Universidade De São Paulo Escola De Comunicações E Artes
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES ISABELLA REGINA OLIVEIRA GOULART Perdidos na tradução: as representações da latinidade e as versões em espanhol de Hollywood no Brasil (1929-1935) São Paulo 2018 ISABELLA REGINA OLIVEIRA GOULART Perdidos na tradução: as representações da latinidade e as versões em espanhol de Hollywood no Brasil (1929-1935) Versão Original Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, Linha de Pesquisa História, Teoria e Crítica, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, como requisito para obtenção do título de Doutora em Ciências. Orientador: Prof. Dr. Eduardo Victorio Morettin São Paulo 2018 Nome: GOULART, Isabella Regina Oliveira Título: Perdidos na tradução: as representações da latinidade e as versões em espanhol de Hollywood no Brasil (1929-1935) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, Linha de Pesquisa História, Teoria e Crítica, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, como requisito para obtenção do título de Doutora em Ciências. Aprovada em: Banca Examinadora: Prof. Dr. _______________________________________________________________ Instituição:_____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Prof. Dr. _______________________________________________________________ Instituição:_____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Prof. Dr. _______________________________________________________________ Instituição:_____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Prof. Dr. _______________________________________________________________ Instituição:_____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Prof. Dr. _______________________________________________________________ Instituição:_____________________________________________________________ Julgamento: ____________________________________________________________ Aos meus pais, Maria Ângela e José Ao Bruno Aos meus alunos AGRADECIMENTOS Aos meus: à Carmela e ao Niko, minhas grandes companhias de escrita e de todos os dias, ao Bruno, por ficar ao meu lado. Obrigada por ter sido meu maior interlocutor, por me ajudar nas Ciências Sociais, pelo amor e por ter escolhido ser meu companheiro. À minha família de longe e de perto: meus pais, Maria Ângela e José, minhas irmãs, Lorena e Ana Letícia, meus tios, primos, sogros, cunhados e sobrinhos, por respeitarem minha ausência e se orgulharem de mim. Aos meus pais, novamente, pelo apoio sempre incondicional. Ao meu orientador, Prof. Dr. Eduardo Morettin, pelas revisões criteriosas que tanto contribuíram para o texto, pela orientação que me fará pensar adiante, pela compreensão e por ter me guiado até aqui. Ao Henrique Lages, minha cabeça nas Ciências Exatas, cujo trabalho organizando os dados coletados foi essencial para que eu conseguisse dimensioná-los. Ao Pedro Lapera, tão generoso com minhas pesquisas em todos os nossos anos de amizade. Ao Dennis Stenos- Posidente e à Camilla Felicori pelas traduções. Vocês formaram meu esquadrão. A todos os meus alunos do FIAM-FAAM Centro Universitário: obrigada por me ensinarem tanto. As trocas com vocês ajudaram este trabalho a caminhar para a direção que eu acreditava. Ao Anderson, Carlos, Celso, Dilson, Danielle, Fabio, Gustavo, Jessica, Marcelo, Patricia, Rodrigo e Taina pelo debate sobre as versões de Drácula. Aos amigos e colegas que me apoiaram nestes quatro anos: Tainah Negreiros, Mariana Queen Nwabasili, Gabriela Andrietta, Izabel de Fátima Cruz Melo, Lena Suk, Cyntia Calhado, Érika Caramello, Rafael Grohmann, o querido grupo de orientados do Professor Eduardo Morettin, entre tantos outros. Ao Fernando Leme, pela confiança, parceria e por ter facilitado minha caminhada até aqui sempre que pôde. A todos os meus amigos, obrigada pela torcida. À Isadora Rangel, que não conheci, mas que em um momento difícil de 2017 me ensinou que “vai ficar tudo bem”. “Eles pensam, quase todos, que o Brasil por estar na América do Sul, é mercado franco para o filme falado em espanhol. Mas não estará o cinema brasileiro vigilante e atento para impedir as aberrações?” L. S. Marinho, Cinearte, v. 5, n. 221, 21 mai 1930, p. 30, 31 RESUMO Esta tese aborda a circulação no Brasil de versões em espanhol produzidas por estúdios de Hollywood nos primeiros anos do cinema sonoro. Procuramos identificar nestes filmes algumas representações que os produtores norte-americanos vincularam à identidade latina. Temos o Rio de Janeiro e São Paulo como recorte geográfico, a partir da pesquisa histórica de recepção nas revistas Cinearte e A Scena Muda e nos jornais Correio da Manhã e O Estado de São Paulo. Entre 1930 e 1935, esses periódicos mencionaram uma série de produções hollywoodianas em língua espanhola, que nossas revistas consideraram inferiores aos filmes originais em inglês devido à barreira da língua e aos padrões de qualidade cinematográficos estabelecidos. Visamos demonstrar como a recepção das versões pela imprensa carioca e paulistana marcou o distanciamento que alguns grupos de nossa elite cultural projetavam em relação à América Latina, bem como um espelhamento nos Estados Unidos, afirmando uma relação imperialista pela via da cultura. Palavras-chave: versões em espanhol, cinema sonoro, Hollywood, latinidade, história do cinema brasileiro ABSTRACT This dissertation approaches the circulation in Brazil of the Spanish-language versions produced by Hollywood Studios in the early years of sound cinema and aim to identify in these films some representations of Latinidad made by American producers. The cities of Rio de Janeiro and Sao Paulo constitute the geographic approach. The magazines Cinearte and A Scena Muda, and the newspapers Correio da Manhã and O Estado de São Paulo were the main reference for the historical research. Between 1930 and 1935 these journals mentioned some Hollywood Spanish-language productions, which Brazillian magazines considered worse than the original English-language films because of the language barrier and the established film quality standards. This work aims to demonstrate how the reception of the Spanish-language versions by the Brazilian press marked the distancing that some groups of Brazil´s cultural elite projected towards Latin America, as well as a mirroring in the United States. It marks an imperialist relation through culture. Keywords: Spanish-language versions, sound cinema, Hollywood, Latinidad, Brazilian film history SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................. ......9 PARTE I - DOS EUA PARA A AMÉRICA LATINA ........................................................ 32 CAPÍTULO 1 - A chegada do som significou o fim do alcance internacional dos filmes? A nova configuração mercadológica da indústria e as versões em espanhol ........................ 32 1.1. O som fílmico na narrativa clássica: técnica e estilo ................................................ 33 1.2. Cinema sonoro e cinema falado .................................................................................. 34 1.3. Como exportar o som? O advento das versões .......................................................... 43 1.4. As versões em espanhol ............................................................................................... 55 CAPÍTULO 2 - De Hollywood para os latinos: a negociação da latinidade ..................... 73 2.1. O latino como Outro .................................................................................................... 73 2.1.1. A ficção da conquista ............................................................................................ 80 2.1.2. Barreiras linguísticas e culturais para as versões em espanhol ........................ 87 2.2. O vampiro, a harlot e a dark lady: as versões de Dracula (1931) ............................. 96 2.3. As comédias burlescas ............................................................................................... 121 2.3.1. Espanhol fonético e bufões WASP: as versões de Laurel e Hardy ................. 123 2.3.2. Uma metáfora para o fracasso das versões: Buster Keaton ............................ 128 PARTE II - BRASIL ............................................................................................................ 137 CAPÍTULO 3 - O cavalo de Tróia de Hollywood: talkies e versões no Rio de Janeiro e São Paulo ...................................................................................................................................... 137 3.1. A recepção dos talkies em A Scena Muda e Cinearte .............................................. 137 3.1.1. O ônus do cinema falado ..................................................................................... 140 3.1.2. A adaptação do circuito exibidor em São Paulo e no Rio de Janeiro ............. 147 3.1.3. Algum otimismo................................................................................................... 149 3.2. A recepção das versões em espanhol no Rio de Janeiro e São Paulo. ................... 153 3.2.1. Uma Babel de sotaques ....................................................................................... 155 3.2.2. Brasileiros em