ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA – EBRAMEC CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA

ROSELY APARECIDA NORINHO RUBIRA

A INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA NA QUALIDADE DE VIDA DOS ALUNOS DE ACUPUNTURA

SÃO PAULO 2016

ROSELY APARECIDA NORINHO RUBIRA

A INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA NA QUALIDADE DE VIDA DOS ALUNOS DE ACUPUNTURA

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós Graduação em Acupuntura apresentado à EBRAMEC - Escola Brasileira de Medicina Chinesa, sob orientação do (a) Prof. (a) Fernanda Catarucci e Co-Orientador Dr.Reginaldo de Carvalho Silva Filho.

SÃO PAULO 2016

ROSELY APARECIDA NORINHO RUBIRA

A INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA NA QUALIDADE DE VIDA DOS ALUNOS DE ACUPUNTURA

BANCA EXAMINADORA

______

______

______

Fernanda Catarucci

Reginaldo De Carvalho Silva Filho

Rosely Aparecida Norinho Rubira

São Paulo, ____ de ______de ___

“Há homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabem por nem viver o presente nem o futuro. Viveu como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido...” Dalai lama

AGRADECIMENTOS

Agradeço acima de tudo à Deus, pois através de sua força consegui enfrentar vários obstáculos e atingir mais uma meta em minha vida. Ao meu filho Lucas, parceiro, amigo, incentivador, colaborador e paciente nos momentos em que estive ausente e companheiro nos momentos felizes e tristes que me transborda de orgulho por ser mãe. À orientadora Fernanda Catarucci na qual me identifiquei pelo seu estilo de vida que irradia luz e conhecimento por onde passa.

RESUMO

Qualidade de vida sempre foi pré-requisito para termos uma vida completa em todos os sentidos. Com ela podemos ter mente e corpo saudável, conseguindo com isso estar inserido dentro dos parâmetros desejáveis. Mas infelizmente, vivemos cada vez mais correndo atrás de coisas que talvez não houvesse muita necessidade, deixando de lado o fator principal: Ter mente e corpo saudável. A humanidade está evoluindo com uma grande rapidez, e as pessoas seguem a sua velocidade e começam a ter outras prioridades em suas vidas, a vontade de ter cada vez mais está inserida em suas mentes levando a um mecanismo desenfreado em produção. Produzindo cada vez mais seguem os estímulos consumistas das mídias e são absorvidos por informações que acabam com os anos degradando o seu ser. Estamos seguindo uma cascata de desarranjo dentro de nós mesmos, que são nossos hábitos de vida. Já não conseguimos absorver o do ar em sua plenitude, pois foi devastado grandes áreas verdes para darem lugares a grandes industrias poluentes, que acabam gerando problemas de saúde para muitos. O Qi dos alimentos saudáveis que necessitamos dão espaço a uma alimentação industrializada, que servem apenas para saciar a fome enganosamente pois a grande maioria não possui os ingredientes necessários para uma completa absorção em nosso organismo, tudo devido à correria que são condicionados a seguirem em prol da evolução. O dinamismo desenfreado que assumem, acabam com o tempo sendo automatizados, bloqueando entre aspas as necessidades básicas para se ter uma vida saudável. A rapidez com que o ponteiro do relógio gira dia após dia acabam se exercitando laboriosamente e não se atentam sobre a necessidade dos exercícios físicos prazerosos e mais eficazes para a saúde. Quem dera conseguir um tempinho ao menos para exercitar a mente... foi- se o tempo... É O TEMPO DO TER E NÃO SER. Através deste trabalho tenho como intuito analisar a qualidade de vida do pessoal da minha sala (Acu- 88) e expor através de pesquisa os oito pilares, método eficiente para deixarmos um pouco a vida corrida de lado e pensarmos em nossa saúde física e mental.

Palavras Chaves: Qualidade de vida, Oito Pilares, Qi, Vida saudável.

ABSTRACT

Quality of life has always been a prerequisite to have a full life in every way. With it we can have healthy mind and body, getting it to be inserted within the desired parameters. But unfortunately, we live increasingly chasing things that perhaps there was much need, leaving aside the main factor: Having mind and healthy body. Humanity is evolving with great speed, and people follow their speed and begin to have other priorities in their lives, the will of have is increasingly inserted in their minds leading to a runaway engine in production. Producing increasingly follow the consumerist stimuli of the media and are absorbed by information just with the years degrading your being. We are following a breakdown cascade within ourselves, who are our living habits. We can no longer absorb the air Qi in its fullness, because it was devastated large green areas to give their seats to major polluting industries, which end up causing health problems for many. The Qi of healthy foods that need to give way to an industrialized power, which only serve to satisfy the hunger misleadingly as the vast majority do not have the necessary ingredients for a complete absorption in our body, all due to the run that are conditioned to follow towards of evolution. The unbridled dynamism assume, just in time being automated, blocking quoted the basic needs to have a healthy life. The speed with which the clock hand turns day after day end up exercising laboriously and do not undermine the need for more effective and enjoyable exercise for health. I wish to get some time at least to exercise the mind ... was- the time ... IS TO HAVE THE TIME AND NOT. Through this work I have the intention to analyze the quality of life of the people in my class (Acu-88) and exposed by searching the eight pillars, efficient method to let a little busy life aside and think of our physical and mental health.

Key words: Quality of life, eight pillars, Qi, Healthy Living.

LISTA DE GRÁFICOS

Figura 1...... 26 Figura 2...... 26 Figura 3...... 26 Figura 4...... 27 Figura 5...... 27 Figura 6...... 27 Figura 7...... 27 Figura 8...... 28 Figura 9...... 28 Figura 10...... 28 Figura 11...... 29 Figura 12...... 29 Figura 13...... 29 Figura 14...... 29 Figura 15...... 30 Figura 16...... 30 Figura 17...... 30 Figura 18...... 31 Figura 19...... 31 Figura 20...... 31 Figura 21...... 31 Figura 22...... 31 Figura 23...... 32 Figura 24...... 32 Figura 25...... 33 Figura 26...... 33 Figura 27...... 33 Figura 28...... 34 Figura 29...... 37 Figura 30...... 37 Figura 31...... 38 Figura 32...... 38

Figura 33...... 38 Figura 34...... 38 Figura 35...... 38 Figura 36...... 38 Figura 37...... 39 Figura 38...... 39 Figura 39...... 39 Figura 40...... 39 Figura 41...... 40 Figura 42...... 40 Figura 43...... 40 Figura 44...... 40 Figura 45...... 41 Figura 46...... 41 Figura 47...... 41 Figura 48...... 41 Figura 49...... 42 Figura 50...... 42 Figura 51...... 43 Figura 52...... 43 Figura 53...... 43 Figura 54...... 43 Figura 55...... 43 Figura 56...... 43 Figura 57...... 44 Figura 58...... 44 Figura 59...... 44 Figura 60...... 44 Figura 61...... 45 Figura 62...... 45 Figura 63...... 45 Figura 64...... 45

Sumário:

1.Introdução...... 12

1.1 Medicina Chinesa...... 12

1.2 Formação do Qi...... 14

1.3 Hábitos de Vida...... 19

1.3 Qualidade de vida...... 21

2.Objetivos...... 24

2.1 Objetivo Geral...... 24

2.2 Objetivo Especifico...... 24

3.Metodologia...... 25

4.Analise gráfica dos participantes...... 26

4.1 Média de respostas e suas análises (Questionário 1) ...... 27

4.2 Média de respostas e suas análises (Questionário 2) ...... 37

5.Discussão...... 47

5.1 Oito Pilares...... 48

5.1.1 Meditação...... 48

5.1.2 QiGong...... 50

5.1.3 Dietoterapia...... 51

5.1.4 Feng Shui...... 53

5.1.5 Fitoterapia...... 54

5.1.6 Moxabustão...... 57

5.1.7 Acupuntura...... 60

5.1.9 Massoterapia...... 63

6.Conclusão...... 64

7.Anexos...... 65

7.1 Questionário Estilo de vida fantástico (Questionário 1) ...... 65

7.2 Questionário Qualidade de Vida-SF-36 (Questionário 2) ...... 69

8.Bibliografia...... 73 12

1. Introdução

Levando em conta que o principal motivo de ter me incentivado a fazer este trabalho foi a Medicina Chinesa, nada mais justo do que entendermos um pouco sobre ela e saber como surgiu.

1.1 Medicina Chinesa

A Medicina Chinesa (MC) constitui um sistema completo de diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças. Esse sistema oriental de cura, utilizado por mais de dois mil anos, vem se difundindo pelo mundo e é considerada uma importante medicina alternativa e complementar no ocidente (JIANPING, 2001; WANG et al., 2004). O conhecimento terapêutico da MC está fundamentado inicialmente nos conceitos de Qi, Yin, Yang e Wu Xing. O estudo destas teorias básicas é fundamental para compreender a metodologia oriental, que tem sido abordada em estudos com o intuito de modernizar essa arte médica. Por outro lado, pesquisadores ocidentais e chineses, da Medicina Chinesa vêm contextualizando-a com a ciência moderna, o que poderá facilitar sua aceitação, difusão e inclusão na saúde pública do ocidente. Segundo ZHOU, o primeiro conceito fundamental da terapêutica chinesa é o Qi que relaciona todas as coisas do universo e introduz a concepção sistêmica e holística na saúde. Em sequência, a teoria Yin Yang discute o movimento e a mudança da matéria, definindo fenômenos opostos e complementares em equilíbrio dinâmico. Definindo a natureza das coisas, o conceito dos cinco movimentos propõe um modelo de relacionamento entre os elementos da natureza que se aplicam à fisiologia dos órgãos e vísceras (Zang Fu).

A teoria Yin Yang é a base da MC, e a teoria Zang Fu é a base de sua fisiologia e patologia; enquanto a teoria da diferenciação das síndromes é sua base terapêutica. Dessa forma, essas três teorias formam o corpo teórico que embasa a MC.

Como os habitantes mais antigos caçavam por comida, descobriram que alguns alimentos poderiam aliviar uma doença, enquanto outros eram venenosos e podiam causar a morte. A origem da Medicina Chinesa (MC) remonta das comunidades tribais da sociedade primitiva chinesa. Sua teoria básica surgiu da observação empírica das relações do homem com o meio ambiente. O homem primitivo chinês, observando os fenômenos que ocorrem na natureza, conseguiu criar uma estrutura conceitual filosófica: o Taoísmo, que existe até hoje em sua cultura. Os chineses percebem o corpo humano como imagem do universo.

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A cosmovisão Taoísta situa o homem como elo entre o Céu e a Terra, ganhando vida desde a primeira inspiração – o segredo da vida está no sopro vital – através do Qi (leia-se Tchi) que do Pulmão(Fei)’ espalha-se por todo o corpo. Todo esse conteúdo filosófico deu origem aos conceitos que embasam a teoria da MC. O Qi expressa-se por duas polaridades opostas e ao mesmo tempo complementares entre si, chamadas Yang e Yin, que em tudo se manifestam. A saúde é resultado do equilíbrio dinâmico entre essas duas energias. Yang e Yin estão em todo o universo, em cada célula, cada partícula, cada átomo e predominam alternadamente um sobre o outro. Praticados ainda hoje, os princípios da MC foram estabelecidos há cerca de 5 mil anos. Baseados no conceito de que a saúde do homem é fruto do equilíbrio da saúde vital, os chineses desenvolveram os métodos terapêuticos que compõem seu repertório: além da acupuntura, há a fitoterapia (o uso de plantas medicinais em forma de chás, extratos e cápsulas), a dietoterapia (que combina cores e sabores dos alimentos), as massagens (como o Tui Ná e o Shiatsu) e os exercícios físicos, como o Tai Chi Chuan e o Lian Gong. O que existe em comum entre todas elas e que forma a espinha dorsal da medicina chinesa é a aplicação dos conceitos básicos da filosofia Taoísta. Estes conceitos já eram definidos em antigos manuais médicos chineses, como o Huang Di Nei Jing (O Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo), atribuído ao Imperador Amarelo, mas provavelmente escrito na Dinastia (200a.C.-200 d.C.). Medicina Chinesa foi pouco desenvolvida em outras civilizações do mundo essencialmente devido ao isolamento da China. Contudo, com a abertura da China, em 1972, a Medicina Chinesa começou a espalhar-se pelo Ocidente. Ela foi sendo moldada com o tempo por muitos fatores, incluindo a cultura, filosofia, politica, religião e ciência. Desde que nascemos herdamos de nossos pais Qi (energia), que pode ou não nós acompanhar até determinado tempo de nossas vidas de acordo com os hábitos de cada indivíduo. Mas afinal o que é Qi e como ele se forma...

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1.2 Formação do Qi

O primeiro conceito fundamental da terapêutica chinesa é o Qi, um antigo pensamento materialista da filosofia chinesa que explica a origem, o desenvolvimento e as variações de todas as coisas do universo. Originalmente seu significado está ligado a gases e a nuvens no céu, sendo considerada uma substância matriz que compõem o corpo humano e o universo. O QI é entendido, no seu sentido inicial, enquanto a energia que sustenta o universo, sendo a substância mais elementar do mesmo.

“ Tudo no universo resulta dos movimentos e mudanças do QI”.

Assim, a MC considera que o movimento do Qi é a base de toda mudança no estado de equilíbrio e das alterações patológicas. Dessa maneira, sua regularidade é condição básica para a manutenção da saúde. (ZHOU et al., 2010). Existem dois aspectos do Qi que são relevantes para a Medicina Chinesa. Primeiro ele é comumente traduzido por energia, que pode ser entendido como a medida da atividade de um dado sistema ou órgão. Quando o Qi do Pulmão está deficiente, por exemplo, considera-se que este se encontra com baixa atividade, e sua capacidade respiratória estará diminuída. Outro aspecto importante do Qi é seu estado constante de fluxo em estados variáveis de agregação. Assim ele ora se condensa ora se dispersa, transformando-se e modificando-se conforme sua localização e função. Dessa maneira existem variadas formas do Qi no corpo humano, sendo a essência (Jing) sua forma mais refinada (MACIOCIA, 1996). A teoria da MC considera que a energia vital essencial, ou essência congênita (Jing Qi) é a substância que origina a vida herdada do pai e da mãe. Essa energia contêm as informações hereditárias e fica depositada nos Rins (Shen), e é responsável pelo desenvolvimento do embrião. Assim, considera- se que no começo da gestação ocorre a união da essência do homem e da mulher que irá se desenvolver e formar o corpo físico a partir do cérebro e da medula. Com os ossos há estrutura, com os vasos a energia Yin é contida, com os tendões há solidez, com os músculos há contenção e com a pele há firmeza e os pelos crescem (HENE, 1999). O Qi é um conceito fundamental na Medicina Chinesa e é considerada nossa “Essência de vida” que mantêm e norteia nosso corpo físico, mente e espírito. No manuscrito mais antigo que se conhece da Medicina Chinesa a energia é definida da seguinte maneira: “ A energia é a causa de toda produção e de toda destruição” (Nei-Ching Su-Wen).

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Observando-se este conceito entende-se que os organismos materiais, a matéria em geral, é para os chineses um estado desta energia, o Qi, condensada. Com o tempo este conceito foi absorvido pela Medicina Chinesa e começou a ser utilizado para explicar funções do organismo humano. Sendo definido da seguinte maneira: “ Qi é a energia que circula nos meridianos, é a chama que mantém a vida e põe os seres em movimento. Qi é o próprio movimento, é a força vital, é o fio condutor. ” (Campaglia,2004) Por ser considerada um tipo de energia que compõe o nosso organismo, ela possui uma quantidade que será utilizada em muitos processos fisiológicos do corpo, especialmente naqueles que dizem respeito ao crescimento, às transformações e à reprodução sexual. Na prática podemos entender didaticamente essa essência como uma poupança. Toda energia que podemos gerar em um dia, através da alimentação e da respiração, é nossa conta corrente. Toda vez que faltar energia em nossa conta corrente, por um desgaste, por um trauma, por uma doença prolongada, por exemplo, nosso corpo “ sacará” dessa Essência. Daí voltamos ao ponto da qualidade. Quando utilizamos da nossa Essência podemos disparar, ou despertar, tendências de formação de doenças que herdamos. Ou na linguagem da genética, ativamos os genes responsáveis pela formação daquela doença. Já na Medicina Chinesa, além da Essência Pré-Natal desde os tempos do Imperador Amarelo, consideramos que possuímos a Essência Pós-natal. Voltando ao exemplo anterior da conta corrente /poupança. Se quando consumimos nossa conta corrente nosso corpo saca da conta poupança, por outro lado quando sobra energia da conta corrente o organismo é capaz de guardar uma parte dessa sobra como a Essência Pós-Natal. Infelizmente essa capacidade de estocar energia gerada no dia a dia é bem limitada. Mas ela é uma parte importantíssima da Essência como um todo, pois quando o corpo precisa utiliza-la, ele procura consumir primeiro a Pós, antes de utilizar da Pré, pois a Pré, infelizmente também, é a única forma de energia ou fluido do corpo que não possui reposição. A morte, na visão da Medicina Chinesa, se dá quando consumimos totalmente a Essência Pré-Natal. “O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água. ” (Wang Chong,1997). É então a energia vital no homem e esta definição explica a função do Qi, como esta energia atua no organismo humano e faz sua ligação como mundo exterior, circulando tanto dentro, quanto fora do homem, segundo a Medicina Chinesa. Sintomas de diversas doenças são atribuídos a bloqueios, desequilíbrios e ruptura no movimento da energia vital através dos meridianos, assim como as deficiências e desequilíbrios do Qi nos vários órgãos e vísceras Zang Fu.

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A Medicina Chinesa geralmente procura aliviar estes desequilíbrios ajustando a circulação do Qi no corpo empregando diversas técnicas terapêuticas, por exemplo: - Os treinamentos físicos como o Qi Gong; - A alimentação baseada nos 5 movimentos ; -Tratamentos com medicamentos à base de ervas; - Acupuntura, como método para redirecionar ou equilibrar o Qi através de finas agulhas de metal inseridas na pele. O Qi se manifesta em todo universo, e como seu significado é compreendido enquanto energia vital pode-se supor que o Qi, junto com o Yin e o Yang, sustenta o mundo material. Cada órgão Zang e cada víscera Fu, possui uma forma específica de Qi. Existe o Qi do Coração ( Xin), do Baço ( Pi ), do Estômago( ), etc. Esse Qi ou Energia referem-se as funções fisiológicas dos órgãos Zang e vísceras Fu. A Medicina Chinesa divide o Qi em vários tipos, dependendo de sua origem e função. A fonte original dessa força vital são os pais das pessoas e o Qi herdado deles é conhecido como o Qi pré-natal.

Qi Pré-Natal

O Qi Pré-Natal, é a constituição básica do ser humano, depende da genética e da qualidade de vida dos pais no momento da concepção e durante a gravidez. Esse Qi é a herança da pessoa e não pode ser reabastecido; entretanto, um estilo de vida saudável, dieta e práticas de respiração podem conservar o Qi pré-natal e desacelerar o seu consumo.

A preservação do Qi pré-natal é uma das contribuições mais importantes da Medicina Chinesa. Ela permite a uma pessoa doente e fraca viver uma vida de saúde e vitalidade. O processo envolve uma conservação simultânea de Qi pré-natal com práticas que estimulem a formação de Qi pós-natal.

A importância de termos hábitos saudáveis é fundamental para nossa saúde e longevidade, mas também para a qualidade de vida de nossos filhos.

Qi Pós-Natal

O Qi Pós-Natal, ou Qi adquirido é derivado da digestão de alimentos e extraído do ar que respiramos. Combinado com o Qi pré-natal, ele forma a totalidade do poder do corpo de realizar todos os processos vitais durante a vida.

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Qi do Pulmão ( Fei)

Uma das funções do pulmão é extrair o Qi do ar e incorporá-lo em um armazém de Qi pós-natal. A força do Qi pós-natal depende de alguns fatores: a força do Qi do Pulmão(Fei), a qualidade do ar e a realização de exercícios de respiração como Qi Gong, que aprimora a capacidade do Pulmão(Fei) de extrair o Qi do ar. Quando o Qi do Pulmão é deficiente, a pessoa pode experimentar sintomas de fadiga, falta de ar, palidez e resfriados frequentes.

Qi do Baço ( Pi )

O outro fator no acúmulo de um forte Qi pós-natal é a qualidade da comida que ingerimos e a força de nossos órgãos digestivos, especialmente o Baço(Pi). Quando o Qi do Baço(Pi) é fraco, podem ocorrer sintomas de fadiga, falta de apetite, prostração e intestino solto. Quando falta nutrientes essenciais e variada na dieta, a extração de Qi é prejudicada, mesmo se o Qi do Baço(Pi) for forte. Pessoas acostumadas a comer frutas e verduras orgânicas frescas e grãos integrais, frequentemente experimentam isso quando as circunstâncias os forçam a ingerir alimentos desnaturados, refinados ou cheio de pesticidas: inevitavelmente, elas notam uma queda no seu nível de energia. Uma pesquisa recente confirmou que produtos cultivados organicamente possuem níveis significativamente mais alto de nutrientes. Quando tanto o Qi do Baço (Pi) quanto o Qi do Pulmão são fortes e a qualidade de nosso ar e alimento é alta, o Qi pós-natal pode crescer. Ervas que tonificam o Qi do Pulmão(Fei) e do Baço (Pi), juntamente com práticas de respiração, como o Qi Gong, aumentam ainda mais o acúmulo do Qi pós- natal. Desta forma, mesmo uma pessoa com uma fraca constituição herdada (Qi pré-natal) pode experimentar uma vida de saúde e vitalidade.

Qi Verdadeiro

A totalidade do Qi resultante da combinação de Qi pré-natal e pós-natal é conhecida como Qi verdadeiro. Responsável por todas as funções do corpo, o Qi verdadeiro assume diferentes formas. Do ponto de vista clínico, duas dessas formas de Qi são especialmente significativas: Qi Nutritivo e Qi Defensivo.

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Qi Nutritivo

Circula nos Canais e nutre os órgãos. A acupuntura manipula esse Qi para afetar as funções dos órgãos. Pontos específicos ao longo dos meridianos são perfurados por agulhas, pressionados ou aquecidos (por meio de moxabustão) para obter efeitos específicos nos órgãos.

Qi Defensivo

A outra importante subdivisão do Qi verdadeiro é o Qi defensivo, ou Wei Qi. O Wei Qi, que acreditasse fluir entre a pele e os músculos, é responsável por defender o corpo de patógenos externos. Apesar de ter sido primeiramente descrito há milhares de anos, o Wei Qi descreve com precisão o sistema imunológico do corpo.

Todos estes Qi, que na verdade são múltiplas facetas diferenciadas de apenas (1) Qi, possuem ações específicas no organismo. Entre estas ações estão: A “ ação de promover”; A “ ação de aquecer”; A “ ação de defender “; A “ ação de consolidar e comandar “; A “ ação de ativar o metabolismo e a transformação”. Além das funções para se entender o Qi é necessário saber como ele se movimenta no organismo. São essencialmente (4) movimentos ou direções: subir, descer, sair e entrar. Subir refere-se ao movimento a partir de baixo; Descer, a partir de cima; Sair, a partir do interior e Entrar, a partir do exterior. A expressão Qualidade de Vida possui raízes tanto na cultura oriental como no ocidental. Aparece na antiga filosofia chinesa relacionada a sua arte, literatura, filosofia e medicina tradicional, bem como as forças positivas e negativas representadas pelos conceitos Yin e Yang que, de acordo com essa cultura, a qualidade de vida pode ser alcançada quando o Yin e o Yang encontram-se equilibrados. Para saber como conservar e adquirir mais Qi acarretando em uma qualidade de vida, vide os 8 pilares (apêndice). Como foi visto o Qi é a energia do corpo e da alma, sendo ela adquirida ou já sua e é seu dever mantê-la para que ela não se acabe levando assim ao fim da vida. Um dos meios de conserva-la é através

19 de seus hábitos de vida, como você gerencia sua vida? Seus amigos? Sua família? Seu emprego? A seguir expõe-se de uma forma sutil a definição de hábitos de vida.

1.3 Hábitos de vida

Estilo de vida é o modo individual de enfrentar os problemas vitais do dia-a-dia. Há dois componentes no estilo de vida: Atitude, que é a predisposição para agir em resposta aos estímulos internos ou externos; e Comportamento, que é a atividade observável em resposta aos estímulos internos e externos. O estilo de vida depende de vários fatores:

1) inatos;

2) hábitos (fatores pessoais adquiridos);

3) sociais;

4) ambientais;

5) psicológicos.

Considera-se que o estilo de vida é saudável quando os cuidados comportamentais compreendem, entre outros objetivos, a busca de uma vida emocional intrapessoal e interpessoal positiva, se necessário, à custa do tratamento sobretudo da depressão e da ansiedade; da adequação da alimentação e dos tempos de sono e de exercício; da redução da ingestão de álcool e suspensão do hábito do fumo. É válida a premissa de que o estilo de vida é saudável na medida em que tende a melhorar a qualidade de vida. Segundo Nahas existem, no estilo de vida, os fatores negativos modificáveis: fumo, álcool, drogas, estresse, isolamento social, sedentarismo, esforços intensos ou repetitivos. No entanto, conforme afirma também o referido pesquisador, mais do que nunca é grande o impacto dos hábitos pessoais e do estilo de vida em nossa saúde. As pesquisas mostram que as mudanças comportamentais podem ser muito efetivas na área de prevenção e controle das doenças associadas à inatividade, referidas como doenças hipocinéticas, haja vista que o organismo humano foi construído para ser ativo.

Quaisquer que sejam seus objetivos na vida (desde ganhar dinheiro e ter sucesso a simplesmente viver muito e bem), para “correr atrás” deles, você precisa de uma condição básica: estar VIVO; só que pouco vai adiantar se você estiver vivo, mas não puder contar com corpo e mente funcionando direito.

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Então fica óbvio que todo ser humano precisa dar para seu organismo, diariamente, condições de funcionar adequadamente ou adoecerá (ou mesmo morrerá).

O estilo de vida está ligado diretamente ao conceito moderno de saúde, entendido não somente como a ausência de doenças, mas preocupando com a qualidade de vida, com a integridade psico- corporal, com preocupações na condução de uma vida saudável (SANTOS & VENÂNCIO, 2006.). NAHAS define o estilo de vida como o “ conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades, afirma que a prática regular de atividades físicas é uma das principais características para levar um estilo de vida saudável. Além de ter se tornado um grande aliado para o combate das doenças crônicas, na redução do risco de morte e melhoria na qualidade de vida. ” Nos dias atuais, almeja-se uma melhoria no estilo de vida, pois é algo indispensável para todas as pessoas e a atividade física mostra-se como meio para obter uma melhoria da qualidade de vida (GORDIA et al., 2006). Uma prática regular de atividade física traz benefícios para a saúde mental, bem-estar geral, aumentando a autoestima, diminuindo a ansiedade, depressão, desenvolvendo capacidades físicas. No entanto, a atividade física isolada, como único fator, não manterá ou promoverá a saúde do homem. Fatores como condições inadequadas de trabalho, ambiente familiar, excesso ou má qualidade de alimentação, fumo, consumo excessivo de álcool, estresse emocional, contribuem também para surgimento de doenças crônico-degenerativas e interfere num bom estilo de vida (GLANER, 2003) Se seu corpo e/ou mente não funcionam bem, é impossível que você consiga trabalhar ou produzir adequadamente em qualquer área da sua vida: doente, você realmente perde muito tempo e sem sombra de dúvida, sua produtividade cai. Hábitos saudáveis de vida são condições que só você pode fornecer para o seu organismo, conscientizando-se da sua importância, adotando e mantendo-os: são eles que permitem ao seu corpo e mente fortalecerem-se para evitar e combater as doenças agindo nas suas causas, assim prevenindo, eliminando ou melhorando sintomas de forma natural mas duradoura e bastante efetiva; lembre-se sempre que nenhum tratamento realmente funciona em quem não procura ter e manter o máximo de hábitos de vida saudáveis. Para que tudo não saia dos trilhos é extremamente importante que haja um equilíbrio de seus hábitos de vida com a qualidade de vida. Assim acabamos preservando as coisas que são de nosso interesse e ao mesmo tempo mantendo a essência do corpo e dá mente: “juntando o útil ao agradável”. Pois bem aí entra a qualidade de vida exposta a seguir.

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1.4 Qualidade de vida

As necessidades primárias, por exemplo, são aquelas mais próximas do fisiológico: comer, beber, morar, vestir, proteger-se de perigos, atuar sexualmente e assim por diante. As secundárias são as de caráter mais social e psicológico, tais como pertencer a um agrupamento, ter uma posição social e conseguir a auto realização. Cada indivíduo que interage nas sociedades ocidentais atuais vive permanentemente em busca dos objetivos de vida que o levarão ao seu ideal de satisfação plena. Qualidade de vida pode, então, ser definida como a busca da satisfação plena das necessidades de cada pessoa. Para muitos brasileiros, infelizmente, qualidade de vida é poder comer, beber, morar e sentir-se seguro, ou seja, a preocupação ainda é a satisfação das necessidades primárias. Estar de bem com a vida é o objetivo. Cada um de nós tem que definir qual padrão de qualidade de vida almeja. E, depois, lutar para consegui-lo. Se for possível conciliar os objetivos pessoais e profissionais, melhor. Quando a expressão qualidade de vida (QV) vem a nossa mente, pensamos em primeiro lugar em saúde. A Organização Mundial de Saúde define saúde “como o completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. ” (WHO, 1998 apud AÑEZ, 2003, p.30). Mas o que realmente significa Qualidade de Vida? Ainda não se estabeleceu um conceito determinado, mas num sentido amplo a expressão QV refere-se a um indivíduo saudável, interligado ao seu grau de satisfação com a vida nos seus múltiplos aspectos que a integram: moradia, transporte, alimentação, lazer, autonomia, entre outros. Vincula-se ao estilo de vida da pessoa. (SILVA,2004 apud Ghorayeb; BARROS,2004).

Qualidade de vida também significa uma preocupação em modificar hábitos cotidianos de vida à procura de um bem-estar. A QV está diretamente ligada ao ambiente, o de poder ser modificado ou transformado. (ALONSO,1994 apud ROEDER,2003). A expressão Qualidade de Vida possui raízes tanto na cultura oriental como no ocidental. Aparece na antiga filosofia chinesa relacionada a sua arte, literatura, filosofia e medicina tradicional, bem como as forças positivas e negativas representadas pelos conceitos de Yin e Yang que, de acordo com essa cultura, a qualidade de vida pode ser alcançada quando Yin e Yang encontram-se equilibrados. Para que a pessoa possa optar pela escolha de uma melhor Qualidade de Vida, é necessário que o indivíduo se conscientize dos seus benefícios, conheça seu corpo e saiba como se encontra a sua saúde, podendo assim provocar as mudanças necessárias. Guiselini afirma que para a maioria das pessoas o corpo permanece um desconhecido, consequentemente surgem as doenças hipocinéticas (hipo: pouco; cinética: movimento) como

22 obesidade, dores na coluna, enfraquecimento e lesão muscular, diabetes, infarto do miocárdio. Moléstias comuns que ocorrem em pessoas que se exercitam pouco ou quase nada, ou seja, pessoas sedentárias. “ A inatividade física levou ao aumento de doenças crônicas. Pessoas que não se exercitam regularmente apresentam risco maior de desenvolver doenças crônicas”. (Heyward,2004). Vivemos num conceito atual onde estamos cada vez mais substituindo nossa atividade física em relação ao trabalho. Com a chegada da tecnologia estamos diminuindo nosso tempo de trabalho e aumentando nossa produção. Atividades da vida diária como limpar a casa, lavar roupa e louça e abrir a porta da garagem requerem menos tempo que o habitual, podendo ser feitas em segundo, num apertar de botão ou através de alguma outra invenção tecnológica. Entende-se que com a conquista desta economia de tempo as pessoas realizariam as atividades de lazer nos tempos livres. Infelizmente esta não é a realidade, a maioria das pessoas não se engaja em uma atividade física nas horas livres (HEYWARD, 2004). Por ironia, a maioria das desculpas que as pessoas encontram para não adotar hábitos saudáveis é a falta de tempo e, justamente com ela encontram-se os fatores que auxiliam a uma vida sedentária: alimentação excessiva, inatividade física, fumo e álcool, tensão emocional, estresse. (GUISELINI, 1996). Podemos conhecer um pouco da importância de cada um dos cinco componentes do estilo de vida que influenciam na QV das pessoas. A primeira é sobre a atividade física habitual. Atividade física é “ qualquer movimento ainda que rotineiro como caminhar pelas ruas, correr, andar de bicicleta, limpar a casa, movimentos ligados à ocupação profissional, dançar, subir e descer escadas, ou seja, movimentos rotineiros da vida diária”. (Matsuda, 2005 apud CESCHINI, 2007). Já exercício físico “ é uma forma específica de atividade física sistemática, planejada, que tem por objetivo desenvolver a aptidão física, reabilitar funções orgânicas, desenvolver habilidades motoras ou promover um gasto energético extra para o controle do peso corporal. ” (Nahas,1999). Pessoas que praticam exercícios físicos possuem mais disposição para a vida, consequentemente melhoram sua aptidão física e mental, beneficiam o organismo aumentando a eficiência dos pulmões e coração, fortalecendo os músculos, melhorando a aparência física e aumentando a sensação de bem- estar. (KAMEL; KAMEL,2003, CARROLL; SMITH,1995). Além de todos esses benefícios o exercício físico auxilia um outro componente essencial à qualidade de vida: o controle do estresse. O exercício ajuda a controlar o estresse e reduz a tendência à depressão, dá uma sensação de mais energia, auxilia na realização das atividades diárias, eliminando o cansaço; ajuda a dormir melhor, tornando o sono mais agradável; melhora a autoimagem. (Guiselini,1996).

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O estresse acumulado em nosso organismo cria um estado de agitação e desassossego interior extremamente nocivo ao bem-estar e à felicidade do indivíduo. É necessário que o indivíduo descarregue suas tensões. Através da relação atividade física e nutrição é possível estabelecer hábitos essenciais a mudança da Qualidade de Vida e aumentar a perspectiva da longevidade. É necessário mantermos um equilíbrio e uma harmonia, indo em busca de atividades que nos tragam prazer e alegria. As mudanças de hábitos não acontecem do dia para noite. É essencial que o indivíduo valorize sua vida e busque por novas alternativas para melhorá-la. A Qualidade de Vida está interligada ao estilo de vida, o qual determinamos e escolhemos. É essencial que o indivíduo coloque em prática o que entende sobre hábitos saudáveis, para que o conhecimento não fique apenas como informação, mas como um alicerce para a construção de um bem- estar. Que saiba tirar os aspectos positivos da vida diária e usar o tempo a seu favor. Com a adoção da prática de atividade física regular, de uma alimentação balanceada, do controle do estresse, é possível conquistar uma melhor Qualidade de Vida. Porém esses conceitos devem ser conquistados, e para isso é fundamental o interesse e vontade de adquirir uma saúde plena. A Qualidade de vida é o reflexo da alimentação adequada e também da prática de atividades físicas. Pesquisadores afirmam estar claro que a qualidade de vida, bem como a felicidade, depende das expectativas e do plano de vida de cada indivíduo. Saúde e qualidade de vida no trabalho. Dessa ma- neira, o que é uma vida de boa qualidade para uma pessoa pode não ser para outra. Os autores ainda ressaltam que se confunde, com certa frequência, uma boa qualidade de vida com uma vida confortável do ponto de vista material. Percebeu–se, então, a existência de aspectos subjetivos que também per- meiam a qualidade de vida, não sendo os de caráter objetivo os únicos que a caracterizam. Muitos pesquisadores vêm tentando identificar os indicadores subjetivos relacionados com a qualidade de vida, a fim de descrever melhor esse conceito. Tais indicadores referem- se à satisfação pessoal em relação aos aspectos objetivos da qualidade de vida como: renda, emprego, habitação, função física, entre ou- tros. Percebeu-se que qualidade de vida é definida como a sensação de bem-estar de uma pessoa que deriva da satisfação ou insatisfação com as áreas da vida que são importantes para ela. Diante das ideias já expostas a seguir exponho a pesquisa.

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2. Objetivos

2.1 Objetivos Gerais

Através da pesquisa e comparações realizei este trabalho com a intenção de determinar se a turma Acu 88 do ano de 2016 possui a tão falada qualidade de vida, além disso busco discutir e através de pesquisa promover o melhor caminho para que se possa implanta-la.

2.2 Objetivos Específicos

Desenvolver uma pesquisa através de dois questionários para facilitar e identificar a porcentagem de indivíduos da turma Acu88 do ano 2016 se possuem a qualidade de vida. Fornecer através de gráficos a representação em forma de imagens desses números. Promovendo assim uma melhor interpretação através deles.

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3. Metodologia

Através de dois questionários já utilizados e criados para relatar hábitos e qualidade de vida dos indivíduos, foi realizado o levantamento da sala Acu 88. Dentre os alunos participantes (não sendo a totalidade da sala), iniciou-se a visualização através de gráficos onde foram expostas as alternativas e a porcentagem de pessoas em cada uma delas. Após esse processo foi feito um levantamento das respostas “boas” e “ruins” para as perguntas com base na definição de qualidade de vida. Fazendo uma comparação com a qualidade de vida conseguiu-se obter em quais aspectos a turma Acu88 à possuía e ao mesmo tempo quais eram as áreas deficientes. Como já havia sido abordado nas aulas foi utilizado os 8 pilares como um possível caminho para se obter a qualidade de vida. Porém vai de cada um os seguir, já que a qualidade de vida só é encontrada se abolirmos velhos hábitos nos dedicando extremamente a aderir novos hábitos e os perpetuar.

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Os gráficos apresentado a seguir são referentes aos dois questionários (vide anexo) entregues para a turma de acupuntura Acu (88) do ano de 2016. Junto de suas análises com relação a qualidade de vida.

4. Análise gráfica dos participantes:

Idade dos Sexo dos participantes: Participantes:

4% 23|- 33 13% 17% 33% 33|- 43 Feminino 25% 43|- 53 Masculino 25% 53|- 63 83% 63|- 73

Profissões:

13% 12% Humanas 8% Exatas Biológicas Aposentados/Estudantes 67%

Figura 1 à 3: Dados dos participantes

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4.1 Média de respostas e suas análises- Questionário 1- Estilo de vida fantástico

Família e amigos: No mundo em que vivemos hoje ter uma boa relação com sua família e seus amigos é algo imprescindível para que se tenha uma qualidade de vida, afinal não nascemos para ficarmos sozinhos. Dentre os entrevistados 87,5% possui um equilíbrio desejado sendo quase sempre ou c/relativa frequência para a primeira pergunta e 95,83% para a segunda sendo quase sempre ou com relativa frequência.

Pergunta Número 1: Pergunta Número 2:

Quase Nunca Quase Nunca 4% 4% 8% Raramente 17% Raramente 13% Algumas vezes Algumas vezes 12% 67% 8% 67% c/ relativa c/ relativa frequencia frequencia

Quase Sempre Quase Sempre

Figura 4 a 5 Gráficos Referentes a família e amigos

Atividade: A pratica de atividades físicas desde as mais simples até as mais elaboradas, influencia no equi- líbrio dinâmico do corpo com a mente. Praticar exercícios regularmente se deseja ter uma qualidade de vida é algo que sem dúvidas deve contar na sua lista. Dentre os entrevistados 33,33% possui um equi- líbrio desejado sendo quase sempre ou c/relativa frequência para a primeira pergunta e 70,83% para a segunda sendo 5 ou mais vezes por semana.

Pergunta Número 3: Pergunta Número 4:

Menos de uma 8% Menos de uma 17% vez por semana semana 13% 1 à 2 vezes por Uma/Duas vezes semana 42% 46% 12% por semana 12% 3 vezes por semana Três vezes por 4 vezes por 17% semana 25% semana 8%

Figura 6 a 7 Gráficos Referentes a Atividades

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Nutrição:

Sem uma boa alimentação não há mente que fique saudável afinal tudo faz parte de um equilíbrio. É muito importante que se alimente de 3 em 3 horas, se alimentando como um Rei pela manhã, um príncipe na hora de almoço é um plebeu na hora da janta. Dentre os entrevistados 58,33% possui um equilíbrio desejado sendo quase sempre ou c/relativa frequência para a primeira pergunta, 33,33% para a segunda sendo nenhum ou apenas um item e 50% para a terceira pergunta sendo 2kg ou 0kg.

Pergunta Número 5: Pergunta Número 6:

Quase Nunca 8% 12% 13% 4% Raramente Quatro itens Tres itens Algumas vezes 25% 46% 21% Dois itens

25% Um item c/ relativa frequencia 33% Nenhum

13% Quase Sempre

Pergunta Número 7:

Mais de 8 kg 13% 21% 8kg

4% 6kg 4kg 37% 17% 2kg 8% NDA

Figura 8 a 10 Gráficos Referentes a Nutrição.

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Cigarro e drogas:

Já está mais do que cientificamente comprovado que o uso de drogas licitas ou ilícitas não pro- porcionam nenhum desempenho físico e ou psicológico para o ser humano além de acarretar profundos danos com o decorrer do tempo de uso. Dentre os entrevistados 79,16% possui um equilíbrio desejado sendo nenhum nos últimos 6 meses há 5 anos para a primeira pergunta, 100% para a segunda sendo nunca, 87,5% para a terceira pergunta sendo quase nunca ou raramente e 75% para a quarta pergunta sendo nunca e 1 a 2 vezes por dia.

Pergunta Número 8: Pergunta Número 9:

Mais de 10 por 17% dia de 1 a 10 4% Nunca 4% Nenhum nos ultimos 6 meses Algumas vezes 75% Nenhum no ano 100% passado Nenhum nos ultimos 5 anos

Pergunta Número 10: Pergunta Número

Quase Nunca 11: 13% 8% 4% mais de 10 8% Raramente 8% vezes / dia de 7 a 10 Algumas vezes 13% vezes / dia de 3 a 6 vezes 79% c/ relativa / dia frequencia 67% de 1 a 2 vezes Quase Sempre / dia

Figura 11 a 14 Gráficos Referentes a Cigarro e Drogas

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Álcool:

Assim como as drogas o álcool não traz quaisquer benefícios para o corpo e/ou mente, sendo mais comumente utilizado devido a praticidade em seu acesso e sua alta divulgação pela mídia em geral e sendo utilizada por mais da metade da população frequentemente. Dentre os entrevistados 100% pos- sui um equilíbrio desejado sendo 0 há 7 doses para a primeira pergunta, 91,66% para a segunda sendo quase nunca ou raramente e 79,16% para a terceira pergunta sendo nunca.

Pergunta Número 12: Pergunta Número 13:

Quase Nunca

Mais de 20 11% Raramente de 13 a 20 21% Algumas vezes 100% de 11 a 12 de 8 a 10 68% c/ relativa 0 a 7 frequencia Quase Sempre

Pergunta Número 14:

22% Nunca Algumas vezes 78%

Figura 15 a 17 Gráficos Referentes a álcool

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Sono, cinto de segurança, estresse e sexo seguro:

Sono está diretamente ligado à saúde pois se não dormimos bem acabamos não tendo um dia nada produtivo, acabando ficando estressados. Cinto de segurança está ligado a proteção tendo uma correlação com saúde assim como sexo. Dentre os entrevistados 37,5% possui um equilíbrio desejado sendo quase sempre e com relativa frequência para a primeira pergunta, 58,33%para a segunda sendo quase sempre, 41,66% para a terceira pergunta sendo quase sempre e com relativa frequência e 79,16% para a quarta pergunta sendo quase sempre.

Pergunta Número 15: Pergunta Número 16:

Quase Nunca 4% Quase Nunca

29% 21% Raramente Raramente

8% 25% Algumas vezes Algumas vezes 17% 96% c/ relativa c/ relativa frequencia frequencia

Pergunta Número 17: Pergunta Número 18:

Quase Nunca Quase Nunca

17% 21% Raramente 33% Raramente 50% 4% 25% Algumas vezes Algumas vezes 8% 34% 8% c/ relativa c/ relativa frequencia frequencia Pergunta Número 19: 4% 4% 13% Quase Nunca Raramente Algumas vezes

79% c/ relativa frequencia Quase Sempre

Figura 18 a 22 Gráficos Referentes a Sono, cinto de segurança e sexo seguro.

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Tipos de Comportamento

Quando não apresentamos um equilíbrio entre a saúde e a mente acabamos nos sujeitando a estilo de vidas desnecessários como viver com pressa ou sentir hostilidade e raiva. Dentre os entrevis- tados 50% possui um equilíbrio desejado sendo quase sempre ou c/relativa frequência para a primeira pergunta e 20,83% para a segunda pergunta sendo quase sempre ou com relativa frequência.

Pergunta Número 20: Pergunta Número 21:

Quase Nunca Quase Nunca 4% 8% Raramente Raramente 8% 13% 29% 38% Algumas vezes Algumas vezes

37% 25% c/ relativa c/ relativa 13% 25% frequencia frequencia Quase Sempre Quase Sempre

Figura 23 a 24 Gráficos referentes à Tipo de comportamento

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Introspecção:

Assim como tipos de comportamento introspecção está ligado à como você se sente no dia-dia. Dentre os entrevistados 62,5% possui um equilíbrio desejado sendo quase sempre e com relativa fre- quência para a primeira pergunta, 41,66% para a segunda sendo quase nunca ou raramente e 58,33% para a terceira pergunta sendo quase nunca ou raramente.

Pergunta Número 22: Pergunta Número 23:

Quase Nunca Quase Nunca

8% Raramente Raramente 17% 8% Algumas vezes Algumas vezes 46% 29% 33%

c/ relativa 42% c/ relativa 17% frequencia frequencia Quase Sempre Quase Sempre

Pergunta Número 24:

13% Quase Nunca 4% 33% Raramente Algumas vezes 25% c/ relativa frequencia 25% Quase Sempre

Figura 25 a 27 Gráficos referentes à Introspecção.

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Trabalho:

Fazer o que gosta está ligado diretamente com qualidade de vida, pois quando não o fazemos aca- bamos nos sentindo tristes, deprimidos o que no futuro acaba acarretando a doenças. Por isso já diziam: Amem o seu trabalho e não terão que trabalhar nenhum dia de suas vidas. Dentre os entrevistados 66,67% possui um equilíbrio desejado sendo quase sempre e com relativa frequência para a primeira pergunta.

Pergunta Número 25:

12% Quase Nunca Raramente 13% Algumas vezes 54% 8% c/ relativa frequencia 13% Quase Sempre

Figura 28 Gráficos referentes à Trabalho

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Através do primeiro questionário (Questionário Estilo de vida fantástico) observou-se que:

Família e amigos:

Nestas questões os entrevistados se saíram muito bem sendo a maioria com um a vida social desejada.

Atividades:

Nota-se que quando se trata de atividades rotineiras como ir ao supermercado, varrer a casa ninguém tem grandes dificuldades, porém quando se trata de atividades um pouco mais elaboradas como corridas, bicicletas, já ocorre um menor número de participantes.

Nutrição:

A maioria considera que tem uma dieta boa, entretanto muitos deles pecam com relação aos açucares, sódio, gordura animal e outras bobagens. Metade deles estando em seu peso adequado.

Cigarros e Drogas:

Poucos deles são tabagistas, porém dentre os que são fumam mais de 10 cigarros por dia. Nenhum deles faz uso de drogas ilícitas, pouca a utilização de remédio e bebidas com alto teor de cafeína.

Álcool

Quase todos eles utilizam álcool semanalmente, porém em pequenas quantidades. Contudo quando utilizam, acabam não economizando nas doses.

Sono, cinto de segurança, estresse e sexo seguro:

Poucos deles tem um descanso adequado, sendo menos da metade dos participantes acarretando também um alto índice de estresse nos participantes sendo também mais da metade.

Tipos de comportamento:

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Percebe-se que com o dia –dia muito deles tem pressa e faz as coisas correndo, porém, o índice de raiva e hostilidade não é tão alto.

Introspecção:

Há forma com que a turma pensa no dia-dia é extremamente adequada mais da metade deles são positivos e otimistas, não possuindo um alto indicie de tensão e desapontamento nem de tristeza e depressão.

Trabalho:

Mais da metade informou que está feliz profissionalmente. Apenas 25% sentem-se ao contrário.

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Os próximos gráficos e análise são referente ao Questionário 2.

4.2 Média de respostas e análises -Qualidade de Vida -SF-36

As duas primeiras perguntas se destinam a saúde. Dentre os entrevistados 66,67% possui um equilíbrio desejado sendo excelente e muito boa para a primeira pergunta e 79,16% para a segunda pergunta sendo excelente e muito boa.

Pergunta Número 1: Pergunta Número 2:

8% Excelente Excelente 4% 17% Muito boa 17% Muito boa 25% Boa Boa

67% Ruim Ruim Muito Ruim 62% Muito Ruim

Figura 29 a 30 Gráficos Referentes a Saúde. As questões de número 3-a até 3-j são a respeito de atividades físicas das mais simples as mais complexas. Dentre os entrevistados 25% possui um equilíbrio desejado sendo “não, dificulta de modo algum” para a primeira pergunta, 79,16% para a segunda sendo “não, dificulta de modo algum”, 75% para a terceira pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”, 54,16% para a quarta pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”, 75% quinta pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”, 66,67% sexta pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”, 62,5% sétima pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”, 62,5% oitava pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”,83,33% nona pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”, 100% décima pergunta sendo “não, dificulta de modo algum”.

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Pergunta Número 3-a: Pergunta Número3-b :

Sim,Dificulta muito Sim,Dificulta muito 25% 33% Dificulta um 21% pouco Dificulta um pouco

42% Não, não dificulta de 79% Não, não modo algum dificulta de modo algum

Pergunta Número 3-c: Pergunta Número 3- d: Sim,Dificulta muito Sim,Dificulta 4% muito 21% Dificulta um 13% pouco Dificulta um 54% pouco 75% 33% Não, não dificulta de Não, não modo algum dificulta de modo algum

Pergunta Número 3-e: Pergunta Número 3-f:

Sim,Dificulta Sim,Dificulta muito muito 8% 8% 17% Dificulta um 25% Dificulta um pouco pouco 67% 75% Não, não Não, não dificulta de dificulta de modo algum modo algum

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Pergunta Número 3-g: Pergunta Número 3- h:

Sim,Dificulta muito Sim,Dificulta 12% muito 12% Dificulta um 25% pouco Dificulta um 63% 25% pouco Não, não 63% dificulta de Não, não modo algum dificulta de modo algum

Pergunta Número 3-i: Pergunta Número 3-j:

Sim,Dificulta Sim,Dificulta muito muito 4% 13% Dificulta um Dificulta um pouco pouco

83% Não, não 100% Não, não dificulta de dificulta de modo algum modo algum

Figura 31 a 40 Gráficos Referentes a Atividades Físicas

As perguntas de 4-a há 4-d são referentes a problemas no trabalho por decorrência de problemas de saúde. Dentre os entrevistados 83,33% possui um equilíbrio desejado sendo “não” para a primeira

40 pergunta, 62,5% para a segunda sendo “não”, 75% para a terceira pergunta sendo “não”, 87,5% para a quarta pergunta sendo “não”.

Pergunta Número 4-a: Pergunta Número 4-b:

17% Sim 37% Sim Não 63% Não 83%

Pergunta Número 4-c: Pergunta Número 4-d:

12% 25% Sim Sim Não Não 75% 88%

Figura 41 a 44 Gráficos Referentes a problemas no trabalho

As perguntas de 5-a há 5-c são referentes a problemas no trabalho por decorrência de emocionais. Dentre os entrevistados 70,83% possui um equilíbrio desejado sendo “não” para a primeira pergunta, 70,83% para a segunda sendo “não”, 75% para a terceira pergunta sendo “não”

41

Pergunta Número 5-a: Pergunta Número 5-b:

29% 29% Sim Sim Não Não 71% 71%

Pergunta Número 5-c:

25% Sim Não 75%

Figura 45 a 47 Gráficos Referentes a problemas no trabalho por decorrência de problemas emocionais

Problemas emocionais/físicos interferiram em seu trabalho. Dentre os entrevistados 70,83% possui um equilíbrio desejado sendo “de forma alguma ou ligeiramente” para a primeira pergunta

Pergunta Número 6:

8% 4% De forma alguma

33% Ligeiramente 17% Moderadamente Bastante 38% Extremamente

Figura 48 Gráficos Referentes a problemas emocionais/físicos interferem no trabalho

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Questões 7 e 8 são relacionadas a dor. Dentre os entrevistados 41,66% possui um equilíbrio desejado sendo “Nenhuma ou muito leve” para a primeira pergunta, 75% para a segunda sendo “de forma alguma ou ligeiramente”

Pergunta Número 7:

Nenhuma 0% 8% 17% Muito leve 25% Leve 25% Moderada Grave 25% Muito grave

Pergunta Número 8:

4%

De forma alguma 21% Ligeiramente 46% Moderadamente Bastante 29% Extremamente

Figura 49 a 50 Gráficos Referentes a dores

As questões de número 9-a até 9-i são a respeito de atividades físicas das mais simples as mais complexas. Dentre os entrevistados 45,83% possui um equilíbrio desejado sendo “1 ou 2” para a primeira pergunta, 20,83% para a segunda sendo “5”, 54,16% para a terceira pergunta sendo “5”, 54,16% para a quarta pergunta sendo “1 ou 2”, 37,5% quinta pergunta sendo “1 ou 2”, 29,16% sexta pergunta sendo “5”, 33,33% sétima pergunta sendo “1 ou 2”, 4,16% oitava pergunta sendo “5”, 29,16% % nona pergunta sendo “1 ou 2”

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Pergunta Número 9-a: Pergunta Número 9-b:

8% 1 1 4% 16% 21% 12% 2 8% 2 3 3 40% 32% 4 21% 4 38% 5 5

Pergunta Número 9-c: Pergunta Número 9-d:

4% 1 8% 9% 1 13% 2 2 8% 29% 54% 3 3 46% 21% 4 4 5 8% 5

Pergunta Número 9-e: Pergunta Número 9-f:

12% 17% 1 4% 1 29% 2 29% 2 21% 3 3 21% 4 4 9% 29% 5 29% 5

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Pergunta Número 9-g: Pergunta Número 9-h:

4% 8%

1 4% 1 21% 21% 29% 2 2 3 3 46% 4 29% 4 13% 25% 5 5

Pergunta Número 9-i:

0% 17% 1 2 12% 3

63% 8% 4 5

Figura 51 a 59 Gráficos Referentes a Atividades Físicas

Pergunta número 10, problemas emocionais/físicos interferiram em suas atividades sociais. Dentre os entrevistados 37,5% possui um equilíbrio desejado sendo “5” para a primeira pergunta

Pergunta Número 10:

8% 1 8% 38% 2 3 21% 4

25% 5

Figura 60 Gráficos Referentes a Problemas emocionais/ Físicos

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As questões de número 11-a até 11-d são a respeito da saúde. Dentre os entrevistados 29,16% possui um equilíbrio desejado sendo “3” para a primeira pergunta, 25% para a segunda sendo “1”, 33,33% para a terceira pergunta sendo “5”, 25% para a quarta pergunta sendo “1”.

Pergunta Número 11-a: Pergunta Número 11-b:

1 1 17% 17% 25% 2 25% 2 17% 3 12% 3 12% 4 4 21% 25% 29% 5 5

Pergunta Número 11-c: Pergunta Número 11-d:

12% 1 17% 1 25% 32% 12% 2 2 3 13% 3 4 4 24% 12% 20% 5 33% 5

Figura 61 a 64 Gráficos Referentes a Saúde

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Através do segundo questionário (Versão brasileira do Questionário de Qualidade de Vida-sf-36) observou- se que:

Saúde:

Através de análise de números e possível analisar que a grande maioria está satisfeito com sua saúde nos dias presentes.

Atividades:

Assim como foi notado no ultimo questionário, levando em conta a maioria não há qualquer tipo de dificuldade em fazer atividades rotineiras, o resultado só é alterado quando levamos em consideração atividades mais elaboradas.

Trabalho:

É evidente que por decorrência de problemas de saúde o trabalho da maioria não foi afetado assim como por problemas emocionais.

Social:

O índice também é bem baixo quando se trata de problemas emocionais e ou físicos interferirem na vida social das pessoas.

Dores e Disposição:

Dores no corpo em relação ao gráfico e a idade dos participantes é normal. Não interferindo no dia-dia das pessoas. Levando em conta o geral, há disposição para as atividades do dia-dia, não sendo afetada por raiva e nervosismo. Porém nota-se um cansaço na maior parte dos integrantes.

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5. Discussão

Através da análise de respostas da turma Acu-88 dos questionários Estilo de vida Fantástico e Versão brasileira do Questionário de Qualidade de Vida-sf-36 chega-se à conclusão que: Com relação a vida social (Família e Amigos), a saúde física e mental, a maioria tem total equilíbrio. Apenas nota- se de que devido ao dia-dia corrido de todos poucos descansam a quantidade necessária, acarretando em um cansaço físico e mental prejudicando em atividades simples quando se encontram nessas condições. Fazendo uma correlação dos dados nota-se que quanto pior o hábito de vida maior distância da qualidade de vida levando em conta que são opostas. No mundo em que vivemos, cheio de tribulações e movimentos constantes é difícil realmente encontrar quem possui uma qualidade de vida. Através de pesquisas, análises e comparações realizadas entre os hábitos de vida da turma ACU 88 com a verdadeira qualidade de vida evidencia que existe a busca da qualidade de vida, porém dentro do alcance de cada pessoa sem mudanças bruscas em seu dia-dia. Os profissionais da área da saúde reconhecem a importância da avaliação da qualidade de vida para informar a evolução do paciente e a decisão quanto ao tratamento mais indicado. Por isso, a avaliação da qualidade de vida tem sido cada vez mais utilizada na área de saúde, principalmente depois que suas propriedades de medida foram comprovadas como um parâmetro válido, reprodutível. Assim, a mensuração do impacto da doença na qualidade de vida do paciente torna-se uma ferramenta cada vez mais importante. A avaliação da saúde engloba aspectos gerais da vida e do bem-estar do indivíduo; portanto, experiências subjetivas contribuem de forma importante como um parâmetro de avaliação dos próprios indivíduos. Conforme o proposto do trabalho em diagnosticar quem possui uma boa qualidade de vida, indica-se também os 8 Pilares.

 Meditação- A palavra meditação vem do Latim, meditare, e significa ir para o centro, no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar à atenção para dentro de si. (DANUCALOV; SIMÕES, 2006).  Qi Gong - “A respiração é a comprovação de Sansara e da roda da vida, pois se respiramos vivemos, se não respirarmos morremos”. Máxima Budista  Dietoterapia- Recuperar e/ou manter o estado de saúde, levando o paciente às suas atividades normais.  Feng Shui- O Feng Shui é uma ciência milenar chinesa que estuda os efeitos das energias do ambiente, natural e construído, sobre as pessoas, sua saúde, seus relacionamentos, sua prosperidade.

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 Fitoterapia- Fitoterapia é a ciência que estuda as plantas medicinais e o uso das mesmas no tratamento de doenças.  Moxabustão- A moxabustão é uma técnica terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa. Baseia-se nos mesmos princípios e conhecimentos dos meridianos de energia utilizados na acupuntura.  Acupuntura- A acupuntura é um método terapêutico com origem na Medicina Tradicional Chinesa, que consiste na estimulação de pontos cutâneos específicos através de agulhas.  Massoterapia- Massoterapia é a aplicação de técnicas de massagem para finalidade terapêutica, anti-estresse, relaxamento, estética e esportiva.

Com os 4 primeiros pilares é possível ter um Corpo (Físico) e a Mente em equilíbrio, porém se tudo se descarrilhar tem os últimos 4 que são o essencial para se alinhar rumo a qualidade de vida. A seguir com base em pesquisa é exposto mais detalhadamente um pouco de cada um deles.

5.1 Os Oito Pilares

Para se obter uma qualidade de vida, é muito importante manter os Qi intactos e aprender de uma forma saudável como obter mais. Para isso devemos simplesmente seguir os oito pilares.

5.1.1 Meditação (Tai Chi Chuan)

O Tai Chi Chuan faz parte da cultura e dos costumes chineses, e tal como outras práticas, teve o seu desenvolvimento ao longo da história chinesa. A teoria mais conhecida sobre a origem do Tai Chi Chuan é que em 1200 d.C. o monge Taoista Chang San-Feng, fundou um templo na montanha Wudang, para a prática do Taoismo, visando o supremo desenvolvimento da vida humana. O mestre Chang ensinava a harmonia do Yin / Yang como um meio de melhorar o desenvolvimento da mente e das habilidades físicas, a meditação, assim como, movimentos naturais do corpo estimulados por uma energia interna, que deveria ser desenvolvida a determinado nível. Este complexo sistema de práticas recebeu o nome de Tai Chi Chuan. Na época o Tai Chi Chuan também foi criado com propósitos de combate, como arte marcial para o desenvolvimento externo e interno. Mas com o passar dos séculos esta função foi sendo relegada em favor dos propósitos relativos ao desenvolvimento da saúde. Durante séculos os verdadeiros e dedicados mestres permaneceram nas montanhas juntamente com os seus alunos, levavam uma vida monástica com o objetivo de manter a arte pura, meditavam e praticavam diariamente para elevar o espírito, a condição da mente, disciplinar o corpo. E desta forma, o sistema original foi preservado mais ou menos intacto.

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Esta tradição teve um importante papel na passagem do conhecimento e da sabedoria do Tai Chi Chuan para a sociedade e o poder da sua influência foi capaz de fluir profundamente em todas as classes sociais chinesas. Os mestres do Tai Chi Chuan eram considerados como símbolos de sabedoria, eram respeitados por praticarem a justiça, a caridade, educação e as artes de medicina. Estes mestres da antiguidade incentivavam o povo a ser mais disciplinado, saudável, bondoso e inteligente, e foi com esses objetivos que o aspecto da arte marcial do Tai Chi Chuan se desenvolveu. Atualmente na China está arte está em toda a parte; nos parques, nos hospitais e clínicas, nos templos, empresas e fábricas. Pela manhã os parques das cidades na China, enchem-se de pessoas a praticar Tai Chi Chuan e Qi Gong. As estimativas oficiais indicam, que o número de cidadãos chineses que praticam nos parques varia de 80 a 200 milhões, e isto ocorre devido aos programas do ministério da saúde pública da China. O Tai Chi Chuan é composto de movimentos relaxantes, desenvolvidos para estabilizar o equilíbrio das forças vitais do organismo (a união da energia Yin e Yang), isto ajuda todo o corpo a executar as suas funções de maneira mais eficiente. A prática destes movimentos suaves, ocasiona um impacto no sistema nervoso central e constrói uma base para melhorar os outros sistemas orgânicos do corpo: esqueleto, músculos, aparelho circulatório, sistemas linfático, aparelho excretor, glândulas endócrinas, sistema nervoso, aparelho digestivo e órgãos sensoriais. Existem muitos estilos de Tai Chi Chuan assim como de Qi Gong , alguns desses estilos incluem formas com espadas, leques, bastões, onde as pessoas procuram expressar a beleza dos movimentos. Alguns dos benefícios do Tai Chi Chuan:

 Aumento da vitalidade, aumentando a energia e a disposição;  Fortalecimento do sistema nervoso;  Aumento da atenção e concentração mental;  Desenvolvimento pleno do potencial mental e espiritual;  Equilíbrio de todos os sistemas orgânicos do corpo;  Melhora a serenidade e o equilíbrio das emoções;  Diminui o stress e a sobrecarga mental;  Aumento da flexibilidade, proporcionando um relaxamento muscular para todo corpo;  Fortalecimento do sistema imunológico na prevenção de doenças;  Superação dos medos e limites.

A meditação, caracterizada como o treino da atenção plena à consciência do momento presente, tem sido associada a um maior bem-estar mental, emocional e físico

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Aos poucos, a prática da meditação tem sido mais divulgada, conhecida e aceita. Apesar de fazer parte da humanidade há séculos, ainda hoje encontramos muitas pessoas que por falta de informação deixam de se beneficiar desta técnica milenar. Não podemos negar que o mundo de hoje invade nosso cotidiano e até mesmo nossos momentos de descanso e prazer com pressões que se acumulam, tumultuando nossa mente, tornando assim cada vez mais difícil nos voltarmos para dentro de nós mesmos e visualizar a causa de nossas angustias. Todos sabemos que as respostas para a maioria de nossas perguntas estão dentro de nós, mas as pessoas insistem buscar as respostas fora, demorando cada vez mais a se encontrarem. E a meditação é um dos caminhos para esse encontro com nós mesmos. E tudo começa fechando os olhos, relaxando os músculos, tranquilizando a respiração. A meditação, caracterizada como o treino da atenção plena à consciência do momento presente, tem sido associada a um maior bem-estar físico, mental e emocional (Shapiro, Schwartz, & Santerre, 2005). Esta prática teve origem nas filosofias espirituais do Oriente, mas especialmente a partir da década de 60 o movimento de trazê-la para o Ocidente ganhou força. Algumas pessoas, infelizmente, alegam que não meditam por falta de tempo, mas se precisam ir ao médico, conseguem um tempinho, depois mais um tempinho para irem à farmácia comprar remédios, quando possuem um recurso poderoso, que só dependem delas. Com a prática muitas pessoas começam a ter mais consciência da respiração, do seu corpo e, consequentemente, começam a mudar de forma positiva hábitos corriqueiros como cuidados com a alimentação e com o corpo. A respiração é um elemento que está sempre presente em todas as nossas atividades. Respirar é algo natural e essencial na vida. A prática meditativa também parece ser uma experiência profunda, com repercussões em diversos âmbitos da vida. Entrevistas abertas indicam que muitos meditadores que buscam integrar sua prática ao seu ambiente profissional relatam melhor qualidade do trabalho, melhor tomada de decisões e melhor qualidade nas relações interpessoais, especialmente familiares (Duerr, 2004).

5.1.2 QI Gong

É uma disciplina da Medicina Tradicional Chinesa, e tal como está evoluiu através dos tempos. O QI Gong é uma técnica milenar Chinesa de treino interior, objetivando o equilíbrio do indivíduo como um todo: físico, mental e espiritual. Ele resulta de milhares de anos de experiência dos chineses no uso da energia (Qi) para tratar doenças, promover a saúde e longevidade, expandir a mente, alcançar

51 diferentes níveis de consciência e desenvolver a espiritualidade. No entanto, para se obter os benefícios que esta prática proporciona, é necessário vários treinos regulares, disciplina e aplicação prática da sua filosofia no dia-a-dia. A maioria dos praticantes de Qi Gong, ao final de algum tempo de prática, começam a sentir os seus efeitos, é sem dúvida uma técnica destinada a todos que procuram a saúde e o equilíbrio segundo o Tao e pode ser praticado por pessoas de qualquer faixa etária. O Qi Gong beneficia o metabolismo e previne a maioria das chamadas doenças da meia-idade, tais como o endurecimento das artérias e articulações. Quando é praticado por um certo tempo e regularmente, beneficia especialmente o sistema nervoso central, o praticante ao aprender a controlar a mente, tem maior capacidade de projetar imagens positivas (concentração e contemplação) que trazem paz e tranquilidade a todo o ser, revigorando e estimulando o cérebro, desenvolvendo assim mais capacidade de concentração. Derivado de técnicas milenares conhecidas como Dao (Tao) Yin, o Qi Gong, como é conhecido nos nossos dias, remonta à época da Dinastia Han (206-220 d.C.) altura em que começou a ser sistematizado. O termo Qi Gong, é um nome relativamente recente, data do início do século XX, sendo esse o nome utilizado atualmente para se referir a múltiplos exercícios destinados a desenvolver a força (física, energética, mental ou espiritual) ou para fins terapêuticos, mediante a utilização da Energia Vital – Chi ou Qi.

5.1.3 Dietoterapia

A cozinha chinesa e a Medicina Chinesa sempre estiveram muito relacionadas através dos tempos. Cor, aroma e sabor não são os únicos princípios a serem seguidos na cozinha chinesa, os chineses têm uma crença tradicional no valor medicinal dos alimentos e que os alimentos e os remédios têm a mesma origem. O intelectual Yi Yin da dinastia Shang (sec. XVI ao XI aC.) elaborou uma teoria a que chamou de “harmonia dos alimentos” em que ele relacionou os cinco sabores: doce, azedo, amargo, picante e salgado ás necessidades nutricionais dos cinco principais sistemas de órgãos do corpo :Coração (Xin), Fígado (Gan), Baço/Pâncreas( Pi), Pulmão(Fei) e Rim(Shen) e enfatiza o seu papel na manutenção da boa saúde. Na realidade, muitas plantas utilizadas na cozinha chinesa tais como alho-porró, gengibre fresco, alho, botões secos de margaridas, cogumelos, têm propriedades de prevenção e alívio de várias doenças. Os alimentos, na concepção da MC, constituem um dos fatores mais importantes na conservação e na manutenção da saúde, a filosofia chinesa, baseada nas leis do Universo, da Natureza, das concepções da vida e da morte, da física, das ciências puras e biológicas, levam-nos até um

52 conhecimento maior. A partir da teoria da dualidade dinâmica do Yin e do Yang, do princípio dos cinco movimentos, a Medicina Chinesa reflete a integração do ser humano no meio ambiente e desta integração são os alimentos, tanto celestes (ar-oxigênio) quanto terrestres (alimento), que sofrem intensas alterações sazonais, topográficas, geográficas e climáticas. Estas duas formas de energia, a celeste e a terrestre, inerentes ao alimento quando ingerido, vão fazer parte do nosso corpo nutrindo, fortalecendo, reparando, harmonizando as nossas funções energéticas e fisiológicas, ou mesmo podendo trazer alterações do funcionamento dos tecidos. A Medicina Chinesa concede uma importância relevante ao alimento na constituição da forma física e do psíquico, a parte Yin a qual a energia Yang vai fixar-se, para promover toda a nossa dinâmica da mente e do corpo. Adequar a alimentação e saber dos seus efeitos sobre o nosso corpo, é saber a maneira de se intervir nos casos do vazio ou plenitude dos órgãos e das vísceras, através desse conhecimento a MC elaborou todo um procedimento para repor os gastos energéticos e da matéria, proporcionar a vitalidade e a longevidade celular, evitar os processos degenerativos, o envelhecimento precoce e principalmente o aparecimento de doenças graves. Segundo a MC alimentar-se bem não significa, necessariamente, comer do melhor, do mais caro, do importado, mas sim alimentar-se com os produtos que contenham a energia necessária para o corpo em determinado momento, energia essa que pode estar na vagem do feijão verde, no fígado da vaca, na casca de um fruto, etc. De acordo com os dietistas chineses, a boa saúde depende da ingestão do Qi em grãos que nutre o Qi do Estômago (Wei). Comer e beber indiscriminadamente danificam o Baço (Pi) e o Estômago (Wei) e altera o metabolismo predispondo a pessoa a doença. Por exemplo: o consumo de alimentos gordurosos causa umidade-calor, lesão gástrica, azia e acúmulo de fleuma no peito, que por sua vez causa outras doenças tais como carbúnculo e abcessos. Um excesso de alimento picante estimula o acúmulo de calor no trato gastrointestinal, causando perturbações estomacais e hemorroidas. O alimento excessivamente azedo danifica o órgão que lhe é correspondente, assim como o alimento excessivamente amargo, o Coração (Xin), e os alimentos excessivamente salgados o Rim (Shen). O consumo excessivo de bebidas alcoólicas danifica o Qi e o Sangue (Xue), causa alcoolismo, gangrena e doenças mental. Segundo a dietética chinesa, os alimentos também possuem diferentes ações de acordo com os seus sabores. Por exemplo: os alimentos de natureza fresca ou fria incluem peras, laranjas, melancia, melão amargo, berinjela, lentilhas verdes, coalho de feijão e bambu. Os alimentos de natureza úmida são repolho, alho-porro, abóbora, gengibre fresco, vinagre e pimentão. Os alimentos suavemente mornos são a carne de frango e bovino, enquanto os alimentos

53 quentes incluem vinho, carne de carneiro e de cão. Incluídos nos alimentos doces estão o milho, batatas- doces, ervilhas, jujuba e feijão-verde. Os alimentos picantes são aipo, cebola e alho. As azeitonas são consideradas como azedas e as algas marinhas, salgadas. Sendo assim, para manter a saúde de uma pessoa, devem-se escolher os alimentos apropriados baseado na condição física individual. A Medicina Chinesa ao ter entendido a interação dos alimentos com o corpo e as influências que as energias celeste e terrestre exercem sobre ele, elaborou os procedimentos para as pessoas usufruírem da melhor maneira o que a natureza oferece sem prejuízos para estas, e de maneira a que a natureza possa servir ao ser humano eternamente.

5.1.4 Feng Shui

Como grande parte da preocupação da Medicina Chinesa é com a manutenção da saúde, seguir os ritmos e ciclos da Natureza é fundamental. Realmente, a doença apenas surge quando as pessoas rompem este delicado estado de equilíbrio com o meio que o cerca. As obras de Medicina Chinesa estão coalhadas de avisos e dicas para se evitar esta ruptura, bem como técnicas para restabelecer o equilíbrio rompido. O mesmo se dá com o Feng Shui, que se preocupa em harmonizar o Qi no imóvel e fazê-lo o mais compatível possível com os seus habitantes. A expressão "vento" e "água", Feng Shui, demonstra a preocupação com o fluxo de Qi no Céu e na Terra. Esta técnica chinesa parte dos princípios taoístas para harmonizar as energias do Céu e da Terra de modo a manter o equilíbrio energético das pessoas que habitam o local. Não se esqueça que o Feng Shui é sempre direcionado às pessoas que utilizam aquele espaço. Feng Shui é uma arte milenar utilizada para organizar a vida do ser humano. Data de mais de cinco mil anos. É elaborada a partir da observação da natureza, utiliza os mesmos princípios que regem as ciências naturais e tem como base o conceito do Tao, Yin e Yang, energia Qi e os cinco movimentos associados ao estudo das cores, relevo, clima e formas. Sua função é favorecer uma vida saudável, atrair abundância, prosperidade, harmonia para o casal, para a família e sucesso em todos os aspectos da vida. O segredo está em harmonizar essa energia pela casa. A arte do Feng Shui é trazer boas vibrações para a conquista dos sonhos pessoais. Esta busca do equilíbrio ideal para os seres humanos é justamente a proposição básica da Medicina Chinesa, qual seja a de tornar o ser humano equilibrado com as forças da Natureza ao seu redor. Ao "reequilibrarmos" o Qi em um local, melhoramos as condições necessárias à vida de seus ocupantes. Este é um dos objetivos centrais das técnicas chinesas de harmonização de ambientes. De acordo com o Feng Shui, o nosso ambiente conta uma história. Então se mudarmos os elementos deste ambiente de forma correta, poderemos mudar a nossa história de forma positiva.

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Lembre-se que uma casa tranquila e sadia pode melhorar muito o estresse e os problemas do trabalho e da vida cotidiana. Mas voltar para uma casa irritante e depressiva no final de um dia cansativo de trabalho mina os esforços de qualquer pessoa....

Segue os 4 pilares secundários que auxiliam na recuperação do equilíbrio

5.1.5 Fitoterapia

A fitoterapia tradicional chinesa é baseada nas teorias da MC. Sua referência mais antiga está no livro “Shen Nong's Herbal Classic” escrito cerca de dois mil anos atrás, no qual estão listadas 365 plantas medicinais. Atualmente, quase todos os hospitais na China possuem departamentos de MC, os quais prescrevem ervas medicinais aos pacientes. A prescrição da fitoterapia chinesa é aprovada pela State Food and Drug Administration (SFDA) da China, na qual já existem cerca de 9000 patentes de plantas medicinais (YE; HE, 2010). 18 O princípio da fitoterapia tradicional chinesa é suprimir os sinais e sintomas das doenças por meio de produtos naturais, que incluem materiais provenientes de fontes variadas como mineral, vegetal ou animal. Assim, o objetivo dessa terapia é corrigir o desequilíbrio instalado causado por deficiência ou excesso de energia (Qi). Na prática, os fitoterápicos são selecionados de acordo com os cinco sabores incluindo as qualidades Yin e Yang. Dessa forma, nas patologias de deficiências escolhem-se ervas para aquecer, as quais apresentam sabores doces e picantes. Nos casos de excesso selecionam-se ervas para resfriar, as quais são amargas, azedas e salgadas (CHAN, 1995). A área da fitoterapia chinesa é frequentemente mal compreendida no Ocidente devido à escassez de material bibliográfico que trate o assunto com a profundidade necessária, tendo está uma estrutura complexa não é raro depararmo-nos com erros básicos devido a uma má interpretação das suas regras gerais. Uma fórmula fitoterápica chinesa poderá englobar seis ou mais plantas e cada uma delas com objetivos bem definidos, que vai desde impedir efeitos colaterais indesejados a encaminhar os agentes principais ao local da doença. Fitoterapia literalmente quer dizer, terapia através das plantas, é conhecida na china há cerca de três mil anos, época em que os livros eram escritos em pergaminhos, casco de tartaruga e seda. Mas a informação contida nesses registros mais antigos não faz referência às plantas, mas registram os nomes de doenças, orações e outros métodos para as curar. Em 1973 a descoberta de 14 livros médicos clássicos em Chang-She, província de , trouxe alguns dados sobre o início da medicina herdaria chinesa. Estas fontes mencionam 52 doenças 283 prescrições e 247 de plantas incluindo: alcaçus, scutellaria, atractylodes, cnidium e muitas outras ainda utilizadas atualmente. Muitos outros livros médicos clássicos, foram escritos antes da época de

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Cristo mas parece que só Shan Hai Ching sobreviveu. Escrito em duas partes, Shan Ching data de cerca de 250 a.C. e Hai Ching de 120 a.C. Ambos descrevem 250 plantas e animais, dos quais apenas 68 são usadas como medicinais 47 de origem animal e 21 de origem vegetal incluindo a canela, angélica, gambie, platycodon, peônia, jujuba etc. De acordo com a lenda, após experimentar várias plantas, Shen Nung, o fundador da Medicina Herbária chinesa, escreveu o livro “Shen Nung Pen Tsao Ching”. O livro sobrevive numa cópia feita por Tao Hung – Ching por volta de 500 anos d.C. e relaciona 365 ervas. Duzentos anos depois, Su Ching compilou “Hsin Hsiu Pen Tsao”, baseado no original Shen Nung Pen Tsao. Contendo 850 substâncias medicinais em 27 volumes, este livro, popularmente conhecido como Tang Pen Tsao, representa a farmacopeia mais antiga oficial no mundo. Em 739 d.C., Chen Chang-Chi da Dinastia Tang suplementou posteriormente o texto, chamando-o de Pen Tsao Shih. Durante a Dinastia Sung, Liu Han por ordem do Imperador, reviu as obras Hsin Hsiu Pen Tsao e Pen Tsao Shih, resultando dessa revisão a publicação do livro Kai Pao Pen Tsao em 973 d.C. que relacionava 984 ervas. Em 1057 coube a vez a Chang Yu-Shi rever Kai Pão Pen Tsao intitulando o seu trabalho de Chia Yu Pu Pen Tsao contendo 1084 variedades de ervas. No ano 1098 d.C. um novo livro contendo 1744 tipos de ervas e ilustrações botânicas foi escrito por Tang Shen-Wei com o título “Chin Shih Cheng Lei Chi Pen Tsao”. Durante a Dinastia Ching, 71 autores publicaram 460 volumes sobre esta matéria sendo os mais peculiares Pen Tsao Kang um Shihi do autor Xhao Hsueh-ming, que se mostrou tanto complicado como tedioso, sendo preferido pelos médicos chineses na época um outro livro, Pen Tsao Pei Yao de Wang Ang. O governo chinês publicou um dicionário de drogas herbais chinesas abrangendo 5767 tipos de substâncias medicinais, ainda que na realidade na prática clínica só são usadas regularmente cerca de 300 ervas. É curioso que muitas das fórmulas utilizadas ainda hoje são as mesmas da Dinastia Han com pequenas alterações. Estas fórmulas magistrais encontradas nos livros em diversos idiomas são utilizadas e estudadas em quase todos os países. No Japão, desde 1950 que o Ministro da Saúde Japonês reconhece 148 dessas fórmulas como de utilidade pública. Para se fazer uma fórmula fitoterápica chinesa, é preciso conhecer-se as capacidades energéticas, curativas e sinérgicas das ervas, ou seja, a interação de uma planta com as outras. Na formulação Chinesa existe uma erva Imperador, que vai determinar a ação da fórmula, as ervas Ministros, que ajudam a potencializar a ação do Imperador, as ervas. Assistentes que são necessárias para o bem-estar da pessoa e cuidam do estômago para que este receba a fórmula, e por fim as ervas Mensageiras que levam as ervas para o local necessário. Ao contrário da Medicina Ocidental a Medicina Chinesa – é uma ciência fundada sobre a experiência empírica acumulada, divide os medicamentos de acordo com as suas propriedades e ações. Propriedades das plantas (medicamentos)

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As plantas podem ser classificadas:  Segundo as suas propriedades térmicas: quentes, mornas, frescas e frias, podendo ainda falar- se de uma quinta propriedade, a neutra.  Segundo os cinco sabores: azedo (ácido), amargo, doce, picante e salgado, teoria elaborada por Chou Li em 770-476 a.C.  Segundo as quatro direções: ascendente, descendente, circulante (flutuante) e submersão. Sistema de classificação geralmente atribuído a Li Tung 1180-1251 d.C. As ervas com propriedades mornas ou quentes são Yang em natureza. Elas dispersam o vento e o frio interno, aquecem o Baço ( Pi) e o Estômago(Wei), reabastecem o Yang, também possuem ações estimulantes e fortalecedoras, ervas dessa natureza incluem o gengibre seco, canela e tratam várias doenças do frio. As drogas com propriedades frescas ou frias tais como: coptis, scutellaria, gypsum e gardénia são Yin em natureza. Elas removem o calor, aliviam a inflamação patogénica, acalmam os nervos devido à sua ação inibitória, servindo também como antibióticos, sedativos e antiflogísticos para doenças febris. Devido à variação na constituição corpórea, a circulação do Qi (energia), sangue e meridianos, assim como as manifestações externas da doença, as ervas com a mesma classificação com frequência diferem nos seus efeitos terapêuticos. Cada um dos 5 sabores, determinados a partir de experiências a longo prazo, tem as suas próprias funções específicas. Geralmente as plantas de sabor picante exercem efeitos de dispersão e promoção; as de sabor doce de tonificação e regulação; as de sabor amargo efeitos fortalecedores e purgantes; as de sabor azedo efeitos adstringentes e as de sabor salgado efeitos suavizastes e purgantes. As ervas picantes como gengibre fresco, perilla e menta dispersam os patógenos externos. As ervas doces são tônicas e lenitivas; o ginseng nutre o Qi e o alcaçus alivia a dor. As ervas amargas tais como coptis e melão amargo têm a ação de secar a umidade e são purgantes. As ervas azedas amolecem, fortificam e umedecem. As algas marinhas tratam fleuma estagnado e escrófula. Ervas suaves, sem sabor, tais como Hoelen e Akebia, são diuréticas. Ascendência, descendência, circulação e submersão representam outras quatro qualidades adicionais usadas para classificar as plantas (ervas). Ascendentes e circulantes referem-se a drogas que têm um efeito para cima e para fora, usadas para ativar o Yang, induzir a transpiração e dispersar o Frio e o Vento. Em contraste, drogas descendentes e de submersão, possuem um efeito para baixo e para dentro – elas tranquilizam, causam contração, aliviam tosse, interrompem a êmese e promovem a diurese e purgação. Como uma das teorias fundamentais na Medicina Herbária Chinesa, as quatro direções relacionam-se aos diferentes estados de doença no organismo humano. Assim as plantas mornas, quentes, picantes e doces são classificadas como ascendentes e circulantes por natureza, enquanto as frias, frescas, azedas, amargas e salgadas têm ações descendentes e de submersão. As ervas

57 suaves e leves tais como flores e folhas normalmente possuem qualidades ascendentes e circulantes enquanto as ervas túrbidas e pesadas tais como sementes e frutos possuem efeitos descendentes e de submersão. O especialista em fitoterapia chinesa pode mudar as características de uma droga processando- a ou formulando-a de maneira que se ajuste às necessidades da doença. As ervas cozidas numa solução salgada ou vinagre torna-se descendente ou de submersão. As ervas cozidas em vinho ou com gengibre tornam-se ascendentes e circulantes nas suas características. Na Medicina Chinesa, a ação farmacológica da combinação de mais de duas ervas é chamada de “os sete efeitos das drogas”. Após séculos de uso empírico de remédios herbários, os médicos chineses descobriram que os efeitos de ervas isoladas mudam de acordo com o ambiente herbário. Algumas combinações intensificam uma ação enquanto que outros tornam-se tóxicas ou reduzem a efetividade. Esses efeitos farmacológicos de uma combinação herbária são difíceis de analisar porque a fórmula pode consistir de qualquer parte de quatro a doze ervas individuais que interagem entre si, ocorrendo três tipos de interações: - Entre as ervas individuais; - Entre os constituintes das ervas individuais; - Entre os constituintes de ervas diferentes. Os efeitos farmacológicos das combinações herbárias sobre o organismo humano provaram-se muitos complexos. Isto demonstra que a fitoterapia chinesa na sua complexidade provou a sua eficiência no decorrer dos séculos, assim como na atualidade.

5.1.6 Moxabustão

A moxabustão é uma técnica terapêutica da Medicina Chinesa. Baseia-se nos mesmos princípios e conhecimentos dos Canais de energia utilizados na acupuntura, sendo amplamente utilizada em outros sistemas de Medicina Oriental tradicionais como: Japão, Coreia, Vietnam, Tibete e Mongólia. Esta prática, pela documentação antiga existente, parece ser anterior à acupuntura. Originou-se no norte da China, moxabustão – Jiú (pinyin) significa literalmente, “longo tempo de aplicação do fogo”, sendo considerada uma espécie de acupuntura térmica, feita pela combustão da erva Artemísia Sinensis e Artemísia Vulgaris. A cauterização, da qual deriva a moxa, foi um desenvolvimento que se seguiu ao uso do fogo. Considerou-se que o aquecimento e a sensação de bem- estar que o fogo propiciava à vida nas cavernas frias e úmidas, assim como as curas furtivas que ocasionalmente aconteciam do toque de um carvão acesso ou pedaço de lenha em brasa, foram os primórdios da cauterização.

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A cauterização como método de curar doenças usava originalmente ramos e outros materiais combustíveis comuns. O uso de plantas como principal substância de combustão, data do último período Chou. O livro de Mencios (290 a.C.) refere-se a esta planta (artemísia) “para uma doença de sete anos, procure moxa (artemísia) de três anos de idade) ”. Isto sugere que o seu uso já era difundido naquele tempo. Antigamente, praticava-se geralmente o método de cauterização direta, aplicando-se o material combustível diretamente sobre a pele. As instruções são encontradas no tratado Tradicional de Zuo (581 a.C.) “acima ou abaixo dos vitais, a cauterização direta não pode ser usada”. Num outro livro “O livro dos segredos de Bian Que”, é mencionado fazer-se moxa para as pessoas dormirem. O clássico de Medicina da Dinastia Han Oriental “Discussão das doenças causadas pelo frio”, também refere as doenças para o qual a cauterização direta é permitida ou proibida. Naquele tempo, o tamanho da mecha ou cone de moxa era grande e para cada tratamento um grande número de moxa era usado. Mais tarde, nas Dinastias Tang e Song, eram prescritos mais de 100 cones de moxa. Durante as Dinastias Jin e Tang, foi desenvolvido um método de cauterização indireta, no clássico “Receitas dos mil ducados” vários métodos são discutidos, incluindo colocar a moxa sob um folhado de outros materiais, tais como alho, feijão-soja, cera de abelha, sal ou gengibre, e então queimá-la, no mesmo livro, é descrito um método para tratar doenças auriculares através do qual um tubo de bambu vazio é colocado na orelha e a moxa queimada na outra ponta. Este método era denominado de cauterização com tubo ou cilindro e foi o percursor da técnica moderna do “cilindro aquecido”. Outro método, inventado na Dinastia Ming (1368-1332 d.C.) era utilizar um ramo de árvore de pêssego ou de amora, que era mergulhado em óleo de gergelim para ser acesso e apagado, então o bastão aquecido era embrulhado com papel macio e era passado como um ferro sobre determinada área da pele. Num desenvolvimento posterior, o pó de moxa seca triturada e outras ervas eram enroladas juntas em bastão com forma de charuto, para ser seguro em uma ponta e ser queimada na outra extremidade a uma pequena distância da pele. Este método ainda é bastante praticado atualmente. Na Dinastia Song (960-1279 d.C.) existem referências em livros médicos sobre cauterização natural ou espontânea, por meio do uso de ervas conhecidas pelas suas propriedades irritantes (ex: Rhus toxicodendron, emplastro de mostarda etc.), que eram friccionadas sobre a pele, produzindo lesão tipo bolha. O efeito da moxa é semelhante à Acupuntura, que age estimulando os pontos da acupuntura para fortalecer a circulação do Qi (energia) e do sangue, sendo que a moxa estimula com o calor. No capítulo 75 do Ling Shu está escrito “quando o sangue nos vasos se torna estagnante ou fica bloqueado, deve ser tratado somente pelo fogo”. Esta e outras passagens descritos nos livros antigos, ilustram bem as funções da moxa.

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Num texto antigo da Dinastia Tang “receitas dos mil ducados” afirma “a pessoa que aplica diariamente ao ponto Zusanli (E-36) estará livre de uma centena de doenças”, e assim o faziam as pessoas nessas épocas principalmente se tinham de viajar para outras localidades, para assim se protegerem das “energias perversas” dessas localidades a que não estavam acostumadas. O calor da moxabustão é extremamente penetrante, tornando-se eficaz quando há menos circulação, condições frias e úmidas, além da deficiência do Yang. Quando aplicada aos pontos de acupuntura específicos com deficiências do Yang, o corpo absorve o calor recuperando mais rapidamente o Qi (energia) do Yang do corpo e o “Fogo Ministerial” fonte de todo o calor e energia do corpo. As folhas frescas da planta Artemísia são colhidas na primavera e expostas ao sol para secarem, em seguida são trituradas, examinadas e filtradas para remoção de areia ou talos mais grosseiros, posteriormente, posto de novo ao sol, repetindo-se este processo até se obter a consistência desejada que é um pó fino, macio e claro. A moxa a usar diretamente sobre a pele (método direto) deve ser extremamente fina, para que possa ser amassada e moldada com as mãos em minúsculos cones, firmes e que não se devem desfazer, para o uso indireto (não encostar na pele) não é necessário ser tão fina, esta é enrolada fortemente em papel especial de cerca de 15 cm de comprimento, pode ser adicionado pó de outras plantas, formando- se então os bastões ou “charutos” que servirão uma vez acessos numa extremidade para aquecer os pontos ou áreas do corpo. Uma técnica muito utilizada na china atual é a moxa acesa, que serve para aquecer áreas maiores do corpo e por tempo mais prolongado, a moxa é colocada num instrumento próprio tubular ou outros formatos com fundo de rede, ficando a secção de combustão da moxa afastada da pele o calor é diretamente transmitido a esta. A moxabustão como em todas as terapias que se utilizam instrumentos, dever-se-á ter alguns cuidados e precauções que qualquer profissional conhece perfeitamente, algumas dessas precauções são: não aplicar moxa em síndromes de calor com deficiência do Yin (ex: menopausa ou febre alta); não produzir cicatrizes com moxa; não usar moxa na região lombo sacra em mulheres grávidas, e seguir sempre os princípios básicos de diagnóstico da MC. Como Curiosidade A palavra moxabustão parece ser um termo que deriva do português antigo Mechia e do Japonês Mogussa. Devemos recordar que os Jesuítas e os portugueses tiveram influência em várias partes do Oriente, China, Japão, Malásia, Índia e concretamente em várias partes da China e Japão, onde resultou que a palavra mechia foi usada no lugar de Jiu, já que esta técnica lembra uma mecha a queimar, e no Japão quando um francês estava a aprender a técnica ele ao perguntar ao Japonês do que se tratava, este respondeu que era mogussa uma erva usada pelos Japoneses no lugar da Artemísia vulgaris. O Francês não entendia o Japonês, tentou dar-lhe um nome em francês, bustion, daí o termo ter-

60 se propagado como Moxabustão que é a soma de mochia + bustion. Atualmente o Japão é o maior produtor de Moxa.

5.1.7 Acupuntura

A acupuntura é um recurso terapêutico no qual, mediante inserção de agulhas em pontos localizados na pele, a energia é manipulada para promover a harmonização e o fortalecimento dos órgãos com o intuito de prevenir e tratar doenças. De forma simplificada pode-se entender que no ser humano, cada órgão e víscera contêm a energia correspondente dos cinco elementos. Essa energia é transmitida ao longo de canais de energias ou meridianos que percorrem o corpo, e flui até a superfície da pele nos denominados pontos de acupuntura (YAMAMURA, 2001). Os pontos de acupuntura seguem uma classificação bastante extensa e diversa. Cada um dos aproximados 365 pontos possui uma nominação chinesa original, cujo significado remete ao local e a função do mesmo.A Acupuntura é uma parte importante do grande tesouro da Medicina Chinesa. Tem uma história que remonta há mais de dois mil anos. Durante um tempo longo de prática, os médicos das diversas dinastias chinesas desenvolveram e aperfeiçoaram esta especialidade, que abrange várias teorias básicas, tais como o Yin e o Yang, os Cinco Movimentos, os Zang-Fu (órgãos e vísceras), Qi- Xue (energia e sangue) assim como vários métodos de manipulação de agulhas e experiências clínicas importantes do tratamento segundo os sintomas e sinais, fazendo com que a Acupuntura seja uma terapia muito eficaz na China. Esta terapia apresenta bons resultados diante de muitas enfermidades e possui vantagens acentuadas sobre outras, os instrumentos utilizados são simples, econômicos e de fácil domínio, seguros e sem efeitos colaterais. É por essa razão que a Acupuntura tem um papel importante na área da saúde do Povo Chinês, assim como, tem obtido o respeito e confiança de outros países. Em dezembro de 1979, a Organização Mundial de Saúde (OMS) da ONU tomou a decisão de indicar o tratamento com a acupuntura numa série de 43 doenças. A palavra Acupuntura deriva do latim (acus) agulha e punctura (punção). É um método terapêutico, que consiste na punção com pequenas e sólidas agulhas, em pontos específicos do corpo para melhorar a saúde, diminuir a dor ou modificar o estado geral do paciente. No Ocidente a Acupuntura já era conhecida pelos Portugueses por volta de 1650, no século XIX, cerca de 140 autores já haviam escrito sobre o assunto em livros franceses e alemães, mas só em 1930 começou em França a sua utilização concreta. No período inicial do tratamento pela Acupuntura, os antepassados chineses curavam as enfermidades com agulhas de pedra denominadas Bian, Chan e Zhen. Na época neolítica, além de agulhas de pedra artificialmente polidas, usavam-se também agulhas polidas de osso e de bambu como instrumentos para a acupuntura. Mais tarde com o desenvolvimento

61 do cozimento de utensílios de barro, também foram utilizadas agulhas de barro, método utilizado em algumas regiões da China até a atualidade. Com o advento da metalúrgica apareceram sucessivamente, agulhas de diferentes metais, por exemplo, as agulhas de ferro, prata e de ligas metálicas, hoje em dia as agulhas são se aço inoxidável muito finas e de fácil manejo. A metalúrgica não só proporcionou a base do material para a fabricação de agulhas metálicas, como proporcionou a possibilidade de fabricar instrumentos para a Acupuntura para diferentes usos. Á medida que foi aumentando e acumulando experiências no tratamento acupuntura, foram surgindo novas exigências no tocante às formas de agulhas. As “nove agulhas” da antiguidade eram fabricadas em nove formas distintas, segundo os diferentes usos, constituindo um símbolo do desenvolvimento das técnicas e teoria da Acupuntura. Em 1968, encontraram na tumba familiar de Liu Sheng e Jing de Zhongshan, da dinastia Han do Oeste (sec. II a.C), nove agulhas para Acupuntura, quatro em ouro e cinco em prata, foi a primeira vez que se descobriu agulhas de metal usadas nos tempos antigos. As funções terapêuticas da Acupuntura resultam do estímulo de pontos especiais (pontos de Acupuntura) e Canais de energia, os pontos de Acupuntura podem causar certas reações em outras regiões ou em algum órgão, de forma a obter resultados medicinais. Segundo a teoria da Medicina Tradicional Chinesa, os pontos podem transmitir a função e as mudanças dos órgãos do interior do corpo para a superfície e, ao mesmo tempo, comunicar os fatores exógenos da superfície até ao interior. No princípio os pontos não possuíam locais determinados, nem nomes próprios, tão pouco eram os pontos atualmente conhecidos. A descoberta dos pontos tem muito a ver com o desenvolvimento do tratamento pela Acupuntura. Pouco a pouco, a localização e a função de cada ponto foram sendo definidas. Para facilitar a memorização das suas indicações, os pontos foram denominados segundo as características da região anatômica onde se encontra e a sua função em particular. Por outro lado, através de constantes práticas clínicas, constatou-se que uma pessoa ao padecer de certa enfermidade, aparecem em determinadas áreas da pele ou em alguns pontos que se encontram em regiões diferentes, fenômenos anormais, tais como dor, distensão ou calor. Isto conduziu ao conhecimento do princípio da relação entre os pontos e as enfermidades e, por conseguinte, foi possível chegar ao diagnóstico por observação dos pontos de Acupuntura. Na antiguidade, ao aplicarem o tratamento com acupuntura, observou-se que sob determinado estimulo, as sensações de dor, intumescimento, distensão e peso no paciente estendia-se ao longo de uma determinada direção. Posteriormente notaram, que determinados pontos que se encontravam em diferentes áreas do corpo tinham as mesmas funções ou funções parecidas. Sobre essa base de conhecimento, agruparam-se os pontos com funções similares ou relações íntimas, chegando-se assim a “linha” e dela as concepções dos “canais e colaterais”. Com base na manipulação das agulhas mais de 20 tipos de combinações foram elaborados e desenvolvidos e a

62 ordenação de registos dos canais de Acupuntura e seus pontos assim como pontos extras foram documentados pelos médicos famosos dessas épocas. Do estabelecimento da Dinastia Qing até a guerra do ópio (1644-1840) os doutores de medicina consideraram a medicina herbária como sendo superior a Acupuntura sendo esta durante muitas décadas negligenciada. No século XVIII, Wu Qian e os seus colaboradores por ordem imperial compilaram um livro exaustivo sobre Medicina Chinesa, contendo um capitulo de acupuntura com ilustrações, sendo imediatamente seguido de outro médico Li Xuechuán que enfatizava no seu livro a seleção de pontos de Acupuntura de acordo com a diferenciação de síndromes, sendo listados sistematicamente 361 pontos nos catorze Canais de energia. Para além destes livros, havia muitas publicações, mas sem grande expressão. Em 1822, as autoridades da Dinastia Qing declararam uma ordem para abolir permanentemente a Acupuntura do departamento da Faculdade de Medicina Imperial porque “A Acupuntura e a Moxabustão não são satisfatórias para serem aplicadas ao Imperador”. Após a guerra do ópio em 1840, a China entrou em uma sociedade semifeudal e semicolonial. Com a revolução de 1911 e o fim da dinastia Qing o governo pró-ocidente instituído então, depreciou completamente a Medicina Tradicional Chinesa proibindo-a e tomando uma série de medidas para restringir o seu desenvolvimento incluindo a Acupuntura. Devido à grande necessidade de cuidados médicos do povo chinês, a acupuntura disseminou-se entre as pessoas do povo. Muitos acupunturistas fizeram esforços inflexíveis para proteger e desenvolver este grande legado médico, fundando associações de Acupuntura editando livros e promovendo cursos por correspondência para ensinar tal arte. A Acupuntura ganhou nova vida assim como a Medicina Chinesa quando em outubro de 1944 o presidente Mão fez um discurso apelando a reintegração da Medicina Tradicional Chinesa na área da saúde da nova China. Desde a fundação da República Popular da China, foi acelerada a propagação da Acupuntura e dos cuidados médicos tradicionais por todo país. Nos anos 50 do século XX, a China ajudou a antiga União Soviética e outros países da Europa Oriental a formar acupunturistas. Desde 1975 a pedido da Organização Mundial de Saúde, foram criados cursos de formação de Acupuntura Internacional em Beijing, Shangai e Nanjing para formar acupuntures de outros países. Mais de 120 países enviaram aí profissionais, para se especializarem. Atualmente o intercâmbio de organizações acadêmicas ocidentais com a associação médica chinesa é vasta e alargada a muitos países.

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5.1.8 Massoterapia (Tui-Ná) A massagem terapêutica é um conjunto de manobras que, a partir do toque, desempenham a função de estimular no organismo humano eventos fisiológicos que influenciam os estados emocionais e a cognição do paciente. Esta é uma terapêutica antiga e atende o ser em sua integralidade, compreendendo-o dinâmico e complexo. Massoterapia é a utilização de diversas técnicas holísticas de origem orientais e ocidentais, exercidas por meio de toques (massagens) proporcionando grandes virtudes terapêuticas, relaxantes, anti-estresse, estéticas, emocionais e desportivas. Possibilita maior contato com o próprio físico, valorizando a respiração e desenvolvendo uma melhor percepção corporal, aumentando a consciência e dando a devida importância ao equilíbrio na vida para o dia a dia. A massagem é uma das mais antigas e simples formas de terapia e um método para tocar, pressionar e amassar diversas regiões do corpo para aliviar a dor, relaxar, estimular e tonificar. A massagem faz muito mais que produzir uma sensação agradável na pele, atuando sobre os tecidos macios (músculos, tendões e ligamentos) para melhorar o tônus muscular. Embora ela afete principalmente os músculos logo abaixo da pele, seus benefícios podem alcançar as camadas mais profundas de músculos e possivelmente até os próprios órgãos. A massagem também estimula a circulação do sangue e ajuda o sistema linfático (que corre paralelo ao sistema circulatório), melhorando a eliminação de detritos ao longo do corpo. A massoterapia alivia dores musculares e estimula a circulação sanguínea. Além disso, a massagem auxilia o sistema linfático, o que ajudaria a eliminar os resíduos metabólicos no corpo. A drenagem linfática utiliza a massagem para esvaziar os líquidos e resíduos metabólicos e estimular a circulação linfática. A massagem como terapia de reabilitação tem sua aplicação bastante conhecida por causa do futebol, onde quase todos os times contam com um massagista para auxiliar na recuperação muscular e ajudar na reabilitação em alguns casos de lesões. Massoterapia ainda tem aplicação na prevenção de distensões e lesões, que podem acontecer por causa excesso de tensão. Estas técnicas envolvem a aplicação de pressão fixa e dinâmica, e apertar e movimentar partes do corpo com as mãos e dedos. O massoterapeuta pode usar também outras partes de seu corpo tais como antebraço, cotovelos ou pés. Estas técnicas afetam os sistemas muscular, esquelético, circulatório, linfático, nervoso, entre outros. O Objetivo da massagem é bem claro: agir de forma positiva sobre a saúde e bem-estar do cliente. Vários benefícios para a saúde física e mental podem ser atribuídos à massagem: a redução de estresse e facilitação do relaxamento, redução do batimento cardíaco, redução da pressão sanguínea, melhoria da circulação sanguínea e linfática, relaxamento dos músculos, redução da dor crônica, e melhoria da amplitude dos movimentos articulatórios. A massagem também pode ser benéfica em várias doenças.

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6. Conclusão

Ficou evidente com esse trabalho que os alunos da turma Acu88 acreditam que possuem qualidade de vida de acordo com o ritmo que a vida os emprega. Em todos os aspectos nota-se a percepção de que eles “sabem” o que fazer para se obter a qualidade de vida e colocam em pratica de acordo com o que é possível; embora os números acabem entregando que não se segue ao pé da letra a “receita” para se encontrar a qualidade de vida, todos ao menos durante a jornada fazem uso de alguns “ingredientes”.

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7. Anexos

Ambos os questionários apresentados posteriormente foram respondidos pela turma de Acupuntura Acu 88 do ano de 2014/2016 – No total de 48 alunos comumente matriculados no curso, 24 pessoas se propuseram a participar. Vale destacar que nenhum dos questionários estavam nominais apresentando assim uma maior veracidade.

7.1 Questionário Estilo de vida fantástico (Questionário 1)

Família e amigos:

1-Tenho alguém para conversar as coisas que são importantes para mim?

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

2-Dou e recebo afeto?

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

Atividade:

3- Sou vigorosamente ativo pelo menos durante 30 minutos por dia (corrida, bicicleta etc.)

Menos de 1 vez por semana ( ) 1-2 vezes por semana ( ) 3 vezes por semana ( ) 4 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana ( )

4- Sou moderadamente ativo (jardinagem, caminhada, trabalho de casa).

Menos de 1 vez por semana ( ) 1-2 vezes por semana ( ) 3 vezes por semana ( )

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4 vezes por semana ( ) 5 ou mais vezes por semana ( )

Nutrição:

5- Como uma dieta balanceada.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

6- Frequentemente como em excesso (1) açúcar, (2) sal, (3) gordura animal (4) bobagens e salgadinhos.

Quatro itens ( ) Três itens ( ) Dois itens ( ) Um item ( ) Nenhum

7-Estou no intervalo de ___ quilos do meu peso considerado saudável.

Mais de 8kg ( ) 8 kg ( ) 6kg ( ) 4 kg ( ) 2 kg ( )

Cigarro e drogas:

8- Fumo cigarros

Mais de 10 por dia ( ) 1 a 10 por dia ( ) Nenhum nos últimos 6 meses ( ) Nenhum no ano passado Nenhum nos últimos cinco anos ( )

9-Uso drogas como maconha e/ou cocaína. Algumas vezes ( ) Nunca ( )

10- Abuso de remédios ou exageros.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

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11- Ingiro bebidas que contêm cafeína (café, chá ou “colas”).

Mais de 10 vezes por dia ( ) 7 a 10 vezes por dia ( ) 3 a 6 vezes por dia ( ) 1 a 2 vezes por dia ( ) Nunca ( )

Álcool

12-Minha ingestão média por semana de álcool __ doses

Mais de 20 ( ) 13 a 20 ( ) 11 a 12 ( ) 8 a 10 ( ) 0 a 7 ( )

13- Bebo mais de quatro doses em uma ocasião.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

14- Dirijo após beber

( ) Algumas vezes Nunca ( )

Sono, Cinto de segurança, estresse e sexo seguro

15-Durmo bem e me sinto descansado.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

16-Uso cinto de segurança

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

17-Sou capaz de lidar com o stress do meu dia-a-dia.

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Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

18-Relaxo e desfruto do meu tempo de lazer

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

19-Prático sexo seguro

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

Tipo de comportamento:

20-Aparento estar com pressa.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

21-Sinto-me com raiva e hostil.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

Introspecção

22-Penso de forma positiva e otimista.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

23-Sinto-me tenso e desapontado

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

24-Sinto-me triste e deprimido

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

Trabalho

25-Estou satisfeito com o meu trabalho ou função.

Quase Nunca ( ) Raramente ( ) Algumas vezes ( ) Com relativa frequência ( ) Quase sempre ( )

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7.2 Questionário Qualidade de Vida -SF-36 (Questionário 2)

1-Em geral você diria que sua saúde é:

Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Ruim ( ) Muito Ruim ( )

2-Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora?

Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Ruim ( ) Muito Ruim ( )

3-Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando?

A- Atividades Rigorosas, que exigem muito esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, parti- cipar em esportes árduos. Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

B- Atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa. Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

C- Levantar ou carregar mantimentos Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

D- Subir vários lances de escada Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

E- Subir um lance de escada Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

F- Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

G- Andar mais de 1 quilômetro Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

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H- Andar vários quarteirões Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

I- Andar um quarteirão Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

J- Tomar banho ou vestir-se Sim, dificulta muito ( ) Sim, dificulta um pouco ( ) Não, não dificulta de modo algum ( )

4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com alguma atividade regular, como consequência de sua saúde física?

A) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades? Sim ( )Não ( ) B) Realizou menos tarefas do que você gostaria? Sim ( )Não ( ) C) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades Sim ( )Não ( ) D) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. necessitou de um esforço extra). Sim ( )Não ( )

5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como consequência de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)?

A-Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?

Sim ( )Não ( )

B- Realizou menos tarefas do que você gostaria?

Sim ( )Não ( )

C- Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz.

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Sim ( )Não ( )

6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?

De forma alguma ( ) Ligeiramente ( ) Moderadamente( ) Bastante ( ) Extremamente ( )

7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?

Nenhuma ( ) Muito leve ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Grave ( ) Muito grave ( )

8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)?

De forma alguma ( ) Ligeiramente ( ) Moderadamente( ) Bastante ( ) Extremamente ( )

9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.

Todo tempo (1) A maior parte do tempo (2) Uma boa parte do tempo (3) Alguma parte do tempo (4) Nunca (5)

A- Quanto tempo você tem se sentindo cheio de vigor, de vontade, de força? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) B- Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa muito nervosa? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) C- Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada pode anima-lo? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) D- Quanto tempo você tem se sentido calmo ou tranqüilo? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) E- Quanto tempo você tem se sentido com muita energia? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) F- Quanto tempo você tem se sentido desanimado ou abatido?

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1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) G- Quanto tempo você tem se sentido esgotado? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) H- Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa feliz? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) I- Quanto tempo você tem se sentido cansado? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( )

10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?

1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( )

11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?

Definitivamente verdadeiro (1) A maioria das vezes verdadeiro (2) Não sei (3) A maioria das vezes falso (4) Definitivamente falso (5)

A- Eu costumo obedecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) B- Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) C- Eu acho que a minha saúde vai piorar 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) D- Minha saúde é excelente 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( )

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