Tese Eloisa2
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Conflito ambiental e existencial na comunidade dos pescadores de Porto Rico, Estado do Paraná. Item Type Thesis/Dissertation Authors Parolin, Eloisa Silva de Paula Publisher Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Biologia. Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais. Download date 27/09/2021 23:05:56 Link to Item http://hdl.handle.net/1834/10144 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS CONTINENTAIS ELOISA SILVA DE PAULA PAROLIN Conflito ambiental e existencial na comunidade dos pescadores de Porto Rico, Estado do Paraná Maringá 2007 ELOISA SILVA DE PAULA PAROLIN Conflito ambiental e existencial na comunidade dos pescadores de Porto Rico, Estado do Paraná Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais do Departamento de Biologia, Centro Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências Ambientais. Área de concentração: Ciências Ambientais. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Luzia Marta Bellini Maringá 2007 "Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)" (Biblioteca Setorial - UEM. Nupélia, Maringá, PR, Brasil) Parolin, Eloisa Silva de Paula, 1968- P257c Conflito ambiental e existencial na comunidade dos pescadores de Porto Rico, Estado do Paraná / Eloisa Silva de Paula Parolin. -- Maringá, 2007. 88 f. : il. (algumas color.). Tese (doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais)--Universidade Estadual de Maringá, Dep. de Biologia, 2007. Orientador: Prof.ª Dr.ª Luzia Marta Bellini 1. Ecologia humana - Pescadores de Porto Rico - Paraná (Estado). 2. Pescadores de Porto Rico, Comunidade de - Conflito existencial e sobrevivência - Paraná (Estado). 3. Pescadores de Porto Rico, Comunidade de - Paraná (Estado) - História oral. 4. Antropologia ecológica - Memória e natureza - Pescadores de Porto Rico - Paraná (Estado). I. Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Biologia. Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais. CDD 22. ed. -304.28098162 NBR/CIP - 12899 AACR/2 Maria Salete Ribelatto Arita CRB 9/858 João Fábio Hildebrandt CRB 9/1140 ELOISA SILVA DE PAULA PAROLIN Conflito ambiental e existencial na comunidade dos pescadores de Porto Rico, Estado do Paraná Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais do Departamento de Biologia, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências Ambientais pela Comissão Julgadora composta pelos membros: COMISSÃO JULGADORA Prof.ª Dr.ª Luzia Marta Bellini Nupélia/Universidade Estadual de Maringá (Presidente) Prof. Dr. Hélio Sochodolak Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) Prof. Dr. Jozimar Paes de Almeida Universidade Estadual de Londrina (UEL) Prof. Dr. Fábio Amôdeo Lansac-Tôha Nupélia/Universidade Estadual de Maringá Prof.ª Dr.ª Liliana Rodrigues Nupélia/Universidade Estadual de Maringá Aprovada em: 20 de março de 2007. Local de defesa: Anfiteatro Prof. “Keshiyu Nakatani”, Nupélia, Bloco G-90, campus da Universidade Estadual de Maringá. Para meus avós maternos Manoel e Abegail. Pessoas humildes, solidárias e com uma sabedoria extraordinária. AGRADECIMENTOS À Profª Drª Luiza Marta Bellini, orientadora e amiga, que nestes seis anos e meio juntas, esteve sempre ao meu lado, contribuindo com seus conselhos, com sua experiência de vida, e com o enorme conhecimento que possui. A confiança que depositou em mim foi um dos mais importantes estímulos para a realização deste trabalho. Se houvessem mais Martas Bellinis nas instituições de pesquisa brasileiras, a universidade com a qual sonhamos seria muito mais fácil de ser alcançada. Aos moradores da cidade de Porto Rico-Paraná, que gentilmente concordaram em partilhar suas memórias comigo, contribuindo de forma inestimável para a realização deste trabalho. À professora Sara Pereira Dantas pela colaboração prestada ao facilitar o nosso acesso a alguns dos moradores entrevistados. Aos funcionários da Universidade Estadual de Maringá, Alfredo Soares da Silva e Sebastião Rodrigues pela ajuda nos trabalhos de campo. À Aldenir Cruz de Oliveira atual secretária do Programa de Pós-Graduação pelo carinho e atenção com os quais sempre nos atendeu, e as ex-secretárias Cláudia A.C. Francisco e Márcia H. Leonel, que apesar da distância também permanecem em nosso coração. Aos funcionários da Biblioteca Setorial do Nupélia, Maria Salete Ribelatto Arita, João Fábio Hildebrandt e Márcia Regina Paiva pelo carinho com o qual sempre nos atenderam. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais, em especial a Prof.ª Dr.ª Liliana Rodrigues e ao Prof. Dr. Fábio A. Lansac-Tôha por atenderem prontamente os convites que lhes fizemos para participarem de nossa qualificação no mestrado e doutorado, contribuindo para nosso trabalho, com críticas e sugestões sempre muito construtivas. À professora Áurea Viana de Andrade, chefe do Departamento de Geografia da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão, por compreender a minha ausência em sala de aula neste início de ano letivo, e contornar a situação no Departamento e na sala de aula. Aos professores Edson N. Yokoo e José Antônio da Rocha, do Departamento de Geografia da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão, pelas sugestões bibliográficas. À Maycon e Mateus Gozer, Otávio Longo Ferlin, Mauro Parolin e Elisa Silva de Paula, pelo apoio dado na transcrição das entrevistas. À Elisa Silva de Paula pela leitura e revisão gramatical do texto. Aos meus tios, tias, primos e primas maternos, por compreenderem a minha ausência e estarem sempre ao meu lado, incentivando-me. À meus pais Eloina Silva de Paula e Luiz Cassiano de Paula, in memorian , pelo amor e dedicação, e acima de tudo por terem me incentivado a estudar desde pequena, a paixão pelos livros e o amor pelo conhecimento: lhes serei eternamente grata. Aos meus irmãos que considero as pessoas mais especiais do mundo: Eliane, Luiz Antônio, Leandro e Elisa. Sinto-me a pessoa mais “sortuda” do mundo por tê-los como irmãos e amigos: amo muito vocês. Aos meus cunhados e cunhadas: Jair, Evanise, Gilmara, Tuti e Nilton pela amizade e apoio que sempre me dispensaram, e pelas palavras de incentivo. Aos meus sobrinhos e sobrinhas, crianças e adolescentes maravilhosos: Renan, Vivi, Miguelzinho, Carol, Juju, Zézi, Drei, Vinícius e ao Gabriel, meu pequeno companheirinho de viagens: agora nós dois poderemos fazer aquela lista de coisas divertidas para fazermos em Maringá. À família de meu irmão Luiz, Gil e as crianças, por terem me recebido em Florianópolis no segundo semestre de 2005, para que pudesse cursar uma disciplina no programa de Pós- Graduação em Filosofia na UFSC. Foi muito bom conviver com vocês naquele período! À Mauro: Existem muitos tipos de prisões sob as quais encerramos nossas consciências, e a mais cruel das ironias é o fato de que somos os únicos a criá-las, e portanto, somos também os únicos a termos as chaves que nos permitirão conquistar a liberdade. Nestes últimos vinte e dois anos de convivência, você tem sido os raios de luz que, atravessando insistentemente por entre as pequenas frestas das “gigantescas” paredes imaginárias, alimentam a esperança de um dia, em um amanhecer ou anoitecer quaisquer, as grades que nos separam do mundo sejam finalmente rompidas. Todos os vivos se tocam e todos cedem ao mesmo formidável impulso. O animal encontra seu ponto de apoio na planta, o homem cavalga na animalidade e a humanidade inteira, no espaço e no tempo, é um imenso exército que galopa ao lado de cada um de nós, na nossa frente e atrás de nós, numa carga contagiante, capaz de pulverizar todas as resistências e franquear muitos obstáculos, talvez mesmo a morte. (HENRI BERGSON) Conflito ambiental e existencial na comunidade dos pescadores de Porto Rico, Estado do Paraná RESUMO A pesquisa com a memória individual/coletiva permite ao pesquisador das diversas áreas sociais abrange os homens em seu espaço original de ação, criação e representação do mundo, uma vez que é na intersecção entre a memória individual e a memória coletiva, que se estabelecem os conflitos, as interpretações, e as atitudes dos homens frente às profundas contradições que permeiam a existência. Inicialmente, a pesquisa tinha por objetivo discutir a pertinência da identidade entre o conflito ambiental e o conflito existencial na relação entre os pescadores de Porto Rico, PR, com a natureza. Contudo, o contato com a população local nos levou a incluir um grupo muito especial que compõe essa comunidade: as mulheres. As primeiras entrevistas nos revelaram a participação expressiva das mulheres na atividade pesqueira da região. Desta forma, envolvemos a história de vida das pescadoras e ex- pescadoras da região. A recuperação e o registro da memória individual/coletiva foram realizados por meio de entrevistas em cuja elaboração e aplicação utilizamos as técnicas da história oral, com um roteiro de perguntas semiestruturadas. Na análise das entrevistas, foi possível verificar a presença de conflitos existenciais sob os conflitos dos moradores de Porto Rico diante das alterações do meio ambiente em que vivem, da ausência de políticas públicas que compreendam a importância de se preservar as comunidades humanas de uma extinção iminente, e da presença de legislações ambientais