Imprensa Internacional Sobre Angola Janeiro - Fevereiro 2006

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Imprensa Internacional Sobre Angola Janeiro - Fevereiro 2006 Imprensa internacional sobre Angola Janeiro - Fevereiro 2006 VOA 24 February Há petróleo para mais 25 anos A Sociedade Nacional de Combustível (SONANGOL) tem asseguradas reservas de hidrocarbonetos avaliadas em 12.5 biliões de barris que correspondem a 25 anos de exploração o que sustenta a pretensão de aumentar a sua produção diária para 2 milhões de barris por dia a partir de 2008, anunciou hoje a sua direcção . Em festa pela passagem do seu trigésimo aniversário, Manuel Vicente(na foto) e sua equipe directiva, chamou a imprensa para uma conferência de imprensa em um dos hotéis da capital, e falou dos desafios a que a SONANGOL se propõe para os próximos anos, a libertação de alguns negócios fora do seu objecto social e a promoção do empresariado nacional. «Nós vamos produzir em 2008 cerca de 2 milhões de barris por dia e a nossa perspectiva é continuar a incrementar a exploração para continuarmos a crescer. Portanto, estamos a falar em números conservadores, se continuarmos a ter o nivel de sucesso que temos tido a nivel da exploração, eu diria que poderemos assistir a um número superior a estes. Em termos de perspectiva vamos continuar a incentivar a exploração no sentido de continuarmos a ter pelo menos para manter o patamar ou subirmos. A nossa perspectiva não é ficar por aqui, eu diria que gostaria que em 2010 não fosse esse, esta é a nossa perspectiva, em 2010 vai acabar por ser. Mas diria que para os anos seguintes nós vamos continuar a incrementar, alias a razão de estarmos a por em concurso novas concepções é porque o sentido é aumentarmos cada vez mais as nossas reservas e podermos manter este patamar. Claro está que procuramos manter sempre um rácio reservas de produção na ordem dos 15 anos». Em termos de reservas confirmadas, o engenheiro Brito delegado pelo PCA da SONANGOL disse aos jornalistas haver petróleo para mais 25 anos. «A SONANGOL tem planos ou seja tem feito pesquisa em vários domínios, nós estamos actualmente a trabalhar para repôr as nossas reservas consumidas. Estamos a atacar agora o on-shore de Angola, as bacias interiores e pensamos que em termos de reservas actualmente provadas, nós estamos em 12.5 bilhões de barris. Mas digamos que pelo que temos nós podemos produzir mais do 25 anos». O nível de negócios entre a SONANGOL e empresas estrangeiras atingiu já um nivel de desenvolvimento e aceitação que deixa o emergente empresariado nacional a muitos anos luz de distância, daí a razão de mais facilmente serem os estrangeiros a vencerem os concursos, explicou Sianga Abílio. «Nós lidamos com as várias empresas estrangeiras que operam no nosso país, constituímos um comité que chamamos de «Local contacte onde participam estas empresas, formamos subgrupos e dividimos em quatro grandes pilares que deverão ditar as linhas de força do local contacte do sector petrolífero. Das linhas de força o que é importante destacar e a constituição de um centro para poder ajudar o empresariado nacional. Pensamos que o sector tem a sua especificidade em termos tecnológicos então é preciso conduzir um processo de formação educação forma de apresentar as propostas tudo isso, duma maneira geral o processo decorre normalmente há um envolvimento bastante grande não só das companhias que são nossos parceiros como também das empresas nacionais que se mostraram interessada em participar no sector petrolífero». A quotização da SONANGOL na futura Bolsa de Valores de Angola é um assunto fora de questão, explica o seu PCA Manuel Vicente, adiantando que a sua entrada para o mercado de capitais deverá passar primeiro pela África do Sul e depois EUA. «A SONANGOL-EP não vai ficar cotada na bolsa de valores de Angola, algumas das suas subsidiárias sim, essas é que vão para a bolsa de valores de Angola. A SONANGOL-EP vai ser sócia da sociedade que está a constituir a bolsa mas, portanto que vai ser cotada são algumas das suas subsidiárias. Em termos de enquadramento nas bolsas internacionais há um trabalho que está a ser na SONANGOL e que já iniciou a dois anos que nós chamamos internamente saneamento financeiro da companhia e a obtenção de um relatório internacional de auditoria sem reservas. É tambem nossa perspectiva a colocação ou estabelecimento de um ranking internacional para a SONANGOL portanto, todas essas acções estão em curso a nossa perspectiva é primeiro alistarmo-nos numa bolsa internacional que em princípio deverá ser a bolsa de Joanesburgo e depois partirmos então para a Nova Iorque, mas isto é uma perspectiva e é um calendário que está fixado no nosso programa 2005/2010». Agora é definitivo, ouvimos de Manuel Vicente que a construção da refinaria é uma questão de dias. «Quero lhe asseverar que este ano e, estou convencido que dentro de um mês vamos assinar o acordo de sócios para a construção da refinaria. A refinaria vai ser feita num acordo bipartido entre a SONANGOL e a sua associada a SONOTEC». A SONANGOL é a maior empresa pública de Angola, tendo iniciado em 1976 a sua produção com cerca de 1000 barris/dia hoje 30 anos depois põe no mercado um milhão e trezentos mil barris. Cresce o número de delegações do ocidente interessadas em fazer negócios em Angola O ministro Ajunto do Primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime, disse esta sexta-feira, que aumentou o número de delegações da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Japão interessadas em fazer negócio em Angola. Falando a partir da Suiça, onde participou numa reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), Aguinaldo Jaime, assegurou que tal interesse é resultado do bom desempenho da economia angolana. De acordo com o governante, o interesse recaio sobre as regras a aplicar quando empresários dos seus países querem habilitar-se ao investimento, que tipos de barreiras existem, isso no que toca as alfândegas e que legislação em matéria de inspecção pré-embarque e pôs embarque. Em suma, acrescentou, a preocupação foi conhecer em profundidade todas as regras que habilitem os empresários oriundos destes países a entrarem no mercado angolano e realizarem os seus negócios. Por conseguinte, o governante angolano, afirmou, que a Organização Mundial do Comércio (OMC), elogiou a política económica e a estratégia comercial do governo de Angola. “Ouvimos palavras de incentivos, de encorajamento e de reconhecimento também dos bons resultados, que as políticas governamentais têm alcançado no terreno ”- disse. Feb 17, 23:37 Fonte:RNA Número de despedimentos cresce de forma assustadora no Porto de Luanda Continua a crescer o número de despedimentos e reformados na principal unidade portuária do país. Muitos deles, segundo à Rádio Ecclésia, estão a ser forçados a ir para reforma com uma pensão de dois mil kwanzas. Em declarações a àquela estação radiofónica, o conselho de Administração daquela empresa justificou a medida, como processo de modernização. O Sindicato dos Marítimos e Afins (SIMA), acusa a direcção da unidade empregadora de a estar a afastar de todo este processo. Tomás Costa, o Secretário-geral do SIMA, disse que existe falta de abertura por parte do Conselho da Administração do Porto de Luanda. No seu entender, não se pode atirar uma pessoa que deu muito de si enquanto jovem, para a sucata humana. “ O porto não aceita negociar connosco, o porto está a excluir o Sindicato deste processo” , frisou, acrescentando que não existe lei alguma, que refere que aquela unidade empregadora pode afastar a organização sindical . “ Existem no porto, trabalhadores com uma série de décadas de trabalho a irem para reforma com 1.400 KZ a 2.000 KZ de reforma ”, lastimou. “Nós verificamos aqui que as pessoas que dirigem a direcção do porto têm bons carros, carros bonitos, vivem bem, então como é que ele vai deixar o seu irmão ir para sucata humana? quando ele têm um carro bonito ”, deplorou. Por sua vez Sílvio Vinhas, Presidente da Administração do Porto de Luanda, realçou ser natural haver alguns conflitos, no entanto, seu entender quando se dirige estruturas com um número elevado de trabalhadores, nem sempre tudo é bem entendido. Segundo o responsável, a verdade é que a direcção que dirige tem consciência do seu trabalho e que as suas atitudes têm sido correctas. Feb 17, 23:31 Fonte:Rádio Ecclésia 060218 Nguema perspectiva um rico intercâmbio Santos Vilola O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, afirmou ontem, em Luanda, que a visita de Estado que efectuou a Angola vai permitir manter um “ rico intercâmbio de experiências, assentando a cooperação bilateral e de interesse comum nos diversos sectores em bases firmes ”. O Chefe de Estado equato-guineense, que termina hoje uma visita de trabalho de três dias ao país, discursava ontem numa sessão extraordinária da Assembleia Nacional, por ocasião da sua visita a Angola, momentos depois de ter depositado uma coroa de flores no monumento a Agostinho Neto. Obiang Nguema disse esperar que os acordos de cooperação bilateral venham a impulsionar a cooperação entre os dois países. No âmbito do intercâmbio de experiências entre Angola e a Guiné Equatorial, Obiang Nguema indicou que deve ser ressaltada a importância que se reserva ao papel e responsabilidade dos parlamentos nacionais dos dois países para inculcar nas consciências dos dois povos e sociedades a cultura de paz, diálogo, tolerância e concertação para a assunção de valores de democracia e fortalecimento das instituições democráticas. Entretanto, o presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, na sua mensagem de boas-vindas dirigida ao Presidente Nguema, disse desejar que a visita do Chefe de Estado equato-guineense venha a traduzir-se no reforço das relações de cooperação parlamentar entre Angola e a Guiné Equatorial. O Chefe de Estado equato-guineense disse ter constatado que, depois de tantos anos a trabalhar com alguns países que dizem ser amigos de outros na cooperação, estes não ajudaram a resolver os problemas espinhosos que afectam o desenvolvimento dos povos.
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