Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Escola De Administração Programa De Pós-Graduação Em Administração
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO Leonardo Gustavo Schneider AS TRANSFORMAÇÕES DO CAMPO CINEMATOGRÁFICO NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE A ENTRADA DO FILME NACIONAL NO MERCADO EUROPEU Porto Alegre 2013 2 Leonardo Gustavo Schneider AS TRANSFORMAÇÕES DO CAMPO CINEMATOGRÁFICO NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE A ENTRADA DO FILME NACIONAL NO MERCADO EUROPEU Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Administração. Orientador: Prof. Dr. Fernando Dias Lopes Porto Alegre 2013 3 Leonardo Gustavo Schneider AS TRANSFORMAÇÕES DO CAMPO CINEMATOGRÁFICO NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE A ENTRADA DO FILME NACIONAL NO MERCADO EUROPEU Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Administração. Orientador: Prof. Dr. Fernando Dias Lopes Conceito final: Aprovado em .............. de .............................. de ................... BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof.ª Dra. Aurora Carneiro Zen – UFRGS _________________________________________________ Prof.ª Dra. Denise Del Prá Machado – FURB _________________________________________________ Prof.ª Dra. Mariana Baldi – UFRGS _________________________________________________ Orientador – Prof.º Dr. Fernando Dias Lopes – UFRGS 4 5 RESUMO Em 1895 ocorreu a primeira exibição cinematográfica, fruto do invento de Louis e Auguste Lumière denominado de cinematógrafo. Esse aparelho permitia a projeção de cenas para várias pessoas ao mesmo tempo, surgindo, dessa forma, o cinema. Principalmente a partir do século XXI a indústria cinematográfica brasileira encontra-se em um momento de expansão, com aumento de público e renda. Apesar do desempenho interno favorável do Brasil, o setor carece de informações no que se refere a saída de obras brasileiras para o exterior. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi identificar como as transformações do campo do cinema no Brasil condicionaram ou oportunizaram a entrada de filmes brasileiros no mercado internacional a partir da década de 1990. O conceito de campo utilizado neste trabalho segue a perspectiva de Fligstein, onde um dado mercado é entendido como campo, tornando necessário a especificação do mercado, identificação dos jogadores e a compreensão de como o relacionamento social e o entendimento cultural criam campos estáveis como forma de resolver os problemas de competição e incerteza. Para analisar o movimento de saída de obras nacionais foi empregado a Teoria de Internacionalização da Escola de Uppsala. Neste estudo foram utilizados dados secundários, provenientes dos organismos ligados ao cinema e fontes especializadas. Além da pesquisa documental, foram aplicados questionários e foi realizada uma entrevista com os agentes presentes no campo de forma a confrontar com os dados secundários. Por meio deste trabalho, foi evidenciado a relação entre as mudanças do campo cinematográfico e a saída de obras brasileiras ao exterior. As principais mudanças do campo cinematográfico a partir da década de 1990 foram a aprovação da Lei Rouanet e as demais políticas de financiamento, o reconhecimento através das indicações das obras brasileiras nos festivais e premiações internacionais, os acordos internacionais e os programas de fomento do cinema nacional. Através destas mudanças, o Estado exerceu o papel fundamental na retomada do cinema brasileiro por meio de mecanismos de captação de recursos e no aprimoramento da legislação reguladora do cinema. No que concerne aos aspectos da Teoria de Internacionalização da Escola de Uppsala, características como a escolha dos mercados e como ocorreu a inserção no mercado global foram congruentes com a saída de obras brasileiras no mercado internacional. PALAVRAS-CHAVES: Cinema; Internacionalização; Campo Cinematográfico; Coprodução. 6 ABSTRACT In 1895, the first cinema exhibition occurred, it was the result of the invention of Auguste and Louis Lumière who were defined as cinematographers. This device allowed the projection of scenes to several persons at the same time, thus, emerging the film. Mainly from the twenty-first century the Brazilian film industry is in a boom, with a great number of new customers and better revenues every year. Despite the favorable internal performance of Brazil, the sector lacks of information related to Brazilian works presented abroad. In this context, the aim of this study is to identify how changes in the field of cinema in Brazil gave support or foster the internationalization process of the Brazilian films in the foreign market since 1990. The concept of field used in this work follows the Fligstein perspective, where a given market is understood as a field, requiring the specification of the market, player identification and understanding of how social relationships and cultural understanding create stable fields as a way to solve the problems of competition and uncertainty. To analyze the movement of the entry of national works the author employed the Theory of Internationalization of Uppsala School. This study used secondary data from agencies in the film industry and from key players. Besides the documentary research, in depth interviews were conducted with experienced agents, contrasting their point of view with the secondary data. First, this work evidenced the relationship between changes in the cinematographic field and the flow of Brazilian works abroad. The main changes in cinematographic field since 1990s were the approval of the Rouanet and other funding policies, recognition of the Brazilian’s work in international festivals and prizes awarded international agreements and promoting national cinema agenda. Through these changes, it is clear the key role of the Government to the resumption of Brazilian cinema, results achieved through mechanisms of funding and improvements in cinema legislation. Regarding aspects of Internationalization Theory of Uppsala School, features like the choice of markets and how to place the insertion in the global market were congruent with the departure of Brazilian films in the international market. KEYWORDS : Cinema; Internationalization; Cinematographic Field; Co-Productions. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mecanismo Básico de Internacionalização - Aspecto de Estado e Aspectos de Mudança. ............................................................................................................................. 37 Figura 2 - Os ramos da Indústria Cinematográfica ............................................................. 54 Figura 3 - Constructo da Pesquisa ....................................................................................... 58 Figura 4 - Configuração do Campo Cinematográfico Brasileiro ........................................ 90 Figura 5 - O campo cinematográfico nacional no contexto internacional ......................... 138 8 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Comparação dos impedimentos econômicos e institucionais para a eficiência de mercado. .............................................................................................................................. 29 Quadro 2 - As principais teorias de internacionalização por critérios econômicos............. 33 Quadro 3 - As principais teorias de internacionalização comportamentais......................... 34 Quadro 4 - Síntese da análise da Escola de Uppsala ........................................................... 38 Quadro 5 - As categorias analisadas para a confecção dos questionários ........................... 59 Quadro 6 - Resumo dos principais acontecimentos no campo cinematográfico nacional (1900-1980) ......................................................................................................................... 74 Quadro 7 - Dispositivos legais para captação de recurso da Lei do Audiovisual ............... 95 Quadro 8 - Categorias do Júri Internacional do Festival de Berlim .................................... 99 Quadro 9 - Distinções do cinema brasileiro no Festival Internacional de Cinema de Berlin ........................................................................................................................................... 100 Quadro 10 - Competição Oficial de Longa Metragem no Festival de Cannes .................. 101 Quadro 11 - Distinções do cinema brasileiro no Festival Internacional de Cannes .......... 101 Quadro 12 - Competição Principal de Longa Metragem no Festival de Veneza .............. 102 Quadro 13 - Distinções do cinema brasileiro no Festival de Veneza ............................... 102 Quadro 14 - Nomeações do cinema brasileiro na Premiação do Oscar............................. 103 Quadro 15 - Acordos brasileiros de coprodução internacional ....................................... 104 Quadro 16 - Variáveis analisas por seção .......................................................................... 111 Quadro 17 - Filmes brasileiros exibidos na Europa para público maior de 10 mil pessoas desde 1996 com distribuidora. ........................................................................................... 112 Quadro 18 - Filmes brasileiros exibidos na Europa para público maior de 10 mil pessoas desde 1996 com produtora. ...............................................................................................