Yemanjá, Uma Sereia? O “Mito” Africano No Imaginário De Pescadores Do Rio Vermelho Em Salvador, Da Bahia
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YEMANJÁ, UMA SEREIA? O “MITO” AFRICANO NO IMAGINÁRIO DE PESCADORES DO RIO VERMELHO EM SALVADOR, DA BAHIA Celiana Maria dos Santos Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Relações Etnicorraciais, do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de mestra. Orientador: Professor Dr. Sérgio Luiz de Souza Costa Rio de Janeiro Dezembro/2013 ii YEMANJÁ, UMA SEREIA? O “MITO” AFRICANO NO IMAGINÁRIO DE PESCADORES DO RIO VERMELHO EM SALVADOR, DA BAHIA Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Relações Etnicorraciais do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca CEFET/RJ, como parte dos requisitos à obtenção do título de mestre. Celiana Maria dos Santos Aprovada por: ______________________________________________________________ Presidente, Prof. Sérgio Luiz de Souza Costa, Dr. (Orientador) _______________________________________________________________ Prof. Álvaro de Oliveira Senra, Dr. ______________________________________________________________ Profª. Tereza Maria Rolo Fachada Levy Cardoso, Dra. Rio de Janeiro Dezembro/2013 iii Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do CEFET/RJ S237 Santos, Celiana Maria dos Iemanjá, uma sereia? O “mito” africano no imaginário de pescadores do Rio Vermelho, em Salvador, da Bahia / Celiana Maria dos Santos. – 2013. xiv, fl.:92 il. color.; enc. Dissertação (Mestrado) Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, 2013. Bibliografia: f. 90-92 Orientador: Sérgio Luiz de Souza Costa 1 Cultura afro-brasileira. 2. Iemanjá (orixá). 3. Mitologia africana. 4. Identidade social. 5. Pescadores – Bahia. I. Costa, Sérgio Luiz de Souza (0rientador). II. Título. CDD 305.896081 iv Dedicatória Dedico este trabalho às Energias Sobrenaturais que me dotaram de força criadora e mobilizadora. A todas as pessoas que fazem do autoconhecimento o caminho indispensável para transcender seus próprios limites. v Agradecimentos À minha mãe, Maria Venina, pela referência de disposição para fazer bem feito as coisas a que se propõe. Ao meu pai, Antonio Paulo (in memoriam), pela afabilidade e bom humor, que sempre o caracterizaram nas mais delicadas circunstâncias da vida. Aos irmãos e irmãs integrados(as) pelo mesmo chão: Santo Amaro da Purificação/BA. Aos meus filhos Milena, Adaceli e Franco, fonte incessante de rebuscamentos de minha existência. Aos/às meus/minhas netos(as) Rian, Luara, João Pedro, Raul, Prince e Ludmila, pelas presenças inspiradoras. À amiga/irmã Delma Boa Ventura, aos amigos/irmãos Roberto da Cruz Melo e Sinval Teles Sacramento, e à queridíssima Geny Ferreira Guimarães, pela solicitude e apoio incondicionais. A Severiano Joseh, pela fraternidade e torcida. Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), laboratório de fecundas experiências profissionais e socioafetivas, em especial ao professor Albertino Ferreira Nascimento Jr. Ao Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), por tornar possível o exercício do pensar e do fazer diferente. Aos/às docentes do mestrado acadêmico em Relações Étnico-raciais do CEFET-RJ. Especiais agradecimentos: Ao professor Roberto Carlos da Silva Borges, primeiro coordenador do Mestrado Acadêmico em Relações Etnicorraciais pela proficiência e franco estímulo ao desenvolvimento deste trabalho. Ao professor Sérgio Luiz Souza da Costa, meu orientador, pela confiança e pela compreensão de minhas limitações para conciliar trabalho e pesquisa. vi A todos(as) os/as colegas do Mestrado Acadêmico em Relações Étnico-raciais do CEFET-RJ, pelo gentil e prazeroso convívio. À jornalista do Jornal A Tarde, Cleidiana Ramos, pela amabilidade e constante solicitude diante dos meus apelos. Ao professor Ordep Serra, antropólogo da Universidade Federal da Bahia, pelo desprendimento em me receber. Ao professor do Colégio Estadual Maria de Lourdes Parada Franch, Rosenilson Fernandes e a toda a equipe de trabalho, pela fraternidade e solidariedade. Ao presidente da Colônia de Pescadores Z1, da cidade de Salvador/BA, Marcos Souza “Branco”, pela receptividade e cooperação em atender às necessidades deste projeto. Aos pescadores: “Pai Velho”, “Cumprido”, “Mantega”, “Pigmeu”, “Bala na Testa”, Milton, pela ventura da simplicidade e indispensável contribuição para a realização desta pesquisa. À Mãe Aíce, yalorixá do Terreiro Odé Mirim, da cidade de Salvador. A Mãe Vera, yalorixá do Terreiro de Oxóssi de Mutalambô, pelo acolhimento e imensa compreensão. Aos meus/minhas ex-alunos(as), por todas as experiências compartilhadas. A Armando Raúl Gömöry, pelo amor e pelo companheirismo traduzidos, sobretudo, pelos registros das imagens em forma de vídeos e fotografias. A todas as pessoas que não foram citadas, mas, lembradas por suas presenças direta e indiretamente. Às pedras no caminho por me desafiar, no sentido de reinventar alternativas de superação. vii RESUMO YEMANJÁ, UMA SEREIA? O “MITO” AFRICANO NO IMAGINÁRIO DE PESCADORES DO RIO VERMELHO EM SALVADOR, DA BAHIA Celiana Maria dos Santos Orientador Prof. Dr. Sérgio Luiz de Souza Costa Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca CEFET-RJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de mestra O presente trabalho consiste de um conjunto de reflexões acerca da ideia de imaginário e mito e seus significantes no lugar da cultura, relacionando-a com elementos que produzem luz para uma aproximação entre o real e o simbólico na construção de identidades. Propõe-se analisar representações do “mito”, circundado por variáveis que deslocam sentidos, conforme os tempos e os lugares. Ao focalizar um coletivo de pescadores da cidade de Salvador e suas representações sobre Yemanjá, objetiva investigar imaginários em torno da divindade africana yorubá, buscando identificar os novos significados a ela emprestados no Brasil. Nesta perspectiva, estabelece um diálogo com as produções teóricas de Stuart Hall, Muniz Sodré, Barthes, Mellucci, Bhabha, Verger, Prandi e outros, gerando uma discussão em torno de identidade, cultura e mitologia no mundo contemporâneo. No âmbito dos estudos sobre mitologias e imaginários evoca trabalhos de Eliade, Durand, Malinowski, Prandi e Verger. Problematiza conceitos em torno da hipótese de “pureza” cultural, ao tempo em que reconhece artifícios ideológicos nas configurações semânticas e materiais que envolvem o conceito de cultura. Desenvolve-se por meio do coletivo de pescadores da Colônia Z1, situada no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. A pesquisa de campo, aliada a elementos da pesquisa documental, ofereceu instrumental metodológico para a realização dos objetivos, por possibilitar a escuta sensível aos sujeitos/protagonistas do universo da pesquisa em questão. Palavras-chave: Cultura; Identidade; Mito; Pescadores; Yemanjá Rio de Janeiro Dezembro/2013 viii ABSTRACT YEMANJA, A MERMAID? The "Myth" THE AFRICAN IMAGINATION OF RED RIVER FISHERMEN IN SALVADOR, BAHIA Celiana Maria dos Santos Advisor Prof. Dr. Sérgio Luiz de Souza Costa Abstract of dissertation submitted to Programa de Pós-graduação of the Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, CEFET-RJ as partial fulfillment of the requirements for the degree of master The present work consists of a set of reflections about the myth idea and it’s significant in the place of culture, connecting of it with elements that produce light for n approximation between the reality and the symbolic in the symbolic in the of identities constructions. Proposed to analyze the representations of the "myth", surrounded by variables that move senses, according to the times and the places. While focusing a group of fishermen from Salvador’s city and it’s representations about Yemanja, it aims to investigate dynamism produced around divinity Yoruba during the African Diaspora, looking to identify the new meanings to her borrow in Brazil. In this perspective, establishes a dialogue with the theoretical productions of Stuart Hall, Muniz Sodré, Barthes, Mellucci, Bhabha, Verger, Prandi and others, producing discussion around identity, culture and mythology in the contemporary world. In the context the of studies on mythologies and imaginary it evokes works of Eliade, Durand, Malinowski, Prandi and Verger. Problematic concepts around hypothesis of cultural "purity", to the time which recognizes ideological stratagems in the semantic and material configurations that wrap the concept of culture. At the same time, Yoruba looks for approximation around a divinity of the African Yoruba pantheon, through the fishermen’s collective of the Colony Z1, situated in the district of Rio Vermelho in Salvador, represented by the image/sculpture of a feminine figure in mermaid’s form, at the front Colony Z1. The field work allied to elements of the documentary inquiry, offers methodological of legitimating of the objectives, because of favoring the sensitive listening to the people, protagonists of the universe inquiry to the question. Keywords: Culture; Identity; Myth; Fishermen; Yemanjá. Rio de Janeiro Dezembro/2013 ix Sumário Introdução ................................................... ..................................................................1 I. Universo da pesquisa ......................................................................................................... 5 I. 1 Mapeando as relações etnicorraciais....................................................................................5