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100 ANOS DE JORGE AMADO O ESCRITOR,PORTUGAL E O NEORREALISMO FICHA TÉCNICA Título: 100 anos de Jorge Amado. O escritor, Portugal e o Neorrealismo Organização: Vania Pinheiro Chaves, Patrícia Monteiro Capa: Alexandre Sousa Composição & Paginação: Patrícia Monteiro e Luís da Cunha Pinheiro Instituto Europeu Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes, Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Lisboa, dezembro de 2015 ISBN – 978-989-8814-02-9 Esta publicação foi financiada por Fundos Nacionais através da FCT – Funda- ção para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do Projecto «UID/ELT/00077/ 2013» Vania Pinheiro Chaves e Patrícia Monteiro (organização) 100 anos de Jorge Amado O escritor, Portugal e o Neorrealismo CLEPUL Lisboa 2015 À Filipa, que deu os primeiros passos para este volume e continua nesta memória Índice Apresentação, Vania Pinheiro Chaves..............9 I Depoimentos 15 Do “Regionalismo” brasileiro no Neorrealismo português: re- visão, António Pedro Pita..................... 17 Recordações de um leitor de Jorge Amado, Antônio Torres... 25 Depoimento do Escritor Corsino Fortes............. 39 Jorge Amado em Espanha, Elena Losada Soler.......... 51 Jorge Amado, “Doutor” pela Universidade de Bari em 1990, Giovanni Ricciardi........................ 63 O velho e sábio marinheiro da vida e da prosa, José Carlos de Vasconcelos............................ 73 Jorge Amado, Mário Soares.................... 79 Carta a Zélia Gattai (seguida de P.S. a Jorge Amado), Ondjaki.. 83 Jorge Amado, meu pai, Paloma Jorge Amado.......... 89 II Conferências 93 Jorge Amado: uma leitura das leituras, Ana Maria Machado.. 95 Em torno da cultura do negro brasileiro: o projeto comum de Jorge Amado e de Gilberto Freyre nos anos ’30, Antonio Dimas............................... 111 Jorge Amado e o Neorrealismo Português, João Marques Lopes............................... 129 5 6 Vania Pinheiro Chaves e Patrícia Monteiro Tenda dos Milagres: um universo mítico-sincrético, Lúcia Bet- tencourt.............................. 141 III Comunicações 161 Neorrealismo e Dualismo: um estudo estilístico da obra de Jorge Amado, Afrânio da Silva Garcia................. 163 O amor, a diferença e o preconceito no romance O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, Anamarija Marinovic´........... 175 O menino grapiúna: universo da infância, imaginação e memó- ria, formação e identidade, Ana Paula Bernardo......... 193 O coronelismo no romance de Jorge Amado e José Lins do Rêgo, André Heráclio do Rêgo..................... 209 As personagens femininas de Jubiabá: percursos trágicos, An- gela Maria Rodrigues Laguardia e Isabel Lousada........ 227 Cacau, o olhar e o discurso do oprimido, Áurea Maria Bezerra Machado.............................. 239 O cortejo de Dioniso em Os pastores da noite, Beatriz Weigert. 253 Jorge Amado na “Hora da Guerra”: alguns dos atingidos pelo nazifascismo – As crianças, Benedito Veiga........... 263 O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá ou a arte de contar histó- rias, Bernardette Capelo-Pereira................. 279 Compreender o Outro: a herança pedagógica de Capitães da areia, Carla Ferreira........................ 299 A bola e o goleiro: uma história de amor ilustrada, Conceição Pereira............................... 311 O olhar poético de um turista, Edilene Matos........... 321 A “nova descoberta do Brasil”: a recepção crítica da obra de Jorge Amado na imprensa neorrealista portuguesa, Edvaldo A. Bergamo.............................. 333 Os efeitos de Gabriela, 35 anos depois, Ernesto Rodrigues... 347 Casa com rio atrás: Jorge Amado em África, Fabiana Carelli.. 361 www.clepul.eu Jorge Amado 7 O protagonista estrangeirado de O país do carnaval e os estereó- tipos do brasileiro, Fabio Mario da Silva............. 375 Amado queirosiano em Brandão entre o mar e o amor, Fernando Cristóvão............................. 389 Capitães da areia na Itália, Giselle Larizzatti Agazzi e Maria Gloria Vinci............................ 399 Jorge Amado sob um prisma francês, Gloria Carneiro do Amaral............................... 409 Orixás de Amado: o imaginário africano em Jubiabá, João Fer- reira Dias............................. 429 Jubiabá: a memória negra no Brasil, José António Carvalho Dias de Abreu.............................. 443 As relações de poder nos romances amadianos do ciclo do cacau, Juliana Santos Menezes...................... 461 O quase marinheiro português do século XIX que bem o é. En- saio acerca da completa verdade sobre as discutidas aventuras do Comandante Vasco Moscoso de Aragão, Juva Batella...... 475 Jorge Amado na Polónia: arte, política e ideologia, Kamila Kra- kowska Rodrigues......................... 487 Uma alegoria do Brasil moderno: histórias e sonhos de liberdade em Gabriela, cravo e canela, Laila Brichta............ 501 Jorge Amado e o atual ensino do Português, Lola Geraldes Xavier............................... 515 “A verdade está no fundo de um poço”: a vida que é um romance de longo curso, Luísa Marinho Antunes............. 519 Diálogos entre literatura e cinema: o neorrealismo em Capitães da areia, Maria Auxiliadora Fontana Baseio e Maria Zilda da Cunha............................... 529 Às margens da lei do cais: uma leitura de Mar morto, Maria do Carmo Campos.......................... 545 “Vamos ao fogão” sonhar com cheiro, gosto e fartura. Os assun- tos da cozinha na obra de Jorge Amado, Maria José Craveiro.. 557 www.lusosofia.net 8 Vania Pinheiro Chaves e Patrícia Monteiro “Um dia vou ser. ” Uma leitura de Seara vermelha, Maria Mar- garida de Maia Gouveia...................... 577 Plasticidade, cor e movimento em O Gato Malhado e a Andori- nha Sinhá, Maria Raquel Oliveira................. 591 A correspondência entre Jorge Amado e Ferreira de Castro: re- gionalismo, assuntos afins e outros casos, Marinete Luzia Fran- cisca de Souza........................... 603 Jorge Amado, sua linguagem e a recepção norte-americana, Marly D’Amaro Blasques Tooge..................... 615 Alteridade feminina e as duas cidades – desejo das ligações e resistência das figuras divergentes em Capitães da areia, Miguel Filipe Mochila........................... 645 O mundo da paz, um livro que Jorge Amado escreveu, Ricardo António Alves........................... 657 O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: fantástico ou maravi- lhoso?, Ricardo de Medeiros Ramos Filho............ 675 Jorge Amado, militant et écrivain communiste: solidarité entre amis, Rui Afonso......................... 689 Teresa Batista e outras guerras, Sara Augusto.......... 707 Quando Jorge Amado seguiu Brecht: Castro Alves no palco, Sara Daniela Moreira da Silva.................. 723 Cacau e Suor de Jorge Amado: representações de consciência ideológica e militante, Sara Filipa dos Reis Madeira....... 731 Jorge Amado: a writer with a feminist vision, Sudha Swarnakar. 747 O casal Amado para crianças e jovens, Susana Ramos Ventura. 763 Cacau n’A selva: amizade e aproximações literárias de Jorge Amado e Ferreira de Castro, Tânia Ardito............ 775 O milagre em Jorge Amado e José Rodrigues Miguéis: Mar morto e O milagre segundo Salomé, Teresa Martins Marques.. 787 Lazarillos na boa terra: considerações acerca do gênero pica- resco na obra de Jorge Amado, Wagner Trindade........ 803 www.clepul.eu Apresentação Vania Pinheiro Chaves1 O conjunto de ensaios deste livro tem uma origem comum: o Coló- quio Internacional 100 anos de Jorge Amado. O escritor, Portugal e o Neorrealismo, realizado em Portugal, em novembro de 2012. Conce- bida pelo Grupo de Investigação 6 do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Faculdade de Letras da Universi- dade de Lisboa, com o fito de participar nas celebrações do centenário do escritor baiano, a iniciativa foi realizada em conjunto com o Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira), o Centro de Literatura Por- tuguesa (CLP) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e o Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A duração alargada do colóquio possibilitou a apresentação de um vasto leque de comunicações sobre a obra amadiana, nas quais espe- cialistas nacionais e estrangeiros focalizaram, especialmente a relação de Jorge Amado com Portugal e os neorrealistas. Analisados pela Co- missão Científica do Colóquio foram selecionados para publicação os ensaios que compõem este livro, que é publicado em versão eletrônica, devido à sua grande extensão, à maior possibilidade de difusão do e- 1 CLEPUL-FLUL. 10 Vania Pinheiro Chaves -book e à escassez dos nossos recursos financeiros. Com esta coletânea pretende-se contribuir não só para um conhecimento mais profundo e atualizado da obra amadiana, para a melhor compreensão da sua re- percussão em Portugal, mas também para o reforço dos vínculos que unem as literaturas do Brasil e de Portugal e para os estudos literários dos dois países. Nunca será demais recordar que Jorge Amado é, desde a sua apa- rição até hoje, o escritor brasileiro mais conhecido, editado e lido em Portugal2, bem como aquele que mais vezes visitou o país e o que mais amplas e profundas ligações manteve com as suas gentes. Ainda que, durante a ditadura salazarista, ele fosse um “escritor maldito” para as autoridades portuguesas e as suas obras não pudessem ser vendidas em Portugal, elas foram lidas e divulgadas de forma clandestina. Na dé- cada de sessenta, a entrada discreta e vigiada do escritor baiano em Portugal foi tolerada pelas autoridades, mas, após o 25 de abril, ele