Marcos Henrique Amaral Arquivos do CMD De Ben a Ben Jor: hibridismo e trânsitos simbólicos na trajetória do cantor Jorge Ben Jor * * Marcos Henrique Amaral * Resumo: Este texto toma o hibridismo estético da obra de Jorge Ben Jor 1 como elucidativo dos trânsitos simbólicos operados pelo cantor brasileiro Texto referente a que, desafiando circunscrições espaço-temporais tradicionais, tornam o artista comunicação homônima um emblema do processo de mundialização da cultura, na medida em que proferida no dia 10 de conformam uma materialidade estética calcada na superposição entre local, dezembro de 2015, durante o nacional e mundial. Neste sentido, o “caldeirão de referências musicais” que XIX Seminário Interno de se apresenta como insumo à criatividade artística do cantor ― estendendo-se Pesquisa do Grupo Cultura, da música etíope apresentada pela mãe, chegando ao rock estadunidense de Memória e Desenvolvimento Little Richard e passando pelos sambas-enredos da escola de samba (CMD/UnB). Acadêmicos do Salgueiro ensinados pelo pai ― nos servirá de subsídio para 1 Aluno de doutorado no problematizarmos o processo de industrialização do simbólico no Brasil e a Programa de Pós-Graduação interface impreterível que forma em relação ao tema da cultura “popular”, em Sociologia da Universidade que é ressignificada, articulando-se a um folclore aluvial cuja principal característica é a mestiçagem do ambiente urbano. Assim, a trajetória de de Brasília (PPG-SOL/UnB). Jorge Ben Jor, como lugar idiossincrático onde se cruzam o “intimismo Bolsista CAPES. E-mail: civilizado” da bossa nova e a “expansividade festiva” do samba-enredo,
[email protected] aparecerá como figuração da articulação entre o popular e a mundialização da cultura.