Imprensa Internacional Sobre Angola Março - Maio 2002
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Imprensa internacional sobre Angola Março - Maio 2002 Lunda –Norte: morrem 50 pessoas a caminho de aquartelamento 21/05/2002 Cinquenta pessoas, entre militares da UNITA e seus familiares, provenientes do município do Lubalo, morreram quando se dirigiam para a área de aquartelamento na região de Capaia, por falta de alimentação, medicamentos e má nutrição, segundo fonte do grupo técnico de comissão mista da Lunda-Norte para implementação do cessar-fogo. Segundo a fonte, na localidade Katchimo, zona de pré-aquartelamento no nordeste de Angola, morreram outras vinte e cinco pessoas pelos mesmos motivos. De acordo como o programa do grupo técnico da comissão mista das forças governamentais e da UNITA, está prevista para esta quinta-feira uma visita à região de Capaia, município do Lucapa, para a sessão formal de acantonamento. O objectivo é aquartelar na região cinco mil soldados e seus familiares , estando já registados três mil e 800 soldados . Para a Lunda-Norte foram seleccionadas três areas Cambulo, Lucapa e Xá-Muteba. O memorando de entendimento complementar ao Protocolo de Lusaka, prevê aquartelar mais de 50 mil efectivos das forças da UNITA em todo o país. Thu, 23 May 2002 Email This Page Print This Page ANGOLA: UN to define new mandate IRINnews Africa JOHANNESBURG, - The UN's Assistant Emergency Relief Coordinator Ross Mountain is to lead an inter-agency needs assessment mission to Angola in early June as the United Nations works towards an expanded role in the country's peace process. Mountain's visit is to be followed by the arrival of Kenzo Oshima, UN Under-Secretary-General for Humanitarian Affairs, and Ibrahim Gambari, UN Secretary-General Kofi Annan's Special Adviser on Africa, to launch a joint emergency humanitarian appeal with the government. On Tuesday, Gambari told a briefing at UN Headquarters in New York that the ceasefire signed on 4 April in Luanda between the Angolan government and rebel UNITA movement was holding. But he warned that the humanitarian situation was "very serious", particularly in the 38 quartering areas where 55,000 UNITA troops and 300,000 of their family members are supposed to be housed. The government had underestimated the enormous challenges of providing food, shelter and medicine for the ex- combatants and their family members, the UN news wire quoted Gambari as saying. So far, 65,343 UNITA soldiers had arrived at the quartering areas along with 163,819 family members. Another 8,800 more soldiers and 7,000 family members were still expected. Contributing to the problem was the fact that the role of the UN in Phase I of the peace process, while important, was "subordinate", the Special Adviser said. He noted that it was essentially an observer in the demobilisation process. Furthermore, the UN did not have access to the quartering areas and did not have a framework agreement spelling out the responsibilities to be shared with the government in providing services to the quartering areas. The United Nations, nonetheless, did have a contingency plan, Gambari said. Mountain would visit from 8 to 14 June to assess needs. He added that the Secretary-General was preparing a reply to a letter from President Jose Eduardo Dos Santos, who had asked for technical and "management" assistance and resources for the quartering areas. The Special Adviser also said that Annan's forthcoming report to the Security Council would define a new mandate for the United Nations in view of the changed circumstances. Gambari noted that the current mandate of the UN Office in Angola was very narrow - providing capacity-building, human rights training and mobilising resources for humanitarian assistance. In Phase II of the ceasefire agreement, at the end of the year, the United Nations would chair the Joint Commission to examine implementation of of the outstanding issues under the Lusaka Protocol that would involve new responsibilities. Meanwhile, a meeting was held on Monday in Luanda between the United Nations and the "troika" of peace observer countries - the United States, Russian Federation and Portugal - on how to respond to the dire situation in the camps. They decided to meet with the Joint Military Commission (JMC) overseeing the demobilisation process to share information, Gambari said. They also agreed to form a "technical group" to assess the needs and prepare concrete proposals to ensure success of the quartering process. The UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (OCHA) and aid agencies in Angola are extending relief operations into the family quartering areas, and in other parts of the country now accessible as a result of the ceasefire. Relief workers who have been operating in the quartering camps, as well as the JMC (made up of both government and UNITA military officers), have described the humanitarian situation there in recent weeks as critical. OCHA said in a report released on Tuesday that "operations will be extended in a pragmatic manner within current logistical and funding constraints ... These operations [in family quartering areas] are extensions of ongoing provincial programmes and are complementary to government programmes". VOZ DA AMÉRICA Partidos políticos vão receber mais 03/05/2002 O MPLA vai receber anualmente dos cofres do Estado mais de 21 milhões de dólares e a UNITA acima de 13 milhões na sequência das alterações efectuadas à lei de financiamento dos partidos políticos. O MPLA e a UNITA, os dois maiores partidos, obtiveram nas únicas eleições realizadas em Angola , dois milhões cento e vinte e quatro mil , cento e vinte e seis (2.124.126) e um milhão trezentos e quarenta e sete mil , seiscentos e trinta e seis (1.347.636) votos, respectivamente. Com as alterações efectuadas ontem pelo Parlamento à lei de financiamento dos partidos políticos, o valor da subvenção passou de cinco IROS (Índice de Referência Orçamental) para dez, por cada voto obtido nas eleições, o mesmo valor em dólares. Durante os debates parlamentares foram levantadas várias questões como a necessidade de se alargar o financiamento aos partidos políticos sem assento no Parlamento, uma ideia que entretanto, será abordada profundamente numa próxima oportunidade, segundo afirmou o deputado pela bancada da UNITA, Daniel Domingos "Maluka". "Este assunto foi apenas colocado e deverá ser aprovado nas próximas plenárias. 68 (...) O fundamental hoje é financiar-se a democracia na sua globalidade. Por exemplo, partidos políticos sem assento no Parlamento existem 115, mas nem todos exercem actividade política, a maioria estão confinados em Luanda. Poucos têm representação no interior. Portanto, a oposição acha que se deve financiar os partidos que têm desenvolvido actividades" - precisou. Durante os debates, a oposição insurgiu-se contra o financiamento de facções de partidos não reconhecidos no Tribunal Supremo. A FNLA é um das forças políticas divididas e há mais de seis anos que a ala de Holden Roberto não recebe qualquer financiamento. O grande beneficiário tem sido Lucas Ngonda, o líder da outra facção. Sobre esta questão, o chefe da bancada parlamentar da FNLA, Benjamim Silva, um dos apoiantes de Holden Roberto, afirmou que está-se em presença de um absurdo. "Está-se perante uma tentativa de se acabar com a FNLA como partido de facto. Há uma dissidência que surgiu há três anos, mas assistimos a tentativa de asfixiar o partido há seis anos, portanto antes da dissidência. Está claro qual é o objectivo do MPLA" - disse. A Assembleia Nacional retoma os seus trabalhos na próxima terça-feira com os debates sobre a Lei dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, devendo também apreciar o relatório da Comissão Eventual para a Paz e a Reconciliação Nacional. Posted by Antonio Teixeira 03-05-2002 Brazilian construction giant Odebrecht has won the international tender to relaunch Angola's southern Matala irrigation complex, a USD 27 million project, company and Angolan government sources have confirmed. The project involves rehabilitating the 42-km-long Matala Canal in Huila province to irrigate 6,000 hectares, land which will parceled out to small farmers, Odebrecht and Angolan agriculture ministry officials said Tuesday in Brazil. Under Portuguese colonial rule, the highland Matala project, some 700 kms southeast of Luanda, was considered one of Angola's breadbaskets, producing coffee, corn and wheat. It was gradually abandoned following the outbreak of civil war at independence in 1975. The revamped project could be increased to 10,000 hectares, with plots of 2.5 hectares to 25 hectares distributed to especially trained farmers, the officials said. Savimbi's handwritten notebook causing headaches in Angola and abroad EXPRESSO 27 de Aril de 2002 Caderno de Savimbi assombra Luanda JONAS Savimbi, o líder histórico da UNITA, morreu exactamente há dois meses e seis dias mas não há dúvida de que continua a provocar enormes «estragos» ao MPLA. A descoberta, logo após a sua morte no Moxico, de um caderno de apontamentos contendo informações relativas a um suposto envolvimento de figuras da nomenclatura do regime angolano e da oposição no apoio logístico às suas tropas, na compra e venda dos seus diamantes, no fornecimento de combustível e no branqueamento da sua imagem, está a abalar os meios políticos locais. Nestas anotações, elaboradas pelo seu próprio punho, segundo fonte dos serviços secretos de Luanda, estarão registadas diversas compensações financeiras garantidas pelo falecido líder da UNITA a governantes, parlamentares, membros das FAA, empresários e jornalistas, em troca de diversos «favores». Mas Savimbi não ficou por aqui. De acordo com a mesma fonte, terá registado também no seu bloco o nome de dirigentes estrangeiros nos quais se incluem vários chefes de Estado africanos que já haviam sido mencionados no relatório do comité de sanções das Nações Unidas elaborado pelo canadiano Robert Follwer. Também são tidas como estando citadas nos referidos apontamentos distintas personalidades políticas portuguesas, francesas, belgas e sul-africanas.