Falso Brilhante
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FALSO BRILHANTE Elis Regina 1976 Capa Do Disco “Falso Brilhante é um álbum de estúdio da cantora Elis Regina (1945-1982), lançado pela Philips em 1976. O disco tem o repertório baseado no espetáculo homônimo, em cartaz no Teatro Bandeirantes de dezembro de 1975 a fevereiro de 1977 em São Paulo. O show tem 257 apresentações e público de 280 mil pessoas. O cenário circense das apresentações é evocado pela arte gráfica do disco, cujo interior traz imagens dos músicos caracterizados em seus personagens. O título, extraído do bolero “Dois pra lá, dois pra cá” [João Bosco (1946) e Aldir Blanc (1946)], lançado por Elis em 1974, é ressignificado como uma metáfora da vida de artista, em que o suposto brilho ofusca os dissabores.” Como Nossos Pais Compositor: Antônio Carlos Belchior Elis Regina e Belchior......... Não quero lhe falar meu grande amor Minha dor é perceber Das coisas que aprendi nos discos Que apesar de termos Feito tudo o que fizemos Quero lhe contar como eu vivi Ainda somos os mesmos E tudo o que aconteceu comigo E vivemos Viver é melhor que sonhar Ainda somos os mesmos Eu sei que o amor é uma coisa boa E vivemos Mas também sei que qualquer canto Como os nossos pais É menor do que a vida De qualquer pessoa Nossos ídolos ainda são os mesmos E as aparências Por isso cuidado meu bem Não enganam não Há perigo na esquina Você diz que depois deles Eles venceram Não apareceu mais ninguém E o sinal está fechado prá nós Você pode até dizer Que somos jovens Que eu 'tô por fora Ou então que eu 'tô inventando Para abraçar seu irmão E beijar sua menina na rua Mas é você que ama o passado É que se fez o seu braço E que não vê O seu lábio e a sua voz É você que ama o passado E que não vê Você me pergunta pela minha paixão Que o novo sempre vem Digo que estou encantada Como uma nova invenção Hoje eu sei que quem me deu a ideia Eu vou ficar nesta cidade De uma nova consciência e juventude Não vou voltar pro sertão 'Tá em casa Pois vejo vir vindo no vento Guardado por deus Cheiro de nova estação Contando vil metal Eu sei de tudo na ferida viva Do meu coração Minha dor é perceber Que apesar de termos feito tudo, tudo Já faz tempo eu vi você na rua Tudo o que fizemos Cabelo ao vento Nós ainda somos os mesmos Gente jovem reunida E vivemos Na parede da memória Ainda somos os mesmos Essa lembrança E vivemos É o quadro que dói mais Ainda somos os mesmos E vivemos como os nossos pais Velha Roupa Colorida Compositor: Antônio Carlos Belchior Elis Regina e Belchior............................................. Você não sente, não vê E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo E precisamos todos rejuvenescer Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer Você não sente, não vê E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo E eu não posso deixar de dizer, meu amigo E precisamos todos rejuvenescer Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer Você não sente, não vê E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo E precisamos todos rejuvenescer Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo Como Poe, poeta louco americano Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo Eu pergunto ao passarinho: 'Blackbird, o que se faz?' E precisamos todos rejuvenescer E 'raven, never, raven, never, raven' Nunca mais teu pai falou 'She's leaving home' Blackbird, me responde, tudo já ficou pra trás E meteu o pé na estrada like a rolling stone E 'raven, never, raven, never, raven' Nunca mais você buscou sua menina Assum preto, me responde, o passado nunca mais Você não sente, não vê Para correr no seu carro, loucura, chiclete e som E eu não posso deixar de dizer, meu amigo Nunca mais você saiu à rua em grupo ou reunido Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer O dedo em V, cabelo ao vento, amor e flor que é do cartaz E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo No presente, a mente, o corpo é diferente E precisamos todos rejuvenescer Você não sente, não vê E o passado é uma roupa que não nos serve mais Que eu não posso deixar de dizer, meu amigo No presente, a mente, o corpo é diferente Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer E o passado é uma roupa que não nos serve mais E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo Você não sente, não vê E precisamos todos rejuvenescer Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo E precisamos todos rejuvenescer Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer E precisamos todos rejuvenescer E precisamos rejuvenescer Los Hermanos Compositor: Atahualpa Yupanqui Yo tengo tantos hermanos Que no los puedo contar En el valle, la montaña En la pampa y en el mar Cada cual con sus trabajos Con sus sueños, cada cual Con la esperanza adelante Con los recuerdos detrás Yo tengo tantos hermanos Que no los puedo contar Gente de mano caliente Por eso de la amistad Con uno lloro, pa llorarlo Con un rezo pa rezar Con un horizonte abierto Que siempre está más allá Y esa fuerza pa buscarlo Con tesón y voluntad Atahualpa Yupanqui Cuando parece más cerca Es cuando se aleja más Yo tengo tantos hermanos Que no los puedo contar Y así seguimos andando Curtidos de soledad Nos perdemos por el mundo Nos volvemos a encontrar Y así nos reconocemos Por el lejano mirar Por la copla que mordemos Semilla de inmensidad Y así, seguimos andando Curtidos de soledad Y en nosotros nuestros muertos Pa que nadie quede atrás Yo tengo tantos hermanos Que no los puedo contar Elis Regina Y una novia muy hermosa Que se llama ¡Libertad! Um Por Todos Compositores: João Bosco e Aldir Blanc Do ventre chão da terra mãe Nasce o herói improvisado Querido filho pranteado da fortuna e do acaso Avante, um por todos e todos por um! Ficam das lutas ao longe Duas medalhas pregadas em peitos de bronze E as bandeirinhas e as rifas O foguetório e a fanfarra Meio velório, meio farra João Bosco e Elis Regina O sentimento dos teus pares Herói dos escolares e das lavadeiras Ó Deus das moças solteiras Que rezam ao teu retrato sobre a penteadeira Eu te conheço, sei o preço da fama E não esqueço Que deitei em tua cama em teu berço Eu sei teu preço, eu te conheço Meu oportuno herói Eu lavo as mãos, Pôncio cônscio pilhado em flagrante Lavo as mãos e prossigo adiante Eu por mim mesma Elis Regina e Aldir Blanc Todos por mim, meu oportuno herói Fascinação Compositores: Maurice De Feraudy, J. Morley e F.d. Marchetti Versão brasileira: Armando Lousada Nat King Cole e Elis Regina Os sonhos mais lindos sonhei De quimeras mil, um castelo ergui E no teu olhar tonto de emoção Com sofreguidão, mil venturas previ O teu corpo é luz, sedução Poema divino cheio de esplendor Teu sorriso prende, inebria, entontece És fascinação, amor Elis Regina Maurice De Ferandy Jardins De Infância Compositores: João Bosco e Aldir Blanc É como conto de fadas Tem sempre uma bruxa pra apavorar O dragão comendo gente João Bosco e Adir Blanc A bela adormecida sem acordar Tudo o que o mestre mandar E a cabra cega roda sem enxergar E você se escondeu, e você esqueceu Pique palcos tem distância Pés pisando em ovos, vejam vocês Um tal de pula fogueira, pistolas, morteiras Vejam vocês Pega malhacão de Judas Elis Regina E quebra cabecas, vejam vocês E você se escondeu, e você não quis ver Olha o bobo na berlinda Olha o pau no gato, polícia e ladrão Tem carniça e palmatória bem no teu portão Você vive o faz de conta, diz que é de mentira Brinca até cair Chicotinho tá queimando, mamãe posso ir? Pique palcos tem distância, pés pisando em ovos Elis Regina Bruxa, dragão, um tal de pula fogueira E a cabra cega vai de roldão Pega a malhacão de Judas E um passarinho morto no chão E você conheceu, e você aprendeu João Bosco e Adir Blanc Quero Compositor: Thomas Roth Quero ver o Sol atrás do muro Quero um refúgio que seja seguro Uma nuvem branca sem pó nem fumaça Quero o mundo feito sem porta, vidraça Quero uma estrada que leve à verdade Quero a floresta em lugar da cidade Uma estrela pura de ar respirável Quero um lago limpo de água potável Quero voar de mãos dadas com você Ganhar o espaço em bolhas de sabão Escorregar pelas cachoeiras Pintar o mundo de arco-íris Quero rodar nas asas do girassol Fazer cristais com gotas de orvalho Cobrir de flores campos de aço Beijar de leve a face da Lua La, la, la, la, la, la, la La, la, la, la, la, la, la Elis Regina La, la, la, la, la, la, la Thomas Ruth Elis Regina e Thomas Ruth Gracias A La Vida Compositora: Violeta Parra Gracias a la vida que me ha dado tanto Me dio dos luceros que, cuando los abro Perfecto distingo, lo negro del blanco Y en el alto cielo su fondo estrellado Y en las multitudes, el hombre que yo amo Violeta Parra Gracias a la vida que me ha dado tanto Me ha dado el oído que en todo su ancho Graba noche y días, grillos y canarios Martillos, turbinas, ladridos, chubascos Y la voz tan tierna de mi bien amado Gracias a la vida que me ha dado tanto Me ha dado el sonido y el abecedario Con él, las palabras que pienso y declaro Madre, amigo, hermano y luz alumbrando La ruta del alma del que estoy amando Gracias a la vida que me ha dado tanto Me ha dado la marcha de mis pies cansados Elis Regina Con ellos anduve, ciudades y charcos Playas y desiertos, montañas y llanos Y la casa tuya, tu calle y tu patio Gracias a la vida que me ha dado tanto Me dio el corazón que agita su marco Cuando miro el fruto del cerebro humano Cuando miro el bueno, tan lejos del malo Cuando miro el fondo de tus ojos claros Gracias a la vida que me ha dado tanto Me ha dado la risa y me ha dado el llanto Así yo distingo, dicha de quebranto Los dos materiales que forman mi canto Y el canto de ustedes, que es el mismo canto Y el canto de todos que es mi propio canto Gracias a la vida Violeta Parra O Cavaleiro E Os Moinhos Compositores: João Bosco e Aldir Blanc Acreditar na existência dourada do sol Mesmo que em plena boca nos bata o acoite Contínuo da noite Arrebentar a corrente que envolve o amanhã Despertar as espadas, Varrer as esfinges das encruzilhadas Todo esse tempo foi igual a dormir num navio Sem fazer movimento Mas tecendo o fio da água e do vento..