Graças Do Padre Cruz Sj Preces Para Uma Novena
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ANO LXIV Nº 332 ABRIL/JUNHO 2012 GRAÇAS DO PADRE CRUZ SJ PRECES PARA UMA NOVENA Deus infinitamente misericordioso que descestes do Céu à terra para ser a salvação e o modelo de todos os homens; Vós que dis-sestes: Pedi e rece- bereis, procurai e encontrareis, batei e abrir-se- -vos-á, pelos méritos e intercessão do Vosso ser- vo P. Cruz que, perfeito imitador Vosso, abrasado em caridade, passou igualmente pela terra a fazer bem: consolando os aflitos, socorrendo os neces- sitados, visitando os pobres e encarcerados e convertendo os pecadores. Concedei-nos a graça de imitar as suas virtudes, principalmen- te o seu espírito de oração e união com Deus, o espírito de fé viva, de esperança firme e de amor ardente, a devoção filial à SS.ma Virgem, o zelo pela salvação das almas e o horror a tudo o que desgoste o di- vino Espírito Santo e nos torne menos dignos da Sagrada Comunhão. Concedei-nos em particular a graça de... se for para honra Vossa, para bem das nossas almas e glória do vosso Servo. Assim seja. Pai Nosso, Avé Maria e Glória. Bondoso Padre Cruz, rogai por nós! Oração Senhor Jesus Cristo, que dissestes: Se não vos tornardes como pequeninos, não entrareis no reino dos céus, olhai para a humildade e simplicidade com que o Vosso servo Francisco procurou a glória divina e o bem temporal e sobrenatural dos humildes, e dignai-Vos glorificar o Vosso discípulo fiel com a auréola da santidade, se isso for da Vossa maior glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Assim seja. Nota: Estas preces destinam-se a devoção particular. Evite-se cuidadosamente tudo o que pareça culto público. Que é preciso para a Canonização do Padre Cruz? A resposta é simples: que a Igreja, pelo seu Chefe Supremo, o Vigário de Cristo, dê o seu veredito. Mas a Igreja não procede, nesta matéria, de ânimo leve. Por isso tem de ter a certeza de o servo de Deus ter praticado todas as virtudes em grau extraordinário. Exige também um sinal do céu: o milagre, obtido por intercessão do Padre Cruz. exige até dois. O milagre é um facto religioso, isto é, supõe a oração ou intercessão de um justo unido intimamente a Deus; sensível, ou seja certificável pelos sentidos, e inexplicável pelas forças da natureza. Não basta alguém declarar simplesmente que houve milagre, será preciso prová-lo. E isso faz-se com todo o rigor, por meio de um processo. Constituído um tribunal pela autoridade da Igreja, são ouvidas as testemunhas e o «miraculado» deve ser minuciosamente examinado por um ou mais peritos, para saber se acura foi real e perfeita ou não. DATAS PRINCIPAIS DA VIDA DO PADRE CRUZ E DO SEU PROCESSO DE CANONIZAÇÃO Nascimento: 29-7-1859 Entrada na Companhia de Jesus: 3-12-1940 Estudos Secundários Madeira e Açores: 1942 em Lisboa: 1868-1875 Universidade de Morte em Lisboa: 1-10-1948 Coimbra: 1875-1880 Ordenação Sacerdotal: 3-6-1882 Processo de Beatificação 10-3-1951 em Lisboa: a 26-6-1965 Diretor do Colégio dos Entregue à Santa Sé: 17-9-1965 Orfãos - Braga: 1886-1894 Diretor Espiritual em S. Aprovação dos Escritos: 30-12-1971 Vicente de Fora: 1896-1903 Corpo de Deus: uma festa com mais de sete séculos esde o século XII, quase não há em Portugal cidade ou lugar que prescinda da celebração da festa do Corpo de DDeus, invocadora do “triunfo do amor de Cristo pelo Santíssimo Sacramento da Eucaristia”. A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como “Corpo de Deus”, começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios. Na origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento. Teria chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa de Corpo de Deus, embora o mistério e a festa da Eucaristia seja o Corpo de Cristo. Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60° dia após a Páscoa e forçosamente a uma Quinta-feira, fazendo assim a união íntima com a Última Ceia de Quinta-feira Santa. Em alguns países, no entanto, a solenidade é celebrada no Domingo seguinte. 34 Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respetivamente. Nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas só durante o tempo da missa e da comunhão. A conservação da hóstia consagrada fora prevista, originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes. Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração. No século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração. No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve- se fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento. A procissão do Corpo e Sangue de Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passar dos anos tornou-se a mais importante. Do desejo primitivo de “ver a hóstia” passou-se para uma festa da realeza de Cristo, na “Christianitas” medieval, em que a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens. Nos séculos XVI e XVII, a resposta às negações do movimento protestante que se expressou na fé e na cultura - arte, literatura e folclore - contribuiu para avivar e tornar significativas muitas das expressões da piedade popular para com a Eucaristia. A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina- se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo praticamente desaparecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de julho. A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a 35 veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo” (cân 944, §1). O cortejo processional da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo prolonga a Eucaristia: logo depois da missa, a hóstia nela consagrada é levada para fora do espaço celebrativo, a fim de que os fiéis deem testemunho público de fé e veneração ao Santíssimo Sacramento. A Igreja acredita que o Santíssimo Sacramento, ao passar no meio das cidades, promove expressões de amor e agradecimento por parte dos fiéis, sendo também para fonte de bênçãos. À semelhança das procissões eucarísticas, a festa do “Corpus Christi” termina geralmente com a bênção do Santíssimo Sacramento. Festas Litúrgicas A Ascensão do Senhor na vida do cristão epois do Senhor Jesus aparecer a seus discípulos, foi elevado ao céu. Este acontecimento marca a transição entre a glória de Cristo ressuscitado e a de Cristo exaltado à direita do Pai. Marca também a Dpossibilidade da humanidade entrar no Reino de Deus como tantas vezes Jesus anunciou. Desta forma, a ascensão do Senhor se integra no Mistério da Encarnação, que é o seu momento conclusivo. 36 Testemunhas de Cristo A Ascensão de Cristo é também o ponto de partida para começar a serem testemunhas e anunciadores de Cristo exaltado que voltou ao Pai para sentar-se à sua direita. O Senhor glorificado continua presente no mundo por meio da sua ação nos que creem na sua Palavra e deixam que o Espírito atue interiormente neles. O mandato de Jesus é claro e vigente: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda a criatura”. Por isso, a nova presença do Ressuscitado na Igreja faz com que os seus seguidores constituam a comunidade de vida e de salvação. 37 A força do Evangelho A Ascensão de Cristo ao céu não é o fim da sua presença entre os homens, mas o começo de uma nova forma de estar no mundo. A Sua presença acompanha com sinais a missão evangelizadora de seus discípulos. A comunidade póspascal necessitou de um tempo para reforçar a sua fé incipiente no Ressuscitado. A Ascensão é o fim da sua visi- bilidade terrena e o início de um novo tipo de presença entre nós. Missão da Igreja São Lucas, depois de escrever o seu Evangelho, empreende também com a inspiração divina a tarefa de redigir algo do que ocorreu depois de Jesus ressuscitar. É a história do início da Igreja, os tempos fundacionais nos quais a mensagem cristã começa a ser proclamada como uma doutrina nova e surpreendente que deveria transformar o mundo inteiro. Assim nos refere que o Senhor, antes de subir ao trono de sua glória e enviar-lhes a força avassaladora do Espírito, aparece-lhe uma e outra vez durante quarenta dias, para fortalecê-los na fé e entender-lhes na caridade, para animá-los com a mais viva esperança. Toma a tua Cruz Com a Ascensão, o mandato de Jesus cobra uma força singular, compreendendo o valor da Paixão e da Morte. A partir dessa nova perspetiva, a Cruz era a força e a sabedoria de Deus. A partir desse momento podia-se falar em perdão e conversão, sem duvidas do amor e do poder divino de Jesus.