Cantora Americana Stacey Kent Lança Álbum Cheio De Bossa. A
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S’il vous plait, donnez nous, donnez leur du Beau, du Beau dans tous les sens, du Beau pour tous les sens, du Beau même quand il fait noir, du Beau surtout quand il n’y a rien a voir. S’il vous plait, donnez nous nous Beau ! Mais bon Dieu, du Beau, mais pour quoi faire ? Du Beau pour en faire du rêve pardi ! Du Beau pour donner envie d’aimer, d’espérer, de se respecter, d’arrêter enfi n de mépriser notre terre. Du Beau enfi n et surtout, pour leur éviter de devenir moins que Rien. Le Philosophe a dit que « la fi nalité de la Vie, c'est l'admiration du Beau, qu’il est un luxe totalement inutile, mais dont l'homme ne sau- rait se passer pour continuer à devenir ce qu'il est ». Il n’ignorait pas sans doute que le pouvoir de la beauté sur l’Homme est résolument plus fort que celui d’une armée. Qu’y a-t-il en effet de plus beau et de plus fort que le sourire de sa mère pour un bambin en détresse, qu’un ciel qui la nuit s’illumine de milliards d’étoiles sous les yeux d’un voyageur perdu, que des notes qui s’échappent d’une guitare, qu’une voix douce qui nous chante un Jardin d’Hiver, qu’un éclat de rire qui déchire le silence un soir de « blues ». Bien souvent à Rio quand je marche dans la rue je croise des regards d’enfants; ils ont ce petit je ne sais quoi au fonds des yeux qui hurle à la trêve dans leur monde prison. Alors je me dis, que se passe-t-il ? Ils ont la beauté pour compagnon, des sourires et des fl eurs tout autour d’eux, mais ils ne les voient pas; la beauté serait-elle un compagnon absolument impossible quand la misère est à votre porte ? Le Poète a dit « la misère est moins triste au soleil », pourtant celui d’Ipanema ou de Copacabana ne les empêchera pas plus tard de s’exprimer autrement que par la laideur de la violence. Ils deviendront bien vite comme ils disent, « raccord » avec leur décor, « ton sur ton » avec les tôles et les bidons qui forment leur ville, en parfaite harmonie avec la tristesse de leur ignorance. Ils rêveront aussi souvent qu’un jour ils seront riches, mais sait-on à 5ans, à 20 ans que l’on peut être riche de tout ce dont le monde se fi che, que l’on peut croire gagner sa vie alors qu’on la perd. Alors comment permettre à chacun de gagner sa bataille si ce n’est par le Beau, celui que leur apporteront demain l’Education et la Culture. Le sage a dit « La culture, c’est ce que l’homme a inventé pour rendre le monde vivable et la mort abordable ». Il est là, j’en suis sur, le secret de leur enfance; elle est là la clé de leur richesse, de leur bonheur à venir. En cette année 2009, où Paris est à l’honneur de la « Cidade de Deus » aux cossus salons de Brasilia, il est là le message essentiel de la France à la jeunesse du Brésil. Emmanuel de Ryckel Com Toots Thielemans em Outubro de 2007 próprio autor como uma obra ainda imatura. É in- teressante observar que Vian debuta com esse extenso e meticuloso trabalho com formas fi xas, experimentando diferentes metros de verso, bem como diferentes combinações de rimas. Já neste livro, a utilização de um humor corrosivo mostra A obra poética de Boris Vian uma visão de mundo iconoclasta e, indiretamen- te, uma dessacralização do discurso poético. À Boris Vian começou a se revelar já nos títulos de alguns de seus textos. criação dos sonetos, seguirão quatro volumes de Vejamos alguns exemplos, traduzidos livremente: Vou cuspir nos seus poesia: Barnum´s Digest, Cantilenas Gelatiniza- túmulos, A espuma dos dias, Os mortos têm todos a mesma pele, Ou- das, Poemas Inéditos e Não queria partir. Vian, tono em Pequim, E mataremos todos os horrorosos, As formigas, O es- que começou com uma poesia formal, inverterá quartejamento para todos, Elas não se dão conta, O arranca-coração, os sinais de seu projeto e percorrerá um caminho Os construtores de Império ou o Schmürz, Cantilenas gelatinizadas, que vai do verso geralmente livre no segundo Não queria partir, O lanche dos generais, Na frente de Zizique, Atrás de livro, até culminar, sob a forma de um ritornelo, Zizique, Escritos pornográfi cos etc. etc. Imagens de morte, violência, no predomínio do verso metrifi cado em seu livro poder, associadas no mais das vezes a sinais de menosprezo moral e fi nal. à questão racial. Imagens erótico-pornográfi cas. Imagens líricas. Per- cebemos portanto, já nos títulos, alguns dos elementos que sintetizam a imaginação do autor: tendência ao deboche e ao sarcasmo, macabro ou violento, associada a grande sensualidade e lirismo. Querendo di- ferenciar o humor em Boris Vian de um humor meramente macabro, humor negro, Caradec, no prefácio de um de seus livros, chamou-o de «humor vermelho». O mundo de Vian é sobretudo o da «emancipação dolorosa do adulto que se separa da adolescência». E o mundo adulto é visto por ele como bloqueio, como opressor, aniquilador. Neste sen- tido, Vian se aproxima de Kafka. No extremo desse ponto de vista há a guerra: a forma mais sofi sticada e degradante de trabalho, já que nela se trabalha para gerar novos trabalhos. A obra poética de Boris Vian pode parecer exígua perto dos mais de 40 livros publicados em vida, mas certamente é o motor de sua criação, isto é, irradia e ecoa por toda sua atividade criativa, dos romances às canções, e por isso mesmo é uma boa porta de entrada para o restante da obra. Entre 1939, prova- velmente, e 1944, Boris Vian escreve 105 sonetos, acrescidos de meia- dúzia de baladas, que seriam publicados postumamente sob o título de Cem Sonetos (fazendo trocadilho com a homofonia de Cem Sonetos, do número 100, e Sem Sonetos, isto é, nada). Trata-se de sua primeira obra escrita, tentativa músico-matemático-literária, considerada pelo Boris, Engenheiro mecânico Estudou engenharia mecânica. Em 1942 começou a trabalhar na fábrica AFNOR. Entrou em confl ito com a administração por estar sempre a corrigir er- Boris, Boémio ros ortográfi cos dos superiores. Publicou os primeiros Boris Vian nasceu em Ville d’Avray, em 1920. Aos 8 escritos sob os pseudónimos Bison Ravi e Hugo anos, lia Corneille, Racine, Molière e Maupassant. Hachebuisson em 1944-45. Escreveu “Vercoquin et Aos 12, sofreu de complicações cardíacas. Era um le plancton” (publicado em 1947) para onde transfe- boémio: festas-surpresa, altas-velocidades e trocadil- re o clima de absurdo organizacional da fábrica. Foi hos em rima eram os passatempos. Interessou-se por despedido em 1946. O livro fê-lo conhecer Raymond jazz e em 1937 entrou no Hot Club de França (tocava Queneau, escritor, na altura editor da Gallimard. trompete). Começou a trabalhar na Offi ce du Papier. ...e «déspota» Dias antes de morrer, deu uma festa na «va- randa dos três déspotas» - Vian, Prévert e Ergé - em honra do barão Mollé, recém-eleito cura- dor dos Patafísicos. Foi a mais bela reunião, o apogeu do grupo, com Henri Salvador, Noël Arnaud, Pierre Kast ou René Clair. O «déspota» Latis pronunciou o elogio fúnebre de Vian, que sofria já de complicações cardíacas. «Morrerei antes dos 40», disse. Os médicos obrigaram-no a deixar o trompete. Morreu de ataque cardíaco, Boris “Matador”... em 1959. Tinha 39 anos. Foi nomeado «matador de primeira classe» no Co- légio dos Patafísicos. A Patafísica é a ciência das soluções imaginárias: a missão era «explorar os campos negligenciados pela física e metafísica». O grupo tinha um pai espiritual (Alfred Jarry, escritor, morreu em 1907) e reunia o barão Mollé (amigo de Jarry e de Apollinaire), Michel Leiris, Ionesco, Henri Robillot, Pascal Pic, Jacques Prévert. Boris, Escritor apaixonado por jazz Escreveu em três meses «A Espuma dos dias», com que concorreu ao prémio da Pléiade, que não recebeu, apesar dos apoios de Queneau, Beauvoir e Sartre, com quem convivia. Escreveu em 1946 «Chronique du men- teur» em vários números do «Temps Modernes». Publi- cou também «J’irai cracher sur vos tombes» sob pseu- dónimo de Vernon Sullivan, um «best-seller» censurado em 1949. Trabalhou na orquestra de jazz de Claude Abadie. Foi também trompetista e animador no bar «Le Tabou» em Saint-Germain, onde se reuniam artistas. Escreveu «L’Equarrissage pour tous», que adaptou para teatro: um fracasso. Em 1948 conheceu Duke Ellington, de visita a Paris. As edições Toutain publicaram «A erva vermelha» (1950), recusado pela Gallimard. Como es- critor , compositor e Diretor musical da empresa de dis- cos Barclay Boris Vian, introduziu com Henri Salvador o Rock na França em 1957 com Rock and Roll Mops. Peterson era um dos músicos de jazz - e Peterson tinha formação erudita e durante tos antológicos. “Se tirar- um dos últimos gigantes do gênero - mais décadas esteve situado no topo da cadeia mos a fronteira imaginária conhecidos e respeitados no mundo, in- dos pianistas de jazz com sua técnica que separa os dois países, cluindo o Brasil, onde se apresentou di- mágica, marcada por velocidade, força teremos a mesma cultura, versas vezes, desde 1978. A última foi em e elegância ao mesmo tempo, seus solos os mesmos discos, as mes- 1998, quando, além de dois concertos no frenéticos e um suingue absurdo nas duas mas estações de rádio. Por Teatro Municipal, tocou para uma multi- mãos. Nascido em Montreal, no dia 15 de isso, não há nada de es- dão no Parque do Ibirapuera.