A Linguagem Poética De Walter Carvalho: Um Diálogo Entre Fotografia No Cinema E Artes Plásticas
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LINHA IMAGEM E SOM A linguagem poética de Walter Carvalho: um diálogo entre fotografia no cinema e artes plásticas Ana Carolina Roure Malta de Sá Brasília, julho de 2014 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LINHA IMAGEM E SOM A linguagem poética de Walter Carvalho: um diálogo entre fotografia no cinema e artes plásticas Ana Carolina Roure Malta de Sá Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília, como requisito à obtenção do título de Mestre em Comunicação Social, pela linha de pesquisa Imagem e Som. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Araújo de Sá Brasília, julho de 2014 Ana Carolina Roure Malta de Sá A linguagem poética de Walter Carvalho: um diálogo entre fotografia no cinema e artes plásticas Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília, como requisito à obtenção do título de Mestre em Comunicação Social. Aprovada em ____/____/________. Banca Examinadora: Prof. Dr. Sérgio Araújo de Sá (FAC/UnB) Orientador Prof. Dr . Gustavo de Castro (FAC/UnB) Membro Profa. Dr a. Cláudia Maria Busato (UniCEUB) Membro Prof. Dr. Michael Peixoto (FAC/UnB) Suplente Para as mulheres da minha vida: minha mãe, vó diva, vó Santa (em memória), tia Shirley, Denise, Amanda, Maria Clara, tia Carminha; Para os homens da minha vida: meu amor Ariel, meu pai, André, Pedro, tio Ariel (em memória), vô Cleber. v AGRADECIMENTOS A minha mãe, pela vida, pelo amor maior desse mundo, pela paciência de sempre. Por ter despertado em mim todo amor que sinto pela sétima arte! Pelas discussões calorosas sobre cinema e arte. Obrigada por me encorajar a seguir em frente, por acreditar em mim e ser a minha maior inspiração! Ao meu marido Ariel Vieira, pelo amor, paciência e compreensão. Pela espiritualidade. Por me acalmar, por tonar a minha vida mais feliz, mesmo nos momentos mais difíceis. Por me ouvir falar repetidamente sobre cinema, arte e poesia, durante dois anos seguidos e, mesmo não sendo dessa área, contribuir com posicionamentos relevantes para a minha pesquisa. Por compartilhar comigo o seu mundo e toda a sua poesia! Ao meu pai e a Denise, pelo amor, carinho e preocupação de sempre. A vó Diva, por me amar tanto, tanto... e por despertar em mim um amor intenso pela poesia, pelas artes plásticas e pela literatura. Por ter concedido à minha vida tanta magia e beleza! A tia Shirley, pelo amor, pelas palavras de incentivo, por se preocupar tanto comigo. Aos meus irmãos Pedro, André e Amanda, por serem meus companheiros de jornada, por me amarem tanto, por serem meus grandes amigos. Gratidão imensa por vocês serem quem são na minha vida. Amo vocês! A Maria Clara, minha princesa, minha vida, minha tudo. Minha linda bailarina, que veio ao mundo para encher o meu coração de alegria. Amo você, minha porçãozinha de luz! Ao professor Sérgio de Sá pelas orientações, e por ter me aceito como orientanda. vi À professora Tânia Montoro, pelo carinho, atenção, pelas ricas observações realizadas na minha qualificação e ao longo de toda a minha formação. Pelos valiosos seminários nos Festivais do Cinema de Brasília. Por acreditar em mim! Ao professor Gustavo de Castro por ter me inspirado a pensar as relações sobre cinema e poesia, pelas orientações na banca que me permitiram incluir as artes plásticas. Por me possibilitar descobrir o que eu realmente queria pesquisar e não sabia! Ao Mike, pelas discussões relevantes sobre cinema e poesia, por me instigar a falar sobre o meu tema de pesquisa, por todo conhecimento adquirido, em suas aulas, sobre teoria e estética do cinema. Ao tio Ariel e à tia Carminha, pelo carinho, compreensão, paciência, pelo apoio de sempre e pelas palavras sensatas. Por me amarem e cuidarem de mim! A Wanessa, pela amizade, pelo apoio de sempre e pela compreensão. Por continuar sendo minha amiga tão querida por tantos anos. A Carol, pela amizade, pelas conversas profundas, por me entender tão completamente e, principalmente, por ter trazido ao mundo uma menininha tão repleta de luz, Ana Vitorinha! Ao CNPq, pelo apoio financeiro à pesquisa. vii “A ideia de possuir inteiramente a prática de uma arte, de conquistar a liberdade de fazer uso de seus meios com tanta segurança e leveza quanto de nossos sentidos e membros em seus usos comuns é daquelas ideias que arrancam de certos homens uma constância, um esforço, exercícios e tormentos infinitos”. Paul Valerý “Se a poesia representa para o poeta seu instrumento específico de experiência, ela também ensina ao seu próprio criador. E não será menos verdadeiro que o poema comove e deleita seu autor. A alegria e a dor de criar se fundem sempre e constituem apanágio do poeta tanto quanto de qualquer outro artista”. Mario Faustino viii RESUMO O cinema como expressão poética só é possível a partir do ato criador de um artista que se utiliza de procedimentos estéticos em favor do processo artístico da expressão, concedendo ao filme o caráter de obra de arte e ao espectador a possibilidade de vivenciar uma experiência estética singular. A fotografia é um dos elementos fundamentais para a constituição de um cinema como expressão poética e o fotógrafo o grande responsável por tornar isso possível, já que é ele quem dá o tratamento às imagens a partir dos enquadramentos, da iluminação, do foco, dos movimentos de câmera, da escolha das lentes, dos ângulos e das cores utilizadas. Este trabalho se propõe a investigar as possíveis relações entre cinema e artes plásticas, a partir de recorrências estéticas reveladoras desse diálogo na fotografia cinematográfica de Walter Carvalho, diretor de fotografia brasileiro. Os pares sombra/luz; foco/desfoque; ausência/presença, visível/invisível, opacidade/transparência são formalizações estéticas recorrentes no trabalho de Walter Carvalho, resultado de um trabalho de experimentação com a linguagem cinematográfica que pretende obliterar uma fotografia naturalista, colocando em questão a produção de representações que tem como objetivo levar para a tela a realidade tal como ela é. Para investigar o que se propõe optou-se por um corpus fílmico constituído por três obras que contaram com a direção de fotografia de Walter Carvalho. São elas: Lavoura Arcaica (CARVALHO, 2001); Madame Satã (AÏNOUZ, 2002) and O veneno da Madrugada (GUERRA, 2004). Palavras-chave: cinema, fotografia cinematográfica, artes plásticas, expressão poética direção de fotografia. ix ABSTRACT The movie as a poetic expression is only possible from the creative act of an artist who uses aesthetic procedures in favor of the artistic process of expression, giving the film the character of the art work and to the viewer the chance to experiencing a unique aesthetic frame. The photograph is a fundamental element for the formation of a film as poetic expression and photographer largely responsible for making this possible, since he is the one who gives the treatment to images, such as lights, focus, movement of camera. This work aims to investigate the possible relationship between cinema and visual arts, from film photography by Walter Carvalho, Brazilian cinematographer. Aspects shadow / light, focus / blur, absence / presence, visible / invisible, opacity / transparency are recurring aesthetic formalization in the work of Walter Carvalho. These aesthetic formalizations are result of the work of experimentation with film language that subverts naturalistic photography, questioning the production of representations that aims to represent the reality as it is. To investigate what it claims we chose three films which had the cinematographer Walter Carvalho. They are: Lavoura Arcaica (CARVALHO, 2001); Madame Satã (AÏNOUZ, 2002) and O veneno da Madrugada (GUERRA, 2004). Keywords: cinema, photograph, visual arts, poetic expression, cinematographer. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12 2 CAPÍTULO 1: REFLEXÕES SOBRE A LINGUAGEM POÉTICA .............................. 18 2.1 Poema, poesia e linguagem poética .................................................................................. 18 2.2 Função poética ................................................................................................................ 26 3 CAPÍTULO 2: A ARTE NA ERA DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA: REFLEXÕES SOBRE A LINGUAGEM POÉTICA NA ARTE MODERNA E CONTEMPORÂNEA .................................................................................................................. 31 3.1 Fotografia, cinema e pintura: a ampliação do mundo perceptível e as novas formas de representação ................................................................................................................ 35 3.2 Função poética: a dimensão de ambiguidade e o discurso aberto da obra de arte ............... 39 4 CAPÍTULO 3: A LINGUAGEM POÉTICA NO CINEMA ........................................... 45 4.1 Cinema: arte ou meio de comunicação de massa?............................................................. 45 4.2 Cinema naturalista x teorias formalistas ........................................................................... 50 4.3 Reflexões sobre a poesia no cinema: uma inter-relação entre linguagem poética e o cinema como forma de arte ....................................................................................................... 52 5 CAPÍTULO 4: O ATO CRIADOR DE WALTER CARVALHO ................................... 62 5.1 A fotografia no cinema e o