Os Comunistas Portugueses No Exílio (1960-1974)

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Os Comunistas Portugueses No Exílio (1960-1974) PROGRAMA INTERUNIVERSITÁRIO DE DOUTORAMENTO EM HISTÓRIA Universidade de Lisboa, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa e Universidade de Évora Os Comunistas Portugueses no Exílio (1960-1974) Adelino Filipe Saraiva da Cunha Orientador: Prof. Doutor António Jorge Pais da Costa Pinto Tese especialmente elaborada para obtenção do grau de Doutor em História, especialidade em Dinâmicas do Mundo Contemporâneo 2015 1 PROGRAMA INTERUNIVERSITÁRIO DE DOUTORAMENTO EM HISTÓRIA Universidade de Lisboa, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa e Universidade de Évora Os Comunistas Portugueses no Exílio (1960-1974) Adelino Filipe Saraiva da Cunha Orientador: Prof. Doutor António Jorge Pais da Costa Pinto Tese especialmente elaborada para obtenção do grau de Doutor em História, especialidade em Dinâmicas do Mundo Contemporâneo Júri: Presidente: Doutora Ana Margarida de Seabra Nunes de Almeida, Investigadora Coordenadora e Presidente do Conselho Científico do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Vogais: Doutora Maria Paula Nascimento Araújo, Professora Associada, Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil; Doutor Rui Manuel Bebiano do Nascimento, Professor Auxiliar, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; Doutor Paulo Fernando de Oliveira Fontes, Professor Auxiliar Convidado, Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa; Doutor Luís Nuno Valdez Faria Rodrigues, Professor Associado com Agregação, Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa; Doutor António Jorge Pais da Costa Pinto, Investigador Coordenador, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. 2015 1 2 PALAVRAS-CHAVE PCP, Exílio Político Funcional, Clandestinidade, Estado Novo, Internatzionalny Dom, Movimento Comunista Internacional, Détente KEYWORDS PCP, Exílio Político Funcional, Clandestineness, Estado Novo, Internatzionalny Dom, International Communist Movement, Détente RESUMO O exílio de Álvaro Cunhal, na sequência da fuga da prisão em 1960, marcou uma nova etapa na história do PCP: pela primeira vez, o Secretariado do Comité Central instalou- se no exterior. O que favoreceu a constituição progressiva de vários colectivos de exilados de comunistas portugueses em Argel, Moscovo, Bucareste, Praga e Paris, incluindo um grupo de crianças em Ivanovo. Este exílio de carácter transitório dependia da confluência de várias circunstâncias pessoais e do cumprimento de funções concretas no exterior que contribuíssem para a luta no interior. Trata-se de um Exílio Político Funcional. A sua aplicação marcou grande parte da década de 60 e acabou por resultar na exposição do PCP às intensas dinâmicas contemporâneas da época. ABSTRACT Álvaro Cunhal's exile, following his prison break in 1960, marked a new stage in the history of the Portuguese Communist Party (PCP): for the first time, the Secretariat of the Central Committee was settled abroad, which favoured the gradual achievement of a number of collective Portuguese Communist exiles in Algiers, Moscow, Bucharest, Prague and Paris, including a group of children in Ivanovo. This transitory exile depended on the confluence of various personal circumstances and the fulfilment of specific functions abroad to contribute to the fight in Portugal. It is a Functional Political Exile and its application marked much of the 60s and allowed PCP to have great exposure to the intense contemporary dynamics of those times. 3 4 ÍNDICE INTRODUÇÃO 1. O exílio político dos comunistas portugueses 1.1 Organização da tese e estratégia metodológica da investigação…………….……..13 1.2 Definição do objecto de estudo……………...…………………………….……….15 2. Problematização do objecto de estudo 2.1 O mundo depois da guerra………………………………………………………….20 2.2 O PCP e as dificuldades da coexistência pacífica………………………………….23 2.3 Dinâmicas do mundo contemporâneo……………………..……………………….25 3. A produção historiográfica e as fontes 3.1 As raízes dos estudos sobre o comunismo………………………………………….29 3.2 As memórias dos protagonistas…………………………………………………….31 3.3 Os estudos académicos……………..…………..……….………………………….33 3.4 Os arquivos comunistas…………………………………………………………….36 4. A memória histórica 4.1 Fixação da memória…………………………………………………..…………….38 4.2 A identidade dos colectivos de exilados………..…………….…………………….40 5. A História Oral como metodologia 5.1 Os testemunhos dos protagonistas………………………………………………….42 5.2 Narrador e narratário……………………………………………………………….43 5.3 Entrevistas semi-directivas……………………………..………………………….44 5 6. Estudos sobre o exílio 6.1 O estar no exílio…………………..……………………………….……………….46 6.1.1 Refugiados: uma nova casa, uma nova vida…………….…...….……………….48 6.1.2 Emigrados: a motivação económica……………………………..……………….51 6.1.3 Expatriados: a questão do envolvimento político……….……….……………….52 6.1.4 Exilados políticos: o significado de estar no exílio…….……….….…………….53 6.2 Sair para regressar………………………………………………………………….57 6.3 Luta pelo regresso e recusa da assimilação……………….……….……………….59 6.4 O exílio político…………………………………………………………………….61 6 OS COMUNISTAS PORTUGUESES NO EXÍLIO Capítulo 1 - O exílio político na experiência ibérica 1. Convergências e divergências………………...…….……………………………….65 2. As circunstâncias dos comunistas espanhóis 2.1 Institucionalização e dispersão…………………..…...…………………………….66 2.2 A guerrilha como motor revolucionário………...………………………………….68 2.3 Do seguidismo ao isolamento……………………………………..…….………….69 3. As circunstâncias dos comunistas portugueses 3.1 Orientação estratégica: infiltrações e controlo das massas……………..….……….70 3.2 As limitações operacionais e as debilidades organizativas……………..………….74 3.2.1 Dificuldades na formação de quadros………………………...………………….76 3.3 Características da repressão…………………………….……….………………….85 Capítulo 2 – O PCP e o exílio 1. O conceito de Exílio Político Funcional…...……………………………………….91 2. O exílio na história do PCP 2.1 O pedido de exílio legal de Álvaro Cunhal………………………………..……….92 2.1.1 As razões de Estado e o termo exílio…………………………………………….93 2.1.2 Pedido de ajuda para exílio no México…….…………………………………….95 2.2 As justificações do exílio……………………………………………………..…….97 7 2.3 O exílio como recuo táctico…………………...……………………………….....100 2.3.1 Recuar para defender………………………………………….…………...……103 2.4 As consequências da distância………….………….……………………...………105 2.5 O exílio e a distância vistos pelos exilados…………..…………...………………107 Capítulo 3 - As consequências da fuga de Peniche 1. O PCP no exílio…………………….…………………….…………………...……113 2. A decisão de Álvaro Cunhal……..………….………………………………..…….116 3. O Secretariado do Comité Central no exterior…………………………………..…118 4. O PCP no interior…………………………………...………………………...……121 Capítulo 4 - Argélia 1. O proto-exílio 1.1 A Frente Patriótica de Libertação Nacional………………………………………123 1.2 Os contactos com os movimentos nacionalistas………………….………………134 Capítulo 5 - União Soviética 1. Álvaro Cunhal na pátria do socialismo………………………….…………….….139 2. O núcleo familiar de Moscovo……………………………………….………….....142 3. O Internatzionalny Dom (Interdom) 3.1 O exílio dos filhos dos comunistas……………………………………...…..…….149 3.2 As primeiras crianças exiladas………….……………………………..………….150 3.3 As viagens para o exílio…………………………………………………….…….154 3.4 O ensino das crianças portuguesas……………………………...…………..…….156 8 3.5 A segunda vaga de crianças……………………….…………………………...….158 3.6 As vagas finais………………………………….….………………………..…….163 3.7 As experiências do exílio em Ivanovo……..……….…………….……….…...….165 3.8 Filhos da clandestinidade………………..……………………….………….…….170 Capítulo 6 - Checoslováquia 1. O contexto da Primavera de Praga 1.1 A porta que se fechou antes de abrir…………………………………………...….173 1.2 Um mundo em mudança……...…………………………………………………...178 2. Os comunistas portugueses na Checoslováquia 2.1 As funções de ligação internacional…….…………………………………...……182 2.2 Exilados inseridos na sociedade…………...…………………………………...…185 2.3 A importância da base de Praga 2.3.1 As conferências internacionais dos partidos comunistas…….……..……….….187 2.3.2 A consolidação da mudança estratégica………………….………………….….191 2.3.3 As reuniões do Comité Central……………….….…….…….………………….192 3. Os comunistas portugueses e a invasão da Checoslováquia 3.1 A queda de Praga………………………………..……….…………………..……193 3.2 O apoio do PCP a Moscovo…………………………….…………………………198 3.3 A ruptura dos exilados comunistas…………..………………………………...….201 4. As construções narrativas pós-invasão 4.1 Os argumentos dos invasores……….…………...……..……...………………….204 9 4.2 O recuo dos opositores silenciosos…………………...………………………..….206 5. O papel de Álvaro Cunhal 5.1 As boas relações com Moscovo……………………………………………..…….209 5.2 As diferenças com os comunistas espanhóis………………………………...……211 6. O controlo do PCP 6.1 Tensão no Comité Central………………………….…………………….……….214 7. A reconfiguração do colectivo de exilados 7.1 Os comunistas portugueses na resistência………………………………...………216 7.2 Os mecanismos de controlo político………………………………..…………….221 8. A importância da Primavera de Praga na dinâmica internacional 8.1 O embrião do eurocomunismo……………………….…………..……………….223 8.2 A nova via revolucionária………………...……….………….……..…………….226 8.3 Os Estados Unidos e a importância da Détente…………………………..……….227 8.4 A emergência da Ostpolitik…………………………….……………...………….229 Capítulo 7 - Roménia 1. A Roménia depois da Primavera de Praga 1.1 Os riscos de contaminação…………………...…………………………..……….231 1.2 As relações diplomáticas com Portugal 1.2.1 O período antes da Primavera de Praga…………...…………………..……….234 1.2.2 O período pós-Primavera de Praga……………………..………………..…….236 10 3.
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