O Fechamento Das Salas De Cinema Na Cidade De Vitória E a Política Da Embrafilme Para a Produção Do Cinema Nacional: Projetando a Própria Crise!

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O Fechamento Das Salas De Cinema Na Cidade De Vitória E a Política Da Embrafilme Para a Produção Do Cinema Nacional: Projetando a Própria Crise! 1 ANDRÉ MALVERDES O fechamento das salas de cinema na cidade de Vitória e a política da Embrafilme para a produção do cinema nacional: projetando a própria crise! Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito para obtenção do título de Mestre em História Social das Relações Políticas, na área de concentração Estado e Políticas Públicas. Orientador: Prof. Dr. Luiz Cláudio Moisés Ribeiro. VITÓRIA 2007 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. 2 ANDRÉ MALVERDES O fechamento das salas de cinema na cidade de Vitória e a política da Embrafilme para a produção do cinema nacional: projetando a própria crise! Vitória, 17 de agosto de 2007. BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________ Orientador: Professor Dr. Luiz Cláudio Moisés Ribeiro Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Professor Dr. Fernando Sérgio Dumas dos Santos Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz Professora Dra. Nara Saletto da Costa Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Professor Dr. Estilaque Ferreira dos Santos Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) __________________________________________________________________ Professor Dr. Carlos Vinicius Costa de Mendonça Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) 3 Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) (Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil) Malverdes, André, 1972- M262p O fechamento das salas de cinema na cidade de Vitória e a política da Embrafilme para a produção do cinema nacional: projetando a própria crise! / André Malverdes. – 2007. 130 f. : il. Orientador: Luiz Cláudio Moisés Ribeiro. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais. 1. Cinema - Brasil. 2. Cinema - Vitória (ES) - História. 3. EMBRAFILME. I. Ribeiro, Luiz Cláudio Moisés. II. Universidade Federal do Espírito Santo. Centro de Ciências Humanas e Naturais. III. Título. CDU: 93/99 4 O desequilíbrio atual não é apenas econômico. Há também graves implicações culturais, desde o momento em que anula valores nacionais e os substitui por um estado de dependência silenciosa e invisível, porém muito profunda. O próprio princípio da identidade cultural é posto em causa quando o “transmissor” da informação dispõe de um poder tecnológico maior do que o “receptor”. (Makaminan Makagiasar, Subdiretor de Cultura e Comunicação da Unesco, I Encontro sobre a Comercialização dos Filmes de Expressão Portuguesa e Espanhola, Brasília, 22 / 29-8-1977). 5 Para as duas mulheres da minha vida Luciana e Néia. Aos meus amigos. À memória de Magno Brito de Assis (Luca) e de Miguel Depes Tallon. Este trabalho é dedicado especialmente à Luciana. 6 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Luciana Cesquini Cordeiro, minha esposa e amada. Você é o sentido que faz com que eu deseje ser uma pessoa melhor em todos os dias da minha vida. Eu devo muito a você. Obrigado de coração pela amizade, parceria, companheirismo, confiança e compreensão. Ao meu orientador e amigo Professor Dr. Luiz Cláudio Ribeiro. Sua orientação e compreensão foram fundamentais desde os inícios dos trabalhos. Grande historiador, grande figura humana. Não existem palavras para descrever o aprendizado pelo qual passei desde a graduação até o atual trabalho. O que houver de bom nesta dissertação são créditos para ele, os equívocos são de minha inteira responsabilidade. Na UFES agradeço a todos os professores que me deram uma oportunidade de descobrir o meu caminho, em especial a minha orientadora na pós-graduação Vânia Maria Louzada, pelo despertar da pesquisa sobre as salas de cinema. Devo muito também aos professores Estilaque Ferreira, Nara Saletto e Miguel Depes Tallon pela influência em minha paixão pela história do Espírito Santo. Devo muito à Marta e Roberto, do Setor de Coleções especiais da BCUFES. Agradeço aos funcionários do Arquivo Público pela atenção e o carinho que atenderam a minha pesquisa. Agradeço também as famílias Careta, Rocha e Cerqueira Lima por liberarem seus acervos pessoais para a pesquisa, e uma especial atenção a Marcelo Abaurre pelo entusiasmo e carinho que me levou a história das salas. Um sincero agradecimento as minhas revisoras e amigas Kristina Michelle Speakes e Neusely Fernandes da Silva pelo importante trabalho junto ao meu texto e que muito devo a elas pela ajuda e o aprendizado. Ao amigo Flávio Otone, pela ajuda nos gráficos e no cruzamento de dados. Aos estagiários Anderson Cyrillo Rodrigues e Giselle Malverdes Lessa Magalhães pela dedicação e responsabilidade com que trabalharam nos levantamento e na aplicação dos questionários. 7 RESUMO A dissertação discute a política da Embrafilme para o cinema nacional brasileiro discorrendo sobre o mercado exibidor do centro de Vitória no período 1979-1985 e as razões para estes cinemas fecharem definitivamente as portas ao mesmo tempo em que ocorria acentuado desmantelamento do parque exibidor cinematográfico brasileiro. O trabalho situa e contextualiza a Embrafilme frente ao mercado nacional para explicar como a empresa estatal de fomento à indústria cinematográfica nacional, sob o regime militar, condicionou a produção de filmes e induziu o fechamento das salas de exibição. Foca o ponto de vista do público freqüentador das salas e trata o ir ao cinema como uma prática social da população urbana de Vitória desde os “cinemas de calçada” até evidenciar os efeitos da escassez de público sobre o parque exibidor local. A análise demonstra os gêneros de filmes mais exibidos e a opinião do público e dos exibidores sobre as medidas impostas pela Embrafilme tanto para a produção de longa-metragens, principalmente as do gênero pornochanchada, como para a obrigatoriedade da exibição de filmes do cinema brasileiro face à concorrência do cinema estrangeiro no mercado nacional, em particular os gêneros aventura, kung fu, faroeste, comédia, drama, comédia musical, desenho, policial até a liberação de exibição do gênero sexo explícito. Conclui por identificar nas variações de público pagante das salas de cinema importantes mudanças sociais do meio urbano capixaba e por observar que as medidas adotadas pelo regime militar para o cinema nacional desarticularam o mercado cinematográfico na cidade de Vitória. Palavras-chaves: Salas de exibição; Embrafilme; Pornochanchada; cinema; cinema nacional. 8 ABSTRACT This dissertation discuses the politics of Embrafilme towards Brazilian national cinema, specifically as related to the exhibition market in the city of Vitória from 1979 to 1985, as well as the reasons these theaters shut their doors permanently just as an overall dismantling of the Brazilian exhibition sector of the Brazilian cinematographic industry. Embrafilme is situated and contextualized in relationship to the national market in order to explain how this state company charged with aiding the national cinematographic industry during the military regime provided ample conditions for film production at the same time causing the closure of movie theaters. Focused on the movie-goers viewpoint, the work treats the act of “going to the show” as a social practice of the urban population in Vitória from the “Sidewalk theaters” to evidence of the effects of scarcity of a movie-going public on the local film exhibitors. The analysis demonstrates the most frequently viewed genres and the opinions of the exhibitors and movie-goers about the measures taken by Embrafilme, both in relationship to the production of feature films, principally the Pornochanchadas, or soft-care erotic films, and in its policies of obligating theaters to show national films for a determined number of days per year, even when faced with fierce competition from films imported into the national market, specifically the genres of adventure, Kung Fu, Western, comedy, musical comedy, drama, cartoons, and police movies, even including the hard core pornographic films after being liberated for theater exhibition. The work concludes identifying important social changes in the urban Capixaba public and observing how measures adopted by the military regime disarticulated the cinematographic industry in the city of Vitória. Key Words: movie theaters, Embrafilme, Pornochanchadas, cinema, national cinema 9 SUMÁRIO Lista de siglas e abreviaturas................................................................................... 10 Lista de Tabelas......................................................................................................... 11 Lista de fotografias e imagens................................................................................. 12 Lista de Gráficos........................................................................................................ 13 Introdução.................................................................................................................. 14 Capítulo 1 – Cinema nacional, salas de exibição e Estado................................... 30 1.1 O cinema como prática social................................................................................ 30 1.2 Estado e a obrigatoriedade dos filmes nacionais.................................................. 44 1.3 A Embrafilme e as pornochanchadas na década de 1970.................................... 61 Capítulo 2 – As transformações urbanas de Vitória e os palácios 74 cinematográficos do Centro....................................................................................
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    Cinema Brasileiro na Escola 1 2 Cinema Brasileiro na Escola Criação e Design de Capa | Janiclei A. Mendonça Planejamento Gráfico | Janiclei A. Mendonça Coordenação Editorial | Salete P. Machado Sirino Revisão | José Carlos Avellar Priscila Buse Ficha catalográfica | Mary Inoue Conselho Editorial UNESPAR / Campus de Curitiba II Dr. Armindo Bião (UFBA) Dr. Cássio da Silva Fernandes (UFJF) Dra. Cristina Capparelli Gerling (UFRGS) Dra. Cristina Grossi (UnB) Dr. Daniel Wolff (UFRGS) Dra. Dulce Barros de Almeida (UFG) Dra. Fabiana Dultra Britto (UFBA) Dra Helena Katz (PUC-SP) Dr. José Manuel Tedim (Portucalense-Pt) Dr. Key Imaguire Jr. (UFPR) Dr. Luiz Fernando Ramos (USP) Dr. Marco Antonio Carvalho Santos (UFF) Dr. Marcos Napolitano (USP) Dra. Margarida Gandara Rauen (UNICENTRO) Dr. Paulo Humberto Porto Borges (UNIOESTE) Dra. Regina Melim (UDESC) Dra. Selma Baptista (UFPR) Dra. Rosemyriam Ribeiro dos Santos Cunha (FAP) Dra. Sheila Diab Maluf (UFAL) Dr. Walter Lima Torres (UFPR) Dra. Zélia Chueke (UFPR) Cinema brasileiro na escola: pra começo de conversa. / org. por Salete Paulina Machado Sirino e Fabio Luciano Francener Pinheiro. Curitiba: UNESPAR, 2014. 248p. ISBN 978-85-68399-00-2 1. Cinema e Educação. 2. Cinema brasileiro. 3. Cinema, história e cultura. I. Sirino, Salete Paulina Machado, org. II. Pinheiro, Fabio Luciano Francener, org. CDD: 791.430981 Cinema Brasileiro na Escola 3 SUMÁRIO PREFÁCIO José Carlos Avellar 08 APRESENTAÇÃO Salete Paulina Machado Sirino CINEMA E EDUCAÇÃO CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE A ANÁLISE DE FILMES E SEU POTENCIAL PARA A ATIVIDADE DOCENTE Fabio Luciano Francener Pinheiro CINEMA BRASILEIRO: UMA RETROSPETIVA HISTÓRICA CINEMA BRASILEIRO: DO NASCIMENTO AOS 14 CICLOS REGIONAIS Agnes Cristine Souza Vilseki O FILME LIMITE COMO UM EXPOENTE DA 34 VANGUARDA NO BRASIL Bianca de Moura Pasetto ATLÂNTIDA CINEMATOGRÁFICA E COMPANHIA 42 CINEMATOGRÁFICA VERA CRUZ William Muneroli Manfroi CINEMA NOVO: UM CINEMA DE RUPTURAS 49 Érica Ignácio da Costa CINEMA MARGINAL BRASILEIRO: MUITAS IDEIAS, 58 POUCOS RECURSOS Fábio S.
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