PAISAGEM NA NEBLINA Os Sinos Da Agonia, De Autran Dourado

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PAISAGEM NA NEBLINA Os Sinos Da Agonia, De Autran Dourado CLAUDIA CRISTINA MAIA PAISAGEM NA NEBLINA Os sinos da agonia, de Autran Dourado Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Letras – Estudos Literários – da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Estudos Literários – Literatura Brasileira, elaborada sob orientação da Profa. Dra. Lyslei de Souza Nascimento. Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG 2008 Dissertação intitulada Paisagem na neblina: Os sinos da agonia, de Autran Dourado, de autoria de CLAUDIA CRISTINA MAIA, aprovada pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores: _______________________________________________________ Profa. Dra. Lyslei Nascimento – FALE/UFMG Orientadora _______________________________________________________ Profa. Dra. Mariângela de Andrade Paraizo – UFMG _______________________________________________________ Prof. Dr. Reinaldo Martiniano Marques – UFMG Profa. Dra. Ana Maria Clark Peres Coordenadora do Programa de Pós-Gradução em Letras - Estudos Literários – UFMG Belo Horizonte, 19 de março de 2008. Para Claudia Braga Aos meus pais, com amor. À pequena Luísa – meus olhos, nossa poesia. AGRADECIMENTOS A Lyslei Nascimento, modelo de seriedade no trabalho intelectual, pela orientação apaixonada, paciente, exemplar. Pelos muitos e preciosos ensinamentos. Ao Núcleo de Estudos Judaicos da Universidade Federal de Minas Gerais, que me recebeu com carinho. Ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro da Universidade Federal de São João del-Rei, pelas primeiras e valiosas experiências. Aos professores do mestrado, especialmente à Profª. Constância Lima Duarte. À sábia e carinhosa companhia da Profª. Beatriz Vaz Leão. Aos meus irmãos e familiares. A Paulinha, em especial, sempre generosa. A tia Naná, mais uma vez, pelo afeto com que acompanha minha formação. A Cinara Maia de Sá, pelo valioso presente. Aos amigos, “de rua e de mesmo teto”. Às minhas “sete flores”. A Cristia, Rosário e Vívien, pelas contribuições. A Elaine Martins, cúmplice de descobertas, leitora imprescindível. Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudos. RESUMO Estudo de Os sinos da agonia, de Autran Dourado, atentando-se para o caráter de palco e teatro da cidade encenada no romance, com exame das características dramáticas da arte barroca, que se traduzem na arquitetura e nos “espetáculos” políticos e religiosos da Vila Rica ficcionalizada, e também no modo de narrar do escritor mineiro. Nesse theatrum mundi, a bruma que envolve a cidade barroca é considerada elemento velador/desvelador da paisagem e também, emblematicamente, da rede intertextual construída no romance. Como as cortinas do teatro, a bruma se desfaz para a hora do espetáculo. O sino, outro elemento característico da cidade barroca, imprime um tom trágico e dramático à história de dor e paixão ali encenada. As cidades invisíveis de Italo Calvino, Irene e Sofrônia, são tomadas como contraponto para a reflexão do caráter de visibilidade e teatralidade da cidade de Vila Rica. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................09 1 O CENÁRIO BARROCO DA CIDADE: ESPAÇO E REPRESENTAÇÃO ....................14 1.1 A cidade barroca ........................................................................................................14 1.2 Uma contextualização histórica do barroco em Minas Gerais ............................25 1.3 A cidade barroca de Os sinos da agonia ...................................................................39 2 O TEATRO DO PODER .......................................................................................................59 2.1 Lendo imagens barrocas ...........................................................................................65 2.2 O teatro do mundo em Os sinos da agonia...............................................................69 3 PAISAGEM NA NEBLINA................................................................................................100 3.1 Na cidade, sinos e sinais .........................................................................................105 3.2 Retomada e repetição do barroco em Os sinos da agonia.....................................112 CONCLUSÃO.........................................................................................................................140 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................144 Ya sé que si para ser el hombre elección tuviera, ninguno el papel quisiera del sentir y padecer; todos quisieran hacer el de mandar y regir, sin mirar, sin advertir que en acto tan singular aquello es representar aunque piense que es vivir. Calderón de la Barca PAISAGEM NA NEBLINA 9 Os sinos da agonia, de Autran Dourado Claudia Cristina Maia INTRODUÇÃO Cada vez que vê, de cada lado, cada hora que vê, uma figuração, uma história diferente. Autran Dourado O romance Os sinos da agonia, de Autran Dourado, é a décima segunda obra da vasta produção do escritor mineiro, iniciada em 1947, com a novela Teia. Publicado em 1974, o romance tem como cenário a histórica cidade de Vila Rica, palco de desmandos e castigos políticos nas Minas do século XVIII. Esta dissertação pretende refletir sobre o estatuto de palco e teatro impresso à cidade ficcionalizada no romance, a partir do conceito de theatrum mundi, difundido no período barroco e com raízes na Antigüidade. O primeiro capítulo, “O cenário barroco da cidade: espaço e representação”, trata de um breve histórico sobre a cidade barroca, desde suas origens na Europa, intensamente marcada pelo capitalismo mercantilista e pelo despotismo político. Nesse contexto, procura-se destacar as características que mais influenciaram a cidade barroca mineira e, principalmente, a cidade de Vila Rica. Ainda no primeiro capítulo, é apresentada uma contextualização sobre a história de Vila Rica e a estética barroca, inclusive no que tange a seus aspectos visual, teatral e retórico, pressupostos utilizados para o estudo do romance. A comunhão entre os poderes político e religioso na colônia parece ter PAISAGEM NA NEBLINA 10 Os sinos da agonia, de Autran Dourado Claudia Cristina Maia contribuído, como nas cidades barrocas européias, para o desenvolvimento do espaço urbano, em que se procurou registrar, de forma eloqüente, toda a riqueza e a ostentação que marcaram o período. A bruma e os sinos, elementos que caracterizam essa cidade, são tomados como articuladores da narrativa, abrindo, assim, a leitura do romance. A primeira contribuiria para estabelecer um jogo entre o visível e o invisível e os segundos, para imprimir um tom trágico e dramático à narrativa, anunciando um espaço de teatralidade que se multiplica nos muitos palcos da cidade, esta considerada, aqui, palco público por excelência. No segundo capítulo, intitulado “O teatro do poder”, parte-se do conceito de theatrum mundi, que teria permeado a literatura de grandes artistas e escritores, a exemplo de Calderón de la Barca, Shakespeare, Machado de Assis, entre outros, para se chegar à definição da cidade de Vila Rica como cidade- palco. Os personagens do romance corresponderiam, assim, a diretores, atores e espectadores de uma história de crimes e paixões. Além disso, a arquitetura e os elementos barrocos presentes nas cerimônias civis e religiosas se inscreveriam como cenário desse teatro. A reflexão empreendida a partir dos textos literários daqueles autores, somada a textos históricos e teóricos que tratam da cidade e da arte barrocas, contribui na construção desta análise. Os estudos de Michel Foucault sobre o suplício e o de Luiz Nazario sobre os autos-de-fé inquisitoriais fornecem subsídios para uma reflexão sobre as práticas de castigo e punição utilizadas no PAISAGEM NA NEBLINA 11 Os sinos da agonia, de Autran Dourado Claudia Cristina Maia Brasil colonial, presentes no romance a partir do espetáculo da “morte em efígie” de um dos personagens da trama. Organizada sob a égide do representante do poder político nas Minas e apoiada pela Igreja, a cerimônia parece se constituir um exemplo de espetáculo para as massas. A descrição da festa do Triunfo Eucarístico apresentada no romance, a qual se baseou em livro de Simão Ferreira Machado, conforme declara o próprio Autran Dourado, permite que se estabeleça uma estreita aproximação entre as cerimônias promovidas para a punição de um condenado e aquelas de caráter religioso, a exemplo da procissão de Corpus Christi, o que denunciaria aquela comunhão entre os poderes político e religioso na Minas setecentista, cuja sociedade regia-se a partir dos valores ditados por esses poderes. O terceiro capítulo, “Paisagem na neblina”, trata, em linhas gerais, da rede intertextual empreendida por Autran Dourado, que retoma, além de mitos gregos, textos bíblicos e do século XVIII, constituindo-se um exemplo de romance contemporâneo que dialoga com as obras do passado. Mais que isso, publicado durante os anos da ditadura militar no Brasil, Os sinos da agonia, ao abordar as arbitrariedades políticas do século XVIII, entrecruza dois tempos históricos de repressão no país: o tempo ficcional da trama e o tempo de enunciação do romance. O estudo de Umberto Eco sobre “repetição” e “retomada” contribui para uma análise do caráter dessa estratégia ficcional de Autran Dourado. PAISAGEM NA NEBLINA 12 Os sinos da agonia, de Autran Dourado Claudia Cristina Maia Vale ressaltar que as correspondências entre os personagens do romance
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