popular e a música Figueiredo. Regência orquestral, com maestro Mozarteum Brasileiro – Tel. (11) 3815-6377. erudita. Quintas-feiras, sempre às 17h30. 8 de abril: Gershwin – Da Broadway à ópera; 15 de abril: Kurt Sérgio Chnee. Apreciação musical – Escutar para compreender, com Nívea Abujamra Nasser. Local, CONCURSO DE COMPOSIÇÃO DE MÚSICA SACRA. Weill – De Brecht à Broadway; 22 de abril: Villa-Lobos informações e inscrições: Faculdade Cantareira Composição para órgão e coral ou órgão e voz – A alma brasileira; 29 de abril: Astor Piazzolla – O – Rua Marcos Arruda, 729 – Belém – Tel/fax (11) solo. Duração: até 5 minutos. Obra inédita de novo tango. Valor: R$ 200 na inscrição + 1 parcela 2790-5900 – www.cantareira.br. compositores brasileiros. Inscrições até 31 de maio. de R$ 200. Local, informações e inscrições: Casa do Prêmios em dinheiro e concerto. Regulamento em Saber – Rua Mario Ferraz, 414 – Tel. (11) 3707-8900 – www.casadosaber.com.br. FALANDO DE MÚSICA NA OSESP. Palestras ministradas www.pnsbv.com.br. pelo maestro Leandro Oliveira, abordando os CURSO Elementos essenciais para apreciação compositores e as obras do concerto do dia. Duração CORALUSP. Inscrições abertas para novos integrantes. de 50 minutos, com início uma hora e meia antes do Para interessados, alunos e funcionários da USP e musical – Uma introdução ao universo da música, com Leandro Oliveira. Destinado a amantes de concerto. Entrada franca. Local: Sala São Paulo – Praça comunidade geral, com ou sem experiência musical. Júlio Prestes. Informações: tel. (11) 3367-9611. Várias opções de horários de ensaios e aulas de música, arte e cultura em geral, o curso é pensado para ouvintes com pouco ou nenhum conhecimento técnica vocal e estruturação musical, no Cidade FUNDAÇÃO MAGDA TAGLIAFERRO. Bolsas de estudo específico – leigos, diletantes ou músicos amadores. Universitária, na Estação Ciência, na Faculdade de para canto, piano, cravo, violão, instrumentos de 6 de abril: Música como forma, Procedimentos de Direito e na Casa de Dona Yayá. Além de participar orquestra e curso preparatório para vestibular. Vagas construção musical, Tensões estruturais, Grandes das atividades de ensaios, os coralistas recebem limitadas. Apoio: Banco Itaú BBA e de Becton Dickinson formas clássicas. 13 de abril: Música como alegoria, orientação nas áreas de técnica vocal e estruturação Indústrias Cirúrgicas. Informações e inscrições: tel. (11) A música e seus emblemas, Estruturas narrativo- musical. Participação gratuita. Inscrições até 9 de 5533-8815 – [email protected]. abril (ou enquanto houver vagas) no Anfiteatro musicais, Música simbólica. Aulas às terças feiras, Camargo Guarnieri – Rua do Anfiteatro, 109 – Cidade das 10h30 às 12h30. Valor: R$ 220. Curso iniciado INSTRUMENTISTAS para formação de orquestra. Universitária. Informações: tels. (11) 3091-3930 e em março. Local: Fundação Ema Klabin – Rua Portugal, A APPA – Associação Paulista dos Amigos da Arte, 3091-5071 – www.usp.br/coralusp. 43 – Jardim Europa. Informações e inscrições: tel. contrata instrumentistas de todos os naipes para (11) 2307-0767 – www.projetocultura.com.br – formação de uma orquestra do Theatro São Pedro. CURSO A Ópera Italiana através da História, [email protected]. Inscrições abertas até 15 de abril. Regulamento e com Sergio Casoy. O curso analisa, no âmbito ficha de inscrição: www.apaacultural.org.br. da produção italiana, a evolução dos elementos CURSO intensivo de harmonia funcional, com operísticos extraídos de outras artes (música vocal Marilena de Oliveira, às terças-feiras e quintas- MASTER CLASSES de violino, viola, violoncelo, e sinfônica, teatro, literatura) e a transformação feiras. Inscrições abertas. Local e informações: contrabaixo, oboé e trompa. Com os integrantes do do teatro cantado ao longo dos anos, abordando a Musicalis Núcleo de Música – Rua Dr. Sodré, 38 – Itaim Ensemble Berlin. Para estudantes ativos e alunos cada semestre um período pertinente e/ou assunto Bibi – Tel. (11) 3845-1514 – [email protected] – ouvintes. Dia 28 de abril, das 10h00 às 13h00. específico. Serão exibidas óperas completas em www.intervogue.com/musicalis. Participação gratuita. Local: Instituto Baccarelli – Estrada DVD. A exibição não é continua, mas interrompida das Lágrimas, 2317 – São João Clímaco. Informações e a intervalos periódicos para transmissão de CURSO Óperas raras, com Jorge Coli. Óperas de inscrições: Mozarteum Brasileiro – Tel. (11) 3815-6377. informações. Parte I – Nascimento e consolidação Meyerbeer, Berlioz, Verdi. Com apresentação de do Romantismo na ópera italiana. Autores gravações em DVD. Terças-feiras, das 14h00 às OSESP – Música na cabeça. Série de palestras, encon- abordados: Rossini, Bellini e Donizetti. 9 e 16 de 16h00, dias 6, 13, 20 e 27 de abril, até 22 de junho. tros e debate. Encontro com Cristina Ortiz. Para troca abril: Il barbiere di Siviglia, de Rossini. 23 e 30 de Mensalidade: R$ 280. Local: Espaço Cultural Augôsto de informações entre o público e artistas de destaque abril: La donna del lago, de Rossini. Sempre sextas- Augusta – Rua Augusta, 2161 – Tel. (11) 3082-1830 – da temporada de concertos. Quinta-feira 29 de abril, feiras, das 14h30 às 16h30. Até 2 de julho. Valor: [email protected] – www.augosto.com.br. às 19h00. Participação gratuita. Local: Sala São Paulo R$ 278 na inscrição + 3 parcelas de R$ 278. Vagas – Praça Júlio Prestes – Tel. (11) 3223-3966. Vagas limi- limitadas. Local: Mube – Av. Europa, 218 – Jardim ENCONTROS COM ALMEIDA PRADO. Curso de dois tadas. Informações e inscrições: www.osesp.art.br. Europa. Inscrições e informações: (11) 3887-1243 e meses: Igor Stravinsky – O compositor múltiplo. 9973-4079 – www.litaprojetosculturais.com.br. Início em 7 de abril, sempre quartas-feiras, ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA. Renovação e das 14h30 às 17h30. Valor: R$ 400. Local, informações venda de assinaturas novas: no Rio de Janeiro, até 30 CURSO Apreciação musical através da escuta e inscrições: Avenida Angélica 1761 – 14° andar de abril; em São Paulo: de 6 a 25 de maio. Informa- consciente, com Daniel Abuassi, às sextas-feiras. conj. 141 – Telefones (11) 3663-4408 e 9982-0411 – ções e vendas: www.osb.com.br. Inscrições abertas. Local e informações: Musicalis [email protected]. Núcleo de Música – Rua Dr. Sodré, 38 – Itaim-Bibi – PRÁTICA DE CANTO CORAL, com Marcos Bizerra, Tel. (11) 3845-1514 – [email protected] – www. ENCONTROS CLÁSSICOS. Lançamento do CD “Velhas quartas-feiras às19h00. Inscrições abertas. Local e intervogue.com/musicalis. e novas Cirandas – Música brasileira para fagote e informações: Musicalis Núcleo de Música – Rua Dr. orquestra” (veja detalhes em Lançamentos de CDs). Sodré, 38 – Itaim-Bibi – Tel. (11) 3845-1514 – musicalis@ CURSO DE DEGUSTAÇÃO MUSICAL, com Sergio Palestra e recital com Fábio Cury – fagote. Após o ig.com.br – www.intervogue.com/musicalis. Molina. Oferece ao ouvinte amador ferramentas concerto haverá sessão de autógrafos. Sábado 17 estéticas e históricas para uma escuta mais de abril, às 11h00. Local: Sala São Paulo – Loja IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE VIOLÃO VITAL aprofundada do repertório dos grandes compositores Clássicos – Praça Júlio Prestes – Tel. (11) 3337-2719. MEDEIROS. De 1 a 4 de abril. Recitais (veja no Roteiro e intérpretes, apontando caminhos para uma Entrada franca. Musical), palestras, aulas e workshops. Dia 1 às 9h00: audição mais atenta e participativa. Análise de Palestra de Sandra Mara Alfonso: Jodacil Damaceno obras a serem apresentadas na temporada da Osesp EVENTO COM FABIO LUZ. Audição de lançamento do e lançamento de livro. Às 18h30: Palestra de Fábio na Sala São Paulo. Aulas ilustradas com gravações álbum “Il giardino degli angeli, de autoria do pianista Scarduelli: A obra para violão de Almeida Prado. Dia e DVDs. Sempre segundas-feiras, das 20h às 22h. Fabio Luz. 25 peças breves para o estudo progressivo 2 às 9h00: Palestra de Federico Nuñes (Argentina): Dia 5 de abril: Villa-Lobos – Bachianas brasileiras da arte do piano e para o desenvolvimento dos A maneira polifônica de escuta na Sequenza XI de nº 4 (Concertos dias 8, 9 e 10 de abril). Dias 12, recursos técnicos e da interpretação pianística. Luciano Berio. Às 18h00: Lançamento do livro “Os 19 e 26 de abril: Claude Debussy – O martírio de Sábado 24 de abril às 11h00. Local e informações: estudos de Leo Brouwer” de Orlando Fraga. Dia 3 às São Sebastião (Concertos dias 6, 7 e 8 de maio). Escola Tom sobre Tom – Rua Inácio Pereira da Rocha, 9h00: Palestra de Francisco Gil (México): O violão no Mensalidade: R$ 200, aula avulsa R$ 75, alunos 135 – Pinheiros – Tel. (11) 3032-3436 – www. México. Às 18h00: Workshop do luthier Lucio Jacob. novos: primeira aula grátis. Local e informações: escolatomsobretom.com. Entrada franca. Dia 4 às 9h00: Palestra de José Luis Lara (Venezuela):

CONCERTO Abril 2010 77�� O violão na Venezuela. Às 10h00: Workshop de Luis Brasileira, sob regência de Roberto Minczuk. Para Londrina, PR / 30º FESTIVAL DE MÚSICA DE Cláudio Ribas Ferreira: Distonia focal. Às 14h00: instrumentistas brasileiros (natos ou naturalizados) LONDRINA. O festival de todas as músicas. De 10 a 24 Palestra de Graça Alan: A arte de Marcos Allan. Às até 26 anos. Inscrições até 20 de abril na Fundação de julho. Cursos distribuídos em diversos módulos, 15h00: Palestra de Samuel Huh: Um histórico sobre Orquestra Sinfônica Brasileira – Av. Rio Branco, 135 encontros e master classes. Inscrições abertas. a construção do violão. Às 17h30: Mesa redonda: O Sala 915 – 20040-006 Rio de Janeiro – RJ. Prêmios 4° Concurso Nacional de Jovens Cameristas. Dias ensino do violão nas escolas de música. Local: Teatro em dinheiro e concertos. Informações: tel. (21) 2142- 15, 16 e 17 de julho. Curso de regência coral, Municipal Dr. Armando de Ré – Suzano. Direção artística: 5841 – [email protected]. com Maria Guinad (Venezuela), de 6 a 11 de julho. Gilson Antunes. Informações e inscrições: tels. (11) Inscrições abertas. Direção artística: Marco Antonio 4723-2320 e 2312-1217 – seminariovitalmedeiros@ MÚSICA NO IBAM – Jornada “Voz como instru­ de Almeida. Informações e programação: tel. (43) gmail.com e [email protected] – http://www. mento”. Concertos (veja no Roteiro Musical); 3371-6595 – www.fml.com.br. seminariovitalmedeiros9.blogspot.com/. Palestra “Descobrindo vozes, a corporalidade e as diferentes escutas”, com Janete El Haouli, quinta- Poços de Caldas, MG / IV ENCONTRO INTERNACIONAL SISTEMA PRÓ-CULTURA. Orquestra-Escola: estu­ feira 29 de abril às 19h. Entrada franca. Local, DE MULHERES COMPOSITORAS. De 22 a 26 de dantes de violino, viola, violoncelo e contrabaixo para informações e inscrições: Ibam – Largo Ibam, nº 1 setembro. Palestras, workshops, audições comentadas formação de orquestra de cordas. Não é necessário – Tel. (21) 2536-9704. e concertos. Participação de Patrícia Adkins Chiti experiência. Os interessados devem fazer inscrição (Itália); Nancy Van De Vate (Austrália); Anna Rubin por telefone e comparecer para teste, entrevista ORQUESTRA PETROBRAS SINFÔNICA. Renovação e (EUA); Graciela Paraskevaidis (Argentina) e Alda de e matrícula dias 17 e 24 de abril, às 10h. Local: venda de assinaturas novas: de 5 a 15 de abril. Jesus Oliveira, Denise Garcia, Ilza Nogueira, Marisa Instituto Teuto Curso: Administração cultural para Séries Djanira e Portinari. Informações e vendas: Rezende, Maria Helena Rosas Fernandes e Silvia De graduados. Marketing Cultural, produção cultural, www.petrobrasinfonica.com.br. Lucca (Brasil). Inscrições até 30 de maio. Informações política cultural, economia cultural e leis de incentivo e inscrições: www.eimc.com.br. à cultura. Dia 24 de abril, às 12h. Local: Instituto ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA. Renovação Teuto. Convocação de Músicos para temporada 2010. e venda de assinaturas novas: no Rio de Janeiro, Tatuí, SP / II ENCONTRO INTERNACIONAL DE MADEI­ Cantores, violonistas, pianistas, flautistas, violinistas até 30 de abril; em São Paulo: de 6 a 25 de maio. RAS DE ORQUESTRA: flauta, oboé, clarinete e fagote. e outros instrumentistas, como solistas e grupos de Informações e vendas: www.osb.com.br. De 8 e 11 de abril. Concertos e master classes. música de câmara em geral para atuar em concertos. Inscrições para participantes de master classes: encerradas; para participantes ouvintes: abertas até Apresentação de currículos e entrevistas dia 17 de OUTRAS CIDADES abril, às 14h. Local: Instituto Teuto. Informações: tels. 5 de abril. Participação dos flautistas Jacques Zoon (11) 5585-1557 e 9303-2817. (Holanda) e Jessica Dalsant; dos oboístas Arnaldo Belo Horizonte, MG / AUDIÇÕES PARA MÚSICOS de Felice (Itália) e Joel Gisiger; dos clarinetistas para a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. VOZ – CONHECER PARA CUIDAR, com Morgana Lira. Yuan Gao (China/Estados Unidos) e Ovanir Buosi Inscrições abertas para audições para vagas: teclados Orientações e esclarecimentos para profissionais e dos fagotistas Magnus Nilsson (Suécia) e Fábio (piano/celesta – chefe de naipe); contrabaixo da voz, noções básicas de fisiologia para manter a Cury. Local, informações e inscrições: Conservatório (chefe de naipe); viola (assistente de chefe de saúde vocal e auditiva. Quinta-feira 22 de abril, das Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos – Rua São naipe); oboé (assistente de chefe de naipe); oboé/ 20h às 21h30. Vagas limitadas. Local e informações: Bento, 415 – Tatuí – SP – www.conservatoriodetatui. corne inglês; violino (seção) e violoncelo (seção). Musicalis Núcleo de Música – Rua Dr. Sodré, 38 – org.br/emadeiras. Inscrições de 5 de abril a 21 de maio, por correio Itaim-Bibi – Tel. (11) 3845-1514 – [email protected]. ou e-mail. Edital, repertório e inscrições em: Uberlândia, MG / ATIVIDADES com Marcelo Guershfeld br – www.intervogue.com/musicalis. www.filarmonica.art. Informações: tel. (31) 3236- – violino. Palestras: Segunda-feira 12 de abril às 19h: 7431 – [email protected]. Medicina e Música: Aspectos físicos e psicológicos RIO DE JANEIRO, RJ da atividade de performance do músico; terça-feira Campinas, SP / CONTRATAÇÃO DE MÚSICOS para a 13 de abril às 19h: Considerações sobre o estudo IIº CONCURSO INTERNACIONAL BNDES DE PIANO DO Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. 38 diário no instrumento musical: principais critérios de RIO DE JANEIRO. Em homenagem a Guiomar Novaes. vagas (Solista I, Solista II, Tutti e Solista Especial) abordagem. Master class de violino: quarta-feira 14 De 21 a 30 de outubro. Provas eliminatórias, semi- para os instrumentos piano e celesta, contrabaixo, de abril, das 9h às 12h. Local: Universidade Federal finais e finais. Premiação de três finalistas. Haverá primeiro violino, segundo violino, viola, violoncelo, de Uberlândia – Campus Santa Monica. Informações e também master classes. Para pianistas de todas as percussão, fagote, trompete, clarinete e clarone, inscrições: [email protected]. nacionalidades entre 17 e 30 anos. Inscrições até 2 de clarinete e requinta, fagote e contrafagote, flauta julho. Prêmios em dinheiro (total de R$ 200.000) e transversal e flautim, trombone e trombone baixo, Uberlândia, MG / 2º CONCURSO NACIONAL DE PIANO concertos. Coordenação e direção geral: Lilian Barretto trompas e trompas especiais, trompete e trompetes LUIS THOMASZECK. De 10 a 13 de junho. Categorias: e Luiz Fernando Benedini. Informações e inscrições: especiais, flauta transversal e tímpano. Jornada de 1) Piano solo: para pianistas matriculados em um www.concursopianorio.com – [email protected]. 30 horas semanais, salários de R$ 3.324,67 a R$ curso superior de música; 2) Piano a quatro mãos: 4.086,86 mais benefícios. Inscrições até 6 de abril para pianistas entre 17 e 32 anos; 3) Música de III CONCURSO JOVENS MÚSICOS – Música no Museu. exclusivamente em www.caipimes.com.br. câmara: para duos e trios com piano, violino Inscrições até 24 de julho. Destinado à promoção e e violoncelo; candidatos até 32 anos. Prêmios revelação de jovens instrumentistas de cordas (violino, Curitiba, PR / WORKSHOP DE MÚSICA DE CÂMARA. em dinheiro. Promoção do projeto “Concertos viola, violoncelo, contrabaixo, violão e harpa); sopros Voltado ao aperfeiçoamento de estudantes de música. para Uberlândia”. Informações: site www. (flauta, flautim, oboé, corne inglês, saxofone, clarinete, Entrada franca. Dia 9 de abril, das 14h às 18h. Local e concertosparauberlandia.com.br. requinta, fagote, trompa, trompete, trombone e tuba); informações: Capela de Santa Maria – Rua Conselheiro piano e percussão. Três prêmios em dinheiro, concertos Laurindo, 273 – Tel (41) 3321-2840. Uberlândia, MG / MASTER CLASS com Goetz e bolsa de estudos para mestrado (2 anos, valor aprox. Hartmann – violino, Márcio Carneiro – violoncelo U$ 40.000) ou doutorado (3 anos, valor aprox. U$ Ituiutaba, MG / 17º CONCURSO DE PIANO PROF. e Mirta Herrera – piano. Dia 25 de maio. Serão 105.000) na James Madison University (EUA). Para ABRÃO CALIL NETO/. De 22 a 28 de setembro. selecionados quatro participantes para cada candidatos brasileiros até 28 anos em 31/12/10. Compositor homenageado: João Guilherme Ripper. instrumento. Local: Auditório Camargo Guarnieri Provas eliminatórias, semifinal e final: em novembro. Inscrições até 20 de agosto. O concurso é dividido do Departamento de Música da Universidade Informações: www.musicanomuseu.com.br. em três categorias: I – Solo de piano (subdividido Federal de Uberlândia. Informações e inscrições: em 6 grupos); II – Piano a 4 mãos (subdividido em [email protected]. CONCURSO NELSON FREIRE OSB JOVENS SOLISTAS. 5 grupos) e III – Música de câmara. Informações e De 31 de maio e 5 de junho. O concurso integra as inscrições: www.ituiutaba.uemg.br. INTERNACIONAL comemorações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica Brasileira e homenageia Nelson Freire, revelado nos Juiz de Fora, MG / 16º CONCURSO NACIONAL 15th INTERNATIONAL SUMMER MUSIC SCHOOL concursos para jovens talentos promovidos pela OSB. DE PIANO ARNALDO ESTRELLA. De 15 a 17 de PUCISCA, Brac, Croácia / De 10 a 20 de julho. Dividido em duas categorias: 1) Piano e 2) Cordas, novembro. Prêmios em dinheiro. Para candidatos Participação do Duo Bandeirante, formado pelo Madeiras e Metais. Três etapas: eliminatória, semifinal brasileiros em duas categorias: 1) até 21 anos e 2) flautista Andre Sinico e o violonista Álvaro Henrique. e final. Provas finais no Theatro Municipal do Rio de até 35 anos. Informações: Centro Cultural Pró-Música Inscrições até 31 de maio em www.music-school- Janeiro, com participação da Orquestra Sinfônica – Tel. (32) 3215-3951 – www.promusica.com.br. pucisca.com. Vagas limitadas.

78 Abril 2010 CONCERTO Para anunciar ligue (11) 5535-4345

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Por Guilherme Leite Cunha

CONCERTO Abril 2010 79�� REVISTA CONCERTO 2010 CONCERTO REVISTA Telê Ancona Lopez Professora titular da área de literatura brasileira do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e da Faculdade de Filosofia da USP, Telê Ancona Lopez é estudiosa do modernismo e grande especialista na obra de Mário de Andrade, sendo curadora do arquivo do escritor, que se encontra no IEB. Crítica literária com diversos livros lançados, Telê cultiva desde a infância o amor pela música, seja nas ondas do rádio ou na plateia de concertos.

u sou da era do rádio. Meu pai, Sebastião Porto, era o ge- disciplinaridade do Instituto de Estudos Brasileiros; é prazer e rente da PRA7 de Ribeirão Preto, em cujo auditório ouvi aprendizado no dia a dia em minha casa – nas peças que esco- E Chico Viola e bati palmas para o . A rádio lhemos e na sonoridade pontual da Rádio Cultura aplacando tinha um programa de música “clássica”, o Devaneio musical, minha pressa, seduzindo meus bichos. É memória de conversas, feito pelo seu Chico que, às sete da noite, descobria e compar- leituras, viagens; dos acordes de Chopin nas mãos da mulher tilhava Bach, Mozart, Beethoven, Schubert, Johann Strauss e meiga que foi minha sogra. Ketelbey, a “Habanera” e o “Toreador” da Carmen, alargando Tive a sorte de assistir à apresentação de Pierrot lunaire nossos corações e nossas casas. Meu pai às vezes nos chamava, no Instituto Goethe, creio que em 1964; de aclamar Arrau e minha irmã e eu, para concertos na BBC, no prumo difícil das Guiomar Novaes, nesses mesmos anos 60, assim como um ondas curtas. E os olhos de minha avó, filha do alemão João Bradenburgo especial, por um conjunto escandinavo de cujo Boemer, brilhavam muito bonitos ao falar em Bach e nas mazur- nome me esqueci. Tenho, de fato, muita sorte, pura sorte: vejo- cas de Chopin; perdido o piano, guardadas as partituras. me na hora certa em cidades onde belos e importantes concertos Minha irmã e eu líamos as vidas dos grandes músicos, ima- estão sendo apresentados. E, sobretudo, sou assinante da Osesp, ginando-nos de anquinhas em Viena. Na vitrola, esgotávamos marco na atualização musical brasileira. a Pastoral, e era muito bom sair dançando pela sala, nas asas Fechando tantas enumerações, minhas preferências de do Morcego. De vez em quando, havia concertos no Teatro aficionada: a música da Idade Média e do Barroco, Mozart, Pedro II; os amigos viajados contavam-se na plateia de intérpre- Brahms, Prokofiev, Hindemith, Fauré, Satie, os brasileiros como tes nossos conhecidos nos discos de 78 rotações – Clara Haskil, Nepomuceno, Villa-Lobos e Guarnieri – é claro! –, Santoro, Segovia, Rubinstein. Eram poucos. Almeida Prado, Miranda. Quero destacar o poema sinfônico Penso que foi esse lastro, assim desordenado, que me fez, Macunaíma, que Antônio Ribeiro fez a meu pedido e que se tor- chegada a São Paulo para estudar letras – na verdade, literatura nará estrela por aqui. Mas, acima de tudo, Bach, sobre quem repi- –, alcançar a música bem viva por aqui, nos concertos em que a to com Mário de Andrade: “Bach! Sempre Bach!” Desafinada que gente se esgueirava, sem bilhete, nas entradas para estudantes sou, escuto Meneses e recorro ao meu instrumento, lembrando na Pró Arte e nas manhãs de domingo, no Teatro Municipal. Ali, que Bach é também riacho, arroio, na terra do meu bisavô: encarapitada na torrinha, ouvindo Eleazar de Carvalho reger e comentar a Quinta sinfonia de Beethoven, me percebi gostando Nesta água molho meus pés cotidianos de São Paulo para sempre. Depois os olhos para que eu não perca A música funde-se ao meu encontro com o companheiro a sede de buscar da minha vida, com amigos de tanto tempo, com a poesia e o a taça e o copo pensamento de Mário de Andrade; toca meu trabalho na inter- a rede e a semente.

80 Abril 2010 CONCERTO Concurso2010-ConcertoAbril 3/4/10 10:53 AM Page 1

II Concurso Internacional BNDES de Piano do Rio de Janeiro

Data: de 21 a 30 de outubro de 2010 Inscrições: de 1º de março a 2 de julho de 2010 Limite de idade: de 17 a 30 anos

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Homenagem a GUIOMAR NOVAES

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