Elis De Todos Os Palcos
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Universidade de Brasília Instituto de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História Área de Concentração: História Cultural Linha de Pesquisa: Identidades, Tradições, Processos Dissertação de Mestrado Orientadora: Eleonora Zicari Costa de Brito Elis de todos os palcos: embriaguez equilibrista que se fez canção Mateus de Andrade Pacheco Brasília, Setembro de 2009. Universidade de Brasília Elis de todos os palcos: embriaguez equilibrista que se fez canção Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília, na área de Concentração de História Cultural, como requisito à obtenção do título de Mestre em História. Mateus de Andrade Pacheco Brasília, Setembro de 2009. Banca Examinadora Profa. Dra. Eleonora Zicari Costa de Brito (UnB – Orientadora) Profa. Dra. Maria Thereza Ferraz Negrão de Mello (UnB) Prof. Dr. Adalberto Paranhos (UFU) Dr. Emerson Dionísio Gomes de Oliveira (Suplente) A duas Marias: uma é Paixão, a outra é Lúcia. Não se apaga, não se cala a mulher O seu sorriso, o seu sonho, a fé Sua coragem, sua enorme paixão A vida inteira lapidando a canção Canção de vida e amor vai ficar Com as pessoas que não param de ouvir A sua voz, a voz Que é a voz De todos nós (Milton Nascimento e Fernando Brant, Essa Voz ) Agradecimentos . Aquele abraço a todos os que de alguma forma estiveram presentes nos percursos dessa pesquisa. Primeiramente, à minha irmã Maria Abília, pelas constantes injeções de ânimo. Interlocutora de um caldeirão de assuntos, ela contribuiu com dicas fundamentais sobre acervos, debateu sobre a pesquisa e ainda se dispôs a seguir a construção dessa narrativa através de sua leitura atenta. Ah, não esqueci que foi quem me apresentou à arte de Elis! Obrigado ao meu cunhado Carlos Roberto e meus sobrinhos Mayara e Douglas. Fizeram parte do cotidiano desse trabalho, ora proporcionando momentos de leveza (quando tudo estava pesado), ora suportando as variações de meu humor mesmo. À Mayara, minha fiel defensora, meu obrigado pela colaboração com o abstract e pelos chás dos últimos dias de escrita. Ao rei da casa, Sr Capucho, aquele abraço. À minha irmã Sandra, sempre disposta a uma aventura cultural e a longos papos sobre um de nossos amores em comum: Bituca. Juntos, eu, ela, meu cunhado Carlos Alberto e meu sobrinho João Pedro, formamos um quarteto que corre atrás dos bailes/ show s da vida. Estendo meu agradecimento ao meu padrinho Neném, sempre disposto a ajudar no que for preciso. Agradeço às energias que vêm das montanhas das Geraes. Aquele abraço à minha irmã Marta e seu trio – Thiago, Caio e Mariana. Martinha, sua torcida e carinho me impulsionam. Valeu! Ao Seu Éder, meu pai, à Dona Maria da Paixão, minha mãe, e à Dona Maria Lúcia, minha madrinha. São os responsáveis pelo que sou (no bom sentido da coisa). Este trio, a partir de suas formas de narrar e lidar com o cotidiano, me ensinou que nem sempre o detalhe é detalhe. Sem eu me dar conta, já recebia lições de história. Aquele abraço também ao tio João Leite, à Dezinha e à Mimi. Já que estamos em família, aproveito para agradecer à minha orientadora Eleonora, irmã que ganhei na UnB. Sintonia: eis o que temos em nossa interlocução! Paciente, muito paciente, ela respeitou o tempo do sujeito (que é lento) na produção dessa dissertação. Obrigado pela dedicação em sua orientação, pelas dicas certeiras, pelo companheirismo, pela abertura ao diálogo e pela forma leve com que encara as coisas. Fez parecer fácil enfrentar as dificuldades desse percurso. Aquele abraço à Thereza Negrão, outro presente que a UnB me deu. Foi em seus textos (quando ainda estava na graduação) que descobri que a História pode sim andar de braços dados com a sensibilidade. Fontes de inspiração, as conversas com Thereza são preciosos tesouros que me enriquecem como pesquisador e pessoa. E, claro, suas participações em bancas (de monografia de conclusão do curso de graduação e de exame de qualificação) foram fundamentais para o desenvolvimento dessa pesquisa. Obrigado à professora Rosana pelas considerações que fez na banca de defesa de minha monografia de conclusão do curso de graduação. Dali saíram desdobramentos que pude agregar a essa pesquisa. Agradeço ao professor Adalberto Paranhos. O contato com ele fez valer a peregrinação pelos simpósios da vida. Sua participação na banca de meu exame de qualificação me fez atentar para novas problemáticas dessa pesquisa. Tornou-se assim importante interlocutor. Salve! Aquele abraço também aos professores José Walter e Nancy, que contribuíram para este trabalho com suas aulas no PPGHIS/UnB. Aos meus amigos. Alguns deles foram presenças marcantes no itinerário de pesquisa. Ao pessoal do grupo História e Música : compondo identidades, fazendo histórias. Em especial ao Eduardo e à Cris Pereira: os dois compartilharam comigo da experiência de estágio. A companhia deles fez aquelas manhãs musicais valerem a pena. Ao Leandro, com quem compartilhei horas e horas de biblioteca e outras tantas de fuga a cinemas e shoppings . É uma das pessoas que me fazem pensar que ser amigo é estar em casa. Ao Emerson Dionísio pela atenção, amizade e sutis provocações. Aquele abraço ao Nidim e ao Deivid por terem me apresentado ao Bazar Maravilha (programa comandado por Tutti Maravilha na Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte). E ao Tutti, que me recebeu com grande simpatia e me cedeu uma entrevista. Ao trio Célia, Carol e Juju, que tão bem me acolheu durante os dias de pesquisa na Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro). “Um dia lindo de sol como esses....”. Salve Célia! À Érika Campana e Leandro A., pela disponibilidade em esclarecer algumas dúvidas relacionadas a uma entrevista de Elis Regina à Rádio Nacional. Estendo o agradecimento aos demais fãs de Elis pela disponibilização de materiais pela internet. Ao CNPq pelo apoio financeiro, elemento fundamental para a realização dessa pesquisa. Por fim, agradeço à Elis Regina. Sua presença na música faz meu mundo melhor. Resumo Falso Brilhante (1975/76), Transversal do Tempo (1977/78), Elis, essa mulher / Saudade do Brasil (1979/1980) e Trem Azul (1981): espetáculos protagonizados por Elis Regina cujas narrativas se construíram a partir de temas que se faziam presentes no cotidiano brasileiro naquele momento. Reflexões sobre o cenário político-social, a música, a cultura brasileira, a indústria cultural, a arte como profissão ganhavam os palcos desses espetáculos. A intérprete e grupos a ela associados se colocavam numa área de fronteira, onde se valiam de variadas linguagens – música, teatro, dança, circo – para cantar/contar o Brasil, país transformado em tema e objeto de análise. Nesta pesquisa, um passeio pelo cenário brasileiro de meados dos anos 1970 até 1981 a partir desses espetáculos é o que se faz como proposta. Através do recurso de variação na escala de análise, tal pesquisa traz à luz as leituras que Elis Regina fez do seu tempo, mostrando que estas são construídas em solo movediço, podendo, vez ou outra, ser reelaboradas. Palavras-chave : Elis Regina, identidade, música, ditadura militar, espetáculos, cotidiano, indústria cultural. Abstract Falso Brilhante (1975/76), Transversal do Tempo (1977/78), Elis, essa mulher/ Saudade do Brasil (1979/1980) e Trem Azul (1981), shows carried out by Elis Regina, whose narratives were made from themes that were present in Brazil’s quotidian at that time. Reflections on the social- political scene, the music, the Brazilian culture, the cultural industry, the art as an occupation got on stage on those shows. The performer and groups associated with her were put in a border area where a variety of languages - music, theater, dance, circus - sang/told Brazil, country turned into subject and object of analysis. In this research, the proposal is a tour of Brazilian scene of the mid-1970s until 1981, based on such shows. By the use of variation in scale of analysis, this research brings to light Elis Regina’s interpretation of her time, showing that it is built on slippery ground and may be revised sometimes. Keywords : Elis Regina, identity, music, military dictatorship, shows, quotidian, cultural industry Sumário Introdução------------------------------------------------------------------------------------- 1 Capítulo 1 – Falso Brilhante--------------------------------------------------------------- 10 Primeiro Ato ----------------------------------------------------------------------------------- 12 Segundo Ato ----------------------------------------------------------------------------------- 43 Capítulo 2 – Transversal do Tempo ----------------------------------------------------- 65 Capítulo 3 – Saudade do Brasil ----------------------------------------------------------- 134 Essa mulher...outras mudanças -------------------------------------------------------------- 134 O espetáculo Saudade do Brasil ------------------------------------------------------------- 150 “Minha arma é o que a memória guarda dos tempos da Panair” ----------------------- 172 “Buscar um mundo novo, vida nova” ----------------------------------------------------- 183 Capítulo 4 – Trem Azul--------------------------------------------------------------------- 190 Estação 1: conversa entre comadres -------------------------------------------------------- 198 Estação 2: do engajamento à prática cidadã ----------------------------------------------- 199 Estação 3: numa esquina musical, o encontro com um Clube -------------------------- 203 Estação 4: no canto, a oração ---------------------------------------------------------------- 216 Estação 5: “Agora