Gentes Do Mato: Os “Novos Assimilados” Em Luanda (1926 – 1961)

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Gentes Do Mato: Os “Novos Assimilados” Em Luanda (1926 – 1961) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Gentes do Mato: Os “Novos Assimilados” em Luanda (1926 – 1961) Versão corrigida Washington Santos Nascimento São Paulo 2013 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Gentes do Mato: Os “Novos Assimilados” em Luanda (1926 – 1961) Versão corrigida Washington Santos Nascimento Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título de doutor em História sob a orientação da Profa. Dra. Leila Maria Gonçalves Leite Hernandez. São Paulo 2013 3 Para meus pais Cida e Uilson. Para minha irmã Fernanda, minha esposa Railda e minha filha Amanda. Obrigado por terem “segurado a barra” nesses anos do doutoramento. 4 AGRADECIMENTO Esta tese é o resultado coletivo de uma grande somatória de esforços, que envolveu uma série de pessoas sem as quais ela não seria possível. É também o resultado de uma trajetória e dos diálogos realizados nesse período. Inicialmente gostaria de agradecer à minha orientadora, Prof. Dra. Leila Maria Gonçalves Leite Hernandes, por quem nutro um sentimento de admiração e respeito difícil de expressar. Na solidão e dificuldade de um trabalho de pesquisa, foi sempre uma interlocutora qualificada, conhecedora do tema, apontando caminhos, descortinando comigo descobertas, sendo rigorosa na construção do texto, nos cortes dos excessos, mas sem perder a dimensão humana. Foram cinco anos de convívio profícuo e enriquecedor, que me tornou não só um intelectual, como uma pessoa melhor. Agradeço à Profa. Dra. Josildeth Gomes Consorte (PUC-SP), minha orientadora no mestrado, a quem devo, em grande parte, a minha própria forma de pensar a pesquisa, o olhar atento, qualificado, mais profundo sobre questões aparentemente banais e a necessidade de dialogar com diferentes áreas para entender o objeto da pesquisa, embora nossos contatos não tenham sido mais tão regulares. Agradeço à Profa. Dra. Tania Celestino de Macedo (USP) e à Profa. Dra. Raquel Glezer (USP), pelas preciosas colaborações durante o exame de qualificação. A elas devo a indicação de valiosos textos para o entendimento do tema e me fazerem pensar o próprio processo de pesquisa de uma forma mais rigorosa e metódica. Agradeço à Dra. Nirlene Nepomuceno e à Ms. Debora Michels Mattos, que leram várias versões desta tese, corrigiram, apontaram caminhos, dialogaram comigo e, sobretudo, foram amigas com quem pude contar aqui em São Paulo, nos momentos de dificuldades. Ao meu amigo-irmão Prof. Ms. Flávio José Passos, exemplo de retidão moral, de coragem para se dedicar e lutar pelo que acredita. Muito obrigado por tudo, sobretudo por sua amizade e mão amiga, que me ajudaram em muito a “segurar a barra” aqui nesta “cidade grande”. 5 Aos professores Dr. Itamar Pereira de Aguiar (UESB), Dr. José Rubens Mascarenhas (UESB) e Dra. Lívia Diana Rocha de Magalhães (UESB), obrigado por terem acreditado em mim desde o inicio, por terem me encaminhado, por serem exemplos acadêmicos e pessoais em toda a minha trajetória. Em Angola agradeço a Dr. Paulo de Carvalho, Dr. Carlos Lopes e, principalmente, à Dra. Maria da Conceição Neto, da Universidade Agostinho Neto (UAN), que me enviaram material, indicaram fontes e foram interlocutores privilegiados em torno de alguns pontos da minha pesquisa. Agradeço também aos professores Dr. Marcelo Bittencourt (UFF), Dra. Regiane Vecchia (USP) e a Mbuta Zawua, pela socialização de fontes e livros relativos a Angola. Sobretudo também ao professor Michel Cahen (Universidade de Bordeaux-França) pelo diálogo constante e pela cessão de documentos. A colaboração de vocês foi muito preciosa, sobretudo pela dificuldade de acesso a esse material. Por esta razão alguns destes materiais estão no anexo desta tese, com o objetivo dar suporte para novas pesquisas. Aos interlocutores do Núcleo África Brasil (NAP-USP), sobretudo as professoras Marina de Mello e Souza (USP) e Cristina Wissenbach (USP), que conduziram debates e aprofundamentos muito úteis ao desenvolvimento deste trabalho, além dos professores Kabengele Munanga (USP) e Benjamim Abdala Jr. (USP), que, com suas experiências e trajetórias, muito acrescentaram à minha formação. À Profa. Dra. Regiane Augusto de Mattos (PUC-RJ), muito obrigado por ter- me aberto as portas, por sua amizade e constante interlocução. Aos colegas da USP, Zoraide Portela, Isabelle Soma, Gabriela Aparecida dos Santos, Helena Wakim, Cesar Rodrigues, Isa Bandeira, Carolina Bezerra Perez, Lidiane Olivio, Marly Spacachieri e tantos outros, obrigado pela força e companheirismo nestes anos todos. Aos amigos da Bahia, Gal, Jorgeval, Marise, Edson e Ocerlan; aos alunos da Faceq e da Uninove, obrigado por serem também meus interlocutores em diferentes momentos de escrita deste texto. À comunidade FACEQ, aqui representada pelo ex-diretor Mauro Cesar Gonçalves, meu muito obrigado por tudo, pela acolhida, pelo carinho e por ter acreditado em mim. 6 Agradeço à minha família, meus pais Uilson e Cida, minha irmã Fernanda, por tudo. Por fim à minha esposa Railda e à minha filha Amanda, por me acompanharem nesta “aventura” que é São Paulo, pelo companheirismo e amor. 7 RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA Esta tese tem por objetivo compreender como pessoas da zona rural angolana utilizaram-se das possibilidades de ascensão social institucionalizadas pelo Estatuto do Indigenato (1926-1961) para constituir-se numa elite letrada, de origem rural, em Luanda. A tese a qual defendo é a de que, em decorrência da maior presença de portugueses e angolanos vindos do interior, acentuou-se, na capital de Angola, uma cisão entre a “cidade”, representada em grande parte pelos portugueses, mas também pela elite letrada crioula, e o “mato”, cujos expoentes que mais se expressaram em forma de entrevistas, depoimentos e obras literárias foram os “novos assimilados”. Para entender essa história, utilizaram-se como fonte central as memórias (e esquecimentos) de angolanos que viveram em Luanda entre os anos 1926 e 1961 e que obtiveram o estatuto de assimilados. Tais memórias foram entendidas à luz da teoria de Paul Ricoeur (2007), em uma relação dialógica entre o eu (memória individual), os próximos (memória compartilhada com sua geração) e os outros (memória coletiva, social, pública). Palavras-chave: Luanda. Universo rural. Assimilados. Elite letrada. 8 ABSTRACT This thesis aims to understand how Angolan interior we used the reduced opportunities for social advancement created by the Statute of Indigenato (1926- 1961) to constitute themselves as a literate elite, assimilated, country of origin, within the capital of the colony, Luanda. The thesis which I argue is that due to the increased presence of Portuguese and Angolans from inside, deepened, the capital of Angola, a split between the "city", represented largely by the Portuguese, but also by literate elite Creole, and "kill", whose exponents that best expressed in the form of interviews, testimonies and literary works were the "new assimilated." To understand this story we used as the central source memory (and forgetting) of Angolans in Luanda who lived between the years 1926 to 1961 and obtained the status of assimilates. Such memories were understood from Paul Ricoeur (2007), in a dialogical relationship between the self (individual memory), the next (memory shared with his generation) and others (collective memory, social, public) and are present in interviews, memoirs and literary works. Keywords: Luanda, rural universe, assimilated, learned elite. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES, MAPAS E GRÁFICOS Figura 1: Intenções do Estado Português em relação aos “indígenas”......... 30 Imagem 1: Sobas em Angola (1951).............................................................. 42 Imagem 2: Sobas em Angola (1943)...............................................................43 Imagem 3: Casamento de um assimilado (1956) ........................................... 82 Imagem 4: Batismo de um assimilado (1957)................................................. 82 Imagem 5: Natal em uma família de assimilados .......................................... 83 Imagem 6: Reestruturação urbana de Luanda ............................................130 Imagem 7: Ingombota em 1925 ...................................................................133 Imagem 8: Ingombota em 1969 ...................................................................134 Mapa 1: Angola ............................................................................................. 66 Mapa 2: Economia Angolana (1930 –1960).....................................................67 Mapa 3: Malha ferroviária de Angola (século XX) ......................................... 69 Mapa 4: Grupos étnicos Angolanos ............................................................... 70 Mapa 5: Missões católicas e protestantes no território angolano .................. 89 Tabela 1: Condições para se tornar um assimilado (1931 – 1954) ................ 36 Tabela 2: Dispositivos legais em Angola em relação ao processo de assimilação colonial........................................................................................ 38 Tabela 3: Evolução demográfica de Angola (1920 – 1960) ........................... 68 Tabela 4: População de Angola e Moçambique (1940 – 1970) ..................
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