N. 0 27 I MAlO I 30 ESC. F rcquCncias C. onda Frequ~l'\ ci a $ C. ond:a OESTINOS Hor2s (TMG) OESTINOS Hor3:,; (TMC) I KH z) (mctws) ( KIIz) (mcrro$) 21700 13 Venezuel a 00.00-02.30 11875 Angola 11.30-12.00 25 ( Segunda-feira a s~bado) 17880 16 { Seg_unda·feua a s~bado) 15340 19 19.30-20.00 16 14.30-18.00 21700 13 17 880 {Domingos) 00.00-02.30 11875 25 21700 11. 30-12.00 13 {Domingos) 17880 16 Estados Unidos da Am ~rica. 11935 25 01.00-03.00 19 Canad~ e f'rota Bacalhoei ra (L cste) 6025 49 15340 18. 45-19.30 17 880 16 11935 25 14.30-18.00 21700 13 {To1os os dras} (Oeste) 03.30-05.00 6025 49 21700 13 6025 49 Mocambique 12.00-12.30 17880 16 {Segunda·feira a s~bado} Europa 04.00·06.00 6185 48 9740 30 15340 19 (Segunda a sexta-feira} 20.00-20.30 17880 16 18.30-20.30 6025 49 9740 30 21700 19 Domingos) 12.00-12.30 6025 49 I 17880 16 11800 25 ( Oomin~os e s~bados} 08.00· 18.00 15340 19 9740 30 19.30-20. 15 17880 16 18.30-20.30 6025 49 14. 30 ·18.00 21700 13 9740 30

Gui n ~ e Cabo Veroe 13.30·14.00 21495 13 .\tacau. Timor e ;-\ ustr:

21700 13 ( Domrngos) 13. 30-14.00 21495 13 1Domi ngos) 09.25-1 0.55 21735 13 20.15-21.00 15125 19 14.30- 18.00 21700 13

21700 13 S. To m ~ e Princii)C 11.00· 11.30 (Segunda-reua a sabado) 17880 16 tnd ia (Segunda-:eira a sabado) 15.00-15. 45 17895 16

15340 Brasil 11 790 25 19.00-19.30 19 22.30-01.00 17880 16 {Segunda·feira a sabado} 11840 25

21700 13 21700 13 IDomrngos) 11.00-11.30 (Oomrngos} 17880 16 14.30-18.00 15125 19 16 18.00 -18.45 17880 11790 25 15340 19 22.30-01.00 11840 25 14. 30- 18.00 21 700 13 indice

2& COMUNIDADES PORTUGUESAS

PUBLICA~AO MENSAL OA' SECRETARIA DE ESTAOO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS E I>A EM I GRA~AO

Olrec~ilo

Director do Servi~ de lnforma<,:lio e Apoio Cultural da S. E. N. E. E. Passagem da Veiga dn Cumeeira na rqiiio de Vila Real Edi~io

Servi~ de lnforma<,:lio e Apoio Cultural da S. E. N. E. E.

Sede Ministerio dos Neg6cios Estrangeiros Emigrariio e Apoio Cultural disc-uridos em Trds-os-Monres PalAcio das Necessidades 1." Piso Largo do Rilvas Lis boa 3 COMEMORAc;OES DO «25 DE ABRIL» Telefs. 67 67 00/ 1/2 6 SEGUNDO ANIVERSARJO DA CONSTITUic;A.o

Composi~lio 9 SERVIc;O NACIONAL DE SAUDE e impressio 12 ALGUNS DADOS HlSTORICOS SOBRE Mirandela & C.• 0 Travcssa Condessa do Rio, 7-9 0 1. DE MAIO Lisboa Portugal 14 ANIVERSARIO DA MORTE DE AMADEO DE SOUZA-CARDOSO Cola bora~io fotografica 18 EMIGRAc;A.o E APOIO CULTURAL ANOP OISCUTIDOS EM TRAS-OS-MONTES Dir~ao-Geral da Divulga<,:lio Dir~ao-Gera I de Turismo 24 VILA REAL DE TRAS-OS-MONTES «DiArio de NoticiaS» «A Capital>> 30 ENTREVISTA COM 0 PRESIOENTE Miranda Castela DA CAMARA DE VILA REAL

34 UNIAO INTERPARLAMENTAR REUNIU EM LISBOA 38 A PARTICIPAc;AO DE PORTUGAL NA EFfA 46 JOAO LIMA VISITOU A COMUNIDADE

PRE<;:O 30 ESCUDOS PORTUGUESA NA VENEZUELA N .0 27 I MAIO 78 52 CIRCUJTO DE CINEMA DA SENEE

COMEMORACOES DO 11 25 DE ABRIL II 0 25 de Abril, Dia da Liberdade, foi fes­ e da queda do regime do Estado Novo. Em 3 tejado em todo o Pais, com cerimonias oficiais Lisboa, as comemora~oes tiveram particular e manifesta~oes populares, que assinalaram relevo com a sessao solene da Assembleia da o quarto aniversario da revolu~ao dos cravos Republica e o desfile militar em Belem, Comemora~iJes do «25 de Abril»

4 a recordar o levantament~das For~as Arma­ (A~ores e Madeira), tambem se realizaram das em 25 de Abril de 1974. Nas Regioes cerimonias militares que assinalaram a passa­ Militares do Norte (Porto), do Centro (Coim­ gem do 25 de Abril. Paralelamente e para bra), do Sui (Evora) e nas RegiOes Autonomas alem das comemora~oes oficiais, tiveram Iugar

legitimidade das armas que o permiliram. mas sim da imen~iio democratica original que o Pais recebeu com entusiasmo e que o seu awemico programa claramellle esrabelecia e impunha ( ... ) . 0 25 de Abril marcou o enconrro com a realidade das coisas que nmhum poder humano conseguiria evitan>. (Do importante discurso pronunciado pelo Presidente da Republica na Assembleia da Republica) ActuafiiO de bandas jilarml>nicas na Pra~a dos Restauradores Comemora~oes do «25 de Abril»

por todo o Pais, manifesta~oes culturais, peda­ Camaras Municipais e F AOJ), quer por orga­ s gogicas, artisticas e desportivas, promovidas niza~oes populares (comissoes de moradores e quer por entidades oficiais (Secretarias de de trabalhadores, cooperativas, colectividades Estado da Cultura e da Comunica~ao Social, de recreio e de desporto). SEGUNDO ANIVERSARIO

DA\ CONSTITUICAO-

6

0 presidente da Assembleia da Republica, Vasco da Gama Fernandes. ao imervir na sessao par/a­ mentor dedicada a ce/ebrafdo do segundo aniver­ sario da promulga>do da Constituifdo da Republica Portuguesa

A Assembleia da Republica dedicou o perfodo de antes da ordem do dia de uma das suas sessoes plenarias. as celebrafoes do segundo aniversario da promulgafiiO da Cons­ tituifiio da Republica. Durante essa fase dos traba/hos par/a­ mentares, deputados dos cinco partidos repre­ semados na Assembleia, explicitaram a actual posit;iio de coda urn daqueles agrupamentos politicos sobre a lei fundamental que rege o Pais, propondo, alguns, a sua revisiio e ora­ cando, outros, aqueles que advogavam a sua destruifiio.

Acacio Barreiros (UDP), o primeiro de­ putado a intervir, apelou para um refor~o da vigilancia popular contra os que se opoem as Iiberdades consagradas na Cons­ titui~ao e reclamam a revisao desta, afir­ mando, a dado passo: «Nao nos deixemos intimidar pela arrogancia da direita reac­ cionaria e do fascismo, pois essa arrogancia tern muito de desespero e de impotencia». 0 deputado da UDP referiu-se ainda ao calor e a alegria, ao fervor e confian~ com que os lutadores intransigentes e revo­ lucionarios olham para a Constitui~ao.

«NAO EXISTEM DUAS CONSTITUI<;OES»

Na sua interven~ao, o deputado Jorge Leite (PCP), real~ou as principais conquistas Estatua simbolizando a Republica, existeme no hemicic/o do Pa/Ocio de Sao Demo e da autorifl do escultor dos trabalhadores, a sua capacidade cria- Anjos Teixeira dora. o seu papel decasivo e msubstituivel tico do pais apenas a livre e constante uma maior confianc;a e estimulo ao sector 7 nas transformac;aes econ6micas e socaais escolha do seu povo, em Iugar de procurar privado da economia». e acrescentou: «Por asso. comcmorar a determinar de modo presciente o destino Consliluic;iio e. nao so estar com OS capi­ colectivo». ajes de Abril e com as massas populares «A CONSTITUI<;AO ~ue, em estreita alianc;a, foram os motores E UM COMPROMISSO» da> transformac;iies operadas no seio da nossa sociedadc, mas c tambCm estar cmpe­ Por ultimo, interveio Salgado Zenha (PS). nhado na defesa e realicac;ao do projccto OS DESAJ USTAMENTOS que a prop6sito da revisao constitucional. constitucional». 0 deputado do PCP acen­ E AS LEGITIMAS ASPIRA<:OES disse: «A Constituic;ao e urn compromisso tuou dcpois que nao c.xistem duas Consti­ de vivcncia democnl!ica e de reconcilia~ao auic;oes, mas que ela «e urn todo coerente Por sua vez, Vilhena de Carvalho (PSD), nacional. Os compromissos honram-se, niio que foi tornado possivcl pela forc;a e dctcr­ historiou brevemente a genese do texto se renegam. lsto scm prejuizo de, na devida minac;ao das massas popularcs c das for­ constitucional, referindo-se a dicotomia ni­ oportunidadc, os dcputados que vierem a mac;oes politicas e sociais democraticas e tida ocorrida nestes dois anos de vigencia scr clcitos em 1980, procederem, nos pr6- progressistas». constitucional entre as forc;as que tentaram prios tcrmos da Constituic;iio, as revisoes liberalizar a Constituic;iio e aquelas que que em scu juizo forem julgadas aconselha­ propendem para a aplicar com uma «orien­ veis». Acerca da dicotomia do poder refe­ tac;iio mar.xista». Aquele deputado abor­ rida antcriormcnte pelo deputado social­ «REVER A CO STITUI<:AO» dou ainda o problema da revisiio constitu­ -democrata, Salgado Zenha afirmou: «Em cional a seu tempo, e sublinhou que, ate Portugal ha urn unico podcr que e o poder Ribeiro e Castro, do CDS, que falou a essa data, conviria ir arrolando os seus democratico do povo portugues, e.xercido seguir. expressou-se deste modo: «Rever desajustamentos e as legitimas aspirac;oes atraves das instituic;oes constitucionais por a Constituic;ao e efectivamente a melhor do povo portugues, entre as quais incluiu ele escolhidas. Nao me parece adequado forma de a prescrvar. Qucr para aqueles <

Acdc10 Barreiros fUDP): Jorge Leite ( PCP). Ribeiro e Castro (CDS); Vilhena de Carvalho (PSD) e Salgado Zenha ( PS) NOVO CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXERCITO

8 elas e o poder politico, o general Ramalbo Eanes afirmou que «existe ainda uma rela· ~ao demasiado estreita e equivoca entre a vida politica e a for~ miJitar» e que «ainda nlio nos emaocipamos dos erros de fundo de uma certa tradit;iio hist6rica, cuja cri· tica c indispensavel para a implantat;iio segura e definitiva do sistema democnitico em Portugal.»

0 ACTUAL P ERIODO DE TRANSI<;AO

A prop6sito do periodo de transit;lio em que ainda se vive e que foi acordado com os dirigentes partidarios, o Presidente da Republica atirmaria: «Son ham uns com urn novo 28 de Maio, outros com urn novo e bern diferente 25 de Novembro. 0 general Ramalho Eanes discursando no posst' do no•'O Chefe do Estado-Maior do Exercito, gmera/ A uns e outros saberiio as For93s Armadas Pt'dro Cardoso (a t'squerda, no imagem) dar-lhes a resposta devida, porque sabem para onde vao e como devem ir.» 0 Presidente da Republica, general Rama­ oentes da Nayao e nlio constituem instru­ Dirigiodo-se, por tim, ao general Pedro Cardoso, Ramalho Eanes repetiu as pala· lho Eanes, conferiu posse ao novo Cltefe do mento de conquista ou de distribui~ao do Estado-Maior do Exercito ( CEM£), general Poder. lio tern sido assim, infelizmentc, vras que proferira em Julho de 1976, ao Pedro Cardoso, ate ao momento responsavel em Portugal.» cmpossar o coronel Rocha Vieira, ante· do grupo de trabalho encarregado da orga­ cessor do novo Chefe do Estado-Maior do Exercito: «Cabe a V. Ex.• e a todo o Exer· niza~ao do Servi~o de Jnformarao da Repli­ FOR<;AS ARMADAS cito, muito em especial ao seu quadro blica ( SIR) , e que substituiu naquele cargo E PODER POLITICO o coronet Rocha Vieira. permanente - oficiais, sargentos e prac;:as­ Depois de se ter dcbru~do sobre o constituir-se em equipa disciplinada e coesa A cerim6nia, que teve Iugar no Estado­ passado recente (seculos XIX e XX) das capaz de regular o Exercito no sentido de -Maior do Exercito, estiveram presentes o rela9oes entre o poder politico e as Fon;as o tornar apto a cumprir as missoes que ministro da Defesa, coronel Firmino Miguel, Armadas, o general Ramalho Eanes rcfe­ constitucionalmcnte lhe sao cometidas, com urn minimo de despesa e urn maximo de conselheiros da Re vol u~ao , os chefes dos riu-se concretamente ao 25 de Abril, afir­ oportunidadc e cficiencia». Estados-Maiores da Armada e da For~a mando: «A interven~iio militar foi a con­ Aerea, o comandante da Regilio Militar sequencia necessaria da ilegitimidade e do de Lisboa e ainda muitos oficiais. fracasso dos dirigentes politicos, fracasso No discurso que pronunciou, o Presidente provado na sua incapacidade para encon­ «CLARIFICAR 0 CONCEITO da Republica e comandante supremo das trar soluyao para os problemas colonial, DE APARTIDARISMO» For~as Armadas, referiu-sc demoradamente politico e econ6mico, apesar das Fon;as a relayao entre as For~s Armadas e o Armadas lhe terem assegurado tempo e Ao usar da palavra, o novo chefe do regime politico vigente. campo de maoobra indispensaveis». E tendo Estado-Maior do Exercito salientou o esfor~o acrescentado que <

Entrou jinalmeme 11111110 .fase de arranque rac;oes de fundo ou de forma, esta a ser vinte e dois milbOeS de COntOS. ao e pOS­ 9 o Seniro Nal'ional de Saride ( SNS). 0 minis­ ultimado urn outro projecto de diploma sive(, porcm, adiantar nesta data, o custo tro dos A.wmtos Sociais, Amonio Ama/11 relativo as carreiras medicas do pcssoal da montagem nos quatro distritos-piloto. apresentou em conferencia de imprensa o do SNS. anteprojecto das bases do SNS. que tmtes Por outro lado, deve acrescentar-se que tinha sido facultado aos Conselhos Regionais o projecto foi ja oficialmente lanc;ado em 0 ANTEPROJ ECTO da Ordem dos Medicos. aos sindicatos inte­ Beja e em Vila Real, prevendo-se que a ressados e. ainda, lis entidades ojiciais e aos sua implantac;ao seja urn facto, nesscs dis­ Elaborado por urn grupo de trabalho cinco partidos com assefl/o no Assembleia tritos e nos de Braganc;a e Guarda, ate num tempo recorde, o anteprojecto con­ da Republica. Segundo fljirmou o ministro. ao fim do corrente ano. 0 ministro ao afir­ tendo as bases juridicas, tecnicas, adminis­ «wlta ••elha aspiroctio dos portuguese.f, para mar que «o primeiro passo foi dado», trativas e fina ncciras, dcpois de ser discutido quem a doenfO represema o espectro do apelou para o indispensavel apoio e salicn­ publicamentc, sera lcvado a aprovac;iio da infortrinio, comec;a a tomar corpo e esta tou que o SNS, por fa lta de capacidade Asscm blcia da Rcpitblica. em ••tisperas de se tran.~formar em realidade». financeira, sera primei ramente experimen­ 0 documento contem uma nota preli­ tado nos quatro distritos-piloto mencio­ minar sobre a politica da «saude dos indi­ A criac;iio do Servi<;o Nacional de Saude nados, para depois, numa segunda fase, viduos e das populac;oes)), a qual sc insere e a sua implantac;ao que, prcsentemente, ser alargado a outros distritos mais care­ no planeamento politico geral e no desen­ esta a ser acclcrada em alguns distritos cidos no aspccto de assistencia. volvimento econ6mico e s6cio-cultural. - Braganc;a, Vila Real, Guarda c Beja 0 custo de urn Servic;o Nacional de Adverte em seguida que os servic;os de constitui urn compromisso que o Minis­ Saude destinado a cobrir todo o Pais, foi saude existentes nao serao encerrados, mas terio dos Assuntos Sociais assumiu pcrante calculado pclos respons:iveis em cerca de sim reformulados e implantados na estru- a Asscmbleia da Republica. Trc~ mescs antes de terminar o prazo estabelecido, o ministro dos Assuntos Sociais fe7 a apre­ sentac;iio do anteprojecto das Bases do Ser­ vi~ acional de Saude c colocou-o, durante trinta dias, ao dispor da opiniao publica ~nos campos e nas escolas, nas fabricas e nos hospitais)), para que seja discutido e criticado. Ant6nio Arnaut acentuaria, a prop6sito dcste documento que «o povo portugues, a classe medica e, em gcral, todos os tra­ balhadores da saude p(lblica, poderiio veri­ ficar que, ressalvadas muitas impcrfeic;oes, 0 anteprojecto e inspirado pelo desejo sin­ cero de servir o povo, criando urn sistema eficaz de protec<;iio a saude, humanizando a med icina e dignificando os utentes e os trabalhadores do sector».

({0 PRIMEI RO PASSO FOI DADO»

Depois de ter referido que a Constituic;iio reconbecia ((0 direito de todos a saude, mediante a criac;iio de urn Servi<;o Nacio­ nal>>, o ministro dos Assuntos Socia is salien­ tou que o projecto agora apresentado publi­ camente para apreciac;ao de todas as pcs­ soas interessadas, «deve ser assumido colec­ tivamente pclo povo portugues a quem se destina>>. «Niio constitui, nem pretende constituir obra acabada. Trata-se antes de uma base de trabalho que devera ser apcrfeic;oada e enriquecida pclo contributo indispcns:ivel da discussiio democratica dos cidadiios e entidades interessadas», disse ainda Ant6- nio Arnaut. Entretanto e paralclamentc a esta dis­ cussao aberta da qual podcriio surgir altc- Amonio Amaut, ministro dos Asswrtos Sociais 0 Se rvi~o Nacional de Saude

10 tura basica agora concebida, de modo a torna-los mais eficazes. Do articulado, em que se destacam as disposi~oes gerais, os direitos dos utentes, os cuidados da saude, a orgaoiza9iio e funcionamento do SNS, o estatuto do pes· soal, o financiamento e a articula,:iio com 0 sector privado da saude, apresentamos a seguir urn pequeno resumo. • Ao SNS, decaracter universal ecobrindo todo o territ6rio nacional, tern acesso, em igualdade de circunstancias, todos os cida­ diios, indepeodentemente da sua condi9Jio econ6mica e social. • 0 seu objectivo e assegurar o direito a protec~ao da saude, mediante uma rede de servi~os sob comando unificado. 0 SNS e, em principio, gratuito, sem prejuizo de haver taxas moderadas destinadas a racio­ nalizar o acesso ao serviC(o. Sera completa· mente gratuito para crianC(as ate aos cinco anos, mulheres em periodo de gravidez e p6s-parto, maiores de 65 anos, deficientes e titulares de pensao social. As restri9oes serao impostas consoante o limite dos re­ cursos humanos, tecnicos e financeiros, dis· poniveis. • 0 medico sera escolhido a vontade, nas condiC(oes atras referidas, podendo toda­ via recusar a assistencia, salvo em caso de urgencia. • A medicina privada, garantida a popula­ C(lio em dispositivo complementar, sera man· tida livre ou em regime de convenC(iio. • Os utentes do SNS tern direito a cui­ dados medicos de clinica geral e especiali· dades; cuidados de enfermagem; interna· mento hospitalar; elementos complemen· tares de diagn6stico e tratamentos especia­ lizados (incluindo termas); suplementos ali­ mentares dieteticos; produtos medicamen­ tosos; pr6teses, ort6teses e outros aparelhos complementares terapeuticos e, ainda, a servi.;:os de apoio social. • Os referidos direitos sao assegurados pelos estabelecimentos e servi.;:os da rede oficial do SNS, por entidades do sector pri· vado em base contratual e por reembolso directo dos utentes. • Os direitos compreendem cuidados pri· marios (de clinica geral, materno-infantil, escolares e domiciliarios); de especialidades (olhos, dentes, nariz, ouvidos e garganta e saude mental); certos interoamentos; sa~de ocupacional e higiene do meio ambiente e cuidados de enfermagem, incluindo a visita domiciliaria. Os cuidados diferen· ciados incluem internamento hospitalar e consultas exteroas de especialidade. • Sao considerados utentes todos os indi· viduos que residam nas areas em que o A Canstituitiia recanhece «a direira de tadas ti saude. mediallle a criatiia de um Servita Nacianaf>> serviC(O for sucessivamente implantado. ENERGIA: PRODUCAO ECONSUMO

Apesar de ter aumentado ultimamente a tema hidroelectrico e 1240 MW ao sistema da barragem da Aguieira (potencia de 11 produfiiO de energia electrica, o Pais enfrenta termico), produ<;:ao considerada suficiente 300 MW). uma situa~iio preocupanle, se consideramos para as necessidades do consumo previstas Ate ao anode 1981, preve-se que estejam as perspectivas que hoje se poem, quanto a para essa data (16 mil GWH). a funcionar os escaloes de Setubal III e IV produfiiO e ao conswno de energia. Sendo Mas se vier a concretizar-se o desejado (ambos de 300 MW) e o do Pocinho, no a energia um dos secrores-chave da economia relan~meoto econ6mico e se a previsao rio Douro (potencia de 250 MW). Outro de um pais. ourras jon res energeticas rem que de consumo de eoergia para os anos seguin­ escalao do rio Douro, o de Crestuma ser descoberras e urilizadas, para que os tes de confirmar, entiio serao necessarios (potencia de 220 MW) devera entrar ern porrugueses possam encarar o futuro com quase 16 500 GWH em 1980 e muito mais servi~ no ano de 1982. maior rranqui/idade. em 1985: urn total de quase 24 mil GWH. A partir desta data nao foram tomadas Daqui se conclui que se torna urgente ainda decisoes definitivas, como no caso do 0s resultados obtidos no ano de 1977, descobrir novas fontes de energia. empreendimento da barragem do Alqueva, no sector da produ<;Ao hidraulica de ener­ para o qual nao foi definida a op<;:iio fun­ gia electrica, sao bastante animadores, se damental: se e urn empreendimento desti­ os compararmos com os valores de 1976: NOVAS FONTES DE ENERGIA nado sobretudo a agricu1tura, se, ao con­ registou-se urn aumento de 107,5 por cento. trario, e destinado principalmente a pro­ Este acrescimo, que se deve especialmente Para dar uma resposta parcial as neces­ du<;:iio de energia. a uma queda de chuva muito maior que sidades acima descritas, encontram-se numa Quanto ao aproveitamento das lenhites de Rio Marior, sabe-se apenas que se tal no a no anterior - o ultimo a no de seca \fase adiantada de constru<;:iio varios que obrigou a restri~tao de consumos - deu empreendimento for executado, podera con­ origem a que a produ<;:ao de base de energia • tribuir com 170 MW, em 1984. Esta central do sistema electro-produtor da EDP (Elec­ I termica, projectada para a boca da mina tricidade de Portugal) aumentasse para o (potencia de 125 MW), exigira urn investi­ dobro do ano anterior: quase dez mil GWH, mento de 3,5 milhoes de contos e dara uma quando em 1976 tinham sido produzidos produ<;:iio de 750 GWH, o equivalente a apenas 4733 GWH. urn pouoo mais de metade do aumento Ao mesmo tempo, a produ~tiio H!rmica medio anual previsto para o consumo de - que completa as necessidades de con­ electricidade do Pais. sumo-desceu para tres mil GWH, ou seja menos 32,4 por cento, o que signi.fica uma economia apreciavel nos combustiveis util i­ APROVEITAMENTOS zados nas centra is termicas de Portugal: HIDROELECTRICOS na Tapada do Outeiro que e alimentada a carvao, na Central do Carregado que tra­ Neste momento, em ordem a contribuir balha a fuel61eo e na do Alto da Mira que para satisfazer as necessidades presentes e funciona a gas61eo. futuras, estao previstos ou em execu<;:iio, Urn outro dado confirma os bons resul­ cinco empreendimentos: ode Se1a, no Minho tados obtidos: apesar do consumo global lnternacional, a explorar em conjunto com do pais ter aumentado em 13,3 por cento a Espanha (ver nota); ode Lindoso, no Alto (em rela~tao a 1976), exportaram-se, no ano Lima, ja analisado em Conselho de Minis­ de 1977, quase mil GWH, ao contnirio do tros; o de Crestuma, no rio Douro; e os ano anterior, em que houve necessidade de aproveitamentos do Alqueva e da Rocha importar mais de 1800 GWH. da Gale, no rio Guadina. Acontece, porem, que os dois primeiros, de fina1idade quase exclusivamente hidroelec­ A SITUAC::AO NO FUTURO trica, estiio sujeitos a negocia9oes com a Espanha, nao se prevendo aioda o COil}~ Entretanto, embora as reservas hidricas das obras. Os u1timos tres aproveitamentos, das albufeiras destinadas a produ<;:iio de por seu !ado, encontram-se ligados a outros energia se mantenham nos valores quase empreendimentos hidroelectricos, os quais, prob1emas\ nao reso1vidos: o da navegabi­ na sua maior parte, entrarao em servi<;:o maximos da sua capacidade, a situa~tiio lidade do ri\) Douro (Crestuma) e o da rega ate ao ano de 1986. futura, discutida no «Seminario de Infor­ do Alentejo (caso de Alqueva e da Rocha ma~ao sobre Problemas Energeticos», em Apresentamos a seguir a contribui<;:ao de da Gale). Mar~ do ano passado, e a carencia de cada urn deles para o refor~ de produ<;Ao Estes aproveitamentos garantiriio a recursos para satisfazer as necessidades do energetica. seguinte produ<;ao anual de energia: Lin­ Pais previstas para 1985, nao e de molde Em 1978, para alem da entrada em acti­ doso, 460 GWH; Rocha da Gale. 270 GWH ; a deixar-nos tranquilos. vidade do escalao de Setubal (com a poten­ Crestuma, 220. GWH; Alqueva, 190 GWH; No proximo ano, segundo os elementos cia de 250 MW) e da Central do Barreiro e Sela (Minho), 130 GWH. Comparando o distribuidos pela EDP, o sistema produtor (potencia de 72 MW), ambas de tipo ter­ total destes valores com o aumento previsto de energia da rede de servi~ publico pod em mico, conta-se que entre tambem em fun­ para 1986, conclui-se que serao insuficientes garantir ao pais uma potencia total de ponta cionamento o escalao de Setubal II (poten­ para as necessidades do consumo. E pois de 3325 MW, (cabendo 2085 MW ao sis- cia de 250 MW) e a central hidroelectrica urgente descobrir outras fontes de energia. 12

0 celebre massacre de Chicago, em /886, segundo gravura da epoca: a policia disparou sobre amultidiio que assistia a"''' camlcio de operdrios. depois da explosdo de uma bomba ALGUNS DADOS HISTORICOS SOBRE 0 ··roE MAIO .. 0 1.0 de Maio, jornada inter­ tado directo das perseguic;oes e massacres sofridos pelos tra balhadores americanos, nacional do trabalhador, tern durante as manifesta<;oes publicas. uma hist6ria propria que remonta ha quase cern anos, represen­ UM PROGRAMA POLITICO tando em si a unidade e a fra­ Durante varios anos o 1.• de Maio for temidade entre todos os traba­ urn dia de luto para os trabalbadores. lhadores do mundo, independen­ Dezenas de mortos e feridos constituiam o t emente de credos religiosos, prec;o destas comemorac;5es nos seus pri­ meiros anos, nas cidades industriais dos ra~as ou nacionalidades, em prol EUA. Mas, finalmente, venceu a solida­ da justi~a social e contra todo riedade declasse. Quanto maior era a repres­ o tipo de prepotencias exercidas sao policial, maior se tornava a amplitude do movimento reivindicativo e de solida­ sobre os seus legitimos direitos. riedade. Os tra balhadores, nesse dia que simbolizava a sua data maxima, traziam para a rua as reivindicac;oes mais prementes, Foi em 1888 que a Federac;ao Americana especialmente as de caracter econ6mico e de Trabalho estabeleceu que, nestc dia, social que, com o rodar dos tempos, aca­ seria realizado urn rnovirnente>, sob forma baram por se transformar em programa de greve, a favor da reduc;ao da jornada politico. de trabalho para 8 horas. A escolha, ini­ Um mineiro americana fa/a aos uus companheiros A grande repercussao que o J.• de Maio cialmente arbitniria, tornou-se depois per­ de traballro, defendendo •m•a grel't• contra a redu­ obteve em todos os paises, determinou, de manente e internacionalizou-se, como resul- >iio de sa/drios (frogmen to de uma gravura de 1870) forma definitiva, que esta comemorat;io !C institucionalizasse. Na Frant;a, ja em -se. Ela se fani. E a social-democracia a lema 1.• de Maio, constituindo este, sob o regime 13 Novembro de 1888, durante o 3.• Congresso sabera cumprir os seus deveres interna­ ditatorial, uma jornada de luta que, niio da Federayao Nacional dos Sindicatos, urn cionais.» · 0 1.• de Maio foi aprovado obstante os perigos, era realizada anual­ dos participantes, Jean Dormoy, propunba em 1890 como data para a man ifesta~ao mente, como apoio generoso do movimento que se fizesse uma manifestat;iio operaria internacional, considerando-se que a «Ame­ estudantil e da oposit;iio democratica ao junto aos poderes publicos, para exigir a rican Federation of Labour», no seu Con­ regime salazarista. limitacao da jornada de trabalho de 8 horas, gresso de Dezembro de 1888, ja havia esta­ A partir de 1974 o t.• de Maio foi con­ fixa~iio do salario minimo, etc., propondo belecido a mesma data. sagrado como dia de festa para o traba­ que esta manifesta~ao se realizasse no dia lhador portugues e, finalmente, feriado na­ 10 de Fevereiro do ano seguinte (1889). cional. «DIA M UNDIAL DO TRABALHADOR» «POUCO IMPORTA AttenHon-...-.- .....Work inamen! 0 AUMENTO DO PERIGO» Pon\m, s6 definitivamente no Congresso _._ lnternacional de Bruxelas, em 1891, fica ria Para esta manifestat;ao foram convidados estabelecido que o t.• de Maio seria o dia MASS MEETING a enviar delega~oes todos os sindicatos fede­ da «reivindica~ao da jornada de 8 horas TO-NIGHT, at 7.30 o'clock, rados. A manifestat;ilo obteve, de facto, e da afirmayao da luta de classes». A mesma --··-·- grande sucesso, contando com a participat;ao resolut;ao que fixava a data, propunha a aunam.• St. Bll_.li Blilllt o...~ , ,.....,.. .-.u ._ .,...., .,. • ...... t.M ....._ de mais de 50 cidades francesas. Quatro realizayiio de uma greve, nos paises em . ,,..._ ... .c, ...... * ...... , .. meses depois, no 1.° Congresso Socialista que fosse possivel encetar tal forma de ~. .., .... ,...... ,~ lnternacional, foi proposto que se fixasse Iuta. 110 U&O'O"nft OOIDII'ft'U. uma data para a manifestayao internacional S6 passados alguns anos o 1.• de Maio dos trabalbadores. Presentes neste Con­ alcant;ou verdadeira projecyao universal, gresso os delegados alemiles Liebknecbt e acabando os Governos por recuar e con­ Bebel, concordaram em que se fixasse uma ceder esse dia aos trabalbadores, como seu data, comprometendo-se estes delegados. particular dia de festa e de luta, nao sendo em nome dos trabalhadores alemacs, a raro os paises onde o I • de Maio e feriado realizar a manifestat;ao no dia previsto, nacional. apesar da situa~ao reinante na Alemanha. Em Portugal, o 1.• de Maio atravessou em virtude da lei de exce~ao promulgada inumeras vicissitudes ate a instaura~iio do regime fascista que, proibindo todas e quais­ por Bismarck. A resposta de Liebknecht ...... ,..,...,...... __---...... ,.. ... ~ e Bebel ficou celebre: «Pouco importa o quer manifestat;oes de trabalhadores, se --- aumento do perigo. A manifesta~ao impoc- abateu com ferocidade tambem sobre o ..... ··-· 0··r DE MAIO .. DE 1978

Duas imagens das conrenroraroes do 1.• til! Maio em Lisboa: a esquerda. unr aspecto do conricio-festa promovitlo no parque de Mo11santo por sindicalistas afectos OQ movinrento «Carta Aberta>> ; tl direita. o com/cia realizado no Esuldio 1.• de Maio pe/a CGTP/lntersindica/ ANIVERSARIO DA MORTE DE

14 AMADEO \ DE SOUSA­ ·CARDOSO

0 ultimo atelier de Amadeo de Souza-Cardosc em Paris; Amarante: vi/a natal de Souza-Cardoso; Um retrato do artista

Uma exposi9lio de dez artistas rasa. Em Paris, relacionou-se do Norte esteve patente na Gale­ com alguns dos grandes nomes ria Tempo, no Porto, comemo­ da pintura, especialmente com raodo o 60.• aniversario da morte Modigliani, com quem expoe, do pintor Amadeo de Souza­ em 1911, no seu «atelier». No -Cardoso. Esta mostra reunia inicio da guerra, em 1914, volta alguns dos trabalhos mais signi­ a Portugal, fixando-se em Ma­ ficativos da Arte Moderoa em nhufe, onde continua a pintar. Portugal, desde os artistas mais Morre em Espioho (em 1918), consagrados ate aos mais jovens. vitima da epidemia pneum6- Na exposi9lio figuravam obras nica. de Amadeo de Souza-Cardoso, Figura central do oosso mo­ Ant6nio Quadros, Da Rocha, dernismo, a sua interven9li0 se Domingos Pinho, Eduardo Luis, ficou a dever a inser9li0 portu­ Fernando Lanhas, Henrique guesa na grande aventura da Silva, Julio Resende, Luis Demee arte moderna europeia. Dele es­ e Nadir Afonso. creveu o frances Jean Cassou, Amadeo Souza-Cardoso nas­ eminente critico de arte, que ceu em Maohufe (Amarante) em a sua participa9lio naquele movi­ 1887. Frequentou a Escola de mento estetico foi «resoluta, vio­ Belas Artes de Lisboa, partindo, lenta, alta em cores estridentes em 1905, para Paris, onde fre­ e formas energicas». ( ...) «Esta quentou cursos de prepara9lio carreira fulgurante, terminada para a Escola de Be1as Artes. aos trinta e urn anos, e rica das Estudou pintura em varias aca­ mais veemeotes inquieta9oes do demias livres e na oficina do seu tempo», escreveu ainda aquele pintor espanhol Anglada Cama- critico. 15

Paris (1909): Souza-Cardoso (ao centro) posa com alguns amigos para o pin tor Eduardo Viana. numa parodia a um famoso quadro de Velasquez. «Os BorrachoS>> Pavic Vela : Atletismo: no Sporting Portugues vence em Franc;a Grande Premio de Colares Em declara¢es a ANOP, o 0 velejador portugues Bruno ticiparam 50 velejadores, em re­ dirigente do Sporting, Joio Ro­ Marques foi o grande vencedor presenta~o de 10 equipas tendo cha, confirmou que chegaram a do Campeonato Regional fran­ os outros portugueses, Vasco born termo as negocia¢es entre ces, na categoria de «Optimist» Passanha e Jorge Pinto Guedes, o seu clube e Pavic, o conhecido em representa~o do Clube Na­ treinador jugoslavo. 0 contrato val de Cascais, que foi a unica alcan~do os quinto e decimo foi assinado em Rouen, na pre­ equipa estrangeira presente. Par- lugares respectivamente. sen~ de urn representante «leo­ nino», Jaime Lopes, que se des­ 16 locou propositadamentea Fran~ para o efeito. Sabe-se, assim, Ciclismo : que o treinador Pavic estara ao Volta a Portugal servi~ do Sporting, durante o periodo de 31 de Agosto do Foi apresentada em Espinho o Porto at raves de uma passagem corrente ano a I de Julho de a «Volta a Portugal em Bicicleta», dos corredores a caminho de 1979. na sua 40.• edi~o. Com ela Guimaraes. Joao Rocha esclareceu que vern algumas novidades, a come- Calcula-se que estarao pre­ Pavic nunca se recusou a assinar 93r por uma verdadeira descen- sentes 16 equipas de seis con­ o contrato com o Sporting, ha­ correntes cada, treze das quais Tavares da Silva: mais uma ••itorio vendo sim, em principio, uma serlio portuguesas e tres estran­ duvida quanto as datas entre geiras. Estilo orc;amentados 4 mi l Tavares da Silva e o Benfica as quais esse contrato seria va­ contos para despesas, quantia arreba taram os titulos individual lido. De notar, afirmou ainda bastante superior a dos anos e colectivo na prova principal o dirigente do Sporting, que o anteriores. Oeste montante, mil 6000 metros - do II Grande tecnico jugoslavo optou por este contos serao para ciclistas, 700 Premio da Freguesia de Cola res, clube portugues em condi9oes para os 64 acompanhantes, 300 organizado pelo Uniao Mucifa­ inferiores as que lhe eram ofere­ para carros de apoio, 450 para lense e assinalado, pela primeira cidas pelo Atletico de Madrid, premios, 250 para a GNR, etc. vez, com a presen~ de represen­ igualmente candidato aos seus Receitas previstas: 3200 contos, tantes espanh6is, ainda que a servi9os. Pavic acompanhara, sendo o defice coberto pela Se­ modesto nivel. assim, a sua nova equipa na cretaria de Estado dos Desportos. A prcsente edi~o superou em projectada digressio a Republica Saliente-se que a primeira se­ exito a do ano passado, com Popular da China. mana de prova sera propicia uma participa~o de mais de aos «roladores», sen do a segunda dois mil atletas de todas as para os «trepadores». A 3.• etapa categorias. 0 vencedor em tempo sera mais longa, de Lisboa a recorde, foi bern acompanhado Ferreira do Alentejo, 180 qui- pelos seus companheiros de 16metros. Porem, as grandes difi­ equipa Rui Lopes, Fernando ltintrdrio tkt «Volta>> deste ana culdades estarao na 13.• etapa, Fernandes e Eduardo Ferreira. de Guimariies a Mondim de traliza~;io: co m~ em Espinho, Basto, com trcs contagens de cbegada a Agueda. Lisboa e 1.• categoria para o Premio da Torneio de xadrez Porto s6 conhecerao a «Volta» Montanha. A Volta a Portugal quase de passagem; Lisboa atra­ em 1978 estara, pois, na estrada do Belenenses ves de uma partida simb61ica ; de 6 a 20 de Agosto!

Atletismo : Cristina lourenc;o em M adrid

rneias-finais, Cristina L ourcn~;o Pavic: novamemc em Portugal. ao A atleta Cristina Louren90, ganhou a sua seric com o tempo servi~o do Sporting do Belenenses, teve presen93 des­ tacada no campeonato espanhol de 7,98 s, que passa a ser o de pista coberta, disputado em novo maximo nacional de todas Madrid, ao veneer a prova dos as categorias, e na final a atleta Taca Nacional 60 metros, conseguindo ao mesmo portuguesa tornou a veneer com de ·In iciados tempo sera primeira portuguesa um tempo de 7,99 s e de novo a baixar a barreira dos oito abaixo da barreira, ate agora Com a participa~ao de 32 clu­ segundos naquela distancia. inexpugnavel, dos 8 segundo~. Concluiram-se os torneios de bes, come~u a Ta~ Nacional Cristina tevc como mais pr6- apurameoto nos clubes de Lis­ de Iniciados em futebol, que Maria Cristina Louren~ per­ ximas adversarias as espanholas boa, com vista ao proximo dts­ se desdobrara por duas fases: tence ainda ao escalao junior, Concepcion Minguclla, de Bar­ trital. Depois de ter vencido o a primeira, numa competi~o tendo sido a unica portuguesa celona e Monserrat Pujol. de representante do Benfica, o cam­ por pontos a duas voltas, dentro que desta vez se deslocou a Sabadcl. Por estas c outras peao nacional de juniores, Cor­ de cada uma das oito series; Espanha, ja que outra atleta do jovens «maravilhas», o nosso dovil, ganhou o torneio do Bele­ a segunda entre os respectivos Belenenses, Esmeralda Mota, atletismo come1;3 a entrar nos nenses com 6 pontos. seguido vencedores, que se dividirao por acabou por nao realizar a via­ eixos do internacionalismo e a de seu irmao Fernando (4,5), duas series cujos primeiros clas­ gem. A sua participac;ao nos prometer a previsivel existcncia Humberto Barreto (4), Fernando sificados disputarao a final do campconatos de Espanha foi de outros, muitos outros «Carlo~ Sequeira, Tomas de Almeida e torneio. cern por cento vi toriosa: nas Lopes», num proximo futuro. Altino Costa, todos com 3,5. 0 certame, que tera caracteris­ ticas de «feira de amostras)), pre­ tende ser uma «grande feira regio­ Festa da cerveja nal, de cariz industrial» onde no Castelo todas as actividades econ6micas de Silves algarvias estejam representadas. No complexo trabalho de prepa­ Dccorrer.i de 9 a II de Junho rac;ao da Fcin1 do Carmo, par­ proximo, no Castelo de Silves, ticipam os 16 municipios do o Festival da Cerveja, manifes­ distrito. ta~o a que se pretende dar um c:unho popular e que constitu1. por iniciativa das companhias Feira Popular cervcjeiras, uma oportunidade 17 deconfraterniza<;iio e uma 6ptima de Lisboa ocasiao de apreciar todas as Abriu a Feira Popular de Lis­ marcas de cerveja naciona is. boa que continuara este ano Ocertame tern o apoio da Comis­ a ser organizada pela Colonia sao Regional de Turismo do Balnear Infantil de «0 Seculo». Algarve. em cujo calendario de A decisao de manter a ligac;ao man~festa<;aes se integra, e con­ Feira Popular-«0 Seculo)), foi tara com pavilhoes de todas as tomada pclo municipio lisboeta marcas de cerveja, e com a em recente reuniao. actua<;lio de ranchos folcl6ricos, band as de musica, at em de diver­ sas outras iniciativas. Feira de S. Pedro em Torres Vedras

A edi~iio 78 deste certame Festas da Cidade realizar-se de 25 de J unho a de Vila Real 2 de Julho. Ultimam-se, entre­ de Tras-os-Montes tanto, as decisoes respeitantes a composic;ao da Comissao Orga­ Tendo em vista a organizac;iio nizadora da Feira que, estc ano, das festas da cidade de Vila parte o vereador Fernando Fer­ apresenta como principal novi­ Real, programadas para o pe­ reira Borges, responsavel pela Feira do Carmo dade o facto de contar com a riodo de 9 a 30 de Junho, foi actividade turistica e represen­ companicipac;iio das Ciimaras organLZada uma comissao para tante da Camara na Comissao em Faro Municipais dos concelhos Limi­ le\ar a born termo todos os Municipal de Turismo, as tres A edic;iio da Feira do Carmo trofes, tais como: Lourinhii, Ca­ trabalhos preparat6rios que sc Juntas de Freguesia da cidade de Faro, decorrera, . este a no, daval, Bombarral, Sobral Monte prendem com a realiza<;iio da e a Associa<;ao Comercial e In­ de 15 a 31 de Julho, no Largo Agrayo, Alenquer, Arruda dos iniciativa. Desta comissao fazem dustrial de Vila Real. de S . Francisco, nesta cidade. Vinhos e Mafra.

Chaves : OS 19 seculos de Hist6ria de Chaves pcrfa1 de 29 metros de altura. Depois no seio dos seus habitantes e sidade de que estas sc revistam este ano a <) e «Fla VIS». Murc;a. ao actual nome de Chaves. Existe ainda, como recordac;ao do domi­ A recente descoberta de urn nio romano, a ponte de dezasscis dos maiores e mais curiosos arcos sobre o Tamcga, cons­ monumentos rupestres da Penin­ truida no imperio de Trajano. sula - com 444 inscric;oes - No reinado de D. Dinis foi a «Pedra do Machado)), o facto fonificada a entiio vila de Cha­ de a cidade ter sido palco de 'es e ainda hoje existe o castelo muitos acontecimentos hist6- com a sua torre de menagem. ricos. mais tern 'indo a arreigar. Torre de menagem do caste/a de Chares EMIGRACAO EAPOIO CUlTURAL 18 \ DISCUTIDOS EM TRAS-OS-MONTES Incluido no cic/o «Cultura em Ditilogo» «URGE TRANSFORMAR gueses expatriados que constituem as comu­ 19 - iniciativa da Frmda~iio da Casa de Ma­ nidades no exterior, os naturais veiculadores teu.r realizou-se em Vila Real wn co/6quio 0 IDIOMA NATAL do bern cultural nacional, e os instrumentos subordinado ao tema «Emigrafiio e Apoio NO INSTRUMENTO mais id6neos da fun~ao e da representa~iio Cultural». Prosseguindo assim wna ac~iio do elo ideotificador que os criou como a todos os titulos meritoria, enquadrada numa PRIVILEGIADO Na~iio. estrategia de descemrali=ariio indispenstive/ DE ACESSO A CULTURA Dai que as comunidades portuguesas ao correcto emendimemo dos problemas na­ PORTUGUESA». hajam de ser progressivamente promovidas, cionais pelas mais vastas camadas de inte­ econ6mica, social e politicamente, mediante ressados, a Casa de Mateus abriu desta vez apoios eficientes e quotidianos, que se por as suas port as ao debate de wna das questoes ANUNCIADA A C RIA<;AO urn lado lhes minoram problemas do dia mais prementes do sociedade portuguesa em DE UMA COOPERATIVA a dia e se relacionam especialmente com geral, e de Trtis-os-Momes em particular: as dificuldades atinentes ao seu estatuto DE HABITA(:AO a emigrariio, e todiJ a problemtitica que a de emigrados, infelizmente e tantas das em·olve, designadameme os seus reftexos de R ESERV ADA EXCLUSIV AMENTE vezes discriminat6rio, por outro, lbes per­ ordem cultural. A EMIGRANTES. mitam e fomentem o desenvolvimento de Dirigido e moderado pelo eng. • Fernando urn peso suplementar que se repercutir.i na Albuquerque, o coloquio fez deslocar a Vila sociedade local aos niveis mais variados, Real varios membros do Governo: os secre­ que niio s6 o econ6mico, mas tambem e uirios de Estado dos Negocios Estrangeiros tendencialmente, o cultural. e da Emigra(:iio, Joiio Lima, da Comunica(:iio Social, Joiio Gomes, e da Cultura, Antonio Reis. «ENORME COMPLEXIDAOE DE PROBLEMAS» Part iciparam tambem o vice-consul do Brasil no Porto, ministro Afonso Arinos, Posta a questao nestes termos. e definidos o conselheiro da Revolu~ao major Vitor os objectivos que muito superficialmente Alves, os deputados Antonio Barreto (por se afloraram, nao ha todavia que esca­ Vila Real) e Maria Alzira Lemos (pelo motear ou desvalorizar a enorme comple­ circulo da Emigra~ao), representantes da xidadc de problemas cuja so lu~a o se antepoe Secrctaria de Estado da Cultura e da Orieo­ a tudo o ma i'. Entrecruzando-se as inter­ ta~ao Pedag6gica, e Maria Joao Seixas, roga~oes e "' te,postas, diremos afoitamente da Secreta ria de Estado dos Neg6cios Estrao­ que solitariamcnte ou em grupo, os portu­ ge•ros e da Emigra~ao. gueses tem-se ao Iongo dos tempos espa­ Precedido pela actua~o da Banda local lhado pelo Mundo, nao tanto como ponto e da Tuna de Bisalbiies, o col6quio registou de expansiio colonialista, mas como uma tambem a preseo~ de largas dezenas de procura discreta de melhoria de vida para pessoas da localidade e arredores, que cada urn, e para os que de cada urn dependem. apesar do mau tempo que se fez sentir, Na esmagadora maioria dos casos, a desde muito cedo come~ram a acorrer emigra~iio portuguesa dos tempos modernos ao local. e feita por gente de fracos recursos mate­ rials que a reduzida perspectiva de melhoria Joilo Lmro 110 usa do polo•·ra, /odt>odo por Vitor levou a partir. E vao geralmente oa for~ UMA PERSPECIIVA Alvn. Ft>mo11do Albuquerque e Ant6nio Reis da vida passar fora das fronteiras do seu HIST0RICO-CULTURAL pais os melhores anos dessa vida. lnsta­ lando-se temporaria ou definitivameote, o 0 secretario de Estado da Emigra~iio advcrsas ao compromisso ou a simples portugues, sem esquecer a sua origem, iniciou o debate equacionando em linhas coexistcncia. Afastado dos grandes mitos esta atento ao mundo que o rodeia, absorve gerais o fen6meoo migrat6rio portugues do podcr de ocupa~o e de urn conceito os habitos, adapta termos, toma-lbe os numa perspectiva hist6rico-cultural. Da sua de grandeza politica retr6gado, parco dos modos. Esta real capacidade de adapta~o interven~iio retiramos os seguintes passos: recursos econ6micos e naturais que o relao­ leva a que a cultura portuguesa, fora das «( ...) Ao Iongo dos tempos a cultura cem na concorrencia mundial, Portugal fronteiras do pais de origem oiio mante­ portuguesa situou-se num espa~o geogra­ comprcendeu que sem renegar o seu pas­ nham, na maior parte das vezes, formas orto­ fico aberto. Dai que, consumada a descolo­ sado e o papel exaltante que entao desem­ doxas e estaticas, mas que se desdobram niza~ao, ou, como ja se disse, fechado o penhou, a sua proje~iio no muodo e a em raiz com inumeros bra~os, revestidos ciclo do imperio, Portugal se visse defron­ importlincia que permancntemente ali pode cada urn com as formas e cores dadas pela tado com urn territ6rio bern delimitado disfrutar reside na sua cultura, estratificada latitude e pela civilizacl!o onde os emi­ no espa~o e insusceptivel de a l tera~iio, face ao Iongo dos seculos, exactamente a partir grantes chegaram. a milhiies de nacionais disseminados por e a custa de Iantos elementos que de modo Cremos que, ontem como hoje, a cultura vastas areas estrangeiras, solicitados e pres­ inteligente foi recolbeodo e reelaborou cria­ portuguesa eocootra a sua verdadeira iden­ sionados por diferentes tipos de sociedades tivamente. E mais compreendeu, que no tidade nas inova~oes constantes que dina­ e de culturas seoiio bostis quantas vezes passado como no presente, sao os ponu- micamente lhe siio impregnadas pelos seus Emigrariio e Apoio Culwral discutidos em Trds-os-Montes

20 criadores e agentes, no territ6rio nacional, JOSO para o estrange•ro, por outro ignoraria A comunidade portuguesa dos Estados Uni· como no do acolhimento. a clara cvidencia de que grandes fatias das dos c bern o exemplo do que afirmamos. comunidades tendem a radicar-se e a per­ De forma necessariamente global, julga· manecer na sociedadc local. Quer isto dizer mos tcr exposto as grandcs linhas de poli· «ENTRE OUAS CULT URAS» que a solu~lio a obter olio esta na concor­ tica cultural indispensa vcis a actua9ao das rencia de duas culturas, em termos de uma comunidades portuguesas no exterior. no As dificuldades avolumam-se porem na eliminar a outra, ou por desnacionaliza~ao desempenho da misslio que os factos histO. problematica da chamada segunda gera~o. total, ou por forma<;:lio de «ghettos» falsa­ ricos lhes apontam. Mas sc em primeira Os emigrantes quando saem do pais, ou mente nacionalistas. Pelo contrario e a linha compete aos 6rgaos do Estado a nao tern filhos, ou, se os tern, sao em geral nosso ver, a correc~ao reside numa formula execu<;:lio de tais tarefas, com todos os de tenra idade, e essa segunda gera~ao balanceada que permita a integra~o dos esfor~os, dispendios c iniciativas que com· vai ser criada entre duas culturas, por emigrantes nas sociedades de acolhimento, precndem, devemos confcssar a insuficiencia vezes antag6nicas, onde o elemento lingua sem contudo os a lhcar das suas raizes, das das estruturas do Estado para o desempenho assume papel decisivo. suas origens. So assim se cvitara o risco cabal c completo de tais objectivos. As crian~as filhas de emigrantes sao entao defrontadas pelo bin6mio sociedade local / sociedade de origem, aquela afigu­ rando-se-lhe confortavel, e esta pobre e atrasada, sob conceitos superficiais de cul­ tura que se pautam unicamente atraves do elemento desenvolvimento recnologico. Cria-se imediatamente o estigma de que a Lingua Patria e lingua de emigrante, surge a vergonha, para os mais novos, de falar-se idioma que nao 0 COrrente, com tanto maior profundidade quanto mais diferente for a estrutura de ensino da lingua de origem. Por outro !ado, a falta de conhe­ cimento do que e a realidade cultural por­ tuguesa por parte daqueles que num futuro muito breve se dividirao entre portugueses c luso-descendentes, se provoca urn divorcio da origem, causa tambem uma profunda e grave repa ra~ao entre as duas gera9oes da familia que vivendo juntas, pertencem a mundos diferentes, em que nem a lingua­ gem e comum. Niio e infelizmente raro que pais e filhos se entendam por gestos. Face a tal quadro, que olio e fantasioso ou dema­ siadamente pessimista, urge desbloquear e eliminar o referido estigma de que o Por­ tuguese lingua de emigrante, transformando o idioma natal como instrumento privile­ giado de acesso a cultura portuguesa. Efectivamente, a alfabetiza~o dos pais eo ensino da lingua aos fi lhos sao os pontos Uma imagem da actuariio da Tuna de Bisalhiies na Casa de Mateus de partida fu ndamentais ao conhecimento cultural, a manuten<;:ao da cultura, a sua recria<;:iio, enfim, a sua difusao. Mas havera de formar apatridas, ou estrangeiros que AC<;OES COMPLEMENTARES de notar-se que constituiria enorme erro, permanecem estrangeiros nas sociedades de pretender que os emigrantes, nomeadamente acolhimento, ou se tornam estrangeicos no Sem a compreensao total dos problemas a sua segunda gera~o. se enquistassem seu proprio pais de origem. pela generalidade do nosso Povo. scm a na sua linguagem patria e cultura de origem, De resto - prosseguiu Joao Lima - nao complementaridade das ac<;:oes desencadea· absolutamente a margem da cultura e lingua ha que temer a integra~o dos portugueses das por grupos, associa<;:oes ou institui~Oes locais. emigrantes nas socicdades onde se radica­ que se empenham tambCm na promo~o ram. Verifica-se facilmcnte que quanto mais constante e a todos os nivcis do homem velha e integrada e a comunidade, quanto portugues, as fun9oes do Estado correm o A INTEGRA<;AO NAS mais evoluida e sob os pontos de vista risco de abstractizar c de se esgotarem no SOCIEOAOES DE ACOLHIMENTO social e econ6mico, mais sao as suas ini­ emaranhado dos problemas, das dificul· ciativas que fazem apelo as raizes culturais. dades e das insuficiencias. Sem a recepti,·i· Se por urn lado tal refore

politica cultural comum que se compreende emigravam). E evidente que se sentiu scm­ Mundo mais aberto a emigrac;ao portu­ 21 e se deseja, teremos politica mas niio tere­ pre em qualquer portugues urn certo fen6- guesa. Agora, e preciso- disse tambem ­ mos destinatarios ou executores para tal meno de desenraizamento; e evidente que ver o Brasil como urn todo, autonomo e politica. Creio todavia que temos tudo, se sofreu muito com a emigrayao durante independente, que tern tambem os seus principal mente a vontade e a decisiio. Havera decadas, ou mesmo seculos, mas creio que pr6prios problemas, os quais niio podem que coordenar os esfor<;:os, harmonizar as o balan<;:o que se pode fazer da emigra<;:iio ser agravados por essa emigrac;ao. 0 Brasil acyoes e olharmos para o futuro como e que ela abre o mundo, que ela permitiu e urn pais de 120 milhoes de habitantes, fizeram no passado os nossos compatriotas.» aos portugueses conhecer outros povos, e cresce cerca de tres milhoes por ano, e que Ex-ministro da Agricultura e Pescas e que nao e hoje urn fen6meno necessaria­ recebe, atraves da equivalencia de nacio­ actualmente deputado a Assembleia da mente negativo para a cultura portuguesa». nalidade que nos temos hoje, emigrayiio Republica, Antonio Barreto falou especial­ Depois de sublinhar a importancia de portuguesa como nenhum outro pais. Quer mente na sua qualidade de antigo emigrante. uma discussao sobre o tema do apoio cul­ isto dizer que a imigrac;iio tambem e para Sublinhando que tal situa<;:iio se verificou tural aos emigrantes na perspectiva da nos urn problema, pois nao podemos criar em circunstancias algo diferentes da gene- futura integrac;iio europeia, Antonio Bar- situayoes de concorrencia indiscriminada de mao-de-obra niio qualificada. Fora disso - concluiu - qualquer tipo de emigrayao e bern vinda, e desejada e desejavel no Brasil».

A IMPORTANCIA DOS MEIOS DE COMUNICAc;AO SOCIAL

Convidado a pronunciar-se sobre os pro­ jectos da Secretaria de Estado da Cultura no sector de emigra.yao, o titular desta pasta, Antonio Reis, come.yaria por enu­ merar alguns obstaculos que ainda se colo­ cam a uma acyao eficaz nesse campo, apontando, designadamente, a importancia dos meios de comunicayiiO social, e o facto de o organismo pelo qual e responsavel, nao ter «uma palavra a dizer em materia de programayao cultural dos 6rgiios de comunicac;ao social». Antonio Reis prosseguiria a sua inter­ venc;ao referindo-se a varios temas de ordem cultural, quer em Portugal quer nas nossas comunidades portuguesas no estrangeiro, particularmente a preserva.yao do patrimo­ nio cultural chamado de 1.• grau, ou seja, danc;as e cantares tradicionais, monumentos historicos da sua terra natal, etc., patrimo­ nio esse que em muitos casos esta em vias de extin~a<5 . Disse, a prop6sito, que «ha uma politica muito importante a desen­ Banda de Mateus volver junto da emigrac;iio no sentido de sensibilizar o nosso emigrante para a sua ralidade, niio deixou porem de referir o rcto acentuou que uma acc;iio cultural auten­ colabf:ac;iio, tambem em Portugal, da pre­ tom melodramatico em que se fala na tica deve «levar e trazer, deve levar ao serva~o desse patrimonio». Nao deixou emigrac;iio portuguesa, acentuando: «Eu vi que partiu 0 que ca ficou, mas tambem de aceqtuar, por outro !ado, a importancia portugueses a viverem Ia fora, e devo con­ deve trazer o que de novo se cria no con­ da ac<;:lio dos professores portugueses no fessar que sentia na maior parte deles a lguma tacto com os outros povos». estrangeiro, e que as maiores preocupa.yoes felicidade. Tinham-se-lhe rasgado horizon­ Falou em seguida o consul do Brasil dos emigrantes sao referentes a esse sector. tes, tinham contactado homens e mulheres no Porto, ministro Afonso Arimos, o qual Jolio Gomes, secretario de estado da de todas as nacionalidades, o que para comec;ou por acentuar que «do ponto de Comunica<;:1io Social, teceu, por sua vez, eles era uma aventura, uma riqueza que vista brasileiro, nos somos, com honra, algumas considera9oes sobre a defini<;:lio lhes estimulava a imaginayao. Viviam me­ filhos da cultura portuguesa, mas, claro, de cultura, apontando a necessidade de lhor, podiam dar educac;ao aos filhos - o que filhos maiores», afirmando depois que «o se estabelecer urn dialogo vivo com as me parece ser das primeiras e principais Brasil niio tern qualquer condicionamento, comunidades portuguesas nesse sentido, e preocupa.yoes dos emigrantes (e muitos deles qualquer dificuldade nas rela.yoes com Por­ do qual resultasse precisamente a elabo­ eu conheci que era essa a razao por que tugal, e niio ha qualquer outro pais no rac;iio de uma estrategia concreta, a partir Emigrariio e Apoio Culwral discutidos ern Tras-os-Montes

22

As perso11alidades con vitfatfas para presitfir a reuniuo

do que se poderia entiio actuar mais efi­ o que exige, a6rmou, «reestrutura~ao nos importancia da iniciativa, patrocinada pela cazmente. servi~os e actualiza~o de meios que ate Funda~iio da Casa Mateus, congratulando-se Seguiu-se depois amplo debate com as agora nao tern sido aproveitados». Adiantou pela «forma viva como ela foi aproveitada. personalidades presentes - alias, pessoas de ainda que o 2.• canal da RTP vai ser com­ para uma vez mais os portugueses lutarem todas as condi~aes sociais, como era bern pletamente remodelado, constituindo-se, in­ pela satisfa~iio das suas necessidades e visivel. Foi contudo de elementos do Epis­ clusive, em canal aut6nomo a estender-se aspira~i>es». copado local que partiram interven~i>es mais a todo o Pais, e que a ANOP criara dele­ A noite, o saliio nobre da Casa Mateus significativas e documentadas, cujos temas gae(Oes em todas as capitais de distrito, foi palco para uma excelente exibi,.ao dos foram depois desenvolvidos, quer por outras onde serao tambem instalados centros de Pauliteiros de Miranda, que como e babi· individualidades locais, quer pelos membros comunica~o equipados para liga~oes aos tual proporcionaram a todos os preseotes que compunham a mesa. grandes 6rgaos de comunica~o social. urn espectAculo onde o ritmo, a cor e a Na qualidade de presidente da 'Comissao simplicidade se impuseram, contagiando para as Comemora~oes do Dia das Comu­ todos. Demonstra~iio plena de que nao se 0 DESENVOLVIMENTO REG IONAL nidades, encerrou o debate o conselheiro extinguem facilmente - quando auteoti· E AS REMESSAS DOS EMIGRANTES da Revolu~ao major Vitor Alves, que apro­ cas - as raizes tradicionais da cultura Muito embora o tema do Encontro tivesse veitou a oportunidade para sublinhar a popular portuguesa. urn limbito especifico, algumas interven~es acabaram por atingir problemas locais, espe­ cialmente de ordem econ6mica, e directa­ mente relacionadas com o desenvolvimento da regiao - tema alias intimamente ligado as remessas dos emigrantes, e que viria ser, ainda que indirectamente, alvo de animado debate durante o encontro. Sintetizando as questoes abordadas, o secretArio de Estado da Emigra~o, res­ pondeu no final aos principais problemas discutidos no Encontro, reafirmando as intentri5es do Governo no sentido de melborar as condi~aes de vida e trabalho dos portu­ gueses no estrangeiro. Ainda a prop6sito da aplica~o das remes­ sas, Joao Lima anunciou que esta em cons­ titui~o uma cooperativa de habita~o reser­ vada exclusivamente a emigrantes, e cujo capital estajA praticamente realizado, apesar de ainda niio estar legalizada a escritura da cooperativa. Tambem Joiio Gomes, secreta rio de Estado da Comunica~ilo Social, fez o «ponto da situa~ao» sobre a actividade do seu sector quanto a informa~iio para OS emigrantes, Pormenor do jardim da Casa de Mateus XII ENCONTRO NACIONAL DOS SECRETARIOS DIOCESANOS DAS MIGRACOES ETURISMO

Amecedendo o co/Oquio reali:ado na Casa grantes laborando em paises europeus, con­ EM IGRANTES DE VILA REAL (Distrito) 23 dt .\foteus. decorreu tambem em Vila Real, cluiu-se da urgencia duma atcn<;iio das comu­ E TOTAL DO PAIS, DE 1959 A 1975 IUI.I instolaroe.~ do Lar Acadhnico. u <

Uma sesstio de traba/ho do <

EMIG RANTES DE VILA REAL (POR CO NCELHOS E PA1S ES DE DES TINO) DE 1960 A 1969 (Elementos referidos no «XII Encontro dos Secretarios Diocesanos das M lgra\!iies e Turismo»)

AM £ RI CA AM£RICA AFRIC A llURO PA DO NORTE DO SUL ::: < z .<:.. ~ ~ ;;:; CONCELHOS ... < " c ~ 0 0 < TOTAL ·;;; :1 It !:;"g ~~ B ~ ::) 2 ~ " !! < .. c e~ u ; ·; c ; ·; l! :l e " c ; ·; "' ~.g . oc. c ~: cE ..: ::;, o c. 0 O "" u u.i "' >" <" Alij6 ...... 16 - 27 - 310 - - - 87 455 4 - 899 Boticas ...... 4 - 103 473 - 424 - - 25 749 5 7 - I 790 Chaves ...... 24 I 68 1380 - 1184 - 64 - 186 2 770 4 12 2 5 695 Mes:lo Frio ... I 2 - 268 -- - 8 62 I 2 - 344 Mondim Basto 3 3 3 121 - 2 - 14 164 - - - 310 Montalegre ...... 6 2 43 11 68 - 535 4 16 - 448 I 370 8 42 - 3 642 Mur<;a ... 8 4 I - 269 -- - 120 2 11 - - 613 Peso Regua .. . 3 8 - 172 6 I - 38 336 3 12 4 583 Rib. Pena ...... - 2 10 84 - 80 I - - 78 I 0 10 7 - I 272 Sabrosa ...... - 9 - 204 I - - 21 476 5 2 - 718 Santa Marta ... - - 7 23 - 222 3 - - 31 198 I 2 - 487 Val pa~os ...... II - 102 158 - 546 - 3 - 103 I 510 3 14 - 2 450 Vila Pouca ...... I - 46 344 - 412 - I - 404 573 I 90 - I 872 Vila Real ...... 4 I 39 149 - 1115 -- - 368 2 004 4 13 6 3 703 - - 1--- TOTAL ...... 77 6 426 3829 3 5862 15 87 1931 II 888 35 207 12 24 378 24

0 DISTRITO UMA LUTA DESIGUAL

Apesar de todos os reveses Contudo, e apesar de desigual, sofridos ao Iongo da sua historia, a !uta travada pelo seu povo Vila Real continua a ser um contra estes condicionalismos, distrito laborioso e digno, com faz com que se mantenha vivo um papel muito importante no o desejo de progresso e de ele· conjunto da vida social e econ6- va~iio do distrito a urn estadio mica do Pais. de desenvolvimento mais de Do ano da fome (1578}, em acordo quer com as suas poten· que um plio chegou a valer 520 cialidades e aspira~oes , quer com reis, ate a grande recessiio (no as necessidades econ6micas glo· periodo da ultima guerra) pro­ bais do Pais. vocada especialmente pelo desmo­ Com uma popula~ao de cerca ronamento do seu sistema econ6- de 270 000 habitantes, dispersa mico, com origem na procura por uma superficie de 4 273,20 desenfreada do volfriimio, a regifio km2, o distrito de Vila Real manteve atraves dos .wiculos a forma a parte ocidental de Tras­ sua identidade social muito pro­ ·Os-Montes e Alto Douro. A re· pria, ao mesmo tempo que regis­ giao e muito acidentada, e pra­ lava um desenvolvimento econ6- ticamente isolada da influencia mico bastante Iento. maritima por uma muralba de serras (Cabreira, Coroa, Alturas do Barroso, Mairos, Marao, Pa­ As altas montanhas e as con­ drela e Palho~) - Urn Verno sequentes dificuldades de acesso, ardente e urn Inverno rigoroso, tern constituido como que urn oferecem ao homem condi~es obsuiculo aos factoses essenciais bern duras de subsistencia, so­ para a desejada evolu~ao. Por mente atenuadas pela beleza da seu turno, a emigra~ao tern repre­ paisagem rural e pela preserva­ sentado urn fiagelo constante, ~ao das tradi<;oes populares. apeoas compeosado com o envio das remessas, com alguns refie­ AS ACTIVIDADES xos positivos na economia local, ECONOMICAS desigoadamente no sector da habita~o. A cidade e o concelho de Depois de Bragan~ e Viseu, Vila Real nao fogem muito as Vila Real tern a terceira maior caracteristicas gerais do distrito. percentagem (de 51 a 60 %) de A actividade agricola produz emigra~o relativamente ao seu em especial cereais, frutas, vi­ excedente de vidas, no periodo nhos, azeite, batata, linho e cas­ compreendido entre 1891 e 1960. tanha. Na sua area estao tam· Se considerarmos o grande au­ bern registadas varias minas de mento do fiuxo migrat6rio para volframio, estanho, cbumbo e a Europa a partir de 1965, vemos ferro, sector praticamente esque- . que 0 distrito foi (e e ainda, cido em termos de industriali­ naturalmente) dos rna is afectados za~o. Defende-se economica­ por este fen6meno da vida por­ meote com o seu comercio e tuguesa. pequena industria, e por ser As consequencias negativas centro de cruzamento de estradas deste coojunto de factores, estao com movimento obrigat6rio do bern pateotes, alias, na taxa de norte do distrito, de Bragan~ mortalidade infantil (64,97, a e da rica regiao do Douro. Antes mais alta do pais), e nos valores do autom6vel e do caminho-de· quase estaticos da sua densi­ -ferro era o principal centro dade populacional (oumero de abastecedor destas regioes. habitantes por kro2): 52 em 1864, 0 Mariio, <

Esrariio dos Cammlros ill' Ft>rro. i11augurada pt'IO rl'i JJ. Carlos I em 1907

1

::

0 ediftcio do Govemo Cil>il. situado mmw 26

A e••oluriio de Vila Real esttl p(l(ellle no co11jw11o de fotos da esquertla ldt cima para buixo). Da casu tipica nos no•·os blocos habitacionais. a fisionomia cia regiiio altera-se, 1111111 quadro imuttl•·el de bele:as tWillrais. A direita, tris outros aspectos dtt «puisagmr» transmoiiiDntl: a propriedade rural. os borroJ de Bi:alhiies e a mtbistritl til' e:rtracrtio de minerio. 27

Dois aspectos do centro tfa citlatfe ( A •e11itfa Carvalho Ara

lgreju de S. Domingos ( S~ Cat~dra/). COIIStruida em 1427

Coso de Diogo Ciio. assim elrama do por. de arortlo com a tradifiio. 11ela rer Ctimara Mrmicipal (antigo Hospital da Misericordia) IIUSCido 0 celebre 1/{llltgador de mercadores. Hoje reduzida porque o proprio rei a arvorou a uma feira de diverltmentos a em capital de Pan6ias. que dao o nome de Fcstas da Po rem - e como diz o mesmo Cidade, foi outrora notavel a autor - a razao deve ser outra, Feira Anual de Santo Ant6nio, pois ja antes de D. Diniz se nos meados de Junho, que du­ acha para o local a designac;:3o rava oito dias, e era especial­ de Vila Real, atraves da exis­ mente dedicada a exposic;;ao de tencia de urn «reguengo» ou gado e artefactos. «vila» da Coroa, e ja no proprio foral de D. Afonso Ill se encon­ tra a designac;;iio de Real. ORIGENS DE VILA REA L

As suas origens residem em VESTIGIOS ROMANOS 29 Panoyas, antiga circunscric;;iio ro­ mana da Lusillinia (incorporada Deixaram os romanos nume­ depois na Galiza e mais tarde rosos vestigios nesta regiao. sendo no Condado portucalense) tendo o mais notavel o Sanruario de cbegado a chamar-se precisa­ Pan6ias, formado por urn con­ Esratl/(1 de Ctlfl'(l/lro Armijo mente Vila Real de Pan6ias. junto de templos dedicados a Segundo Correia de Azevedo, deusa Serllpis e a todas as divin­ vive arreigada na tradic;;ao dos dades do Mal. Segundo Leite outros monumentos romanos, nao escapa as analises simplistas naturais da cidade, que a etimo­ de Vasconcelos, o templo era como sejam os restos dos antigos dos h istoriadores de ocasiao. logia de Vila Real tern a seguinte urn serapeum onde ao lado da Castros de S. Bento do Castelo, Na base de tudo, apenas o explicac;;llo: quando os procura­ principal divindade, Serdpis, se na Freguesia de S. Tome do desconhecimento de factos que dores do povo da an tiga Pan6ias adoravam todas as outras, como Castelo, eo deS. Paio, no Santo embora nao cheguem para des­ enviados as cortes em I 283 (que se deduz das inscric;;oes ainda Cabec;;o, junto a povoac;;ilo de mentir que se trata de gente se acbavam a funcionar na visiveis. Ai os crentes cumpriam Ponte da Freguesia de Mouc;;6s. com arreigadas convicc;;oes reli­ Guarda) pediram a D. Diniz, os seus votos, construindo monu­ Estes Castros guardavam a via giosas, as quais nao se deram como jll haviam pedido a seu mentos que supunbam eternos, comercial de Braga a Astorga, 0 necessario desenvolvimento e pai, D. Afonso III, que desse sacrificando vitimas animais ou que dos !ados de Murc;;a seguia actualiza). A tcrminar, o ministro da e Cultura, do Plancamento e Civil, para realiza~o dos indis­ lago, coronel Lino Miguel. Republica afirmou que «estamos Financ;as e do Trabalho. A Secre­ pensaveis estudos. «Hi• no entanto», prosseguiu, no caminho certo da regionali­ ta ria Regional da Agricultura e «urn Iongo caminho a percorrer za~o c sabemos que os orgiios Pescas, sem titular desde o fale­ no sentido da sua concretizat;:ao regionais serao capazes de criar cimento de Manuel Alegria, foi efectiva». «A regionalizac;ao. estruturas administrativas vigo­ ocupada porGaudencio Figueira, parte integrante da autonomia, rosas e siis>>. e a nova Secreta ria da Economia. Primeiro Festival nao consiste apenas como pode 0 novo Governo Regional da foi preenchida por Crisostomo Folcl6rico das parecer, numa mera transferen­ Madeira, cmpossado no Palacio Aguiar. A Secretaria do Equi­ llhas Atlanticas cia de servic;os perifericos, mas de S. Lourenc;o, tern como pre- pamento Social tern como titular Organizado pelo INATEL , de· correra na Madeira enos Ayores, em data a anunciar, o primeiro «Festival Folclorico das Ilhas AtlanticaS>>, anunciou Antonio Oliveira Freitas, responsflvel rna· deirense pclo departamento cui· tural daquele organismo. Oliveira Freitasadiantouainda que, para alcm de torneios des· portivos e iniciativas diversas, aquele departamento do INA· TEL pen sa levar a efeito a divul· ga.;ao de diversos filmes portu· gueses e de Cbarlie Chaplin, assim como uma digressiio pelos meios rurais de uma pcc;a de teatro montada e encenada pelo 1nnwdo de posse do 110•0 Govemo Regional da Madt•iw: «Estamos no cami11ho certo da regionalizatiio>>. afirmou o «Grupo 20 de Maio)). ror()lwl Lli10 Miguel (ao cemro)

cia e. na sua plenitude, a trans­ sidente Alberto Joiio Jardim, Ornelas Camacho, urn dos vice­ Assistencia infantil fercncia de compctencias do Go­ de 35 a nos, licenciado em Direito ·presidentes da Comissao Poli­ verno da Republica para o Go­ pela Faculdade de Direito da tica Regional do PSD. Das 19 285 criancas de idade> verno Regional», frisou o minis­ Universidade de Coimbra e entre os 2 e os 5 aoos que vi1·em tro da Republica. Lino Miguel actual director do «Jornal da no arquipelago da Madeira, ape· nas 1737 frequentam jardins de Aeroporto de Santa Catarina iotancia, e das 20 mil entre os tres mescs e os dois anos de 0 Governo Regional da Ma- idade, s6 163 sao assistidas em deira concedeu plenos poderes creches. A falta de resposta nes· ao secretflrio regional do Equi­ tes dois sectores dever-se-a a pamento Social, Ornelas Cama­ inexistencia de iostala.;Oes e ca· cho. para acompanhar o estudo rencia de pcssoal espccializado. que esta a ser feito sobre o Segundo dados foroecidos pela Aeroporto de Santa Catarina e Secreta ria Regional dos Assunto. apreciar as soluc;oes alternativas Sociais e Saude, preve-se, ainda que vierem a ser propostas pelos para estc ano, a abertura, no tccnieos. Iugar dos Louros, de urn jardim Esse estudo, que importara de intancia e a instalacao de em 31 000 cootos e estfl a cargo urn centro polivalente em Santo de uma empresa luso-brasileira. Amaro. e onentado pclo eng.• Edgar No que se refere a constru¢es, Cardoso. 0 seu objectivo e o vao prosseguir os trabalhos, em de analisar as condic;ocs actual­ Macbico, de uma unidade que mente existentes no Acroporto podera receber 120 crian9as. No­ e recomendar solu cocs tccnicas vas edificacoes poderiio ser levan­ que permitam melhorar a sua tadas na Ribeira Brava, onde operacionalidade, nomeada- estfl tambCm projectado o fun· mente at raves do prolongamento ciooamento de urn jardim de da pista. Vista aereo do aeroporto de Santa Catarina. no Funchal intaocia. missa de acc;:ao de grac;as ao fosse milagre. Assim, passou a Espirito Santo por haver ces­ ser considerada miraculosa a sado uma epidemia, cujos efeitos passagem da pomba pelo Iugar, ACORES devastadores ceifavam vinte vi­ como, naturalmente, simbolo do das por dia. Nessa altura, urna Espirito Santo. A nobreza seis­ Plano de investimentos pomba entrou pelo templo, indo centista residente em S. Miguel pousar inicialmente no pulpito instituiu a «Festa da Pombinha», No Plano de lnvestimentos 19 300; Pico, 30 200; Corvo, e depois sobre o friso de uma e e assim que esta singular festi­ da Regiao para 1978, o sector 1700 contos. capela. Obra do acaso ou mila­ vidade religiosa vai agora no da energia figura com 336 800 Quanto ao programa geoter­ gre? Quis a crcn~ popular que scu quarto seculo de efectivac;iio. contos, sendo 161 mil e 800 mico, 129 mil contos destinam­ contos para electrificac;:1io e 175 -se a contin ua<(iiO do programa mil contos para o programa geo­ em S. Miguel, 40 mil na Terceira termico. e 6 mil no projecto FaialjPico. Sao ainda destinados 5200 con­ Radio Clube de Angra 33 0 programa de electrificat;ao, tos as Juntas de Freguesia da 31 a nos de em issoes _ por ilhas, tem a seguinte distri­ Regiao, para aquisic;iio de maqui­ bu ic;iio: Santa Maria, 6100 con­ naria e equipamento, cabendo A esta~ao ac;oriana Radio da Terceira», foi felicitado pelo tos; S. M iguel, 57 mil; Terceira, a cada Junta a import

COMERCIALIZACAO E DISTRIBUI GAO

Por outro lado, o programa e 6000 contos para outros arma­ de desenvolvimento da comer­ zens. cializat;ao e distribuic;ao, a rea­ 0 programa de construc;iio de lizar no ambito do Plano de matadouros engloba a verba de Investimentos da Regiao para 29 000 contos, sendo 22 000 con­ 1978, envolve o montante de los para matadouros em Santa 41 700 contos distribuidos pelos Maria, Terceira, S. Jorge, Gra­ seguin tes empreend imen tos: ciosa e Flores, e 7000 contos construc;:ao de um armazem poli­ para ampliac;ao do matadouro de Ponta Delgada. valente em S. Miguel, II 910 Ponto De/gada: lgreja de S. Jose contos; construc;iio de armazens A verba de 6200 contos, des­ polivalentes de frio em Terceira, tinada ao programa de investi­ S. Jorge, Faial, Graciosa e Santa gac;iio cientifica, sera aplicada Maria, 6590 contos; 10 200 con­ na carta vulcanol6gica deS. Mi­ tos para postos de venda e equi­ guel, estudo dos recursos natu­ Efemeride pamento de apoio; 7000 contos rais da Terceira, estudos petro­ graficos, equipamento de infra­ para armazens polivalentes de Em 1895 foi publicado o pri­ enviado aos deputados pelo cir­ -vermelhos e de magnetica nu­ apoio aos postos de venda e meiro estatuto da autonomia culo de Ponta Dclgada - dr. Di­ respectivo parque de viaturas: clear. insular. Agora, oitenta e sete n is Moreira da Mota, dr. Ma­ anos mais tarde, a efemeride riano Machado Faria e Maia e Festa reI ig iosa foi registada com relevo nos Francisco de Almeida de Brito­ jornais ac;orianos. 0 projecto que o apresentaram na sessao Voltou a celebrar-se na lgreja que tevea sua origem na segunda­ foi elaborado por uma comissao parlamentar de 13 de Junho Matriz de Ponta Delgada, a -feira de Pascoela, em 1673. de Autonomia constituida para de 1893. tradicional «Festa da Pomba», Nessa remota data, cantava-se o efeito, sendo posteriormente

UNIAO INTERPARLAMENTAR

REUNIU 35 EM LISBOA

Cerimonia inaugural dtt Rruniclo tla Primtll'era t/11 Unicio flrt erpar/amemar. na Assembleill da Reptib/ica: da esquerda para a dlreira: Luigi Couafa••i, represe111a111e do recrerario-grral tla ONU. Mario Soares, Mahmoud Ziai. presideme da UIP, general Ramalha Eanes, Vasco da Gama Fernandes, Pio Carlo Terenzio, secrmirio-gaal cia VIP e Rodolfo Cre.rpo, cltefe da delegafliO porwguesa a esta reuniiio.

Decorreu em Lisboa a Reuniiio da Prima­ A Assembleia da Republica aderiu a vera da Uniiio lnterparlamentar ( VIP) , na UIP em Junho do ano passado, tendo qual participaram cerca de 450 deputados sido sugerido em S6fia (Bulgaria), durante representando 75 parlamentos de palses de a reuniao de Outono da organiza~o, que todo o mundo. Como estamto de observadores a primeira das duas reunioes anuais de 1978 estiveram presentes as sessoes - que se rea­ - a chamada Reuniao da Primavera - se lizaram na Funda~iio Gulbenkian - de/egados realizasse em Lisboa, proposta que foi de varios organismos internacionais, tais como unanimamente aceite pelos representantes as Na~oes Unidas, Banco Mundial, Consellro portugueses. da Er1ropa e Uniiio lnterparlamentar Arabe. Esta 122.• reuniao da Unilio Interparla­ mentar foi oficialmente inaugurada pelo Presidente da Republica, general Ramalho Eanes, que, no discurso enti!o pronunciado, A UIP ea (mica organiza~o internacional salientaria o significado de tal reunilio, que agrupa representantes de parlamentos considerando que a sua realiza~o em Lisboa de todo o mundo, e tern como objectivo constituia «o prolongamento natural da essencial o de fomentar a colabora~o entre nossa adesiio aos principios que orientam os Estados para a consolida~o e desen­ a Uniao Jnterparlamentar, em que nos volvimento das instirui~oes representativas integramos por decislio da Assembleia da e para o estabelecimento da paz e da coope­ Republica e por coerencia com os valores ra~o entre os povos, segundo os principios politicos, nacionais e internacionais, que enunciados na Carta das Na~oes Unidas. defendemos». Uniiio lnterpar/amentar reuniu em Lisboa

36 Depois de referir que «a defesa da repre- sentac;ao livre e directa dos povos encontra uma das suas formas mais perfeitas na concep<;iio parlamentam, o Presidente Eanes defendeu os principios do parlamentarismo, o qual, afirmou, «permite assegurar que, de todas as regioes, de todos os grupos e classes sociais, de todas as formac;oes parti­ darias, saiam os represcntantes legitimos e capazes de expressar c defender os respec­ tivos interesses, atraves de correcta funda­ mentac;iio politica e adequada tradu<;iio tecnica». Mais adiantc, Ramalho Eanes realyou dois dos temas que iriam ser debatidos pelos participantcs nesta rcuniao da UJP : «a seguranc;a internacional, designadamente o dcsarmamento, e os actos de violencia, em particular o terrorismo politico». 0 Chefe do Estado diria, a prop6sito, que tais temas niio constituam «qucstoes separadas», dado nao se poderem desligar «da cons­ tru<;iio de uma nova ordem econ6mica intcrnac•onal, que assegure a todos os paises uma maior igualdadc de oportunidades, nem de urn serio empenho na defesa das liberdades e dos direitos do homem». «A urgente necessidade de por termo a corrida aos armamentos justifica o apoio dos parlamentos aos esforc;os nesse sentido descnvolvidos na esfera intcrnacional e espe­ cialmente sob a egide das Nac;oes Unidas», prosseguiu Ramalho Eanes. (

votados em plenario na ultima sessao de 37 trabalhos, referiram-se princtpalmente a con­ dena9ao do tcrrorismo intcrnacional - com rcssalva para as ctividades de alguns movi­ mcntos de liberta9iio nacional, cuja luta e accite pela Carta das Na9oes Unidas - , ao desarmamento reciproco e gradual dos dois grandes blocos militares (sovietico e norte-americano), com vista a urn desanu­ viamento a nivel mundial, ao combate ao colonialismo e <es tuado que, ao Iongo dos dezassete anos de Reconhecendo as dificuldades econ6micas com as autoridades portuguesas no Secre­ participac;ao de Portugal na E.F.T.A., o surgidas em Portugal ap6s o 25 de Abnl tariado para a Coopera~o Econ6mica e nosso Pais recebeu daquela Associa~o im­ de 1974, a E.F.T .A. concordou em pro­ Tecnica Externa e se avistou com os minis­ portantes beneficios de natureza econ6- longar o periodo de «dcsarmamento adua· tros das Finan9lls e do Plano, da Industria mica. Frisou, em especial, que as expor­ neiro e tarifario» que deveria estar con· e Tecnologia, do Comi:rcio c Turismo e dos tac;ocs portuguesas para os outros paises cluido este ano, recordou Charles Muller, Neg6cios Estrangeiros e, ainda, com o da E.F.T.A. tern crescido ao ritmo de que se referiu tambi:m a ajuda financeinl governador do Banco de Portugal, disse 19,3 por cento ao ano, ao passo que as de 100 milhoes de d6lares - denominada <

Simbolo da Associa~iio Europeio de Comercio U1u ( EFTA) empresas industrials portuguesas e cujo montante se encootra jfl totalmente utili­ zado, estando em estudo o eventual alar­ gamento daquela soma bern como novas concessoes no dominio dos produtos agri· colas.

PORTUGAL E 0 ACORDO ENTRE A ESPANHA E A E.F.T.A.

No que respeita ao acordo preferencial l'ltor Constoncio com Char/,•j Jlullt!r que a Espanha poder:i vir a coocluir com os tres referidos», e o futuro da Associa~ao CONTROLAR AS IMPORTA(:0FS 39 Europeia do Comercio Livre, dado que «todos os paises membros sao de opiniao Durante este encontro com os jornalistas, que as duas organiza~oes podem coexistir que decorreu no Ministerio dos Neg6cios paralelamente e por isso ba razoes para Estrangeiros e foi presidido pelo ministro crer que ambas continuarao a existir oum Sa Machado, usou tambem da palavra o largo futuro». titular da pasta do Comercio e Turismo, 0 secretario-geral da EFTA recordou Basilio Horta, que foi categ6rico em afir­ que este assunto foi ja abordado durante mar que, contrariamente ao que chegou a reuniao do Conselho Ministerial da Asso­ a ser noticiado, Portugal nao ira aplicar cia~ao, em Viena, no ano passado, tendo quaisquer novas medidas restritivas as im­ entao sido reconhecido que, enquanto a porta~oes provenientesdos paises da E. F.T.A. C.E.E. visa atingir uma coopera~iio politico­ 0 ministro acrescentou, porem, que o nosso -econ6mica a diversos niveis, a E.F.T.A. Pais, com plena ap rova~o dos restantes prossegue os objectivos enunciados desde membros da Associa~o, se reserva obvia­ a sua funda~ao: desenvolver uma estreita mente o direito de exercer urn adequado coopera~o econ6mica com beneficios mu­ controlo sobre as importa~es, na medida tuos para todos os seus participantes e asso­ em que estas tern influencia determinante ciados, mas guardando a mais estrita neu­ na nossa balan~ de pagamentos, cujo tralidade em materia politica. Por isso defice e imperioso reduzir. Contudo, escla­ mesmo, os paises membros da E.F.T.A. receu Basilio Horta, tais medidas terao urn sao livres de aderir ou negociar acordos caracter puramente interno e de forma de coopera~o ou associa~ao com quaisquer alguma discriminat6rio contra qualquer pais outras organiza~oes congeneres. da E.F.T.A. ou da C.E.E. a E.F.T.A., e suas repercussoes para o nosso Pais, Charles Muller declarou que, caso venha a concretizar-se a coopera~ao da Espanha com a E.F.T.A., Portugal tera naturalmente de encarar a hip6tese de fazer «determinadas concessoes a Espanha», na medida em que, sendo semelhantes as pro­ du~oes dos dois paises ibericos, uma situa­ ~o concorrencial entre ambos niio seria aconselhavel. 0 secretario-geral da E.F.T.A. acrescentaria, a prop6sito: «Portugal podera fazer concessoes em rela~ao a Espanha, na medida em que Portugal e urn membro fundador da E.F.T.A., enquanto a Espanha apenas se tomara sua associada na base de urn acordo preferencial. Poder-se-a encontrar urn equi­ librio justo, visto que e importante para Portugal estreitar uma colabora~o econ6- mica com a Espanha, que tern urn comercio muito mais avan~do.»

COEXISTtNCIA DA E.F.T.A. E DA C.E.E.

lnterrogado sobre a hip6tese de a sobre­ vivencia da E.F.T.A. poder vir a ser com­ prometida, face aos pedidos de adesao a C.E.E. formulados por Portugal, Espanha e Grecia -com a consequente expansiio da Comunidade para a Europa meridional e medit.erranica - , Charles Muller mos­ trou-se convicto de que

Quero dizer que Portugal, o pnmc iro 41 agora realizadas e constitui o projecto volvam com urn maior vigor do que ate 40 A possibilidade de uma inrensificafiio d ~ Pais que reconheceu a nossa independcncm, I . . p {IJ de urn acordo comercial e de cooperac;iio ao presente>>. rocas comerC/OIS entre orwgal e a Argenr ·114 conta com o beneplacuo e o earinho da~ foi real~ada pelo secretario de Esta(/{) ~ ec;onomiea e u!cniea entre Portugal e a autoridades argentinas, no prossegu1mento N . egucros~ £ srrangetros. e da Emigrariio Jo·~ Argentina, o secretario de Estado dos Neg6- do caminho iniciado h:i cento e cinqucnta L. Y • ao cios Estrangeiros e da Emigra9lio, Joao «UM ACORDO P ERFEITO>> . 1ma, na cerimonia de assinatura de urn pro- a nos>>. Lima, formulou votos de que se venha a }ecro de acordo comercial e de coopera~iio verificar urn rapido incremento nas trocas Comentando os resultados desta sua estada econom~ca . e recnica preparado durante a comerciais e nas relac;5es culturais entre os em Lis boa, em declarat;oes ao jornal «A Ca­ permanenc1a em Lisboa de uma delega~iio pital>>, Alberto Grimoldi considerou que DIVERSIFICAR 0 argentina, chejiada pelo subsecreuirio de clois paise ~. tendo salientado que a Argen­ INTERCAMBIO C0:\1ERCIAL tina devera ter urn dos principais lugares se havia chegado «a urn acordo perfeito>> Estado do Comercio Exterior, Alberto Gri­ aa intensifica9iio do comercio com a Ame­ tendo manifestado, por outro !ado, as boas moldi. impressoes recolhidas durante as diversas Na citada entrcvista, Alberto Grimoldl rica Latina, onde Portugal tern uma pre­ salientaria ainda que tanto a Argentina sen~ tradicional. 0 secretario. de Estado visitas que efectuou - «o Laboratorio Na- D~ra~te a sua e~tada em Lisboa, a missao ec~n.om•~ argentina teve conversac;oes, no Mimsteno dos Neg6cios Estrangeiros, com 0 <~llboixador brutimco discurso apos 11 as.titratura do atordo referente a partie~par® da Grii-Bretatrha no grande emprn umo•. «Lorde>> .Hortm cumprimenta SibtJ Lopes. go•·ernador do Banco de Portugal uma delegac;ao portuguesa, presidida por Joao ~ima, e estabeleceu contactos sectoriais Foram ja aumados os acordos relatii'OS <> Moran sublinhou, ainda, que c?m vt~ta ao desenvolvimento da coopera­ li participa~(io do Grii-Bretanha, Austria e «o povo britiinico tern seguido com admi­ c;ao mutua nos sectores da pesca, da agri­ JaptiO 110 plano de auxifio muftifateraf a rac;ao o estabelecimento de instituic;oes de­ cultura e da pecuaria. balan~a de pagamentos portuguesa, vulgar­ mocratieas em Portugal>>, pais que, afir­ mente designado por «grande emprestimo ~ou, «ocupa urn Iugar efectivo muito espe­ POSSIBILIDADES intemacional». no moll/ante de 750 mil/roes crab> para a Gra-Bretanha. DE COOPERAc;:AO dr do/ares r cerca de 30 mil/roes de contos). o qual, recorde-se, foi decidido durante uma Segundo uma nota distribuida pelo MNE r<·tmillo em Paris. em Junho do ano passado. as delegat;oes tiveram uma troca de impres: IW qual estiveram representado.l· rodos os AS PARTICIPAC::OES soes sobre a evoluc;ao recente das economias p•tiH•s participanre1 11aquele plano de finan- DA AUSTRIA E DO JAPAO dos dois paises, o desenvolvimento das cwmento. Segundo o acordo assinado entre o Banco trocas comerciais e as possibilidades que de Portugal eo Banco Nacional da Austria se abrem a cooperac;iio econ6mica e tecnica A Gra-Bretanha concedeu ao nosso Pais o financiamento concedido por este ultim~ entre a Argentina e Portugal. Foi, igual­ urn cmprestimo de 20 milhiies de d6lares pais eleva-se a 10 milhoes de d61ares (apro­ mente, efectuada uma troea de informac;oes (ccrca de 800 mil contos), segundo urn XIm.adamente 400 mil contos), por urn sobre necessidades de importac;iio e possibi­ acordo assinado pclo embaixador britanico penodo de dez anos, com reembolso a lidades de abastecimento em carne e cereais. em Lisboa. «Jorde>> Moran. e pelo gover­ partir do termo do quinto ano, a taxa de Conforme se salienta na mesma nota. nador e vice-governador do Banco de Por­ 1,75 por cento. as conversac;oes decorreram «em ambiente tugal. Sth·a Lop~ c Rui Vilar, respectiva­ de grande cordialidade», tendo as duas Quanto ao Japao, a sua participac;iio no mente. delegat;oes << manifestado seu optimismo Durante a cerim6nia, depois de acentuar «grande emprestimo>> eleva-se a 75 milhoes de d61ares (cerea de 3 milhoes de contos). quanto as perspectivas futuras das relat;oes que os problemas da nossa balan93 de paga­ econ6micas entre os dois paises». 0 acordo r~spectivo foi assinado, em T6quio, mcntos B~nco de Portugal, e o presidente da insti­ Mbn1o Grtmoldi e Joiio Lima durante a cerimotria d~ ossitratura do proJl'Cio de acordo comercial etrlre Portugal e a Argentina tamento dos Ja-ros econ6micos entre Por­ competentes dos dois paises, com vista a tUr9iiO estatal bancaria, «The Export-Import como Portugal tern possibilidades de diver­ tugal e o Rcino Unido, que continua a ser sua assinatura num futuro proximo. cional de Engenharia Civil pareceu-me uma Bank of Japan», Satoshi Sumita. considerou, depois, o trabalho das duas sificar o interciimbio comercial para alcm «o primeiro mercado para as exportac;iies Durante a sua permanencia na capital maravilha>> , referindo que «todos os casos ~lega~oes como urn «uti! ponto de par­ dos produtos que tradicionalmente nele estao portuguesas. urn dos paises estrangeiros . Esta contribuic;iio do governo nip6nico portuguesa, o subsecretario de Estado do serviram para conhecer melhor Portugal, com mais investimentos em Portugal. urn e a terce1ra mais importante, no ambito tida» para uma efectiva intensificac;iio das envolvidos, acrescentando: Comercio Exterior da Argentina, acompa­ trocas, e pos em relevo a necessidade de para poder apreciar melhor o seu potencial do~ nossos pnncipais fomecedor~ de tecno­ do <>, a seguir a dos «Encontrei aqui alguns sectore~ mdus­ nhado pelo embaixador do seu pais em DOvos encontros entre tecnicos e produ­ e para tentar que, no futuro, existam rela­ logia e urn dos nossos mais activos parceiros Estados Unidos (que, como foi noticiado Lisboa, foi recebido pelos ministros do c;oes comerciais mais transcendentes do que triais relativamente bern desenvolvidos, de­ n~ anterior numero da Revista, e de 300 ~ tanto das empresas publieas como signadamente o sector das pescas, e bern no dominio das opera¢es bancarias e Comercio e Turismo e da Agricultura e as existentes ate hoje». :nvadas, para se proceder a inventaria<;ao assim urn enorme campo de acc;ao na parte financeiras». mrlhoes de d61ares) e a da Republica Fede­ Peseas, assim como pelo secreta rio de Estado lnterrogado sobre o modo como podera OS sectorcs abertos ao intcrcambio luso­ de scrvit;os (cito o caso do Instituto da ral da Alemanha (200 milhoes de d61ares) d?.Comercio lnterno. A delegat;ao argentina ser incrementada a cooperac;ao nesse campo -trgentino. Agricultura), que dcverao dar a Portugal estan~o ~i~da a decorrer os contactos par~ VJSitou, por outro !ado, o Laborat6rio Na­ entre os dois paises, aquele membro do h1p6teses de acesso ao mercado argentinO>>. <> ::~uno do Comercio Exterior desejou, que seriam de muito interesse para este dades do seu pais, «o Governo britiinico sentantes do «The Export-Import Bank of muito mais agressiva do que aquela que eco ;:e?te, que, «no futuro, as relac;oes Pais>>. deseja, nesta altura, prestar a Portugal todo Japan» e de varios bancos comerciais japo­ Na cerim6nia de assinatura do documento 0 mrcas entre os dois paises se desen- tern pratieado ate aqui. o a poio possivel» neses. que formaliza os resultados das conversa- GOVERNO VENEZUELANO CONDECOROU PERSONALIDADES PORTUGUESAS COM AORDEM DO LIBERTADOR

42 0 embaixador da Venezuela em Lisb~a, «GRANDE SOLIDARlEDADE para o fortalecimento da amizade entre os Luis Rodriguez, em nome do presidente DE IDEAlS» do is paises», os quais - disse a concluir­ daquele pals, Carlos Andres Perez, conde­ tern, em comum, «grande solidariedade de corou o Primeiro-ministro portugues com a Em breve improviso, o Primeiro-ministro idea is». Grii-Crm: da Ordem do Libertador Simon portugues afirmou que era para ele < e da sua «reiterada amizade Mario Soares manifestou a esperanc;a de nancia no exercicio do poder». Luis Rodn· para com a patria de Simon Bolivar», con­ que a proxima visita do Presidente Rama­ guez citaria, a prop6sito, as seguintes pala· forme saliemou o embaixador Luis Rodriguez. lho Eanes a Venezuela «seja mais urn passo vras de Simon Bolivar: «A continua~o da autoridade num mesmo Ao discursar na cerim6nia de condecora­ individuo foi frequentemente o fim dos ~ao de Mario Soares, o embaixador vene­ governos democraticos. As repetidas elei· zuelano destacou «o entendimento fraternal c;oes siio cssenciais nos sistemas popu lares, entre os dois povos», salientando tambem porque nada e tao perigoso como deixar <

Vasco do Gama Fernandes fa/a em nome dos agraciados com a Ordem do Libertador, ladl'odo pelo embaixador ••ene:zue/ano e par Medeiros Ferreiro e Rui Vi/or Govemo portugues apoia C.il_mpanha para salvar a Acr6pole 0 secretario de Est ado do Cul­ sito desta oferta do Governo tura, Ant6nio Reis, entregou ao portugues, que «ao sensibilizar tncarregado de negocios da Em­ a opiniiio publica para a neces­ baixada da Grecia, em Lisboa, sidade de salvaguardar a Acr6- 11111 cheque no l'alor decem contos, pole. que esta em perigo, estamos quantio com que o Govemo por­ igualmente a cumprir um acto tugues participa na campanha de identifica~ao da nossa cultura mternocional lan ~a da pela eciviliza~aocom a greco-romana, UNESCO (organismo das No­ de que partimos, e com a civil i­ roes Unidos para o desenvolvi­ nyao europeia, em que cada mento da educa~iio, ciencia e 'ez mais nos pretendemos in­ 43 01/tura) como objecrivo de salvor tegrar». a Acr6pole de Atenas, amea~ada Por seu turno, o encarregado de destmifiiO pela poluil;:cio atmos­ de neg6cios da Embaixada da ftrica. Grecia em Lisboa, Alexis Zepos, agradeceu, em nome do seu Na ocasiao, Ant6nio Reis pro­ pais, o «gesto do Governo por­ feriu urn curto improviso, no tugues», o qual, acentuou, «con­ qual salientou que a Acr6pole tribuira para os esfor~os de pre­ •surge para n6s como um sim­ serva~iio dos monumentos da bolo da cultura greco-romana, Acr6pole de Atenas, que nao de onde partimos e da qual pertenc.em s6 aos gregos, mas somos filhos». 0 secretario de Antonio Reis. secret6rio de Estado da Um aspecto da Acr6pole fazem parte do patrim6nio de Estado acrescentaria, a prop6- Cultura toda a Humanidade».

Livros mexicanos Semana da Cultura Portuguesa em Viterbo (ltillia) para a Universidade de lisboa 0 Governo mexicano ofereceu ti biblioteca da Universidade de Lisboa unUt valiosa colec~iio de livros, num total aproximado de 500 1•olumes. Esta coleq:iio inclui obras sobre Direito, Administra­ rcio Publica, Politico, Sociologia, Hut6r1a, Economia, Literatura, Filosofia, Antropologia, Etnogra­ fia, Educa~iio, Agricultura e Pes­ cas.

Na cerim6nia em que pro­ cedeu a entrega formal daquela col~iio de livros a Universidade de Lisboa, o presidente da dele­ gayao da Comissao lnterparla­ menlar Mexicana - que parti­ cipou nos trabalhos da reuniiio da Uniiio Jn terparlamentar, em Lisboa -, dr. Joaquim Gamboa Pascoe, falando em nome do Governo do seu pais, rea l~ou os la~os de amizade que ligam o Mexico a Portugal, a!udindo, ainda, ao refor~ dos mesmos. Por seu turno, o reitor da Unrversidade de Li sboa, prof. llidio do Amaral, ao agradecer lmagen.r dos filmes «Douro, Faina Flu•·iah> I' «0 Passado e o Presente>>. de Manuel de Oliveira aquela significativa oferta, refe­ riu-se ao Mexico como exemplo de urn pais resultante da fusao Em Viterbo, perto de Roma, terbo - incluiu expos i ~oes de Trabalho e Pao em Grij6 da de povos e culturas. Ilidio decorreu uma «Semana da Cut­ 62 gravuras de artistas plasticos Parada»). bern como um debate do Amaral teve, por outro lado, lura Portuguesa », organizada e de livros portugueses (em nti-' sobre Portugal. palavras de apr~o para a Cons­ pelo Ministerio dos eg6cios mero superior a duas centenas utui~ao mexicana, de 1917, que Estrangeiros, em colabora~ao A organ iza~iio desta Semana de volumes), e a exibi~ao de consagrava o conceito de «muni­ com urn cons6rcio de bibliotecas insere-se numa seric de activida­ cipio livre», base da organizayao e autoridades daquela cidade filmes de Manuel de Oliveira dcs do MNE que tern por objcc­ administrativa e politica, e que ita Iiana. («Douro, Faina Fluvial» e «0 tivo levar ao estrangeiro uma era extremamente inovadora A iniciativa - que se realizou Passado e o Presente») e de imagem da cultura portuguesa nessa epoca, segundo frisou. na biblioteca municipal de Vi- Manuel Costa e Silva (< titulo Portugues de Cinema ­ o rcferido «Comite» escolheu urn conjunto de curtas, medias e Retrato de Corpo Inteiro», rea­ -metragem, com a durac;:ao de no programa de televisiio «Mer longas-mctragens realizadas por lizado no ano passado pela equipa l hora e 30 minutos, foi pro­ saique>>, emitido pela FR-3 (Pa· cineastas portugueses entre 1974 de TV/ Cinema da Secretaria de duzida pela citada Secretaria de ris) e destinado aos trabalhadores e 1977. Nesta «Mostra>> foi in­ Estado dos Neg6cios Estrangei­ Estado e havia ja sido apresen­ portugueses residentes em cluido o film~ «Provas para urn ros e da Emigrac;:ao. Esta tonga- tada, em Dezembro de 1977, Franc;:a.

Filmes Os filmes «Antes do Adeus>>, tes>>, de Antonio Reise Margarida Particularmente bern recebido portugueses de Rogerio Geitil, e «A Confede­ Martins Cordeiro, foi estreado pela critica francesa, «Tras-os· ra~iio>>, de Luis Galviio Teles, em Paris, no «Studio Action Re­ -Montes» foi classifieado por no estrangeiro foram premiados com uma men­ publique», onde tem estado a ser Jacques Siclier, em comentario ~ao honrosa. atribuida pelo juri exibido comercialmente, em duas publicado no diario «Le Monde>>, do «XXI Festival Internacional como urn «documentario poetioo sessoes diarias. Em Montreal de­ do Filme de Auton>, que decorreu de combate». Na sua cri ti~. na cidade italiana de San Remo. correu, entretanto, uma «Mostra Jacques Siclier considera ainda lmagem de «Trlis-os-Montes>>, fiime que o filme de Antonio Reise reali:ado por Am611i0 Reis ( a direita) Por outro /ado, «Trits-os-Mon- do Cinema Portugues». Margarida M. Cordeiro «quebra a tradic;:ao chissica, da a reporta· gem dimensoes de lenda (inter· pretada pelos verdadeiros habi· tantes desses campos), abre as formas habituais da linguagem cinematografica, mergulhando no espac;:o geogr{tfico encanta· t6rio das planicies, lagos e mon· tanhas>>.

Tam'oem o cineasta Joris Ivens se refere entusiastieamente a «Tras-os-Montes>>, em critica publicada no jornal «Liberation», afirmando que neste filme os autores «deixam existir simul· taneamente o passado eo futuro do seu povo atraves de cenas de sonho imediato na floresta, nos rochedos». n6mica, cientifica, tecnica e cul­ a favor da paz, da coopera<;iio anualmente 70 mil toneladas de Argelia tural, navega<;iio maritima e internacional e do refor90 do a<;ucar a Cuba, ate 1981, pre­ aerea, turismo e saude - , 0 espirito democratioo no mundo vendo-se o desenvolvimento da vai instalar embaixador senegales anunciou 0 presidente da delega<;:iio mar­ coopera<;ao econ6mica em secto­ embaixada que sc devera deslocar proxima­ roquina referiu, tambem, o fach> res como o das conservas de 8fTl lisboa mente a Lisboa uma delega<;iio de a present;a do seu pais, num peixe, desenvolvimento portua­ A Argelia l'tli insralar, em breve. da Feira lnternacional de Dacar, contexto interparlamentar, abrir rio, cafe e industria alimentar. no seguimento dos contactos perspectivas de colaborac;iio entre Portugal prestani a Cuba diver­ 11111a Embaixada na capital por­ tuguesa. revelou o vice-presideme entre peritos econ6micos dos a Uniao Africana de Parlamen­ sos tipos de servi9os, designada­ da Assembleia Nacional argelina. dois paises, e que sera criada tos, a Uniao Arabe dos Parla­ men te no sector da repa ra<;ao em breve uma sociedade comer­ mentos e a pr6pria Uniao lnter­ naval. J.,oyaclti Waker, durame 111110 con­ ferencia de imprensa rea/i:ada cia! mista, o que, segundo acres­ parlamentar. Durante a sua estada em Cuba, em Lisboa. centava aquele diplomata, devera Por seu tumo, Alberto Dio­ o secreta rio de Estado do Comer­ contribuir para que (>, e acres­ ao interciimbio de informa<;:oes centou: e de experiencias e ao sector de Port11gal e Cuba assinaram um Segundo um acordo recente­ ((A Argelia constitui urn mcr­ estalei ros navais. protocolo comercial para o cor­ mente assinado, em Lisboa, por cado muito importantc c as cm­ Foi, entretanto, fundada em re/lle a11o, te11do como o~iec til•o represemames de Portugal e do presas portugucsas podem incrc­ Lisboa a <( Associat;:iio de Coope­ i11creme11tar as rela{:oes entre os Japfio , barcos de p esca deste mentar o fornecimento de pro­ ra<;ao Luso-Senega lesa», na se­ dois paise.v lli?Ste sector e eswbe­ tiltimo pais poderfio operar na dutos c de servi<;os ao nosso quencia de conversa<;Oes havidas lecer a.v bases de dese11volvime11t0 zona maritima sob jurisdirfio de pais. Precisamos, tambem, de em Dacar, quando uma delega­ 11as areas de illleresse eco116mico Porwgal. grande numcro de tecnicos e bilateral, .segwzdo noricioua Anop. <;ao de exportadores portugueses Este acordo foi preparado por opera rios espccia lizados, que sc 0 doc11me11to foi subscrito, em visitou a capital senegalesa. delega<;Oes dos do is pa ises e cons­ vao juntar aos portugueses que Hava11a, pelo secrettirio de Estado Esta Associa<;:ao tern como titui o quadro juridico ao abrigo ja Ia sc encontram». do Comercio Externo de Portll­ objectivo principal o de contri­ do qual a actividade de navios Layachi Waker tevc ainda pa­ gal, Carlos Ant11nes Filipe, e pelo buir para <(o refor<;o das rela<;:oes pesqueiros japoneses ser{t permi­ lavras de aprc9o para ((0 acolhi­ vice-ministro cubano do Conu}rcio culturais, econ6micas, comer­ t ida por Portugal na sua zona mento amigavel» de que foi alvo ciais, cientificas c tecnicas entre Exterior, Ricardo Cabrisas Ruiz. a delega<;ao argelina a citada econ6mica exclusiva, de 200 os dois paises». A assinatura deste protocolo milhas maritimas. reuniao da Uniao lnterparla­ Recorde-se que de entre os decorreu no final dos trabalhos 0 documento foi assinado, por mentar, por parte das autorida­ produtos senegalescs, interes­ des portuguesas. da primeira reuniao da Comissao parte de Portugal, pelo dr. Len­ sam particularmente ao nosso Mista lntergovernamental Luso­ castre da Veiga, da Direc<;iio­ Pais o 61eo de amendoim, os ·Cubana, que se realizou em -Geral de Neg6cios Econ6micos Coopera<;ao derivados da pesca e os fosfatos. Havana. A delega<;ao portuguesa do Ministerio dos Neg6cios luso-senega lesa a esta reuniiio era chefiada pelo Estrangeiros, e, por parte do secretario de Estado do Comer­ Japao, pelo embaixador deste 0 desenvolvimemo das relarues Presidente da Assembleia cio Externo e integrava o dircc­ pais em Lisboa, Moriti Tani. emre o Senegal e Port11gal foi tor-geral daquele departamento, saliemado pelo embaixador da­ A delega<;:iio portuguesa que da Republica Dias de Oliveira, tecnicos do qllele paif africano em Lisboa, participou nos trabalhos de pre­ Fundo de Fomento de Exporta­ Charles Delgado, m1ma mensa­ convidado a visitar paracao do convenio icluiu <;iio e do Ministerio dos Neg6- gem ao pOI'O por111g11es q11e foi Marrocos representantes dos Ministerios cios Estrangeiros e ainda repre­ dos Neg6cios Estrangei ros e da div11lgada a prop6sito da pas­ 0 presidente fkl deleg{l(;iio mar­ sentantes de empresas naciona­ Agricultura e Pescas, Comando sagem do 18.• aniverstirio da roqllina rezmiiio do Primavera a lizadas e privadas, ligadas a Naval, e dos Governos Regio­ independencia da Republica do da Uniiio Im erpt~rlamelllar, que metalomecilnica pesada, a cons­ nais dos A<;ores e da Madeira. Senegal. decorreu em Lisboa, ammciou a trucao e reparac;ao naval e Este acordo insere-sc no que imprensa ter convidado o presi­ a ((A coopera<;ao luso-scnega­ corti~. esta belece o D ecreto-Lei dellte till Assembleia do Repu­ lcsa - afirmou Charles Delgado Em declarat;:oes imprensa, n.• 33t 77, que fixou a zona eco­ blica, Vasco da Gama Femandes, a ncssa mensagem - assenta numa Carlos Filipe considerou que as n6mica exclusiva de Portugal em a visitar Marrocos aim/a este voca<;ao natural e profunda dos nossas rela<;Oes econ6micas com 200 milhas maritimas. De har­ a11o, convite que foi aceite. dois paises e dois povos que a Cuba sc tern caracterizado por monia com o referido decreto, beira do Atlantico, urn a entrada Dey Ould Sidi Saba afirmou, uma corrente de exporta<;ocs de deverao ser conclu idos acordos da Europa c outro a entrada na mesma ocasiilo, que o seu pequeno montante, ao passo que bilaterais com os diversos paises da Africa negra, por tantos la<;os pais tern in ten<;:iio de desen vo lver as compras de Portugal aquele in teressados na pesca em aguas estiio unidos. 0s actos concretos urna politica de amizade e coope­ pais sao mais elevadas, tanto da zona portuguesa. desta coopera<;ao sao necessaria­ ra<;ao com Portugal, tendo em em volume como em valor. 0 se­ 0 Japao, que tradicionalmente mente limitados pelos fracos conta as rela<;Oes com os pa iscs creta rio de Estado adiantaria. pesca arum nas zonas que agora meios materiais de que dispoem europeus e atliinticos e o facto a este prop6sito, que Cuba estaria fazem parte da area de 200 milhas os dois paiscs, mas eles nao siio de Marrocos scr o pais afro­ disposta ((3 comprar novos pro­ pertencente a Portugal, foi o pri­ menos exemplares na procura de -arabe mais pr6ximo da Europa dutos portugueses ate a ordem meiro pais a celebrar o neces­ uma dcterminada qualidade». Sidi Saba declarou, por outrn dos tres milhoes de d61ares, sario acordo, estando previsto Depois de mencionar os domi­ lado, que o grupo parlamentar este ano». para breve o inicio de conver­ nios em que sc situam as actuais marroquino pretendc colabor;u Carlos Filipe adiantou que, sa<;oes com outros paises, nomea­ rela<;Oes entre Portugal eo Sene­ na ac<;ao que a Unii!o lnterpar­ segundo o protocolo agora esta­ damente a Espanha, a Franca e gal comercio, coopera<;iio eco- lamentar se propOe desenvolvet belecido, o nosso Pais comprara a Uniao Sovietica.

JOAO LIMA VISITOU ACOMUNIDADE PORTUGUESA NA VENEZUELA (4raras. JoiJo Limo trllgicas, nao s6 sob 0 ponto ue vista poli­ autoridadcs locais, nomeadamente ao gover- 47 - o tmbaixador de tico e econ6mico, mas sobretudo sob o nador, presidente da Assembleia Lcgislativa, P~rtu~al, Walter Rosa ponto de vista bumano». presidente do Conselho Municipal e pre- feito da cidade, c participou numa reuniao REUNIOES EM CARACAS com os emigrantcs portugueses, durante a Durante a visila de lrabalho que efecluou Ainda em Caracas, o secreta rio de Estado 11 l'ene:uela, o secrellirio de Es1ado dos dos Neg6cios Estrangeiros e da Emigrat;ilo, 'ttgocios Esrrangeiros eda Emigra~iio, dr. Joiio acompanhado pelo embaixador de Por­ Luna, ttve diversos comac1os com atl/ori­ tugal, teve reunioes com o director-nacional tiades daquefe pais e com OS nucfeos de por­ de ldentificar;ao e Estrangeiros, Gonzalo IJIKUtStS reside/lies em Caracas e em varias ridades do interior. Plaza, director-geral das Relar;ocs Exte­ riorcs, Jorge Matellini, e com os prcsi­ No aeroporto da capital venezuelana, dentes do Conselho de Recursos Humanos aquele membro do Governo portugues foi e do lnstituto Venezuelano de Scguros recebido pelo embaixador Walter Rosa, Sociais. Joilo Lima avistar-se-ia tambem funcionarios da Embaixada e Consulado e com o ministro do Desenvolvimento, Lo­ renzo Azpurua. um repre~ntante do Ministerio das Rela­ Na capital venezuelana, o secretario de ~ Exteriores da Venezuela. Depois de um eocootro com Octavio Estado visitou, por outro lado, diversas Lepage, mtnistro veoezuelano das Relac;Oes agremiac;oes portuguesas, entre as quais Exteriores, Joilo Lima participou numa a Associar;ao Desportiva Luso-Venezuelana. reuniao promovida pela Camara de Comer­ cio, Industria e Turismo Luso-Venezuelana. VISITA AS COMUNIDADES Durante essa reuniao o secretario de Estado PORTUGUESAS acentuou o importante papel que cabe aos Na sua visita as comunidades portugucsas empresllrios no dominio do comercio externo residentes em localidades do interior da e da pr6pria cooperar;ilo econ6mica bila­ Venezuela, Joiio Lima esteve, dcsignada­ teral. mente, em Barquisimeto, Guanare, Valen­ Joao Lima lanr;ou, tambem, a ideia da cia, Maracai, Guayana e Cumana. aia~o de empresas mistas, projecto que Em Barquisimeto, aquele membro do c:onsiderou ser altamente desejavel, dado Governo foi recebido por elementos da que os recursos finaoceiros da Venezuela co16nia portuguesa, que formaram urn cor­ e os trabalhadores espccializados e a tecno­ tejo autom6vel ate ao centro da cidade. Jodo Lima a ch~gada ao a~roP

48 imagem nova de Portugal, como pai capaz dos Neg6cios Estrangeiros e da Emigrac;ao, dos Neg6cios Estrangeiros e da de «exportar, nao apenas os trabalhadores», acompanhado pelo embaixador de Por­ aos representantes dos 6rgaos da mas ainda tecnologia e cultura. tugal, esteve precisamente na «lnarteca» cayao social da comunidade portuguesa Foi precisamente para acentuar essa nova - a empresa onde se verificou o confiito da Venezuela. imagem de Portugal que foi aberto urn com os trabalhadores portugueses -, tendo Ao referir-se aos muitos milhares de pavilhao portugues na feira de Cbaique, ocasi1io de ver as instala~es onde aqueles em Caracas, onde foram apresentadas as se encontram alojados, num acampamento capacidades industriais, comerciais, cultu­ sem o minimo das condi9oes indispensaveis. rais, turisticas e tecnol6gicas do nosso Joao Lima visitou tambem a Siderurgia Pais, atraves de imagens seleccionadas pelo de Orinoco (Sidor) onde, ao contrario do artista Thomaz de Mello . que acontece oa «lnarteca», os emigrantes ...... , _ ....

Joiio Lima em Caracas: «A minha presenra na Venezuela foi determinada pela politictt portuguesa em relartio a este paise pe/os portugueses que aqui vi•·e,..

AS CONDI<:OES DE TRABALHO portugueses dispoem de instalay()es de tra­ de criar a possibilidade de eles pr6prios EM PUERTO ORDAZ balho e de habitayao ja perfeitamente con­ virem a ser urn factor importante no desen­ dignas. A Sidor e uma empresa estatal volvimento das relay()es bilaterais entR Alem de uma deslocac;ao a cidade de venezuelana. Portugal e a Venezuela. Cumana, onde efectuou visitas de cortesia As autoridades locais sugeriram, durante J o1io Lima re velou ainda aos jornalistas as principais autoridades e teve novo encon­ urn encontro com Joao Lima, a cria9ao que, oeste memento, se verifica urna nova tro com emigrantes, Joao Lima esteve em de urn grande centro recreative portugues. vaga de emigrayao para a Venezuela, com Puerto Ordaz, urn dos nucleos urbanos 0 secretario de Estado avistar-se-ia ainda urn grande numero de trabalhadores espe­ de Guayana, localidade onde, hil urn ano com representantes do Centro Social Por­ cializados que vao participar nos projectos atn1s, se registaram problemas laborais em tugues ali existente. de desenvolvimento venezuelano. que estiveram envolvidos trabalhadores por­ 0 secretario de Estado salientou, por tugueses, parte dos quais - os mais reivin­ outre !ado, que, «dado que as questOes dicativos no plano sindical - acabariam politicas esHio resolvidas em Portugal», o por ser despedidos e foryados a regressar CONFERtNCIA DE IMPRENSA que se pretende agora e incrementar a a Portugal. coopera.¢ao entre Portugal e a Venezuela, Na visita que efectuou a esta povoayao «A minha presenya na Venezuela foi nao s6 atraves das representay()es diploma· das margens do Ori11oco (a 750 quil6metros determinada pela politica portuguesa em tica, ~onsular, cpmercial e outras, mas de Caracas), onde trabalham cerca de 10 mil relayao a este pais e pelos portugueses que tambem da l iga~o mais intima entre os portugueses - alguns em condiyoes muito aqui vivem», afirmou, durante uma confe­ sectores econ6micqs e comerciais dos dois pouco apreciaveis - , o secretario de Estado rencia de imprensa, o secretario de Estado paises . . ia de Portugal, de Camoes e das Comunidades» Novas carreiras comemorado em Portalegre aereas

Segundo foi ja anunciado ofi­ nes, reccbcu em audiencia a dante Teixeira da Mota. e pelos A «Swissair>> e a TAP inau­ o «Dia de Portugal, Comissao Organizadora do < Gulbcnkian. dr. Azeredo Per­ e os tenentes da Armada Gra<;a digiio, pelo secretario-geral da Ribeiro e Justo Tavares. TAP quer voar Academia das Ciencias, coman- para Toronto

0 Governo canadiano ini estu­ dar de novo as possibilidades de se csta bclecerem voos regula res da TAP para Toronto, segundo pretensao do Governo porttl­ gues e da numerosa comunidade emigrada no Canada, informou o Ministcrio dos Neg6cios Es­ trangeiros. Ainda segundo a mcsma fonte, o Govcrno cana­ diano tera alcgado a impossibi­ lidade de lcvar a ideia a concre­ ti,ar-se a breve prazo, dado que luta com falta de espa~o no aeroporto da cidade de Toronto.

Voos semanais Joanesburgo Lisboa

Desde o passado dia I de 31 novos professores para Abril que Joanesburgo e Lisboa estao ligadas por cinco voos Portugues no estrangeiro sernanais. Segundo o departa­ mento de vendas da «South de~pacho conjunto dos professores estao colocados nas docentes sao: Hamburgo (I I. African Airwais» os voos entre de Estado da Orien­ ~eguintes areas consulares: Es­ Dusseldorf (2), Estugarda (~J as duas capita is seriio efectuados e da Admi­ trasburgo (1), Reims (I), Munique (I) e Osnabriick (21 sem escala, por urn <>, foram nomeados Nogent-sur-Marne (1), Lille (1), ainda a coloca~o de novos pro­ 10 horas e 50 minutos. Entre­ nO\O~ professores para leecio­ Clermont-Ferrand (I), Nancy (1), fessores no Luxemburgo (I) e tanto, Lisboa sera urn dos aero­ em cuhos de ensino basico Havre (2) e Paris (2). na Holanda (I para a area con­ portos de escala para voos ter­ portugues no estrangeiro. Na Alemanha, as areas con­ sular de_ Roterdao). minais de Joanesburgo para Ate­ A~q m , em Franc;a, os novos sulares onde trabalham os novos nas, Bruxelas, Viena e Madrid. tes), cuja ordem de trabalhos vidade. No que respeita a incluia a revisao dos estatutos ultimo ponto foi FRANCA da referida Federa~o e apro­ crementar a prom~o va~o das linhas gerais de acti- e desportiva, fomentar Conferencia da «Federac;ao mento cooperativo, e orientar o investimento das Associacoes de Trabalhadores em Portugal, alem Emigrantes · outros objectivos, ter n~too•aaw• dida a publicat;:iio A Federa,.ao das Associa~oes lhadores emigrantes de diferentes urn 6rgilo de de Trabalhadores Emigrantes nacionalidades, residentes e a sera, em principio, (FATE) efectuou a sua segunda \ rabalhar em Fran~. o qual Para a sesslio de en,r.er~rllm!IIM Conferencia em Paris, tendo pretende ser veiculo e defensor foram convidados o so como objectivo ratificar os prin­ de algumas das reivindicat;:oes de Portugal em cipais objectivos da Federa,.ao, mais prementes das diversas Martins, o .,;,.~_ ...~, . ;.~..... que silo «a satisfa,.ao integral» comunidades. Saliente-se o facto Assembleia da KeJpucouca das reivindica¢es dos emigran­ de o MTI ter vindo a distinguir­ bro da. d irect;:ilo da tes, com a «garantia do plio e -se como importante porta-voz Ant6nio Sergio, Tito do trabalho». assim como a na luta contra o racismo, nomea­ o secretflrio de Estado divulga,.ao cultural popular e damente no que se refere aos cios Estrangeiros e da da pratica desportiva, «pela soli­ trabalhadores arabes e norte­ t;:iio, Joao Lima e o dariedade e amizade entre tra­ -africanos imigrados em Frant;:a. de Estado da Emigrat;ao balhadores de todas as nacio­ A FATE, fundada em Janeiro segundo, terceiro e quarto nalidades» e, finalmente, «por de 1977, conta com a filia~ao vernos provis6rios, Pedro urn Portugal donde nao precise­ de 12 associa~oes de emigrantes, lho. Como convidado de mos de emigrar». tendo promovido diversas acti­ csteve o presidente da vidades de limbito cultural e palidade de Creteil. 0 A FATE faz parte da «Maison • desportivo, de significativo relevo que sc realizou no des Travailleurs Immigres» na vida comunitaria dos portu­ Juventude da «Mairie» (MTI), agrupamento de traba- gueses residentes em Fran~. teuil, elegeu a actual constituida por Rafael presidente; Ant6nio vice-presidente ; secretario; Domingos vice-secretflrio, eManuel Am6nio Sergio tesoureiro.

CANADA In iciativas do Centro de Cultura Portuguesa

Chegou a nossa redaet;:lio o priedadeS>>, pelo advogado primeiro exemplar do boletim ardo Marcos. informativo do «First Portuguese Recorde-se que a Escola Canadian Club- Centro de Cul­ FPCC, com treze anos de tura Portuguesa» (722 College St., Toronto). 0 FPCC de Toronto desenvolve diversas ini­ ciativas e actividades culturais e recreativas, tais como sessoes de cinema, orfelio, marchas popu­ lares, biblioteca, exposi~oes, col6quios, concursos educativos, etc. Yale a pena acentuar ainda que, em co laborat;:lio com o «Toronto Comunity Law Pro­ gram» o FPCC leva periodica­ mente a efeito col6quios sobre a legisla~o canadiana que inte> ressa a comunidade portuguesa. Assim, do calendario para o Cartoz-on(mcio do II Conferencia do FATE corrente ano, citamos os seguin­ tcrs and Social Centre»; e fina l­ tencia, lecciona o ensino primi­ sobre pequenos e medios nego­ rio, preparat6rio, e secundirio Congresso da Federac;ao ciantes» (co16quio a realizar pelo unificado, tendo por base Ant6n io Sergio advogado Eduardo Marcos); programas oficiais em vigor 2 de Maio, «TestamentoS>>, a rea­ Portugal. Esta escola e a lizar pelo dr. Emesto Magalhaes no genero oficializada Cerca de uma centena de dele­ ticiparam, em Paris (Creteil), no Feu, director do «Free Interpre­ Governo portugues na gados, representando quinzeasso­ Congresso da F ASAPE (Fede­ ters and Social Centre>> ; a final­ Ontflrio. 0 FPCC conta cia~oes de emigrantes portugue­ ra~o Ant6nio Sergio de Asso­ mente a 16 de Maio, col6quio temente com cerca de 1250 ses residentes em Fran~. par- ciat;:oes Portuguesas de Emigran- sobre «Compra e venda de pro- ciados. inclui, a curto prazo, o lan~­ na serie «Roads to Today)) e mento de uma revista de artes no «Simp6sio Internacional so­ RFA e tetras, intitulada <>, a edi~o de uma colec- mente. a edic;ao de uma colec9lio Pintores portugueses 9lio de livros de estudos portu­ de literatura diversa - em lingua numa exposic;:ao em Hamburgo gueses e brasileiros em lingua portuguesa - reflect indo a expe­ inglesa, abrangendo, entre ou­ riencia das comunidades emi­ tros, os trabalhos apresentados gradas neste pais. A condena~Ao das exploroes exposiyijes individuais e colecti­ at6micas e da utiliza~o indevida vas realizadas em algumas cida­ da energia nuclear, foi o tema des alemlls. Programa de TV sobre portugueses de uma exposi~o de trabalhos Maria da Luz Dias Lino e de pintura, co lagem, fotografia, natural da freguesia do Feital A esta~ao de telcvisao WGBH, a comunidade de New Bedford desenho, escultura e gravura, (Beira Alta}. Frequentou a Es­ apresentou no scu segundo canal e Fall River, tendo sido focados realizada na cidade de Ham­ cola Superior de Betas Artes urn programa sobre a comuni­ aspectos relacionados com a con­ 51 burgo. A referida exposi~o. que do Porto, participando nas expo­ dade portuguesa do estado de tribuic;ao dada pelas sucessivas contou com a participa9lio de siyijes «Magna» e «Extra» da Nova Inglaterra, ao qual foi dado gerac;oes de emigrantes portu­ cm:a de 150 artistas plasticos, mesma escola. A Funda9lio Gul­ o nome de «Portuguese Pilgrims gueses na economia da regiao, rqistou a presen~ de dois artis­ benkian adquiriu tres dos tra­ of New England», segundo anun­ com particular incidencia na IIS portugueses que actualmente balhos expostos para a sua colec- ciou o semanario de lingua por­ industria piscat6ria de New ttabalbam na Alemanha Fede- 9lio. Em 1964, obteve o 2.0 pre­ tuguesa «Portuguese Times». B¢ford. mio de Desenho na «Queima 0 referido programa abrangeu das FitaS)), em Coimbra. Tendo terminado o Curso Superior de Escultura exerceu, durante dois anos, o professorado na Escola BRASIL Francisco Arruda de Lisboa, vindo depois a fixar-se em Ham­ Gabinete Portugues de Leitura burgo. Como nota curiosa sa­ liente-se que Maria da Luz Lino frequentou a Escola de Anes desta cidade alema, sendo a

Maria DiaJ LiM (Jato: I. Becker) ral. Maria Dias Lino e Manuel Gamboa. As obras destes artistas Uma das instituic;Oes que mais constru~o de urn de tracro mo­ foram. assim, apreciadas por prestigiam os portugueses oeste derno, optando pela conserva­ ctrca de 5 mil visitantes, entre pais, o «Gabinete Portugues de c;ao e remodcla~o do actual, os quais elevado numero de Leitura» na cidade de Salvador, com as indispensaveis obras de emigraotes portugueses. estado da Baia, foi, ha meses, manuten9lio. As obras, entre­ Manuel Gamboa e natural alvo das atenc;Oes de portugueses tanto ja realindas, dissiparam de Lagoa (Algarve), tendo emi­ Manuel Gamboa (foto: T. Oliveira) ·e brasileiros: os scus alicerces o susto que sofrcram grado primeiro para Marrocos, comec;aram a ceder, fruto da do «Gabinete Portugues de Lei­ onde viveu dois anos, e mais acc;ao corrosiva do tempo! lura» de Salvador, garantindo tarde para a Alemanha. Fixou-se primeira mulher estrangeira a Ap6s varias reunioes, a direc­ a presenc;a de uma obra cultural, definitivamente em Hamburgo, · ser eleita para a presidencia do ~o daquela instituic;ao acabou a todos os titulos notavel, rea­ onde reside ha treze anos, tendo parlamento estudantil da Escola por abandonar o projecto de lizada por gerac;oes de ponu­ sido bolseiro da Funda~o Gul­ de Hamburgo. demolic;ao do velho edificio e gueses em terras baihanas. beokian. Este artista esta repre­ A exposi~o onde ambos par­ sentado em diversas colec¢es ticipam sera apresentada em panicularesde varios pai.es (Bra­ Fran~ , ltalia, Holanda, Belgica, Casa de Portugal de Teres6polis ~il, Mexico, Finliindia, Suecia, lnglaterra e, provavelmente, a A Casa de Portugal de Tere­ que sao propriedade desta Casa F ran~ e Espanha). Os seus tra­ completar o calendario, em Por­ 0 de Portugal e onde se encontram balhos tern sido integrados em tugal. s6polis foi fundada no dia 1. de Dezembro de 1959 e conta actual-' instaladas duas piscinas, uma mente com mil s6cios. Tendo de dimensoes semi-olimpicas e como objectivo proporcionar aos outra para crianc;as. Esta agre­ EST ADOS UNIDOS seus membros e familiares maio­ miac;ao mantem com dinamismo res espac;os para a pratica de urn programa de actividades des­ diversas modalidades desporti­ portivas que a tornam exemplar. Divulgac;Ao de literatura portuguesa vas, esta instituic;llo vai cons­ Saliente-se que, desde Janeiro truir mais urn terreno para tenis, do presente ano, j3 foram con­ 0 Centro de Estudos Portu­ ra9lio com o Departamento de urn campo de voleibol e outro cluidos tres cursos de natac;iio peses e Brasileiros da Brown Educa~o do Estado de Rhode de futebol. Com tais obras, pen­ para todas as idades, para alem Umverslly esta a promover urn Island. Esta iniciativa insere-se sam os dirigentes desta agremia­ das suas classes de ginastica programa intitulado «Musas de no programa de actividades da­ c;iio, conseguir-se-a urn melhor feminina e masculina. Portugal e Brasil)), em colabo- quele Centro, programa esse que aproveitamento dos 10 218m2, ··cantico Finat··

52

Manuel Guimariies Uma imagem de <>

«CANTJCO FINAL» foi a Ultima rea­ que, sentindo-se amea~do por doen~ ANO DE PRODU<;AO: 1975 liza~iio de Manuel Guimariies. Houve quem incunivel, pretende regressar a sua terra A 0 DE ESTREIA: 1976 dissesse que o realizador teria escolhido a natal e no pouco tempo de vida que lhe REALIZA<;AO: Manuel Guimarae> obra hom6nima de Virgilio Ferreira para resta veneer a frustra~iio que semprc o FOTOGRAFIA : Abel Escoto (Cor) adapta~iio ao cinema nao s6 por, de certo acompanhou. PINTURAS: de Julio Resende modo, nela se sentir rctratado mas ainda Compra a urn aldeiio uma capela aban­ M OSICA: Joly Braga Santos porque pressentia o aproximar do fim da donada e resolve pela primeira vez dar SOM: 6ptico sua vida. Faleceu em Janeiro de 1975, dei­ livre expressao a sua arte. GENERO: Drama xando o seu filme ja na fase derradeira tendo CLASSIFICA<;A.O ETARIA: para ad11il a montagem sido terminada por seu filho. PRINCIPAlS INTERPRETES: RuideCa·· «CANTICO FI ' AL» inspirado no FICHA TECNICA E ARTISTICA valho, Manuela Cardo. Fernanc romance hom6nimo, como foi dito, conta Curado Ribeiro, Varela Sil\'a, Alii a hist6ria de urn professor de liceu e pintor TiTULO: «CANTICO FINAL» Zanatti.

NOTICIARIO PARADA», da autoria de Manuel Costa determinados filmcs pretendidos pelas a~* e Silva. ciac;iies nao se encontrem no Posto Consulv • Encontram-se nos Consulados Gerais da area a que pertencem ou ate me>!ll<' (Servi~os Socia is) em Hamburgo e Dussel­ ESCLARECIMENTO: noutros Postos desse pais. dorf, c:Opias do documentario «ALEMA­ Ta~ porem, deve ser apenas entendJdo NHA-S IG N I FICADO D UMA No numero 22 (Novembro/ Dezembro de como impossibilidade temporaria de obtcn­ VISITA», reportagem da visita do Pre­ 1977) foi publicada uma rela~o geral dos c;ao do programa ou programas desejado1 sidente da Republica, general Ramalho filmes e documentaries integrados no «cir­ Nestes casos poderiio as associac;oes. tal Eanes, a Republica Federal da Alema­ cuito de cinema» da Secretaria de Estado como entiio foi sugerido, dar a conhecCI nha, a qual se revestiu de grande interesse dos Neg6cios Estrangeiros e da Emigrac;ao, por escrito aos SERVI<;OS DE INFOR· para os portugueses residentes naquele Esclarece-se que esses programas estiio dis­ MA<;AO E APOIO CULTURAL (Pra~ pais. tribuidos por todos os paises que bene­ do Areeiro, n.• 11-2.• Esq., Lisboa-1) as suas • A Secretaria de Estado aguarda a entrega ficiam deste apoio cultural e social e nao preferencias, as quais serao satisfeitas peb de c:Opia do filme 'documentario «FESTA, apenas em cada pais ou Consulado pelo ordem em que forem sendo registadas nas TRABALHO E PAO EM GRIJ6 DA que poder.i acontecer, naturalmente, que «listas de espera». ------AOS ASSINANTES DA REVISTA ------

Solicita-se aos assinantes ou interessados na assinatura da revista «25 de Abril- Comunidades Portuguesas», o favor de observarem o seguinte: I. Toda a correspondencia deve ser enviada para: Revista «25 de Abril - Comunidades Portuguesas» SECRET ARIA DE ESTADO DOS NEGOCIOS ESTRANGEffiOS E DA EMIGRA<;AO. Palacio das Necessidades, 1.0 Piso, Largo do Rilvas, Lisboa-Portugal. 2. Os documentos para pagamentos (cheques, vales de correio, ordens de pagamento, etc.) devem ser dirigidos a: SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS E DA EMIGRA<;AO. 3. Nao esquecer que o destinatario e o remetente devem ser escritos em letra bern legivel, de preferencia em maiusculas.

PRE<;O DAS ASSINATURAS 12 NOMEROS Portugal e Espanha ...... 300$00 Outros paises (excluindo Fran9a, Alemanha, Belgica, Luxemburgo, Rolanda, Sui9a e Inglaterra) ...... 400$00

As importancias das assinaturas podem ser enviadas em escudos ou no correspondente aproximado em moeda estrangeira.

MUlTO IMPORTANTE

• A expedi9aO da revista para fora de Portugal e feita por via aerea. Nos pre90S das assinaturas esHio incluidos os portes de correio. • Sempre que mude de residencia ou deseje receber a revista noutro local, comunique o mais rapidamente possivel. • Nas renova9oes de assinatura, informe, sempre que possivel, desde quando e assinante.

------1

Queiram enviar-me mensalmente a revista «25 de Abril» da Secretaria Preencha este cupao, recorte-o pelo tracejado e envie-o, juntamente com de Estado dos Neg6cios Estrangeiros e da Emigra9ao. Para o efeito, a importancia respect iva para: envio a importancia de ...... $ ...... (...... )

NOME ...... SECRJARIA DE ESTADO DOS NEGOCIOS ESTRANGETROS MORADA ...... E DA EMIGRA<;AO

LOCALIDADE ...... Palacio das Necessidades, 1.• Piso Largo do Rilvas PAIS ...... Lisboa-Portugal '.