A Revolução Russa No Socialismo Francês
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10 ANOS Aurora revista de arte, mídia e política ISSN 1982-6672 - São Paulo, v.10, n.30, out.-dez.17 DOSSIÊ CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO RUSSA Conselho Editorial Ana Amélia da Silva (PUC-SP) Celso Fernando Favaretto (USP) Fernando Antonio de Azevedo (UFSCAR) Gabriel Cohn (USP) José Luis Dader García (Universidad Complutense de Madrid) Laurindo Lalo Leal (USP) Maria do Socorro Braga (UFSCAR) Maria Izilda Santos de Matos (PUC-SP) Miguel Wady Chaia (PUC-SP) Raquel Meneguelo (UNICAMP) Regina Silveira Silvana Maria Correa Tótora (PUC-SP) Yvone Dias Avelino (PUC-SP) Venício Artur de Lima (UnB) Vera Lucia Michalany Chaia (PUC-SP) Victor Sampedro Blanco (Universidad Rey Juan Carlos) Editores Rosemary Segurado, PUC-SP, Brasil Rodrigo Estramanho de Almeida, FESPSP, Brasil Editora Assistente Tathiana Senne Chicarino, PUC-SP, Brasil Comitê Editorial Silvana Gobbi Martinho, PUC-SP, Brasil Marcelo Burgos Pimentel dos Santos, UFPB, Brasil Bruno Carriço Reis, Universidade de Cabo Verde, Cabo Verde Eduardo Luiz Viveiros de Freitas, Estácio-Uniradial - SP, Brasil Claudio Luis de Camargo Penteado, UFABC, Brasil Miguel Wady Chaia, PUC-SP, Brasil Rose Rosemary Segurado, PUC-SP, Brasil Vera Lucia Michalany Chaia, PUC-SP, Brasil Cristina Maranhão, PUC-SP, Brasil Syntia Alves, PUC-SP, Brasil Rafael de Paula Aguiar Araújo, PUC-SP, Brasil Revisão de texto Deysi Cioccari Arte e Diagramação Yasmin Mancini Aurora: revista de arte, mídia e política é uma publicação do NEAMP - Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 . Aurora revista de arte, mídia e política ISSN 1982-6672 - São Paulo, v.10, n.30 Sumário Nota dos Editores 4-5 Apresentação 6-8 Dossiê - 100 anos da Revolução Russa O poeta como crítico: “O poeta sobre a crítica”, de Marina Tsvetáieva, no 9-22 contexto da literatura russa de emigração e sua imprensa Paula Costa Vaz de Almeida Companheiras de revolução, dissidentes da história: a questão da mulher 23-38 artista soviética Thiane Nunes Jogos de espelhos: a Revolução Russa no socialismo francês (1917-1920) 39-54 Sabrina Areco Arte e revolução em Trotsky e Breton 55-64 Michel Silva Operário e mulher kolkosiana: a obra prima de Vera Mukhina 65-88 Lucas Gervilla, Rosangella Leote e Jorge Ribail Reyes Artigos O binômio produção/consumo e a origem dos quadrinhos 89-106 Rodrigo Otávio dos Santos Heidegger e Žižek: notas a respeito do conceito de revolução como crítica 107-128 ao liberalismo Victor Hugo de Oliveira Marques Abordagens e métodos para o estudo das mídias sociais na comunicação 129-146 política Jean Burgess e Axel Bruns Approaches and methods for the study of social media in political 147-159 communication Jean Burgess and Axel Bruns Uma eleição de ‘piados’ autocentrados: análise do uso do Twitter nas 160-179 cibercampanhas paulistanas em 2016 Claudio Luis de Camargo Penteado, Natasha Bachini, Tathiana Senne Chicarino, Pedro Malina e Denis Carneiro Lobo An election of self-centered tweets: analysis of Twitter usage in the 2016 180-199 São Paulo mayoral election Claudio Luis de Camargo Penteado, Natasha Bachini, Tathiana Senne Chicarino, Pedro Malina and Denis Carneiro Lobo Impeachment de Dilma Roussef e o debate no Twitter 200-224 Rosemary Segurado, Luis Eduardo Tavares, Rafael de Paula Aguiar Araújo, Tathiana Senne Chicarino, Pedro Malina e Denis Carneiro Lobo The Impeachment of Dilma Rousseff and the debate on Twitter 225-249 Rosemary Segurado, Luis Eduardo Tavares, Rafael de Paula Aguiar Araújo, Tathiana Senne Chicarino, Pedro Malina e Denis Carneiro Lobo Resenha SZONDI, Peter. Ensaio sobre o trágico. Trad. Pedro Süssekind Rio de 250-252 Janeiro: Jorge Zahar, 2004 SILVEIRA, José Renato Ferraz Fotos Havana, Cuba, 2017 253-255 Paulo Rodrigo Iannone Errata à edição 27 Quid vitae? Uma política dos movimentos aberrantes Na Revista Aurora vol. 9, n. 27 (2016) na resenha do livro de LAPOUJADE, David. Deleuze, os movimentos aberrantes. (Trad. de Laymert Garcia dos Santos. São Paulo, n-1 edições, 2015. 319 pp) cometi um equívoco ao afirmar ter sido esse filósofo genro de Gilles Deleuze. Na verdade, Lapoujade nunca fora genro de Deleuze, mas, sim, seu aluno e, posteriormente, seu amigo. Agradeço a Revista Aurora por conceder-me esse espaço para o registro dessa errata. Silvana Tótora. Nota dos editores A revista Aurora completa 10 anos de atividades e atinge a marca de 30 números dedicados à reflexão e crítica sobre a arte e a mídia na relação com a política e a sociedade. Além, em 2017 o Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política (NEAMP) do Departamento de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) - grupo criador da Aurora - completou 20 anos de existência. 4 Assim, o texto de abertura dessa edição, escrito por Vera e Miguel Chaia, é uma nota comemorativa - do Núcleo e seu principal veículo -, registrando o percurso que agrupou e agrupa quatro dezenas de pesquisadoras e pesquisadores, entre estudantes e professores das ciências humanas e sociais. O número também organiza um dossiê pautado no centenário da Revolução Russa de 1917. A seção especial é composta por cinco artigos que relacionam a história desse importante acontecimento histórico e político com a literatura e as artes visuais. Vale ressaltar que em três desses textos é o papel da mulher no processo revolucionário que move as reflexões. Vale, pois, a leitura de um tema longínquo e deveras atual pelo enfoque aqui obtido. A seção destinada à artigos abre com uma reflexão sobre produção e consumo de quadrinhos na contemporaneidade seguida de um texto voltado ao conceito de revolução como crítica ao liberalismo. A seguir, no conjunto de 3 artigos publicados em inglês e português, são apresentados os resultados do projeto de cooperação internacional intitulado Development of shared methodologies for the analyses of networked political practices, financiado pela FAPESP e desenvolvido ao longo de 2 anos por pesquisadores da Aurora: revista de arte, mídia e política, São Paulo, v.10, n.30, p. 4-5, out.2017-jan.2018 QUT (Queesland Universit of Technology) da Austrália e pelos pesquisadores do NEAMP da PUC/SP. Os textos apresentam métodos do campo da comunicação política, bem como analisam a utilização de dispositivos digitais e virtuais na articulação de redes sociais com o objetivo de dinamizar e descentralizar o debate político, de ampliar as possibilidades de organização das ações coletivas e de processos de resistência, incorporando os sujeitos aos debates sobre as questões sociais e políticas. Os artigos dessa seção propiciam uma reflexão sobre como as redes sociais potencializam determinadas questões do campo social e podem catalisar sentimento de protesto ou de indignação em algumas convocatórias, demonstrando uma capacidade que há muito os partidos políticos e movimentos sociais tradicionais vêm perdendo. A edição traz ainda uma resenha sobre o Ensaio sobre o trágico de Peter Szondi, bem como uma seção com fotos realizadas em Havana por Paulo Iannone. Desejamos a todas e todos uma excelente leitura! 5 Os editores Aurora: revista de arte, mídia e política, São Paulo, v.10, n.30, p. 4-5, out.2017-jan.2018 20 anos de NEAMP, 10 anos de AURORA! O Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política (NEAMP) da PUC-SP foi criado em 1997 visando atender os interesses acadêmicos por estudos e pesquisas, sob uma perspectiva política, nas áreas da arte e da mídia. Na década em questão, dois grandes fenômenos já se encontravam definidos e interferindo fortemente não apenas na vida cotidiana, mas de forma estrutural afetando a esfera da prática política e do pensamento teórico da Ciência Política. Assim, a origem do NEAMP está relacionada a um primeiro fenômeno, qual seja a crescente estetização da política e da economia. Com a experiência 6 dos regimes totalitários na Europa a partir da década de vinte do século passado descobriu-se o potencial da estética para fazer avançar o processo político em direção às transformações sociais e econômicas, perseguidas por regimes como o fascismo, o nazismo e o comunismo. Neste sentido, a arte e seus desdobramentos recuperam na sociedade de massa o seu potencial transformador já indicado pelos gregos clássicos. Por sua vez, nos anos 60 verifica-se o deslocamento do poder estético do Estado para as mobilizações da sociedade, como, por exemplo, o movimento situacionista que influencia as mobilizações de maio de 1968. Desta forma, a arte passa a ser requisitada ou instrumentalizada tanto pelos poderes institucionais e regimes políticos quanto pelas mobilizações e levantes que desejam a radical transformação social. Assim, a política deixa explícito que está permanentemente em busca de uma estética. O NEAMP traz em seu fundamento este primeiro aspecto da continuidade da importância das diferentes relações entre arte e política, mas que a partir das experiências do nazismo e da formação da União Soviética tornam-se potentes, a ponto da questão arte-política ser apropriada também pelos movimentos sociais de recusa do sistema, a partir dos anos 60. O Núcleo passa a pesquisar literatura, Aurora: revista de arte, mídia e política, São Paulo, v.10, n.30, p. 6-8, out.2017-jan.2018 teatro, artes plásticas, tanto enquanto realidade em si mesma quanto no conjunto das relações sociais. Também entra na área de interesse de pesquisa o poder da estética e o funcionamento das campanhas políticas, do marketing e, inclusive, do comportamento político. O segundo fenômeno que influenciou a criação do NEAMP diz respeito aos impactos dos saltos tecnológicos sobre a prática política. De várias maneiras estes dois acontecimentos se aproximam e juntos imprimem novas feições e novas dinâmicas ao fazer político. Em comum, a discussão a viabilidade da democracia numa sociedade de massa remete ao debate das possibilidades e dos limites da política numa situação da indústria cultural e das revoluções tecnológicas.