III SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA. 2014 253 Riqueza e Distribuição de Lecythidaceae no Espírito Santo, Brasil M. Ribeiro¹*, A. Alves-Araújo² & A. L. Peixoto³ ¹ Programa de Pós-graduação em Botânica, Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. ² Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário Norte do Espírito Santo. ³ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. *Autor para correspondência:
[email protected] Introdução O Espírito Santo, totalmente incluído no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica, possui grande variação no relevo, altitude, temperatura, precipitação e tipos de solo, tendo consequentemente uma considerável diversidade de ecossistemas (Laniet al., 2008). Atualmente o estado possui apenas 11% de sua cobertura vegetal original, dispersa em muitos fragmentos (Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2011). Três formações vegetais principais ocorrem no Espírito Santo, sobre as seguintes províncias geomorfológicas (Martin et al., 1993): as florestas de encosta, em terrenos do Pré- Cambriano (Assis, 2007; Assis et al., 2007; Saiter et al., 2011); as florestas de tabuleiro, nos Tabuleiros Terciários (Jesus & Rolim, 2005; Simonelli, 2007; Peixoto et al., 2008) e as restingas sobre a Planície Quaternária (Pereira, 2007; Giaretta et al., 2013). Lecythidaceae, uma família de plantas arbóreas, de folhas alternas e com casca fibrosa (embira), possui muitas espécies de valor econômico e exploradas comercialmente (Prance & Mori, 1979). Engloba 17 gêneros e cerca de 300 espécies de distribuição pantropical com principal centro de diversidade nas regiões Amazônica e das Guianas (Prance & Mori, 2004). No Brasil são encontrados 10 gêneros e 119 espécies dos quais, a maior parte na Amazônia (Smith et al., 2014).