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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL MESTRADO EM COMUNICAÇÃO Humberto Junio Alves Viana ENTRE A MEMÓRIA, O TELEJORNALISMO E OS ACONTECIMENTOS: a Rede Globo e a construção de seu lugar na História Juiz de Fora 2019 Humberto Junio Alves Viana ENTRE A MEMÓRIA, O TELEJORNALISMO E OS ACONTECIMENTOS: a Rede Globo e a construção de seu lugar na História Dissertação apresentada ao programa de Pós- Graduação em Comunicação, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: Comunicação e Sociedade. Linha de Pesquisa: Cultura, Narrativas e Produção de Sentidos. Orientadora: Profa. Dra. Christina Ferraz Musse Juiz de Fora 2019 Ficha catalográfica elaborada através do programa de geração automática da Biblioteca Universitária da UFJF, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a) Viana, Humberto Junio Alves. Entre a memória, o telejornalismo e os acontecimentos : a Rede Globo e a construção de seu lugar na história / Humberto Junio Alves Viana. -- 2019. 235 p. : il. Orientadora: Christina Ferraz Musse Dissertação (mestrado acadêmico) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Comunicação Social. Programa de Pós Graduação em Comunicação, 2019. 1. Telejornalismo. 2. Memória. 3. História. 4. Análise Crítica da Narrativa. 5. Jornal Nacional. I. Musse, Christina Ferraz, orient. II. Título. Dedico este trabalho a todas as pessoas que passaram por mim enquanto estive desenvolvendo a pesquisa. Há uma afirmação de autoria desconhecida, mas que cabe muito bem aqui: “por trás desse caos aparente há uma ordem impecável”. Em suma, não há acaso, não há nada sem um porquê, por isso, dedico essa pesquisa a todos que ultrapassaram comigo esta fase, deixaram-me marcas e contribuíram não só para o desenvolvimento da dissertação, mas para o desenvolvimento do Humberto enquanto pessoa. AGRADECIMENTOS De acordo com as normas-padrão dos trabalhos acadêmicos, os agradecimentos são opcionais, mas como passar dois anos pensando, refletindo, repensando e escrevendo sem a ajuda de outros nesta trajetória? Portanto, como terminar este trabalho sem agradecer a esses tantos outros que me guiaram? Indubitavelmente, a minha dissertação não foi um ato de agora, de dois anos atrás, ou mesmo de dez anos atrás. A minha dissertação surgiu, quando assistia à TV com toda a minha família reunida na sala, quando percebi que esta mesma TV mexia com os meus sentimentos e com os de todos que me cercavam. De acordo com Freud, “seguramente, escrevemos em primeiro lugar para satisfazer alguma coisa que se acha dentro de nós, não para outras pessoas”. O fenômeno TV fez e faz parte da minha geração. Meu sonho era ser roteirista, ser parte deste universo, entretanto eis-me aqui, não um roteirista, mas um analista de TV, um iniciante, talvez, mas a TV continua presente. Nesse sentido, agradeço à minha família pelo apoio sólido, por me respeitar e por, determinantemente, ser a minha base de sustentação. Assim, cada palavra aquiescrita será dedicada às mulheres dessa família, especialmente, à minha mãe, minha irmã e minhas avós. Mulheres fortes, exemplos brilhantes, das quais procuro ser reflexo. Agradeço aos meus professores da graduação em História da Universidade Federal de São João del-Rei, especialmente, à minha eterna orientadora Cássia Rita Louro Palha, pelo exemplo e pela desordem instaurada em minha trajetória acadêmica. História ou Comunicação? As duas! Agradeço, ainda, ao professor Danilo José Zioni Ferretti pelos ensinamentos referentes aos estudos da memória e de seus usos. A aprovação, no processo seletivo do mestrado em comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, foi, com certeza, uma grande felicidade e, também, uma surpresa. Nesse sentido, agradeço o acolhimento da área, dos professores e dos colegas que me fizeram crescer enquanto acadêmico e pessoa. Do programa jamais esquecerei Valéria Fabri Carneiro Marques pelas conversas em instantes de desespero e a professora Cláudia de Albuquerque Thomé pela disciplina “Narrativas em Mutação”. Todos os seus ensinamentos e indicações contribuíram muito para a análise do objeto. Contudo a maior gratidão se dirige à minha orientadora Christina Ferraz Musse. Grato pela disponibilidade, pelas indicações, pela parceria e, acima de tudo, pela amizade. Agradeço, ainda, aos meus grandes amigos, Ney Paulo Moreira e Juliana Vieira Borges – que me orientaram na escrita e na sobrevivência à escrita da dissertação, apesar dos meus “devaneios” – à Débora Romaniello Guimarães de Rezende – pelos conselhos e pelas horas de descontração. Aos meus outros grandes amigos, não citados e à Marcela Arantes Meirelles, minha confidente e “irmã gêmea” de Juiz de Fora, que me ajudou a suportar esta cidade. Ao Colégio Tiradentes da Polícia Militar – representando minha profissão, meus alunos e colegas de trabalho – pelo apoio profissional e por dar-me a possibilidade de exercer, em sala de aula, aquilo que aprendi ao longo de toda a minha caminhada. Agradeço ao Otávio Rodolfo de Oliveira que me fez crescer enquanto pessoa e sem o qual este mestrado estaria apenas no plano das ideias. O que ficou da convivência contigo não há tempo que possa apagar. Àqueles que não foram citados, tenham a certeza de que foi por falta de espaço, mas suas contribuições serão reafirmadas sempre que meu título for essencial, sempre que meu título representar minimamente algo em minha história. Termino estes agradecimentos com a plena consciência de que a contribuição é mínima diante da vastidão dos conhecimentos humanos, mas é minha, portanto de grande valor para a minha existência. Diante de tudo, peço a Deus que me perdoe, não foi citado, logo no início, porque Sua presença é tão evidente e está atrelada a cada palavra redigida aqui. O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. “A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo”. – Eduardo Galeano, em “Dias e noites de amor e de guerra”. [Tradução de Eric Nepomuceno]. Porto Alegre: L&PM Editores, 2001. RESUMO Esta dissertação tem o objetivo principal de analisar a construção narrativa e a significação da série jornalística “50 anos de jornalismo”, produzida pela Rede Globo, no ano de 2015, em comemoração ao seu cinquentenário. Assim, pretende-se compreender como os dezesseis repórteres convidados, guiados pelo jornalista William Bonner, construíram e definiram uma historicidade para a narrativa e, consequentemente, para a emissora. Esta série foi escolhida como objeto analítico por sua força simbólica, pelo ineditismo de seu formato e por fazer reflexões sobre a trajetória do jornalismo da maior emissora do Brasil. Em vista disso, inicialmente, discutem-se conceitos caros à análise do objeto relativos ao regime de historicidade presentista (HARTOG, 2013; NORA, 1995) e aos conceitos de história e memória (DOSSE, 2004; LE GOFF, 2003; BLOCH, 2001; POLLACK, 1989, 1992). Buscam-se, ainda, compreender as relações do jornalismo e da historiografia no tratamento dos acontecimentos sociais. Posteriormente, são estudadas as promessas (JOST, 2007) da produção e exibição da série levando-se em consideração o novo ecossistema midiático pautado pelas tecnologias e plataformas de informação (JENKINS, 2008). Por fim, faz-se a análise da narrativa da série, especificamente, a narrativa empreendida pelos repórteres, utilizando-se a “análise crítica da narrativa”, metodologia proposta por Motta (2013) com a qual buscam-se descortinar as artimanhas e os estratagemas daqueles que narram compreendendo as suas construções simbólicas. A título de conclusão, observa-se que a narrativa, em associação ao contexto de 2015, exalta a trajetória e a importância do jornalismo da emissora ressignificando seu passado e edificando valores e sua historicidade. Palavras-chave: Telejornalismo. Memória. História. Análise Crítica da Narrativa. “Jornal Nacional”. ABSTRACT This dissertation has the main objective to analyze the narrative construction and the significance of the journalistic series "50 years of journalism", created by Rede Globo, in the year of 2015, commemorating its 50th anniversary. Thus, it is intended to understand how the sixteen invited reporters, guided by the journalist William Bonner, built and defined historicity for the narrative and, consequently, for the broadcaster. This series was chosen as an analytical object by its symbolic strength, for the novelty of its format and for making reflections on the journalism trajectory of the largest Brazilian broadcaster. In view of this, initially precious concepts are discussed about the analysis of the object relative to the regime of presentist historicity (HARTOG, 2013; NORA, 1995) and to the concepts of history and memory (DOSSE, 2004; LE GOFF, 2003; BLOCH, 2001; POLLACK, 1989, 1992). We also seek to understand the relations of journalism and historiography in the treatment of social events. Afterward, are studied the promises (JOST, 2007) of the production and exhibition of the series taken into account the new media ecosystem lined by technologies and information platforms (JENKINS, 2008). Finally, the narrative of the series is analyzed, specifically the narrative undertaken by reporters, using the "critical analysis of the narrative", methodology proposed by Motta (2013). It seeks to unveil the ruses and stratagems of those who narrate understanding their symbolic constructions.