Imprensa internacional sobre Janeiro - Fevereiro 2006

VOA

24 February

Há petróleo para mais 25 anos

A Sociedade Nacional de Combustível (SONANGOL) tem asseguradas reservas de hidrocarbonetos avaliadas em 12.5 biliões de barris que correspondem a 25 anos de exploração o que sustenta a pretensão de aumentar a sua produção diária para 2 milhões de barris por dia a partir de 2008, anunciou hoje a sua direcção .

Em festa pela passagem do seu trigésimo aniversário, (na foto) e sua equipe directiva, chamou a imprensa para uma conferência de imprensa em um dos hotéis da capital, e falou dos desafios a que a SONANGOL se propõe para os próximos anos, a libertação de alguns negócios fora do seu objecto social e a promoção do empresariado nacional.

«Nós vamos produzir em 2008 cerca de 2 milhões de barris por dia e a nossa perspectiva é continuar a incrementar a exploração para continuarmos a crescer.

Portanto, estamos a falar em números conservadores, se continuarmos a ter o nivel de sucesso que temos tido a nivel da exploração, eu diria que poderemos assistir a um número superior a estes. Em termos de perspectiva vamos continuar a incentivar a exploração no sentido de continuarmos a ter pelo menos para manter o patamar ou subirmos. A nossa perspectiva não é ficar por aqui, eu diria que gostaria que em 2010 não fosse esse, esta é a nossa perspectiva, em 2010 vai acabar por ser. Mas diria que para os anos seguintes nós vamos continuar a incrementar, alias a razão de estarmos a por em concurso novas concepções é porque o sentido é aumentarmos cada vez mais as nossas reservas e podermos manter este patamar. Claro está que procuramos manter sempre um rácio reservas de produção na ordem dos 15 anos».

Em termos de reservas confirmadas, o engenheiro Brito delegado pelo PCA da SONANGOL disse aos jornalistas haver petróleo para mais 25 anos.

«A SONANGOL tem planos ou seja tem feito pesquisa em vários domínios, nós estamos actualmente a trabalhar para repôr as nossas reservas consumidas. Estamos a atacar agora o on-shore de Angola, as bacias interiores e pensamos que em termos de reservas actualmente provadas, nós estamos em 12.5 bilhões de barris. Mas digamos que pelo que temos nós podemos produzir mais do 25 anos».

O nível de negócios entre a SONANGOL e empresas estrangeiras atingiu já um nivel de desenvolvimento e aceitação que deixa o emergente empresariado nacional a muitos anos luz de distância, daí a razão de mais facilmente serem os estrangeiros a vencerem os concursos, explicou Sianga Abílio.

«Nós lidamos com as várias empresas estrangeiras que operam no nosso país, constituímos um comité que chamamos de «Local contacte onde participam estas empresas, formamos subgrupos e dividimos em quatro grandes pilares que deverão ditar as linhas de força do local contacte do sector petrolífero.

Das linhas de força o que é importante destacar e a constituição de um centro para poder ajudar o empresariado nacional. Pensamos que o sector tem a sua especificidade em termos tecnológicos então é preciso conduzir um processo de formação educação forma de apresentar as propostas tudo isso, duma maneira geral o processo decorre normalmente há um envolvimento bastante grande não só das companhias que são nossos parceiros como também das empresas nacionais que se mostraram interessada em participar no sector petrolífero».

A quotização da SONANGOL na futura Bolsa de Valores de Angola é um assunto fora de questão, explica o seu PCA Manuel Vicente, adiantando que a sua entrada para o mercado de capitais deverá passar primeiro pela África do Sul e depois EUA.

«A SONANGOL-EP não vai ficar cotada na bolsa de valores de Angola, algumas das suas subsidiárias sim, essas é que vão para a bolsa de valores de Angola. A SONANGOL-EP vai ser sócia da sociedade que está a constituir a bolsa mas, portanto que vai ser cotada são algumas das suas subsidiárias.

Em termos de enquadramento nas bolsas internacionais há um trabalho que está a ser na SONANGOL e que já iniciou a dois anos que nós chamamos internamente saneamento financeiro da companhia e a obtenção de um relatório internacional de auditoria sem reservas. É tambem nossa perspectiva a colocação ou estabelecimento de um ranking internacional para a SONANGOL portanto, todas essas acções estão em curso a nossa perspectiva é primeiro alistarmo-nos numa bolsa internacional que em princípio deverá ser a bolsa de Joanesburgo e depois partirmos então para a Nova Iorque, mas isto é uma perspectiva e é um calendário que está fixado no nosso programa 2005/2010». Agora é definitivo, ouvimos de Manuel Vicente que a construção da refinaria é uma questão de dias.

«Quero lhe asseverar que este ano e, estou convencido que dentro de um mês vamos assinar o acordo de sócios para a construção da refinaria. A refinaria vai ser feita num acordo bipartido entre a SONANGOL e a sua associada a SONOTEC».

A SONANGOL é a maior empresa pública de Angola, tendo iniciado em 1976 a sua produção com cerca de 1000 barris/dia hoje 30 anos depois põe no mercado um milhão e trezentos mil barris.

Cresce o número de delegações do ocidente interessadas em fazer negócios em Angola

O ministro Ajunto do Primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime, disse esta sexta-feira, que aumentou o número de delegações da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Japão interessadas em fazer negócio em Angola.

Falando a partir da Suiça, onde participou numa reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), Aguinaldo Jaime, assegurou que tal interesse é resultado do bom desempenho da economia angolana. De acordo com o governante, o interesse recaio sobre as regras a aplicar quando empresários dos seus países querem habilitar-se ao investimento, que tipos de barreiras existem, isso no que toca as alfândegas e que legislação em matéria de inspecção pré-embarque e pôs embarque.

Em suma, acrescentou, a preocupação foi conhecer em profundidade todas as regras que habilitem os empresários oriundos destes países a entrarem no mercado angolano e realizarem os seus negócios.

Por conseguinte, o governante angolano, afirmou, que a Organização Mundial do Comércio (OMC), elogiou a política económica e a estratégia comercial do governo de Angola. “Ouvimos palavras de incentivos, de encorajamento e de reconhecimento também dos bons resultados, que as políticas governamentais têm alcançado no terreno ”- disse.

Feb 17, 23:37 Fonte:RNA

Número de despedimentos cresce de forma assustadora no Porto de Luanda

Continua a crescer o número de despedimentos e reformados na principal unidade portuária do país. Muitos deles, segundo à Rádio Ecclésia, estão a ser forçados a ir para reforma com uma pensão de dois mil kwanzas.

Em declarações a àquela estação radiofónica, o conselho de Administração daquela empresa justificou a medida, como processo de modernização. O Sindicato dos Marítimos e Afins (SIMA), acusa a direcção da unidade empregadora de a estar a afastar de todo este processo. Tomás Costa, o Secretário-geral do SIMA, disse que existe falta de abertura por parte do Conselho da Administração do Porto de Luanda. No seu entender, não se pode atirar uma pessoa que deu muito de si enquanto jovem, para a sucata humana. “ O porto não aceita negociar connosco, o porto está a excluir o Sindicato deste processo” , frisou, acrescentando que não existe lei alguma, que refere que aquela unidade empregadora pode afastar a organização sindical .

“ Existem no porto, trabalhadores com uma série de décadas de trabalho a irem para reforma com 1.400 KZ a 2.000 KZ de reforma ”, lastimou. “Nós verificamos aqui que as pessoas que dirigem a direcção do porto têm bons carros, carros bonitos, vivem bem, então como é que ele vai deixar o seu irmão ir para sucata humana? quando ele têm um carro bonito ”, deplorou.

Por sua vez Sílvio Vinhas, Presidente da Administração do Porto de Luanda, realçou ser natural haver alguns conflitos, no entanto, seu entender quando se dirige estruturas com um número elevado de trabalhadores, nem sempre tudo é bem entendido. Segundo o responsável, a verdade é que a direcção que dirige tem consciência do seu trabalho e que as suas atitudes têm sido correctas.

Feb 17, 23:31 Fonte:Rádio Ecclésia

060218 Nguema perspectiva um rico intercâmbio

Santos Vilola

O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, afirmou ontem, em Luanda, que a visita de Estado que efectuou a Angola vai permitir manter um “ rico intercâmbio de experiências, assentando a cooperação bilateral e de interesse comum nos diversos sectores em bases firmes ”. O Chefe de Estado equato-guineense, que termina hoje uma visita de trabalho de três dias ao país, discursava ontem numa sessão extraordinária da Assembleia Nacional, por ocasião da sua visita a Angola, momentos depois de ter depositado uma coroa de flores no monumento a Agostinho Neto. Obiang Nguema disse esperar que os acordos de cooperação bilateral venham a impulsionar a cooperação entre os dois países. No âmbito do intercâmbio de experiências entre Angola e a Guiné Equatorial, Obiang Nguema indicou que deve ser ressaltada a importância que se reserva ao papel e responsabilidade dos parlamentos nacionais dos dois países para inculcar nas consciências dos dois povos e sociedades a cultura de paz, diálogo, tolerância e concertação para a assunção de valores de democracia e fortalecimento das instituições democráticas. Entretanto, o presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, na sua mensagem de boas-vindas dirigida ao Presidente Nguema, disse desejar que a visita do Chefe de Estado equato-guineense venha a traduzir-se no reforço das relações de cooperação parlamentar entre Angola e a Guiné Equatorial. O Chefe de Estado equato-guineense disse ter constatado que, depois de tantos anos a trabalhar com alguns países que dizem ser amigos de outros na cooperação, estes não ajudaram a resolver os problemas espinhosos que afectam o desenvolvimento dos povos. “ As promessas que fazem não incidem positivamente no desenvolvimento das nossas nações. Por isso, Angola e a Guiné Equatorial devem levar a cabo uma política económica vantajosa que permita o auto-sustento mútuo ”, referiu. Teodoro Obiang Nguema considera que as independências políticas dos dois países seriam fictícias e efémeras se não se trabalhasse para o alcance da independência económica, para sair da dependência a que vários países têm sido submetidos pelos ex-colonizadores e por países detentores de poder económico. “ Angola e a Guiné Equatorial têm recursos naturais que podem contribuir para o seu desenvolvimento económico e social, eliminar a pobreza e alcançar a prosperidade ”, disse. As guerras, tentativas de desestabilização e a desordem dos países, de acordo com Obiang Nguema, são causadas por políticas neocolonialistas dos que ambicionam a recuperação dos recursos dos países pobres. Obiang Nguema lembrou que foi de Angola onde saiu o alerta para uma tentativa mercenária de desestabilização do seu país, agradecendo os esforços do Governo angolano. Obiang Nguema referiu que os dois países devem assumir as suas responsabilidades, mantendo a soberania nacional, consolidação dos sistemas democráticos estabelecidos nos dois países. A terceira visita de trabalho de Teodoro Obiang Nguema a Angola foi marcada ontem por uma jornada de campo, que começou no Centro de Lapidação de Diamantes, a Sul de Luanda. Acompanhado pelo ministro dos Transportes, André Luís Brandão, Obiang Nguema, acompanhado da esposa, Constance Nguema, visitou igualmente a estação de tratamento de água Luanda-Sudeste. Esta estação deverá produzir nos próximos dois meses cerca de 216 mil metros cúbicos de água para dois milhões de habitantes. Actualmente com capacidade para produção de 129 mil metros cúbicos, a estação abastece os bairros Palanca, Popular, Terra Nova e o município da Maianga. Teodoro Obiang Nguema visitou ainda o Projecto Residencial Zango, que vai conter 26 mil e 600 unidades de alojamento de baixa renda numa área de 1.100 hectares para 160 mil pessoas. No Zango já existem três mil casas geminadas construídas. Nguema tem mais cinco anos na presidência da Guiné Equatorial. Eleito em 2003, Obiang Nguema é o actual líder do Partido Democrático da Guiné Equatorial, actualmente no poder. A Guiné Equatorial tem 14 partidos políticos na oposição.

OMC elogia desempenho do Governo de Angola

O desempenho económico do Governo angolano foi elogiado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, no final de uma sessão especial dedicada à política comercial angolana, na quinta-feira. Angola está representada na reunião do Mecanismo de Exame às Políticas Comerciais da OMC (MEPC) com uma delegação governamental chefiada pelo ministro adjunto do primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime. Depois de ter apresentado terça-feira as grandes linhas da estratégia comercial do Governo angolano, Aguinaldo Jaime respondeu as questões colocadas pelos membros do MEPC, num debate que foi considerado pelos observadores como extremamente proveitoso. Segundo comentaram observadores presentes, Angola apresenta indicadores económicos bastante positivos, nomeadamente no que diz respeito ao controlo e estabilidade da inflação e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o que poderá vir a ter reflexos na qualidade de vida das populações. Por outro lado, os observadores reconheceram que o Governo angolano está consciente que o crescimento económico sustenta-se, em parte, nos recursos naturais e que o mesmo não ignora a necessidade de desenvolver, através dos seus programas, sectores como a indústria, agricultura, pescas, comércio e outros. No âmbito da participação angolana nesta sessão especial da OMC, o ministro adjunto do primeiro- ministro reuniu-se terça-feira com o secretário-geral da CNUCED, Supachai Panitchpakdi, e visitou o Centro de Comércio Internacional de Genebra. Com o secretário-geral da CNUCED, Aguinaldo Jaime abordou questões relativas à assistência técnica que a CNUCED tem vindo a fornecer a Angola, em particular ao programa de apoio ao sector empresarial e o programa “ Train Trade ” de reforço das capacidades relacionadas com o comércio. Integram a delegação angolana o ministro do Comércio, Joaquim Muafumba, o vice-ministro do Comércio, Cruz Neto, vice-ministro da Indústria, Abraão Gourgel, e vice-ministro do Planeamento, Carlos Lopes Alberto, e altos funcionários da administração do Estado. O embaixador e representante permanente de Angola junto da ONU e da OMC em Genebra, Arcanjo do Nascimento, e o embaixador de Angola na Confederação Suíça, Apolinário Correia, fizeram também parte da delegação angolana ao encontro.

Ja061218 Nova empresa de consultoria entra no mercado

Uma nova empresa de consultoria em engenharia civil denominada Afrifase foi apresentada em cerimónia realizada numa das unidades hoteleiras da capital angolana. Para o engenheiro Fernando Leal Machado, a constituição da Afrifase significa, acima de tudo, o acreditar de investidores portugueses no mercado angolano e a aposta no crescimento de uma empresa, a Africonsult Lda., que já operava em território no país há mais de 12 anos. O mercado angolano, segundo o engenheiro, está a crescer muito e é cada vez mais exigente no que concerne à qualidade, por isso a Africonsult sentiu que precisava crescer juntando-se a outras duas empresas portuguesas: a SIPCA e a FASE. O investimento autorizado pela Agência Nacional de Investimentos (ANIP) está avaliado em cerca de 400 mil dólares. A Afrifase é uma empresa de direito angolano e está vocacionada para elaboração de projectos, fiscalização e gestão de obras de engenharia. “ Nós temos muitas obras em curso, para bancos nacionais, ministérios da Justiça e da Defesa, loteamentos e muitas fiscalizações ”. Neste momento, a Afrifase já está em Malanje e brevemente irá para o Namibe e Huambo, onde já possui trabalhos adjudicados. A nova empresa emprega 20 pessoas entre as quais seis engenheiros angolanos. A Afrifase resultou do casamento de três empresas, a Africonsult, FASE e a SIPCA. A Africonsult Lda é uma empresa de direito angolano de prestação de serviço nos mais variados domínios da engenharia e arquitectura. A empresa foi constituída em 1992, como uma sociedade por quotas. Já desenvolveu trabalhos em Angola, Moçambique e São Tomé Príncipe desde 1968. A FASE - Estudos e Projectos, S.A. é uma empresa de serviços de engenharia e Arquitectura, fundada no Porto em 1979. Vocacionada inicialmente para projectos industriais e para a instalação de edifícios foi ao longo dos anos ampliando a sua acção aos projectos de construção civil, arquitectura, infra-estruturas, gás natural e à gestão de projectos e da construção. Posteriormente estendeu a sua actividade aos domínios das vias de comunicação, água e ambiente. Trabalhou em países como Brasil e Macau. A SIPCA Consultores de Engenharia, S.A é uma empresa portuguesa de prestação de serviço nos mais variados domínios de engenharia. Constituída em 1991, por um conjunto de profissionais com experiência em trabalhos de consultoria, realizaram e dirigiram trabalhos principalmente em áreas de infra-estruturas rodoviárias básicas e de estruturas (edifícios e pontes). No estrangeiro já trabalharam em São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Macau.

PR exonera e nomeia vice-governadores

O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, exonerou ontem, por decreto, os vice-governadores das províncias de Cabinda, Uíge e Namibe. De acordo com uma nota dos Serviços de Apoio à Presidência da República, foram exonerados António Goma, da província de Cabinda, Mendes Domingos e António João “ Socolov ”, ambos do Uíge, e José Gabriel Alberto, do Namibe. Por outro lado, o Presidente da República nomeou para vice-governadores provinciais Ana Maria Mvuayi (Bié), Feliciano Lopes Toco (Cabinda), José Maria Durbalino de Carvalho (Malange), Augusto Justino (Uíge), Miguel Cutoca Lufulo (Uíge) e Maria dos Anjos Mahove (Namibe).

060218-25 Privatização do petróleo em contagem decrescente

Em menos de um mês já se saberá quem, entre angolanos e estrangeiros, passou a primeira prova de admissão para os blocos 1, 5, 6, 15,17,18 e 26 colocados no mercado pela SONANGOL, em Novembro passado.

Concorreram a estas concessões 29 operadoras estrangeiras e 22 não operadoras angolanas. À altura do lançamento do concurso a competição parecia renhida. Uma mudança de posição da SONANGOL e reticências de alguns candidatos estrangeiros poderão mudar o desfecho do concurso.

Atenta ao que se passou na Nigéria onde a maior parte dos candidatos locais não tinha «dinheiro para pagar um lanche a um pássaro», a petrolífera angolana teria elevado a fasquia, gesto com o qual tirou do caminho alguns interessados. E para tal, a Sonangol não precisou de subir preços. «À notícia de que a partir daqui seria a doer, ou seja, ninguém deveria contar com dinheiro da Sonangolpara esta empreitada, alguns preferiam bater em retirada» soube SA de fonte bem informada.

O primeiro passo para admissão era o levantamento, na sede da petrolífera estatal, de um caderno de encargos de 70 mil dólares. «Quase todos fizeram isso sem problemas», disse uma fonte bem informada.

O cenário mudou um pouco mais quando a Sonangolfez a pré-selecção de que resultou a escolha de meia dúzia de companhias locais bem «encostadas». Por outro lado, o receio de que a Sonangol pudesse ser forçada politicamente a dividir o mal pelas aldeias, isto é, agradar a gregos e a troianos, fazendo prevalecer mais a política do que o mercado, levou alguns operadores estrangeiros a saírem da corrida.

Em boa verdade, disse uma fonte, estes candidatos estão a resguardar-se para o concurso que envolverá blocos da bacia do Kwanza, manifestamente menos disputados. Algumas destas empresas estavam em vias de constituir joint-venture com angolanos, pressuposto que será levado em conta pela Sonangolquando fizer o remate final do concurso.

Seja como for, a Sonangol está animadíssima com os pré- seleccionados. Passam à próxima fase da alienação de blocos a Angola Consulting Resources, Acr gerida por Carlos Amaral, ex-BP, ex-ministério dos Petróleos, ex- PetroFina e ex-Norsk Hydro. A Acr é detida em 40 por cento pela companhia britânica Terra Energy. Carlos Amaral detém 32.r por cento, sendo o restante repartido entre o Banco Efisa (20 por cento) e o Bpc (7.5 por cento).

A lista de pré-finalistas inclui, ainda, a multinacional norueguesa Inter Oil Exploration liderada por Nils Trulsvik, que até pouco tempo geria a Force Petroleum, FP. A FP detém 20 por cento do bloco sul de Cabinda. Tem entre os seus accionistas a Fundação Angolana de Solidariedade Social (Fundanga), liderada por Desidério Guerra, ministro dos Petróleos, José Guerra, solicitador português ligado a vários notáveis angolanos, e a Virgin Islands, que entra nesta sociedade com o nome de Kakadu Holdings.

Com todos estes concorrem também a Falcon Oil, de António Mbakassy - participada por Pierre Falcone, e titular de 10 por cento do bloco 33 - e o grupo Gema manifestamente o mais forte do ponto de vista político. Fazem parte deste grupo António Pitra Neto, vice- presidente do Mpla, e ministro da Administração Pública Empresa e Segurança Social, José Leitão e Carlos Feijó, ambos ex-chefes da Casa Civil do PR. Simão Júnior, antigo funcionário da sede do Mpla e, Joaquim Carlos dos Reis Júnior, «Joca», actual secretário do Conselho de Ministros. À data do lançamento do concurso o grupo Gema estava em consultas com a multinacional chinesa Ken FAt para a constituição de uma joint-venture que deveria concorrer a uma participação na Sonaref, nome porque será conhecida a refinaria que a Sonangol vai erguer no Lobito.

A Wodege, a mais discreta companhia privada de petróleos angolana, A Prodoil, de Marta dos Santos, irmã mais velha do PR, e a Initial Oil & Gás, constituída por antigos executivos da Sonangol, nomeadamente, Joaquim David, Hermínio Escórcio, Viegas de Abreu, Lago de Carvalho, Jaime Freitas, J. Van Destr e Amadeu Maurício, compõem o ramalhete.

Lago de Carvalho e Van Destr, que no passado foi um dos patrões da Sonangol, estiveram em Dezembro passado em Houston, Texas, em consultas com potenciais interessados na constituição de joint-venture para esta empreitada.

Analistas do sector petrolífero disseram ao SA que o maior problema da Sonangol será equilibrar os interesses de grandes actores como a Chevron, Exxon Mobil, Total e BP, que controla os blocos 0,15, 17 e 18, com a necessidade de assegurar investimentos para a refinaria do Lobito, que se espera venha a produzir 200 mil barris por dia. Executivos da Sonangol admitem ter sentido alguma retracção por parte das grandes multinacionais em relação à refinaria, levando a petrolífera angolana a considerar opções com a indiana India Oil & Gas e companhias chinesas, todas elas sem grande experiência em operações em águas profundas. O estabelecimento de um «linkage» entre os blocos em águas profundas e a refinaria poderia levar alguns interessados a recuarem, como aconteceu na Nigéria, onde o governo foi forçado a renegociar o bónus que esperava receber.

Lista de espera

Um pouco à semelhança do que se passou primeiro com as quintas e mais recentemente com os diamantes, a corrida ao petróleo também começa a resultar num engarrafamento e, por via disso, numa exclusão.

Não sendo exactamente um negócio barato como a camanga, não tem sido, contudo, difícil para o Presidente da República - é ele quem decide - acomodar aqueles que conseguem levar os seus pedidos à sua mesa.

Ainda assim já se assiste à constituição de uma lista de espera. E convenhamos quem nem todos estão contentes. Se, por um lado, a entrada da Majofa, de Afonso Mbinda, Brito Sozinho, Silva Neto, Octávio dos Santos - sobrinho do PR - é uma questão de tempo, afinal os padrinhos são para isso, outros como a Poliedro, que reúne, entre outros, Roberto de Almeida, Generoso de Almeida, Celestino Dias, Ismael Martins, Noé Saúde, Sousa e Santos, Mambo Café, Ruth Neto, Bornito de Sousa e Pedro Filipe começam a dar sinais de impaciência.

Excluídos deste «round», estes políticos-empresários teriam sido aconselhados a aguardarem pelos blocos da bacia do rio Kwanza que irão a concurso no segundo semestre deste ano.

Quando isto acontecer terão, entretanto, a concorrência da Somoil, sociedade angolana fundada por , e gerida por Alberto David e Mário Caetano, antigos executivos da Sonangol. A Somoil recebeu, a custo zero, 15 por cento do bloco 4 e 10 por cento do bloco 3/80, até há um ano explorado pela TotalFinaElf.

O Semanário Angolense soube, entretanto, que accionistas de várias companhias angolanas privadas deveriam reunir-se na última quinta-feira em Luanda para discussão de estratégias que possam reforçar os seus interesses neste processo. Fonte ligada ao sector petrolífero não excluiu a hipótese de se ter discutido na reunião a forma como este processo resultou na criação de uma política de filhos e enteados.

060218-25 A Unita pode abandonar a Assembleia? Um «bluff» muito perigoso Severino Carlos

Ao fim de um périplo de sete dias pela região leste de Angola, Isaías Samakuva resolveu lançar mais achas ao problema da movimentação de 16 deputados do Grupo Parlamentar da Unita. Em declarações que proferiu ao regressar à capital do país, o líder do Galo Negro afirmou que o seu partido não descarta a ideia de abandonar a Assembleia Nacional caso esta instituição continue, no seu entendimento, a ser um factor de desestabilização da Unita.

Quer o Mpla como outros partidos da oposição não emitiram qualquer reacção às declarações do presidente da Unita. E, contrariamente ao que é habitual, nem mesmo do interior deste partido surgiram outros dirigentes a secundar e ampliar as declarações de Isaías Samakuva. As análises convergem agora para a ideia de que tal silêncio configura um sinal de completa desvalorização das palavras de Samakuva, que podem mesmo não encontrar respaldo no interior da Unita.

Vendo bem, a investida de Samakuva não passa de um «bluff». Mesmo que hipoteticamente fosse para a frente – e isso configuraria, é verdade, uma crise institucional de grandes proporções –, na realidade, com semelhante arremetida, o maior partido da oposição colheria mais prejuízos do que ganhos. Ou seja, não existem condições para a Unita concretizar a ameaça do seu líder.

Nos últimos acontecimentos políticos, o Galo Negro deu claras mostras de uma grande dependência dos seus dirigentes ao órgão legislativo. Se os «16 malditos» praticamente não fizeram questão de esconder que já não saberiam viver fora da Assembleia, não é menos verdade que do lado dos que pretendem substituí-los, salvo honrosas excepções, há também muita gente mortinha por abocanhar as benesses e regalias que decorrem da actividade parlamentar.

Por outro lado, a própria Unita como um todo também tem reduzido os seus actos políticos às barganhas na Assembleia Nacional. É lá que decorre o essencial dos factos políticos que tem logrado criar, revelando mesmo imensas fraquezas nas suas acções fora do Parlamento.

Mas é mesmo no aspecto material que o Galo Negro mais rombos sofreria. Ao deixar o Parlamento, a primeira torneira a fechar-se seria a dotação orçamental anual a que o partido tem direito. Trata-se nada mais nada menos do que 13 milhões de dólares, que dificilmente a Unita se atreveria a jogar fora. A menos que a organização tenha estado também a «bluffar» em relação à sua condição financeira, que vários dos seus dirigentes assumiram publicamente estar a pique desde a morte de Jonas Savimbi, a fatia que lhe cabe do Oge dá um grande jeitão. É um enorme contributo para assegurar as suas estruturas por todo o país, desde os comités provinciais aos municipais e comunais.

Num partido que continua estruturado como uma organização-providência, esse dinheiro também serve para remunerar militantes, da base ao topo, que são autênticos assalariados. Não é por acaso que quase todos pretendem encafuar-se na Assembleia. Lá não há o risco de não haver salários e ainda há a garantia de um automóvel, residência, viagens e outras mordomias. Com a manutenção dos seus setenta deputados no Parlamento, a Unita poupa em ordenados para muitos dos seus dirigentes de elite.

Além do mais, sair da Assembleia teria necessariamente como consequência retirar os seus membros do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (Gurn), no qual estão quatro ministros, um número maior de vice-ministros, bem como uma infinidade de quadros e funcionários enfiados nos escalões intermédios dos ministérios.

Numa palavra, seria pôr termo a todo o Protocolo de Lusaka de que o Gurn emana. E sendo assim, o Galo Negro já não poderia continuar a ter governadores provinciais (Uije, Kuando Kubango e Lunda-Sul) e vice-governadores. Não teria, igualmente, representantes seus numa enorme cadeia de administrações municipais e comunais em todo o país, a começar por Luanda.

É quase tudo gente que fora dos respectivos «tachos» teria de depender do partido para garantir a subsistência diária, onerando assim a sua já fraca condição financeira. Mesmo entre os dirigentes de topo do partido, conhecem-se poucos casos de independência financeira. Apenas Victorino Hossi – jurista, gestor e empresário – saiu sem estrebuchar do Gurn quando foi exonerado do cargo de Ministro do Comércio. Jorge Valentim não tem andado propriamente a «pedinchar» acomodação material à Unita, mas é evidente que a sua saída do Gurn constituiu-se numa dolorosa «unha encravada» para a organização.

060218-25 Bancos ibéricos adquirem controlo do Banco Totta Angola Banco Totta Angola adquirido pelo Santander e pela Cgd Sousa Neto

Accionistas nacionais ficarão com 49 por cento do capital do banco

Dois dos mais antigos bancos da península ibérica negociaram há uma semana, em Luanda, a aquisição do Banco Totta Angola (Bta), o braço angolano do português Banco Totta e Açores, segundo informações adquiridas pelo Semanário Angolense na semana que hoje termina.

Trata-se do banco espanhol Santander e da Caixa Geral de Depósitos (Cgd) de Portugal, que no primeiro ano da parceria ficará com 50 por cento do capital do Bta, podendo optar, ao cabo de dois anos, pela aquisição de mais um por cento, obtendo assim o controlo do banco angolano de capitais portugueses.

Um acordo neste sentido chegou a ser assinado em Luanda na semana passada, quando estiveram em Angola Maldonado Gonelha e Carlos Vieira, da Cgd, assim como Vieira Monteiro, do Santander, mas está ainda dependente da autorização das autoridades angolanas e portuguesas.

Em Angola, tal constitui apenas uma formalidade, uma vez que a lei determina que investimentos que superem o valor de 500 mil dólares devem ser analisados a avalizados pelo Conselho de Ministros.

Nos termos do acordo, uma «holding» formada pelos dois bancos ibéricos deterá o controlo accionista do banco, enquanto que o restante ficará destinado a particulares e organizações empresariais angolanas, pessoas como António Mosquito, Valentim Amões, Mário Nelson, que é o presidente do Conselho de Administração do Bta, e Hermlinda Graça, esposa de um conhecido consultor de empresas chamado Mário Pizarro.

Segundo as informações obtidas por este jornal, o Mpla, o partido governamental, deterá também acções no Bta, através do seu grupo empresarial, o Gefi.

O Bta tem uma importante carteira de negócios em Angola, sobretudo por domiciliar as contas de todas as companhias petrolíferas estrangeiras que operam em Angola. Entre as empresas mais consolidadas desse ramo, só a Sonangol não possui conta naquele banco.

Uma matéria publicada em Portugal a respeito desse acordo considera que a Caixa Geral de Depósitos «despertou finalmente» para uma realidade que há tinha sido assumida pelos seus principais rivais, o Bpi, detentor do capital do Banco de Fomento Angola (Bfa) e o Grupo Espírito Santo, que detém o Banco Espírito Santo Angola (Besa).

Segundo se diz, o BPI e o Grupo Espírito Santo viram os seus lucros disparar muito à custa da presença que construíram, pacientemente, no mercado angolano. As taxas de crescimento astronómicas de Angola em anos passados, escondiam um peso relativo ainda muito reduzido para impulsionar as contas da banca nacional.

No entanto, afirmou uma publicação lusa, no passado mais recente este peso cresceu de forma extraordinária, sendo fácil perceber porquê: o crescimento do Pib angolano atinge quase 30 por cento ao ano, ou seja, três vezes as taxas verificadas na China.

«O futuro pertence a Angola», uma economia rica em petróleo que revela «sinais fortes de vitalidade», com um Governo, «talvez em excesso de optimismo, a prever um crescimento de 27,9 por cento e uma inflação controlada nos 10 por cento», segundo escreveu a respeito uma outra publicação daquele país europeu.

«O desempenho macro-económico melhorou imenso nos últimos anos», tal como sublinha a Organização Mundial de Comércio (Omc), num estudo na semana que hoje termina publicado sobre Angola, também citado pela imprensa portuguesa a respeito desta nova incursão de bancos ibéricos sobre o nosso país.

O Banco Totta e Açores, accionista maioritário do Bta, foi comprado em Novembro de 1999 pelo grupo Santander, um dos mais antigos bancos espanhóis, com 147 anos de actividade, enquanto que a Cgd é uma instituição financeira amplamente detida pelo Estado português, possuindo 127 anos de actividade.

O Grupo Santander tem uma forte vocação de crescimento, que sempre se concretizou na criação de valor para seus accionistas através de um modelo claro de negócio. A acção Santander atingiu no fecho de 2004 um valor de mercado de 57.101,7 milhões de euros (um euro equivale a 96 kwanzas), registando uma valorização de 27,52 por cento face ao fecho do exercício anterior.

O Grupo Santander, que passou a ocupar o primeiro lugar da zona euro e o nono do mundo em termos de valor de mercado entre as empresas do seu sector, controla também o Credito Predial Português, o Banco Santander de Portugal e tem acções no Banco Santander de Negócios, três outras instituições financeiras e creditícias.

A primeira tentativa da Caixa Geral de Depósitos fez para entrar para o mercado angolano foi feita há uns 15 anos atrás, logo no início do processo de abertura política e económica, quando ainda não haviam em Angola a diversidade de bancos que existe agora.

Segundo se diz, naquela altura Lopo do Nascimento pretendeu associar-se à CGD num empreendimento em Angola, mas essa intenção foi coarctada pelo próprio Presidente da República, que chumbou o projecto. A ser verdade, não é totalmente justa a afirmação da imprensa portuguesa de que só agora o banco despertou para a oportunidade de negócios proporcionada pelo nosso país.

060218-25 Samakuva mais fragilizado Num mato sem cachorro

Mesmo que Isaías Samakuva levasse por diante a sua ameaça de «rebelião», ela dificilmente passaria do saguão da Assembleia Nacional. Se isso acontecesse, o disparo ricochetearia logo à partida na generalidade dos seus deputados. É que desta vez, já não seriam apenas os 16 «condenados», com Malheiro Elavoco à cabeça, a fazerem finca-pé. Samakuva confrontar-se-ia com a recusa de quase todo o Grupo Parlamentar do seu partido. É pouco crível que eles caucionassem um acto desta natureza.

Para uns pesariam os desígnios de acomodação material, como os 16, é claro. Mas é de presumir que no conjunto de deputados da Unita sempre se encontrem políticos com lucidez para avaliar os efeitos deletérios que um tal acto acarretaria: para os órgãos de soberania, para as instituições governativas e para a própria democracia.

Não há dúvidas que uma tal jogada política – cadeiras vazias na Assembleia, o fim do Gurn e do Protocolo de Lusaka – redundaria num alarido que chamaria a atenção da comunidade internacional. Mas quando esta exigisse explicações para a crise teria de ouvir também o Governo. Neste caso, seria a palavra do Mpla contra a da Unita.

Também por aqui se vê que há todo o risco do Galo Negro passar uma imagem de arruaça política. Muitos dirigentes da Unita ponderariam seriamente se vale a pena correr esse risco. São, pois, grandes as probabilidades de Isaías Samakuva ficar, como dizem os brasileiros, num mato sem cachorro.

Aliás, a esta altura do campeonato, provavelmente já haverá muitos dos seus pares na direcção da Unita a olharem de soslaio para Samakuva.

060218-25 Um Mosquito que gosta de bancos

António Mosquito, ninguém ignora, tem faro para o negócio. Descontada a operação petróleo onde o sucesso da sua aposta, a FALCON OIL, depende mais da natureza do que das decisões dele, tem se dado bem. Seja a vender carros tractores, seja na construções de shopping centers, (Shopping Kinaxixi, Bellas Shopping) ou nas vestes de diplomata.

Porém, vamos e venhamos, neste empresário, que nos últimos vinte anos quadruplicou a sua rede de negócios e quintuplicou o volume dos seus lucros, começa a despontar uma paixão por bancos. Vejamos: tem as impressões digitais no novo banco que o Grupo Santander e a Caixa geral de Depósitos vão lançar proximamente. Fundou, juntamente com Lopo do Nascimento, Augusto Tomas, Salomão Xirimbimbi, Franca Van-Dúnem e Benvindo Pitra o BCA, Banco Comercial Angolano, numa altura em que ninguém sonhava em ser accionista de bancos neste país. Para que conste, o BCA vendeu por sete milhões de dólares 50 por cento das suas acções ao Absa Bank, da África do Sul, que por sua vez foi comprado por 4 biliões pelo Barclays Bank. Banco Keve e Banco Sol.

Contudo, a sua melhor experiência bancária vem de São Tomé. Em 2001 lançou o Banco Equador de São Tomé, instituição onde detém 40 por cento das acções cada. O resto está por conta do National Investment Bank, da companhia aérea «Air Luxor» e do grupo português «Mirpuri».

O Banco Equador sucedeu o Banco Comercial do Equador, que faliu em 2001, bloqueando importantes capitais de empresas públicas, privadas e de cerca de 5 mil outros clientes. O Banco Equador, que nasceu de um capital inicial de 4 milhões de dólares, é hoje um dos principais bancos comerciais de São Tomé e Príncipe.

Competição a todo o terreno

Competição pelos vistos não vai faltar no sector bancário. Não há ainda, seguramente, o número de bancos que este país precisará quando começar a funcionar a todo o vapor, mas que já se sente um certo frenesim, lá isso sim. Só se espera que isto traga benefícios à economia, aos accionistas e aos clientes. Vejamos o que temos no mercado:

BRK - Banco Regional do Keve BCA - Banco Comercial de Angola BFA - Banco de Fomento Exterior BESA - Banco Espírito Santo de Angola BPA - Banco Português do Atlântico BTA - Banco Totta de Angola BAI - Banco Africano de Investimentos NB - Novo Banco BCI - Banco de Comércio e Indústria (*) BIC – Banco Internacional de Crédito BPC - Banco de Poupança e Crédito (*) BS - Banco Sol

Brevemente

BDA - Banco de Desenvolvimento de Angola (*) BIN - Banco Internacional de Negócios BANC - Banco Angolano de Negócios e Comércio

(*) Bancos comerciais de capitais públicos

Preços variam 0,83 por cento em Janeiro

Luanda, 17/02 - O Índice de Preços no Consumidor (IPC) da cidade de Luanda registou uma variação de 0,83 por cento entre os meses de Dezembro último e Janeiro de 2006, segundo uma nota do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A classe lazer, recreação e cultura foi a que registou o maior aumento com 11,40 por cento, influenciado fundamentalmente pela subida do preço dos livros escolares com 53,97 por cento, cadernos 3,99 e lápis de carvão com 2,05.

De acordo com o documento, destaca-se também o aumento dos preços, verificado nas classes de vestuários e calçados com 1,34, bebidas alcoólicas e tabaco (1,28), assim como alimentação e bebidas não alcoólicas (0,63).

A variação homóloga situa-se agora em 17,24, significando ter havido uma descida de 1,29 pontos percentuais em relação ao mês anterior (Dezembro).

Das 12 classes analisadas pelo INE, a categoria de lazer, recreação e cultura apresenta uma taxa de dois dígitos com 11,40 por cento, outras duas apresentam uma taxa de um dígito e as restantes apresentam um índice inferior a unidade.

A classe de alimentação e bebidas não alcoólicas, apesar de não apresentar a taxa mais elevada na variação do IPC de Janeiro de 2006, foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços, seguida pelas classes lazer, recreação e cultura, vestuário, calçado e habitação, água, electricidade e combustíveis.

Durante o mês de Janeiro de 2006 foram observados 14 mil e 725 preços contra os 14 mil 728 do mês anterior.

Íntegra d o discurso do Presidente da República 060216 Foto Angop Presidente José Eduardo dos Santos

DISCURSO PRONUNCIADO POR SUA EXCELÊNCIA JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA, POR OCASIÃO DA VISITA DE ESTADO E DE AMIZADE DE SUA EXCELÊNCIA TEODORO OBIANG NGUEMA MBASOGO, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE GUlNÉ-EQUATORIAL, Luanda, 16 de Fevereiro de 2005

SUA EXCELÊNCIA TEODORO OBIANG NGUEMA, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-EQUATORIAL, EXCELENTÍSSIMOS MEMBROS DA DELEGAÇÃO PRESIDENCIAL, SENHORES MINISTROS, ILUSTRES CONVIDADOS, MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES,

É com grande prazer que dou as boas-vindas a Sua Excelência Teodoro Obiang Nguema, Presidente da República irmã da Guiné-Equatorial, e à ilustre delegação que o acompanha, por ocasião da sua visita de Estado e de Amizade à República de Angola.

Tenho a certeza que esta visita vai reforçar os laços que ligam os nossos dois países desde a proclamação da Independência de Angola, há cerca de três décadas, e permitirá explorar todas as possibilidades de cooperação que cada parte pode oferecer à outra.

São vários os motivos que nos dão esta certeza e vou mencionar apenas dois. Em primeiro lugar, é Conhecida a vontade política comum de desenvolver relações bilateral; mutuamente vantajosa e é evidente o desejo para que se estabeleça a complementaridade das economias dos nossos dois países.

Essa vontade foi recentemente reiterada na inauguração solene da nova embaixada da Guiné Equatorial em Angola e nas perspectivas da construção da futura representação diplomática de Angola na Guiné- Equatorial.

Por outro lado, somos dois países amigos da Costa Atlântica, produtores de petróleo, interessados na estabilidade e segurança do Golfo da Guiné e que promovem a paz e a cooperação justa entre todos os países nesta importante região do mundo.

São diversos os domínios em que pode incidir a nossa intervenção. Consideramos, no entanto, como sendo prioritário perspectivar e realizar acções nas áreas da Cooperação Técnico-Militar, da Polícia, dos Petróleos e dos Transportes Aéreos, por serem aquelas que melhor podem contribuir para o reforço da estabilidade e segurança nesta região.

Assente nestes pressupostos e noutros de interesse comum, pretendemos estabelecer as bases de um Acordo Geral de Cooperação Económica, Científica, Técnica e Cultural, capaz de enquadrar todas as iniciativas do sector público e do sector privado, a fim de promover negócios entre operadores económicos dos dois países e o intercâmbio e colaboração entre os seus agentes da Cultura e do Desporto.

Senhor Presidente,

A conjuntura interna e regional é favorável e deve ser aproveitada para avançarmos com determinação e sabedoria.

Em Angola foi conquistada a paz definitiva, o processo de reconciliação nacional decorre normalmente e há uma progressiva estabilização da situação política e económica.

Na Guiné-Equatorial são notáveis os êxitos alcançados no domínio da organização interna, da consolidação do Estado e da reconstrução económica.

Estão assim criadas as condições para o estabelecimento de uma cooperação multifacetada, que deverá ser objecto de estudo mais cuidado e profundo em futuros encontros, com vista ao seu crescimento.

Durante esta visita contamos assinar alguns instrumentos jurídicos para relançar em bases mais sólidas essa cooperação bilateral e conjugar esforços para dinamizar também a Comunidade dos Países da África Central e mesmo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, onde a Guiné-Equatorial tem o estatuto de observador.

Pensamos continuar a trabalhar com Vossa Excelência e o seu Governo, por forma a manter consultas regulares e concertar posições comuns, agindo em conformidade na busca de soluções para os grandes problemas que ainda afligem a nossa região, o continente e o mundo.

Desejo que a visita de Sua Excelência o Senhor Presidente Teodoro Obiang Nguema e da ilustre delegação que o acompanha seja coroada de êxito. Fazemos votos também para que se aprofundem os laços de amizade e cooperação entre os nossos dois povos.

Viva a amizade entre os Povos da Guiné-Equatorial e de Angola!

Muito Obrigado

Presidente da AN augura nova dinâmica na cooperação com a Guiné-Equatorial

Foto Angop Roberto de Almeida pronunciou-se da extensão da cooperação angolano-equato-guineense a ambos Parlamentos

Luanda, 17/02 - O presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, augurou hoje, em Luanda, resultado frutuoso nas conversações entre Angola e a Guiné- Equatorial, na perspectiva de uma nova dinâmica nas relações entre os dois governos e povos, extensivas também a ambas instituições parlamentares.

Roberto de Almeida, que falava ante a plenária, de apresentação de cumprimentos de boas vindas ao estadista equato-guineense, disse que esta visita de Teodoro Obiang Nguema Mbasoco marca bem o desejo recíproco de estreitamento das relações fraternais.

Segundo o líder parlamentar angolano, esse estreitamento de relações passa por uma cooperação económica mutuamente vantajosa, que sirva de reforço aos laços de amizade e solidariedade já existentes no quadro bilateral e também da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEAC).

Congratulou-se ainda com o facto de a "divisão territorial arbitrária e as divisões linguísticas" de que ambos foram alvo não terem impedido, no pós- independência, o estabelecimento de relações de amizade e cooperação bilateral dos respectivos países.

BBC Africa

17 February

Nigeria oil 'total war' warning

A Nigerian militant commander in the oil-rich southern Niger Delta has told the BBC his group is declaring "total war" on all foreign oil interests. The Movement for the Emancipation of the Niger Delta has given oil companies and their employees until midnight on Friday night to leave the region.

It recently blew up two oil pipelines, held four foreign oil workers hostage and sabotaged two major oilfields. The group wants greater control of the oil wealth produced on their land.

Nigeria is Africa's leading oil exporter and the fifth-biggest source of US oil imports, but despite its oil wealth, many Nigerians live in abject poverty.

It is the first time the military leader of the Mend movement, Major-General Godswill Tamuno, has spoken publicly of his group's aims. He refused to be interviewed on tape or for his location to be disclosed.

He told the BBC's Abdullahi Kaura Abubakar that they had launched their campaign, called "dark February", to ensure that all foreign oil interests left. He said that they had had enough of the exploitation of their resources and wanted to take total control of the area to get their fair share of the wealth.

Our correspondent says the movement brings together a variety of local groups that had been operating in the Niger Delta before. Their diversity means the group enjoys considerable local support and it is difficult to pinpoint exactly who is a member, he says. Mend's leaders tend to like to be faceless, our reporter says, and they usually send statements to the media via email.

The Niger delta has been the scene of a low-level war in recent months and the government has increased its military presence in the region. On Wednesday, a Nigerian government helicopter gunship opened fire on eight barges allegedly used by smugglers to transport stolen crude oil.

The smugglers are believed to be well armed with weapons from eastern Europe brought in to pay for the illicit oil.

Mend released a statement immediately after the raid saying the helicopter had fired rockets and machine-guns at targets on land and accused the military of targeting civilians. It warned that its fighters were capable of shooting down military helicopters and accused Shell of helping out the security forces by allowing them use of an airstrip it operates.

The military has denied it used the facility. According to AFP news agency, Shell has not confirmed or denied that its airstrip was the base for the attack.

Jornal de Angola

17 de Fevereiro

Jornal de Angola

17 de Fevereiro

Economista defende formação de classe empresarial

O economista Archer Mangueira, defendeu ontem em Luanda, a necessidade de se apoiar a formação de uma classe média e de um empresariado nacional, que possa concorrer com sucesso no contexto de economia aberta e de globalização, capaz de assegurar a defesa dos interesses nacionais.

A ideia foi avançada durante um colóquio realizado pela coordenação de estudos e análises do Comité Central do MPLA em conjunto a Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA).

Archer Mangueira, que abordou o tema “O processo de formação de classes sociais no contexto de economias de transição”, começou por fazer uma incursão teórica sobre o surgimento e formação das classes sociais no país antes e após a independência, em 1975, que no seu entender reside nos fenómenos sociais e políticos.

A queda da inflação angolana, que desde 2002 até à data vem se estabilizando, disse o economista, está a revelar a atracção de capitais estrangeiros e a valorização da moeda nacional.

No entanto, apelou ao empresário nacional no sentido de ter um espírito empreendedor para que a produção cresça e o se reduza o desemprego oferecendo oportunidades a população.

Por sua vez, o também economista Emílio Grion, em representação da CCIA, ao avaliar a situação económica actual do país a partir de 2000 à 2004, focalizou a sua explanação no crescimento do PIB, que se tem centrado numa economia do sector petrolífera e mineiro, estando outros sectores económicos produtivos, como a Agricultura, Silvicultura, Pescas, serviços e administração públicas com baixas percentagens.

De acordo com Emílio Grion, o cenário para o ano de 2006 passa pelo crescimento das taxas em 28 por cento, estimativas que vão de acordo com os relatórios do FMI. O sector petrolífero continua em primeiro lugar com 11 por cento.

O economista listou algumas províncias que constituem centro de oportunidades de negócios, como Cabinda, Uíje, Luanda, Benguela e Huíla.

A estrutura nacional, estabilidade macro-económica, o estudo da situação económica nacional, a oportunidade de negócios entre os sectores de actividade por províncias ou regiões, a aposição do sector privado, bem como o papel do Estado foram igualmente evidenciados durante o colóquio, moderado pelo jurista Frederico Cardoso.

ANGOP

17 de Fevereiro

Ministro da Agricultura realça melhoramento da segurança alimentar

O ministro angolano da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Gilberto Buta Lutucuta, afirmou nesta quinta-feira, em Roma (Itália), durante a 29ª sessão do Conselho de Governadores do Fundo Internacional para Desenvolvimento Agricultura (FIDA), que no cômputo geral a segurança alimentar no país melhorou nos últimos anos.

Ao discursar na cerimónia, que decorre até hoje (sexta-feira), em Roma, o governante reconheceu, no entanto, que apesar disso Angola continua ainda a registar um défice de 41 por cento das necessidades para debelar os focos de insegurança alimentar que persistem em algumas regiões, principalmente no Planalto Central.

Acrescentou que Angola necessita de 625 mil toneladas de cereais para satisfazer as suas necessidade alimentares, indicando ser urgente se levarem a cabo programas integrados de desenvolvimento rural para as populações vulneráveis da referida região.

Contudo, Gilberto Lutucuta considerou satisfatória a situação agrícola do país, o que proporcionou excelentes resultados na "última campanha agrícola", durante a qual se registou um aumento de nove por cento de áreas semeadas, beneficiando também das boas condições climatéricas.

A produção de mandioca aumentou 26 por cento em relação ao ano 2005, assim como da batata doce e rena.

Referindo-se a dificuldades de vária ordem que continua a afectar o Continente Africano, pediu ao FIDA para exercer um papel mais activo na mobilização de meios financeiros, no sentido de incrementar projectos em áreas que possa contribuir para a diminuição da fome, a redução da pobreza e a criação de empregos e rendimentos.

Neste fórum, Angola participou em mesas redondas que abordaram, entre outros temas, "o acesso à terra para os rurais pobres", "o reforço das instituições rurais para os pobres" e "a pesquisa adaptativa em apoio das inovações ao serviço dos pobres no domínio do desenvolvimento rural - êxitos do programa de doações do FIDA".

Numa entrevista exclusiva que concedeu ao meio da tarde de quinta-feira ao canal privado de televisão "Rete Oro", o ministro angolano da Agricultura e Desenvolvimento Rural apelou ao empresariado italiano a investir em Angola em áreas como a agro-industrial, investigação agronómica, pecuária e turismo.

Depósitos do BAI atingem USD 950 milhões

A carteira de depósitos do Banco Africano de Investimentos (BAI) ultrapassou os 950 milhões de dólares, o que confirma a evolução da instituição que para este ano tem como meta chegar aos 100 mil clientes.

A confirmar a sua política de expansão, o BAI abre ao público mais uma agência em Luanda, no largo do Ambiente, na Rua Major Kanhangulo, a primeira de uma série de balcões que a instituição prevê abrir em 2006.

Assegurado por uma equipa de 11 colaboradores, a agência Monumental vai praticar todos os produtos e serviços de banca tradicional e electrónica, incluindo crédito de tesouraria e descobertos, operações de pagamento nacional e estrangeiro, aplicações de poupança, pagamento de serviços, internet banking estão disponíveis na agência Monumental.

Nas próximas semanas serão postas em serviço mais 8 agências, actualmente em obras, incluindo mais 3 agências em Luanda e uma agência no Sumbe. Com a abertura de mais quatro agências, a presença do BAI será alargada às províncias de Uíje, Bié, Kuando Kubango e Bengo, completando-se dessa maneira uma cobertura total do país.

O BAI está presente em 14 províncias, com uma rede de 30 agências e 10 postos de atendimento, num total de 40 balcões. Fora de Luanda, o canal de distribuição do BAI é composto por 18 agências.

Considerado pela revista de especialidade “Valor Acrescentado” o banco com maior crescimento da rede de balcões em 2005, com a marca de 29 por cento, bem acima da média de 13 por cento, o BAI possui um valor total do activo acima de 1,2 biliões de dólares.

O suporte informático ao canal de distribuição BAI assegura a maior eficiência das operações bancárias de balcão à escala do País, tendo em 2005 sido o banco com menos quebras de sistema.

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PR da Guiné Equatorial chega a Luanda para visita oficial de dois dias

O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo(na foto), iniciou hoje em Luanda uma visita oficial de dois dias a Angola, durante a qual os dois países vão assinar um acordo com especial incidência no sector petrolífero.

Obiang Nguema chegou a Luanda ao princípio da tarde, tendo sido recebido no aeroporto pelo seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos.

Os dois presidentes, que estiveram reunidos durante cerca de 30 minutos na zona protocolar do Aeroporto de Luanda, vão participar esta tarde na abertura das conversações oficiais entre as delegações dos dois países.

As conversações vão culminar com a assinatura de um acordo de cooperação bilateral, que será o primeiro entre Angola e a Guiné Equatorial, abrangendo vários domínios, entre os quais o sector petrolífero e transportes aéreos.

Esta é a terceira deslocação do presidente da Guiné Equatorial a Angola, tendo a anterior ocorrido em Novembro por ocasião das comemorações do 30ºaniversário da independência do país.

O programa da visita de Teodoro Nguema Mbasogo inclui, entre outros pontos, a participação numa sessão extraordinária da Assembleia Nacional e visitas à fábrica de lapidação de diamantes e à SONILS, empresa que presta serviços de assistência logística às petrolíferas que operam em Angola.

A delegação da Guiné Equatorial integra os ministros dos Negócios Estrangeiros, das Minas, Indústria e Energia e da Segurança Nacional.

Feb 16, 20:17 Fonte:Lusa

Economista advoga fortalecimento do empresariado nacional para criação de riqueza

O economista Archer Mangueira defendeu hoje, em Luanda, a adopção de políticas que concorram para o surgimento de uma classe empresarial forte no país, capaz de contribuir no combate aos desequilíbrios financeiros do sector público.

O economista fez estas considerações quando dissertava sobre "O processo de formação de classes sociais no contexto de economias em transição", no colóquio promovido pelo Gabinete de Coordenação de Estudos e Análises do MPLA, no anfiteatro da empresa Moboque.

Ressaltou a importância do papel do empresariado nacional nesta fase de transição económica de Angola, destacando a existência de várias oportunidades de investimento no país, ao mesmo tempo que advogou à busca de fontes alternativas de financiamento para os sectores considerados prioritários.

Depois de tecer considerações teóricas e sociológicas sobre o desenvolvimento das classes sociais, em economias de transição, o prelector passou em revista o quadro evolutivo da economia angolana, relevando a queda da inflação de 105,5 por cento, em 2002, para 18,5 por cento no ano transacto.

Deste modo, defendeu a participação dos empresários angolanos no crescimento económico do país, através de parcerias entre privados, quer nacionais quer estrangeiras, bem como a sua capacitação, visando a criação de riquezas para a diminuição das semetrias existentes na actual sociedade.

Sublinhou as medidas em curso no país, tendentes a dar uma nova dinâmica ao mercado financeiro, ressaltando o lançamento dos bilhetes de tesouro e o impacto positivo causado pela circulação monetário com a introdução no mercado das novas cédulas em 2005.

Na óptica do prelector, a criação em breve do anunciado Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) permitirá a concessão de créditos aos empresários nacionais, orientá-los, bem como a identificação das oportunidades de negócios.

Para o efeito, Archer Mangeira apelou ao espírito empreendedor dos empresários angolanos, sublinhando a necessidade destes conceberem bons projectos para a atracção de capitais.

Por sua vez, o representante da Câmara de Comércio de Angola, Emílio Grion, afirmou que o país possui condições para a atracção massiva de investimentos privados.

Ao falar do papel do Estado na formação da classe média e do empresariado, destacou a sua função como agente regulador e facilitador da actividade económica e promotor da distribuição de renda e da afirmação da justiça e de equidade.

No entanto, advogou a adopção de medidas que denominou de "ofensivas e defensivas" para a promoção da classe média angolana e do sector privado, sendo a obrigatoriedade das parcerias entre os investidores estrangeiros e os empresários nacionais.

O estabelecimento de políticas selectivas de migração, por forma a privilegiar os quadros nacionais em termos de emprego, em detrimentos dos expatriados, bem como a fixação de quotas ao empresariado local nas compras do Estado, figuram igualmente das medidas apontadas por Emílio Grion.

Por seu turno, o economista Diógenes de Oliveira chamou a atenção das autoridades sobre a grande capacidade de recursos humanos formados pelo Governo angolano nos últimos 30 anos, como elementos fundamentais para a caracterização das classes sociais no país, questionando-se sobre o seu paradeiro.

Feb 17, 05:46 Fonte:Angop Porto de Luanda investe USD 131 milhões na modernização

Alberto Cafussa

O Porto de Luanda vai consumir mais de 131 milhões de dólares, até 2010, no quadro do novo plano estratégico, que visa corresponder às exigências do mercado, tanto no plano internacional, quanto no interno. O montante a ser investido pelas concessionárias privadas, que operam nos três terminais, destina-se à construção de cais e armazéns, entre outras acções de modernização. No primeiro ano, serão investidos 24 milhões de dólares. Segundo o Presidente do Conselho de Administração, Silvio Vinhas, nos últimos anos, fruto da estabilidade do mercado, o Porto de Luanda tem registado crescimento ímpar nos fluxos de mercadoria. No ano passado, o movimento da mercadoria cresceu em 12 por cento, quando o recinto portuário movimentou mais de 4 milhões de toneladas de mercadorias e mais de 311 mil toneladas contentorizadas. A direcção prevê atingir um tráfego de 5,3 milhões de toneladas e de 680 mil TEUS (toneladas contentorizadas), até 2010, colocando o Porto de Luanda na lista dos melhores portos da região, como o de Durban e Cap Town (África do Sul) ou de Dakar (Senegal). Aliás, a transformação do Porto de Luanda numa unidade de referência do mundo constitui um dos objectivos do Plano Estratégico, apresentado ontem em Luanda, pela direcção da empresa perante agentes económicos que operam naquele estabelecimento. Neste momento, o Porto de Luanda não é considerado eficiente a nível dos congéneres internacionais. O plano define uma série de objectivos estratégicos e põe em grande ênfase, nos valores de respeito, abertura, transparência de processos, dedicação aos clientes e à segurança, assim como maior preocupação com a comunidade e com o ambiente. A estratégia aponta para a melhoria de qualidade e o preço dos serviços portuários, marítimos e logísticos que favoreçam o desenvolvimento económico e social da sua área de influência. Manuel Nazareth Neto, que coordena o projecto, diz que o plano já entrou em vigor com a entrada de três concessionários privados na actividade portuária, em Agosto último, tendo o Estado passado de operador para fiscalizador e coordenador. Entretanto, o Porto de Luanda continua saturado em termos de parqueamento, o que vai continuar até 2011. Nessa altura, vai verificar-se um aumento de importações e exportações e a empresa necessitará de uma área adicional de 15 por cento. Já em 2010, a insuficiência do porto será de 220 mil toneladas e de 700 mil toneladas em 2015. Daí que a direcção esteja a projectar a construção de um novo porto. Estudos estão em curso e Nazareth Neto admite que o futuro porto venha a ser erguido no município de Cacuaco, a julgar pelas facilidades de acesso e pelo fundo do mar. Mas, para breve, está já em vista a construção de um novo terminal de contentores, nas imediações da Sonils, com a participação de uma empresa privada, ainda não encontrada. Angola Press Agency

February 15, 2006

Luanda Port Invests Over 130 Million Dollars in Its Modernisation

The management board of Luanda Port, in partnership with the concessionaires of the various cargo terminals, will invest in the next four years, more than 130 million US dollars, in the ambit of the implementation of its Strategic Plan of Modernisation for the 2006-2010 period.

According to the administrator for the commercial area of Luanda Port, Nazare Neto, who was speaking this Wednesday at the public ceremony that served to present the strategic plan for the next five years, the investments to be made are aimed at giving a new image to the port and increase its response capacity in terms of cargoes and unloading procedures.

The plan, whose elaboration had the participation of the consulting company Management Cayman, has the objective to transform the Luanda Port into a reference maritime unit in the African continent within the next ten years.

According to the official, to achieve this goal it becomes necessary to repair some of the cranes and get new ones, as well as build new infrastructures and extend the quay-bridges to enable a better manoeuvre of ships.

Similarly to its direct competitors (the ports in West Africa), the Luanda Port intends to have by 2010 an annual movement of goods of about 5.3 million tonnes, so as to overcome the current 4.7 million tonnes.

On its turn, the port's Administration Council chairman, Silvio Vinhas, said that although the annual growth of the company is of about 12 percent, the institution has to be aware of the investments being made in other ports in Africa.

Luanda Port´s modernisation process, he explained, also includes staff-training, the introduction of information technologies and a better control of its security procedures.

The Strategic Plan of Luanda Port Modernisation is supported by a market-study in the country and abroad, being carried out by the British company Ocean Shipping Consultants.

VOA

14 de Fevereiro

FLEC ACEITA ESTATUTO ESPECIAL PARA CABINDA O Fórum Cabindês para o diálogo, uma congregação que envolve a sociedade civil, e facções independentistas aceitou o principio da atribuição à província de Cabinda de um estatuto especial, soube a Voz da América de fonte oficial.

O estatuto especial era um dos seis anexos do memorando de entendimento para o diálogo proposto pelo governo. Ao fim de mais de 2 dias de consultas em Brazzaville, no que chamaram de Nkoto Likanda, isto é, parlamento tradicional ,os membros do FCD, decidiram aceitar a oferta do governo de Angola.

Gualter Inocêncio um dos assistentes de António Bento Bembe, presidente do Fórum, e secretário-geral da FLEC disse à Voz da América que as decisões saídas da reunião de Brazzaville foram tomadas em colectivo, sem pressões ...”O Fórum decidiu aceitar por unanimidade o estatuto especial para Cabinda, como base de negociação, e o fim das hostilidades, por conseguinte avizinha-se um cessar de hostilidades pelas partes.”

A reunião aprovou também uma moção de apoio ao espírito de unidade adoptado em Hoivert na Holanda por altura da fundação do fórum. Foi também reiterada confiança a António Bembe, presidente do fórum e secretário-geral da FLEC. O grande ausente desta reunião foi o presidente da FLEC, Nzita Tiago, residente em Paris há mais de 10 anos.

A ausência de Nzita não surpreendeu aqueles que tomaram parte na reunião. Na semana passada ele destituiu António Bento Bembe dos cargos de secretário-geral, e de presidente do fórum. Para o seu lugar nomeou, respectivamente, Nzita António, seu filho, e Macário Lembe. As nomeações acabaram sem efeito na medida em que por um lado, Nzita António se mantém em Paris, e por outro Macário Lembe recusou-se a assumir o cargo, preferindo antes deixar Kinshasa, e juntar-se a Bento Bembe em Brazaville.

Inácio Mbuada, porta-voz da FLEC, disse à Voz da América que estando distante das bases há mais de 10 anos, Nzita Tiago perdeu noção do que se passa no centro de gravidade da FLEC.”Nós não vemos o Senhor Nzita há mais de 10 anos. Está velho, temo-lo como presidente mas ele precisa mudar de posição, de outra maneira as relações com ele irão abaixo. Podemos mantê-lo ao corrente das coisas, mas ele tem que mudar”.

ANGOLA: Uncertainty increases over election date 16 Feb 2006 14:31:27 GMT Source: IRIN Background

LUANDA, 16 February (IRIN) - As Angolans eagerly await their first peacetime elections, the chances of the southwest African country's first ballot in more than a decade happening this year are growing increasingly slim.

With electoral preparations such as voter registration moving at a glacial pace, many observers had started to seriously doubt whether a 2006 poll was achievable. That view was given extra credence by President Jose Eduardo dos Santos last month when he said the condition of the country's infrastructure should be improved prior to any vote.

"The party must encourage the government to conclude its programme of rehabilitation of primary road and rail links in 2007 to that participation by citizens in the next polls is substantial," Dos Santos said in a speech to the members of his ruling MPLA party in late January.

The president's comments - his first hint that elections could be postponed beyond 2006 - prompted groans among opposition parties, political analysts and ordinary Angolans anxious to see a poll take place as soon as possible.

"The president's comments have cast a shadow over whether elections will even be held next year," said one international aid worker. "We are slightly further on than a year ago in that we have an election law, but without a calendar to work towards there is an enormous feeling of uncertainty," the aid worker added.

Angola's first ever ballot was held in 1992, and the hope was the elections would seal a fragile peace after 17-years of civil war. The ballot was deemed generally free and fair by the international community, but then rebel group UNITA contested the results and fighting resumed.

The conflict finally came to an end in April 2002 and groups like UNITA, which has disarmed and is now Angola's main opposition party, see elections as a chance to normalise the political process, allowing development and peace-building projects to move forward.

Alcides Sakala, UNITA's secretary for public administration agreed that rebuilding the country's war-shattered infrastructure was an obvious priority. But he argued that it was a long-term process that should continue after elections and accused the ruling MPLA party of using reconstruction as a political tool to win votes.

"It is a pity if elections have to depend on the process of reconstructing the country," he told IRIN. "It will take years to rebuild roads, hospitals and schools. You can not rebuild in two years what was destroyed in 30 years of war.

"Dos Santos wants to run and he wants to be sure that he wins. He thinks in order to win he has to show that he has been doing work," he added. "If we have to have a perfect process then it will take longer to hold elections. One year, five years, 10 years? Nobody knows."

Political analysts contended that the delay could be a tactic to leverage more funds for reconstruction from the international community or, alternatively, a stalling tactic to take their opponents unawares.

"The president only has to give 90 days advance notice of the election date. He could use this to keep the opposition guessing. It would be a great way to wrongfoot them," said one expert.

WAITING GAME

Holding elections in Angola will be no easy task. The war left roads, railways and bridges in tatters, many areas are littered with landmines and a large chunk of the country's estimated 13 million people have no identity documents.

"The sooner Angola sets an election calendar, the easier it will be for all agencies - political parties and civil society actors - to begin planning properly," said Barbara Smith, Director for election programming at the Washington-based National Democratic Institute.

Sakala stressed that UNITA was prepared for elections, whenever they are held, and agreed that the increased uncertainly surrounding an election timetable was bad for the country.

"Angola has to begin to stabilise institutions so we can have real programmes for development. As long as this situation continues there is hesitation among potential investors in the country," he said.

"But more serious than that is the lack of interest among the people in the system," he added. "We have to motivate people because we still have to build peace. We're going very, very, very slow and we need to move faster."

These days, talk of elections among ordinary Angolans triggers only shrugs and sighs with little sign yet of any excitement about the prospect of change.

"Yes we are looking forward to elections but how long will we have to wait?" asked Roja, a student.

He said there was a lack of confidence in politicians from all sides and the political system as a whole. Dithering over an election timetable simply confirmed opinions on the street that "politicians look after themselves first and care little about the people they are supposed to represent".

The MPLA has been in power since 1975 and Dos Santos has ruled since 1979. Four years of peace and substantial oil riches have brought little improvement to the lives of most Angolans, factors which have helped perpetuate a fatalistic attitude.

"The politicians do nothing for us and they will do nothing for us in the future. Only God can help us," said Tete, a maid working in Luanda, brushing aside any other talk of elections with a dismissive wave of her hand.

Sakala was worried that this impatience and indifference would intensify the longer the population had to wait for elections.

"People think that being poor is normal. They have to remember that if there is change, perhaps life will be different. We have to create a new dynamic," he said.

"Angola has so many priorities. It needs to have new, stable institutions so that it can begin a new cycle in its history."

Valentim e Manuvacola podem ser expulsos da UNITA

Depois de uma calorosa reunião do comité permanente da UNITA, realizada recentemente, ficou decidido, segundo revelou o jornal “Angolense ” na sua edição deste fim- de-semana, que dois membros daquele órgão partidário serão suspensos “preventivamente ”.

Os dois visados, Jorge Alicerces Valentim e Eugénio Ngola Manuvacola(na foto), já deverão ter sido notificados acerca da deliberação, uma vez, de acordo com os estatutos da UNITA, tal deveria acontecer, no máximo, em 72 horas.

As discussões foram acesas, como disse um membro daquela organização que participou do encontro. De um lado estavam os que defendem “ castigos radicais ” para aqueles que se declararam publicamente contra a direcção, enquanto do outro lado da barricada estavam os que defendiam a via do diálogo para a solução da questão.

No final do encontro, segundo o periódico, prevaleceu a posição dos que pediam a punição imediata dos tidos como “traidores ”. “ Essa foi também a ideia do presidente Samakuva ”, explicou.

Eugénio Manuvacola, que tem no seu percurso político o facto de ter dirigido a UNITA renovada, foi um dos visados, tudo pelos seus pronunciamentos em torno da polémica tentativa substituição dos 16 deputados da aludida formação política. O político foi muito crítico, principalmente quanto a gestão de Isaías Samakuva.

Já Jorge Valentim, que já havia sofrido outro processo disciplinar recentemente e que beneficiou do perdão de Isaías Samakuva, desta vez poderá não ser poupado. Ainda houve quem pedisse clemência, mas, pelo ambiente da reunião, não houve alternativas, acrescentaram fontes daquele semanário.

Feb 14, 22:34 Fonte:Angolense Carlos Fernandes esclarece litígio entre Estado angolano e CIMPOR

O presidente do Agência Nacional para Investimentos Privados (ANIP), Carlos Fernandes, esclareceu hoje o litígio que opõem o Estado angolano a empresa de Cimentos Portuguesa (CIMPOR), tudo pelo controlo das acções da Nova Cimangola.

Carlos Fernandes, explicou que a CIMPOR, tentou de forma ilícita assumir o controle da maioria do capital social da Nova Cimangola, sem no entanto obter o aval do Ministério das Obras Públicas e do Conselho de Ministros.

O Estado, segundo o presidente da ANIP, já entrou com uma acção na justiça de modos a impedir a concretização deste negócio. De acordo com Carlos Fernandes, o processo de privatização da Nova Cimangola, foi coordenado pelo Governo. Nesta empreitada, disse, apareceram dois ou três sócios da Nova Cimangola, a par dos sócios tradicionais, como os dinamarqueses e outros, e a CIMPOR aparece a comprar as cotas de duas ou três empresas que participaram no capital inicial, ficando assim com a cota maioritária, isto é a volta dos 49 por cento.

“ Decisões deste tipo, só podem ser tomadas em primeiro lugar pelo organismo de tutela e em última instância pelo próprio Governo ”, disse, adicionando que nenhuma destas entidades, deu qualquer aval a esta operação.

Em declarações feitas hoje ao espaço “Grande Entrevista ” do programa Manhã informativa da Rádio Nacional de Angola (RNA), Carlos Fernandes, deixou claro que o litígio entre o Estado angolano e a CIMPOR, não vai criar de maneira nenhuma dificuldades de novos investidores em Angola, até porque estes, são pessoas de bem e não vêm para Angola fazer operações ilícitas. “ Quem vem investir em Angola de boa fé, não se dedica a acções e a negócios ilícitos, sobre o risco de responder em juízo pelas suas atitudes ”.

Feb 15, 23:03 Fonte:RNA \ José Eduardo dos Santos é a pessoa mais consensual para garantir estabilidade, diz Melo Xavier

MPLA sem substituto para José Eduardo dos Santos, a afirmação é de Melo Xavier deputado da bancada parlamentar do MPLA na Assembleia Nacional. Em entrevista à Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Melo Xavier, disse que neste momento não há ninguém no MPLA para substituir o actual líder do partido maioritário.

“ Não se trata dele querer decidir, porque nós queremos que ele seja. Ele assumiu um compromisso com o partido e não pode divorciar-se desses compromissos ” .

Para Melo Xavier, José Eduardo dos Santos, é a pessoa mais consensual e que pode garantir a estabilidade depois do conflito que assolou o país durante muitos anos. “Neste momento não vemos ninguém que possa substitui-lo nesta fase ”.

Questionado sobre as futuras eleições gerais no país, Melo Xavier, disse que o seu partido, MPLA, está preparado para o pleito, deixando assim uma pergunta a oposição, se esta está igualmente pronta para a corrida? Segundo este, se tudo dependesse do seu partido, as eleições já teriam sido realizadas, mas é necessário achar-se consenso. “ Nós temos as eleições marcadas para este ano, agora há pressupostos que podem dizer em que mês será, se será mesmo em 2006 ou principio de 2007, mas tudo indica que é este ano ”.

O político falou igualmente sobre o trabalho da comunicação social, denunciando que existem jornalistas que são pagos para sujar a imagem dos governantes. “ São pessoas que são pagas para isso ”. Questionado se tem provas, o deputado respondeu: “Eu nunca vi ninguém a pôr o copo na boca sem ter intenção de beber o liquido, por outras palavras ninguém agarra a sua caneta, gasta tinta a pôr num papel factos que não são reais ”, defendeu.

Feb 15, 23:08 Fonte:LAC

Programa de formação dos agentes eleitorais inicia em Março

O execução do programa geral de formação dos agentes eleitorais, aprovado hoje, em Luanda, pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), inicia no princípio de Março próximo, com a realização de um encontro com os membros das comissões provinciais deste órgão.

O facto foi revelado à comunicação social, pelo porta- voz da CNE, Adão de Almeida(na foto), no final de uma reunião deste órgão, orientada pelo seu presidente, Caetano de Sousa.

Segundo o interlocutor, o programa contempla ainda encontros com os partidos políticos e com representantes de organizações da sociedade civil ligadas ao processo eleitoral, mormente na educação cívica, os quais serão informados sobre a estratégia do plano geral de formação, que culminará em Abril do ano corrente.

Depois desses encontros, seguir-se-à a acção formativa dos instructores que, por sua vez, irão formar os membros das comissões provinciais e dos gabinetes municipais eleitorais e outros agentes, "tendo em vista o primeiro grande desafio que é a supervisão do processo do registo eleitoral".

A questão da falta de instalações para funcionamento dos órgãos locais eleitorais foi igualmente analisada no encontro, que decidiu criar um grupo de trabalho para estudar a materialização do conteúdo e da actuação da CNE, em termos de supervisão de todo o processo eleitoral.

Quanto ao registo dos eleitores, Adão de Almeida disse que este assunto será discutido na reunião da CNE, aprazada para a próxima semana, assim como os outros aspectos contidos na nova proposta da Comissão Interministerial para o Processo Eleitoral (CIPE).

A proposta inicial do programa para o recenseamento dos eleitores foi entregue à CNE pelo Governo, a 19 de Setembro de 2005, um mês depois da tomada de posse deste órgão encarregue de coordenar e fiscalizar todas as tarefas inerentes ao pleito.

Dias depois, a CNE notou que seria necessário reformular o calendário do Governo, devido aos atrasos verificados na preparação das eleições. O programa do executivo previa efectuar o registo eleitoral em três meses, desde que fosse feito no período seco.

Feb 16, 00:18 Fonte:Angop

Unita ameaça abandonar GURN e Parlamento

O líder da UNITA, Isaías Samakuva, admitiu em Luanda que o seu partido pode retirar-se da Assembleia Nacional se este órgão continuar a ser o que qualifica de «fonte de desestabilização» da UNITA, na sequência da recusa do pedido de entrada de novos parlamentares.

Samakuva acrescentou que a saída poderá ser extensiva ao Governo de Unidade e de Reconciliação Nacional se for caso disso. Agastado com o último veto à entrada de novos membros para a Assembleia Nacional, em substituição de outros, Isaías Samakuva disse que o seu partido está no órgão legislativo do país pela necessidade da consolidação da paz e reconciliação nacional mas que tal presença não pode pôr em causa a estabilidade interna da UNITA.

Para Isaías Samakuva, o facto de a Assembleia Nacional não ter aceite o pedido do seu partido é revelador da falta de credibilidade como instituição que resultou das eleições democráticas de 1992 que, no seu entender, já perdeu o seu mandato.

O presidente da UNITA falava aos jornalistas momentos após a sua chegada a Luanda no final do périplo de sete dias pelas províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul.

«Se a Assembleia Nacional se torna num foco de desestabilização do nosso partido naturalmente que nós temos de ponderar a nossa presença na Assembleia Nacional. Temos vozes que se levantam constantemente contra a nossa presença na Assembleia Nacional como instituição que já perdeu o seu mandato. Não é que nós não reconheçamos a validade deste argumento. Mas sabemos que a nossa retirada causaria problemas. Mas parece-me que entre o salvaguardar a estabilidade do nosso partido e a duma Assembleia Nacional que já não tem mandato, nós poderemos optar pela salvaguarda dos interesses do partido, porque são estes que procuram defender os interesses do nosso povo. Por conseguinte, este assunto não pode ser visto como uma forma que afecta a UNITA apenas mas pode afectar a vida nacional no seu todo. (... )São situações extremas em que nós não incorremos de ânimo leve. Mas é preciso que haja bom senso de parte a parte e nós teremos de ponderar, se for caso disso, a retirada no Parlamento apenas ou também no Governo de Reconciliação Nacional».

Em Janeiro último, a UNITA foi impedida de substituir 16 deputados que constam da sua lista de suplentes depois que a Comissão dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento da Assembleia Nacional evocou a necessidade de conformar a actuação do seu grupo à normalidade funcional da Assembleia Nacional.

Na altura, a Comissão dos Assuntos Constitucionais e Jurídicos do Parlamento considerou que as razões apontadas pela direcção da UNITA não tinham sustentação constitucional, legal nem política.

Da lista dos dirigentes que a UNITA queria ver na Assembleia Nacional constava os nomes de Lukamba Paulo Gato, Adalberto da Costa Júnior, Azevedo Canganjo e Isaías Chitombe. Entretanto, na sequência dos pronunciamentos contra a figura de Isaías Samakuva e de recusa de saída da Assembleia Nacional, o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA recomendou o seu conselho nacional de jurisdição a instaurar os competentes processos disciplinares contra os deputados insurrectos havendo indicações de muitos deles poderem vir a ser sancionados.

Feb 15, 23:30 Fonte:VOA (Vernâncio Rodrigues)

Morreu Flávio Fernandes, antigo governador de Malanje

Flávio Fernandes, antigo governador da província de Malanje, morreu ontem por doença, indica uma nota oficial do Secretariado do Bureau Político do MPLA distribuída ontem na capital do país. “ Foi com profunda consternação que o Secretariado do Bureau Político tomou conhecimento do falecimento do camarada Flávio Fernandes, militante com longa folha de serviços prestados ao país e ao MPLA ”, refere a nota. Médico de profissão, o malogrado já foi igualmente ministro da Saúde, secretário do Conselho de Ministros e administrador da Clínica Multi-Perfil. Pelo infausto acontecimento, o Secretariado do Bureau Político, em nome dos seus militantes, simpatizantes e amigos do MPLA, apresenta à família enlutada as mais sentidas condolências.

Equatorial Guinea Wants Angola`s Experience In Oil Sector

Luanda, 02/15 - The Minister of Mines, Industry and Energy of Equatorial Guinea, Atanásio-Eha Ntugu Nsa said on Tuesday in Luanda that, his country will hold contacts with Angolan authorities in order to acquire experience in the oil field.

"At the moment Equatorial Guinea produces oil, but we lack experience and we know that Angola can supply us this knowledge in various areas of the sector", he stressed.

Atanásio-Eha Ntugu Nsa was speaking to the press after his arrival in Luanda, where he will prepare the visit of the Equatorial Guinean President, Teodoro Obiang Nguema, set for Thursday.

The Guinean Minister leads a delegation made up of the Minister of National Security, Manuel Nguema Nba, among other Government officials of this country.

The President of Equatorial Guinea was in Angola in November 2005, during the festivities allusive to the 30th anniversary of Angola`s independence.

Presidente da Guiné Equatorial chega amanhã a Luanda

O Presidente da República da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, é aguardado amanhã em Luanda, para uma visita oficial de três dias a Angola, a convite do seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos. Uma nota do Ministério das Relações Exteriores indica que a deslocação do estadista equato-guineense tem como objectivo o reforço das excelentes relações de amizade, solidariedade e de cooperação entre os dois países. Segundo ainda o documento, os dois chefes de Estado e respectivas delegações vão trocar informações sobre a situação interna nos seus países e perspectivar a cooperação económica à luz do interesse mútuo das partes.

Cerca de 65% da população de Luanda usa telemóveis, diz estudo

Um estudo do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) indica que 64,9 % dos habitantes da capital, maiores de 15 anos, usa telefone móvel, dos quais 62,0% são clientes da rede Unitel, 26,7% da Movicel e 11,3% são clientes das duas operadoras.

De acordo com o semanário “Agora ”, citando o estudo, a maioria dos utilizadores tem idade compreendida entre os 20 e 39 anos e cerca de 57,8% desses utilizadores estão desempregados ou no mercado informal. O estudo realizado entre os meses de Agosto e Setembro visou a qualidade e satisfação nas telecomunicações em Angola e indica que a maioria dos clientes das duas operadoras não faz reclamações junto das mesmas. Na Unitel, 34,8% dos clientes já fez reclamações, enquanto na Movicel apenas 31,3% já o fizeram. O índice de qualidade aferido para as duas operadoras indica valores muito próximos, 59,7 para a Unitel e de 54,6 para Movicel.

Da população que não possui telemóvel 79,0% deseja adquiri-lo dentro dos próximos 6 meses, sendo a principal causa para a sua utilização, segundo ainda àquele jornal da capital, a de se evitar deslocações.

Dos actuais clientes da Movicel, apenas 16,5% já foi antes da Unitel, enquanto 11,9% dos utilizadores da rede Unitel já pertenceu à concorrente Movicel.

Relativamente a rede fixa, mais de 30% da população de Luanda, maior de 15 anos, utiliza telefone fixo, sendo que 63% dos utilizadores pertence a estratos socio- económico alto e médio. 24,8% telefona a partir de casa.

O estudo indica ainda, que 24,3% dos inquiridos já tiveram telefones fixos, tendo sido apontado para a sua não utilização, a mudança de casa e a avaria técnica.

Os consumidores da Angola Telecom inquiridos mostraram- se satisfeitos com a qualidade da rede e facturação, mas criticam a taxa de pagamento, dando-lhe 47,4 numa escala pontual de 0 a 100.

Feb 13, 22:26 Fonte:Agora

Jornal de Angola

14 de Fevereiro

Reabilitação de aeroportos orçada em USD 500 milhões

Quinhentos milhões de dólares é quanto a Empresa Nacional de Exploração de Aeroporto e Navegação Aérea (ENANA) precisa para a reabilitação e modernização de dezasseis aeroportos.

A informação foi prestada ontem, em Luanda, pelo presidente em exercício do conselho de administração daquela empresa, Jorge Cor-eia de Melo, que falava por ocasião do vigésimo aniversário da Enana.

De acordo com aquele responsável, a empresa remeteu no início do ano em curso, o projecto de reconstrução dos 16 aeroportos ao governo para a sua aprovação.

Segundo Jorge Correia de Melo, caso o referido projecto seja materializado Angola poderá ser um dos países a nível do continente com melhores condições em termos de infra-estruturas aeroportuárias.

Para assinalar a passagem de mais um aniversário, foi ontem inaugurada no Aeroporto Internacional “4 de Fevereiro”, uma nova sala de trânsito com capacidade para 150 passageiros, uma central eléctrica de emergência de apoio para o sistema de climatização, um escritório da divisão de facturação, laboratórios de informática e rádio ajudas, medidas eléctricas e língua inglesa.

A conclusão deste projecto vai ser complementada com a instalação de um novo sistema de comunicações digitais, via satélite e a instalação de um radar.

Portugal BES Extends 13 Mln Euro Loan to Angola Fisheries Ministry Portuguese Business Digest 09-02-2006

Portuguese bank Banco Espirito Santo (BES) has extended a 13 mln euro ($15.6 mln) loan to Angola's Fisheries Ministry for a period of seven years, BES said on February 8, 2006.

The ministry will spend the sum on the acquisition of 10 new fishing vessels. They will be constructed in Portuguese shipyard Estaleiros Navais de Peniche.

The loan extended to Angola is the first operation of BES in the segment of export finance. The operation was carried out in collaboration with the bank's Angolan subsidiary BES Angola, as part of BES Global Trade Finance strategy.

The Global Trade Finance strategy of BES aims to support clients in their start of operations in the foreign trade sector.

[Editor's note: BES is expected to post a profit of 273.6 mln euro ($327.8 mln) for its activities in 2005, the Portuguese News Digest reported on February 1, 2006. The bank's net profit for the fourth quarter of 2005 alone is seen at 65.4 mln euro ($78.4 mln), down 9.0 pct year-on-year.] http://www.agenciafinanceira.iol.pt,http://www.aiidatapro.com

Source: Agencia Financeira,AII Data Processing Ltd.

Simba's Technical Team on Site in Angola Market Wire 08-02-2006

BAY CITY, MI 02/08/06

BAY CITY, MI, 02/08/06 / MARKET WIRE/ -- Simba Mines, Inc. (OTC: SBAM) is pleased to announce that its co-venturer, Rockbury, and their technical team, are on site at Cachoeiras de Binga in Angola. With the arrival of the technical team, preparation is underway for the upcoming program to test mining methods. Dr. Michael H. Smith, FIMMM, C. Sci, C. Eng., an approved geological consultant to the European Commission and to the World Bank, is responsible for the overall management of the program.

On January 9, 2006, Dr. Smith prepared a report for Simba regarding the validity and value of the Company's copper projects located in Angola and in the Democratic Republic of the Congo ("DRC"). According to the report, which can be viewed at http://www.simbajamba.com/Projects/Angola/opinion.pdf, Dr. Smith is of the opinion that the Company's multiple projects have an aggregate value of $305 million. The following is a brief description of each of these projects.

In the Angolan Cachoeiras de Binga copper project, Simba has a net 40% interest free- carried through to completion of full bank feasibility. Work to date has identified a measured resource of 7 million metric tons of copper ore with a grade of 2.14% copper and approximately 50 million metric tons of inferred resource with an inferred grade of 2 - 2.14% copper.

In the Angolan Benguela and Zenza copper projects, located to the south and north of Cachoeiras de Binga, respectively, Simba has a net 35% interest in each. Both projects are free-carried to completion of full bank feasibility and contain an extensive area of copper mineralization of the same style as that of Cachoeiras de Binga.

In the DRC Manga copper project, which covers a mineralized feature of more than six kilometers in length and which contains proven copper and cobalt mineralization, Simba has a net 34.5% interest. Measured and indicated resources are estimated at 59.9 million metric tons with a grade of 2.4% copper (1,437,192 metric tons of copper) and 0.91% cobalt (548,393 metric tons of cobalt).

About Simba

Simba Mines, Inc. is a United States mining company focused on the development and operation of low cost, high grade copper mines. The Company has (i) a net 40% interest in Cachoeiras de Binga, a copper project located in Angola; (ii) a net 35% interest in Benguela and Zenza, two copper projects located in Angola; and (iii) a net 34.5% interest in Manga, a copper/cobalt project located in the DRC. For more information about Simba and its copper/cobalt projects, please visit the Company's Website at www.simbamining.com

Forward-Looking Statements

The information contained herein regarding risks and uncertainties, which may differ materially from those set forth in these statements, in addition to the economic, competitive, governmental, technological and other factors, constitutes a "forward- looking statement" within the meaning of Section 27A of the Securities Act of 1933, as amended, and Section 21E of the Securities Exchange Act of 1934, as amended, the Private Securities Litigation Reform Act of 1995. While the Company believes that the assumptions underlying such forward-looking information are reasonable, any of the assumptions could prove inaccurate and, therefore, there can be no assurance that the forward-looking information will prove to be accurate. Accordingly, there may be differences between the actual results and the predicted results, and actual results may be materially higher or lower than those indicated in the forward-looking information contained herein.

Contact:

SIMBA MINES INC. Clinton Joseph 613 226 5211 www.simbamining.com

China's export to Angola in November 2005 Comtex Global NewsComtex InternationalXinhua Economic News 08-02-2006

BEIJING, Feb 8, 2006 (Xinhua via COMTEX) -- China's export to Angola reached 52, 980,000 US dollars in November 2005, the trade January-November reached 338,926,000 US dollars, up 92.2 percent year on year.

Following is a table showing China's export to Angola from January 2004 to November 2005, released by the General Administration of Customs: (Unit: 1,000 U.S. dollars) Current month Cumulative total % Change y-o-y ( cumulative total) 2004 January 22,804 22,804 354.2 February 8,545 31,348 173.1 March 11,524 42,872 123.2 April 13,874 56,744 100.2 May 12,187 68,930 90.0 June 19,332 88,262 97.6 July 14,752 103,078 76.2 August 15,135 118,328 75.0 September 11,958 130,286 65.4 October 14,376 144,671 56.9 November 31,713 176,385 39.7 December 17,148 193,533 32.7 2005 January 25,069 25,069 9.9 February 17,336 42,405 35.3 March 16,747 59,152 38.0 April 39,623 98,780 73.9 May 23,985 122,766 77.9 June 23,797 146,665 66.0 July 49,393 196,058 90.0 August 21,589 217,647 83.9 September 28,761 246,387 89.1 October 39,559 285,946 97.7 November 52,980 338,926 92.2

UNITA's Veteran Politician Wants MPs to Stay Put All Africa Global MediaComtex International 02-02-2006

Luanda, Feb 01, 2006 (Angola Press Agency/All Africa Global Media via COMTEX) -- UNITA historical politician and former Minister of Hotelry and Tourism, MP Jorge Alicerces Valentim, has advocated the maintenance in Parliament of the 16 legislators who are about to be replaced under proposal by this party's leadership.

Intervening today in one more parliamentary session convened to address the issue, he admitted that his political organisation is going through a internal crisis which he termed as "historical mistake" whose solution goes through a serious, profound and open debate.

"The solution of the problem should be found by people who have the sense of responsibility and modest before those who have sacrificed themselves for UNITA, so that a genuine solution is found, in order to avoid avoidable cyclical crises", he underlined.

According to him, the proposal of substitution of the 16 MPs forwarded by Isaas Samakuva leadership has touched the honour and dignity of some cadres, labelled as the "elite" of UNITA, taking into account the role played in the various stages of the organisation's historic process.

"When in the party, with artificial exaltation, we are dropped to the reform, like inapt and tired aged people (...) it is a great mistake", he commented, adding to be impossible an internal debate if experience is not considered.

Mr Jorge Valentim told the 16 MPs to remain in the posts, while expressing solidarity with the cadres listed to substitute those ones.

He opined that, in the framework of peace, the Government should find a political, strategic and economic solution which dignifies the cadres needed by the leadership of UNITA, without neglecting the demobilized and war displaced people.

Angola: UNITA's bid to stall debate on draft media law fails BBC International Reports (Africa) 02-02-2006 By Text of report by Portuguese RTP Africa TV on 31 January

[Announcer] The draft media law was brought before the National Assembly today but this new document was not debated because the National Union for the Total Independence of Angola, UNITA, asked for a postponement. UNITA argued that it needed two more weeks to consider it, but this proposal did not meet with consensus from the majority of members of parliament.

[RTP Reporter Alves Fernandes] Exactly two weeks ago, UNITA expressed its agreement with the content of the draft media law, which the government presented to the National Assembly Commission on Social Communication. Now, it has changed its mind. On Monday [30 Jan], the Black Cockerel [UNITA] bench sent out a communique saying that the draft media law was in breach of the constitution, alleging that the document restricts some of the fundamental rights and freedoms of citizens. On 31 January, UNITA called for a postponement and for the draft law to be approved in a plenary session, adding that it would like to collect more contributions in a bid to strengthen the document.

Angola: UNITA's bid to stall debate on draft media law fails

[UNITA MP Fernando Heitor] What we want to do is to listen to other circles in our society. To this end, we are collecting other elements that at the time of the discussion within the commission we were not able to...

[National Assembly Chairman Roberto de Almeida, interrupting] Kindly deliver your contribution quickly because you have exceeded your allotted time, already. You have exhausted your time and you are repeating...

[Heitor, interrupting] I am not repeating anything!

[De Almeida] Yes, you are repeating yourself: You want to listen to other people, you want an extra two weeks - we have heard all that.

[Heitor] In short, what I mean to say is that this is for the common good and we are asking for just two weeks. Given that previous requests of this type have been presented to the National Assembly before, I would just like to call on your indulgence to allow this discussion to be postponed. Thank you very much.

[Reporter] The Social Renewal Party, PRS, the third largest party in the National Assembly voiced its support for the position adopted by UNITA. In the end, however, this motion was defeated by the Popular Movement for the Liberation of Angola, MPLA.

[MPLA MP Paulo Mateta] We have come here to show off [preceding two words in English], I see! What I mean is, if there are doubts and concerns in respect of the law, those doubts and concerns must be put forward here at this plenary meeting. Why should we have to postpone this discussion?

[Reporter] The motion went to vote with the result that 107 MPs - including some from UNITA - voted in favor of the draft media law being discussed and approved before the end of the week. They conveyed the belief that there has been more than enough time for all parties to present their contributions.

Source: RTP Africa TV, Lisbon, in Portuguese 1900 gmt 31 Jan 06

Parliament Pronounces On Replacement of Unita MPs All Africa Global MediaComtex International 30-01-2006

Luanda, Jan 30, 2006 (Angola Press Agency/All Africa Global Media via COMTEX) -- The National Assembly will pronounce itself Tuesday on substitution of 16 deputies of the main opposition party (UNITA) solicited by the leadership of the former rebel movement, in the framework of the regularisation process of the party's parliamentary group.

This request resulted from the recommendation of the plenary on May 16 2005, after a request from the party's leadership, which was then considered discordant with the norms, as it favoured substitute MPs, in detriment of the effective deputies.

According to the chairperson of the Commission of Mandates, Ethic and Parliamentary decorum, Armindo Moises Kassessa, since the Luena agreement, in 2002, the UNITA parliamentary group has a higher number of substitute deputies or not included in the list of the 1992 elections, exceptional situation that needs solution in favour of the respective representatives.

Finance Minister Authorises Setting Up of Insurance Firm All Africa Global MediaComtex Global NewsComtex International 30-01-2006

Luanda, Jan 28, 2006 (Angola Press Agency/All Africa Global Media via COMTEX) -- Angolan Finance Minister Jose Pedro de Morais Junior authorised the setting up of the "A Mundial Seguros S.A." insurance company, in a communique published in the State Gazette, which ANGOP had got access this Saturday.

The dispatch determines its processing up to the Special Registry in the Insurance Supervising Institute in order to begin functioning, in accordance with the Law on Insurance Activities.

The Insurance Supervising Institute also has the duty to forward to the National Private Investment Agency (ANIP) the elements requested from the current project, accompanied by the published communique, which is enough for the project's subscribers to implement legal actions with the official institutions and organisation in order to effectively set up the insurance company.

The dispatch rates the profits at 8 per cent for "A Mundial seguros S.A.", relating to the insurance sectors with Special Regime of Co-Insurance, a percentage that determines the formality of the insurance contracts, as a criterion of the share of the guaranteed risk or the percentage part of the assumed insurance capital.

Each leader of the current insurance firms has influence on the referred percentage, in a proportional way to the levels of the respective co-insurance duties among the existing companies, namely ENSA - Insurance Company of Angola, S.A.R.L. and AAA Insurance Firm, S.A.R.L., in accordance with the fixed model-type and execution according to the contract information that the leader of each co-insurance should offer.

The 10% attributed to the following societies; "Nossa Seguros, S.A.R.L.", "G.A. Angola Seguros, S.A.R.L." and "Global Seguros, S.A.R.L." are reduced to 8%, as from the published date of the current dispatch and whose formality to each co-insurance firm is executed in the same terms.

In the ambit of the approval, by the National Assembly (Parliament), of the Constitutive Agreement of the African Reinsurance Society, it is requested the ceding of the percentage fixed in the ambit of the reinsurance responsibilities granted to this international reinsurance company.

Angolan president seeks ruling party support over general elections BBC International Reports (Africa) 28-01-2006

Angolan President Eduardo dos Santos has urged the ruling Popular Movement for the Liberation of Angola (MPLA) party to give the government "full support" in the organization of the country's first general elections since 1992. Such support is necessary since Angola is "experiencing a fast and thorough transformation", said the president in an address to the party's Central Committee meeting in the capital Luanda. President Dos Santos also told the delegates that the MPLA "needs a clear, dynamic and focused direction" as 2006 is going to be "a decisive year" as Angola bids to become an economic "heavy weight" in southern Africa.

The following is the text of President Dos Santos' speech published by Angolan news agency Angop website; subheadings inserted editorially:

Angolan president seeks ruling party support over general elections

Comrade members of the Central Committee:

We decided in 2005 that at the beginning of each year we should approve the Popular Movement for the Liberation of Angola's (MPLA) action plan and corresponding general budget. That is what we are going to do in this session.

As established in previous preparatory meetings, the documents we are going to assess contain ideas, guidelines and measures that allow the leadership to efficiently carry out the party's affairs.

These documents authorize any member of the executive body and MPLA core members to correctly and timely address all issues concerning the party's internal affairs that need guidance or decisions. They also give members who hold political positions in leadership or management in the state, and especially the government, an important reference framework to outline executive plans that are conducive to applying MPLA policies in all sectors of national life.

Among the general guidelines we are going to adopt are some fundamental and priority tasks, such as assessing and renewing the mandates of the party's intermediary ranks, training for inspectors in the voter registration process and future delegates to the polls, training and managing members and following government activities.

These tasks will be executed over a difficult period in history. The country is experiencing a fast and thorough transformation, in both social and economic sectors, as well as the institutional sector. Citizens and families, in particular, want urgent solutions to problems caused during the war such as unemployment; lack of housing and potable water; difficulties in accessing medical assistance, education and justice.

Under these circumstances and at all levels, the MPLA needs clear, dynamic, and focused direction that is dedicated to resolving these problems, the political and civic education of all citizens and organizing community life.

Since national independence was proclaimed [in 1975], we have organized the management system in both the party and the state. The war did not allow us to conveniently organize our grassroots structure, that is, the villages, the communes, wards, and the rural and urban municipalities.

Thus we have two possible action routes: The first is to continue with the studies and reflection under way in the context of decentralizing administration based on the organizational and functional model of administration in the municipalities and communes in rural and urban areas.

The second is to reconcile and overhaul party leadership from top to bottom so as to bring about renewal to the managing bodies at a commune or municipal level in terms of the statutes.

General elections

In this context members to be chosen or voted for, need good political and technical training.

Having established this chain of direction, we need to perfect our system of information that analyses and handles data on reality in the provinces and respective municipalities in order to improve our ability to be prepared and to respond.

Besides these aspects related to the MPLA's internal being, and its leadership other issues that will dominate the national political agenda are the elections, reconstruction and Angola's development. We all want elections that are transparent and well organized. Elections will be credible and participatory if a free and easy movement of people and goods exists throughout the country, and if voter registration includes all Angolans capable of voting and being elected, without any exception.

In this phase it is fitting for our party to give the government its full support in order to create the conditions to begin and conclude the voter registration as soon as possible so that this can be a comprehensive and transparent process.

Reconstruction

The party should also encourage the government to conclude its programme to rehabilitate the fundamental network of roads and railways in Malanje, Benguela and Mocamedes (Namibe) in 2007 so that a solid participation of all citizens can be attained in the next elections.

I call your attention to the fact that opening these channels of communication is going to be a huge thrust to social and economic development in Angola and central and southern Africa. It will transform our country into a heavy weight economic partner in this region and will give it another political dimension.

Thus we have to prepare conditions so that Angolan companies and public institutions can defend their interests in the best way possible.

As anticipated by the secretariat of the political bureau, better communication from the MPLA's executive bodies on the activities of its members in government will allow monitoring of government and greater focus on the execution of the more urgent tasks identified or still to be identified by the party.

Thus dear comrades, I hope this will be a decisive year in Angola's material and spiritual reconstruction.

May the MPLA through its work and constructive ideas continue to enjoy the confidence of all Angolans.

I also wish much success to this session of the Central Committee which I now declare open.

Source: Angop news agency website, Luanda, in Portuguese 27 Jan 06

BBC Mon AF1 AFEausaf 280106/mm Restoring of Destroyed Infrastructures Estimated At USD 35 Billion All Africa Global MediaComtex International 27-01-2006

Luanda, Jan 26, 2006 (Angola Press Agency/All Africa Global Media via COMTEX) -- Angolan Planning minister, Ana Dias Lourenco, said Thursday in Luanda that the cost of restoring the country's infrastructures destroyed by the war that ended in 2002, is currently estimated at USD 35 billion.

Addressing the first annual session of the UN Development Programme (UNDP) managing board, on Angola's reconstruction and economic development in the post-war period, the minister explained that the figure was established through prospective studies carried out, according to which the country's Gross Domestic Product (GDP) is expected to reach USD 36 billion by 2010.

This, she added, requires great and effective financial, political and economic mobilisation capacity and engagement in the reconstruction effort.

According to the Planning minister who is attending the meeting that started on January 20, in New York, some estimates indicated that the effort of restoring of physic infrastructures neared USD 20 million until 1990, should the war stop by then, whereas the World Bank estimated about USD 30 billion for the period between 1992 and 2002.

She stated that although the country is going through the post-war period, the fruits of peace are still to be determined.

To her, there are dividends that can not be counted, like tranquillity of spirit, regaining of hope, reunification of families, the possibility of dreaming about the future and national reconciliation.

In order to handle the situation created by the war, Ana Dias Lourenco said, the Government has set as priorities, within the framework of the fight against poverty, the support to the return and settlement of the internal displaced persons, refugees and demobilised soldiers into their zones of origin, through a sustainable integration in the country's economic and social life and guaranteeing them the minimum physical security, through demining, disarming and the guarantee of the law and order throughout the national territory.

The control of the spread of the HIV/AIDS virus and mitigation of its impact on people suffering from the disease, along with their families, improving the populations' health, through the increment of the access to a quality health, including the reconstruction, rehabilitation, expansion of basic infrastructures for the economic, social and development, are other goals set by the Government as its priorities.

The set of priorities include the valorisation of the national human capital, promotion of the access to job, boosting of the job market, guaranteeing the protection to the workers' rights, creation of an environment of macro-economic stability that curbs imbalances on the markets and stimulates the economic growth and secure the sustainable reduction of poverty.

Ana Dias Lourenco pointed out the positive results on the social plan, namely in education, stating that from first grade to higher education, there are 4.9 million students (practically 30 percent of the total population), of which 4. 7 in the basic teaching system and 131.239 in the medium system.

"It is now possible to think about more ambitious goals in education, considering to triplicate the number of students at medium and higher level," said the minister.

In addition to the results obtained in the education sector, she stressed, the post-conflict period has witnessed the productive and social reintegration of 4.1 million displaced, 250,000 refugees from neighbouring countries, 85.000 ex-soldiers from the former rebel UNITA and 360.000 dependants of theirs.

Government Refutes Human Rights Watch Charges All Africa Global MediaComtex Global NewsComtex International 23-01-2006

Luanda, Jan 21, 2006 (Angola Press Agency/All Africa Global Media via COMTEX) -- Angola's deputy Minister of Mass Media Manuel Miguel de Carvalho "Wadijimbi" Saturday here considered as groundless the charges of violation of freedom of speech, contained in a report released by the Human Rights Watch, Angop has learnt.

In an interview published on Saturday in the state-own daily paper "Jornal de Angola", the Government official says the report shows a total aloofness of the Angolan reality and labelled it as "an attempt to play down important conquests achieved by the Angolan people without the help of other countries".

He cited as examples the conquest of peace, the process of pacification and macroeconomics stability.

Wadijimbi also says apart from fake information, Human Rights Watch invests against prerogatives of sovereignty of the Angolan state, while questioning groundlessly the openness for the creation of conditions related to the electoral process and legitimacy of a loan deal with China.

Commenting on lack of freedom of speech, association and meeting, that official says there is not any kind of restriction and denied that he has threatened a journalist as it is stated in the Human Rights Watch report.

Wadijimbi also said that the document confirms that Angola is in a good path and that Human Rights Watch has not found new evidences to attack the Angolan Government.

Angolan ambassador: China's African policy trustworthy XinhuaComtex FinanceComtex Global NewsComtex InternationalXinhua 23-01-2006

BEIJING, Jan 23, 2006 (Xinhua via COMTEX) -- China's African Policy Paper is a real trustworthy document giving "strength" and "courage" to the African people, Angolan ambassador Joao Bernardo to China told Xinhua in a recent interview.

"The African people should believe that China is a true friend of Africa," Bernardo said, "Africa can develop by its own effort with China's help."

He noted that the document highlighted China's aid to Africa is "without any political conditions" which has the very reason for China to win trust from African countries.

After 27 years of civil war, Angola is in urgent need of rebuilding its national economy.

China and Angola signed an export buyer's credit agreement in 2003, which offered sufficient funding for the reconstruction of Angola's economy, the ambassador acknowledged.

China's investment in Angola is not as what Western media have trumpeted that China is pursuing so-called new colonial activities in Africa, Bernardo said.

In resources cooperation with Angola, China brought benefits to the Angolan people, Bernardo said, adding that the cooperation is mutually beneficial.

Chinese enterprises have engaged in Angolan economic reconstruction and especially made investment in infrastructure construction in Angola.

"China's investment may not make much profits but it provided timely help for Angolan people who have suffered from warfare for many years," he said.

"China's development does not spell a threat to the world but rather serve as a role model for us to see that Africa also has the opportunity to achieve development and prosperity," Ambassador Bernardo said.

9. UPDATE 2-BPI's 2005 net profits up, beat forecasts Reuters News, 16:54, 26 January 2006, 393 words, (English) (Adds analyst, CEO comment, details, byline) LISBON, Jan 26 (Reuters) - Portugal's Banco BPI posted a 30 percent rise in 2005 net profits on Thursday, beating analysts' forecasts as Angolan profits surged and commissions were up. (Document LBA0000020060126e21q001wh) More Like This

11. RESEARCH ALERT-Santander restarts Mota-Engil as "buy" Reuters News, 10:53, 25 January 2006, 113 words, (English) LISBON, Jan 25 (Reuters) - Santander restarted coverage of Mota-Engil , Portugal's biggest builder, with a "buy" rating and 4.30 euros price target. (Document LBA0000020060125e21p000v9) More Like This

Angola – Africa Mining Intelligence

N° 126 15/02/2006

ANGOLA New Millenium Delisted from AIM

New Millenium Resources de-listed from London’s Alternative Investment Market on Feb. 10. The Australian company active in Angola is seeking to float on Ofex (the Off- Exchange market in London which isn’t regulated).

Feb. 14, 2006, 9:10AM (PRN) Marathon Announces Thirteenth Deepwater Discovery in Angola; Mostarda Well Marks Fourth Deepwater Discovery on Block 32

PRNewswire-FirstCall

HOUSTON, Feb. 14 /PRNewswire-FirstCall/ -- Marathon Oil Corporation (NYSE: MRO) announced today that its subsidiary, Marathon International Petroleum Angola Block 32 Limited, has participated in the fourth deepwater discovery on Block 32 offshore Angola. The Mostarda-1 discovery well, along with the nearby Gindungo, Canela and Gengibre discoveries moves Block 32 closer towards establishing a commercial development. This discovery is the thirteenth discovery in Marathon's deepwater Angola exploration program on Blocks 31 and 32 in which the Company holds a 10 percent and 30 percent interest, respectively.

The Mostarda-1 discovery well is located approximately 150 kilometers (94 miles) off the Angolan coast in 1,758 meters (5,768 feet) of water. The well was drilled to a total depth of 4,495 meters (14,748 feet) and successfully tested at a rate of 5,347 barrels oil per day of 30 degree API fluid, from one of the reservoir intervals encountered. Mostarda is located 14 kilometers (approximately nine miles) south of the previously announced Canela discovery, and 15 kilometers (approximately nine miles) Southeast of the Gengibre discovery.

"Marathon is encouraged with the results of the Mostarda well and we will undertake additional studies to determine if this discovery can be developed with the nearby Gindungo, Canela and Gengibre pools," said Philip Behrman, Marathon senior vice president of Worldwide Exploration.

The concessionaire of Block 32 is Sonangol, Angola's state-owned oil company. TOTAL holds a 30 percent interest in the block and serves as operator, with the remaining interests held by Sonangol P&P with 20 percent, Esso Exploration and Production Angola (Block 32) with 15 percent and Petrogal with five percent.

Marathon is the fourth-largest U.S.-based fully integrated international energy company engaged in exploration and production; integrated gas; and refining, marketing and transportation operations. The company has principal exploration and production activities in the United States, the United Kingdom, Angola, Canada, Equatorial Guinea, Gabon, Ireland, Norway and Russia. Marathon also is developing integrated gas projects that are linking stranded natural gas resources with key demand areas where domestic production is declining and demand is growing, particularly in North America. Marathon is the fifth largest refiner in the U.S. The Company's retail marketing system comprises approximately 5,500 locations in 17 states. For more information about Marathon, please visit the Company's Web site at http://www.marathon.com .

This news release contains forward-looking statements «Acho que tem havido grandes erros de cálculo», por Alexandre Neto

Quando o realizador do “filme” sobre a movimentação dos 16 deputados à Assembleia Nacional concebeu o cenário e calculou o alcance e as eventuais repercussões do espectáculo, por certo não mediu com a precisão que se imponha ou então subestimou que mesmo em posição de inicial vencedor, dificilmente escaparia dos efeitos perversos, contra si e contra a imagem pouco brilhante das nossas instituições, ofuscadas pelo alto índice de corrupção que carcome o nome do país.

Também pouco feliz na escolha dos actores para uma prestação que requeria perícia técnica, mais ética e mais intelecto!

A mensagem de insegurança social, confissão pública evidenciada pelos deputados, após reclamados 14 anos ao serviço do Estado, justifica que afinal houvessem reivindicações em ocasiões anteriores sobre a necessidade da aprovação de um estatuto remuneratório que salvaguarde interesses legítimos dos representantes do povo, sobretudo os nossos mais velhos que hoje e em idade mais avançada, tendo aceitado no princípio engrossar a casa das leis, ajudaram a elevar ao mundo a imagem de uma Angola democrática, para justificar a liquidação de uma das partes do conflito de então. Democracia, embora muitas vezes manipulada e inconsequente e até com falsa separação de poderes...

Este novo estatuto remuneratório, que o verdadeiro chefe do governo há muito não autoriza que seja aprovado. Fontes bem informadas, consideram que o que realmente está por detrás deste não é a necessidade de se perpetuar a incerteza e deste modo, alimentar-se a dependência, o clientilismo.

Ao conduzir o processo de movimentação de deputados do grupo parlamentar da UNITA, com o debate de virulento verbo (dois dias e meio de duração) a nossa Assembleia expôs-se aos olhos do povo Angolano e da população. Reforçou a ideia da ociosidade que impendia sobre ela.

Com um passado marcado pela raridade com que aprova iniciativas das demais forças políticas fora do poder, com o seu mandato como é do domínio de todos, de si, fora de prazo longos 14 anos, com as anormalidades daí derivadas, entretanto legalizado pelo acordo político do protocolo de Lusaka de 1996, no interesse do asseguramento de uma transição, com o pleno funcionamento dos órgaõs de soberania.

Longe de se constituir problema de um partido político, pesem embora o oportunismo e os dividendos colhidos do espectáculo, da vergonha não escapou a Assembleia por várias razões: -o baixo teor nas intervenções grande parte delas evidenciando a defesa do interesse pessoal. “ Querem me tirar do Parlamento e os meus filhos vão comer o quê? ” intervenções nestes termos, ficaram gravadas na memória colectiva.

Neste caso particular, se se define o Estado como a sociedade politicamente organizada, dos seus poderes, essencialmente do legislativo, exige-se-lhe que assegure a ordem e respeito pelo que é legítimo!

Não pode a Assembleia Nacional, só porque predominada por uma maioria parlamentar, dar-se ao gozo de instigar debates com tanta obscenidade, só porque o cálculo julgou que dele se colheriam prejuízos sobre uma dada força política!

O Parlamento tem deputados que apesar de tudo são figuras distintas, são figuras que conservam moralidade! Ele, deve ser o guardião das legítimas aspirações das organizações que configuram os sistemas democráticos – da sociedade civil, os partidos políticos- que no essencial, representam a vontade do povo.

Se reconhecida a sua legalidade, com documentos a atestarem isso mesmo –estatutos regulamentos, etc- legitimados que estão os respectivos corpos de direcção, aos órgãos de soberania só resta a obrigação de colaborar com elas, sob pena de, não o fazendo, estar a canalizar o retrocesso a situação de Estado na sua forma natural e cúmplice de desordem.

Como expõe Hobbes, in o Estado Natural de Guerra Generalizada, “ ... a existência humana fora do Estado é de luta de todos contra todos... Ali onde o Estado está ausente, prevalece a lei do mais forte. Quanto mais fracas se tornam as instituições do Estado, tanto mais cresce a força desregrada das paixões dos indivíduos. ”

É preciso que se faça respeitar a ordem que dimana do interior dos partidos políticos.

Se um caminho contrário tiver sido escolhido, no quadro em que se for desenhando a política em Angola, com a ausência de eleições e este controlo dos partidos políticos, que se quer através de deputados seus, como ainda pela fantochada de uns quantos dirigentes, controlo por forças estranhas a vontade das legítimas lideranças, associada a banalidade das personalidades da política, alguns dos quais são surpreendidos bêbados e a urinar nas ruas em plena luz do dia, tudo isto pode ser configurador do prenúncio do início de um outro regime que não o democrático!

Artigo de Opinião, assinado pelo deputado Alexandre Neto

Feb 13, 23:38 Fonte: AngoNotícia

No reino Kwacha e oposição, Savimbi faz falta

O psico-drama que teve lugar estes últimos dias nas atribuladas sessões da Assembleia Nacional, a propósito da nega firme e indignada de 16 deputados da UNITA de se retirarem pacificamente do pelouro em que se alcandoravam como deputados do partido do Galo Negro, foi o suficiente para reavivar na memória dos seus militantes os velhos tempos de obediência estrita aos princípios de disciplina impostos a todos pelo então líder incontestado da UNITA, Jonas Savimbi.

De facto, imaginar que isto pudesse acontecer ao tempo da gestão política do “Falecido ” nem sequer tem sentido.

Por razões simples e evidentes, que assentam na diferença entre um regime autocrático e a democracia, num mundo de diferenças que distanciam Isaías Samakuva do fundador do partido, e no clima de paz que tende a se consolidar no nosso país.

Mas também por razões complexas, inerentes ao exercício do poder, com responsáveis mandatados pela direcção, que de longa data viveram mal nas matas e agora, por viverem bem, no meio de todo o conforto, se esqueceram de que havia autoridade e pensam que a carreira política é um posto de trabalho, do qual eles só poderão ser exonerados por justa causa ou por terem atingido o limite de idade. E é aí que Savimbi faz falta.

O Comité Permanente da UNITA condenou a 07 a conduta dos deputados que se opuseram à substituição na bancada parlamentar, tendo decidido instaurar processos disciplinares e suspender preventivamente alguns dos parlamentares envolvidos no processo.

"Tendo em conta que a conduta de alguns (deputados) viola as normas estatutárias e regulamentares que regem o partido, o Comité Permanente recomenda ao Conselho Nacional de Jurisdição a instauração dos competentes processos disciplinares", refere o comunicado.

O documento, emitido no final de uma reunião extraordinária da direcção da UNITA, acrescenta que foi ainda decidido suspender preventivamente os deputados envolvidos no processo que sejam também membros dos órgãos dirigentes do partido.

No comunicado que emitiu, o Comité Permanente do Galo Negro condenou "com veemência" a conduta dos deputados que se opuseram à decisão da direcção do partido, mas também lamentou "a forma pouco dignificante como a Assembleia Nacional vem conduzindo o processo, lesando a sua própria imagem institucional".

A aprovação pelo parlamento da proposta apresentada pela direcção da UNITA para a substituição dos deputados, que dominou as sessões plenárias da semana passada, acabou por ser adiada, tendo a questão sido remetida para a comissão parlamentar especializada.

No final de dois dias de debates no plenário, marcados por forte contestação à direcção da UNITA, acabou por prevalecer a recomendação da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, no sentido de esta questão ser objecto de uma análise "mais aprofundada" na Comissão Parlamentar de Mandatos.

No início dos debates, estas duas comissões apresentaram pareceres opostos, tendo a Comissão de Mandatos aprovado a substituição pedida pela direcção da UNITA, enquanto a Comissão de Assuntos Constitucionais se manifestou contra.

UNITA no exterior critica "indisciplina" de deputados

Os delegados da UNITA no exterior criticaram a "indisciplina" dos seus deputados, que se opõem à sua substituição, conforme decisão tomada pela direcção do partido.

Em comunicado, os “maninhos ” defendem que, com esta atitude, os 16 deputados pretendem apenas "criar instabilidade interna no partido", além de revelar "desrespeito pelos órgãos de direcção". Em causa está a contestação por parte de 16 deputados da UNITA, de um total de 70 no Parlamento, à intenção do partido de os substituir e que levou já a críticas da população, que associa esta recusa ao receio de perderem as regalias que auferem.

No momento em que tomam posse, os deputados recebem uma verba de 12.000 dólares como subsídio de instalação, além de uma viatura protocolar, de topo de gama - actualmente um Audi A6 - e uma outra viatura para uso da sua casa. Cada deputado recebe mensalmente um salário base de 1.500 dólares, acrescido de 2.500 dólares, como subsídio de renda de casa e mais 1.500 dólares a título de subsídio para manutenção das viaturas.

Todos os meses os deputados recebem ainda um subsídio de 3.000 dólares, que se destina ao pagamento do seu pessoal, nomeadamente assessor, motorista, cozinheira e empregada doméstica. A estas verbas devem ainda ser acrescidos os subsídios para deslocações em serviço, que podem atingir mensalmente 5.000 dólares, no caso de viagens dentro do país, e 12.000 dólares, se as deslocações forem ao estrangeiro.

Para a liderança do maior partido da oposição, esta medida, além de permitir uma renovação, tem como objectivo "normalizar a bancada parlamentar, respeitando a ordem de precedências das listas das eleições de 1992". O problema está relacionado com o facto de uma parte dos actuais deputados da UNITA serem suplentes nas listas que concorreram às eleições de 1992, tendo ocupado os lugares dos efectivos que foram eleitos porque estes se recusaram a mudar-se para Luanda, alegadamente por falta de condições de segurança.

Entre os deputados que a UNITA pretende ver entrar agora no parlamento encontram-se Lukamba Gato (que liderou o partido desde a morte de Savimbi até ao congresso que elegeu Samakuva), Ernesto Mulato (actual vice-presidente do partido), Mário Vatuva (actual secretário- geral) e Adalberto da Costa Júnior (porta- voz da UNITA).

De acordo com os delegados no exterior, que "renovam o seu voto de confiança na direcção do partido", a "democracia não é sinónimo de anarquia", tem "as suas regras, a sua própria ética e exige sobretudo obediência e respeito pelos órgãos de direcção legitimado pela vontade dos militantes".

"Nenhum partido seria capaz de atingir os seus objectivos políticos sem garantir o respeito pela autoridade das suas próprias instituições, independentemente da legitimidade das preocupações levantadas pelos militantes", refere o comunicado, assinado pelo secretário-adjunto das Relações Exteriores, Jardo Muekália.

Num momento em que é necessário o "aprofundamento da democracia" em Angola, "é imperioso o reforço do papel da UNITA como força política mais interventiva de modo a exercer efectivamente o seu papel como maior força da oposição", acrescenta o comunicado.

Feb 13, 20:08 Fonte:Folha 8

Capapinha extingue comissão de tratamento de terrenos

O governador provincial de Luanda, Job Castelo Capapinha, procedeu ontem à extinção das unidades técnicas que tinham como missão a instrução de processos de concessão de terrenos a nível dos diferentes municípios de Luanda, segundo despacho do governo de Luanda.

O documento justifica que a medida visa a necessidade de reorganização destes serviços, adaptando-os à nova filosofia de funcionamento do governo provincial em matéria de concessão de terrenos.

Segundo a nota, o pessoal e equipamento das ex-unidades técnicas passam a integrar a Secção de Organização, Serviços Comunitários e Fiscalização em cada município e vão funcionar sob coordenação do administrador municipal adjunto e terá a orientação metodológica da Direcção dos Serviços de Planeamento e Gestão Urbana.

Noutro despacho, Job Capapinha refere que havendo a necessidade de se proceder ao acompanhamento das obras de investimento público em curso através da cooperação chinesa, cria o grupo de acompanhamento das referidas obras e terá como coordenador o director geral da Elisal-EP, Antas Miguel, que deverá elaborar e remeter ao GPL relatórios mensais sobre as actividades realizadas.

O governador provincial criou igualmente uma comissão de acompanhamento às obras de construção de uma auto- estrada que vai ligar os municípios de Cacuaco e Viana, Kilamba Kiaxi e Samba. A mesma é coordenada pelo director das Obras Públicas, Urbanismo e Ambiente.

Feb 14, 12:42 Fonte:Jornal de Angola

Autoridades angolanas apostam em força no sector mineiro

O investimento no sector mineiro, sobretudo nos diamantes, é uma das grandes apostas das autoridades angolanas que, através do Ministério da Geologia e Minas e da sua empresa pública do sector, a Endiama, buscam junto de investidores internacionais os necessários financiamentos.

Desta forma, aproveitando a realização na cidade costeira sul-africana de Cape Town da Conferência Internacional sobre o Investimento Mineiro em África, o Governo despachou para este encontro o vice-ministro da Geologia e Minas, Mankenada Ambroise, uma figura há longos anos ligada a este ramo.

O governante disse aos políticos demais de duas dezenas de países e executivos de companhias, grande parte de renome mundial, que a pesquisa e produção de diamantes é a grande prioridade, mas que a linha seguinte está a exploração de rochas ornamentais, nomeadamente, de granito negro e mármore, os agro-mineiros, Ferros, manganês, metais básicos e ouro.

De acordo o “Agora ” a presença de Mankenda Ambroise esteve virada para a exploração diamantífera, dando como amostras seguras do potencial neste sector dados estatísticas dos últimos cincos anos.

Frutos de fortes investimentos no ano passado, como a entrada em funcionamento do segundo módulo da chaminé de Catóca e o início da produção da fábrica de lapidação em Luanda, as exportações deste precioso mineral é a segunda fonte de receitas externas do país e cresceram de 5.158.853.000 carats, em 2001, para 7.079.121.000 em 2005.

Já a receita bruta virou entre 688.576.386 dólares, em 2001, 1.088.179.956 de dólares, no ano transacto, prevendo-se ainda uma forte subida em 2006, fruto dos investimentos do Catóca, na fábrica de lapidação e outras concessões em fase de produção.

Por outro lado, estes aumentos também propiciam subidas nos impostos cobrados pelo Estado à indústria de diamantes. Se em 2001 o fisco registou apenas 45.397.966 de dólares descendo ligeiramente no ano seguinte para 44.619.200, voltando a subir em 2003 para 111.965.828, em 2004 e 2005 engordou os cofres com 120.977.647 e 150.248.043 de dólares respectivamente.

Este crescimento, de acordo com àquele periódico, está também ligado ao reforço da luta contra o garimpo, com a expulsão do país de milhares de garimpeiros ilegais vindos de países diversos sobre tudo da vizinha República Democrática do Congo.

Feb 13, 22:51 Fonte:Agora

Galp anuncia descoberta de petróleo no bloco 32 em Angola

A Galp Energia anunciou hoje a descoberta de petróleo no bloco 32, nas águas ultra-profundas de Angola, que durante o teste produziu 5.347 barris diários de crude.

A petrolífera portuguesa explora o bloco 32 em consórcio com a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), Total, Marathon e Esso.

A Galp tem 5 por cento da parceria, a Sonangol 20 por cento, a Total e a Marathon 30 por cento cada e a Esso 15 por cento.

A descoberta de petróleo no quinto poço de pesquisa, denominado Mostarda-1, que está localizado na parte Este do bloco 32, aproximadamente a 14 quilómetros a Sul do poço Canela-1 e a 15 quilómetros a Sudeste do Gengibre-1, foi feita a 1.758 metros de profundidade.

Em 2004 e 2005, o consórcio tinha anunciado a descoberta de petróleo nos poços Canela-1 e Gengibre-1, respectivamente, o que demonstra que esta é uma área "que se tem revelado de elevado potencial e uma das mais promissoras do offshore de Angola", refere a Galp em comunicado.

Estes poços estão localizados entre 170 a 180 quilómetros da costa, a Noroeste de Luanda, Além desta participação, a Galp tem ainda interesses no bloco 33 (5 por cento), bloco 14 (9 por cento) e no bloco terrestre Cabinda Centro (20 por cento).

No bloco 14 está em produção, desde 1999, o campo Kuito e, desde Janeiro, o campo Belize, do complexo Benguela- Belize-Lobito- Tomboco.

"Com a entrada em produção deste conjunto de campos, a Galp Energia aumentará este ano a produção própria, facto que se insere na estratégia de vir a produzir a médio prazo cerca de 100.000 barris de petróleo por dia", refere a petrolífera.

Feb 14, 12:10 Fonte:Lusa

Huambo: Dirigente da Unita descarta convocação de congresso extraordinário

O secretário-geral da Unita, Mário Vatuva, afastou a hipótese de convoção de um congresso extraordinário para dirimir as desavenças registadas nos últimos dias, particularmente no concernente a substituição de 16 deputados à Assembleia Nacional, pretendida pela sua direcção.

O dirigente da maior força política na oposição em Angola, falando em conferência de imprensa segunda- feira, na cidade do Huambo, advogou que a actividade partidária rege-se nos estatutos, que plasma as regras para convocatória de congressos, quer ordinários quer extraordinários.V Esclareceu ainda que, no primeiro caso, estes são convocados de quatro em quatro anos, enquanto para o segundo é exigível a sub-escrição da convocatória por uma maioria qualificada de 75 por cento de participantes ao último congresso.

"Como isso não se manifesta, no seio do partido, não vemos razão para um congresso extraordinário, quando estamos há um ano do fim de mandato da actual direcção, que pensamos levar até ao X Congresso", justificou-se.

Uma onda de contestação à direcção da Unita despoletou- se, há pouco mais de uma semana, face a proposta de substituição de 16 deputados da bancada desta formação política no parlamento angolano.

Decidido, pela plenária, o reenvio da proposta à Comissões especializadas da AN, para conformação à Lei Constitucional e ao Regimento do hemiciclo legislador angolano, a refrega tem resvalado para o extremar de posições, com os visados a recusarem-se peremptoriamente abandonar os assentos, por um lado, e, por outro, a liderança a anunciar a aplicação de sanções aos "insubordinados".

O secretário-geral da Unita, de visita à província do Huambo desde o dia 07 do corrente, considerou positivo o empenho dos quadros do partido na região, tendo frisado a necessidade de aumento em meios, para permitir o redobrar do trabalho de mobilização das populações.

Feb 14, 12:53 Fonte:Angop

Business Wire

February 13, 2006

Africa to Supply 30 Percent of the World's Liquids Increase and 25 Percent of Global LNG Capacity by 2010

Ron Mobed, Energy President and COO, IHS, Addresses Global Energy Challenges at IP Week in London

Africa will supply 30 percent of the world's liquid production increase and more than 25 percent of global LNG capacity by 2010, said Ron Mobed, president and chief operating officer of the Energy segment of IHS, a leading provider of oil and gas information and consulting services. Currently, Africa's liquids production constitutes 12 percent of world production. This significant contribution to global oil supply growth will be a critical source to the global market, but particularly to the U.S., where the gap between domestic production and increasing imports has grown at a rapid rate, Mobed said at a presentation on "Africa's Role in Meeting Energy Demand" today at the International Petroleum Week (IP Week) energy conference in London.

"The number and size of hydrocarbon discoveries continued to decline during 2004-2005 and many areas of the world became less accessible due to political constraints. Oil and gas companies are increasingly seeking access to larger oil reserves in Africa to meet growing global demand," Mobed said. "Africa's major oil and gas producing provinces will likely continue to attract huge exploration investments and yield larger-than-average discoveries. Exploration will expand from these successful plays into adjacent countries and provinces, especially on the Atlantic continental margin, where access to export markets is key."

According to IHS statistics, African discoveries in the period 2000 to 2004 have contributed nearly 25 percent in the international liquids reserves (exclusive of onshore U.S. and Canada) and 12 percent of the discovered gas. Approximately 300 billion barrels of oil equivalent, two-thirds of them liquids, have been discovered in Africa through 2004, 85 percent of which has been found in just 10 basins, with Libya's Sirte Basin yielding the largest resources (22 percent of Africa's total). At the end of 2004, the estimated remaining liquids resources in Africa are nearly 105,000 million barrels of oil (MMb): Nigeria (35,651 MMb); Libya (26,842 MMb); Angola (13,619 MMb); Algeria (14,169 MMb) and Egypt (3,428 MMb). Africa's remaining sub-Saharan and Saharan countries account for an additional 11,173 MMb). Sudan, currently a political wildcard, is also rapidly expanding both its production and reserves.

Additional forecasts by Cambridge Energy Research Associates (CERA), an IHS company, show that Africa will add 38 percent in oil production, contributing an additional four million barrels of oil per day by 2010. A substantial portion of this growth will be from new giant fields in Nigeria, Angola and Algeria. This growth represents 30 percent of the projected 13,650 million barrels per day global capacity growth. Giant deepwater discoveries in sub-Saharan Africa are expected to add more than 2,200 million barrels per day, with Angola and Nigeria being the major contributors.

Africa's contribution to the world energy supply however is not limited strictly to oil. The continent's new LNG capacity will be a growing source for natural gas. At the end of 2005, Africa had 50 million metric tons per year of the world's online LNG capacity of 173 million metric tons per year, with Algeria and Nigeria leading the way. Egypt opened a new train that will accommodate 3.6 million metric tons of LNG per year, while Equatorial Guinea and Angola have announced their first LNG projects.

"After 9/11, U.S. energy companies sought greater diversity in supply and began to refocus on Africa as a complementary source of energy," said Mobed. "Now, five years later, we see a fundamental shift occurring in the economic and political controls on oil and gas exploration. Namely, we see increasing dominance of national oil companies competing against international and U.S. oil companies for access to hydrocarbon resources.

"This is happening globally, but in Africa, for example, according to IHS data, 10 years ago, national oil companies had 95 license holdings in Africa. By 2005, however, this number had increased to 216, so national oil companies, particularly Asian companies, are becoming much more aggressive in securing energy supplies to support their growing economies," Mobed said.

The most active national oil companies operating in Africa are Statoil (Norway), CNPC (China), Petronas (Malaysia) and Petrobras (Brazil). China has been taking bold steps in recent years to secure raw materials in Africa to fuel its economy, and recently took the dramatic step of purchasing a 45 percent stake in Nigeria's giant deepwater Akpo field for U.S. $2.3 billion. And in just the past few weeks, China and India agreed to cease competing for hydrocarbon resources and to cooperate in securing new exploration deals.

Despite continuing political and civil unrest in countries like Nigeria, Mobed said companies are still attracted to the region because of the enormous hydrocarbon potential, particularly in the offshore. And while some African countries have increased their "state-take" to correspond with perceived higher prospectivity or potential, other African nations have balanced their fiscal terms with their country's E&P performance. Still, in other countries, their terms remain out of balance with their performance, Mobed added.

"However, on a positive note," he said, "is that many African countries with frontier prospects realize the need to promote their opportunities and to provide investment incentives. Their participation in leading industry expos like NAPE(R) Houston, APPEX London, and the APPG International Pavilion creates competitive pressure that often helps induce changes in their legislation and fiscal terms. Better incentives, combined with higher oil prices, make it possible for oil and gas companies to undertake the risks and considerable costs associated with frontier exploration and development."

Mobed's presentation was part of a panel addressing "The Changing Role of the International and National Oil Company in Meeting Global Energy Demand." Other speakers on the panel included Sir John Collins, president of the Energy Institute; Malcolm Wicks, MP energy minister; Joroen van der Veer, chief executive of Royal Dutch Shell; John Pearson, deputy managing director of AMEC; and H.E. Dr. Ibrahim Bahr al-ulum, oil minister for Iraq.

Delegação da Petrobrás em Angola para contactos com a Sonangol

Luanda, 07/02 - Uma delegação da Petrobrás, chefiada pelo seu presidente José Gabrielli de Azevedo, chegou ao principio da tarde de hoje a Luanda, para manter contactos com responsáveis da sua congénere angolana Sonangol.

Segundo Gabrielli de Azevede, em entrevista à imprensa no aeroporto "4 de Fevereiro", um dos objectivos da visita é de demonstrar a Sonangol o interesse claro da Petrobás em ampliar as suas actividades em Angola.

"Estamos em 16 países e queremos ampliar a nossa presença em Angola. Nós já tivemos uma maior actividade, mas nos últimos tempos temos uma participação relativamente pequena", disse.

Referiu que a empresa petrolífera brasileira continua em grande crescimento, informando que, actualmente produz dois milhões de barris/dia, prevendo um aumento de 3,4 milhões de barris dia a partir de 2010, dai a necessidade da expansão internacional.

Durante a sua permanência de algumas horas em Angola, José Gabrielli e a comitiva que o acompanha vai manter contactos com o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, e com outros responsáveis da empresa ligados a pesquisa e produção.

Interrogado sobre possível assinatura de um acordo, o responsável da petrolífera brasileira esclareceu que terá apenas reuniões de trabalho, não prevendo a rubrica de qualquer documento.

Integra igualmente a delegação, para além de outros responsáveis, o gerente executivo para África, América e Ásia, João Carlos de Araújo Figueira.

Sociedade de economia mista criada em 1953, a Petrobrás vem desenvolvendo actividades na área de prospecção, produção, importação, transporte, refinaria e distribuição de petróleo e gás natural.

Está implementada em Angola desde Setembro de 1980. Plataforma Girassol eleva tratamento de crude para 250 mil barris/dia

Luanda, 10/02 - Cinco anos após o início de produção, a plataforma petrolífera Girassol, situada no mar territorial angolano a 200 quilómetros a Noroeste de Luanda, eleva a sua capacidade de tratamento de crude para 250 mil barris/dia, suplantando em mais 50 mil unidades diárias as expectativas iniciais do projecto.

De acordo com o responsável das operações do Girassol, Jorge Assis, em declarações aos jornalistas que visitaram a plataforma, o aumento dessa capacidade deve-se a entrada em funcionamento de outros campos petrolíferos dentro do Bloco 17 (zona de produção).

Referiu que, pelas previsões, o nível de produção poderá manter-se por mais quatro ou cinco anos, o que "não significará logo uma baixa na sua capacidade de tratamento, pois nesse intervalo (2006-2010) poderá haver outras descobertas.

Essa possibilidade, a par do comportamento, em alguns casos imprevisível, dos reservatórios em relação a injecção de água neles, cria uma situação aleatória por existir sempre uma margem de erros.

Em função dos resultados já atingidos pela plataforma de produção petrolífera, o responsável considerou bom o desempenho do Girassol, realçando que o facto encontra justificação "se levarmos em conta que as instalações foram projectadas para produzir 200 mil barris/dia e actualmente estamos em 250 mil" (um barril de petróleo leva 159 litros).

Do ponto de vista tecnológico, considerou o Girassol um marco no mundo, não apenas por ter ganho o mais importante prémio da indústria petrolífera, o Offshore Technology Conference do ano 2003, mas também por existirem hoje a nível mundial projectos semelhantes que partiram da experiência e dos resultados alcançados por essa plataforma.

Explicou que dois aparelhos de perfuração de posicionamento dinâmico (o Pride África e o Pride Angola) foram construídos especialmente para a pesquisa e desenvolvimento dos campos do Bloco 17, que são explorados a uma profundidade subaquática de mil e 500 metros.

Com a dimensão de três campos de futebol juntos e uma altura acima de um edifício com cinco andares, a plataforma foi construída nos estaleiros navais da Hyundai, na Coréia. O Girassol chegou ao campo petrolífero com o mesmo nome em 11 de Julho de 2001, depois de uma viagem de três meses através do Mar da China, Oceano Índico e Atlântico.

Para se manter aparentemente fixo no mar, a estrutura esta assegurada por dezasseis linhas de ancoragem. Cada uma delas compreende um cabo de 1,8 quilómetros de comprimento e uma correia que se encontra ligada a uma âncora de sucção de 20 metros de altura enterrada no solo.

O tratamento do crude realizado nessas instalações, consiste em separar a água e o gás do petróleo bruto; a água é aí tratada, assim como o gás que após esse processo é reinjectado no jazigo.

Para terminar esse tratamento, a água do mar é também bombeada, além de lhe ser retirada o sulfato, sendo igualmente reinjectada no jazigo, de forma a manter a pressão.

O petróleo bruto é armazenado no casco, antes de ser bombeado para um petroleiro, através da bóia de exportação.

Esse campo petrolífero, a grande profundidade, é uma concessão da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol). A multinacional Total (com 40 por cento) é a operadora do Bloco 17 que apresenta como associadas as companhias ExxonMobil (20 %), British Petroleum - BP (16, 67%), Statoil (13,33%) e Hydro (10%).

Acordo para construção de auto-estrada Cacuaco/Viana/Samba - marca semana económica

Luanda, 11/2 - O acordo firmado entre o Ministério das Obras Públicas e Instituto de Estradas de Angola para a construção de uma auto-estrada, que vai ligar o município de Cacuaco ao de Viana e deste à comuna do Ramiros, na Samba, constitui o destaque do noticiário económico dos últimos sete dias.

A empreitada vai custar ao Governo angolano cerca de 50 milhões de dólares e terá uma extensão de aproximadamente 50 quilómetros, com duas faixas de rodagens em cada sentido e um separador de 20 metros, que poderá ser utilizada para a construção de uma linha férrea ou vala de drenagem.

A construção da auto-estrada vai durar um ano e deverá reduzir a circulação rodoviária dentro da cidade, principalmente ao tráfego proveniente do norte, sul e leste e que não têm Luanda como destino.

No domínio da formação técnica, Angola precisará, nos próximos seis anos, de pelo menos oito mil novos engenheiros e geo-cientistas para poder implementar os projectos planeados nas diferentes áreas de infra- estruturas básicas, indústria pesada e sector petrolífero.

A constatação foi feita esta semana, em Luanda, pelo presidente da companhia petrolífera BP Angola, José Patrício, durante a assinatura de um acordo de cooperação entre a sua instituição e a única universidade pública do país, a Universidade Agostinho Neto.

Esta estimativa, segundo o gestor, consta de um estudo conjunto entre as duas instituições sobre a demanda e oferta de engenheiros e geo-cientistas em Angola, realizado em 2005. A pesquisa visou abranger de modo amplo as necessidades de Angola como país com uma economia emergente.

A abertura de novas instalações da Transportadora Aérea Angolana (TAAG), em Lisboa, na Avenida Brasil, por ocasião do seu 26º aniversário, constituiu igualmente matéria de destaque da semana que hoje termina.

Com cerca de mil e 150 metros quadrados, o novo espaço equipado com tecnologia de ponta, tem também a vantagem de ser propriedade da empresa, ao contrário do anterior, na avenida da Liberdade, nº 259.

Localmente, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) deu conta do aumento do índice de publicidade abusiva e enganosa sobre bens e serviços, por parte de vários agentes comerciais, tomando proporções preocupantes nos últimos três anos.

Segundo o director do INADEC, Assunção Pereira, para quem o cenário é inquietante, além da publicidade abusiva e enganosa, o mercado nacional tem observado o aumento de agentes comerciais que insistentemente relutam em afixar o preço dos produtos em moeda estrangeira, deixando para segundo plano a moeda nacional, Kwanza.

No capítulo da cooperação internacional, Angola e o Brasil firmaram um acordo, visando uma parceria no domínio da segurança alimentar para a capacitação de quadros nacionais por professores brasileiros e canadianos.

A professora da Universidade de Ryerson do Canadá, Cecília Rocha, disse que através desta parceria será possível a formação de recursos humanos capazes de implementarem as estratégias efectivas contra a insegurança alimentar em Angola.

Na mesma vertente, o governo japonês disponibilizou este ano cerca de 30 milhões de dólares norte- americanos para a implementação de projectos económicos e sociais em diversas províncias de Angola, no âmbito dos acordos existentes entre ambos os países.

Em declarações à Angop, o encarregado de negócios da Embaixada do Japão em Angola, Hzkoaki Sano, disse que o montante está a ser investido, entre outros sectores, na agricultura e na desminagem.

No Zaire, o governador da província, Pedro Sebastião, e o presidente do Concelho Municipal de Pitesti (Roménia), Tudor Pendiuc, acordaram implementar um programa económico em benefício dos dois territórios, no âmbito da futura geminação das duas municipalidades.

De acordo com um comunicado, as duas partes definiram os sectores dos petróleos, agricultura, indústria transformadora e a formação de quadros como prioridades para a implementação de uma política de cooperação económica activa.

O acordo garante aos empresários de ambos os países uma estreita cooperação comercial, obtendo a respectiva legislação sobre investimento privado estrangeiro. Técnicos romenos vão trabalhar na elaboração do plano director de urbanização e reconstrução da cidade de Mbanza Congo e na preparação de quadros para o sector de administração local.

Benguela : Material para reconstrução dos CFB chega segunda-feira

Benguela, 12/02 - Um navio com 30 mil toneladas de material diverso destinado a reconstrução dos Caminhos de Ferro de Benguela (CFB), chega segunda-feira ao Porto Comercial do Lobito (Benguela), informou hoje naquela cidade, o comandante da equipa chinesa de reparação, Zhuang Xião Ping.

Falando à imprensa, no termo de um encontro que a sua comitiva manteve com a direcção do Porto do Lobito, o responsável chinês garantiu que as obras vão arrancar logo que os meios necessários para a empreitada estejam assegurados. No primeiro navio chegam carris, travessas e outros meios.

Por seu turno, o director-geral do Porto do Lobito, José Carlos Gomes, afirmou que a sua empresa vai trabalhar vinte e quatro horas ao dia, por forma a corresponder com as exigências de reconstrução dos CFB.

Para o responsável portuário, o início da reabilitação dos Caminhos de Ferro de Benguela constitui um "novo dia" na vida dos angolanos, pois novas esperanças se abrem no horizonte e é uma mais valia para a economia do país e das nações da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Os Caminhos de Ferro de Benguela compreendem uma extensão de linha-férrea de mil e 304 quilómetros entre o Lobito e o Luau (Moxico) no leste de Angola.

A empresa chinesa prevê a sua recuperação até Agosto de 2007.

Entretanto, o comandante adjunto da Força Aérea Nacional (FANA) na zona Centro do país, brigadeiro Fernando Andrade, garantiu apoio total da FANA na prestação de serviços de segurança e de emergência às brigadas angolanas e chinesas que vão trabalhar na reabilitação dos Caminhos de Ferro de Benguela.

Coabitação de duas moedas no mercado constitui factor degenerativo para economia

Luanda, 09/02 - A existência de duas moedas no mercado e com quase igual equiparação, tal como acontece com o dólar norte-americano e a moeda nacional Kwanza, constitui um factor negativo para uma economia, disse, quarta-feira, em Luanda, o professor brasileiro e analista económico Newton Meira da Silva Marques.

Segundo o especialista, que falava num seminário dirigido a jornalistas, o cenário que se verifica em Angola, neste particular, é um caso sui generis no mundo, constituindo mesmo motivo de estudo para muitos analistas na matéria, uma vez que só com muita "perícia" se consegue manter as coisas minimamente estáveis.

Deste modo e olhando-se para o "sucesso" que o Governo angolano tem apresentado neste capítulo, Newton Meira da Silva Marques referiu que o executivo angolano está no bom caminho para que consiga contrapor a relativa supremacia do dólar nos próximos anos, isto, devido as medidas macro-económicas tomadas nos últimos anos.

"Embora esta situação da relativa supremacia do dólar não seja a mais indicada, uma vez que Angola já saiu da inflação desequilibrada, deve-se reconhecer que o Governo tem obtido um sucesso fora de série, dado ao equilíbrio que consegue manter no mercado", referiu o professor que se encontra actualmente a exercer o papel de analista económico no Banco Nacional de Angola.

Disse que os países que apresentam uma única moeda forte conseguem evitar facilmente as especulações, os desequilíbrios e outras situações que as demais moedas possam criar, tendo acrescentado que a existência de uma única moeda garante ainda a soberania de um país.

Graduado em economia e autor de livros sobre matérias económicas, Newton Meira da Silva Marques tem prestado colaboração em várias instituições. Em Angola, exerce o papel de analista no Banco Nacional de Angola.

O seminário esteve inserido no quadro das acções formativas e espaços de debates que a Associação de Jornalistas Económicos de Angola (Ajeco) tem proporcionado aos jornalistas ligados as redações económicas.

Banco Mundial disponibiliza USD 102 milhões para 2ª fase do projecto de emergência

Luanda, 12/02 - Angola vai receber do Banco Mundial (BM) uma doação avaliada em USD 102 milhões, para a implementação da segunda fase do Projecto Multisectorial de Emergência e Reabilitação (PMER), mediante acordo a ser assinado entre as partes.

Angola vai receber a quantia em causa, no termo de um acordo a ser assinado entre as partes no final do primeiro trimestre deste ano, informa uma nota assinada pelo representante residente interino do BM no país, Olivier Lambert.

Refere o documento que, durante três dias, técnicos do Banco Mundial e membros do executivo angolano estiveram reunidos em Luanda, a negociar pormenores da doação, a segunda do gênero, que deverá ser implementada de Julho deste ano a Junho de 2010.

Tal como aconteceu na primeira fase, este segundo financiamento volta-se mormente às questões sociais básicas da população de baixa renda.

Assim, a segunda fase do PMER consigna tarefas como o desenvolvimento rural e a prestação de serviços sociais, sobretudo a reabilitação de estradas nas províncias do Bié e Malanje.

O pacote de prioridades comporta ainda o projecto de reabilitação das infra-estruturas destruídas pela guerra, particularmente a estrada e a ponte que liga Lucala (Malanje) ao Negage (Uije), bem como, a rede de distribuição de energia eléctrica às províncias do Kwanza-Norte, Uije, Malanje, Moxico, Bié e Luanda.

Para Carlos Alberto, vice-ministro do Planeamento, que chefiou a delegação angolana, "dois aspectos marcaram esta negociação: Por um lado, por se tratar do primeiro projecto financiado pelo Banco Mundial a ultrapassar a barreira dos USD 100 milhões e, em segundo plano, por ter sido igualmente a primeira vez que tais negociações acontecem em Angola, ao contrário do que vem sendo prática".

O governante disse igualmente que, as acções constantes do projecto ora negociado reflectem a vontade do executivo angolano em tirar o país da estrema pobreza em que se encontra.

A assinatura do acordo previsto para Março, espelha a continuidade de uma parceria sempre firme e coesa entre o Governo angolano e o Banco Mundial, um exercício que decorre há mais de duas décadas.

A primeira fase deste Projecto Multisectorial de Emergência e Reabilitação (PMER) consumiu USD 51 milhões, cedidos pela Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), sendo 25 milhões em jeito de doação e a outra parte em forma de crédito.

Começou a ser executado em Fevereiro de 2005, após a sua aprovação pelo Conselho de Directores do BM, em Washington.

Nova versão do programa do Governo para registo eleitoral distribuída aos membros da CNE

Presidente da CNE procede formalmente a distribuição da nova versão do programa de Registo Eleitoral do Governo

Luanda, 09/02 - O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), António Caetano de Sousa, procedeu formalmente hoje, em Luanda, a distribuição aos membros deste órgão da nova versão do programa de registo eleitoral do Governo, que responde a solicitação de revisão da primeira proposta.

O facto foi revelado pelo porta-voz da CNE, Adão de Almeida, no final de mais um encontro, este dedicado ao balanço da primeira fase do processo formativo geral dos agentes eleitorais, bem assim o programa dirigido aos membros dos Gabinetes Municipais e estruturas subalternas.

"Foi-nos entregue, formalmente, a versão do programa recalendarizado para o registo eleitoral, no qual, em primeira avaliação, estão contidos alguns dos aspectos que haviam sido questionadas ao Governo", afirmou.

Destacou que o actual programa inclui informações adicionais, sobre a problemática da solução tecnológica para o registo eleitoral, o processo de desminagem, além da descrição das brigadas de inscrição dos eleitores, até ao nível municipal.

Adão de Almeida precisou que o documento continuará a ser objecto de análise em próximos encontros da CNE, devendo, proximamente, realizar-se uma reunião com o consórcio vencedor do concurso para fornecimento dos meios para a realização do registo eleitoral, através do qual o órgão reitor do pleito procurará inteirar-se de aspectos relacionados com a solução tecnológica pretendida.

Escusando-se avançar um horizonte temporal para o início do registo eleitoral, referiu depender do calendário das acções inerentes ao processo, a ser elaborado de acordo com a nova proposta-programa do Governo.

Quanto aos meios, a fonte adiantou ter sido já remetida aos órgãos competentes do Estado uma proposta de orçamento, por forma a dar-se continuidade ao processo de aquisição dos instrumentos necessários ao funcionamento da instituição.

Adão de Almeida revelou que a CNE voltará a reunir-se, provavelmente na próxima semana, para a aprovação do programa de formação dos agentes eleitorais, sessão que poderá ser antecedida de encontros com representantes de partidos políticos e entidades da sociedade civil envolvidos na organização do processo eleitoral.

CNE aprecia programa de formação de futuros agentes eleitorais

Foto Angop António Caetano de Sousa, Presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE)

Luanda, 8/2 - A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) reúne-se hoje, a partir das 09:30 horas, na sua sede, em Luanda, para apreciar o programa de formação dos futuros agentes eleitorais, soube-se de fonte da instituição.

A acção formativa abrangerá a generalidade dos potenciais agentes eleitorais, desde o nível comunal, passando pelo municipal até aos de estruturas nacionais.

A CNE, integrada por 11 membros, sob presidência do juiz António Caetano de Sousa, entrou em funções em Agosto de 2005, tendo empossado já as Comissões Provinciais e os Gabinetes Municipais Eleitorais.

O órgão aguarda pelo parecer do Conselho de Ministros no que concerne a proposta de reajuste do cronograma de actividades conducentes as principais acções em torno da preparação e realização das próximas eleições, no país, em função do programa inicialmente apresentado pelo Governo, através da Comissão Interministerial para o Processo Eleitoral (CIPE).

ANGOLA TEM NOVA LEI DE IMPRENSA {ts '2006-02-09 00:00:00'}

O MPLA cujo partido representa a maioria no Parlamento votou a favor do documento que vai regular a vida da imprensa em Angola. Rui Falcão, do partido dos camaradas, considerou que a nova lei «está de acordo com o momento actual da sociedade angolana». Segundo este deputado a nova Lei espelha, em grande parte, as expectativas da classe jornalística angolana, cuja contribuição foi dada pelo sindicato dos jornalistas.

A UNITA preferiu a contrariedade porque acha que a lei ora aprovada representa um grave atentado à democracia e aos verdadeiros preceitos da liberdade de imprensa.

Alcides Sakala, presidente da bancada parlamentar da unita apresentou na ocasião uma declaração de protesto a respeito das irregularidades que o documento apresenta.

Referindo-se ao documento, disse: «esta lei não satisfaz as aspirações de liberdade dos angolanos porque não remove objetivamente os obstáculos ao acesso à informação isenta e igual».

Mesmo assim, frisou ainda, «porque acreditamos que só a democracia plena com efetiva liberdade de imprensa continuaremos a procurar para o país, uma lei de imprensa que resulte da maior consensualidade possível», sublinhou.

Para de seguida acrescentar que «o aprofundamento da democracia em Angola é o nosso grande desafio e objectivo estratégico de uma imprensa livre isenta e despartidarizada é o instrumento fundamental para a sua materialização», comentou.

Alexandre Solombe, deputado da bancada parlamentar do galo negro, salientou o facto de não se ter em conta o parecer da CEAST, que sugeria a revisão de alguns artigos do projecto de Lei de Imprensa, para estarem de acordo com o processo de democratização em curso no país.

Contrariamente à maioria da bancada parlamentar da UNITA, os dezasseis deputados deste partido, que devem ser substituídos pelos efectivos, votaram a favor da nova Lei de Imprensa, reforçando a posição da bancada do partido maioritário, o MPLA. Já o Partido Liberal Democrático (PLD), que se absteve de votar disse por intermédio da sua Presidente, Anália de Victoria Pereira, que o governo devia dar um tratamento diferente à Emissora Católica de Angola, no que diz respeito a expansão do sinal em todo o território nacional.

Quanto a FNLA que votou contra, sustenta o seu não apegando-se às alíneas C e G do artigo 74, que dizem «estar viciado». No seu entender tais disposições «visam penalizar aqueles que combatem a corrupção e encorajar os autores destes crimes», sublinha. «Um olhar pelos bairros antigos de Luanda: o passado, o presente e o futuro», por Cornélio Caley Jornal de Angola

Os bairros de qualquer capital ou cidade têm a sua história, a sua cultura e a sua forma de estar dentro da grande urbe. O mesmo acontece com os bairros tradicionais de Luanda.

Os nomes dos nossos bairros surgiram, muitas vezes, do simples acaso; nome, talvez, do primeiro comerciante (Marçal), local de refúgio dos escravos (Ingombota), nome da empresa localizada no sítio (Precol, Cuca), estrato social dos moradores (Operário, Popular), configuração geográfica do local (Maianga) ou o sítio de muitas cruzes (cemitério), o Maculusso. Enfim, os nomes dos bairros da nossa capital podem, por si só, ilustrar a origem de cada um e a sua resenha histórica pode levar-nos ao encontro daquilo que mais tornou peculiar a cada um deles.

Mas isto de acordo com o tempo histórico que estamos a reportar. Pois Luanda está, constantemente, em mudança. Por exemplo, poucos sabem que o bairro dos Coqueiros pode trazer-nos a imagem dos tempos em que os candengues se juntavam aí para um encontro de futebol. Havia, não só nos Coqueiros, como em todos os musseques, espaços livres onde os mais novos praticavam desporto. Por outro lado, para quem tem a ideia de Luanda, apenas através dos livros, o bairro da Ingombota aparece ligado à sedimentação das ideias nacionalistas, Maianga associada à literatura, pois é constantemente invocada pelos escritores e poetas, o Sambizanga associado ao Carnaval.

Mas esta ideia, hoje, já não traduz a realidade de Luanda. Pois surgiram bairros novos e as imagens dos bairros tradicionais mudaram. E outras estão em formação. Em momentos de crise social e política e no passado muito recente, por exemplo, alguns bairros organizaram-se como puderam e de uma forma ou de outra defenderam-se contra ideias e comportamentos que acharam estranhas à vida dos bairros. Certamente até agora existirá esta alma peculiar do bairro de Luanda.

No passado colonial, como sabemos, existiu um bairrismo salutar, entre moradores da capital, para as actividades que envolviam o musseque: a dança, os desportos, a música. Através da prática destas actividades, as ideias políticas circularam e Luanda conseguiu agir, em tempo próprio, como uma capital com uma só cultura. Neste tempo, surgiram vários grupos carnavalescos, vários grupos musicais, associações e clubes desportivos. E, no passado recente, surgiram outros grupos carnavalescos a transmitir, exactamente, aquele bairrismo salutar do passado. Mas as mudanças cíclicas da cidade, quer em termos físicos, quer em termos sociais, tornaram o processo normal difícil de ser continuado. Hoje, rareiam os espaços de recreio, de encontro ou das associações e as dinâmicas bairristas há muito tempo não encontram espaço para acção. Criaram-se ou surgiram novos estratos sociais. Hoje, diz-se que tudo depende do Estado. Verdade seja dita, nas condições actuais do nosso Estado e da sociedade em geral, os agentes locais, quer dos bairros, quer de outras localidades, não podem ficar à margem de qualquer processo de redimensionamento ou de requalificação dos seus lugares.

São os moradores do bairro ou do kimbo que, no dia-a- dia, tomam conta do parque, do chafariz, do cinema, da escola ou do campo de futebol. São eles, também e em última instância, que vigiam o bairro. Portanto, a administração pública deve encontrar formas de envolver os moradores dos bairros tradicionais de Luanda, para qualquer acção de reactivação da imagem da capital. Afinal, a capital constitui o espelho do país e Luanda, como ficou dito, tem a sua história. Os estrangeiros leram as histórias do passado e do presente dos bairros de Luanda e criaram uma imagem. Existem moradores que ainda podem veicular esta herança do passado e do presente e pode envolver salutarmente as gerações mais novas em qualquer processo que lhes diga respeito. Podem ajudar a indicar os locais de referência para se construir a nova rua, o fontanário, a escola, o campo de recreio, o clube, a sede da associação, etc., etc.

Tal como em qualquer parte do nosso país, a administração pública moderna não deve fazer tábua rasa ao passado histórico de qualquer cidade ou localidade. Os espaços de terreno, aparentemente sem ninguém e de ninguém, pertencem a um passado em que gerações inteiras se envolveram com eles. A fonte, a colina, o vale, a rua e tudo à volta, representa o símbolo criado pelo povo. O Estado, ao pretender reconstruir para melhorar a vida de todos, deve ter como primeiro interlocutor o morador, o agente que vigia e interpreta o meio ambiente em que vive.

Redimensionar tudo para a recuperação física dos lugares e da alma das gentes deverá ser o lema do Estado moderno. Agindo desta forma, terá o povo como principal colaborador da administração pública.

Artigo de opinião assinado por Cornélio Caley, Professor universitário, publicado no Jornal de Angola

Feb 12, 23:39 Fonte:Jornal de Angola

BBC Tuesday, 7 February 2006, 20:59 GMT http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/4691414.stm Russia 'may cancel African debt'

Zambia could be one of the countries included in the deal Russia may soon write off debts owed to it by 16 of the world's poorest countries, its finance minister has been reported as saying.

Moscow would be willing to cancel about $688m (575m euros; £394m) in bilateral debt, Russian news agency RIA-Novosti quoted Alexei Kudrin as saying.

The agreement could encompass a number of African countries including Benin, Tanzania and Zambia.

Russia is already considering writing off $10bn owed by Afghanistan.

Certain conditions

Moscow said on Monday it could forgive Afghanistan's debt if it agreed to take steps to reduce poverty and boost trade with creditor nations.

According to RIA-Novosti, Mr Kudrin said he would soon seek government approval for the cancellation of debts to 16 other nations.

Similarly, the agreement is likely to hinge on the countries concerned meeting certain conditions.

Alexei Kudrin, Russian finance minister According to Alexei Kudrin, Russia could repay more of its own debt

"The main condition for writing off these countries' debt to Russia will be their agreement to fulfil certain requirements regarding the transparency of their finances, budget expenditures and poverty reduction," Mr Kudrin was quoted as saying.

Russia is also reported to be considering repayment of more of its own debt to the Paris Club of wealthy, creditor nations.

Mr Kudrin told Associated Press that Russia could repay up to $12bn of debt in the next six months.

High oil prices have boosted Russia's public finances, enabling the world's second largest oil exporter to clear part of its huge Soviet-era debt.

Last year it repaid $15bn to the Paris Club - whose members include the United States, United Kingdom, France and Japan - using revenues from oil sales.

The Atlanta Journal-Constitution

February 7, 2006 Tuesday

World Airways pilots end weeklong strike

World Airways pilots began returning to work Monday after a contract agreement ended a weeklong strike that halted cargo flights at the Peachtree City-based charter carrier.

"The company made the decision to reward pilots for helping make the airline very profitable the last four years," said Mark Ohlau, a World MD-11 captain and chairman of the 430-member group's negotiating committee. "The members showed their resolve."

The tentative deal reached Sunday gives pilots a 4 percent pay increase retroactive to Jan. 1, 2004, an immediate 5 percent wage increase this year and annual pay increases of 4 percent and 3 percent after that. Pilots also get improvements in job protection, health insurance, life insurance and retirement benefits, Ohlau said.

"I think the membership will stand behind their negotiating committee and ratify it," he said. Results of a pilot vote are expected within 30 days, but pilots will resume flying immediately.

Pilots' base pay ranged from about $3,000 to $9,000 a month before the strike.

World pilots continued flying military passenger charters, which account for about 70 percent of company revenue, throughout the job action. Only cargo and nonmilitary passenger flights were grounded, but those planes were stuck in distant places such as Shanghai, China, and Luanda, Angola.

Steve Forsyth, a World spokesman, said he believed the airline would retain those long-term customers whose operations were affected by the strike. World moves cargo for EVA Air, Air Canada and UPS Supply Chain Solutions.

"We don't believe we lost any customers," he said. "We're still adding up the costs of the strike."

World operates 17 DC-10 and MD-11 aircraft and specializes in long-range, international charters. The company plans to lease three B747-400 freighters beginning in 2008. The company has been mostly profitable since moving its headquarters to Peachtree City in 2001 from suburban Washington.

"Everyone wanted a solution," Forsyth said. "We're pleased we were able to reach a deal."

Globes Publisher Ltd.

February 7, 2006 Tuesday

Forbes’ first Capital Hospitality Index of investor-friendly countries

Forbes published its first Capital Hospitality Index of investor-friendly countriesyesterday. 135 countries were rated according to macroeconomic data affecting investment, including GDP growth, international trade, poverty, bureaucracy, technological progress, and governmental corruption.

Denmark was in first place on the index, followed by Finland, Iceland, the US, the UK, Singapore, Australia, Estonia, Ireland, and New Zealand. Lowest rated were Vietnam, Chad, Iran, Venezuela, Togo, Belarus, Zimbabwe, Angola , Laos, and Haiti.

The Forbes index is based on data and analyses provided by the Heritage Foundation, the World Economic Forum, the World Bank, Transparency International, Freedom House, the Deloitte & Touche accounting firm, the US Department of Commerce, and the CIA.

World Markets Analysis February 06, 2006

Angolan President Rules Out 2006 Poll

President Jose Eduardo dos Santos - in power since 1979 - has indicated that the presidential election scheduled for 2006 cannot now take place before 2007. In his New Year address, dos Santos had claimed that this year would see Angolan citizens 'exercise their right to vote'. With legislative polls expected to take place a year after the presidential election, this comment led many to believe that the administration was gearing up for a presidential ballot - the first since the end of the war in 2002 and indeed the first election since 1992. However, in a speech last week, dos Santos revealed that the administration would not be able to complete the voter-registration process until various infrastructural projects under way in Angola had been completed. However, the head of state promised that 'our party (the Popular Movement for the Liberation of Angola - MPLA) will encourage the government to ensure that the reconstruction of road and rail networks is finished in 2007, so that citizens can freely vote in the elections'.

Significance : The lack of transportation infrastructure will be a major operational obstacle to preparations for the polls, and the completion of key road and rail projects in 2007 should facilitate easier registration and voting. However, the elections have already been repeatedly postponed and the registration process could have commenced already to accommodate the operational difficulties. The reality is that the MPLA is in no particular hurry to hold elections and faces little internal or external pressure to seek a democratic renewal of its mandate. Indeed, the regime may feel it has a better chance of achieving a legitimate victory in 2007 when the benefits of its Chinese-backed infrastructural rehabilitation project will be more apparent. A further delay to the polls should not be ruled out, particularly since the registration process will take approximately six months according to some estimates, while many of the infrastructural programs will not be completed before the second half of 2007.

Angola Press Agency

February 4, 2006

President Opens USD 8 Million Luanda General Hospital

Luanda General Hospital, built in Kilamba Kiaxi municipality, was inaugurated on Friday in a ceremony presided over by the Angolan Head of State, Jose Eduardo dos Santos, under the festivities of the 45th anniversary of the start of the armed struggle, to be marked in February 4th.

With a capacity to hospitalise 100 patients, the institution was built and equipped with the fund from the Chinese Government, estimated at USD 8 million.

The two-storey hospital covers an area of 800,000 square meters in a five- hectare plot. The medical ward will have specialities such as otolaryngology, dermatology, paediatrics, neurology, ophthalmology, physiotherapy, among others.

The construction works lasted 15 months and were under the Chinese construction company (COVEC) with 90 percent of local labour force.

Semanario 060204-11 A Movimentação de Deputados da Unita Adalberto Costa Júnior (*)

Quando uma normal movimentação de Deputados causa o «alarido» que o país testemunhou, então algo vai muito mal na Instituição Assembleia Nacional! Quando duas Comissões, da mesma Assembleia Nacional, produzem pareceres totalmente contrários sobre uma mesma matéria, algo vai mal!

Quando um dos pareceres é produzido à pressa, para ser distribuído apenas poucos minutos antes do início de uma plenária, há muito calendarizada, algo vai mal!

Quando uma qualquer matéria preocupa ou coloca intranquilo o cidadão, torna-se importante compartilhar todos os dados sobre a matéria em questão, tanto mais quando o foco assenta na Assembleia Nacional que a todos deverá saber representar. A movimentação de Deputados no seio da bancada parlamentar da Unita foi uma decisão da Comissão Política, órgão composto por 250 membros oriundos de todo o país, que reúne de 6 em 6 meses e que representa as bases do Partido. Trata-se pois de um órgão colectivo, de máxima representação democrática e de soberanas decisões. Assim, em Janeiro de 2004, teve lugar a primeira reunião da Comissão Política após o Congresso que elegeu o actual Presidente Isaías Samakuva.

Esta reunião magna traçou os programas a cumprir pelo Partido, tendo decidido entre outras questões, a necessidade de se efectuarem movimentações no Gurn e no seio da sua bancada parlamentar. Tudo normal, nenhuma voz contra, importando referir que boa parte dos Deputados são membros da Comissão Política e tomaram parte desta decisão.

Desde Janeiro de 2004, a Direcção da Unita, vem implementando os programas aprovados, sendo que em matéria de alterações, fossem no Gurn (Governo de Unidade e Reconciliação Nacional) onde foram efectuadas mudanças, como neste caso do Parlamento, todas as dificuldades foram colocadas e chegados a 2006, dois anos decorridos, programas aprovados soberanamente por um Partido político com estruturas democraticamente eleitas, continuam por efectuar. Será isto normal, quando gritamos aos sete ventos que somos uma democracia?! Todas estas dificuldades que surgem de órgãos institucionais, prejudicam objectivamente o desempenho político do Partido, sendo questionável a intencionalidade destas práticas, agravadas pelo facto de movimentações colectivas de deputados efectuadas no seio de outras bancadas parlamentares, serem tratadas de modo célere e sem qualquer dificuldade.

A Unita começou por efectuar uma alteração paulatina de deputados, tendo tomado posse pela 1ª vez, nomeadamente Marcial Dachala, Alcides Sakala e Gaspar Chipembele, sendo que em Junho de 2005, foi solicitado à Unita a necessidade de efectuar a adequação da sua bancada parlamentar, de uma só vez.

Indo de encontro a esta solicitação da AN a Unita dirigiu o pedido de substituição de 16 deputados, todos suplentes nas listas de candidatos a deputados, em posse do Tribunal Supremo, para fazer entrar na sua maioria os titulares dos lugares, eleitos nas últimas eleições legislativas.

A Direcção da Unita falou várias vezes com os deputados, abordando estas movimentações. Embora com o desconforto da decisão, de início nenhuma contestação. Mas o arrastar do processo na Assembleia Nacional foi trazendo também a percepção e depois a clara constatação de resistências em sair por parte dos deputados abrangidos pela movimentação. A Unita fundamentou devidamente todo o processo, tendo a Comissão de Mandatos da Assembleia Nacional entendido que a movimentação poderia ser efectuada e que tudo estava dentro das normas e regulamentos.

Estranhamente, minutos antes do início da plenária atempadamente agendada, para o dia 31/Janeiro/06 é distribuído um parecer da 1ª Comissão dos Assuntos Constitucionais Jurídicos e Regimento da Assembleia Nacional, que vem dar sustentação aos deputados que recusam sair do Parlamento, em desobediência à Comissão Política e Direcção do seu Partido.

Grave seria estar-se a utilizar equilíbrios actuais do Parlamento para se fazerem políticas de estrita dimensão, alcance e consequências partidárias. O Relatório-Parecer da 1ª Comissão escreve no seu ponto 4. «os dezasseis deputados indicados para deixar o Parlamento, inconformados com a sua sorte, alegam estarem a ser vítimas de uma medida compulsiva por decisão unilateral do seu Partido ”! Ora terá esta Comissão produzido idêntica observação aquando da movimentação dos deputados de outro Partido? “ Inconformados» e «vítimas de medida compulsiva» são termos claramente excessivos e indiciadores de alguma distracção de quem produziu o texto, pois as movimentações nas bancadas parlamentares são actos previstos e normais. As decisões são da Comissão Política de um Partido.

Os deputados não devem dar de si a imagem de estarem agrapados a uma «profissão de deputado a tempo ilimitado» e esta Comissão não deve dar de si a imagem de estar a fazer política partidária. Diz ainda a 1ª Comissão no seu Pto 6. «o pedido não colhe, na medida em que não têm sustentação constitucional, legal, nem política atendíveis…»! No seu ponto 11. argumentou de «extemporânea»!

Estas são ainda mais graves, porque: . será que a Lei Constitucional deste nosso país, se alterou entre 2005 e 2006? Porque tomaram posse pela 1ª vez deputados da Unita eleitos em 1992. Será possível interpretar sobre uma mesma matéria, de dois modos diferentes? E porquê? Com que consequências? . Será que esta Comissão ignora que a Assembleia Nacional solicitou à Unita a 1 Junho de 2005, que «os candidatos que até a presente data não tomaram os seus assentos na Assembleia Nacional devem fazer prova inequívoca da sua disponibilidade ou não de o fazer» e «Havendo Deputados suplentes na Bancada Parlamentar da Unita, a movimentação deve em princípio incidir sobre estes».

Então a Assembleia solicita e uma sua Comissão considera «extemporânea» e «ilegal» a resposta a conformar o pedido? . Será normal que Deputados à Assembleia Nacional ignorem a realidade histórica que o país conheceu? Ignorem que o seu próprio mandato de já 12 longos anos (normalizados apenas quando decorrerem eleições) também não está inscrito nos cânones de regularidade? Ignora que os pressupostos da Reconciliação Nacional não estão totalmente atingidos? Ignora que aprovou várias Leis de Amnistia, sendo a última de 2002? Ou não têm mais valor estes actos? Ignora que existe um Mecanismo Bilateral de Consulta e Concertação Política entre o Governo (que integra um Representante do Mpla) e a Unita, que trata de todos os assuntos pendentes dos Protocolos e Acordos, da Consolidação da Paz e da Reconciliação Nacional, que continua a funcionar, significando que os pressupostos da sua criação não estão esgotados? : Pretende a Assembleia Nacional auto classificar-se como se de um mandato absolutamente regular de 4 anos se tratasse, com consulta eleitoral cíclica, e que infelizmente e de facto não corresponde à realidade concreta do país que temos? Está a Assembleia Nacional capaz de assumir a violação do voto soberano do povo e alterar a ordem dos eleitos, para recusar a entrada de titulares e transformar suplentes em titulares?.

Recordo, para terminar, que esta é uma medida decidida em 2004, pensando a Unita que com ela estará a contribuir para uma melhor interpretação do seu papel, ganhando o Parlamento e o País.

(*)Porta-voz da UNITA

060204-11 Líderes da oposição comentam as suas últimas declarações Dos Santos deitou mais lenha na fogueira?

Treze anos depois de terem ido às urnas pela primeira vez e sete de constantes «zigue-zagues», a indicação da data do segundo sufrágio permanece no segredo dos deuses. Mas, na última reunião do Comité Central do Mpla, José Eduardo dos Santos, nas vestes de presidente desse partido e não da República, entreabriu um pouco o «tabu», ao defender a necessidade da criação de condições infraestruturais até 2007.

Para Dos Santos, a reabilitação de estradas e caminhos- de-ferro, bem como pontes e aeroportos, é uma condição indispensável para que as próximas eleições decorram sem sobressaltos. Tudo indica, assim, que não está na perspectiva do Presidente da República que o sufrágio aconteça ainda este ano.

2006, recorde-se, foi a data aventada como a mais provável numa reunião do Conselho da República realizada há dois anos, sob os auspícios do próprio Chefe de Estado. Jes também defendeu este prazo na última viagem que efectuou aos Estados Unidos, perante o líder da maior potência do mundo, George W. Bush. É, neste sentido, que o Semanário Angolense traz esta semana o depoimento de três líderes políticos da oposição, que comentam o pronunciamento de José Eduardo dos Santos.

Anália de Victória Pereira e Alexandre Sebastião, respectivamente líderes do Pld e do Pajoca, e Benedito Daniel, secretário para os Assuntos Políticos do Prs, são os nossos convidados.

Alexandre Sebastião André, presidente do Pajoca e líder do G-7, agremiação que congrega os sete partidos com um assento no Parlamento «O Mpla ainda não definiu, exactamente, a data das eleições»

«Acompanhamos atentamente o discurso do presidente do Mpla e fizemos uma análise exaustiva. Os indicadores, que podemos aferir, são de que no Mpla ainda não há uma definição exacta sobre a data das eleições para transmitir à sociedade e aos actores políticos. Aquilo foi o ponto de vista do líder deste partido e, naturalmente, não pode ser consumido como uma decisão do Estado. Apesar de ser concomitantemente Presidente da República (PR) e do Mpla, o fórum, em que fez passar as suas ideias, foi no seio do seu próprio partido. Em nosso entender, não é um assunto esgotado e muito menos uma decisão sobre a data da realização das eleições.

Defendemos que, apesar das vicissitudes que o processo eleitoral tem estado a sofrer, particularmente quanto à expansão dos gabinetes eleitorais, é necessário que se reúna o Conselho da República (CR), onde estarão presentes todos os líderes dos partidos políticos e convidados do PR, para a nível das lideranças políticas discutirmos exaustivamente as possibilidades da realização das próximas eleições. Se elas acontecem no próximo ano ou se poderemos estendê-las para muito mais? Mas, para se chegar a esta conclusão, as lideranças políticas têm de saber em que pé está o processo, em termos de intervenção concreta do Governo, através do Ministério da Administração do Território, e da própria Comissão Nacional Eleitoral (Cne). Significa que, na reunião do CR, que clamamos que seja convocada pelo PR, haja esclarecimentos tanto do Governo como da Cne, para que no debate encontremos um consenso em torno da marcação da data. Eu, particularmente, estou céptico quanto à efectuação do sufrágio no ano em curso, porque as operações estão todas atrasadas e os calendários completamente desajustados. É necessário que haja uma sintonia entre a Cne e o próprio Governo, por isso aproveito o ensejo para chamar a atenção da Cne, que tem a responsabilidade política, para as tarefas relacionadas com as eleições.

O Governo é parte interessada no ganho do pleito; então, pode criar todas as barreiras para a dilatação do tempo. Mas, desde já, com o andar da carruagem, a realização da votação este ano está comprometida. Ainda poderemos realizá-la no próximo ano, porque a problemática da reconstrução nacional, particularmente a recuperação das vias rodoviárias, ferroviárias e os aeródromos, não será concluída em menos de dois anos.

As tarefas da reconstrução nacional são quase inacabáveis e devemos atacar aquelas que nos parecem ser condicionantes, em vez de atacarmos as secundárias ou terciárias, tendo em conta que mesmo daqui a cinco anos não as teremos preparadas. É uma boa intenção abrirmos os corredores para a livre circulação dos nossos eleitores, mas este desiderato não se pode constituir num entrave para a realização das eleições, por causa da complexidade e o grau de destruição que o país teve».

060204-11 Anália Pereira, presidente do Pld «Eleições são eleições e obras são obras»

«Como sabem, ele falou pouco sobre eleições. Focou apenas alguns aspectos relacionados com o registo eleitoral, que está atrasadíssimo, mas não deu grandes pistas relacionadas com o processo. De facto, houve uma grande confusão que levou os jornalistas a questionarem o deputado «Kwata Kanawa», ao que este parlamentar respondeu, dizendo que ‘também estava confuso porque o presidente citou 2007 como data da conclusão das obras em curso’.

Pressupondo que a realização das eleições só será possível depois deste ano. Inicialmente, qualquer um de nós poderíamos ter feito a mesma leitura, mas entendemos que há um programa do Estado que é concebido para um determinado tempo. As estradas e outras grandes obras não são feitas num período de tempo que nós achamos conveniente, entre cinco ou seis meses, mas sim de acordo com a grandiosidade das mesmas e o tempo de construção por parte dos empreiteiros.

O ano de 2007 poderá ser a meta que o Governo tem para concluir as obras dentro do seu plano de trabalho, mas, em todo o caso, não gostaríamos que fosse o indicador para a marcação da data das eleições. Portanto, isso é que ficou um pouco confuso e muito no ar no discurso do presidente. De qualquer forma, aquilo que disse o deputado «Kwata Kanawa» é, precisamente, o que volto a dizer: ‘uma coisa não tem nada a ver com a outra, porque eleições são eleições e a conclusão das obras far-se-á a seu tempo’. Não gostamos muito desse tipo de discurso, uma vez que necessitávamos de informações transparentes, que nos dessem sinais concretos. Repare: estamos a criar condições para que possamos ter os fiscais nos registos eleitorais (já estivemos em todas as províncias) e andamos a gastar dinheiro que faz falta em outras áreas do partido. Querendo acompanhar todo o ritmo que as próprias eleições exigem, neste momento esperávamos que nos dessem uma explicação certa de que as eleições serão realizadas em 2006, porque, para mim, nada impede que elas ocorram este ano.

O atraso de registo eleitoral não é o factor mais importante para a realização das eleições, porque se se acabar em Junho, como já se aventou em certas ocasiões, poderemos realizá-las em Setembro ou Outubro. Agora, há outras tarefas que podem ser feitas simultaneamente, como a criação de comunicações, apuramento do número de partidos e sua consequente identificação para o escrutínio, assim como a impressão dos boletins de voto, uma tarefa dependente dos passos preliminares. Quanto às obras, quem ganhar poderá concluí-las. São precisos indicadores concretos sobre as eleições e ficou claro que houve ambiguidades por parte do presidente do Mpla, o que leva a crer que existe um grande problema no seio do próprio partido no poder. Dá-me a sensação que se estão a desculpar de coisas que não fizeram e podiam ser resolvidas com um determinado esforço. Penso que o próprio Mpla, talvez, não se sinta preparado para enfrentar o pleito eleitoral, porque, de facto, houve uma série de promessas que não cumpriu aos seus eleitores. Há repressões significativas, demolições em massa e fiscais a prenderem pessoas e a se apoderarem dos seus produtos.

Há um descontentamento generalizado e é natural que o Mpla queira limpar a sua imagem, só que esta imagem leva muito tempo para ser limpa, mas isso não pode adiar as eleições. Isso chegou ao ponto do próprio Presidente não estar a cumprir as promessas que fez sobre o processo eleitoral, algumas das quais no exterior, incluindo nos Estados Unidos da América, na presença do presidente deste país, George W. Bush».

Benedito Daniel, secretário para os Assuntos Políticos do Prs «Falta pressão da comunidade internacional»

«Ficamos com uma impressão muito negativa, porque esperávamos que o Presidente pudesse colocar à Nação aspectos que acelerassem a criação de condições, para que as eleições tenham lugar em Setembro ou durante o presente ano. Infelizmente, o Presidente foi muito céptico e nem sequer prevê a realização das eleições em 2006, 2007 e talvez em 2008.

Segundo a nossa percepção, ele condiciona a sua realização a uma reconstrução total ou, possivelmente, parcial do país. Para nós, a reconstrução total ou parcial do país não é para breve, apesar dele acreditar que tem recursos humanos e financeiros mobilizados.

Assim sendo, as eleições só deverão acontecer depois de considerarmos Angola parcialmente reconstruída. Depois dos últimos pronunciamentos, acreditamos que as eleições estão adiadas para um tempo indeterminado, o que não é correcto, porque pensamos que falta alguma pressão por parte da Comunidade Internacional e dos próprios angolanos.

Mesmo as condições materiais, que estão sendo criadas, não oferecem garantias de que as eleições possam ocorrer brevemente. Senão vejamos: criou-se uma Comissão Nacional Eleitoral (Cne) e este organismo depende perfeitamente da Comissão Interministerial, que é a comissão executiva, mas até ao momento só está instalada na cidade de Luanda. No interior não há absolutamente nada, senão a tomada de posse de membros das comissões executivas provinciais que vimos assistindo, compostas por quatro elementos, que não têm estruturas físicas para trabalhar, funcionários nem orçamentos.

Quando é que vão começar os trabalhos? Quando é que estarão à altura de preparar as eleições? Entretanto, as eleições não foram antevistas. É preciso um cronograma de trabalho e uma antevisão para definir algumas estruturas, muitas das quais nem sequer foram projectadas. Como é que vamos poder dizer que existe uma Cne, que nos vai garantir a existência de condições para a realização das eleições, se este organismo nem sequer possui estruturas para trabalhar? Se as estradas são assim tão importantes, como disse o Presidente, pensamos que deveria haver um esforço maior. O problema é que ninguém está a trabalhar nisso seriamente. Por isso as eleições podem acontecer no corrente ano. Podemos encontrar soluções alternativas, porque mesmo depois de quatro anos de paz não sabemos quantas estradas foram reabilitadas. E se daqui há quatro anos as estradas não forem reparadas, vamos continuar a esperar?

Pelo menos deveria haver um cronograma que nos demonstrasse o tempo que deveriam durar as tarefas de reconstrução nacional, se assim podemos considerar prioritários para as eleições. Por isso, essa dependência é uma questão indeterminada. Cremos que aquilo que não foi feito em três anos não será realizado em dois.

Em 2007, certamente, ouviremos um outro discurso a dizer que não tivemos recursos suficientes para reconstruir o país e vamos esperar mais um pouco. Com esse tipo de pretextos, as eleições podem vir a ser proteladas ano após ano».

060204-11 O selecto clube dos rijos

Se tomarmos como um dado adquirido que as eleições presidenciais só terão lugar depois das legislativas – até porque o Presidente da República já uma vez abraçou esta possibilidade como a que melhor serviria o país – quando isto acontecer, provavelmente em 2008, José Eduardo dos Santos terá então uma rodagem de 29 anos de poder.

Se concorrer mais uma vez, possibilidade que ele também não descarta, José Eduardo Santos, descontadas as várias razões que perturbaram o seu consulado, nomeadamente a guerra, impasse constitucional, reparação de infra estruturas, etc. etc., passará, por mérito próprio, a pertencer à velha escola, isto é, estará a entrar num território onde pontificam homens como Mobutu, Boigny, Kamuzu Banda, Habib Bourguiba, Eyadema, Bongo, Kadafi, Ben Ali, etc. etc. Em boa verdade, José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979, é hoje uma amostra de «uma espécie em vias de extinção».

É que mesmo em África, onde até à altura das eleições multipartidárias, isto é início da década de 90, a Presidência da República era um posto vitalício, já não abundam veteranos com anos de serviço como ele. Em todo o caso, há políticos do passado, até da fase pós- independência, que sobreviveram a tudo: golpes de estado e à democracia. O Semanário Angolense fez um levantamento sobre os Presidentes que estão há mais tempo no poder em África. Aqui vai:

Omar Bongo (Gabão) – Assumiu a Presidência em 1967, em substituição do primeiro Leon Mba, primeiro Presidente do Gabão, que morreu vítima de doença. É actualmente o Presidente há mais tempo no poder em África. Ganhou sucessivamente eleições mono partidárias em 1973 e 1979. Abraçou a democracia multipartidária em 1990, tendo ganho as primeiras eleições em 1993. Em Novembro foi eleito para um novo mandato de 7 anos. Tem 70 anos de idade e nada lhe impede de concorrer novamente. O seu filho Ali Bongo é ministro da Defesa, e a filha Pacaline, é sua directora de gabinete. Omar Bongo é casado com uma filha de Dennis Sassou Nguesso, Presidente do Congo Brazzaville. Está há exactos passos do poder.

Muammar al-Kaddafi (Líbia)- Com ajuda de outros jovens militares, Kadafi, actualmente com 62 anos de idade, derrubou a 1 de Setembro o Rei Idris que se viu forçado a fugir para o Egipto. Acto contínuo acabou com o regime monárquico criando o Comando do Conselho da Revolução e proclamando a República Árabe da Líbia. Ao contrário de outros líderes militares africanos, Kadaffi mantém-se até hoje como coronel, prática seguida também pelo coronel Abdel Nasser do Egipto, e pelo Tenente da Força Aérea Jerry Rawlings, do Ghana. Kadafi apresentou-se como sendo o líder da revolução mundial. Hoje está num processo de aproximação com o Ocidente. Ganha habitualmente as eleições com maioria esmagadora. Leva 37 anos de poder initerrupto.

Teodoro Obiang Nguema (Guiné-Equatorial) - Chegou ao poder derrubando o seu tio Macias Nguema a 3 de Agosto de 1979. Nguema, que goza da fama e do proveito de gerir em seu benefício as receitas do petróleo, foi a votos pela última vez em 2004 para um mandato de 6 anos. Realizou eleições legislativas e multipartidárias em 1999 e 2004. A Constituição não prevê nenhum limite de mandatos. A intervenção de forças de segurança do Zimbábwe apoiadas pelos serviços de inteligência de Angola evitou em 2004 um golpe de estado apoiado por mercenários sul-africanos. Depois reforçou as relações com Angola e à pala do petróleo a Hoston Express, a aeronave que liga Luanda a Houston, faz uma escala ao sábado em Malabo.

Robert Gabriel Mugabe (Zimbabue)- É Presidente da República desde 31 de Dezembro de 1987, mas é chefe do governo, desde a proclamação da independência a 18 de Abril de 1980. Tem-se como certo que se o primeiro Presidente Kanan Banana não se tivesse entregue a sevícias com homens, que Mugabe não teria forçado a alteração. Não só forçou como mandou Banana para a cadeia. Mugabe é, entre a geração com mais anos de poder, o que carrega o fardo mais pesado. A reforma agrária foi um desastre, e o país passou de exportador de comida a mendigo.

Paul Bya (Camarões) - Assumiu a Presidência da República a 6 de Janeiro de 1982 de uma forma rara e estranha em África . Diz-se até que foi empurrado para um golpe pelo seu próprio antecessor, Amadou Aidjo. Incomodado com uma doença não identificada, Amadou Aidjo resolveu consultar médicos norte-americanos que não lhe deram mais do que 4 meses de vida. Preocupado com a transição instrui o então primeiro-ministro Paul Bya a tomar conta do país até ao seu regresso. Depois de 4 meses, resolve consultar médicos franceses que fizeram um diagnóstico totalmente contrário. «O senhor não tem problema nenhum». Quando quis regressar ao país recebeu a notícia de que já não era Presidente. Paul Bya foi eleito em 2004 para um mandato de 7 anos, o segundo desde a abertura ao multipartidarismo. Nada lhe impede de concorrer outra vez. Paul Bya completará 73 anos, no próximo dia 13.

Yowery Museveni (Uganda) - Chegou ao poder a 26 de Janeiro de 1986, depois de uma guerra que custou o poder a três presidentes sucessivamente. Idi Amin, Milton Obote e Godfrey Binaisa. As reformas económicas que fez e o seu empenho na luta contra a sida valeram- lhe algumas simpatias no Ocidente. Este capital perdeu- se quando alterou a Constituição removendo o artigo que impunha um limite de dois mandatos para cada presidente. No próximo dia 23 de Fevereiro concorre a um novo mandato de cinco anos, ao abrigo de uma Constituição que não lhe veda a possibilidade de concorrer enquanto quiser.

Ben Ali (Tunísia) - Sem dar por ela, Zine El Abidine Ben Ali está a trilhar exactamente o mesmo caminho perseguido pelo seu antecessor Habib Bourguiba que só saiu do poder aos 90 anos, e quando já não dizia coisa com coisa. Eleito para o substituir a 7 de Novembro de 1987, Ben Ali tem sabido explorar todos os flancos, sejam eleições, seja a complacência da comunidade internacional para se perpetuar no poder. Em 2004 foi eleito para um mandato de 5 anos. Tal como Bourguiba , também fez tudo por tudo para que nada, mais rigorosamente nada nem ninguém lhe tirem a prerrogativa de concorrer enquanto quiser.

Blaise Campaore (Burkina Faso) - É o único Presidente da história do Burkina Faso que chegou ao poder eliminando o seu predecessor, Thomás Sankara. Fê-lo a 15 de Outubro de 1987. Até lá prevalecia a prática olímpica, se assim podermos dizer, de se poupar a vida aos outros. Maurice Yamegou, primeiro Presidente, não foi molestado por Sangolé Lamizana; este por sua vez não teve a vida em perigo quando o coronel Saye Zerbo o derrubou; Jean Baptiste Quedraogo não se preocupou em «limpar o sebo» ao coronel. Tomas Sankara, que subiu ao poder a 4 de Agosto de 1983, cumpriu o ritual. A dado ponto da história, o Burkina Faso teve 4 ex- presidentes, todos derrubados por golpes de estado a viverem no país na paz dos anjos..Uma raridade no nosso continente...Pelos vistos nada mudará. Campaore é dono absoluto do poder. «A lá française» cumpriu dois mandatos de 7 cada. Um de 1991 a 98, e outro de 1998 a 2005...Aceitou a alteração da Constituição com a condição de que entrando o país para uma nova República poderia concorrer aos mandatos que quisesse. Em Novembro iniciou um mandato de cinco anos. O primeiro da sob a nova Constituição.

Lukamba Gato entra pela porta de frente

Qualquer que venha a ser o desfecho do braço de ferro entre Isaías Samakuva e o grupo dos 16 deputados cujos lugares são reclamados pela liderança da Unita, uma coisa é certa: Lukamba Gato deverá assumir proximamente o seu lugar no Parlamento.

Gato fa-lo-á observando uma promessa que fizera após a assinatura dos Acordos do Luena, segundo a qual só regressaria ao Parlamento se isto não representasse a substituição de quem quer que fosse. Com efeito, a sua tomada de posse no não vai representar nenhum sacrifício para os 16 deputados agora em guerra com a liderança do galo negro.

Lukamba Gato vai ocupar a primeira das três vagas deixadas em aberto com as saídas de Almerindo Jaka Jamba, para a embaixada de Angola na Unesco, de Sebastião Veloso para o Ministério da Unita, e do advogado Oliveira Fiol, que regressou a Portugal onde vivia praticamente desde 1992. Lukamba Gato fazia parte da primeira linha de dirigentes da Unita indicados para o Parlamento pelo círculo nacional.

Tinha a sua frente, Jonas Savimbi, António Dembo, Jeremias Calandula Chitunda , Alicerces Mango, e Elias Salupeto Pena, todos já falecidos. Jaka Jamba e Jorge Valentim eram os próximos da lista. Com Lukamba Gato deverão entrar também Samuel Tchiwale, e o actual secretário-geral da Unita, Mário Canhali Vatuva.

060204-11 A oportunidade poderá ser visita de José Sócrates em Março Cimpor pretende solução negocial para diferendo com governo Sousa Neto

Quando na passada terça-feira, o Governo Angolano anunciou em comunicado oficial o afastamento da Cimpor dos órgãos sociais da Nova Cimangola, a cimenteira portuguesa já tinha, cinco dias antes, levantado a questão para a opinião pública lusa, dando conta da sua contestação às decisões tomadas pelas autoridades do nosso país.

Em comunicado enviado aos seus accionistas, na verdade dirigido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (Cmvm) de Portugal, a Cimpor insurgiu-se contra uma providência cautelar solicitada ao Tribunal Provincial de Luanda pela Agência Nacional de Investimento Privado (Anip) para suspender os efeitos de uma transacção em que a Scancem International, do grupo norueguês HeidelbergCement, passou 24,5 por cento do capital da Nova Cimangola para a Scanang, uma sociedade adquirida em Novembro de 2004 pela cimenteira lusa.

O HeidelbergCement e uma outra entidade empresarial internacional, o Grupo Holcim, detinham uma participação accionista de 49 por cento do capital da Nova Cimangola, mas passaram-na parcialmente à Cimpor, uma cimenteira portuguesa detida em 49 por cento pela empresa de construção civil Teixeira Duarte. Ao solicitar a suspensão dos efeitos dessa transacção, o Anip considerou que ela violou a lei angolana, algo que numa assembleia geral da Nova Cimangola realizada a 24 de Janeiro último já tinha descambado numa decisão de afastar a Scanang do órgãos sociais da cimenteira angolana.

Mas a Cimpor alega no comunicado enviado à Cmvm que recebeu dos alienantes «garantias e evidências que lhe permitem estar confiante na legalidade da transacção», considerando ser o seu afastamento da administração da Nova Cimangola contraria a lei angolana e os estatutos da empresa. A Cimpor notou que tinha celebrado com o Estado Angolano em 23 de Julho do ano passado um protocolo que definia os termos essenciais da relação entre as partes no âmbito da Nova Cimangola, o qual, além de permitir à cimenteira lusa a entrada directa no capital da empresa angolana, estabelecia os moldes em que deveriam ser alterados o contrato de constituição e os estatutos, bem como os termos de referência do seu programa de investimentos e o respectivo cronograma de execução.

A empresa portuguesa disse que esse protocolo ficou resolvido pelas autoridades angolanas em 29 de Novembro último em termos que entende «não serem legítimos», pelo que declara estar confiante que «ainda será possível encontrar uma solução para o litígio».

Efectivamente, a Cimpor parece estar mais inclinada para uma solução negociada da questão do que por acções judiciais. Mas na quinta-feira passada, ela fez saber através do Jornal de Negócios estar interessada também em intentar acções contra os actuais responsáveis na Nova Cimangola. De acordo com aquela publicação, a Cimpor anunciou que moveria acções judiciais precisamente contra os actuais responsáveis na Nova Cimangola e não contra a figura do Estado Angolano, que controla 51 por cento do capital daquela empresa através de diversas entidades e organizações empresariais.

O jornal estima, entretanto, que muito dificilmente esse conflito será resolvido no plano judicial, prevendo que uma solução apenas pode vir a ser encontrada com a intervenção dos responsáveis diplomáticos e políticos de ambos os países. Segundo o Jornal de Negócios, a oportunidade mais flagrante para isso poderá ser a visita que em Março o primeiro- ministro de Portugal, José Sócrates, realizará a Angola, na companhia do seu ministro da Economia, Manuel Pinho.

Informações entretanto obtidas pelo Semanário Angolense em Luanda, dão conta de que a decisão angolana de inviabilizar a participação da Cimpor no capital de Nova Cimangola não é propriamente um facto novo.

As autoridades governamentais angolanas torceram o nariz à transacção em que a Holcim e a HeidelbergCement passaram as suas acções para a cimenteira portuguesa assim que tomaram conhecimento da operação. Segundo se diz, o Governo Angolano alegou que ao desistir da sua participação na Nova Cimangola, as detentoras da Scanang, a Holcim e a HeidelbergCement, deveriam ter-se regido pelo direito de preferência, passando prioritariamente as suas acções para o Estado Angolano, que é sócio maioritário.

Mas uma fonte contactada por este jornal afirmou que ao contrário desta alegação, o contrato estabelecido entre a Scanang e a Estado Angolano não prescreve nenhuma cláusula que evoque o tal direito de preferência, determinando, por sinal, o direito daquela sociedade internacional alienar o seu capital na Nova Capital de acordo com a sua própria vontade.

Se esse argumento das autoridades angolanas não é válido, o que é, afinal, que elas receiam? De acordo com informações fornecidas a este jornal, o Governo Angolano teme o facto de Cimpor ser detida em 49 por cento pela companhia de construção civil Teixeira Duarte, que possui importantes interesses nesse mercado em Angola.

Os estrategos do Governo Angolano estimam que na base dos seus sólidos interesses no nosso mercado, a Teixeira Duarte poderia criar uma situação de monopólio, em que prejudicaria fortemente os seus concorrentes, impondo preços desfavoráveis para o cimento que fosse adquirido por outras empresas de construção civil.

A actuação do Governo Angolano neste caso pauta-se, então, por estabelecer no mercado da construção civil regras e situações de conjuntura que garantam a estabilidade e um clima de sã concorrência. Mas não se descura que as autoridades angolanas tenham sido movidas, também, por alguma animosidade, até porque há caminho de dois anos, este mesmo jornal já tinha feito eco de informações oficiosas que atribuíam ao Governo a decisão não formal de cessar a cedência de contratos às construtoras portuguesas instaladas em Angola.

Essa decisão, dizia-se naquela altura, estava fundada no facto dessas empresas terem, ao longo dos anos, abocanhado os maiores contratos do ramo, sem que, em contrapartida, tenham operado processos genuínos de implantação no nosso país, ou contribuído de forma sustentada para ajudar o Governo a solucionar problemas estruturais da nossa economia, como o emprego e os rendimentos.

Posição do governo evidencia determinação de denunciar a joint-venture A actuação do governo angolano em relação à Nova Cimangola atingiu na semana que hoje termina as raias da imiscuição, em o Estado interfere nos assuntos de gestão de uma empresa de direito privado.

Apesar de participada em 51 por cento por capitais de empresas estatais, a Nova Cimangola é uma sociedade de direito privado, mas na semana que hoje termina, o director-geral da empresa, um cidadão norueguês, recebeu uma ordem de suspensão emitida pelo director do Gabinete Jurídico do Ministério das Obras Públicas (Minopu).

Além disso, a nova representação da parte angolana na administração da empresa, indicada no decorrer de uma assembleia de sócios realizada na semana passada, foi esta semana empossada num acto presidido pelo ministro das Obras Públicas, . Estes factos podem ser explicados da seguinte maneira: numa assembleia de sócios realizada na terça-feira da semana passada, a parte angolana indicou os seus representantes no conselho de administração da empresa, uma instância que passou a ser presidida por Nelo Victor, que dessa maneira substituiu Fernando Silva.

A parte estrangeira, representada pela Scanang, uma sociedade adquirida em Novembro de 2004 pela Cimpor, aceitou as indicações feitas pelos seus parceiros angolanos. O ministro das Obras Públicas foi pessoalmente conferir posse aos administradores daquela empresa de direito privado. Numa outra assembleia, promovida pela Scanang, a parte angolana rejeitou as indicações dos seus parceiros estrangeiros, denunciando a seguir a aquisição daquela sociedade pela Cimpor portuguesa, donde derivou a providência cautelar agora interposta pela Anip.

Por si só, isso já significava o afastamento, ainda que temporário, do norueguês que na Nova Cimangola exerce as funções de director-geral, mas as autoridades não se deixaram ficar por aí. Instado para responder ao processo movido pela Anip, o director geral da Nova Cimangola não compareceu ao tribunal. O normal seria que aquele órgão da justiça o voltasse a convocar uma segunda e uma terceira vez, mas foi o director do Gabinete Jurídico do Minopu que se apressou a agir.

Numa intempestiva decisão, o director do Gabinete Jurídico do Minopu ordenou a suspensão do norueguês das suas funções. Fontes bem informadas disseram ao Semanário Angolense que em nenhum desses casos, tanto no empossamento quanto na suspensão, existe legitimidade das autoridades governamentais, sendo tais factos interpretados como puro intervencionismo do governo, algo que deve decorrer de um qualquer nervosismo ou de uma forte determinação institucional para traçar os rumos que as autoridades pretendem dar à constituição da joint-venture conformada na Nova Cimangola.

Como os juristas angolanos tramaram a Cimpor

Por volta de 2003 ou 2004, os grandes grupos cimenteiros internacionais começaram a fundir-se para competirem entre si, sendo que foi no quadro desse processo de a Cimpor portuguesa adquiriu uma parte importante do capital da Scanang Trading a duas empresas internacionais do ramo.

Foi um negócio internacional com consequências para a Nova Cimangola, que tem na Scanang um dos seus principais accionistas, mas segundo pôde apurar o SA, essa operação só foi possível porque a administração da empresa angolana não reportava convenientemente ao governo os factos atinentes à joint-venture angolano- norueguesa. Segundo se sabe agora, quando chegou a hora dos portugueses da Cimpor tomarem conta da gestão, a ideia foi mal recebida no palácio presidencial da Cidade Alta, onde foi constituída uma task force para contornar a situação, com ordens expressas de que para tal poder-se-ia ir tão longe, até ao ponto de comprar à empresa lusa os capitais adquiridos aos noruegueses, mesmo que a preço de ouro.

Quer dizer que para ver a Cimpor pelas costas, os representantes do governo angolano estavam até dispostos a pagar e a perder dinheiro. Afirma-se em Luanda que já investido nas suas actuais funções, o ministro das Obras Públicas, Higino Carneiro, chegou a viajar para Portugal a fim de convencer os gestores da Cimpor a passarem de qualquer forma, para o Estado angolano, o capital acabavam de adquirir à Scanang.

O ministro utilizou todas as opções de que dispunha para negociar a aquisição das acções da Scanang, propondo inclusivamente a sua compra, no que não foi bem sucedido. Diz-se que conhecedores do valor da Nova Cimamgola, os portugueses negociaram em posição de força, insistindo em participar no capital da empresa angolana.

Várias outras tentativas no sentido de obter os afastamento da Cimpor resultaram goradas, pelo que no palácio presidencial foi decidido envolver nessas «démarches» o célebre jurista e académico angolano Carlos Feijó, que estudando o processo, encontrou na transacção portuguesa vestígios de ilicitude.

Explorados até à exaustão, tais vestígios nem só amorteceram a atitude dura e nada cooperativa dos portugueses, como também permitiu que se ganhasse o tempo necessário para que na assembleia geral realizada na 24 de Janeiro último, Rui Ferreira, um outro causídico e académico, encurralasse a Cimpor nas questões da sua representatividade na joint-venture.

O artifício encontrado por esses dois juristas fundamentou-se num fraccionamento da sociedade que deixava a Cimpor, através da sua participada, a Scanang, sem a concentração de capital que lhes dava o voto de qualidade.

Sem esse mecanismo, a Cimpor viu esvoaçarem as suas intenções de obter preponderância sobre a Nova Cimangola, e os accionistas angolanos, que foram à assembleia geral com a lição já bem estudada, votaram em maioria na lista que agora gere a cimenteira, onde não figura nenhum representante da parte portuguesa. Foi assim que a cimpor perdeu o negócio do cimento em Angola.

Com o banco em alta Carlos da Silva deixa o Besa

Depois de ter tido um papel relevante na criação, expansão e crescimento do Banco Espírito Santo Angola – Besa, Carlos da Silva, administrador executivo desta instituição, deixou de exercer o cargo para ir desempenhar novas funções numa multinacional financeira, que se está a estabelecer no mercado angolano. Trata-se de uma saída pacífica envolta nos marcos da isenção e cordialidade que marcaram durante cincos anos a presença daquele gestor como homem da administração do Besa.

Fontes próximas do Bna - onde já deu entrada o pedido de demissão, apresentada por aquele gestor, com o que formalizou a sua saída - destacaram que em todo este processo, mais uma vez, a cultura da gestão do Besa marcou a diferença pela forma exemplar como foi gerido. Carlos da Silva, que há anos desempenhou funções de consultor de importantes empresas, deixa o Besa para enfrentar agora novos desafios impostos pela dinâmica de um mercado em crescente competitividade.

A saída de Carlos da Silva do Besa marca um ciclo, que deu lugar a um crescimento seguro desta instituição, hoje cotada entre os três maiores bancos do país. O Besa, que em Janeiro cumpriu quatro anos de actividade, encerrou o exercício de 2005 com resultados líquidos na ordem dos 42 milhões de dólares. Estes números representam uma evolução em crescimento na ordem dos 350% dos resultados líquidos em relação a 2004, correspondendo a mais de 120º% do produto bancário.

A agressividade demonstrada pela equipa de gestão do Besa integrada por Madaleno Sobrinho, Carlos da Silva e Helder Bataglia, permitiu-lhe contribuir em mais de 23% dos resultados globais da área internacional do grupo Besa sua estratégia ao longo de 2005 traduziu-se numa maior cobertura geográfica com a abertura de quatro agências nas províncias do Zaire, Huíla, Benguela e Cunene.

A estratégia de expansão do Besa, iniciada em 2002, prosseguirá em 2006 com a abertura de 10 novas agências em Luanda e nas províncias de Cabinda, Benguela, Malange e Huambo através de um investimento superior a 5 milhões de dólares. Para enfrentar os próximos desafios do mercado, em Abril deverá ser inaugurado a nova sede do Besa, um moderno edifício de sete pisos , situado numa zona nobre da baixa luandina, traduzindo num investimento de mais de 14 milhões de dólares.

O Grupo Espírito Santo que na semana passada apresentou os seus resultados teve um crescimento em termos líquidos que atingiu 280, 5 milhões de Euros. Tendo captado 120 mil novos clientes, o BES no qual está integrado o Besa viu a sua rentabilidade situar-se em 13, 5% e aumentou o produto bancário em 7,5 %, fixando- se em 1, 46 Mil Milhões de Euros. O crédito a clientes deste Grupo financeiro subiu de 12, 9% para 35, 45 Mil Milhões de Euros, enquanto que os resultados totais dos clientes aumentaram 12, 4% passando para 43, 55 Mil Milhões de Euros.

Publicações económicas especializadas ganham terreno

O mês de Janeiro foi fértil em publicações económicas. Está a circular desde Outubro último, tendo-nos chegado às mãos no mês passado, uma revista chamada Valor Acrescentado, uma publicação de natureza económica editada em Luanda e Lisboa pelo economista angolano José Luís Magro.

Trata-se de uma revista mensal, da qual está em circulação o número zero (com uma tiragem de mil exemplares), referente a Outubro, esperando-se que o número um esteja disponível em fins de Fevereiro. É também editada electronicamente, podendo ser acedida na Internet.

O número já disponível traz artigos escritos por eminentes académicos angolanos e estrangeiros, entrevistas e uma reportagem especial dedicada à economia da província de Benguela. A revista é, aliás, vocacionada para apoiar o debate de questões económicas, sendo do interesse de académicos, estudantes universitários, políticos, assim como decisores públicos e privados.

Outra publicação que viu a luz do dia no mês passado foi a Endiama Hoje, uma revista editada pelo Gabinete de Comunicação e Imagem da empresa diamantífera nacional, trazendo temas consagrados à inauguração da Angola Polishing Diamonds, a lapidadora que abriu em Luanda em Novembro último.

Esse número da Endiama Hoje traz também artigos que dão conta de processos de autofinanciamento do projecto Catoca e da inserção da empresa diamantífera nacional no mercado de Hong Kong. Esta revista é editada uma vez em cada dois meses com uma tiragem de dois mil exemplares. Chegou-nos o número 20 da revista Angola Minas, dos serviços de Comunicação e Imagem da Ministério da Geologia e Minas, trazendo como destaques a inauguração do segundo módulo do projecto Catoca pelo Presidente da República e uma entrevista com o presidente do Conselho de Administração da Itm, Naim Cardoso, em que são avançadas projecções sobre o potencial diamantífero angolano.

A Angola Minas tem uma periodicidade trimestral, sendo que o número disponível é referente ao terceiro trimestre do ano passado. A edição teve uma tiragem de mil exemplares. Os serviços de imprensa da Direcção Nacional das Alfândegas fizeram-nos chegar os dois últimos números do seu boletim informativo denominado Alfândegas, onde são ilustrados factos da vida interna da instituição, além de que são abordados com alguma profundidade técnica conceitos do direito aduaneiro. Com tiragens de quatro mil exemplares, os números disponíveis são relativos aos meses de Julho e Agosto, assim como Setembro e Outubro. A Total editou a newsletter do Projecto Dália, uma importante concessão petrolífera angolana detida pela empresa francesa.

A Dália Project Newsletter referente a quarto trimestre de 2005 traz um editorial escrito pelo administrador daquela concessão, Daniel Picard, e artigos sobre a instalação de equipamentos, perfuração, operações de campo e pequenas notícias sobre o desempenho da companhia gaulesa em Angola.

De chantagem em chantagem

O imbróglio em torno dos Tpv e dos BI´s pode reflectir apenas uma parte das tumultuadas relações entre o Executivo angolano e a Dlr. A empresa do Reino Unido, que foi contratada há já alguns anos para a emissão electrónica de uma série de documentos, dentre os quais avultam os BI´s, Passaportes, Livretes e Cartas de Condução, através de milionários contratos, estará a usar a chantagem como forma de fazer vergar as autoridades angolanas a seus pés.

Fontes profundamente conhecedoras do dossier revelaram a este jornal que a detenção do «monopólio de software» por parte da Dlr tem servido de «arma secreta» que tem sido arremessada no sentido de pressionar Luanda a «escancarar desmesuradamente os seus cofres».

As fontes do SA disseram que isso decorre do facto de Angola ter firmado com a Dlr um dos piores contratos da sua história, visto que o nosso país, embora seja o proprietário dos aludidos documentos, não é, contudo, detentor do «know-how». Este, que tem sido usado para a concepção e emissão de tais documentos, continua «às mãos dos britânicos».

A forte dependência ao acordo pode ser aferida pelo facto da empresa britânica ter, em duas ocasiões, retirado o seu pessoal de Angola, num gesto que as fontes do SA consideraram de «vergonhosa chantagem».

«Apesar de Angola ser um parceiro que sempre acabou por honrar a sua palavra, cedo ou tarde, a Dlr não hesitou em retirar os seus homens». Para as fontes, a armadilha contida no contrato terá sido montada de tal forma que o Governo ficou quase margens de manobra para contratar outras empresas do ramo. Por causa dos «direitos de software detidos exclusivamente pelos britânicos, Angola é obrigada a ajoelhar-se a seus pés quantas vezes eles quiserem».

A fonte do SA revelou que por causa dessa dependência total aos britânicos, Angola quase não tem dado ouvidos a uma empresa estrangeira que concorre com a Dlr. Trata-se da empresa portuguesa Valley Soft, que já reiterou o seu interesse em disputar o mercado que a Dlr tem em Angola. A empresa lusa dispõe-se a oferecer serviços em áreas como emissão de passaportes, livretes e cartas de condução.

Mas uma outra fonte assegurou que a Valley Soft não ficará «eternamente» a ver navios em Angola. Segundo essa fonte, a Valley Soft já está implantada em Angola e tem atrás de si pesos pesados do Mpla e do Governo directamente ligados ao processo de realização das eleições.

De acordo ainda com a mesma fonte a costela angolana da Valley Soft ainda não deu passos maiores porque receia que a Dlr a possa processar judicialmente por concorrência ilícita. «Para operar no mesmo segmento, a Valley teria de usar o mesmo software que é usado pela Dlr. Ora, essa poderia alegar plágio de software».

Uma permanente dor de cabeça, Manuel Aragão, o actual ministro da Justiça, fez das relações com a Dlr uma das suas principais prioridades. Tanto assim é que depois de várias diligências, Manuel Aragão conseguiu, finalmente, persuadir a empresa britânica a vender o nosso país os direitos de software para os Bilhetes de Identidade.

O acordo foi assinado recentemente e envolveu a quantia de quase cinco milhões de dólares, tendo a primeira tranche sido fixada em 2 milhões. Este negócio foi, de resto, confirmado nesta quarta-feira, 08, pelo próprio ministro da Justiça, Manuel Aragão, quando abordado por este jornal.

De La Rue recebe dinheiro e não emite Títulos de Propriedade de Veículos Angola burlada em mais de Usd 1 milhão e 700 mil Ilídio Manuel

O Governo angolano foi burlado em um milhão, setecentos e setenta mil dólares (1.770,00) norte-americanos num contrato que assinou, há cinco anos, com a empresa britânica De La Rue (Dlr) Idêntica Systems para a compra de um sistema informatizado de Títulos de Propriedade de Veículos (Tpv), segundo revelou ao Semanário Angolense uma fonte afecta ao Ministério das Finanças.

Ao abrigo do contrato assinado (vide fac-símile), em Londres, a 20 de Julho de 2000, pelo então ministro da Justiça, Paulo Tjipilica, e pelo director geral da Dlr Identity Systems, James Runcie, a empresa britânica obrigava-se a fornecer um sistema para a produção e emissão de 500 mil Títulos de Propriedade de Veículos, assim como os materiais consumíveis e a ele associados.

Apesar do Executivo angolano, ainda que com algum atraso, ter já pago a totalidade do valor estabelecido no contrato, algo que fez em três tranches, sendo a primeira de setecentos e setenta mil dólares (770), e as restantes de quinhentos mil (500) cada, a empresa britânica não emitiu, até à data, um único Tpv.

Na opinião da fonte do Semanário Angolense, «não há razões que justifiquem os sistemáticos incumprimentos da parte britânica», visto que ela, em circunstância alguma, «rescindiu ou denunciou o contrato».

Embora a rescisão ou ruptura do acordo esteja prevista no contrato subscrito pelas partes, o facto é que a Dlr nunca manifestou de forma expressa tal vontade, e foi ao longo dos últimos anos recebendo o dinheiro de Angola, socorrendo-se, em não poucos casos, da «chantagem e da pressão».

As fontes do Semanário Angolense disseram que Paulo Tjipilika chamou várias vezes a Dlr à razão por causa dos sistemáticos atrasos no cumprimento das suas obrigações contratuais. Todas vezes que isso aconteceu a empresa britânica ou tergiversou ou ignorou simplesmente o seu parceiro.

«Embora da nossa parte se tivessem registado alguns atrasos no pagamento da primeira obrigação do contrato, o facto é que o Governo angolano, através do Ministério da Justiça, procedeu ao pagamento da 1ª prestação do Contrato de Assistência Técnica e do Título de Propriedade Automóvel, tendo sido remetidas as facturas da 2ª prestação ao Ministério das Finanças para liquidação no decurso do mês de Abril ou mais concretamente em Maio», defendia-se o então tutelar da Justiça numa carta enviada à empresa britânica, a 11 de Abril de 2003 (vide fac-símile).

Agastado, foi mais longe, lamentando que «curiosamente, ainda não há da parte da DLR notícia da data do início das tarefas do Título de Propriedade Automóvel, nem tão pouco do envio do equipamento respectivo (…) no que respeita à Assistência Técnica, também, não temos notícia de quando virá o equipamento que substituirá o anterior [referência aos BI´s], para a concretização do ‘Up-Grade’».

Em concreto, o antigo ministro insurgia-se contra o facto da DRL não ter enviado até Julho de 2003 um cronograma de implementação do sistema, e nem se dera ao trabalho de informar o número do pessoal necessário para o arranque do projecto, bem como o nível de formação académica da força de trabalho a empregar.

Nessa altura e embora Angola já tivesse pago 72% do valor acordado, isto é, um milhão, duzentos e sessenta e nove, e novecentos e sessenta (1.269.960) dólares norte-americanos não tinham sequer ainda recebido «os manuais de formação em português», que careciam de aprovação pelo ex. titular da Justiça, nem tão pouco a Dlr tinha apresentado o layout, ou seja, o esquema de montagem do equipamento e de funcionamento do projecto.

«Os Tpv deveriam ser emitidos em simultâneo com os livretes, mas Angola continua, até hoje, sem os referidos títulos. O Governo angolano já pagou, há mais de dois anos, a totalidade do valor e não entendo as razões para a não responsabilização criminal dos britânicos. O contrato prevê o recurso aos mecanismos judiciais internacionais. Tudo me leva a crer que o país foi burlado», disse, desconsolado, a fonte do SA, que alegou razões de segurança para não ser identificada.

O Semanário Angolense soube que a Câmara Internacional de Comércio de Paris foi a instância de arbitragem escolhida pelas partes para dirimir eventuais conflitos emergentes do incumprimento desse contrato. Mas, ao que soube, as autoridades angolanas não recorreram, até à data, à referida instituição. A fonte, que temos vindo a citar, defendeu que Angola tem motivos mais do que suficientes para levar o diferendo às barras dos tribunais internacionais, visto que a Dlr está a comportar-se com «manifesta arrogância».

Em sua opinião, a atitude dos responsáveis da Dlr não está apenas fundada na má-fé mas também numa visão banalizante e redutora, que alguns executivos possuem em relação à Angola. «Para esses, Angola não passava de uma República de bananas, ao nível de Afeganistão, onde se podia enriquecer facilmente». O representante da Dlr em Luanda, Emanuel Azevedo, quando abordado sobre o assunto pelo Semanário Angolense optou pelo silêncio. Parco em palavras, limitou-se a dizer que «nada tinha a comentar…».

Dlr falha também nos BI´s

Além de não cumprir o que acordou com Angola em relação aos Tpv, a empresa britânica tem sido acusada de uma série de outros incumprimentos, dois dos quais relacionam-se com o «up grade» dos BI´s e fornecimento de materiais consumíveis.

Embora já tenha recebido em 2003 a quantia de Usd cinco (5) milhões, a última tranche relativamente à conclusão do dossier BI´s, a Drl tem estado a furtar-se ao cumprimento do que subscreveu com o seu parceiro angolano.

Disso deu conta Paulo Tjipilica na carta que endereçou a Londres, a 11 de Abril de 2003, aludindo ao facto que « (…) há ruptura de ‘stocks de papel do actual Bilhete de Identidade Informatizado». Depois de comunicar que o sistema está implantado em quase todo o país, Paulo Tjipilika alertou a DLR que qualquer interrupção resultante da ruptura de stocks de papel seria perniciosa.

A fonte do Semanário Angolense atribuiu também à DLR desinteresse absoluto em formar quadros nacionais que pudessem operar adequadamente o sistema. «Ela formou apenas uns três ou quatro engenheiros angolanos. Mas nem mesmo essa formação foi sólida. Digamos que são pessoas habilitadas apenas a remendar as falhas do sistema. Daí que as avarias mais complexas só possam ser debeladas por técnicos vindos expressamente da Grã- Bretanha. Isso requer um esforço adicional do Tesouro Nacional»

De chantagem em chantagem

O imbróglio em torno dos Tpv e dos BI´s pode reflectir apenas uma parte das tumultuadas relações entre o Executivo angolano e a Dlr. A empresa do Reino Unido, que foi contratada há já alguns anos para a emissão electrónica de uma série de documentos, dentre os quais avultam os BI´s, Passaportes, Livretes e Cartas de Condução, através de milionários contratos, estará a usar a chantagem como forma de fazer vergar as autoridades angolanas a seus pés.

Fontes profundamente conhecedoras do dossier revelaram a este jornal que a detenção do «monopólio de software» por parte da Dlr tem servido de «arma secreta» que tem sido arremessada no sentido de pressionar Luanda a «escancarar desmesuradamente os seus cofres».

As fontes do SA disseram que isso decorre do facto de Angola ter firmado com a Dlr um dos piores contratos da sua história, visto que o nosso país, embora seja o proprietário dos aludidos documentos, não é, contudo, detentor do «know-how». Este, que tem sido usado para a concepção e emissão de tais documentos, continua «às mãos dos britânicos».

A forte dependência ao acordo pode ser aferida pelo facto da empresa britânica ter, em duas ocasiões, retirado o seu pessoal de Angola, num gesto que as fontes do SA consideraram de «vergonhosa chantagem».

«Apesar de Angola ser um parceiro que sempre acabou por honrar a sua palavra, cedo ou tarde, a Dlr não hesitou em retirar os seus homens». Para as fontes, a armadilha contida no contrato terá sido montada de tal forma que o Governo ficou quase margens de manobra para contratar outras empresas do ramo. Por causa dos «direitos de software detidos exclusivamente pelos britânicos, Angola é obrigada a ajoelhar-se a seus pés quantas vezes eles quiserem».

A fonte do SA revelou que por causa dessa dependência total aos britânicos, Angola quase não tem dado ouvidos a uma empresa estrangeira que concorre com a Dlr. Trata-se da empresa portuguesa Valley Soft, que já reiterou o seu interesse em disputar o mercado que a Dlr tem em Angola. A empresa lusa dispõe-se a oferecer serviços em áreas como emissão de passaportes, livretes e cartas de condução.

Mas uma outra fonte assegurou que a Valley Soft não ficará «eternamente» a ver navios em Angola. Segundo essa fonte, a Valley Soft já está implantada em Angola e tem atrás de si pesos pesados do Mpla e do Governo directamente ligados ao processo de realização das eleições.

De acordo ainda com a mesma fonte a costela angolana da Valley Soft ainda não deu passos maiores porque receia que a Dlr a possa processar judicialmente por concorrência ilícita. «Para operar no mesmo segmento, a Valley teria de usar o mesmo software que é usado pela Dlr. Ora, essa poderia alegar plágio de software».

Uma permanente dor de cabeça, Manuel Aragão, o actual ministro da Justiça, fez das relações com a Dlr uma das suas principais prioridades. Tanto assim é que depois de várias diligências, Manuel Aragão conseguiu, finalmente, persuadir a empresa britânica a vender o nosso país os direitos de software para os Bilhetes de Identidade.

O acordo foi assinado recentemente e envolveu a quantia de quase cinco milhões de dólares, tendo a primeira tranche sido fixada em 2 milhões. Este negócio foi, de resto, confirmado nesta quarta-feira, 08, pelo próprio ministro da Justiça, Manuel Aragão, quando abordado por este jornal.

060211-18 Tjipilika ainda não renunciou à presidência da Trd Vínculo partidário põe em causa a independência do Provedor

Ao tratarem de moderar os apetites materiais a Paulo Tjipilika, indirectamente, os deputados estavam também a refrear as ambições políticas secretas que se suspeita que ele ainda tenha. Apesar do cargo de Provedor de Justiça destinar-se, em tese, a uma personalidade independente dos poderes políticos, Tjipilika ainda não esboçou o menor sinal de pretender renunciar à sua função política na Tendência de Reflexão Democrática (Trd), partido de que é presidente.

Esta situação põe as pessoas de pé atrás, pois esperava-se que o antigo ministro da Justiça já tivesse dado esse passo desde que foi sondado até ser empossado. Numa altura em que há rumores dando conta que apesar da Provedoria de Justiça não estar ainda a funcionar, Tjipilika já esbanjou cerca de um milhão de dólares, isso dá azo a que se suspeite também que recursos destinados à Provedoria de Justiça possam eventualmente ser vazados para a Trd.

Paulo Tjipilika, na pele de Provedor de Justiça, encontra-se assim sob uma espada de Dâmocles. Enquanto o Mpla trata de refrear-lhe a concupiscência – material e política – noutra «frente», ele tem de provar à oposição que é mesmo uma personalidade independente.

USACC January 2006 VOL.15 NO.1

2005 witnessed extraordinary growth and economic activity in Angola. The combination of high oil prices, increased oil production, and substantial loans from China, Brazil, and other countries produced a GDP rate of around 15%, bolstered foreign exchange reserves, and stimulated growth in the non-oil sector, especially in construction, services, telecommunications, banking, diamonds and agriculture. With the projected continuation of high oil prices and further increases in oil production, the GDP rate is expected to reach 25% in 2006. At the same time, the government has made progress in bringing down the rate of inflation and stabilizing the foreign exchange rate with the hope that the inflation rate can be brought down to single digits in 2006.

The economic boom can be observed in Luanda. The hotels are jammed (experienced during my visit to Luanda in December): businessmen of virtually every nationality can be seen in the lobbies of the hotels making deals; the streets of Luanda are clogged with traffic making it imperative to space appointments in order to give enough time to get to the next meeting: airline reservations are sometimes difficult to book (though the Houston Express is a godsend to those belonging to the US-Africa Energy Association); and new office buildings and business establishments are mushrooming in downtown Luanda. Exponential growth is also being registered to the south of Luanda in Luanda Sul.

Two broad issues will dominate the agenda in 2006. The first is the course of the democratic process and the prospective elections in 2006. While progress has been made in establishing the legal framework and institutions for holding elections, no date for the elections, as of the writing of this report, has been announced. Most recently, the National Electoral Commission expressed reservations whether the registration process, originally scheduled to be completed in three months, can be completed in this time frame. If this is the case, it is likely that the elections will be pushed back to sometime in 2007. Despite these uncertainties, one point is clear. If the elections are perceived to be transparent and fair, and free of political violence and harassment, it will mark an important milestone in establishing the institutions and spirit of democracy in Angola. It will also send a clear signal to the international community that Angola is serious about bringing democratic change for its people.

The second issue relates to the economic strategy that the government intends to pursue, particularly as it relates to the management of its resources. This has important ramifications for the investment climate in Angola. Progress has been made on this front, though more needs to be done. The Angolan government continues to engage in a dialogue with the IMF and World Bank on these issues, but it is unclear whether this will lead to an agreement between the two parties. Angola does not need financial assistance from the IMF, but it would like to receive the green signal from the IMF to go to the Paris Club for debt rescheduling and receive the “seal of good housekeeping ” from the international financial institutions for what has been done to promote good governance and accountability. A related question is whether Angola intends to adhere to the Extractive Industries Transparency Initiative (EITI), where it currently has observer status. Up to now, the government has taken the position that it wants to deal first with the IMF before fully engaging with the EITI.

Despite the progress that has been made on many fronts, obstacles remain in creating a more friendly investment climate in Angola. The difficulties have been chronicled in various reports. The problems include, among other things, the length of time, red tape and expense involved in registering a company; difficulties of obtaining land titles; and concerns regarding Angola’s non-adherence to international arbitration treaties and weakness of the judicial system. Others point to the problems encountered with the fiscal police, and the more mundane problems of getting a visa, an airline reservation, or finding a hotel room. While there is little question that Angola will continue to grow, the real question is how quickly and equitably it will grow for its people. As the Finance Minister recently stated, seldom has a country at the same time faced such immense challenges and immense opportunities.

As I look back to 2005, what really impresses me is that the Chamber has demonstrated a considerable level of maturity and that its reputation is well established both in the US and Angola (and elsewhere, for that matter). In particular, I am really pleased with the results of our efforts in Angola.

2005 started on a very positive note: the success of the first ever fundraising event (the Gala Dinner in December 2004), which allowed us to establish a permanent representative in Luanda for the first time in March 2005. You all know how the work of Liliana de Sousa and Paula Morais has resulted in increased membership recruitment, superior provision of local services for members in Angola, better event coordination, and enhanced reputation in Luanda. The success of the second Gala Dinner in December 2005 will allow us to continue this arrangement.

In May 2005, the chamber hosted the first Business Symposium. Although we had never experimented with the format before, and in spite of the emergency situation due to the Marburg fever outbreak, the event was very successful.

In Washington, we continued to be a provider of services and information to our members. The Angola Working Group series continued successfully through the year with six events. I would like to thank the Chamber's Executive Director, Paul Hare, for making the Angola Working Group the de facto forum of discussion on US-Angola relations.

A major milestone was also reached in 2005: our overall membership base – thanks also to a record number of Angolan companies joining the chamber – has climbed close to 100 members. This is a major accomplishment, and we are most thankful to the chamber’s Deputy Director, Maria da Cruz: her relentless recruitment effort is now a critical part of the Chamber’s strategy.

Our gratitude goes also out to the members of the Board of Directors, who have reviewed and strengthened the policies of the Chamber in time of need and provided much needed support throughout the year. A last note of thanks goes to member companies that have sponsored our activities: to them the Chamber owes not only the ability to carry out these activities, but its very own existence.

As we begin a 2006 that we expect to be even more successful, a long list of events is already in the making. Ambassador Hare has elaborated on the upcoming activities in his column. As I look at what the Chamber will accomplish in the next months, I cannot help but think how it has come a long way from its almost obscure beginnings in 1990 in Boston. At the time, people were skeptical about the chances of setting up an organization to promote trade and investment between two countries that could not have been more distant politically and that did not even have diplomatic ties.

Since then, we have all witnessed in Angola some of the most dramatic changes that any country has ever gone through. And as the country of Angola progressed and grew, so certainly did the US Angola Chamber of Commerce!

Agence France Presse February 5, 2006

Angola back in limbo over election date

Oil powerhouse Angola is sliding back into electoral limbo after President Jose Eduardo dos Santos said the southern African nation's first post-war polls, due this year, could only be held in 2007.

Dos Santos last week went back on a pledge to hold the polls this year, saying they could not be held until road and rail links in the war-scarred country were repaired. "Our party will encourage the government to see that the reconstruction of road and rail networks is finished in 2007, so that the citizens can freely vote in the elections," he said in a speech. "If there is free movement of people and goods to all the towns, the elections will be credible," he added.

In a New Year's message last year, dos Santos had said: "In 2006, Angolans will be called to the polls to exercise their right to vote, to freely choose their legitimate representatives through an electoral process." "This will be a historic moment when fundamental decisions will be made for our future," he said.

Opposition and civic groups see the about-turn as opening the door to yet another postponement of the polls that would be the first since a peace accord in 2002 ended nearly three decades of war.

Jose da Silva, chief of the Opposition Political Council grouping opposition parties that have no sitting members of parliament, said the writing on the wall was clear. "The head of state wants virtually to push back the elections to 2008," he said, adding that dos Santos could allow the current parliament set up in 2003 to sit for its full five-year term.

William Tonet, head of the Great Movement of Citizens bringing together human rights activists and independent politicians, put a bigger question mark on the date of the elections. "Everything indicates that the polls will be held in 2008 or perhaps even later, say in 2010," he surmised. "One can clearly say that there is no timetable for elections in Angola."

Manuel Fernandes, who currently holds the rotating post of secretary general of the Civilian Opposition Parties bloc, said there was "clearly a lack of will on the government's part" to hold speedy elections.

The presidential and legislative elections will be the first since the end of the 1975-2002 war in the former Portuguese colony, which is now sub-Saharan Africa's second biggest oil producer after Nigeria.

The petro-dollars however have yet to translate into a boom for ordinary Angolans who live in one of the poorest countries on the continent.

Last year Dos Santos moved toward preparing for the polls, setting up an election commission that faces a mammoth logistical task to register an estimated seven million voters out of a population of about 15 million.

Most Angolan towns and villages remain cut off because of the destruction of roads during the war and the presence of between five and eight million anti- personnel and anti-tank mines.

MPLA leva amnistia ao parlamento VOA (Luís Costa)

Um projecto de lei de amnistia, apresentado pelo MPLA como justo e oportuno vai à discussão no parlamento nos próximos dias, soube a Voz da América de fonte oficial.

Fonte do MPLA disse que a nova iniciativa vai preencher todos os hiatos deixados em aberto pelas anteriores amnistias. "Há-de reparar que todas elas, a começar pela amnistia concebida no âmbito da política de clemência e de reconciliação nacional, resultaram de processos políticos ou negociais, logo tinham quase todas elas incidência quase exclusiva no objecto da negociação. Diziam respeito quase exclusivamente a crimes contra a segurança do estado, ou crimes de natureza militares. Os crimes com pena correcional beneficiaram em 1996 de uma correcção feita à lei da amnistia aprovada em 1996, correcção esta resultante de uma reclamação da UNITA".

Apesar do espírito abrangente que carrega, esta nova iniciativa do MPLA não escapou à interrogações mesmo dentro do partido no poder. À notícia de que estaria em andamento uma amnistia para crimes económicos, o que segundo o MPLA não é o caso, despoletou algum mal-estar sobretudo entre militantes da maioria que teriam questionado as razões para uma "anulação política" de alegados casos de enriquecimento ilícito, apropriação de bens de estado, má gestão, ou desvio de fundos do estado.

O PRS, no que é o MPLA diz ser uma tentativa de esvaziar o alcance da amnistia e transformar o projecto num instrumento pró-corrupção, foi mais longe, submetendo esta semana ao parlamento um projecto de lei contra crimes cometidos por titulares de cargos políticos.

Fonte do partido no poder disse à Voz da América que o projecto de amnistia procura outros fins. "Estamos a falar de crimes comuns. A moldura penal abstracta aplicável a um indivíduo que tenha furtado milhões ou que se tenha locupletado de bens no valor de milhões , é sempre superior a 16 anos. Não serão igualmente amnistiados crimes de natureza material, financeira, homicídio e outros que tenham resultado na morte com dolo. Não se pode meter na rua criminosos que por causa de um telemóvel mataram uma pessoa".

Embora defendam o projecto de lei de amnistia como sendo genérica, fontes do MPLA disseram que apesar disso ela vai corrigir omissões registadas em outras iniciativas do género.

"Comparativamente a outras, esta amnistia é mais centrada em crimes comuns pois sendo o nosso código penal do século XIX com algumas actualizações muito pontuais, mas não na matéria relacionada a molduras penais, houveram indivíduos que foram condenados a 12 de prisão, pasme-se, por terem roubado galinhas ou um estojo de esferográficas numa tabacaria....Não havendo este tipo de correcção ou ajustamento na organização do nosso sistema judiciário , havia que pelo menos, por altura do 30º aniversário tomar uma medida que para além de revelar estes crimes, tivesse o condão político de reflectir uma penitência "..

Ainda assim apenas serão contemplados crimes comuns sem grande relevância." Esta lei contemplará uma amnistia a crimes comuns com penas até 16 anos. Ao mesmo tempo manterá o figurino da amnistia aos crimes militares e contra a segurança do estado, o que não é inovação nenhuma ; manterá igualmente uma ressalva na aplicação do artigo 121 do código do processo penal ,ou seja, mantém-se válida a necessidade de indemnização das pessoas lesadas em tudo que forem aspectos patrimoniais ou financeiros".

Em debate há já algum tempo esta lei só agora vai ao parlamento porque ao nível do MPLA decidiu-se que embora fizesse parte do projecto para celebração dos 30 anos de independência, dever-se-ia estender o período de cobertura até 31 de Dezembro. "Não fazia limitar o projecto ao dia 11 de Novembro".

Este adiamento resultou que a discussão do assunto em plenária fosse precedida de uma sessão sobre a corrupção levantada pelo PRS, que o partido no poder toma como sendo deficitária na medida em que carrega exactamente os mesmos defeitos de forma de todas as iniciativas da oposição.

Feb 10, 18:01 Fonte:VOA (Luís Costa)

Suspensão de deputados não interfere nos mandatos parlamentares, esclarece Raul Araújo LAC

O diferendo em torno da renovação da bancada parlamentar da UNITA, não terá avanços com a “ punição ” dos 16 deputados, por parte da direcção do partido. Segundo o Jurista Raul Araújo, a suspensão ou expulsão dos deputados de um partido, não interfere em nada nos seus mandatos parlamentares, fazendo fé na lei constitucional e na lei orgânica do estatuto dos deputados.

Na sua explanação, esclareceu que a constituição determina, exactamente em que condições os deputados perdem o seu mandato e portanto, se eventualmente houver problemas disciplinares, ai só o próprio partido pode resolver, considerando o diferendo um problema interno da organização e que assim, nada afecta o estatuto do deputado.

Caso o partido decida expulsar o deputado, disse, o mesmo não perde o seu mandato, “ele continua a exercer o seu mandato como deputado, ficando com o estatuto de deputado independente, o que a nossa constituição prescreve ”, frisou o antigo bastonário da Ordem dos Advogados de Angola.

De acordo com Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), a UNITA está a mover um processo disciplinar contra os 16 deputados que se recusaram a abandonar a bancada parlamentar daquela organização politica-partidaria.

Feb 10, 22:32 Fonte:LAC

Processo disciplinar contra 16 deputados da UNITA vai continuar, garante Samakuva Rádio Ecclésia

O presidente da UNITA Isaías Samakuva, disse hoje na província da Lunda-Norte, que a direcção do seu partido vai levar até as últimas consequências, o processo interno instaurado contra os 16 deputados da sua bancada parlamentar, que se recusam abandonar a Assembleia Nacional. Samakuva fez essas declarações no âmbito de uma visita que cumpre àquela província do norte de Angola.

Em entrevista à Rádio Ecclésia, o líder dos “ maninhos ”, acrescentou que os parlamentares em causa, reivindicam apenas os seus interesses, o que confirma que devem ser suspensos. O homem forte da UNITA, fez saber por conseguinte, que entre os 16 deputados já há alguns prontos a saírem, por orientação da direcção da sua organização.

Quanto ao conselho jurisdicional do partido, que está a tratar do assunto, Samakuva, garantiu que este vai continuar a exercer o seu trabalho. “Quando este conselho que é o órgão competente para decidir, sobre às infracções e sanções a aplicar aos membros prevaricadores, naturalmente que o partido irá cumprir e pôr em execução as sugestões” , defendeu.

Feb 10, 22:53 Fonte:Rádio Ecclésia

Partidos da Oposição Civil congratulam-se com atribuição de subsídio Angop

O porta-voz da coligação extra-parlamentar, Partidos da Oposição Civil (POC), Quintino de Moreira(na foto), congratulou-se hoje, em Luanda, com a adopção recentemente, pelo governo, da recomendação da Assembleia Nacional de atribuição de um subsídio pontual às formações políticas sem assento no órgão legislativo.

"A justiça foi feita e nós aplaudimos a vontade do Governo em atribuir tal subsídio, avaliado em cerca de 100 mil dólares, apesar de representar um quinto das nossas necessidades", disse o também presidente do Movimento para a Democracia de Angola (MPDA), em declarações à Angop.

Segundo assinalou, para a prossecução das principais actividades, como a realização de conferências provinciais, congressos, apetrechamento de sedes, aquisição de viaturas e outros meios afins, os partidos em causa precisariam de um subsídio pontual de cerca de 500 mil dólares.

Quintino de Moreira sentenciou que os partidos extra- parlamentares se batem com sérios problemas decorrentes da falta de fundos monetários, atribuíndo esta situação à "ausência da normalidade constitucional".

Explicou que se houvesse eleições regulares no país, muitos dos actuais partidos na oposição poderiam estar hoje na AN e beneficiar das verbas de direito por tal estatuto.

"Os partidos precisam de realizar congressos para estarem em conformidade com a lei, que determina a consulta aos militantes de sete em sete anos, pelo que consideramos irrisório o subsídio anunciado", sustentou.

O interlocutor da Angop anunciou que a comissão partidária criada em Janeiro deste ano, integrada por seis personalidades em representação de 109 formações políticas, irá trabalhar, proximamente, com o Governo, para abordar questões relacionadas à entrega do valor anunciado e negociar um possível aumento gradual.

O executivo angolano aprovou recentemente um subsídio pontual no valor de Kz 9.720.000.00 (cerca de 114 mil dólares), para cada partido político sem assento na AN, em conformidade com uma resolução do Parlamento, aprovada em Setembro de 2005.

A verba destina-se à realização de despesas com instalações e apetrechamento, meios de transporte e aquisição de material gastável, devendo o Ministério das Finanças proceder a dotação em duas tranches, nos meses de Março e Setembro de 2006, respectivamente.

A coligação dos POC é uma plataforma formada em 1994, e integra 13 formações políticas, designadamente CNDA, MPDA, PSCA, PSIA, IULD, PSL, UND, PURA, PAZ, PPA, PCOC, PNSA e PALMA.

Feb 10, 23:23 Fonte:Angop

Provedoria de Justiça não será um «super-ministério» nem o titular do cargo terá assento no Conselho da República Semanário Angolense (Severino Carlos)

A personalidade soberba e enfatuada, os apetites mundanos e imoderados do homem que é Paulo Tjipilika, bem como a sua tendência obsessiva por projectos governamentais megalómanos – características que estavam reflectidas no que ele pretendia que fosse a Provedoria de Justiça, a novel instituição de que é titular – foram literalmente refreados na Assembleia Nacional. O Semanário Angolense está em posse de dados que comprovam que, nem de longe nem de perto, as versões definitivas da Lei Orgânica da Provedoria de Justiça e do Estatuto de Provedor de Justiça, aprovados recentemente, correspondem aos ante-projectos de lei que Paulo Tjipilika havia submetido aos parlamentares, que ele pretendia um «fato costurado» à sua medida.

Com efeito, se tudo dependesse de Paulo Tjipilika, a esta hora teríamos uma Provedoria de Justiça com estrutura idêntica a de um super-ministério e o respectivo Provedor com prerrogativas e regalias comparáveis aos de titulares de órgãos de soberania. Na realidade, Tjipilika quis ter honras iguais às que estão legalmente estabelecidas para os presidentes da Assembleia Nacional e do Tribunal Supremo. Pretendia, igualmente, ter assento entre os integrantes do Conselho da República. Mas todo esse sonho desmedido, que ia em grande medida contra o que a Constituição consagra para o cargo, ruiu como um castelo de areia. Os deputados cortaram-lhe as asas.

Já em 2004, logo após ter passado pelo escrutínio da Assembleia Nacional, Paulo Tjipilika punha a mostra os seus irrefreáveis apetites para fazer do cargo de Provedor de Justiça uma entidade faraónica. O grupo parlamentar do MPLA fez-lhe ver que não era bem assim. Empossado em 15 de Junho de 2005, em Outubro do mesmo ano Tjipilika submeteu à Assembleia Nacional os ante- projectos de Lei Órganica da Provedoria de Justiça e do Estatuto do Provedor de Justiça, ambos enfermando dos mesmos problemas estruturais, e aí foi definitivamente travado.

Enquanto Provedor de Justiça, Paulo Tjipilika quis gozar de um estatuto muito semelhante aos de titulares de órgãos de soberania, nomeadamente os Presidente da Assembleia Nacional e do Tribunal Supremo. «Na, na, ni, na, na» – terão por certo pensado os deputados diante da proposta de Tjipilika nesse aspecto particular. É que, para atingir esse objectivo, o «seu» ante-projecto do Estatuto de Provedor de Justiça previa para o cargo honras, direitos e precedências idênticos aos consagrados às entidades protocolares do Estado Angolano, auferindo salários e demais remunerações atribuídas à cúpula da Magistratura Judicial.

Mas estas intenções foram-lhe liminarmente cortadas: o Provedor de Justiça terá (já tem) os direitos, honras, precedências, remunerações e regalias idênticas às dos ministros. E mesmo assim, neste aspecto, houve quem achasse que o que se deu já foi muito. «Sendo o Provedor uma emanação da Assembleia Nacional por que razão deveria ter poderes materiais idênticos aos de ministros? Não devem tais direitos, honras, etc., serem definidos pelos deputados? É que em países normais os deputados têm honras e regalias superiores às que são devidas aos governantes», questionou uma fonte parlamentar, que solicitou o anonimato.

Outro indício de que Paulo Tjipilika pretendia entrar com «a carga toda» é a estrutura de Provedoria que propôs: excessivamente pesada e onerosa. Só para o seu «staff» ele queria oito (8) pessoas, designadamente um (1) director de gabinete, mais três (3) adjuntos e quatro (4) secretárias pessoais. Aquilo, nem pensar, é claro! Os deputados riscaram quase tudo e Tjipilika terá de «governar-se» com apenas um director de gabinete e respectivo adjunto, um secretário pessoal e dois administrativos. Portanto, somente quatro pessoas em lugar das oito que pretendia.

Adiante. Numa demonstração de que não pensa mesmo «pequeno», Paulo Tjipilika propôs três (3) elementos para coadjuvarem-no. Três Provedores-adjuntos que mais pareceriam «súbditos» seus, sem a solenidade nem a dignidade merecidas. Ele mesmo os nomearia e exoneraria a seu bel-prazer. Os deputados assim não entenderam e riscaram dois Provedores-adjuntos. Um era suficiente. Nessa matéria fica igualmente estatuído que o coadjuvante do Provedor tenha a devida dignidade, sendo eleito pela Assembleia Nacional por maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções e tomando posse perante o presidente da Assembleia.

Mas um dos rombos mais sérios nas ambições de Tjipilika, por envolver uma certa dimensão política, foi relativamente à ideia de tornar o Provedor de Justiça um ente que integraria o Conselho da República. Ora, não sendo isso que a Constituição prevê para o cargo, os deputados suprimiram este iten do Estatuto do Provedor de Justiça. De igual modo, por não terem sustentação constitucional, também foram suprimidas disposições do ante-projecto que dariam ao Provedor poderes para requerer ao tribunal competente a declaração de inconstitucionalidade ou ilegalidade de determinadas normas.

Chegamos assim as questões que dizem respeito às finanças da instituição e à sua estrutura orgânica. Neste capítulo, em função do que Tjipilika havia perspectivado, a Provedoria de Justiça não passaria de um sorvedouro de dinheiros públicos, a avaliar pela estrutura departamental e quadro de pessoal demasiado despesistas.

Tjipilika quis, para o «seu» órgão, autonomia administrativa e financeira – e os deputados não se opuseram. Só que cortaram-lhe as vazas, integrando o orçamento da Provedoria ao da Assembleia Nacional, órgão de que ela emana. «Estamos de acordo com o princípio da autonomia administrativa e financeira a conceder à Provedoria. Porém, a dotação orçamental deve constar de verba a inscrever no orçamento da Assembleia Nacional. Em primeiro lugar, por ser o Provedor de Justiça uma emanação da Assembleia Nacional e não se vislumbrar bem perante que órgão de soberania a Provedoria apresentaria o seu projecto de orçamento. Devemos ainda destacar que a apresentação do relatório anual à Assembleia Nacional deve incluir igualmente a prestação de contas.» - este foi o argumento esgrimido pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento da Assembleia Nacional.

Mas a torneira só ficaria devidamente fechada, procedendo-se também – como aconteceu – a uma redução do pessoal administrativo e de assessores proposto por Tjipilika (394 pessoas), proposta que a ir para a frente tornaria a Provedoria de Justiça um órgão pouco ágil e dinâmico, mercê do excesso de pessoal e de uma estrutura demasiado burocratizada, com directores, chefes de departamento, de sector, de secção, coordenadores e outros.

Em socorro das medidas tomadas pelos deputados há o princípio da necessidade de se prosseguir a redução do aparelho administrativo do Estado com vista à criação de melhores condições de trabalho e remuneratórias dos seus agentes. Além de que não fazia sentido que o novo órgão tivese um quadro de pessoal superior aos demais organismos já existentes com tais funções e atribuições.

Ficou assente que a Provedoria de Justiça vai iniciar a sua actividade com o número estritamente necessário de pessoal. Com o tempo e com o desenvolvimento dos trabalhos, e desde que isso se revele de facto necessário, poderá o órgão solicitar a ampliação do seu quadro de pessoal e estrutura. No entanto, por ora, Paulo Tjipilika terá de se contentar com uma estrutura infinitamente bem mais sóbria e moderada do que ele previa. Ou seja, apenas 56 membros, em lugar dos cerca de 400 pretendidos.

Como se pode constatar no quadro anexo, a estrutura de Provedoria, segundo a proposta de Paulo Tjipilika, teria de funcionar num edifício inteiro, tal o número de departamentos e de funcionários. Já com o figurino que os deputados lhe deram, o órgão cabe perfeitamente em instalações mais sóbrias, que até dispensam o aparato de segurança que se lhe pretendia atribuir. Não é suposto que um órgão com a natureza de uma Provedoria de Justiça atraia vândalos, pelo que a sua guarda pode ser perfeitamente assegurada pelo corpo de agentes que a lei prevê para os titulares de órgãos governamentais ou equivalentes. Este é o quadro em que Paulo Tjipilika dará início a sua actividade como Provedor de Justiça, um órgão público independente, que tem por objecto a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, assegurando, através de meios informais, a justiça e a legalidade da Administração Pública. O raciocínio é que para prosseguir tais objectivos, o Provedor de Justiça, que agora se chama Paulo Tjipilika, mas amanhã será outro, pode perfeitamente cumprir o seu papel com uma estrutura bem mais frugal de início, sem prejuízo de que ela venha a crescer futuramente.

Feb 11, 15:50 Fonte:Semanário Angolense (Severino Carlos)

World Markets Analysis

February 08, 2006

Angolan Interior Minister Dies in Brazil

Angolan Interior Minister Osvaldo de Jesus Serra Van-Dunem died on 4 February 2006 in the Albert Einstein Hospital in the Brazilian city of Sao Paulo following unspecified surgery, according to an official communique released by the Angolan government. He is thought to have returned to his hotel after the operation, but later complained of feeling unwell. Press reports suggest that he was taken back to hospital, but died before his arrival. The ruling Popular Movement for the Liberation of Angola (MPLA) has paid tribute to the 55-year-old Van-Dunem, an MPLA activist since 1973 when he was serving in the Portuguese colonial army. President Jose Eduardo dos Santos, a distant relative, has also expressed his sadness and has established a ministerial commission to oversee the repatriation of Van-Dunem's body.

Significance : A member of one of the leading families of the Angolan coastal elite, Osvaldo Serra Van-Dunem once appeared to have been groomed by President dos Santos to succeed him: having served as ambassador to Portugal from 2000, in 2003 Van-Dunem replaced Interior Minister Fernando Piedade dos Santos 'Nando', who had been appointed to the premiership, and a similar path for Van-Dunem might have been expected. A relatively quiet member of the political elite around the head of state, Van-Dunem did not appear to have engaged in the political maneuvering and commercial speculation in which other ministers and advisers indulged, and his death will rob the administration of an effective minister, who in recent years had been responsible for coordinating the government's response to the Marburg hemorrhagic fever outbreak in Uige Province, had served as a key mediator following the coup in nearby Sao Tome and Principe in July 2003 and who had been expected to play a major role in preparations for elections in 2006 or 2007. His death may provide dos Santos with an opportunity to reshuffle his government, which was last reorganised in January 2005.

ANGOP

7 de Fevereiro

Aumenta índice de publicidade enganosa no mercado nacional

O índice de publicidade abusiva e enganosa sobre bens e serviços, por parte de vários agentes comerciais, tem assumido proporções preocupantes nos últimos três anos, disse hoje, em Luanda, o director do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor-INADEC, Assunção Pereira, que considera inquietante o actual cenário.

De acordo com a fonte, que falava à Angop, além da publicidade abusiva e enganosa, o mercado nacional tem observado igualmente o aumento de agentes comerciais que insistentemente relutam em afixar o preço dos produtos em moeda estrangeira, deixando em segundo plano a moeda nacional, Kwanza.

Segundo o interlocutor, mesmo com aplicações de multas, advertências e acções de aconselhamento aos prevaricadores, regista-se ainda um crescente número de agentes que se recusam em cumprir com os preceitos legais, havendo, por isso, a necessidade de se aplicar mecanismos que possam conter este dilema.

Uma vez que o quadro se mostra ainda menos positivo, Assunção Pereira reafirmou ser importante que a população denuncie e reclame sempre que se confrontar com acções enganosas, isto, para evitar o alastrar das manipulações perpetradas por alguns agentes comerciais, que na ânsia do lucro fácil procuram enganar os seus clientes de inúmeras formas.

Em Angola, apesar de haver ainda muito por se fazer em matéria de direitos do consumidor, a situação começa já a ganhar algum espaço a julgar pela importância que o tema representa na vida das populações e das denúncias que vão surgindo por parte de várias instituições.

Assim é que o Governo angolano, com vista a cobrir um vazio que se fazia sentir no domínio das transacções comerciais e sobretudo nas relações entre o fornecedor e o vendedor/consumidor, criou, em Julho de 1997, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor.

Desta forma, o consumidor angolano vê no INADEC um veículo através do qual repousa a defesa dos seus direitos, ante a especulação, o açambarcamento e a pretensão de alguns fornecedores em obter lucro fácil.

Radio Ecclésia

8 de Fevereiro

Constantes falhas de energia eléctrica deixam luandenses insatisfeitos

As constantes falhas de energia eléctrica em Luanda continua a deixar insatisfeitos muitos dos consumidores da Empresa de Distribuição de Energia Eléctrica de Luanda (EDEL), que se queixam de serem mal servidos e de em alguns casos serem seriamente prejudicados.

Segundo à Emissora Católica de Angola, o fornecimento de energia eléctrica tem sido deficiente nos bairros e municípios, como a Ilha de Luanda, Chicalas 1 e 2, Bairro Operário, Cazenga, Rangel, Samba, Sambizanga, Kilamba-Kiaxi, Cacuaco, entre outros.

De acordo com alguns munícipes, em declarações àquela estação da capital, vezes há em que a energia chega muito fraca, como muito forte, resultando assim em danos nos electrodomésticos, que a empresa não se responsabiliza. “Ora é problema de cabo, ora é o disjuntor, é sempre assim, mesmo a pagar”, reclamou um dos clientes daquela empresa de distribuição de energia eléctrica.

“A energia aqui, é só até as 19 ou 20 horas, depois disso, já não há, e só volta no dia seguinte”, disse um outro popular a reportagem da emissora Católica de Angola.

Inconformados com a situação, a tónica das opiniões recolhidas são de que as falhas ocorridas são inaceitáveis. “Nós pagamos, nunca há energia, que espécie de país é este”, manifestou um dos consumidores.

Perante a situação, o uso de velas tem sido a alternativa, o que nem sempre termina bem, pois tem sido uma das causas para os vários incêndios que têm deflagrado na capital.

Para o porta-voz Nacional da Federação de Consumidores, André Feijó, a EDEL deve responsabilizar-se pelos danos causados em torno das falhas constantes de energia eléctrica. “Neste caso, o cidadão pode muito bem recorrer as instituições de defesa do consumidor para ver então a sua situação resolvida”, aconselhou.

Financial Times (London)

February 9, 2006

G8 finance ministers not confident of securing reliable, affordable oil supply

Finance ministers from the Group of Eight industrialised countries will meet in Moscow this weekend with energy markets on their minds but a sad history of failing to do much to affect them.

Some officials say this G8 meeting will have a slightly forlorn, half-hearted atmosphere. The usual meeting around this time of the year is between finance ministers and central bank governors from the G7 (which excludes Russia), allowing a free-ranging discussion about the global economy.

But that meeting took place in December, before Russia took over the presidency of the group of leading countries. So this weekend's gathering will focus on a shared issue of concern - the high price of energy supplies and their reliability - as well as plan for the G8 summit in St Petersburg in July.

Although challenged by some, including John McCain, the independent-minded Republican US senator, the presence in the G8 of Russia, the largest non-Opec oil exporter, should at least enable a more informed discussion about energy security. But it comes at an awkward time, a month after a standoff between Moscow and Kiev disrupted Russian exports of natural gas to western Europe.

Much of the detailed discussion of energy will be left to a meeting of G8 energy ministers next month. Even so, the history of finance ministers sounding off periodically on the subject is not encouraging.

In May 2004, with prices at the then heady heights of Dollars 40 per barrel, finance ministers meeting in New York reached for the foghorn. Calling on Opec to open the spigot, the G7 communique thundered: "We now call on all oil producers to provide adequate supplies to ensure that world oil prices return to levels consistent with lasting global economic prosperity and stability."

John Snow, US Treasury secretary, said it would be appropriate to have prices around the Opec target range of Dollars 22-Dollars 28. "Oil prices above Dollars 40 barrel are not helpful for this recovery," he said.

Nonetheless, despite the G7's increasingly plaintive calls, energy prices have continued to rise, with oil trading at around Dollars 63 a barrel yesterday. By September last year, their earlier pleas to Opec to increase production had evolved into an eight-point plan to make the oil markets freer, more transparent and, through energy conservation and the development of renewable sources, less able to disrupt the world economy.

To that end, the finance ministers will encourage the World Bank - whose president, Paul Wolfowitz, will also be present - to push ahead with creating a new framework for channelling public and private money to renewable energy projects in developing countries.

Given that many poor oil importers are hit hard by price shocks, this also has the happy effect of allowing the G8 to wring its hands over the fate of the world's poor. "Measures will certainly be discussed to reduce the impact on these (developing) countries, which often relatively low efficiency in energy use," said one German finance ministry official.

There may also be some self-interest involved. A Japanese official says that ministers will discuss funding mechanisms to help oil and gas transmission and ensure uninterrupted supply from low-income or unstable oil exporters, including Nigeria, Angola and Gabon.

Russia has also made a bid to leap onto the development bandwagon, announcing it will repay up to Dollars 12bn in debt the Paris Club of creditor countries - including its G8 counterparts - ahead of schedule and suggesting the money should go to the World Bank.

Jornal de Angola

9 de Fevereiro

Sociedade investe USD 4 milhões na Matala

Quatro milhões de dólares serão investidos na reactivação da lavoura de cereais e hortofrutícolas pela Sociedade de Desenvolvimento da Matala (SODEMAT) no perímetro irrigado com o mesmo nome.

Constituída na última semana no Lubango, com sete sócios fundadores, a Sociedade de Desenvolvimento da Matala vai a partir de agora gerir por tempo indeterminado o perímetro irrigado Matala-Capelongo.

O economista Sabino Ferraz, um dos subscritores da sociedade, explicou que a Sodemat é a primeira sucursal da Sociedade dos Perímetros Irrigados (SOPIR), organização anónima de capitais públicos criada pelo Estado para gestão dos perímetros irrigados do país.

“A gestão privada do perímetro irrigado da Matala é a experiência piloto de um conjunto de empresas que passarão a administrar os sistemas irrigados da nação com vista a realizar o cultivo em moldes mais modernos”, disse.

Com o exercício pleno desta organização, as áreas irrigáveis da Matala tornar- se-ão mais produtivas, onde a prioridade, conforme as qualidades do solo daquele município, vai para o cultivo do milho, massambala, batata rena e outros legumes.

Dentre outras acções imediatas, a Sodemat vai proceder o emparcelamento de terrenos e, consequente distribuição aos sócios que também inclui populares residentes ao longo do canal de irrigação para o arranque da agricultura.

O presidente do conselhos de administração da Sociedade dos Perímetros Irrigados do país (SOPIR), Sabino Ferraz afirmou que se pretende com estes programas explorar da melhor forma as áreas de cultivo de regadios estimadas em 130 mil hectares.

A efectivar-se estes programas, defende, o país deixará de fazer agricultura que depende única e exclusivamente das quedas pluviométricas. Porém, as infra- estruturas da época colonial serão recuperadas e aproveitadas para o fomento da cultura de rega.

Segundo Sabino Ferraz, ainda é prematuro avançar o próximo perímetro irrigado a ser contemplado por “tudo depender da participação empresarial”. Mas revelou que os perímetros de Caxito (Bengo) e Kikuxi (Luanda) podem ser as apostas posteriores.

Jornal de Angola

10 de Fevereiro

Opinição: Adeus a Serra Van-Dúnem

Não há memória, na história recente de Angola, que um homem de Estado tenha reunido, em torno de si, tantos consensos quanto ao seu humanismo, patriotismo e “savoir fair” como Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem.

O ministro do Interior, Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem, falecido sábado, 4, em São Paulo (Brasil), reúne, merecidamente, todos esses valores que hoje lhe são publicamente reconhecidos por velhos companheiros, amigos, governantes (nacionais e estrangeiros) e por pessoas anónimas.

Serra Van-Dúnem, que hoje vai a enterrar no Alto das Cruzes, numa cerimónia que, seguramente, há-de marcar, indelevelmente, a história recente de Angola, na verdade, era um homem de trato fácil e companheiro de todas as horas.

Isto ficou ontem provado quando a urna com os seus restos mortais, vinda do Brasil, chegou ao solo pátrio. As manifestações espontâneas de solidariedade, de todos os estratos da sociedade, demonstraram, na sua plenitude, quão grande era a nobreza de carácter deste bom filho de Angola.

Como fez questão, ontem, de recordar o ministro moçambicano do Interior, José Pacheco, a morte prematura de Serra Van-Dúnem constitui uma perda irreparável, não apenas para Angola, mas para toda a África austral.

Como ninguém, Serra Van-Dúnem soube aliar, com mestria, o trabalho político- militar com o trabalho político-diplomático. Enquanto embaixador de Angola no Brasil e em Portugal, Serra Van-Dúnem procurou sempre transmitir aos angolanos na diáspora uma mensagem de paz e de reconciliação nacional.

Soube, diplomaticamente, transmitir, a quem com ele privou, a mensagem sublime de que a pátria estava acima das quezílias políticas de caserna; que a pátria se construía com os saberes e as vontades de todos os angolanos.

Serra Van-Dúnem, cujos restos mortais vão hoje a enterrar, deixa, seguramente, um valioso legado, que aos historiadores valerá à pena registar.

No cimo da sua humildade, o País teve em Serra Van-Dúnem um homem que soube dedicar, de corpo e alma, toda a sua energia e saber para que os angolanos tenham amanhã “um País bom para se viver”.

ANGOP

10 de Fevereiro

Angola necessita de oito mil engenheiros para os próximos seis anos

Nos próximos seis anos, Angola precisará de pelo menos oito mil novos engenheiros e geo-cientistas para poder implementar os projectos planeados nas diferentes áreas de infra-estruturas básicas, indústria pesada e do sector petrolífero.

Este dado foi avançado quinta-feira, em Luanda, pelo presidente da companhia petrolífera BP Angola, José Patrício, durante a assinatura de um acordo de cooperação entre a sua instituição e a única universidade pública do país, Universidade Agostinho Neto.

Esta estimativa, segundo o gestor, consta de um estudo conjunto entre as duas instituições sobre a demanda e oferta de engenheiros e geo-cientistas em Angola, realizado em 2005.

De acordo com o responsável, a pesquisa visou não apenas as necessidades do sector petrolífero, mas abrangeu de modo amplo as necessidades de Angola como país com uma economia emergente.

Nos próximos seis anos, notou, em que a produção do petróleo atingirá taxas de crescimento consideráveis, a BP Angola, na qualidade de operadora dos blocos 18 e 31, precisará de pelo menos 350 engenheiros e geo-cientistas para fazer face aos desafios nas áreas de pesquisa e produção do crude.

Segundo José Patrício, a UAN, através das faculdades de Engenharia e Ciências, assume-se como a maior fonte de engenheiros e geofísicos do país, mas está muito aquém de satisfazer as exigências de técnicos nacionais qualificados, que Angola tanto precisa para o seu desenvolvimento sustentável.

Neste contexto, disse, a BP Angola entendeu que há necessidade de encontrar formas de trabalhar em conjunto com as instituições de ensino superior técnico, na perspectiva de acelerar o processo de formação e desenvolvimento de quadros angolanos altamente qualificados nas áreas de engenharia e geo- ciências.

Para o efeito, e fruto do acordo rubricado na manhã desta quinta-feira entre as duas instituições, explicou, a BP Angola passará a prestar assistência financeira aos estudantes, através de um programa de bolsas de estudos internas, na perspectiva de aumentar as taxas de sucesso académico.

Para o presente ano académico, a companhia disponibilizou já 60 bolsas de estudo internas para os estudantes das duas faculdades. As bolsas não vinculam os referidos estudantes a terem de trabalhar para a BP Angola no futuro, embora a empresa espere que os alunos venham a fazer parte dos quadros da petrolífera.

Além da concessão de bolsas, a petrolífera vai fornecer material bibliográfico em português, prestará assistência no trabalho de revisão dos currículos e fornecerá materiais modernos para equipar os laboratórios existentes nas duas unidades orgânicas.

A faculdade de engenharia ministra os cursos de Mecânica, Química, Electrotecnia, Construção Civil, Informática, Minas, Arquitectura e forma em média 30 estudantes por ano. Já a faculdade de Ciências possui as especialidades de Física, Química, Geofisíca, Engenharia Geografica, Biologia, Geologia e Matemática.

Segundo o estudo, a UAN forma por ano uma média 50 estudantes, representando menos de 25 por cento dos estudantes que entram pela primeira vez nas duas unidades orgânicas. A taxa de reprovação nestes cursos nos primeiros dois anos é de 50 por cento.

Assinou o acordo de cooperação pela BP Angola o seu presidente, José Patrício, enquanto pela Universidade Agostinho Neto rubricou o seu reitor, João Teta.

BBC Africa

10 February

Africa 'too weak' to fight H5N1

The arrival of the H5N1 strain of the bird flu virus in Africa is causing international experts particular concern.

Officials at the Food and Agriculture Organisation (FAO) say Africa's monitoring systems simply are not adequate to cope effectively with outbreaks. The risk of human cases is also raising questions about the strength of the continent's public health systems.

This is exactly what international experts predicted and feared - the H5N1 virus confirmed in Africa. Many are concerned that Africa simply is not able yet to cope with it. "The reason we've been so concerned is that veterinary systems throughout Africa are weak," said Samuel Jutzi, director of the FAO's Animal Production and Health Division.

Both surveillance and diagnosis systems, he said, were just too weak to be able to respond effectively to an outbreak.

"We're very much concerned," he said. "It appears that in Nigeria it's now identified as a problem but we wonder whether it's too late."

The handling of the case in Nigeria seems to bear out such concerns.

Adequate surveillance systems should mean that anything unusual, like a large number of poultry deaths, is reported immediately - and followed up with strict quarantine and market control measures until the cause is confirmed.

In fact, in the Nigerian case, it took weeks for quarantine to be imposed. And even now, sick chickens from the area are still being sold in local markets.

There's concern too about the risk of human cases - 80% of African poultry is "backyard" farmed. In other words, small numbers of chickens kept by families.

Lessons learned in South-East Asia show that causes particular problems. Such small scattered populations are hard to monitor. And backyard farming means a high level of direct contact between chickens and people.

So if human cases appear, how well will Africa's health systems cope? "We know that health systems in Africa are already very stretched, dealing with a host of public health problems," said Maria Cheng of the World Health Organisation (WHO).

"But at the same time, these networks do exist. So they allow us to tap into this infrastructure already for diseases, such as polio, which conduct nationwide immunisation campaigns and have networks of people that can reach everybody at the grassroots level," she said.

The hope is that these existing networks can be exploited as the WHO and others try to spread public information about bird flu.

In the meantime, FAO officials are rushing to improve Africa's ability to cope. Just last week, the launch was held of a new West African network on avian influenza. This is a scheme designed to help West African countries share information and put pressure on each other to do more.

The FAO's Mr Jutzi says every country should have a veterinary laboratory which reaches international standards so they can do their own initial diagnoses. At the moment, he says, only "a handful" of countries in West Africa have such facilities.

Veterinary teams too need to be boosted, he says, so they can identify these crises and, when they do, know exactly where to turn.

The FAO has now received extra funding which will make it possible for the West Africa network to be extended throughout the continent. But all this takes time. Avian flu has already arrived - and the fear is that the rush to prepare is coming far too late.

Washington File

08 February 2006

U.S. Trade Office Outlines Steps To Facilitate African Trade

International trade can be a powerful engine for economic growth and poverty reduction in Africa, U.S. Trade Representative Rob Portman told an audience in Washington February 7. For Africa to benefit, however, many African countries will need to improve their infrastructure and simplify customs procedures to facilitate trade with other countries on the continent, he said.

Speaking at the annual meeting of the Corporate Council on Africa (CCA), Portman said the United States needs to do all it can "to help African countries to participate more effectively in the global trading system."

Trading with the United States has been made easier, he said, by the African Growth and Opportunity Act (AGOA), passed by Congress on a bipartisan vote in 2000 and extended thereafter. Under this legislation, the United States has opened its market "to virtually all products from the 37 AGOA-eligible countries," he said.

Portman said that Africa's current share of world trade is only 2 percent. "If Africa were to increase that by just one percentage point -- to 3 percent -- it would generate additional export revenues of $70 billion a year," he said. "That is nearly three times the amount of annual assistance that sub-Saharan Africa receives from all donors."

"Some African governments are doing the right things to spark investment, reduce barriers to trade and empower the private sector," Portman said.

The World Bank, he said, ranked Rwanda as one of the top 12 reformers in the world in 2005 and also commended reforms in Mozambique, Ghana, Senegal and Tanzania.

Portman also listed some actions taken by the administration to facilitate African trade.

The United States is working with the five countries of the Southern African Customs Union -- Botswana, Lesotho, Namibia, South Africa and Swaziland -- to establish a deeper economic partnership. "Together, these countries constitute our largest market in sub-Saharan Africa, with two-way trade reaching nearly $11 billion in 2005," he said.

In addition, the United States supports greater regional economic integration in Africa. Portman said African countries trade less with each other than do countries in any other region of the world. Confusing customs procedures and the lack of good transport links between African countries contribute to this, he said, adding that "it takes longer and costs more to transport Tanzanian cotton to mills in neighboring Kenya than it does to bring in cotton from Asia."

To promote greater economic integration that will help increase regional trade while at the same time creating larger markets and increasing economies of scale and competitiveness, Portman said that the United States is "working closely with regional organizations such as the Common Market for Eastern and Southern Africa [COMESA] and the West African Economic and Monetary Union [WAEMU], through mechanisms such as trade and investment framework agreements [TIFAs] to help our African partners reduce tariffs, improve customs procedures, harmonize standards, address transportation bottlenecks and coordinate policies on finance, services, investments and telecommunications."

Portman also said the World Trade Organization's Doha Development Agenda, also known as the Doha Round, is central to Africa's future. An ambitious outcome could give African countries the improved access to markets and greater competitiveness they need to boost development and decrease poverty.

The United States has put "bold and detailed proposals" on the table, he said, including an agricultural proposal that calls for major reform in global farm product trade and real reductions in U.S. subsidies and trade-distorting domestic supports. "We are willing to undertake these difficult reforms, but we can only win the political support necessary to do so if others match our ambition by similarly cutting subsidies, trade-distorting farm supports and tariffs," he said.

"African exports, particularly farm exports, [are] where many African countries have a comparative advantage, and they have a lot to gain if we can bring the Doha Round together," Portman said. "Working together, we reached agreements on a number of development-related issues that the Africa Group had placed high on the Doha agenda, including cotton, duty-free/quota-free market access for least-developed countries and aid for trade."

On cotton, he said, "We have already followed through on one of our commitments, with Congress's vote last week to eliminate the Step 2 cotton marketing program, an export subsidy program for cotton.”

Portman emphasized that progress on development is contingent on a successful conclusion to the Doha Round, saying, "Unless we conclude Doha, many of these development provisions will not be realized."

Addressing American company representatives in the audience, he urged them to make use of partnerships and contacts with African governments and companies to encourage stronger African support for domestic economic reforms and a successful Doha agreement.

Portman urged U.S. companies to take a second look at African economies like Rwanda, Mozambique, Ghana, Senegal and Tanzania as they consider new investments or areas of operation. "If the international business community does not respond positively when countries move in the right direction," he said, "we risk sending the wrong signal and losing momentum in advancing economic reform and opening markets."

The Boston Globe

February 09, 2006

AS PEACE COMES TO ANGOLA, SO DO THE DIAMOND CHASERS

CAMISSOMBO, Angola could be just another hill in Africa.

Or, under hundreds of feet of soil and sand, it could contain one of the richest veins of diamonds ever discovered.

"I think Angola will be the future of diamonds in Africa and the world," Charles Skinner of the De Beers diamonds conglomerate said as he looked at the flat- topped hill in front of his team of 20 workers. "This hill could be a big part of that."

Northeastern Angola is part of a new rush for precious minerals taking place all over Africa, from Ghana to South Africa. Mining conglomerates and hundreds of thousands of African fortune-seekers have poured into Angola and the southern part of the Democratic Republic of Congo in the last year, capitalizing on opportunities brought by peace.

The price of minerals has something to do with the excitement. Gold rose to its highest level in a quarter-century last month, peaking at $567 an ounce; and an ounce of platinum now fetches more than $1,000.

But the high hopes are also be cause of untapped potential, such as De Beers's stake in the Camissombo hill.

"The mineral wealth in Africa is unparalleled in the rest of world," said Alex Gorbansky, managing director of Frontier Strategy Group, a Cambridge-based consultancy that analyzes risks for natural resources industries around the world. "Many, many mineral belts have yet to be explored and exploited by the industry."

Gorbansky, in a telephone interview last week from Accra, Ghana, also said many investors now see Africa as a safer bet than other areas. He said political uncertainties from recent elections in Latin America and a difficult regulatory environment in Russia are scaring off many companies.

Even in Africa's riskiest environments, such as the Democratic Republic of Congo, many companies are gearing up to start operations, he said, adding: "The Congo has the potential in mining to be what Saudi Arabia is in oil. And in Angola, there's a very, very strong geological potential for diamonds."

Angola is now the world's fifth-largest producer of diamonds, and the diamond giant De Beers has spent several million dollars in recent months trying to find the right places to drill for the precious gem.

Using two low-flying aircraft, De Beers is systematically mapping an 1,860- square-mile area with cameras that have taken tens of thousands of electromagnetic images of rock formations deep beneath the earth's surface. If the images reveal a promising formation that could contain kimberlite, the company then might send in huge earth-moving equipment to take samples. Kimberlites are rare mixtures of different types of rocks from the earth's mantle that have been pushed toward the surface by volcanic activity. Diamonds are often embedded in kimberlite.

"Angola is totally virgin territory," Skinner said. "Maps were not done for the last 30 years. All the technology that was developed during that time hasn't been used here." On this hill north of the village of Camissombo 500 miles east of the capital Luanda and 50 miles south of the Congo border De Beers's planes identified rock formations that company analysts believe could be kimberlites. Skinner and other De Beers officials aren't hiding the location of the potential source of the gems because the potential kimberlites are several hundred feet below the ground and can only be dug out with special drills.

De Beers may drill at a few other sites later this year.

And yet, it's still a surprise to see De Beers operating in Angola at all. The company and the government had to work painstakingly to rebuild a relationship that had all but collapsed during the civil war.

Just before the end of the nearly three-decade war in 2002, De Beers's relationship with the government had deteriorated to the extent that the company stopped exploration. The government accused the company of fueling the war with the rebel UNITA movement because De Beers purchased large quantities of UNITA's diamonds in Europe. The rebel group used the proceeds to buy weapons.

De Beers argued that it purchased the diamonds only to make sure UNITA's diamonds, coming out in large batches, wouldn't hurt the market price.

The flow of diamonds from war zones mostly in Africa in the 1990s led to the Kimberley Process, a voluntary system that certifies that diamonds do not come from conflict areas. De Beers has signed on to the initiative, and the issue with Angola faded with the end of the civil war in 2002.

Still, negotiations between the government and the company went nowhere for a couple of years. Angolan President Jose Eduardo dos Santos demanded that De Beers apologize for working with UNITA as well as drop its claim for repayment of a $50 million loan to the government, senior negotiators for both sides said in interviews, revealing details for the first time publicly. In exchange, the government would drop a lawsuit against De Beers calling for $5 billion in damages.

De Beers managing director Gary Ralfe didn't want to lose the $50 million and didn't want the government to use an apology against De Beers in the lawsuit, said Gaspar Cardoso, chairman of De Beers Angola and one of the company's two top negotiators.

Ralfe gambled. He acceded to the country's demands, and Angola then dropped its lawsuit. But it also reduced De Beers's exploration area to 1,860 square miles from 37,200 square miles. The deal also called for Angola to take 70 percent to 80 percent of profits, with De Beers getting the rest.

"We are going slowly, step by step" with De Beers, Finance Minister Jose Pedro de Morais said in an interview in his Luanda office.

The company's apology, Morais said, was critical to dos Santos. "We are ready to move ahead with them. We are not a backward-looking government."

De Beers also wants to look ahead. On a recent daytrip to the area on a private plane, Skinner, 42, the head of the company's Angola operations, took company employees on a tour of the operations. Many were in their first week on the job. Most would be based in Luanda, but Skinner wanted them to understand first- hand the company's mission.

The group left De Beers's district base in the town of Lucapa and traveled on gravel roads in vans 25 miles north to the Camissombo hill.

At the hill, the group formed a half-circle around Skinner, a soft-spoken, self- effacing South African native who couldn't contain his excitement even though he had come to this spot many times before. He pointed at the hill, and talked about how difficult it would be to find diamonds and how great it would be.

"At the end of the day, when you're an old man, sitting under a tree in the shade somewhere, you think, `What is the legacy I left behind?' " Skinner asked. "Everyone here in this area has been hammered by almost 30 years of war. For this generation of people, we have to make sure we do better. A massive diamond find would help."

Angola Press Agency

February 8, 2006

Government Hands Over to CNE New Electoral Registration Programme

The chairman of the National Electoral Commission (CNE), Antonio Caetano de Sousa, this Wednesday here handed out to the members of this organ the new programme for the electoral registration process done by the government, as requested some time ago by the CNE.

This was revealed by the spokesman of the CNE, Adao de Almeida, at the end of another meeting of this organ, which made a balance of the first stage of electoral agents training, as well as analysed the tasks directed to the members of the Municipal Electoral Commissions and other structures under their control.

"We have been given, formally, the version of the re-scheduled programme for the electoral registration, in which, in an initial analysis, are contained some of the aspects that had been questioned to the government", he said.

Adao de Almeida disclosed that the current programme includes additional information on the matter relating to the technological solution for the electoral registration, the demining process, and descriptive aspects about the electoral registration brigades.

The spokesman informed also that this document will continue to be analysed at other CNE meetings.

Without mentioning a date for the start of the electoral registration, he explained that this depends on the scheduled tasks relating to this process, which will be elaborated in accordance with the new proposal/programme presented by the government.

He also revealed that a budget proposal has already been sent to the concerned state institution, so that the CNE can continue its process of acquiring the necessary instruments for its functioning.

Adao de Almeida advanced that the CNE will probably meet again next week to approve the programme relating to the training of electoral agents, a session that might be preceded by meetings with political party official and civil society entities that are also involved in the organisation of the electoral process.

Agence France Presse

February 8, 2006

Angolans fear fresh war after key polls

Many residents of the Angolan capital fear a resurgence of civil war after the oil- rich nation's first post-conflict elections, a group of non-governmental organisations said Wednesday.

"The possibility of an eruption of a conflict after the elections and the hassles during drawing up the voters' list is worrying citizens," of the seaside capital Luanda, the report by 46 bodies grouped under the Angola Electoral Network said.

The elections were due this year, but have been deferred until at least 2007.

The report was based on public hearings conducted in January in five densely- populated areas of Luanda housing some two million people.

Angola, sub-Saharan Africa's second biggest oil producer after Nigeria, was devastated by a 27-year civil war that claimed 500,000 lives and displaced another half a million.

Elections were last held in September 1992 but a second round of voting was scrapped after the rebel UNITA claimed widespread fraud, and the civil war resumed for another decade until a peace pact was signed in 2002.

"Elections in our country are synonymous with violence, given the past experience of 1992," said Gomes Angelino, one of the officials of the Angola Electoral Network.

"The main problem according to them is that many civilians still possess arms," he said.

The report said most people in Luanda "do not have any information about the electoral process." Another problem is the lack of a national disarmament policy.

Angolan President Jose Eduardo Dos Santos last week went back on a pledge to hold the polls this year, saying they could not be held until road and rail links in the war-scarred country were repaired.

"Our party will encourage the government to see that the reconstruction of road and rail networks is finished in 2007, so that the citizens can freely vote in the elections," he said in a speech.

In a New Year's message last year, dos Santos had said: "In 2006, Angolans will be called to the polls to exercise their right to vote, to freely choose their legitimate representatives through an electoral process."

Jornal de Angola

9 de Fevereiro

Reabilitação de pontes vai custar USD 127 milhões

Pelo menos cento e vinte sete milhões e oitocentos e oitenta mil dólares serão empregues no biénio 2006/2007, pela Empresa Nacional de Pontes (ENP), na reabilitação de 23 pontes inter-provinciais, segundo informações do responsável da instituição, Celestino Lupassa..

O director provincial da Empresa Nacional de Pontes (ENP) no Huambo, Celestino Lupassa, em declarações ontem, à Angop, disse que o programa foi concebido pela direcção-geral da empresa e vai abranger a reabilitação de 23 pontes, que vão permitir a circulação de pessoas nas principais linhas inter- provinciais na região centro e sul de Angola.

Referiu que consta ainda do programa a reabilitação do troço que liga Dondo (Kwanza-Norte) e a província do Huambo, bem como das pontes sobre os rios Keve, Colongue, Kuito e Longa, entre outras destruídas no período de guerra.

A Empresa Nacional de Pontes vai igualmente reabilitar as pontes no troço rodoviário Huambo/Kuito (Bié) sobre os rios Cuquema, Cutato, Alondo, Cuchi, Mpozo e Mbridge e na linha Huambo/Lubango, numa acção que será desenvolvida em cooperação com as filiais do centro e sul do país.

Celestino Lupassa acrescentou que está prevista, a nível da província do Huambo, a reabilitação de três mil e 323 metros de pontes e pontecos em madeira e metálicas, avaliadas em 900 milhões e 603 mil kwanzas, que vai permitir a circulação de pessoas nos 11 municípios.

Informou que durante o ano de 2005 a sua empresa reabilitou as pontes sobre os rios Cunene, com 40 metros de comprimento, Kunhongamua, Ngongo e Chicanda, todas localizadas na província do Huambo.

A Empresa Nacional de Pontes no Huambo possui especialistas para montagem e construção de pontes de betão, metálicas e de madeira.

Jornal de Angola

9 de Fevereiro

Bairros de Luanda vão ser requalificados

Cinco projectos integrados de requalificação dos bairros Nelito Soares, Precol, Cazenga e Maianga, em Luanda, foram ontem apresentados pelo Gabinete de Reconstrução Nacional.

Denominado “Projecto de obras de saneamento, águas e estradas de Luanda”, o empreendimento vai recuperar os sistemas de drenagem do Senado da Câmara, Cazenga, São Pedro, vale do Suroca, rio Seco e melhorar infra-estruturas sociais dos referidos bairros.

A obra compreende ainda a substituição das redes de abastecimento de água, chafarizes com respectivas válvulas e contadores, girafas para o abastecimento de água a camiões e postos de cobrança pelo consumo da energia eléctrica e a reabilitação de 15 ruas.

Até Agosto do próximo ano, a China International Fund Ltd, empresa à qual foi adjudicada a empreitada de execução do projecto, deverá apresentar a obra concluída.

A construção destas ruas vai compreender a ampliação e o aumento das camadas do pavimento. Noutros casos, manter-se-á a forma existente, adaptando apenas aspectos necessários.

O projecto de recuperação do sistema de drenagem na rua Senado da Câmara tem como tarefas específicas a construção, em betão armado, de uma vala principal de quatro a oito metros de largura e mais de três metros de comprimento, a instalação de um cano-colector de esgotos plástico sob o solo, em cada lado da vala de drenagem.

O colector deverá ter 300 a 600 milímetros de diâmetro e mais de seis metros de comprimento. Em cada lado da vala, será construída uma rua asfaltada de mais de seis metros de comprimento e sete metros de largura, com um passeio de metro e meio.

A reconstrução do sistema de drenagem do Cazenga vai partir da “5ª Avenida” até à Senado da Câmara.

O projecto compreende também a construção de uma vala em betão armado, de dois a seis metros de largura, no Cazenga-Cariango, e a construção de ruas asfaltadas nos dois lados da vala de drenagem.

No rio Seco, a China International Fund vai modificar o sistema de drenagem. As tarefas específicas desta empreitada compreendem a construção de uma vala principal de drenagem em betão armado, com dois mil e 858 metros de comprimento, a instalação de um cano-colector de esgotos plástico sob o solo em cada lado da vala de drenagem.

O colector deverá ter três mil e 150 metros de comprimento e a construção de uma rua asfaltada e iluminada com respectivos passeios.

Serão igualmente modificados os sistemas de drenagem do Suroca e de São Pedro, de acordo as características de outras valas.

Em todas as valas de drenagem, o trabalho compreende a recuperação dos postos de iluminação públicos nos dois lados da vala, condutas de água, esgotos, postos de abastecimento de água, cano para linhas de electricidade e de telecomunicações.

O projecto de substituição de abastecimento de água compreende 300 quilómetros de rede, a colocação de 300 chafarizes e dois mil e 800 válvulas e 30 mil contadores, colocação de treze girafas para o abastecimento de água potável aos camiões girafas e cinco postos de cobrança de electricidade.

As obras, que vão envolver 700 angolanos e 600 chineses, tiveram ontem o arranque formal, na estrada que liga Camama à Viana, em cerimónia testemunhada pelo director do Gabinete de Reconstrução Nacional, o general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e pelo governador de Luanda, Job Capapinha.

VOA 7 Feb 2006

GUERRA DE GUERRILHA NA FLEC

Em Setembro de 2004, em meio à pressão militar do governo de Angola, as facções independentistas de Cabinda, reunidas em Helvoirt, na Holanda decidiram congelar a luta armada. Sem dar por ela as mesmas facções estão de novo em pé de guerra. Desta vez a guerra de guerrilha opõe várias tendências do movimento. De um lado o presidente Nzita Tiago agrupado em Paris com alguns apoiantes, entre os quais familiares, do outro António Bento Bembe, refugiado em Brazzaville no Congo desde Novembro do ano passado.

As relações entre os dois conheceram algum vazio após o desaparecimento súbito de Bento Bembe da Holanda, onde respondia a uma acusação de rapto movida pelo governo norte-americano.

Bento Bembe admitira mais tarde que tinha sido traído, sugerindo também que a luta armada já não fazia sentido.

Aparentemente à margem do que passava, Nzita Tiago decidiu, primeiro, questionar Bento Bembe sobre estas declarações. Nesta segunda-feira e após consultas com membros de sensibilidades politicas de Cabinda, entre as quais a associação Mpalabanda, Nzita foi um pouco mais longe. Afastou Bento Bembe dos cargos de secretário geral da FLEC, e de presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo.

Para o seu lugar foram nomeados, respectivamente, Macário Lembe Kapita e António Nzita Bemba, filho de Nzita Tiago. Falando para a Voz da America a partir de Paris Nzita Tiago disse ser necessário libertar Bento Bembe para outras tarefas fazendo-o seu conselheiro político e diplomático. “A presidência precisa de pessoas com experiências pessoas que falam duas, três línguas, que é o caso de Bento Bembe. Tem apoios fora , logo é um homem que merece este lugar”.

Esta terça-feira, pelos vistos contrariados, Bento Bembe e os seus apoiantes disseram à Voz da América que não podiam aceitar as posições de Nzita. Acusaram o seu próprio presidente de estar a sabotar o processo negocial com o governo de Angola, e de atropelar o regulamentos da FLEC. Macário Lembe Kapita, segunda-feira nomeado por Nzita Tiago foi quem respondeu ao presidente. Fê-lo rejeitando o novo cargo, e enviando um recado a Nzita Tiago .“ Nós reconhecemos a autoridade dele dentro dos estatutos. Se, entretanto continuar a violá-los como fez agora poderá perder esta legitimidade O Sr Nzita não tem competência para susbtituir o secretário-geral, nem tão pouco para nomear quem quer seja sem que as pessoas sejam ouvidas. Nós consideramos esta decisão como uma sabotagem ao processo de paz. É um esforço do senhor Nzita Tiago para fazer prevalecer a guerra. Não é isto que o nosso povo quer. ”.

António Bembe e a sua corrente, tomam este episódio como encerrado. Têm em mãos , dizem eles, outras prioridades. “Estamos a preparar com todas as sensibilidades uma resposta à proposta do governo sobre a situação no enclave. Em devido a comunidade internacional saberá da nossa posição. A proposta do Governo diz aquilo que o governo quis dizer. Vamos ver se nos satisfaz ou não.” . Da resposta poderá vir uma posição do movimento sobre o futuro do enclave, seja independência seja autonomia.

“ A independência é um direito, mas por outro lado sendo homens que vivem numa sociedade com problemas, interesses, muitas das atitudes que tomaremos serão jurídicas e não políticas. Há que levar em conta também a conjuntura na África central, pois há situações nesta região que influenciam a situação em Cabinda. O fórum é que vai decidir”.

Macário Lembe diz também que em momento algum a assistência que o o governo prestou a Bento Bembe durante a sua detenção na Holanda afectará posição do fórum. “O presidente Bento Bembe estava numa posição triste, pelo que ninguém pode ignorar o gesto positivo do governo.Em todo o caso não podemos confundir as coisas: uma coisa é o gesto positivo do governo, e ninguém pode condenar o presidente Bembe por ter aceite a ajuda do governo de Angola e de outras instituições, outra coisa é o problema que nos separa”.

Luís Costa Jornal de Angola

8 de Fevereiro de 2006

Director do GARE diz que, na primeira fase, menos de 10 por cento das empresas privatizadas fizeram investimentos

O processo de privatização em Angola rendeu, desde o seu início em 1989 até 2005, 124 milhões de dólares, fruto da privatização de 324 empresas. Em entrevista ao Jornal de Angola, o director do Gabinete de Redimensionamento Empresarial (GARE), António Guilherme, explica que das 202 empresas privatizadas na primeira fase (1989 a 2001), menos de 10 por cento realizaram investimentos, o que levou o Governo a alterar os moldes na segunda fase (2001 a 2005).

António Guilherme fala também da necessidade de se capitalizar e formar os empresários angolanos, da expectativa da criação da Bolsa de Valores de Angola, explica a situação dos hotéis privatizados e, com tristeza, fala de algumas grandes empresas que ainda não foram privatizadas, como é o caso da Mabor, com mais de 400 trabalhadores sem salários há mais de cinco anos. Existem investidores interessados em desenvolver estas empresas, mas aguarda-se pela decisão do Governo.

Jornal de Angola

8 de Fevereiro

Bolsa de Angola desperta mundo financeiro

Especialistas das principais bolsas mundiais chegam a Angola para participar de um fórum sobre mercado de capitais. O evento, que se realiza de 1 a 3 de Março, contará com as presenças de presidentes de bancos comerciais americanos, especialistas internacionais em montagens de Bolsa de Valores na América, administradores da Euronext, director da Bolsa de Joanesburgo, o antigo presidente da Bolsa de Valores do São Paulo e representantes dos institutos de Certificação profissional do Brasil e da América Latina.

De acordo com o presidente Executivo da Comissão de Mercados de Capitais, Cruz Lima, o fórum visa proporcionar o desenvolvimento do mercado e incentivar o surgimento de intermediários financeiros, entre correctoras, distribuidoras, bancos de investimentos e sociedades gestoras de participações sociais.

Pretende-se também, segundo Cruz Lima, explicar aos operadores económicos as oportunidades de negócios à luz da Lei dos Valores Mobiliários, recentemente aprovada, incentivando assim debates e análises sobre a nova legislação.

Sob o lema “Intermediação, Negociação e Tecnologias e informação financeira”, o Fórum Mercado de Capitais é uma realização conjunta da Comissão de Mercado de Capitais, Facide (Fórum Angolano para o Conhecimento Competitivo, Inovação e Desenvolvimento) e do Instituto de Formação de Mercado de Capitais.

Durante três dias, os participantes vão analisar a lei dos Valores Mobiliários, e o conjunto de normas que constituem a estrutura legal do Mercado de Capitais, como a lei do investimento privado, a lei da actividade seguradora, a lei cambial, a lei das sociedades comerciais e os incentivos ao sector privado.

O evento vai também debruçar-se sobre a regulação e a fiscalização, código de conduta do mercado, a estratégia da Bolsa de Valores nos mercados emergentes, bem como vai discutir as melhores práticas do Mercado de Capitais e o processo de abertura do capital social das empresas.

O impacto das bolsas de valores nas economias, as formas de constituição de correctoras e distribuidoras - como principais intermediários financeiros no Mercado de Capitais - e o papel dos investidores institucionais serão outros temas a debater no evento.

O terceiro dia será dedicado ao show de tecnologias de informação financeira, onde empresas de informática terão oportunidade de apresentar os seus Softwares sobre correctoras, bolsas, sistemas de intermediação e negociação e de gestão financeira ou avaliação empresarial.

Segundo Cruz Lima, é também uma oportunidade para explicar os pormenores de funcionamento da Bolsa de Valores, apurar os padrões e condutas éticas para o funcionamento do mercado, bem como partilhar da experiência de países já avançados em organização e funcionamento de Mercado de Capitais. “Vamos esclarecer algumas dúvidas que existem no que diz respeito ao investimento privado no contexto da nova legislação financeira que, também, ainda tem trazido muitas incertezas aos nossos investidores”, referiu.

UPDATED: 09:50, February 04, 2006 Angolan president inaugurates hospital constructed with Chinese aid

Luanda General Hospital, built in Angolan capital of Luanda, with Chinese government aid and constructed by a Chinese company, was inaugurated on Friday in a ceremony presided over by Angolan President Jose Eduardo dos Santos.

With a capacity to hospitalize 100 patients, the institution was built and equipped with the fund from the Chinese government, estimated at 8 million U.S. dollars. The two-story hospital covers an area of 800,000 sq.m. in a five-hectare plot.

The medical ward will have specialties such as otolaryngology, dermatology, pediatrics, neurology, ophthalmology, physiotherapy, among others.

The construction works lasted 15 months and was constructed by the China National Overseas Engineering Corporation.

Source: Xinhua

Conselho de Ministros concede direitos à SONANGOL, E.P. no Bloco 2/05

Conselho de Ministros concede à SONANGOL direitos de prospecção, pesquisa e produção de hidrocarbonetos no Bloco 2/05

Luanda, 30/01 - O Conselho de Ministros concedeu à Sociedade Nacional de Combustíveis, SONANGOL, E.P., os direitos de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos, líquidos e gasosos, na área de concessão do Bloco 2/05, segundo decreto publicado no Diário da República nº115, a que teve domingo acesso a Angop.

O órgão colegial de governo considerou, de acordo com a Lei Constitucional e demais normas, como fazendo parte integrante do domínio do Estado todos os jazigos de hidrocarbonetos existentes nas áreas disponíveis da superfície e submersas do território nacional, nas águas interiores, no mar territorial, na zona económica e na plataforma continental.

Baseou-se igualmente no facto de a SONANGOL, E.P., e a SONANGOL-Pesquisa e Produção terem celebrado um acordo, no qual a primeira, em contrapartida dos direitos atribuídos, assumiu a obrigação de negociar directamente o Contrato de Partilha de Produção aplicável à área de desenvolvimento do referido Bloco.

No decreto estabelecem-se, a área de concessão, descrita e cartografada, assim como o mecanismo através do qual, no fim do período de pesquisa, apenas permanecem na área de concessão os jazigos que forem demarcados como áreas de desenvolvimento.

Durante a vigência do Contrato de Partilha de Produção, pode ler-se no citado órgão oficial, tornam-se disponíveis as áreas do Bloco 2 que não se encontrem incluídas na superfície da concessão, podendo o ministros dos Petróleos, por decreto executivo, incluir parte ou mesmo a sua totalidade.

Assinala ainda que, no caso da inclusão de novas áreas na superfície de concessão alterar as condições económico-contratuais plasmadas, na base da celebração do Contrato de Partilha de Produção, deve ser revista em conformidade e por forma a restaurar o equilíbrio económico entre a Concessionária Nacional e associadas.

As alterações económicas que se acordarem ao Contrato de Partilha de Produção e que constam de uma adenda ao mesmo, devem ser aprovadas pelo Governo, através de decreto, salienta-se igualmente na publicação.

A duração da concessão subdivide-se em período de pesquisa, que compreende cinco anos, a partir da data efectiva do Contrato de Partilha de Produção, o qual prevê a Fase Inicial de Pesquisa (três anos) e Fase Subsequente de Pesquisa (dois).

O período de produção, por cada área de desenvolvimento, é de 20 anos, contados a partir da data da declaração da respectiva descoberta comercial.

Para execução das operações petrolíferas necessárias ao exercício dos direitos mineiros referidos neste decreto e com vista ao melhor aproveitamento possível das reservas de hidrocarbonetos existentes na área disponível, à Concessionária Nacional é autorizada a estabelecer um Contrato de Partilha e Produção com a sua associada, SONANGOL-Pesquisa e Produção, S.A., que para o efeito forma o grupo empreiteiro do Bloco 2/05.

O operador designado para fazer executar todos os trabalhos inerentes às operações petrolíferas de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos, líquidos e gasosos, na área de concessão é a SONANGOL- Pesquisa e Produção, para cuja mudança carece de prévia autorização do Ministério de tutela, sob proposta da Concessionária Nacional (SONANGOL, E.P.).

ANIP e Angloflex assinam acordo avaliado em mais de USD 32 milhões

Luanda, 31/01 - A Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP) e a empresa Angoflex, ligada à fabricação de tubos para a indústria petrolífera, assinaram hoje, em Luanda, um acordo avaliado em mais de 32 milhões de dólares.

De acordo com o presidente da ANIP, Carlos Fernandes, o acordo rubricado vai trazer consideráveis benefícios económicos ao país e ajudar no fomento à criação de novos postos de trabalho, sobretudo na zona onde a fábrica estará implatada, concretamente na barra do Dande, província do Bengo.

"Este projecto se insere no quadro do apoio à indústria petrolífera. Os objectivos da sua criação e o seu impacto sócio-económico serão bastante visíveis, uma vez que colmatará as acentuadas deficiências na produção de tubos metálicos para transporte de petróleo e gás, bem como contribuir na criação novos postos de trabalho", referiu.

Criada em Março de 2000, no âmbito de um acordo entre a Sociedade Nacional de Combustíveis (Sonangol) e a empresa francesa TECHNIP-COFLEXIP, a ANGOFLEX encarregar-se-á do fabrico de cabos submarinos ou ubilicais, utilizados na prospecção e exploração do petróleo. Numa primeira fase a fábrica vai criar 150 empregos.

From lisa’s FAST assessment – regulamentos for the land law continue to be drafted with restricted consultations for a small number of NGOs. The media law – approved by council of ministers on august 31, with discussions in parliament due in january 2006, ahead of promulgation. The media minister already said the new media laws wouldn’t allow ecclesia nationally. The church radio has since started broadcasting news outside luanda via short wave on radio vatican.

Produção petrolífera poderá elevar-se para mais 145 mil barris/dia

Foto Angop Produção petrolífera do País poderá elevar-se

Luanda, 31/01 - A produção petrolífera do país poderá elevar-se de um milhão e 300 mil (1.300.000) barris diários para mais 145 mil, em consequência da ligação do campo Rosa, Bloco 17, à plataforma de exploração Girassol, que acontece no primeiro semestre de 2007.

Terceiro campo desse bloco a ser ligado ao Girassol, o projecto Rosa já atingiu uma taxa de realização estimada em 45 por cento, isto após a efectivação de conexões com outros dois campos (Girassol e Jasmim) em 2001 e 2003, respectivamente.

De acordo com dados da filial angolana da multinacional Total (Total Angola), inseridos ma última edição da sua revista "Batuque", trata-se de um projecto que visa ligar 14 poços produtores e 11 injectores (situados no mar) à plataforma de exploração Girassol, através de 105 quilómetros de linhas.

O engenho inclui uma torre de elevação, além de efectuar importantes modificações na plataforma, devido à instalação de sete novos módulos que representam um peso total de cinco mil e 300 toneladas.

O próximo passo na implementação do projecto acontece dentro de um mês, circunscrevendo-se na colocação de colectores e de linhas de fluxo.

Desde 1980, a produção de petróleo bruto tem vindo a aumentar anualmente, estimando-se hoje as reservas do crude angolano em 12.4 biliões de barris, ao mesmo tempo que a sua produção excede os 700 mil barris/dia todos os anos, desde 1998.

Hoje, o país apresenta uma produção acima de um milhão e 300 mil (1. 300. 000) barris diários, um aumento que se regista desde Agosto de 2005.

Registos do ano transacto mostram terem sido perfurados 22 poços, sendo 12 de pesquisa e 10 de avaliação. Deste número foram contabilizados cinco descobertas comerciais.

Custos de chamadas telefónicas intra e extra redes vão ser mínimos

Luanda, 30/01 - O director do Instituto Nacional das Comunicações, (INACOM), João Beirão, disse hoje que as diferenças existentes nos preços das chamadas telefónicas móveis de uma rede para outra (Movicel para Unitel) vão ser diminuídas nos próximos tempos.

Em declarações à Angop, à margem do seminário sobre Comércio de serviços, iniciado hoje em Luanda, o responsável afirmou que a aproximação dos preços é uma das coisas que preocupa o Comité de preços de telecomunicações e para tal está tentar convencer, sobretudo a Unitel, a aproximar os preços dos serviços que se pratica dentro da sua rede com o serviço para outra rede.

"É evidente que isso não pode ser definido administrativamente, todavia é a Unitel que tem a rede maior e interessa que as pessoas falem muito mais dela", esclareceu, acrescentando que se está a fazer o possível para que a diferença não seja tão sensível, a fim de estarem mais próximos os clientes da Unitel e da Movicel.

De acordo com a fonte, a média de teledensidade no país é de cerca de 10 por cento, isto é, em cada 100 pessoas apenas 10 tem telefone e 70 por cento dos quais estão em Luanda, tanto móvel como no fixo.

Segundo ele, justifica-se maior concentração em Lunda por ser a província que alberga maior número de pessoas a nível do país, com cerca de 1/4 da população.

Referiu que a taxa de crescimento dos serviços de telemóveis em Angola tem sido das maiores de África, passou-se de 20 mil de 1995 para um milhão e 611 mil em Dezembro de 2005.

Esse crescimento, na óptica do responsável, deveu-se ao facto da concorrência, a partir de 2001, quando a Unitel entrou em serviço. De lá para cá o crescimento é tão grande que chegou a congestionar a rede e criar dificuldades na qualidade de serviços, disse.

O seminário, que termina terça feira, abordou na sessão da tarde de hoje a questão do comércio financeiro, de Comunicações e de Turismo. Prevê-se discutir no último dia, entre outros pontos, os serviços de transportes, energéticos e de construção.

Cotação Indicativa de Câmbios

Luanda, 3/2 - O dólar americano está hoje cotado no Banco Nacional de Angola (BNA) a 80,15639 Kz (compra) e a 80,55717 Kz (venda).

No mercado informal ou paralelo, a moeda americana está cotada a 80,000 kz (compra) e a 85,000 Kz (venda).

Eis a cotação das principais divisas em relação ao Kz, segundo a taxa de referência do BNA:

Leis da Provedoria conferem maior satisfação aos cidadãos

Provedor de Justiça, Paulo Tjipilika, realça o papel da provedoria na vida dos cidadãos

Luanda, 03/02 - A aprovação, hoje, pela Assembleia Nacional, dos diplomas sobre Provedoria da Justiça conferem uma maior satisfação para os cidadãos que careciam desses instrumentos para a defesa dos seus direitos, liberdades e garantias.

A afirmação foi feita pelo Provedor de Justiça, Paulo Tjipilika, no final da aprovação dos projectos de Lei Orgânica da Provedoria da Justiça e o Estatuto do provedor respectivo.

Segundo Tjipilika, esses instrumentos eram muito necessários não só para a funcionalibilidade da instituição, mas também para alguns aspectos do próprio Provedor, tais como o concernente ao recrutamento de quadros.

Quanto aos benefícios para os cidadãos, apontou a possibilidade de serem atendidas com a máxima celeridade possível, e através de meios informais, as suas reclamações, queixas contra a administração pública.

O Provedor de Justiça é um órgão público independente que tem por objecto a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, assegurando, através de meios informais, a justiça e a legalidade da administração pública.

Deputados esgotam abordagem do projecto de Lei de Imprensa com a oposição apática

Luanda, 03/01 - Os deputados à Assembleia Nacional (AN) esgotaram o debate sobre o projecto de Lei de Imprensa, apresentado na sessão parlamentar desta quinta-feira, pelo ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais, sem nenhuma proposta da oposição.

As discussões foram antecedidas das leituras dos relatórios-pareceres das Comissões de Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento, e de Educação, Ciência e Tecnologia, Cultura e Assuntos Religiosos, Juventude, Desporto e Comunicação Social, as quais anuíram a favor da aprovação do diploma.

Das 16 intervenções registadas, pode-se depreender que o documento será aprovado pela maioria dos deputados, a julgar pelo equilíbrio entre a liberdade de exercício do jornalismo e os direitos de personalidade dos cidadãos plasmados no texto.

Apesar disso, alguns deputados da Unita tentaram passar a mensagem de que a discussão da Lei de Imprensa não foi tão consensual como se refere, procurando justificar o facto à não inclusão, no texto, de certas propostas enviadas à AN por algumas organizações, em nome da sociedade civil, poucos dias antes da abordagem do texto.

O presidente em exercício da bancada parlamentar do MPLA, Norberto dos Santos "Kwata Kanaua" disse, no final das intervenções, que a Lei é consensual porque foi amplamente discutida por todos os organismos sócio- profissionais e entidades interessadas.

"A Lei obteve esse consenso e até mesmo unanimidade no seio da comissão especializada da AN que a discutiu. Embora se reconheça que não é absolutamente perfeita, ela apresenta um grande avanço e progresso sobre a legislação vigente", declarou.

Segundo o político, a nova Lei pode não representar o desejo e as aspirações individuais de cada um, mas é sem dúvida um diploma de consenso para a realidade actual, constituindo uma mais valia do processo de aprofundamento da democracia e da consolidação da liberdade de expressão e do pensamento em todos os domínios da vida nacional.

"E porque não temos dúvidas que o caminho se faz caminhando, estamos certos que esta Lei dá um grande passo na estrada das garantias e direitos dos jornalistas e do público em geral, no que respeita a prática de uma informação verdadeira, responsável e abrangente", acrescentou.

De resto, Kwata Kanaua congratulou-se, em nome da sua bancada parlamentar, com o trabalho de "elevado nível realizado por todos quanto direita ou indirectamente participaram da sua elaboração, apelando aos colegas da oposição no sentido de votarem a favor da aprovação do diploma para o benefício e desenvolvimento da informação em Angola.

O documento será votado hoje, juntamente com os restantes diplomas analisados nesta primeira sessão parlamentar de 2006, em obediência a uma modalidade adoptada pelos deputados.

PROJECTO DE LEI DE IMPRENSA SOB A LUPA DOS DEPUTADOS {ts '2006-02-02 00:00:00'}

Durante a sua alocução destacou o facto de o mesmo constituir um meio de equilíbrio entre a liberdade de exercício do jornalismo e os direitos de personalidade dos cidadãos.

De acordo com o governante, o documento, de 90 artigos, materializa a Lei Constitucional angolana, que defende e consagra não só a liberdade de imprensa, mas também a liberdade face à imprensa.

Os deputados debruçaram-se sobre o documento esta tarde. A apreciação do mesmo suscitou divergentes posições e reacções. Antes os homens da casa das leis puderam escutar os relatórios / pareceres das Comissões dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento, de Ciência e Tecnologia, Educação e Cultura, Desporto e Comunicação Social. Prevê-se que o documento ora em apreciação suscite acesos debates amanhã, sexta-feira.

No período da manhã, o Parlamento apreciou as propostas de Lei Orgânica da Provedoria da Justiça e o Estatuto do respectivo provedor.

A apreciação de ambos os documentos foi pacífica, para o que terá contribuído, particularmente, substanciais emendas introduzidas ao projecto de Estatuto, pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento.

Projecto de Lei de Imprensa tido como mais democrático

Fonseca Bengui

O ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais, assegurou ontem, em Luanda, que o projecto de Lei de Imprensa apresentado ao Parlamento era indesmentivelmente mais abrangente, mais democrático, mais moderno e mais compatível com o contexto sócio- político do momento. Manuel Rabelais disse que o documento foi elaborado no quadro de um processo que se pretendeu amplo, profundo, democrático e participativo, sobretudo por aqueles mais interessados, evitando a sua politização, mas procurando que represente mais o desenvolvimento social. “ Por tudo quanto foi feito, e com a aprovação, em mais de 90 por cento das preocupações e inquietações da classe jornalística, a mais interessada neste diploma, peço aos deputados que votem a favor ”, disse o governante, que se apresentou pela primeira vez ao plenário da Assembleia Nacional enquanto ministro. O projecto de Lei de Imprensa, de acordo com Manuel Rabelais, apesar de estar ligado à liberdade de expressão, “conduz-nos mais ao conteúdo constitucional da liberdade de imprensa ”. A liberdade de imprensa, mais do que um direito - adiantou o governante - é um complexo ou uma constelação de direitos e liberdades, tomando como pressuposto o facto da Lei Constitucional adoptar um conceito amplo de imprensa, incluindo nela a imprensa escrita, a rádio e a televisão. O ministro precisou que o projecto estava a concretizar a Constituição, ao tratar da liberdade de imprensa como uma garantia constitucional da livre formação da opinião pública de um Estado constitucional democrático, em que assumem particular relevância os próprios profissionais da comunicação social. O titular da pasta da Comunicação Social notou ainda que a Lei Constitucional superou a perspectiva liberal clássica, que via a liberdade de imprensa como uma liberdade face ao Estado. Na verdade, adiantou o governante, hoje, ao regularmos as matérias ligadas à liberdade de imprensa, teremos que ter em conta que a imprensa é também um poder social que pode afectar os direitos dos particulares, quanto ao seu bom nome, reputação, imagem, etc. “ Por isso, a Lei Constitucional defende e consagra não só a liberdade de imprensa, mas também a liberdade face à imprensa ”, afirmou, acrescentando que não careciam de menos protecção os direitos dos cidadãos perante a imprensa, do que as garantias da liberdade de imprensa contra o Estado. É por essa razão, adiantou o ministro, que o projecto de Lei de Imprensa e toda a regulação que vier a ser produzida não deixará de constituir um meio de responsabilização social e jurídica e um órgão de conexão entre o exercício da liberdade de imprensa e a protecção dos bens jurídicos como a honra, a imagem, a intimidade dos cidadãos, entre outros. “ O projecto de Lei de Imprensa deve ser visto como um direito constitucional concretizado em matéria de liberdade de imprensa, procurando o equilíbrio, entre, por um lado, a liberdade e responsabilidade dos meios de comunicação social, e por outro, os direitos de personalidade dos cidadãos contra eventuais abusos da imprensa ”, disse.

Nova proposta é mais avançada

O titular da Comunicação Social, Manuel Rabelais, afirmou ontem que a nova proposta de Lei de Imprensa, em relação à Lei de Imprensa vigente, era muito mais avançada, e estabelece um conjunto de princípios e definições com que se opera ao longo do texto para facilitar a sua compreensão. O projecto prevê um conjunto de garantias ao exercício da liberdade de imprensa, tais como a proibição da censura de qualquer natureza como uma das garantias fundamentais da liberdade de imprensa, o acesso às fontes de informação e um rol de direitos dos jornalistas. Prevê-se ainda o acesso ao Conselho de Comunicação Social como órgão que assegura a isenção e objectividade e o pluralismo de informação, o estabelecimento de mecanismos de auto-regulação da profissão de jornalista através de um Estatuto e de um Código de Ética e Deontologia. O projecto define ainda, de forma clara, a entidade que atribui a carteira profissional de jornalista, no caso a Comissão da Carteira e Ética, e a proibição do monopólio como forma de prevenir a manipulação da informação por quaisquer grupos políticos, económicos ou outros. Constam ainda do projecto, preceitos sobre o serviço público e o interesse público da informação, incumbindo ao Estado o dever de organizar e manter um serviço público de comunicação social próprio. Uma norma de carácter programático sobre a necessidade de se estimular a veiculação de informação em línguas nacionais está também prevista na nova proposta. Outro aspecto coberto na nova proposta é a gestão participativa, estabelecendo mecanismos que asseguram a participação dos jornalistas na vida das empresas ou dos órgãos de comunicação social onde trabalham, através dos Conse- lhos de Redacção, órgãos integrados exclusivamente por jornalistas habilitados com a carteira profissional.

Angola e Rússia estudam cooperação de entidades fiscalizadoras de contas

O presidente da Câmara de Conta da Federação Russa, Serguei Stepachin

Luanda, 30/01 - O presidente da Câmara de Conta da Federação Russa, Serguei Stepachin, tem agendada visita à Angola em Março próximo, destinada a promoção de relações de cooperação com o Tribunal de Contas do país.

Esta informação foi prestada hoje à Angop, em Luanda, pelo embaixador da Rússia em Angola, Andrey Kemarsky, quando saía da audiência com o presidente do Tribunal de Contas, Julião António, dedicada a preparação dos aspectos técnicos da referida deslocação.

O diplomata adiantou que o presidente da Câmara de Conta Russa aproveitará para a troca de experiências e o estabelecimento de uma cooperação mais estreita com a instituição congénere angolana.

Esta, disse, é mais uma das áreas em que a Rússia pretende estabelecer parcerias vantajosas com o país africano.

A audiência teve a duração de 40 minutos e decorreu na sede do Tribunal de Contas, à "Cidade Alta".

SJA espera do Parlamento contribuições para o equilíbrio da Lei de Imprensa

Luanda, 30/01 - A secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Luísa Rogério, disse esperar que os deputados à Assembleia Nacional discutam, nesta terça-feira, o projecto de Lei de Imprensa de forma exaustiva, esmiuçando-se todos os aspectos para que o produto final contenha significativas melhorias.

Segundo a sindicalista, longe de um debate polémico, augura que os parlamentares dêm o seu contributo por forma a que a Lei seja um instrumento de equilíbrio, que salvaguarde interesses fundamentais da classe, dos cidadãos, em geral, e do Estado.

Relativamente à melhorias já plasmadas neste projecto, Luísa Rogério apontou o fim do monopólio do Estado à rádiodifusão e a televisão, frisando significar o processo de consolidação do pluralismo de informação e aumento do leque de ofertas de emprego particularmente para jornalistas.

Congratulou-se igualmente com o facto de a associação que dirige ter dado o seu contributo ao conteúdo do actual projecto de Lei, virado para a defesa dos interesses da classe. "Pode não ser uma Lei ideal, mas é a qual demos a nossa contribuição", asseverou, lembrando que no anterior projecto de diploma o SJA não fora tido nem achado.

O processo de elaboração deste projecto de Lei de Imprensa iniciou-se em 1999, com a constituição, pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, de um Grupo Técnico Multisectorial.

Em 2005, foi nomeada, igualmente pelo chefe de Estado, uma Comissão para elaboração do ante-projecto, tomando por base de trabalho os documentos apresentados por várias instituições oficias, associações sócio- profissionais e entidades singulares, em resultado da discussão pública promovida para o efeito.

Em reunião, realizada à 17 passado, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Educação e Cultura, Desporto e Comunicação Social da Assembleia Nacional aprovou, por unanimidade, o relatório/parecer favorável ao projecto de Lei de Imprensa.

Segundo a presidente do órgão especializado do hemiciclo, Cândida Narciso, o relatório recebeu o aval dos 22 deputados presentes, um caso inédito na apreciação e discussão de relatórios/pareceres.

"Pela primeira vez na comissão conseguimos aprovar um relatório/parecer por unanimidade", dissera então, visivelmente satisfeita.

A proposta de ordem de trabalhos de terça-feira inclui ainda o debate do projecto de Lei Orgânica da Provedoria de Justiça e o de Estatuto do respectivo Provedor, bem como a movimentação de deputados, um pedido de suspensão do mandato e três requerimentos de adopção de menores angolanos por cidadãos estrangeiros.

Pacote legislativo sobre sociedade de informação está em consulta pública

Luanda, 2/3 - A Comissão Nacional de Tecnologias de Informação (CNTI) realiza, desde finais de Janeiro, uma consulta pública aos projectos de leis sobre a sociedade da informação a partir do endereço electrónico www.angola-online.

Trata-se dos projectos de leis sobre o crime informático, a segurança da informação e a protecção de dados.

Segundo o técnico da CNTI, Dani Cadete Mondlane, é urgente reflectir-se sobre estes diplomas, porque o país está a crescer e a economia está quase toda baseada e fundamentada no uso da tecnologias de informação.

No quadro do sistema jurídico, afirmou, não existe nada que incrimine um hacker (pessoa que invade sistemas de informação). Há um vazio na própria constituição, por essa razão há necessidade de acautelar-se com algumas situações ligadas à segurança da informação, protecção de dados e a criminalidade informática.

O projecto de Lei sobre a segurança da informação, de acordo com o engenheiro, define as metas de como a informação, principalmente a nível das instituições públicas, pode ser tratada e gerida, atendendo aos vários programas do governo.

"È um quadro jurídico-legal e técnico que está a ser definido atendendo ao problema de acesso a informação dentro de uma rede que o governo vai criar", esclareceu.

Precisou que independentemente de o governo electrónico ser uma rede pública, onde se vai definir uma relação estado/cidadão e vice-versa, há elementos que em termos de segurança informática devem ser salvaguardados.

Dani Cadete disse existirem matérias mais complexas e profundas que só os gestores de topo poderão ter acesso.

Outro elemento fundamental neste projecto de lei é a segurança dos meios informáticos a serem envolvidos dentro do sistema.

O projecto de lei sobre a protecção de dados vai definir o fluxo de informação que deve ser protegida, principalmente a nível da pessoa singular. O mesmo vai acontecer com dados relacionados a gestão de instituições.

Na óptica do técnico, no sector da Justiça será necessário definir-se quem poderá ter acesso aos dados pessoais de um determinado cidadão.

Quanto ao projecto de lei sobre a criminalidade informática, frisou, é preciso que se faça juízo à luz do direito às pessoas que cometem arbitrariedades.

MPLA refuta alegações da UNITA sobre a Lei de Imprensa

Norberto dos Santos `Kwata Kanawa´, que chefia interinamente o grupo parlamentar do MPLA

Luanda, 03/02 - O líder interino da bancada parlamentar do MPLA, Norberto dos Santos `Kwata Kanawa´, reputou hoje como tentativa de levar ao Parlamento "recados mal encomendados" as apreciações negativas feitas pela a UNITA em relação à Lei de Imprensa.

Kwata Kanawa reagia à declaração política do Galo Negro emitida a seguir a votação do diploma, segundo o projecto, aprovado hoje, contém lacunas e omissões que podem comprometer a "transição do sistema de partido único para regime democrático".

Segundo a UNITA, um dos "elementos chaves do quadro dessas lacunas é o facto da Lei não instituir o órgão do Estado responsável para assegurar com isenção e imparcialidade a liberdade de imprensa".

Para o Galo Negro, esse órgão seria o Bureau da Alta Autoridade para a Comunicação Social, como garante do funcionamento democrático, autónomo e isento dos órgãos.

Segundo Kwata Kanawa, estas reivindicações demonstram claramente que alguns deputados da Unita pretendiam trazer para o Parlamento a discussão de recados mal encomendados, incluindo de ONGs estrangeiras.

Segundo adiantou, esses colegas foram habilmente utilizados por essas organizações, facto que ficou demonstrado durante as discussões do projecto de Lei de Imprensa.

"Tanto mais que, durante as discussões deste assunto, não houve por parte de nenhum dos deputados da UNITA proposta concreta, de fundo, com alguma substância que nós até estávamos disponíveis para acolher se elas fossem aceitáveis, frisou.

Kwata Kanawa ressaltou como factor de mérito o facto de a Lei ter sido aprovada inclusivamente com votos a favor de alguns deputados da UNITA.

A Assembleia Nacional aprovou hoje, por 125 votos a favor, 26 contra e dez abstenções, o projecto de Lei de Imprensa, depois de ter sido apresentado quinta-feira ao plenário pelo Ministério da Comunicação Social.

Assembleia Nacional aprova Lei de Imprensa

Luanda, 03/02 - A Assembleia Nacional aprovou hoje, por 125 votos a favor, 26 contra e dez abstenções, o projecto de Lei de Imprensa, depois de ter sido apresentado quinta-feira ao plenário pelo Ministério da Comunicação Social.

O voto favorável contou com o concurso de alguns deputados da Unita, numa clara manifestação de concordância com os fundamentos esgrimidos pelo ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais, aquando da apresentação, aos parlamentares, do diploma.

Entre outros argumentos, Manuel Rabelais referiu que o projecto de Lei de Imprensa tem o mérito de ser mais abrangente e moderno, bem como o de se harmonizar perfeitamente com o actual contexto sócio-político do país.

O ministro destacou ainda que o instrumento constitui um meio de equilíbrio entre a liberdade de exercício do jornalismo e os direitos de personalidade dos cidadãos e prevê a possibilidade de incentivos aos órgãos de Comunicação Social.

A proibição da censura, o acesso às fontes de informação e um rol de direitos e deveres dos jornalistas, configuram, entre outras, o amplo leque de garantias ao exercício da liberdade de imprensa apontadas pelo ministro.

Entretanto, deputados da Unita e da FNLA manifestaram- se contra esses argumentos, alegando que o documento contém lacunas e omissões que põem em causa a transição democrática, bem como disposições que penalizam os que combatem a corrupção.

Na sua declaração política, a Unita apontou como um dos "elementos chaves do quadro dessas lacunas o facto da Lei não instituir o órgão do Estado responsável para assegurar com isenção e imparcialidade a liberdade de imprensa".

Para o Galo Negro, esse órgão seria o Bureau da Alta Autoridade para a Comunicação Social, como garante do funcionamento democrático, autônomo e isento dos órgãos.

Na mesma sessão, a Asssembleia Nacional aprovou ainda os projectos de Lei Orgânica da Provedoria da Justiça e o Estatuto do respectivo Provedor, dois instrumentos que permitirão nos próximos meses o início de funções dessa entidade.

Os dois diplomas foram aprovados por unanimidade, com 161 votos cada um, depois de detalhadamente apreciados pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento, que introduziu alterações substanciais às propostas iniciais.

Entre estas, destacam-se as que conferiam ao provedor competências de natureza judicial, executiva e legislativa, extravasando assim o alcance conferido a essa figura pela Lei Constitucional.

Segundo, a constituição, o Provedor de Justiça é um órgão público independente que tem por objecto a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, assegurando, através de meios informais (reclamações, queixas), a justiça e a legalidade da administração pública.

O Parlamento debruçou-se ainda, por unanimidade (161 votos) sobre o pedido de suspensão provisória do mandato do deputado José António Sabino, pronunciado como arguido num processo crime pelo do Tribunal Supremo.

A respeito, os deputados recomendaram ao Tribunal Supremo a correcção do pedido, cujos termos indiciam a prática de crime de homicídio voluntário, contrariamente ao disposto no despacho de pronúncia, ou seja, homicídio frustrado.

A Assembleia Nacional formalizou também, com a aprovação de uma resolução, a recomendação de remeter o polémico caso de movimentação dos 16 deputados para as comissões dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento e de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar.

As duas comissões deverão analisar profundamente o caso, visando a produção de um parecer conjunto para deliberação definitiva sobre este assunto por parte do plenário.

A sessão autorizou igualmente a adopção da menor Daniela, de seis anos de idade, declarada abandonada, devido a ausência e manifesto desinteresse dos progenitores no exercício dos direitos paternais.

A adoptante, Ana Carina Barbosa Garcia de Carvalho, de nacionalidade portuguesa, convive com a criança desde os três anos e foi considerada pelo Tribunal de Provincial de Luanda (Sala de Família) como tendo bom comportamento social, disse o ministro da Justiça, Manuel Aragão, na apresentação do pedido de adopção aos deputados. Em Angola: Mais de 1,5 milhão de pessoas têm telemóvel

O número de utilizadores de telemóveis em Angola ultrapassou 1,6 milhão até ao final de 2005, registando uma das maiores taxas de crescimento do continente africano na última década, segundo revelou o director do Instituto Nacional das Comunicações (Inacom), João Beirão. “ A taxa de crescimento dos serviços de telemóvel em Angola tem sido uma das maiores de África, passando de 20 mil em 1995, para 1,6 milhão em Dezembro de 2005 ”, afirmou João Beirão, num seminário sobre comércio de serviços que decorre em Luanda. Segundo o director do Inacom, cerca de 70 por cento dos utilizadores estão concentrados em Luanda, onde reside um quarto da população angolana, actualmente estimada em cerca de 15 milhões de pessoas. O mercado de telefones móveis em Angola é liderado pela operadora privada Unitel, em que a Portugal Telecom possui uma participação de 25 por cento do capital. No início de Dezembro, a Unitel anunciou ter ultrapassado um milhão de clientes. Criada em 1998, esta operadora iniciou a sua actividade comercial em Abril de 2001, assinalando a abertura do sector à iniciativa privada, assumindo rapidamente a liderança do mercado. Desde o início da sua actividade, a Unitel foi a primeira a estender a rede de telefones móveis a todas as províncias angolanas e a disponibilizar o serviço de roaming para o estrangeiro. O mercado de telemóveis angolano conta ainda com a estatal Movicel, detida em 99 por cento pela Angola Telecom. A Movicel previa atingir 500 mil clientes, até ao princípio deste ano, na sequência de investimentos que a operadora efectuou, visando a sua expansão em todo país. A empresa já investiu cerca de 30 milhões de dólares no projecto de expansão da rede a nível de 15 províncias. No final do ano passado, o ministro dos Correios e Telecomunicações, Licínio Tavares, revelou que está a ser preparada uma proposta para ser apresentada ao Conselho de Ministros tendo em vista a abertura de um concurso público para a instalação de um terceiro operador. Segundo o ministro, a entrada de um terceiro operador no mercado resulta do dinamismo do sector privado, a que o governo pretende responder com a implementação de um programa de desenvolvimento da rede básica de telecomunicações do país. O rápido crescimento do mercado de telemóveis obrigou à adopção, em meados de 2005, de um novo Plano Nacional de Numeração, para permitir aos operadores a ampliação das suas redes e garantir uma maior disponibilidade de números telefónicos. O número de utilizadores de telemóveis em Angola tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos, especialmente desde 2001, quando a Unitel entrou no mercado, acabando com o monopólio estatal no sector.

JA Mais de cem mil vão à escola em Luanda

Cristina da Silva

Cento e dezassete mil alunos farão parte do sistema de ensino, na província de Luanda, no ano lectivo 2006/2007, aberto oficialmente ontem, no município de Viana, pelo governador da província, Job Capapinha. Segundo o director provincial da Educação, André Soma, a integração destes alunos deve-se à construção de 116 novas salas de aulas, distribuídas por vários municípios da província, que permitirão também o enquadramento, pela primeira vez, de 35 mil no sistema de ensino. De acordo com André Soma, para o presente ano lectivo foram matriculadas três mil 827 crianças na iniciação, 37 mil 190 na primeira classe, 44 mil e 247 na quinta, enquanto que na sétima foram admitidas 31 mil e 689 crianças. Para a nona classe está prevista a entrada de seis mil alunos. O responsável adiantou ao “JA” que foram disponibilizadas cinco mil carteiras, das sessenta mil necessárias para Luanda, que permitirão a criação de melhores condições académicas para os alunos. A sua distribuição, segundo André Soma, será efectuada durante a semana. Por seu turno, o governador de Luanda, Job Capapinha, garantiu que a educação constitui uma das prioridades do seu executivo, no sentido de que esta é a garantia do futuro das crianças do país. Para o responsável máximo da capital do país, a educação da criança não deve ser só da responsabilidade do Governo, mas também dos seus encarregados.

Sem consenso

Os deputados à Assembleia Nacional não chegaram a consenso quanto à problemática da substituição dos 16 deputados da bancada parlamentar da UNITA solicitada pela direcção do partido do “ galo negro ”. Depois de mais uma sessão plenária dominada pela discussão do problema, os parlamentares acordaram adiar a decisão da questão, submetendo-a antes a maiores análises e aproximações de posições junto das comissões especializadas da Assembleia Nacional. A tentativa da UNITA movimentar um grande número de deputados seus acabou por se tornar num dos mais notáveis factos políticos da actualidade, com várias vozes a indicarem que tal acontecimento é revelador de alguma fragilização das lideranças do maior partido da oposição. Depois de, na sessão de terça-feira, a Comissão dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento ter emitido um parecer em que não subscreve a pretensão da direcção da UNITA, o problema agigantou-se. Os deputados que o partido do “ galo negro ” pretende substituir manifestaram-se publicamente contra a medida, acusando a direcção do seu partido de ameaçar “ a normalidade funcional da Assembleia Nacional ”. A discussão sobre o assunto tornou-se bastante acalorada, tendo perdurado durante toda a manhã e tarde de ontem. Dentre as intervenções parlamentares de ontem, chamou particular atenção as declarações do deputado da UNITA Eugénio Manuvakola, que, não sendo um dos visados, se pronunciou em sentido contrário às teses defendidas por algumas vozes da UNITA, segundo as quais os deputados visados pela movimentação são suplentes, devendo, por isso, ceder lugar aos efectivos. “ No Protocolo de Lusaka existe uma cláusula que diz que os primeiros 70 deputados da UNITA devem tomar posse, mas, na fase de implementação, o Comité Permanente da UNITA (na altura liderado por Jonas Savimbi) decidiu não mandar (para Luanda) os primeiros 70 deputados eleitos, mas mandar outros 70. Eu fui um dos que não foram enviados para Luanda ”, salientou Manuvakola. Nesse sentido, Manuvakola, um dos subscritores dos Acordos de Lusaka, defendeu que “os 70 deputados que tomaram posse no quadro do Protocolo de Lusaka, por solicitação da direcção do partido, tornaram-se efectivos ”. Ao apresentar este argumento, Manuvakola recordou que ele, apesar de ser o segundo da lista de deputados eleitos pela UNITA em 1992, só veio posteriormente a assumir o seu lugar no Parlamento angolano na qualidade de suplente. “ Eu sou o segundo da lista, mas tomei posse como suplente, entrei no lugar de alguém que deixou o lugar vago ”, frisou. O ponto de vista de Eugénio Manuvakola foi corroborado pela presidente da 1.ª Comissão, a deputada Efigénia Lima Clemente, que referiu não haver uma hierarquia entre deputados efectivos e suplentes, pelo que deverão ser melhor analisados os argumentos apontados pela direcção da UNITA. Numa intervenção de quase quinze minutos, Alcides Sakala Simões, presidente da bancada parlamentar da UNITA, invocou uma série de argumentos a favor da autonomia do seu partido na movimentação dos seus deputados, indicando mesmo que a retomada de assento do novo grupo de parlamentares (de que fazem parte figuras como Lukamba Paulo “Gato ”, Adalberto da Costa Júnior e Isaías Chitombi) está contido no espírito dos acordos de Lusaka e do Memorando de Entendimento complementar do Luena. Numa breve intervenção, o chefe interino da bancada parlamentar do MPLA apelou à busca de consenso entre as partes. Norberto dos Santos “ Kwata Kanawa ” referiu que não seria aconselhável levar o assunto à votação, sendo preferível a busca de aproximação de posições fora do plenário. A questão foi retomada no período da tarde, com a intervenção dos presidentes das comissões especializadas. Armindo Cassessa reafirmou a concordância da comissão por si dirigida (Comissão de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar) no sentido de não haver qualquer obstáculo à entrada dos 16 novos deputados da UNITA. Por seu turno, a deputada Efigénia Lima (presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento) esclareceu caber à sua comissão a aferição da oportunidade, legalidade e constitucionalidade da movimentação de deputados. Segundo a parlamentar, a 1.ª Comissão entende não estar suficientemente fundamentada a necessidade de substituição dos 16 deputados da UNITA. “ Nós não dissemos que a UNITA não pode movimentar os seus deputados, mas têm de ser apresentadas razões que justifiquem validamente por que razão todos esses deputados não tomaram antes os seus assentos” , disse a parlamentar. Para a deputada Efigénia Lima, depois da assinatura dos Acordos de 4 de Abril de 2002 deixaram de haver razões objectivas que impedissem a tomada de assento por esses deputados, pelo que terão de justificar por que razão apenas agora se mostram dispostos a tomar os seus assentos no Parlamento. Foi ainda apontada à UNITA a crítica decorrente desta ter juntado num mesmo pacote casos diversos. Tal crítica decorre do facto de algumas das movimentações não implicarem o problema que se levantou, uma vez que se reportam ao preenchimento de vagas existentes. Porém, disse a deputada, a UNITA apresentou todos os casos em conjunto. Na parte da tarde, os deputados iniciaram a abordagem dos pontos 3 e 4 da ordem de trabalhos, referentes ao Projecto de Lei Orgânica da Provedora de Justiça e ao Projecto de Estatuto do Provedor de Justiça. Na ocasião foi feita a leitura do parecer da 1.ª Comissão sobre o assunto, mas a sua discussão foi adiada para a manhã de hoje. O projecto de Lei de Imprensa deverá ser apreciado igualmente na plenária de hoje.

“Posições pessoais de Chivukuvuku podem moldar a guilhotina da UNITA ” por José Gama Club-k.net

Caso tivesse na condição de presidenciavel e se as eleições fossem amanha, dir-se-ia mesmo que as posições/soluções apresentadas pelo Deputado provocariam significantes subtracções junto da classe eleitoral de quem inicialmente estivesse em melhor vantagem do ponto de vista do marketing e da propaganda que sobrepõe a acção pratica.

Nada impede a Abel Chivukuvuku de trazer contributos, quer nas vestes de deputado, de cidadão ou de analista político, deve continuar a faze-lo, mas sabendo conciliar posições pessoais com as do Partido.

Raramente aproveita as oportunidades que lhe são dadas pela media para apresentar pontos de vista do instrumento político criado por Jonas Savimbi. Aos olhos da classe dirigente do seu partido pode criar possíveis antipatia sobre si, por não vender frutos que se cultiva na sua própria lavra.

Fe-lo na passada entrevista a VOA quando denunciou não haver por parte do executivo angolano, programas políticos para o pais, já antes fez em passadas entrevista a Radio Eclesia e tornou a repetir na sua ultima entrevista as antenas eclesiásticas.

As suas posições repletas de criticas e de plausíveis propostas prestam um grande contributo a diversos sectores da nação, mas por outro lado, corre-se o risco de enraizar-se na mente das pessoas, que as ideias de Abel Chivukuvuku são mais flutuantes que o conjunto humano que forma a UNITA, podendo dai vir as advogações que lhe são atribuídas, sobre supostos apetites maiores que o prato que lhe é servido.

Se sempre agir assim, Poderá paradoxalmente construir a guilhotina para que os seus adversários partidários tornem, um dia, a publico que as suas posições pessoais denunciam, por outro lado, que a UNITA também não tem agenda para o pais. E isto tornara a Unita cada vez mais fértil para engendrações externas.

Artigo de opinião assinado por José Gama, Secretario Geral do Clube dos angolanos no exterior

Feb 01, 15:14 Fonte:Club-k.net

Histórico da Unita advoga manutenção dos 16 deputados no Parlamento Angop

O histórico dirigente da Unita e antigo ministro da Hotelaria e Turismo, o deputado Jorge Alicerces Valentim, advogou a manutenção, na Assembleia Nacional (AN), dos 16 parlamentares em vias de substituição, sob proposta da direcção do seu partido.

Intervindo hoje, em mais uma sessão do parlamento angolano dedicada ao caso, admitiu que a organização política está a atravessar uma crise interna, que apelidou "equívoco histórico", cuja solução disse passar por um debate sério, profundo e aberto.

"A solução do problema deve ser encontrada por pessoas que tenham sentido de responsabilidade e humildes perante aqueles que se sacrificaram pela Unita, para que se encontre uma solução genuína, capaz de evitar crises cíclicas, evitáveis", sustentou.

Segundo Jorge Valentim, a proposta de substituição avançada pela liderança de Isaías Samakuva atingiu a honra e a dignidade de alguns quadros, considerados "elite" da Unita, tendo em conta o seu papel desempenhado nas várias fases do processo histórico da organização.

"Quando no partido, com exaltação artificial, colocam- nos na reforma, como velhos incompetentes e cansados (...) é um grande erro", comentou a propósito, frisando ser impossível um debate interno quando a experiência não é tida em conta.

Numa alusão à direcção eleita em 2003, no seu nono Congresso, sustentou que "alguns já não têm mensagem para mobilizar para o partido quem ainda não é muito velho, como pensam".

Jorge Valentim formulou veemente apelo para que os 16 deputados se mantenham em exercício, ao mesmo tempo que se solidarizou com os quadros, também com qualidades louváveis, que a direcção do partido propôs para aqueles substituir.

Opinou que, como parte da solução concreta do problema da paz no país, o Governo deve encontrar uma solução político-estratégica e económica que dignifique os quadros pretendidos pela direcção da Unita no Parlamento, sem descurar os desmobilizados e os deslocados de guerra.

Defendeu, noutra vertente, a propagação de mensagens claras, que espelhem a efectivação da paz e reprovou as querelas intra-partidárias, bem como a idéia dos que defendem a realização de eleições antes que se acalmem os espíritos e se reconstrua o país, dilacerado pela guerra.

Os deputados visados reafirmaram a decisão de não abandonarem os lugares que ocupam na AN, para o que esgrimiram argumentos de natureza histórica, política, jurídica, constitucional e regimental.

A plenária decidiu, esta tarde, remeter a decisão definitiva, sobre o caso, para depois da produção de um parecer conjunto das Comissões dos Assuntos Constitucionais, Jurídicos e Regimento e de Mandatos, Ética e Decoro parlamentar.

Feb 01, 23:08 Fonte:Angop

Adalberto da Costa Júnior deplora comportamento dos deputados Rádio Ecclésia

O secretário para Informação da União Nacional para Independência Total de Angola, (UNITA), Adalberto da Costa Júnior, considerou hoje, ter sido um mau exemplo para a democracia, o que se viveu ontem na casa das leis.

Em declarações feitas à Rádio Ecclésia, Costa Júnior disse que “a questão é simples, a UNITA, realizou o seu congresso em 2003, congresso transparente e absolutamente democrático, apôs o congresso, a direcção do partido realizou a primeira reunião da comissão política do partido, que é o órgão colectivo que decide os programas do partido ”, explicou, recordando que foi no mês de Janeiro de 2004 que a comissão política, tomou algumas medidas, entre as quais a movimentação de deputados que tem como objectivo a melhoria da fiscalização na Assembleia Nacional.

Na mesma reunião frisou, a comissão política da UNITA decidiu também fazer mexidas no Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN). “Todos os angolanos têm memória e se recordam o quão difícil foi implementar estas medidas ” .

Na sua explanação, o politico salientou que a melhoria da imagem do seu partido no parlamento, é uma exigência dos militantes daquela organização. Adalberto da costa Júnior, fez saber no entanto que, nenhum deputado será ou está a ser expulso do partido. “Não é o fim do mundo para nenhum deles, continuarão a ocupar um lugar no partido. Com esta movimentação o partido somente pretende uma melhoria no seu desempenho parlamentar ”- concluiu.

Feb 01, 23:34 Fonte:Rádio Ecclésia

Raul Araújo considera que a proposta de lei de imprensa é a mais consensual possível RNA

O jurista Raul Araújo, defendeu hoje em Luanda, que a proposta de lei de imprensa que vai a debate no parlamento nos próximos dias, é consensual. O ex- bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (OAA), acha mesmo que a actual proposta de lei, responde as preocupações dos jornalistas, do Governo e da sociedade civil.

No seu pronunciamento, Raul Araújo, relevou que o objectivo foi alcançado, tendo em conta a demora para a sua elaboração. “Pode não ser uma lei perfeita, porque também não acredito que possam haver leis perfeitas, mas é uma lei como se costuma a dizer consensual ”.

“ É bem verdade que há algumas posições que o Governo e os próprios jornalistas através do seu sindicato gostariam de ver legisladas e não estão, portanto isto é normal, próprio de uma lei de compromisso ” , considerou.

Feb 01, 23:17 Fonte:RNA Receita alfandegária de Angola supera 1 bilião de dólares

A receita obtida pela Direcção Nacional das Alfândegas para os cofres do Estado em Angola atingiu a faixa de 1 bilião de dólares no ano de 2005. Superando a expectativa da própria DNA, a arrecadação alcançou um crescimento de 28,3% no ano passado.

A arrecadação atingiu USD 1 bilião e 62 milhões de dólares de Janeiro a Dezembro de 2005 enquanto no ano anterior a receita total foi de USD 828 milhões.

A intensificação do combate à evasão fiscal, os avanços introduzidos nos processamento aduaneiro no aeroporto e no porto de Luanda, assim como às mudanças de procedimentos efectivadas também nos postos da DNA no interior de Angola propiciaram um crescimento da receita de 393 %, nos últimos cinco anos, período de implementação da reforma na instituição. Antes, no ano de 2000, a receita tinha sido de USD 215,4 milhões apenas.

Como destacou o director da DNA, Sílvio Burity(na foto), tem havido um processo de crescimento contínuo da receita aduaneira de Angola, que se verifica desde a implantação do programa de reformas. No mês de Dezembro, o valor arrecadado com a cobrança dos direitos alfandegários nas importações e exportações em Angola alcançou um novo recorde mensal histórico 128,3 milhões de dólares.

Sílvio Burity ressaltou que as receitas arrecadadas por este órgão do Ministério das Finanças são canalizadas principalmente para contribuir para o sucesso do Programa do Governo de reconstrução de Angola.

"Além dos novos procedimentos implementados em Luanda, contribuiu significativamente também a implementação dos sistemas informáticos de processamento dos despachos aduaneiros em províncias fronteiriças", enfatizou o director. "Os serviços alfandegários se tornaram mais eficientes no interior do País nos últimos anos", acrescentou.

Feb 02, 00:44 Fonte: AngoNotícias

Tentativa de substituição de deputados revela graves problemas na Unita VOA

A tentativa da UNITA de substituir dezasseis deputados do seu grupo parlamentar que fazem parte da lista de suplentes, veio manchar seriamente a imagem do partido, a julgar pelos pronunciamentos inflamados das pessoas visadas.

Os pronunciamentos que se seguiram à leitura da resolução desfavorável da Comissão dos Assuntos Constitucionais e Jurídicos da Assembleia Nacional, atingiram não só a figura de Isaías Samakuva, algumas vezes acusado de afundar o partido, como também revelaram uma certa cise no seio daquela formação política.

A UNITA levou para a Assembleia Nacional os seus problemas internos, facto muito bem explorado pelo MPLA.

Isto ficou bem patente no debate de ontem, e hoje a história voltou a repetir-se . Para além dos discursos com sabor amargo para a direcção do seu partido, alguns deputados que constam da "lista dos dezasseis" reafirmaram que não sairiam da Assembleia Nacional por considerar um "acto ilegal", posição que havia sido já assumida pela Comissão dos Asseuntos Constitucionais e Jurídicos do Parlamento.

Mas a intervenção do dia foi de Jorge Valentim. Apoiando totalmente os seus colegas indicados para deixarem o Parlamento, o antigo ministro da Hotelaria e Turismo acha que o seu partido está a atravessar uma crise interna que a considerou como "um equívoco histórico".

Para Jorge Valentim, esta situação já era prevesível e recordou o episódio que marcou a sua entrada para o Parlamento depois de ter sido exonerado do cargo de ministro Hotelaria e Turismo.

"Para eu entrar no Parlamento foi preciso uma confusão tremenda. Que vergonha. E foi a direccão do partido quem tentou impedir a minha entrada. Disseram que eu não podia entrar, a não ser com o apoio do MPLA. Mas surpreendi-os com um livro bonito "Esperança". Eles devem estar a ler o livro, que o leiam mesmo".

Enquanto isto, a líder do Partido Liberal Democrático (PLD), manifestou-se descontente pela forma como o debate está a ser conduzido. Anália Pereira questionou o excesso de tempo que é concedido aos parlamentares, quanto nas discussões sobre as grandes questões da Nação, como o Orçamento Geral do Estado, são concedidos apenas três minutos. A dirigente do PLD fez notar, que só assim se justifica que um único ponto tenha esgotado quase dois dias. Anália Pereira considera ainda a situação vivida no Parlamento como um rude golpe para a UNITA.

"As movimentações são feitas normalmente aqui nesta Assembleia Nacional e nunca ninguém lenvantou impedimentos. Ainda agora foram movimentados deputados do MPLA, portanto, isto não deve constituir o escândalo nacional que estamos a assistir. E eu peço desculpas aos meus queridos colegas, principalmente os da UNITA que levantaram coisas demasiadamente feias e que neste momento lamento dizer-vos, mas se a UNITA vincar deste rude golpe que foi dado aqui no Parlamento, tiver pernas para andar e continuar a caminhar como segundo partido será por um milagre divino".

Alguns dirigentes da UNITA acham que mais do que questões de ordem legal, o impedimento que se levanta em relação a substituição dos dezasseis deputados tem a mão do MPLA, questionando porque é que em ocasiões anteriores não foram evocadas as mesmas razões.

A questão da movimentação dos deputados irá certamente à votação e se isto acontecer, a UNITA estará definitivamente impedida de reforçar a sua bancada parlamentar com pesos pesados, tendo em conta os parecer desfavorável da Comissão dos Assuntos Constitucionais da Assembleia Nacional e os pronunciamentos que se seguiram.

Das figuras que deviam entrar para o Parlamento constam os de Lukamba Paulo Gato, Adalberto da Costa Júnior e de Isaías Chitombe.

Tudo leva a crer que o debate sobre a futura lei de imprensa acontecerá apenas amanhã.

Feb 01, 23:04 Fonte:VOA

SUBSTITUIÇÃO DE DEPUTADOS DO GALO NEGRO GERA POLÉMICA {ts '2006-02-01 00:00:00'}

A proposta foi apresentada pela direcção do partido justificando que os mesmos se encontram na condição de suplentes. Entretanto, os deputados em causa recusam-se a abandonar os lugares.

Segundo Adalberto da Costa Júnior, Secretário para informação da UNITA, o que o seu partido está a pretender é simplesmente responder à solicitação do próprio Parlamento, que em plenária, pediu a UNITA em conformar a sua bancada de uma só vez. «Portanto ( …) este número atingido foi uma resposta a uma solicitação do Parlamento», disse.

Segundo ainda este político há interesses em jogo e considera a situação um “escândalo ” já que «a primeira comissão considera esta conformação ilegal, quando o próprio Parlamento é que a solicitou», desabafou.

Esta situação leva o político a entender que há «muitos jogos pelo meio». Segundo ainda Adalberto da Costa há «muitos impedimentos de regularizar o funcionamento das próprias instituições e dos próprios partidos».

Esta polémica à volta da substituição dos deputados suplentes da UNITA, atrasa o debate sobre os outros pontos agendados – a Lei Orgânica do Provedor de Justiça e o Projecto de Lei de Imprensa.

Jornal de angola Eles dizem que não saem!

Os 16 deputados da UNITA, ameaçados de expulsão pela direcção do seu partido, reiteraram ontem a sua intenção de continuar a exercer o cargo até à realização de novas eleições no país. Há nove anos na Assembleia Nacional, o deputado José Cativa questionou se havia algum certificado médico que comprovava a sua incapacidade física de trabalhar. “ Alguém está cego aqui? Essas é que são as condições que permitem a perda ou suspensão provisória do mandato. Enquanto existir este instrumento jurídico- legal não deixaremos a Assembleia. Então primemos pela Lei. Quem quiser, que discuta com a Lei e todo aquele que vai contra a Lei é criminoso ”, disse Cativa, para depois questionar se “não foram alguns deles que disseram que essa Assembleia Nacional está caduca? Agora vêm à Assembleia Nacional para sentar nas cadeiras caducas? Isso é uma contradição ”. Cativa acusou ainda os actuais membros “efectivos ”, que pretendem agora se locupletar dos seus lugares na Assembleia Nacional, de terem sido eles que “ mandaram votar contra as condecorações, mas, no dia seguinte, correram para a cerimónia para receber as medalhas ”. “ Então são contraditórios ou são honestos consigo próprios? ”, questionou. Malheiro Elavoco, outro deputado que integra os 16 com ordem de expulsão, acusou o presidente do seu partido, Isaías Samakuva, de mau gestor, por ter permitido que o assunto viesse até à Assembleia Nacional. “ O senhor presidente Samakuva é mau gestor, porque permitiu que o assunto viesse aqui à Assembleia Nacional, para lavarmos a roupa suja aqui na Assembleia Nacional, porque lá, no Comité Permanente da UNITA, não se resolve nada. É uma pena. O partido está dividido e vai caminhar para o inferno, para a indefinição. É uma pena ”, disse. Segundo o parlamentar, “este é o ano das eleições, mas a UNITA está a caminhar para o inferno. Eu fui a Benguela e verifiquei lá os comités da UNITA, do Lobito, da Catumbela, não funcionam. Eu conheço Lobito, sou do Lobito, passei por lá, olhei para os comités, aquilo não funciona. Aquilo mete horror, é uma pena. No entanto, os deputados, os senhores que querem vir para aqui tomar posse, aqui na Assembleia Nacional, são distintos dirigentes da UNITA, que deveriam agora mobilizar o povo cá em Luanda, em Benguela, no Lobito, na Catumbela, na Ganda, mas querem vir para aqui, para a Assembleia Nacional, porque perderam o barco. Se não sabem dirigir a UNITA, que deixem a UNITA; deixem o partido. Vamos lá nós tomar conta do partido” , afirmou.

Reprovado pedido de adiamento de debate do projecto de Lei de Imprensa Angop

A Assembleia Nacional (AN) chumbou a proposta de adiamento, por duas semanas, da discussão do projecto de Lei de Imprensa, sugerida hoje, na abertura da primeira sessão do ano do hemiciclo legislativo angolano, pela bancada parlamentar da UNITA.

O líder do grupo parlamentar proponente, Alcides Sakala(na foto), na discussão da ordem de trabalhos, argumentou dever-se tal solicitação a pertinência em introduzir novas contribuições, recolhidas pelo seu partido.

A proposta foi contestada, com a alegação do projecto em causa ter merecido amplamente discussão, de distintas sensibilidades da sociedade civil, quer em organizações colectivas quer individualmente, durante a fase de discussão pública. O ponto foi mantido em agenda, com recurso à votação, tendo recebido 107 votos favoráveis, 42 contra e duas abstenções.

Antes de remetida à plenária, para eventual aprovação, o documento passou pelo crivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Educação e Cultura, Desporto e Comunicação Social da Assembleia Nacional, que aprovou por unanimidade, no passado dia 17, o respectivo relatório/parecer.

Segunda-feira, a secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Luísa Rogério, advogou que esperava dos deputados valioso contributo por forma a que a Lei seja um instrumento de equilíbrio, que salvaguarde interesses fundamentais da classe, dos cidadãos, em geral, e do Estado.

O projecto de Lei comporta 90 artigos, que conformam um conjunto de garantias para o exercício da liberdade de imprensa, nomeadamente a proibição da censura, o acesso às fontes de informação e os direitos e deveres dos jornalistas.

A agenda aprovada inscreve ainda os pontos referentes ao pedido de substituição de 16 deputados da bancada da Unita, o projecto de Lei Orgânica da Provedoria de Justiça e o respectivo Estatuto do Provedor e um pedido de suspensão do mandato. Da proposta inicial foram retirados os requerimentos de adopção de menores angolanos por cidadãos estrangeiros.

Jan 31, 12:26 Fonte:Angop

Utilizadores de telemóveis eram mais de 1,6 milhões no final de 2005 Lusa

O número de utilizadores de telemóveis em Angola ultrapassava 1,6 milhões no final de 2005, registando uma das maiores taxas de crescimento do continente africano na última década, revelou o director do Instituto Nacional das Comunicações (INACOM), João Beirão(na foto).

"A taxa de crescimento dos serviços de telemóvel em Angola tem sido uma das maiores de África, passando de 20 mil em 1995 para 1,6 milhões em Dezembro de 2005", afirmou João Beirão, num seminário sobre comércio de serviços que decorre em Luanda.

Segundo o director do INACOM, cerca de 70 por cento dos utilizadores estão concentrados em Luanda, onde reside um quarto da população angolana, actualmente estimada em cerca de 15 milhões de pessoas.

O mercado de telefones móveis em Angola é liderado pela operadora privada UNITEL, em que a Portugal Telecom possui uma participação de 25 por cento do capital.

No início de Dezembro, a UNITEL anunciou ter ultrapassado um milhão de clientes.

Criada em 1998, esta operadora iniciou a sua actividade comercial em Abril de 2001, assinalando a abertura do sector à iniciativa privada, e rapidamente assumiu a liderança do mercado.

Desde o início da sua actividade, a UNITEL foi a primeira a estender a rede de telefones móveis a todas as províncias angolanas e a disponibilizar o serviço de roaming para o estrangeiro.

O mercado de telemóveis angolano conta ainda com a estatal MOVICEL, detida em 99 por cento pela Angola Telecom.

No final do ano passado, o ministro dos Correios e Telecomunicações, Licínio Tavares, revelou que está a ser preparada uma proposta para ser apresentada ao Conselho de Ministros tendo em vista a abertura de um concurso público para a instalação de um terceiro operador.

Segundo o ministro, a entrada de um terceiro operador no mercado resulta do dinamismo do sector privado, a que o governo pretende responder com a implementação de um programa de desenvolvimento da rede básica de telecomunicações do país.

O rápido crescimento do mercado de telemóveis obrigou à adopção, em meados de 2005, de um novo Plano Nacional de Numeração, para permitir aos operadores a ampliação das suas redes e garantir uma maior disponibilidade de números telefónicos.

O número de utilizadores de telemóveis em Angola tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos, especialmente desde 2001, quando a UNITEL entrou no mercado acabando com o monopólio estatal no sector.

Jan 31, 21:33 Fonte:Lusa

Eleições devem estar no centro do pensamento dos dirigentes ”, defende Chivukuvuko Rádio Ecclésia

“ Falta ao país uma agenda política que coloque as eleições no centro do pensamento dos dirigentes ”, assim considerou o deputado da bancada parlamentar da UNITA Abel Chivukuvuko em entrevista à Emissora Católica de Angola em Luanda.

O Parlamentar do “Galo Negro ” , adiantou ainda, que a falta de convicções de alguns líderes fazem com que não se tenham uma agenda séria, visando aquelas que serão às segundas eleições gerais no país. “O problema é o regime que não tem convicções democráticas ”, disse realçando que os memos não acreditam que a governação deve manar da livre vontade do cidadão. “Eles não estão convencidos de que a legitimidade governativa, só se adquire por consentimento livre do cidadão expresso por votos ”, afirmou.

No seu entender, só deste modo é que se terá um país, onde o problema de se fazer eleições é uma discussão interminável. Em relação ao papel da oposição, no sentido de esforçar o partido no poder e o Presidente da República a marcarem a data das eleições no país, Chivukuvuko, disse que aos democratas nada se impõe. “ Todos eles conhecem o respeito à lei e aos compromissos ” - concluiu.

Jan 31, 23:25 Fonte:Rádio Ecclésia

Mpalabanda reafirma violação dos direitos humanos em Cabinda Rádio Ecclésia

A associação cívica Mpalabanda voltou a revelar existência de violação dos direitos humanos na província de Cabinda. Em declarações feitas hoje à Rádio Ecclésia, Raul Danda, Porta-voz daquela associação cívica do enclave, reagiu assim os recentes pronunciamentos de Henriques Futy, da Associação dos Amigos e Naturais de Cabinda também em entrevista àquela estação radiofónica.

Para Futy, em Cabinda há liberdade total. “O senhor Raul Danda, circula noite e dia, dança, brinca, conversa e volta à Luanda expressando liberdade absoluta ”, disse Henriques Futy.

Na mesma entrevista, o responsável, frisou serem justificadas as razões do Governo da Província proibir as actividades alusivas ao aniversário do tratado de Simulanbuco. “ Um dos slogans diziam assim, eleições só com diálogo, repare, começa a ser contraditório quando as eleições já são parte do direito do homem” , adicionando que a Mpalabanda defende que a realização das eleições só podem acontecer depois do governo ir a mesa das negociações com a mesma.

Entretanto, nos seus pronunciamentos, Raúl Danda, esclareceu que a Mpalabanda, é uma organização cívica e não faz parte do seu objecto social incentivar a violência. “O senhor Henriques Futy, acha que os apelos que devíamos lançar é a favor da guerra, por tanto então devíamos dizer, sim a guerra, sim a matança ”, defendeu, realçando a existência de fortes violações dos direitos humanos na província mais ao norte de Angola.

Jan 31, 23:10 Fonte:Rádio Ecclésia

“ Ainda não ouvi nada que afastasse 2006 como o ano das eleições ”, diz Marculino Moco LAC

O antigo primeiro-ministro angolano, Marculino Moco, disse hoje em Luanda, ser prematuro pensar que as eleições não venham a acontecer ainda este ano. Falando ao programa radiofónico “café da manhã ” da Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Moco salientou que não ouviu nada que afastasse 2006 como o ano das eleições.

Para ele, é necessário que se crie condições que garantem com que as eleições sejam livres e justas, tendo em conta, a resolução dos problemas sócias e económicos que o país enfrenta.

Sobre acção do Governo, o deputado a Assembleia Nacional da bancada parlamentar do MPLA, disse que a fraca pressão da oposição, tem condicionado a eficácia do executivo. No dizer deste, a oposição não tem explorado as fraquezas do Governo. “Mas acho que isto vem a calhar, com tantos problemas que tivemos, precisamos de uma certa acalmia. Acho que ainda não estamos em altura de avaliar o desempenho do Governo ”, admitiu.

Acrescentando que enquanto não forem recuperadas as estradas, os caminhos-de-ferro e a resolução de outros problemas que o país ainda enfrenta, não se devia precipitar em realizar as eleições.

Apesar das más condições sociais em que ainda muitos angolanos se debatem, o antigo secretário-geral do MPLA e executivo da CPLP, sublinhou entretanto, que o Governo tem feita alguma coisa, com vista na melhoraria do principais problemas da população.

Jan 31, 23:39 Fonte:LAC

Deputado da Unita acusa presidente do partido de mau gestor Angop

O deputado da Unita Malhiero Elavoko, um dos 16 visados pelo processo de normalização da bancada parlamentar, acusou hoje o líder do partido de ser mau gestor e responsável pelo seu declínio.

"A Unita está a caminhar para o inferno", disse o deputado, durante as discussões, pelo plenário da AN, do ponto relativo à movimentação de 16 deputados, solicitada pela direcção da Unita.

Elavoko considerou os candidatos propostos de rejeitarem juntar-se ao Parlamento, quando oportunamente solicitados, preferindo ficar com Jonas Savimbi, "até o derrube do MPLA, a tomada do poder político em Luanda, onde deveriam implantar o regime negro africano e socialista de Angola".

"O presidente Samakuva esteve aqui na AN como deputado, tomou posse, mas ele abandonou, (...), fugiu para o estrangeiro, deixou a Pátria em guerra, portanto não tem legitimidade nem lições de moral para nos dar, nem tão pouco falar mal dos deputados da Unita que deram o seu contributo ao lado de outros colegas até o alcance da paz", sublinhou.

O quadro levantado hoje na Assembleia Nacional em torno do pedido de substituição de 16 deputados da Unita acabou por revelar a existência de fortes divergências internas e um diferendo interno, ao que parece, longe de solução.

À sua defesa, os deputados visados invocaram argumentos de natureza histórico-político e juridico- constitucional e regimental que alegadamente os protege da movimentação solicitada pelo presidente do Galo Negro, Isaías Samakuva.

A sessão da tarde esgotou-se à discussão dos pareceres das comissões Constitucionais, Jurídico e Regimento e de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar sobre o pedido de movimentação dos 16 parlamentares, mas não foi conclusivo.

Deverá prosseguir nesta quarta-feira a partir das 10h00, prevendo apreciar ainda o projecto de Lei Orgânica da Provedoria da Justiça e o Estatuto do respectivo provedor, a proposta de Lei de Imprensa e os pedidos de suspensão do deputado José Sabino e de adopção de uma menor por uma cidadã portuguesa.

Feb 01, 04:56 Fonte:Angop

Fábrica de tubos custará Usd 32 milhões

João Bastos

Trinta e dois milhões de dólares é quanto vai custar a edificação de uma base periférica de raiz para a fabricação e montagem de tubos para apoio à indústria de petróleo e gás no país. A assinatura do contrato para a implementação do referido projecto foi rubricado ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimentos Privados (ANIP), Carlos Fernandes, e pelo Director Geral da Angoflex LD, Cloud François. Com arranque previsto para o primeiro trimestre do corrente ano, o projecto a ser erguido na comuna da Barra do Dande, província do Bengo, prevê efectuar durante o seu período de vida útil vendas estimadas num nível mínimo de USD 22,7 milhões e máximo de USD 46,4milhões. O referido projecto contempla ainda o planeamento, operação e gestão que consiste na construção de uma ponte cais. A sua implementação vai garantir uma oferta de produção valorizada em média anual de USD 32 milhões 943 mil 500. De acordo com o presidente do Conselho de Administração da (ANIP), Carlos Fernandes, os objectivos económicos e sociais a alcançar com o referido projecto, visa o incentivo e crescimento da economia nacional, introduzir a criação de novos postos de trabalho, elevar a capacidade tecnológica e a concorrência no domínio da indústria de apoio ao sector petrolífero. A parte fundamental a destacar com a edificação deste projecto, segundo Carlos Fernandes, é a realização de projectos de interesse social para as populações locais avaliadas em USD 1 milhão e a criação de 150 postos de trabalho, dos quais 92 para nacionais e 58 para estrangeiros. Dada a importância do projecto, aquele governante angolano afirmou que o Governo concedeu alguns incentivos que passam pela isenção de pagamentos de direitos e demais imposições aduaneiras, a isenção do pagamento dos impostos industriais e sobre a aplicação de capitais durante dez e doze anos, respectivamente. Para o director geral da Angoflex, Cloud Fran-çois, a sua organização vai continuar a cooperar com o Governo e a cria-ção deste projecto visa, sobretudo, melhorar a vida das populações.

OPOSIÇÃO PODE VOTAR CONTRA PROJECTO DE LEI DE IMPRENSA {ts '2006-01-31 00:00:00'}

Caso não haja mudanças no documento os principais partidos da oposição dizem que a lei tem determinadas disposições que os levará a votar contra.

O diploma de 90 artigos não autoriza a expansão de qualquer sinal de rádio privada em todo o território nacional, entretanto, elimina o monopólio do Estado na exploração do sector televisivo. Este particular avanço é considerado pelo director do jornal bi-semanário folha 8, William Tonet como sendo um “bluff ”. «Isso é um jogo, essas aberturas já as conhecemos, para além da Rádio Ecclesia, qual é a rádio verdadeiramente privada em Angola?», interroga-se Tonet, em declarações à emissora católica de Angola.

Por seu lado, o jornalista sénior Reginaldo Silva, qualifica de "notáveis" os avanços do projecto de lei no capítulo das aberturas, mas questiona os prazos da subsequente regulamentação. A lei anterior tinha muitos monopólios esta vem eliminar isso, mas o problema está nos prazos de aprovação dos regulamentos. «No documento não há qualquer referência sobre o limite de tempo no qual o governo deve regulamentar todos os diplomas subsequentes».

Falando à Ecclesia, responsáveis do PRS, PAJOCA e UNITA prometem votar contra caso não haja alteração ao conteúdo do documento. Entretanto, garantem colaborar para a rápida aprovação da Lei de Imprensa, desde que esta consagre princípios fundamentais de salvaguarda da liberdade de imprensa.

Antes de ser remetida à plenária, para eventual aprovação, o documento foi submetido à discussão pública, de que resultaram contribuições significativas no seu conteúdo, particularmente no tocante à questão do monopólio do Estado sobre a televisão. O projecto também passou pelo crivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Educação e Cultura, Desporto e Comunicação Social da Assembleia Nacional, que aprovou, no passado dia 17, “unanimemente ” o respectivo relatório/parecer.

Os deputados discutem também os projectos de Lei Orgânica e do estatuto do Provedor de Justiça, quase oito meses depois da tomada de posse do seu titular, Paulo Tdjipilica. O atraso na aprovação desses documentos tem vindo a adiar o início das funções do Provedor de Justiça. Paulo Tjipilica foi eleito para este cargo aos 19 de Abril de 2005, uma votação realizada na Assembleia Nacional com 177 votos a favor e três abstenções. O Provedor de Justiça é um órgão previsto na actual Constituição de Angola, aprovada em 1992, mas o cargo nunca tinha sido ocupado, sendo a sua eleição uma exigência constante dos partidos da oposição e de organizações da sociedade civil ligadas aos Direitos Humanos.

Jornal de Angola

30 de Janeiro

Angola tem gás para mais 30 anos Jornal de Angola

As reservas de gás natural do país estão avaliadas em 11 trilhões de pés cúbicos, o que equivale a uma produção de mais de 30 anos, segundo o presidente do Conselho de Gerência, da Sonangol Gás Natural, António Órfão, que falava à margem de VIII Conselho Consultivo do Ministério dos Petróleos, decorrido na cidade de Ondjiva.

O gás natural, útil para energia e aquecimento, no nosso país não tem sido aproveitado cabalmente, limitando-se a ser queimado na produção petrolífera, causando danos ao meio ambiente.

Com efeito, em 2010 arranca a fábrica de gás natural (LNG), na cidade petrolífera do Soyo, que vai permitir o aproveitamento do produto na sua totalidade, acabando com a queima do gás na actividade petrolífera. A fábrica

LNG, cujas obras arrancam já no próximo ano, vai, além de eliminar os riscos ecológicos da queima de gás, permitir o surgimento da indústria petroquímica, gerando milhares de empregos para o país. Só a construção da fábrica, que vai durar três anos, vai empregar mais de 6 mil pessoas.

Na operação, várias centenas de pessoas serão empregues directamente, além dos empregos indirectos que o empreendimento vai proporcionar ao país. Aliás,

António Órfão estima mesmo em biliões de dólares os benefícios económicos da fábrica para o Estado angolano. A par da fábrica, está em fase final o projecto de amoníaco, orçado em cerca de 600 milhões de dólares, o que permitirá o fabrico de adubos adoptados ou mitrogenados.

A eliminação de queima de gás inclui o projecto de Sanha, avaliado em 1,6 biliões de USD, que permitirá produzir óleo condensado, gás para fabrico de hidrocarbonetos e gás para geração de electricidade. Para esta última, prevê-se a instalação de um gasoduto até Luanda (225 Km) e montagem de uma central de 4 turbinas com capacidade de geração de electricidade na ordem de 1500 MW. As necessidades de Luanda são de 140 MW. Num estudo que foi realizado, previu- se ainda a construção de uma linha de transporte até Windhoek (Namíbia) com uma extensão de 1.700 quilómetros com Iigaçao à rede Sul Africana, que absorveria

1200 MW. Esta opção necessita de 211 milhões de pés cúbicos/dia de gás e que haja à partida o engajamento dos futuros compradores de electricidade. Já a opção GTL (Gás para Fabrico de Hidrocarbonetos Sintéticos) consiste na conversão química do gás em líquidos (diesel, gasolina, etc.) com uma quantidade de 10 milhões de pés cúbicos de gás. Produz-se cerca de 1000 barris de líquidos. A opção só é economicamente rentável para preços não inferiores a 14-15 dólares/barril.

Sendo um factor de desenvolvimento para o país e a julgar pelo seu impacto económico, social e ambiental, o Conselho Consultivo do Ministério dos Petróleos recomendou um enquadramento legal e contratual apropriado de modo a incentivar a pesquisa, desenvolvimento e produção de gás natural em Angola, ao mesmo tempo em que a Sonangol deverá investir na pesquisa, avaliando toda a informação

(sísmica, poços e outra) existente nas diferentes concessões petrolíferas para identificar o potencial dos recursos de gás natural.

A Sonangol deverá ainda avaliar o potencial de reservas de campos que tenham sido abandonados, enquanto o Ministério dos Petróleos terá de obter junto do

Governo o apoio à implementação do projecto Angola LNG dentro do calendário existente, sob pena de perdas económicas, sociais e ambientais para o país.

Os participantes ao Conselho Consultivo, considerando os vários benefícios do

Projecto Angola LNG, entre os quais a geração de electricidade, recomendaram que se promova a formação de competências para a indústria de gás, assim como acções de divulgação da indústria de gás através de palestras, seminários, publicações, entre outras.

Jornal de Angola

31 de Janeiro

Petrolíferas empregam 20 mil angolanos ANGOP

31 de Janeiro

Aguinaldo Jaime realça o papel do sector privado nas áreas de serviços antes detidas pelo Estado

O ministro adjunto do primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime, considerou segunda- feira, em Luanda, ser já visível a participação do sector privado nacional ou estrangeiro em áreas de serviços, anteriormente detidas pelo Estado.

Ao falar na abertura do seminário sobre "Comércio de Serviços", o governante disse que fruto da política de liberalização do mercado angolano, o governo acabou com o monopólio em áreas como seguros, bancos, transportes, telecomunicações, transportes energia e águas, facto que permitiu dinamizar a economia.

Noutra vertente mais virada ao comércio mundial, Aguinaldo Jaime disse que as políticas comerciais jogam um papel importante na promoção do crescimento económico, razão pela qual os países devem beneficiar das oportunidades que o sistema multilateral do comércio pode proporcionar.

Na sua óptica, os países menos avançados devem envidar mais esforços para se apropriar de uma maior fatia do crescimento do comércio mundial.

Socorrendo-se da Agenda de Desenvolvimento de Doha-Qatar, o governante acentuou que comércio mundial deve ser livre, justo e equitativo, mas o alcance de tal meta está muito aquém do desejado, pois o leque das nações em desenvolvimento, apenas a China, Índia, Coreia e Singapura integram a lista dos 10 países no top na distribuição de serviços no mundo.

Explicou que, dos 40 países exportadores de serviços, apenas 21 fazem parte das nações em desenvolvimento.

Esclareceu que o comércio de serviços representa uma fonte importante de receitas de exportação, mesmo para os países mais pobres. Dos 49 paises classificados pelas Nações Unidas como menos avançados, a média de contribuição dos serviços para o Produto Nacional Bruto (PNB) foi de 6,5 por cento em 2001.

No encontro, com termo previsto para terça-feira, estão em abordagem, entre outros temas, acordos gerais do comercio mundial, a participação de Angola no comércio mundial e negociações sobre o comércio regional.

Na reunião, promovida pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio de Desenvolvimento (CNUCED), em parceria com a representação comercial de Angola na Suíça, participam responsáveis de vários ministérios.

The Atlanta Journal-Constitution

January 31, 2006

World Airways pilots on strike But military charter flights go on as usual

World Airways canceled cargo flights around the globe, but continued military charters on Monday, the first business day of a pilot strike against the Peachtree City-based charter carrier.

In an unusual job action, pilots honored a contract that requires them to continue flying military charters that account for 70 percent of the company's revenue while grounding cargo and non-military passenger flights. "Military flying is the bulk of our business, and it continues," said Steve Forsyth, a spokesman for the company, which has 1,500 employees. "Numerous cargo flights were canceled in anticipation of this situation."

World's 430 pilots are seeking wage, benefit and retirement increases. Pilots, represented by the Teamsters, and World managers have negotiated for more than two years without reaching a deal. World officials say they've offered pilots signing bonuses and wage increases, but the two sides remain at odds.

No new talks are scheduled.

The 58-year-old carrier moved its headquarters to Peachtree City in 2001, from the Washington area. Since then, wars in Iraq and Afghanistan have created a surge in demand for World's long-range military charters, and the company has produced steady profits.

World carries cargo for Air Canada, EVA and UPS Supply Chain Solutions, and those companies canceled flights and made alternative arrangements to move their goods. World operates a fleet of 17 DC-10 and MD-11 aircraft. Seven of them carry cargo, and 10 carry passengers.

World said the company won't have managers try to replace striking pilots. The strike stranded a dozen World pilots in foreign countries including Angola and China, and union officials said they were scrambling Monday to solve transportation and visa issues.

"All's fair in job actions," said Mark Ohlau, a pilot and chairman of the union's negotiating committee. "But for the company to put four pilots out in Luanda, Angola , where there are major security concerns and they're in real harm's way is totally irresponsible." The union rushed to buy them airline tickets back to the United States.

Jornal de Angola

31 de Janeiro

Recuperação da indústria vai custar mais de USD 16 biliões

Um montante estimado em mais de 16 mil milhões de dólares é quanto o país precisa para poder suprir grande parte das suas dificuldades básicas e evoluir positivamente o seu tecido industrial.

Segundo o director do Instituto de Desenvolvimento de Angola (IDIA), Kiala Gabriel, a verba justifica-se uma vez que a guerra destruiu, na quase totalidade, o potencial antes existente, impedindo a progressão económica. "Nos estudos que temos vindo a desenvolver, o país poderá precisar para além de 16 mil milhões de dólares, isto é, num horizonte temporal de 15 anos", ressaltou, admitindo que o valor possa estar sujeito a futuras actualizações, tendo em conta a dinâmica que o mercado poderá oferecer.

De acordo com Kiala Gabriel, que considera animadoras as actuais tendências de desenvolvimento do país - apesar das dificuldades - a verba avançada serviria estrategicamente para a reabilitação de infra-estruturas, nomeadamente do sector energético e águas, pontes, vias de acesso e telecomunicações.

A fonte adiantou que, no âmbito das políticas de desenvolvimento traçado pelas estruturas do Estado, o valor avançado daria igualmente para reforçar o processo de integração do país na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que possui um mercado estimado em cerca de 200 milhões de consumidores.

Com cerca de 14 milhões de habitantes e com estabilidade política desde 2002, Angola tem vindo a implementar uma série de políticas e mecanismos legislativos tendentes a proporcionar um clima favorável de negócios.

Actualmente, Angola observa, em grande escala, grupos de empresários dispostos a estabelecer parcerias e a investir no pais, nomeadamente, nos sectores dos petróleos, diamantes e agrícola. \

As companhias estrangeiras que operam em Angola absorvem mais de 20 mil trabalhadores angolanos, destacando-se a existência de 100 por cento aos níveis básicos (operários) e médios.

O grande handicap regista-se ao nível superior e de gestão, daí a proposta de se reforçar o actual sistema de formação e desenvolvimento dos técnicos angolanos do sector e um melhor acompanhamento das suas carreiras profissionais, conforme precisou a directora do Gabinete dos Recursos Humanos, do Ministério dos Petróleos (Minpet), Manuela Coelho, por ocasião do VIII Conselho Consultivo, que decorreu na cidade de Ondjiva (província do Cunene).

Com efeito, em 2004 e 2005, as verbas resultantes da aplicação do decreto 20/82 para o sector petrolífero cifraram-se em 89 milhões de dólares, parte das quais empregou-se na formação de quadros, manutenção dos centros de formação do sector e outros apoios externos, incluindo instituições de formação.

Entretanto, e como as companhias petrolíferas estrangeiras alegam a ausência, no mercado nacional, de quadros angolanos com as competências exigidas pela indústria petrolífera, sobretudo nos níveis superiores e de gestão (graus XII e acima), a directora dos Recursos Humanos, do Minpet, propôs a adopção de um novo modelo de formação, visando a angolanização do sector petrolífero nesses níveis. Para tal, deverão ser utilizadas as verbas disponíveis do decreto 20/82, modelo esse que consiste também no apoio aos Departamentos de Engenharias e Geociências na Universidade Agostinho Neto.

O decreto 20/82 estabelece a obrigatoriedade de recrutamento, integração e formação de quadros angolanos para o sector dos petróleos, devendo este sistema ser suportado pelas companhias estrangeiras a operarem em Angola, através da contribuição de 15 cêntimos de dólar por barril produzido.

A título de exemplo, ressalta Manuela Coelho, nos últimos dois anos, as contribuições do decreto 20/82 orçaram em cerca de 89 milhões de dólares, valores que têm sido empregues na formação dos trabalhadores nacionais, das diferentes companhias, centros e instituições de formação.

As verbas desse decreto suportarão, sobretudo, o sistema de formação que estará direccionado, essencialmente, para a formação dos graus superiores e de gestão.

Agence France Presse

January 28, 2006

Security Council urges Central African security pact

A ministerial session of the UN Security Council on Friday debated the volatile security in central Africa's Great Lakes region and urged speedy progress toward the signing of a security and development pact.

The one-day meeting brought together foreign ministers from Belgium, Burundi, Botswana, Congo, Democratic Republic of Congo (DRC), Kenya, Namibia, Qatar, Sudan, Uganda, Tanzania, Zambia and Zimbabwe.

Also attending, in addition to representatives from Angola, Rwanda, South Africa and all 15 council members, were the so-called Friends of Africa's Great Lakes region. They include the European Union represented by European Commissioner for development Louis Michel and Austria, Nordic countries, Canada and the United States.

The 15-member council unanimously adopted a Tanzania-drafted text that urged Great Lakes states to finalize preparations for a new summit to adopt a security, stability and development pact.

The Great Lakes region has been Africa's worst trouble spot since the 1960s, raging with ethnic and civil wars -- including Rwanda's 1994 genocide -- that have claimed millions of lives.

At a November 2004 summit in Dar es Salaam, 15 African presidents and UN chief Kofi Annan signed a common declaration calling on participating nations to sign a peace and security pact for the powder-keg region.

The second summit was to have been held in Nairobi last December, but was put off to the latter half of this year due to rescheduled polls in Tanzania and DRC.

DRC Foreign Minister Raymond Ramazani said he was confident that the proposed pact would be signed at the upcoming Nairobi summit.

Mineral-rich DRC is trying to emerge from successive conflicts which drew in a dozen countries at their height, with a still-fragile peace process leading to presidential and parliamentary elections later this year.

But violence continues in Ituri, Katanga and other parts of eastern DRC bordering Burundi, Rwanda and Uganda, despite the presence of the world's largest United Nations peacekeeping force.

The security council resolution also expressed deep concern at the impact of armed conflicts on the humanitarian situation and their implications for regional peace and security. Speakers stressed the need to disarm foreign armed groups and hold elections in the DRC.

The text "urged all states concerned to take action to bring to justice perpetrators of grave violations of human rights and international humanitarian law."

It also strongly condemned the activities of militias and armed groups operating in the Great Lakes region, including the Democratic Liberation Forces of Rwanda (FDLR) and Uganda's Lord Resistance Army (LRA).

Suspected LRA rebels were blamed for the deaths of the eight Guatemalan UN peacekeepers in DRC's Garamba Park Monday.

The resolution also urged all regional states "to disarm, demobilize and co- operate in the repatriation or resettlement, as appropriate, of foreign armed groups and local militias."

Tanzanian Foreign Minister Asha-Rose Migiro, whose country chairs the council in January, opened the meeting by urging participants to draw the lessons of the 1994 genocide in Rwanda.

The genocide, in which some 800,000 people, mainly minority Tutsis, were massacred by Hutu extremists, "will remain a painful reminder of our collective failure to stop it," she said. "It should never happen again".

On the bright side, the participants welcomed the successful transition and democratic elections in Burundi.

"Long-term stability in central Africa definitely does require a regional approach," said Belgian Foreign Minister Karel de Gucht, whose country formerly ruled DRC, Burundi and Rwanda.

He reminded Great Lakes countries that "for any development to have a reasonable chance of success, armed conflict must cease, the security of people must be assured and the rule of law must be guaranteed."

Xinhua General News Service

January 28, 2006

Experts to meet in Kenya on strengthening mechanisms for regional peace

Experts on peace and security from Great Lakes countries and international organizations are due to meet in Nairobi from Monday to prepare documents that will constitute the Pact of Security, Stability and Development that heads of state of the region are to sign later this year.

According to a statement issued on Saturday by the joint UN and African Union Secretariat of the International Conference on the Great Lakes Region, the experts are to work out sub-regional security mechanisms to halt the proliferation of small arms and light weapons, prevent conflict, reduce transnational crime and terrorism as well as to improve the management of borders.

"The meeting will be focusing on the analysis of all the draft programs of action which reflect the priority projects and protocols that were adopted by the meeting of the Regional Inter- Ministerial-Committee in Lusaka in July and the meeting of the Regional Preparatory Committee in Luanda in September last year," said the statement.

Besides peace and security, other protocols and projects will be developed concerning democracy and good governance, economic development and regional integration and humanitarian and social issues.

The experts are from the core countries of the Great Lakes conference: Angola, Burundi, Central African Republic, Republic of Congo, the Democratic Republic of the Congo, Kenya, Rwanda, Sudan, Tanzania, Uganda and Zambia.

"Documents that will emerge from this meeting will be submitted for review to the Third Meeting of the Regional Inter-Ministerial Committee to be held in Bangui, the Central African Republic in February," the statement said.

"The ministers will in turn present them to their Heads of State for adoption when they meet for the Second summit that will be held in Nairobi later this year. It is at this Summit that the Heads of State will sign the Pact of Stability, Security and Development in the region," it added.

The meeting comes as the UN Security Council on Friday called on the States organizing the International Conference on the Great Lakes Region to finalize preparations for their second summit, postponed from last month, to show their will to maintain their momentum toward establishing peace and stability.

The Council encouraged leaders "to finalize the preparations for the second Summit, including a clear focus on peace and security issues, with a view to adopting a Security, Stability and Development Pact for the countries of the Great Lakes region."

VOA

19 de Janeiro

Governo Angolano Continua a Violar Liberdades

Angola é o único país africano de língua oficial portuguesa mencionado no mais recente relatório da Human Rights Watch sobre o panorama dos Direitos Humanos no mundo.

O relatório começa por referir que, apesar do parlamento angolano ter aprovado um conjunto de medidas legislativas tendentes à criação de um ambiente favorável a realização de eleições livres e justas e por conseguinte a extensão dos direitos civis e políticos dos angolanos, o governo continua a violar os direitos de liberdade de expressão, de associação e de reunião dos cidadãos angolanos.

De acordo com o documento, a carência de recursos, o conflito em redor da posse de terras e uma cada vez mais evidente degradação do clima de frustração entre os antigos guerrilheiros, decorrente do lento processo de reintegração social, têm contribuído para o aumento da tensão política no país.

Refugiados angolanos

Reza o relatório que a lentidão imprimida ao processo de reconstrução, através da canalização de recursos financeiros para as zonas rurais, sobretudo nas áreas tidas como bastiões da oposição ao poder em Angola acaba por aumentar a percepção de que o governo angolano e corrupto e manifestamente desinteressado com o processo de reconciliação nacional, o que, segundo a organização, está a provocar a relutância na comunidade internacional em providenciar ajuda humanitária ao país.

O documento acrescenta, aliás, a pressão internacional para Angola cumprir os direitos humanos e de transparência financeira não foi muita efectiva.

Neste particular, a Human Rights Watch, através do seu director executivo, Kenneth Roth, critica a União Europeia por aquilo que considera de inoperância e de indiferença dos europeus face a casos de violacoes dos Direitos Humanos em África e, em particular, em Angola.

Disse Roth: ´´A União Europeia ignora claramente os casos de abusos dos Direitos Humanos cometidos pelos seus amigos em África. É muito bom e bonito insurgir-se contra o Zimbabwe e considera-lo como um Estado pária. Mas, quando se trata de Angola, da Etiópia, Ruanda e Uganda acabam sempre por fazer vista grossa´´ .

No que tange à liberdade de imprensa, lê-se no documento que o governo do país continua a manter um efectivo controlo sobre as emissões radiofónicas para as áreas rurais e cita o caso da ´´Rádio Ecclesia´´ que continua a ser-lhe negada autorização para o início das emissões a escala nacional.

Vários incidentes são mencionados no documento, como indícios da tendência do governo em limitar o liberdade de expressão, nomeadamente a interdição de um programa da ´´Rádio Nacional´´, depois do seu apresentador ter criticado as autoridades do país, numa entrevista à ´´Rádio Ecclesia´´.

Em Abril, o ministro da Informação angolano avisou os jornalistas do diário estatal ´´Jornal de Angola´´ para não criticarem o Governo e não darem muito espaço à oposição, refere ainda o relatório da organização humanitária.

É na abordagem do conflito em Cabinda que o relatório da Human Rights Watch é mais incisivo. Realça o documento que, apesar do governo central ter declarado como findo o conflito naquele enclave rico em petróleo, Luanda continua a manter uma forte presença militar na província. O exército nega ter em curso uma campanha militar naquela província para tentar eliminar bolsas de resistência dos rebeldes independentistas mas, relata o documento, os abusos cometidos pelos soldados não decresceram.

O relatório faz ainda referência ao brutal assassinato, em Abril do ano passado, de uma criança de três anos e ao sequestro e tortura de elementos afectos a organização cívica Mpalabanda.

A crise envolvendo a Igreja Católica em Cabinda, despoletada em Março do ano passado pela nomeação de um novo bispo para o enclave, merece igualmente referência no relatório, que cita, a propósito, a detenção de um membro do clero local pelas forcas militares e a suspensão de dois outros pela Igreja Católica angolana.

Jornal de Angola

30 de Janeiro

Angola reitera compromisso com a pacificação nos Grandes Lagos

O vice-ministro das Relações Exteriores, George Chicoty, reiterou sexta-feira última , em Nova Iorque, o compromisso do Governo angolano com a pacificação da região dos Grandes Lagos, onde avultam conflitos étnicos e políticos.

Discursando num debate no Conselho de Segurança da ONU , que teve como tema central “Paz, segurança e desenvolvimento na região dos Grandes Lagos”, Chicoty disse estar preocupado com o estado da situação na República Democrática do Congo, mormente as atrocidades cometidas por vários grupos criminosos, nomeadamente violações sexuais, execuções e outros crimes.

Para o diplomata angolano, a soberania e a integridade territorial da República Democrática do Congo deve ser respeitada e preservada.

Relativamente a Angola, George Chicoty disse que o Governo está empenhado na criação de condições na área social e na reintegração de desmobilizados e populações dispersas durante a guerra. O vice-ministro das Relações Exteriores afirmou que o Governo aumentou de 12 para 60 por cento a fatia para o sector social, no Orçamento Geral do Estado.

Chicoty disse ainda que “Angola precisa do apoio da comunidade internacional para melhorar a implementação do seu programa de desminagem e a reabilitação e reconstrução das infra-estruturas económicas”.

George Chicoty acrescentou igualmente que o envio de quatro missões das Nações Unidas aos Estados membros da Conferência dos Grandes Lagos, nomeadamente Burundi, RDC, República Centro-Africana e Sudão deve ser bem capitalizado, pois vai lidar com a questão das fronteiras, incluindo o controlo do embargo de armas na RDC.

O governante disse igualmente que uma solução duradoira dos conflitos em África é necessariamente uma questão de desenvolvimento. “Os países da região estão a trabalhar a nível nacional e internacional com o objectivo de criar mecanismos para reforçar a confiança mútua, com vista a alcançar a paz e estabilidade, sendo o Conselho de Segurança das Nações Unidas o principal parceiro neste desafio”, indicou George Chicoty.

Durante o debate, que contou com a participação de 45 representantes permanentes junto da ONU e 14 ministros e vice-ministros das relações exteriores, o Conselho de Segurança adoptou, por unanimidade, a resolução 1653 (2006).

De acordo com o texto, o Conselho encoraja os líderes “a finalizarem os preparativos para a realização da segunda cimeira sobre os Grandes Lagos, incluindo a necessidade de um engajamento nas questões relativas à paz e segurança, com o objectivo de se adoptar o pacto de segurança, estabilidade e desenvolvimento para os países da região.

Reforço da cooperação entre Estados, protecção das populações e sobretudo desarmamento das milícias e grupos armados são algumas das recomendações do Conselho de Segurança.

O Conselho de Segurança pediu à comunidade internacional para apoiar os esforços de paz e aumentar a ajuda humanitária àquela região que engloba oito países.

O debate contou igualmente com a participação do representante especial do secretário geral para a região dos Grandes Lagos, Ibrahim Fall.

A seguir à sua intervenção, Georges Chicoty concedeu uma audiência à assistente especial do Presidente George W. Bush e directora para os Assuntos Africanos da Casa Branca, Cindy Courville e a Donald Yamamoto , adjunto do assistente do secretário de Estado norte-americano para os Assuntos Africanos, com quem igualmente abordou questões relacionadas com os Grandes Lagos.

Associated Press January 29, 2006

Angolan president says elections unlikely this year due to bad roads

Angolan President Jose Eduardo dos Santos has said that long-awaited general elections are unlikely to take place this year as expected, saying the condition of the country's roads must be improved first.

Dos Santos said the southern African country's road and rail network had to be improved to maximize participation in any future polls, which means they may be delayed until 2007, in an address to members of his ruling party on Friday. "The party must encourage the government to conclude its program of rehabilitation of primary road and rail links in 2007 so that participation in the next polls is considerable, dos Santos said, addressing the central committee of the ruling Popular Movement for the Liberation of Angola.

Elections were initially forecast for 2006 and dos Santos' comments marked the first he has addressed the issue.

Angola's first and last elections were in 1992, when the MPLA emerge victorious. A war broke out afterward when opposition party UNITA, led by the late Jonas Savimbi, rejected the electoral results. The war ended with Savimbi's death in 2002.

BBC

January 28, 2006

Angolan president seeks ruling party support over general elections

Angolan President Eduardo dos Santos has urged the ruling Popular Movement for the Liberation of Angola (MPLA) party to give the government "full support" in the organization of the country's first general elections since 1992. Such support is necessary since Angola is "experiencing a fast and thorough transformation", said the president in an address to the party's Central Committee meeting in the capital Luanda. President Dos Santos also told the delegates that the MPLA "needs a clear, dynamic and focused direction" as 2006 is going to be "a decisive year" as Angola bids to become an economic "heavy weight" in southern Africa.

The following is the text of President Dos Santos' speech published by Angolan news agency; subheadings inserted editorially :

Comrade members of the Central Committee:

We decided in 2005 that at the beginning of each year we should approve the Popular Movement for the Liberation of Angola's (MPLA) action plan and corresponding general budget. That is what we are going to do in this session.

As established in previous preparatory meetings, the documents we are going to assess contain ideas, guidelines and measures that allow the leadership to efficiently carry out the party's affairs.

These documents authorize any member of the executive body and MPLA core members to correctly and timely address all issues concerning the party's internal affairs that need guidance or decisions. They also give members who hold political positions in leadership or management in the state, and especially the government, an important reference framework to outline executive plans that are conducive to applying MPLA policies in all sectors of national life.

Among the general guidelines we are going to adopt are some fundamental and priority tasks, such as assessing and renewing the mandates of the party's intermediary ranks, training for inspectors in the voter registration process and future delegates to the polls, training and managing members and following government activities.

These tasks will be executed over a difficult period in history. The country is experiencing a fast and thorough transformation, in both social and economic sectors, as well as the institutional sector. Citizens and families, in particular, want urgent solutions to problems caused during the war such as unemployment; lack of housing and potable water; difficulties in accessing medical assistance, education and justice.

Under these circumstances and at all levels, the MPLA needs clear, dynamic, and focused direction that is dedicated to resolving these problems, the political and civic education of all citizens and organizing community life.

Since national independence was proclaimed [in 1975], we have organized the management system in both the party and the state. The war did not allow us to conveniently organize our grassroots structure, that is, the villages, the communes, wards, and the rural and urban municipalities.

Thus we have two possible action routes: The first is to continue with the studies and reflection under way in the context of decentralizing administration based on the organizational and functional model of administration in the municipalities and communes in rural and urban areas.

The second is to reconcile and overhaul party leadership from top to bottom so as to bring about renewal to the managing bodies at a commune or municipal level in terms of the statutes.

General elections

In this context members to be chosen or voted for, need good political and technical training.

Having established this chain of direction, we need to perfect our system of information that analyses and handles data on reality in the provinces and respective municipalities in order to improve our ability to be prepared and to respond.

Besides these aspects related to the MPLA's internal being, and its leadership other issues that will dominate the national political agenda are the elections, reconstruction and Angola's development. We all want elections that are transparent and well organized. Elections will be credible and participatory if a free and easy movement of people and goods exists throughout the country, and if voter registration includes all Angolans capable of voting and being elected, without any exception.

In this phase it is fitting for our party to give the government its full support in order to create the conditions to begin and conclude the voter registration as soon as possible so that this can be a comprehensive and transparent process.

Reconstruction

The party should also encourage the government to conclude its programme to rehabilitate the fundamental network of roads and railways in Malanje, Benguela and Mocamedes (Namibe) in 2007, so that a solid participation of all citizens can be attained in the next elections.

I call your attention to the fact that opening these channels of communication is going to be a huge thrust to social and economic development in Angola and central and southern Africa. It will transform our country into a heavy weight economic partner in this region and will give it another political dimension.

Thus we have to prepare conditions so that Angolan companies and public institutions can defend their interests in the best way possible.

As anticipated by the secretariat of the political bureau, better communication from the MPLA's executive bodies on the activities of its members in government will allow monitoring of government and greater focus on the execution of the more urgent tasks identified or still to be identified by the party.

Thus dear comrades, I hope this will be a decisive year in Angola's material and spiritual reconstruction.

May the MPLA through its work and constructive ideas continue to enjoy the confidence of all Angolans.

I also wish much success to this session of the Central Committee which I now declare open.

Lei de Imprensa vai terça-feira a debate na Assembleia Nacional Angop

A Assembleia Nacional reúne-se, em sessão plenária ordinária, na próxima terça-feira, para se pronunciar, entre outros pontos em agenda, sobre a proposta de Lei de Imprensa.

Segundo a ordem de trabalhos, a plenária vai debruçar- se igualmente sobre o projecto de Lei Orgânica da Provedoria de Justiça e o projecto de Estatuto do respectivo Provedor.

A agenda inclui ainda uma movimentação de deputados, um pedido de suspensão do mandato do deputado José António Sabino e três processos de adopção de menores angolanos por cidadãos estrangeiros.

De recordar que antes de ser remetida à plenária, para eventual aprovação, a Lei de Imprensa passou pelo crivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Educação e Cultura, Desporto e Comunicação Social da Assembleia Nacional, que aprovou, no passado dia 17, o respectivo relatório/parecer.

Foi igualmente submetido à discussão pública, de que resultaram contribuições significativas no seu conteúdo, particularmente no tocante à questão do monopólio do Estado sobre a televisão.

O projecto da futura Lei comporta 90 artigos, que conformam um conjunto de garantias para o exercício da liberdade de imprensa, nomeadamente a proibição da censura, o acesso às fontes de informação e os direitos e deveres dos jornalistas.

Fixam-se também mecanismos de auto-regulação da profissão de jornalista, através de um Estatuto e de um Código de Ética e Deontologia, que definem, com clareza, a entidade competente para atribuição da carteira profissional e proíbe o monopólio como forma de prevenir a manipulação da informação.

A Lei de Imprensa é parte integrante do Pacote Legislativo Eleitoral, a par das leis Eleitoral, dos Partidos Políticos, de Registo Eleitoral, de Observação Eleitoral, da Nacionalidade e o Código de Conduta Eleitoral, já promulgados pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Jan 29, 21:22 Fonte:Angop

EUA vão apoiar processo eleitoral em Angola com 2 milhões de dólares

Dois milhões de dólares vão ser dados pelos Estados Unidos ao Governo angolano para apoiar o processo do registo eleitoral, anunciou recentemente, na cidade do Lubango, a embaixadora dos Estados Unidos da América em Angola, Cyntia Effird. Cyntia Effird, que se deslocara à província da Huíla para se inteirar do desenvolvimento do programa de pulverização intra-domiciliar, levado a cabo pela Direcção Provincial da Saúde e financiado pelo Governo norte- -americano , disse que o montante em causa será canalizado quer para o executivo angolano, quer para as organizações não governamentais e sociedade civil que estarão a trabalhar no mesmo processo. “ Vamos dar o montante em causa à comunidade social, partidos políticos e organizações não governamentais que vão organizar o processo eleitoral e que estarão envolvidos directamente no processo eleitoral” , disse a embaixadora. Referindo-se às relações bilaterais entre Angola e os Estados Unidos da América, a embaixadora disse que estas eram “bastante saudáveis ”. Durante a sua estadia na Huíla, Cyntia Effird, além de visitar alguns bairros onde decorre o processo de pulverização intra-domiciliar, visitou igualmente o município da Humpata, que dista a 22 quilómetros a Oeste da cidade do Lubango. Entretanto, cerca de 500 milhões de dólares foram já gastos pelo Governo norte-americano, para ajuda humanitária em Angola. A informação foi fornecida no Lubango pela embaixadora dos Estados Unidos em Angola. Cyntia Effird afirmou que “agora estamos a começar outra fase que é a do desenvolvimento, onde inclui o programa de combate à malária em Angola ”. “ É um grande programa de desenvolvimento e a saúde do povo é um elemento extremamente importante para o desenvolvimento” , afirmou. Acrescentou que Angola é um dos três países prioritários do Governo dos Estados Unidos da América em ajudar no programa de luta contra a malária.

JA Projecto de Lei de Imprensa vai amanhã a debate no Parlamento

A Assembleia Nacional reúne-se amanhã , em sessão plenária ordinária, para discutir o projecto de Lei de Imprensa. Segundo a ordem de trabalhos, a plenária vai se debruçar igualmente sobre o projecto de Lei Orgânica da Provedoria de Justiça e sobre a proposta de estatuto do provedor. A agenda inclui ainda uma discussão sobre uma movimentação de deputados, um pedido de suspensão do mandato do deputado José António Sabino e três processos de adopção de menores angolanos por cidadãos estrangeiros. A Assembleia Nacional irá pronunciar-se sobre a polémica substituição de 16 deputados solicitada pela direcção da UNITA. A solicitação é consequência de uma recomendação do plenário de 16 de Maio de 2005, face a um primeiro pedido da liderança da UNITA , então considerado desconforme com as normas regimentais. Segundo o presidente da Comissão de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar, Armindo Moisés Kassessa, desde os acordos do Luena, em 2002, o figurino do grupo parlamentar da UNITA apresenta-se com um número significativo de deputados suplentes ou não abrangidos pelo apuramento eleitoral de 1992, situação excepcional à qual, segundo ele, urge pôr cobro, para que os titulares tomem os respectivos assentos. Entretanto, o porta-voz dos 16 deputados que podem ser substituídos, Mwanza Wa Mwanza Simão, disse, em recentes declarações públicas, que a medida da direcção da UNITA violava disposições constitucionais e regimentais, tendo indicado que não vão deixar os seus lugares. Antes de ser remetido à plenária, para aprovação, o projecto de Lei de Imprensa passou pelo crivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Educação e Cultura, Desporto e Comunicação Social da Assembleia Nacional, que aprovou, no passado dia 17, um relatório/parecer. O projecto da futura Lei de Imprensa tem 90 artigos, que conformam um conjunto de garantias para o exercício da liberdade de imprensa, nomeadamente a proibição da censura, o acesso às fontes de informação e os direitos e deveres dos jornalistas. Fixam-se também mecanismos de auto-regulação da profissão de jornalista, através de um Estatuto e de um Código de Ética e Deontologia, que definem, com clareza, a entidade competente para atribuição da carteira profissional e proíbem o monopólio como forma de prevenir a manipulação da informação. A Lei de Imprensa é parte integrante do pacote legislativo eleitoral, a par das leis eleitoral, dos partidos políticos, de registo eleitoral, de observação eleitoral, da nacionalidade e do código de conduta eleitoral, já promulgados pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

UPDATED: 14:00, January 29, 2006 Angola holds elections possibly in 2007: president

Angolan President Jose Eduardo dos Santos has hinted that the country's first legislative and presidential elections will not take place until 2007 due to the need to complete rebuilding of roads and rail links before the polls can occur "freely".

Addressing the central committee of the ruling Popular Movement for the Liberation of Angola (MPLA) here on Friday, dos Santos said: "The party must encourage the government to conclude its program of rehabilitation of primary road and rail links in 2007 to that participation by citizens in the next polls is substantial. "

Dos Santos, also the president of MPLA, said Angola's long- awaited legislative and presidential elections will only be " credible" if "free and easy movement of people and goods exists nationwide and if voter registration reaches all Angolans."

Earlier in December, President dos Santos called on the country 's electoral officials to prepare "free, just and transparent" post-civil war elections, urging the National Electoral Commission (CNE) to begin the delayed voter registration process "as quickly as possible."

Opposition parties, led by the National Union for the Total Independence of Angola (UNITA), have accused the government of delaying the elections, allegedly to reap a so-called peace benefit, and demanded the legislative and presidential polls take place by the end of 2006, at the latest.

According to official estimates, about seven million of the country's 13.8 million people are eligible to vote. The elections will be the first in Angola since a peace accord was signed in 2002, ending 27 years of civil war that claimed an estimated 500, 000 lives since independence from Portugal in 1975.

The last elections in Angola were in 1992 during a ceasefire between the ruling MPLA and former UNITA rebels, who returned to the bush after alleging fraud in a second round of voting in presidential elections.

Source: Xinhua

Angola: '06 polls unlikely 29/01/2006 21:28 - (SA)

Luanda - Angolan President Jose Eduardo dos Santos has said that long-awaited general elections are unlikely to take place this year as expected, saying the condition of the country's roads must be improved first.

Dos Santos said the southern African country's road and rail network had to be improved to maximise participation in any future polls, which means they may be delayed until 2007, in an address to members of his ruling party on Friday.

"The party must encourage the government to conclude its program of rehabilitation of primary road and rail links in 2007 so that participation in the next polls is considerable, dos Santos said, addressing the central committee of the ruling Popular Movement for the Liberation of Angola.

Elections were initially forecast for 2006 and dos Santos's comments marked the first he has addressed the issue.

Angola's first - and last - elections were in 1992, when the MPLA emerge victorious.

A war broke out afterward when opposition party Unita, led by the late Jonas Savimbi, rejected the electoral results.

The war ended with Savimbi's death in 2002.

Nacionais vão abastecer petrolíferas

À par de angolanização, a Sonangol tem implementado o projecto de desenvolvimento da Participação Nacional na Indústria Petrolífera (PNIP), visando a integração de empresas nacionais no fornecimento de bens e serviços nos Petróleos, ao contrário do que tem acontecido, até ao momento, em que as companhias recorrem ao estrangeiro para aquisição de todos os produtos necessários. A legislação nacional obriga as empresas petrolíferas a adquirirem no país os bens de consumo necessários ao exercício das suas actividades vitais, como consumíveis, alimentação, equipamento, maquinarias e demais bens de produção. No entanto, as empresas relevam incapacidade técnica e financeira para assegurar a logística de uma indústria tão exigente como a dos petróleos. Criado em 2002, o projecto começou a ser implementado em 2004, tendo como meta a maximização de receitas nacionais, a transferência de tecnologias e a redução da dependência externa. O projecto tem já inscrito 30 empresas nacionais que concorrem para a indústria petrolífera. Deste número, serão seleccionadas 15 empresas para participarem nos concursos que serão lançados pelas companhias no decurso deste ano. Com efeito, o PNIP promoveu já acções de formação a essas empresas, uma actividade que vai continuar este ano, impulsionada pelo Centro de Apoio Empresarial (CAE), inaugurado em Setembro último, em Luanda. O CAE está vocacionado para o fornecimento de assistência técnica e empresarial especializada a nível individual para cada empresa, bem como prestar formação nas áreas de gestão de qualidade, contratos, saúde, segurança e ambiente. Para ajudar os empresários angolanos a ultrapassarem as debilidades contratuais, o PNIP comporta o Fundo do Investimento Petrolífero, formação técnico profissional, desenvolvimento industrial e competitividade de custos, esforço de cooperação entre companhias petrolíferas, bem como a acção governamental.

Jan 28, 16:19 Fonte:Jornal de Angola

Parlamento pronuncia-se sobre substituição de 16 deputados da UNITA

Luanda, 30/01 - A Assembleia Nacional vai pronunciar- se, terça-feira, sobre o pedido de substituição de 16 deputados da bancada da UINTA, solicitada pela sua direcção, no quadro do processo de regularização do grupo parlamentar deste partido.

Esta solicitação resultou da recomendação do plenário de 16 de Maio de 2005, face a um primeiro pedido da mesma liderança, então considerado desconforme com as normas regimentais, já que privilegiava deputados suplentes em detrimento de efectivos.

Segundo o presidente da Comissão de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar, Armindo Moisés Kassessa, desde os acordos de Luena, em 2002, o figurino do grupo parlamentar da UNITA apresenta-se com um maior número de deputados suplentes ou não abrangidos pelo apuramento eleitoral de 1992, situação excepcional a qual urge pôr cobro, a favor dos titulares dos respectivos assentos.

Mwanza Wa Mwanza Simão, um dos 16 deputados abrangidos, em nome dos seus colegas, considerou que a medida viola as disposições constitucionais e regimentais pertinentes, sublinhando a disposição dos visados em não arredar dos lugares.

Nesta sessão vai ainda analisar-se a proposta de Lei de Imprensa, os projectos de Lei Orgânica da Provedoria de Justiça e de Estatuto do respectivo provedor, o pedido de suspensão do mandato do deputado José António Sabino e três processos de adopção de menores angolanos, por cidadãos estrangeiros.

Petróleo investe 89 milhões de dólares

Alberto Cafussa

O sector petrolífero investiu mais de 89 milhões de dólares na formação de quadros nacionais, nos últimos dois anos, no âmbito do processo de angolanização, que visa integrar mais angolanos na indústria petrolífera. Para essa cifra, as companhias tiveram uma contribuição de 42 milhões de dólares, enquanto o Ministério dos Petróleos despendeu 47 milhões de dólares. Até ao momento, de acordo com dados da directora Nacional dos Recursos Humanos, do Ministério dos Petróleos, Manuela Coelho, as companhias petrolíferas estrangeiras, que operam no país, absorvem um total de 4 mil e 295 angolanos, ocupando já 100 por cento (1651) na base, 97 por cento (1600) na escala média e 55 por cento (1044) no topo. Manuela Coelho re-conheceu, no entanto, que as companhias petrolíferas têm questionado a competência dos técnicos nacionais, daí que eles beneficiem de cursos de superação, tanto dentro quanto no exterior do país. Na ocasião, o ministro dos Petróleos, Desidério Costa, defendeu a neces- sidade de os quadros nacionais formados para os Petróleos serem empregues no sector, em função da sua capacidade técnica, evitando, como tem acontecido, que indivíduos formados estejam no desemprego. O VIII Conselho Consultivo, que decorre na cidade de Ondjiva (Cunene) desde quarta-feira, discute ainda a questão da política salarial na indústria petrolífera, marcada pela diferença entre técnicos nacionais e estrangeiros. Para se ter uma ideia, a nível de gestores, a disparidade é de 10,47 mil para 11,97 mil dólares, respectivamente para nacionais e estrangeiros; para os técnicos superiores, o salário varia de 2,8 mil para 3,9 mil dólares. Os custos com expatriação incluem o salário base, taxa de expatriação e seguros, bem como benefícios e custo de assistência técnica, enquanto para os nacionais só salário base e benefícios. Para se reduzirem as assimetrias, o Ministério dos Petróleos está a trabalhar na nova política salarial na indústria petrolífera, depois de visitas realizadas a França, Brasil e Gabão.

NovoBanco prevê emprestar 12 milhões de dólares este ano

Luanda, 25/01 - O NovoBanco prevê disponibilizar, este ano, créditos no valor de 12 milhões de dólares a micro empresas e a agregados familiares, anunciou, em Luanda, o seu presidente do Conselho de Administração, Koen Wasmus.

Em declarações à Angop, Koen Wasmus adiantou que, apesar do plano para este ano não estar concluído, a verba poderá aumentar para 15 milhões, caso as exigências do mercado assim o determinem.

Com um total de nove mil e quinhentos clientes, o NovoBanco possui todos os serviços que os demais bancos comerciais possuem, sendo o produto financeiro mais recente a conta poupança para crianças.

Para Koen Wasmus, o seu banco é dos únicos em Angola que pratica um juro atractivo. A título de exemplo, disse que um depósito em kwanzas a prazo fixo rende 30 por cento, acrescentando ser fácil abrir uma conta na sua instituição, necessitando somente que o interessado esteja na posse de um bilhete de identidade, pois não se exigem saldos mínimos nem custos mensais.

De acordo com o administrador, o NovoBanco tem perspectiva de entrar nas áreas rurais, já que se está na última fase das ajudas humanitárias, mas alertou para a necessidade de se ter uma base financeira forte, porque nestas zonas "os riscos são mais altos". Acrescentou que a sua rede tem tido sucesso em crédito rural nos outros países.

O NovoBanco, que tem a sua sede no município do Sambizanga, existe em Angola desde Agosto do ano passado.

Íntegra do discurso do Presidente do MPLA na abertura da reunião do Comité Central

Foto Angop Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, durante o discurso, na reunião do Comité Central

Luanda, 27 de Janeiro de 2006

CAMARADAS MEMBROS DO COMITÉ CENTRAL

Decidimos em 2005 que no início de cada ano devemos aprovar o respectivo Plano de Actividades e o correspondente Orçamento Geral do Partido. Isto é o que vamos fazer na presente sessão.

Como constataram nas reuniões preparatórias que realizaram, os documentos que vamos apreciar contêm as ideias, orientações e medidas que permitem à Direcção do Partido exercer a sua liderança com eficiência na condução dos destinos do partido.

Eles habilitam qualquer membro do Órgão Executivo e os quadros do Aparelho do Partido a tratar correctamente e em tempo oportuno de todas as questões da vida interna do partido que careçam de orientação ou decisão.

Proporcionam também aos militantes que exercem cargos políticos e de direcção e chefia, no Estado e no Governo em particular, um importante quadro de referência para delinear planos executivos conducentes à aplicação da política do MPLA em todos os domínios da vida nacional.

Das orientações gerais que vamos adoptar decorrem tarefas prioritárias e fundamentais, tais como o balanço e renovação dos mandatos nos escalões intermédios do partido, a formação dos fiscais para o registo eleitoral e dos futuros delegados das listas do acto eleitoral, a formação, capacitação e gestão de quadros e o acompanhamento da acção do Governo.

São tarefas que serão executadas num momento histórico difícil. O país está em rápida e profunda transformação, quer no domínio económico e social quer no domínio institucional. Os cidadãos e as famílias, em particular, querem soluções urgentes para os problemas acumulados sem solução durante os anos de guerra, como o desemprego, a falta de habitação e de água potável as dificuldades de acesso à assistência médica, ao ensino e à justiça, etc.

Nestas circunstâncias, o MPLA precisa em todos os escalões de uma direcção esclarecida e dinâmica, que se dedique com espírito militante e de missão à resolução dos problemas, à educação política e cívica dos cidadãos e à organização da vida das comunidades.

Desde a proclamação da Independência Nacional temos organizado o sistema de direcção, quer no partido quer no Estado, de cima para baixo. A guerra não permitiu, entretanto, que organizássemos convenientemente as nossas estruturas na base, isto é, nas povoações, nos kimbos, nas comunas, bairros e municípios rurais e urbanos.

Temos assim duas direcções de trabalho. A primeira é continuar os estudos e reflexões em curso, no âmbito da desconcentração e descentralização administrativa, sobre o modelo de organização e funcionamento da administração nos municípios e comunas nas áreas rurais e urbanas. A segunda é harmonizar e actualizar a cadeia de Direcção do Partido do topo à base, realizando a renovação dos órgãos dirigentes a nível da comuna e do município, nos termos dos Estatutos.

Nesta perspectiva, os militantes a escolher ou a eleger devem ter boa formação política e técnica.

Estabelecida essa cadeia de direcção, deveremos aperfeiçoar o nosso sistema de informação, análise e tratamento de dados sobre a realidade das províncias e dos respectivos municípios, por forma a melhorar a nossa capacidade de previsão e resposta.

Além dos aspectos atinentes à vida interna do Partido e à sua liderança do processo político, outros assuntos que vão dominar a Agenda Política Nacional são as eleições e a reconstrução e o desenvolvimento de Angola.

Todos queremos eleições transparentes e bem organizadas. As eleições serão credíveis e participativas se houver possibilidade de circulação livre e fácil de pessoas e bens em todo o território nacional e se o registo dos eleitores abranger todos os angolanos com capacidade para eleger e ser eleito sem qualquer exclusão.

Ao nosso Partido cabe em primeiro lugar, nesta fase, dar todo o apoio ao Governo no sentido deste criar as condições para iniciar e concluir tão depressa quanto possível o processo de registo eleitoral e para que este seja abrangente e transparente.

Por outro lado, o Partido deve encorajar igualmente o Governo a concluir como prevê a execução do seu Programa de reabilitação da rede fundamental de estradas e dos caminhos-de-ferro de Malanje, Benguela e Moçâmedes (Namibe) em 2007, para que a participação dos cidadãos nas próximas eleições seja massiva.

Chamo a vossa atenção para o facto que a abertura destas vias de comunicação vai dar um grande impulso ao desenvolvimento económico e social de Angola e também da África Central e Austral e transformará o nosso país num parceiro económico de grande peso nesta região, dando-lhe também outra dimensão política.

Assim, temos que preparar as condições para que as empresas angolanas e as instituições públicas possam defender da melhor forma possível os nossos interesses.

A melhor articulação dos órgãos executivos do Partido com a acção dos seus militantes no Governo, prevista pelo Secretariado do Bureau Político, vai permitir fazer um acompanhamento mais regular do Governo e centrar a sua actuação na execução das tarefas mais urgentes identificadas ou a identificar pelo Partido.

Assim, Caros Camaradas, desejo que este seja um ano determinante no processo de reconstrução material e espiritual de Angola.

Que o MPLA continue a merecer a confiança dos angolanos pelo seu trabalho e pelas suas ideias construtivas.

Desejo igualmente muitos êxitos à presente Sessão do Comité Central, que declaro aberta.

Lei de Imprensa vai terça-feira a debate na Assembleia Nacional

Luanda, 27/01 - A Assembleia Nacional reúne-se, em sessão plenária ordinária, na próxima terça-feira, para se pronunciar, entre outros pontos da sua agenda, sobre a proposta de Lei de Imprensa.

Segundo a proposta de ordem de trabalhos, a plenária vai debruçar-se igualmente sobre o projecto de Lei Orgânica da Provedoria de Justiça e o projecto de Estatuto do respectivo Provedor.

A agenda inclui ainda uma movimentação de deputados, um pedido de suspensão do mandato do deputado José António Sabino e três processos de adopção de menores angolanos por cidadãos estrangeiros.

De recordar que antes de ser remetida à plenária, para eventual aprovação, a Lei de Imprensa passou pelo crivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Educação e Cultura, Desporto e Comunicação Social da Assembleia Nacional, que aprovou, no passado dia 17, o respectivo relatório/parecer.

Antes de ir ao Parlamento, o Governo submeteu o projecto à discussão pública, de que resultaram contribuições significativas no seu conteúdo, particularmente no tocante à questão do monopólio do Estado sobre a televisão.

O projecto da futura Lei comporta 90 artigos. Ela estabelece um conjunto de garantias ao exercício da liberdade de imprensa, nomeadamente a proibição da censura, o acesso às fontes de informação e os direitos e deveres dos jornalistas.

O projecto fixa também mecanismos de auto-regulação da profissão de jornalista, através de um Estatuto e de um Código de Ética e Deontologia, define com clareza a entidade competente para atribuição da carteira profissional e proíbe o monopólio como forma de prevenir a manipulação da informação.

A Lei de Imprensa é parte integrante do Pacote Legislativo Eleitoral, a par das leis Eleitoral, dos Partidos Políticos, de Registo Eleitoral, de Observação Eleitoral, da Nacionalidade e o Código de Conduta Eleitoral, já promulgados pelo Presidente da República.

Reabilitação de infra-estruras domina cooperação com a República Checa

Foto Angop Ministro angolano das Relações Exteriores, João Miranda

Luanda, 27/01 - A construção de centrais hidroeléctricas, a reabilitação de estradas, pontes, escolas e hospitais, constituem os sectores prioritários para o arranque da cooperação entre Angola e a República Checa, disse hoje a noite, em Luanda, o ministro angolano das Relações Exteriores, João Miranda.

O chefe da diplomacia angolana prestou esta informação durante uma conferência de imprensa, realizada hoje após o acto de assinatura de dois memorandos que estabelecem as balizas desta fase inicial da cooperação entre os dois países. O ministro checo rubricou o documento e colocou-se a disposição da imprensa.

Um desses documentos é de natureza político-diplomático e prevê consultas regulares entre os dois ministérios, com vista à apreciarem o estado da cooperação bilateral, bem como abordar os principais temas da política internacional.

O segundo refere-se a cooperação de desenvolvimento, onde estão definidas as acções que a República Checa se predispõe a implementar em Angola, através do envio de peritos para a execução de projectos, concessão de bolsas de estudo em Angola e na República Checa.

Por sua vez, o ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Ciryl Svoboda, disse que o seu governo está disponível a cooperar com Angola no domínio da comunicação social, meio ambiente, pescas, petróleo e na prospecção geológica.

Explicou que o objectivo da sua visita não foi a de assinar acordos, mas a de preparar as condições para que isso aconteça o mais rápido possível.

Entretanto, garantiu que a partir de hoje serão implementados vários projectos, sendo dois para a província do Bié, na área da formação agrícola e no ensino de base.

Esses projectos, explicou o ministro europeu, estão avaliados em um milhão de dólares e destinam-se a fase inicial do relançamento da cooperação bilateral.

Em Angola desde quarta-feira, Ciryl Svoboda foi recebido na manhã de hoje pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, com quem abordou o estado das relações entre os dois países.

Depois do encontro com o Chefe de Estado Angolano, a delegação checa partiu para o província do Bié, que alberga um projecto agrícola, sustentado pelo seu país.

Na quinta-feira, na sessão de abertura das conversações oficiais entre Angola e a República Checa, o ministro Ciryl Svoboda solicitou o apoio do Governo angolano para a candidatura do seu país a membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para o período de 2008- 2009.

De igual modo, solicitou a reabertura da embaixada angolana na cidade de Praga, capital da República Checa.

A partida do governante checo está prevista para sábado.

Delegações ministeriais de Angola e da República Checa iniciam conversações

Luanda, 26/01 - Angola e a República Checa iniciam hoje, em Luanda, conversações oficias, em cumprimento da visita, de três dias ao país, de uma delegação do país europeu, chefiada pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Cyril Svoboda, desde quarta-feira nesta capital.

A convite do seu homólogo angolano, João Bernardo de Miranda, a estadia tem com o objectivo perspectivar formas de aprofundar as relações de cooperação bilateral.

O chefe da diplomacia checa tem agendada audiência com o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, além de encontros com os ministros da Educação e da Agricultura, Burity da Silva e Gilberto Buta Lutukuta, respectivamente. Cyril Svoboda vai deslocar-se à província do Bié, onde visitará o Instituto Médio Agrário, o Centro de Desminagem e outros locais de interesse sócio-económico, segundo programa divulgado pelo MIREX. Enquanto isso, dezenas de empresários, integrantes da delegação checa, estabelecerão contactos com homólogos angolanos, para estudo de parcerias e viabilidade de projectos.

Empresários checos vão investir na construção de estradas

Luanda, 26/01 - Empresários checos estão interessados em investir, em Angola, nos sectores da construção de estradas, energia e na indústria transformadora, afirmou hoje, em Luanda, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiro da República Checa, Pavel Svoboda.

Em declarações à imprensa, a margem do seminário sobre "O sistema de investimento privado em Angola, o diplomata referiu que os empresários checos vieram a Angola a procura de estabelecer parcerias com investidores angolanos, com vista a desenvolverem as suas actividades.

Pavel Svoboda salientou que os homens de negócios do seu país vão estudar sobre potenciais áreas de investimento em Angola, assim como restabelecer "as boas relações existentes entre Angola e a República Checa".

O responsável checo realçou que as potencialidades turísticas de Angola constituem uma mais valia, porquanto o seu país, do ponto de vista económico, depende do turismo.

"A República Checa é visitada anualmente por sete milhões de turistas de vários países, apesar de sermos um país com uma população de apenas 10 milhões de habitantes", indicou.

Na ocasião, o vice-ministro angolano da Hotelaria e Turismo, Paulino Baptista, participante ao evento, disse que o seu ministério informou à delegação checa sobre as necessidades do país, relativamente à reabilitação e construção de raiz da sua rede hoteleira, assim como abordou com os empresários checos os produtos turísticos que Angola pode oferecer.

Do prévio contacto estabelecido com a parte checa, acrescentou, a delegação checa convidou uma delegação angolana do Ministério da Hotelaria e Turismo a participar numa feira de turismo, a ser realizada dia 22 Fevereiro, em Praga (República Checa).

Os dirigentes checos pediram igualmente uma visita recíproca de turistas angolanos à República Checa, assim como visitantes checos a Angola.

Durante o encontro, a delegação checa abordou com o representante da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), Ari Carvalho, sobre as formas de se investir em Angola, os principais pólos de desenvolvimento do país, o valor mínimo (cinco milhões de dólares) para se fazer investimentos e os requisitos e pressupostos legais a cumprir.

No encontro, promovido pela ANIP no quadro da estadia no país de uma delegação da República Checa composta por governantes e 20 empresários de diferentes ramos de actividades, foram abordados temas como "Os efeitos do turismo após os acordos de assinatura da paz", "Estatísticas e conclusões do turismo em Angola".

"A política de atracção de investimentos para o sector agro-pecuário/oportunidades de negócios" foi outro tema abordado com os dezasseis empresários checos ligados, entre outros, aos ramos da construção, indústria, agricultura, tratamento de água, lixo, fábricas de cimento e açúcar, construções e equipamentos para aeroportos, reparo e modernização das tecnologias dos aviões.

República Checa prioriza cooperação nas áreas de desenvolvimento

Luanda, 26/01 - O ministro dos Negócios Estrangeiros da República Checa, Cyril Svoboda, disse quarta-feira, em Luanda, que o seu país vai priorizar, nas suas relações de cooperação com Angola, os sectores de desenvolvimento como educação, economia e comércio.

Em declarações à imprensa, no Aeroporto "4 de Fevereiro", momentos após a sua chegada ao país para uma visita de quatro dias, o diplomata referiu que os ramos da indústria petrolífera, meio ambiente e construção civil constam das áreas que o seu país quer investir em Angola.

"Nesta visita, acompanham-me vários directores-gerais das empresas mais importantes da República Checa preparados para fazer investimentos em Angola de forma directa ou indirecta, em cooperação com instituições de países membros da União Europeia, o que constitui um desafio para os nossos empresários", salientou.

De acordo com Cyril Svoboda, as relações entre Angola e a República Checa são históricas, visto que as mesmas existem desde a então República da Checoslováquia e abrangia um vasto campo de acções.

"Há laços de cooperação e amizade muito fortes entre a República Checa e Angola, desde quando era ainda República Checoslováquia, e não se pode esquecer que cerca de mil angolanos estudaram neste país, aspecto demonstrativo do número de angolanos que falam e têm uma relação afectiva com este povo", justificou.

Segundo o ministro, Angola faz parte de oito países que constam de uma lista de prioridades de assistência da República Checa para o seu desenvolvimento.

"Vamos fazer tudo para que Angola tenha um desenvolvimento social rápido e eficiente, por isso queremos que haja mais angolanos a estudarem e formarem-se na República Checa", frisou.

Cyril Svoboda, que será recebido pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, vai manter contactos com várias entidades do governo angolano, além de uma visita à província do Bié.

A delegação checa, que está a efectuar um périplo por alguns africanos, designadamente Namíbia, Tanzânia e Nigéria, além de Angola foi recebida pelo Ministro das Relações Exteriores de Angola, João Miranda.

Mais de 97 mil ex-militares da UNITA já foram desmobilizados Angop

O director do Instituto de Reintegração Sócio- Profissional dos Ex-Militares (IRSEM), o general António Francisco de Andrade, revelou hoje que até ao momento 97.138 efectivos das ex-forças militares da Unita já se encontram desmobilizados e outros 3.940 serão licenciados muito em breve, pelas Forças Armadas Angolanas (FAA), dos 33.000 previstos.

Falando durante uma palestra sobre o processo de desmobilização e reintegração, dirigida a adidos de defesas acreditados em Angola, o general referiu que o processo cumpre etapas de planificação, que tendem a uma inserção/reintegração social e económica sem sobressaltos.

"A efectivação do Programa Geral de Desmobilização e Reintegração (PGDR) obedeceu a uma negociação demorada (um ano) entre o Governo e o Banco Mundial, que lidera a comparticipação financeira da comunidade internacional, tendo-se tornado efectivo somente a 02 de Março de 2004", disse o director do IRSEM.

Esclareceu, por outro lado, que o Governo de Angola, no esforço de assegurar a paz, minimizar os custos de aquartelamento, facilitar a recuperação económica nas áreas rurais e reduzir os riscos de insegurança, realizou o processo de desmobilização com fundos próprios, reservando a componente da reintegração para o PGDR".

Segundo ele, enquanto se finalizava o cumprimento dos pressupostos políticos que definiam a elegibilidade do PGDR no contexto regional e dos doadores, em conjunto com o PNUD, o IRSEM executou um projecto-piloto, que serviu de antecâmara à execução do actual programa.

O projecto-piloto incluiu o treinamento das equipes provinciais e central do IRSEM na realização de estudos de oportunidades de mercado, testando ferramentas, procedimentos e metodologias, na sequência dos quais foram identificados e desenvolvidos sub-projectos pilotos de reintegração.

Relativamente às actividades de mobilização desenvolvidas pelo instituto junto de algumas potenciais fontes de financiamento, o projecto teve a participação da Cooperação Espanhola que, numa primeira fase, disponibilizou cerca de 120 mil dólares, montante aplicado nos projectos de reabilitação de cinco escolas de aprendizagem de artes e ofícios, tutelados por missões religiosas.

Por seu lado, o Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) fez uma doação de cinco milhões de dólares, para o apoio aos grupos vulneráveis em Angola.

O responsável militar explicou que a assistência fornecida, no quadro do projecto, consiste no fornecimento de recursos para a actividade agrícola, apoio técnico, em matéria de melhoria da produtividade e utilização dos solos e outros recursos.

O apoio à auto-organização dos ex-militares, em associações e grupos, que permitam a maximização dos recursos distribuídos e elevem a sustentabilidade das explorações e o fornecimento de pequenas espécies (aves e caprinos) para a melhoria do rendimento das famílias também está contemplado.

Garante, igualmente, a formação profissional, apoio a actividades geradoras de rendimento não agrícolas, através da distribuição de conjuntos de ferramentas e da concessão de pequenos apoios financeiros (fundo de maneio) e o fomento da comercialização justa de produtos, sobretudo agrícolas.

Cerca de 100 projectos foram submetidos ao IRSEM, dos quais 72 foram aceites pelas Comissões de Avaliação e Aprovação de Projectos.

O Instituto de Reintegração Sócio Profissional dos Ex- militares foi criado à luz do Decreto/Lei Nº7/95 de 14 de Abril. Tem como tarefas desmobilizar cerca de 105.000 militares das ex-FMU e 33.000 das FAA, apoiar a reintegração social e económica de todos os desmobilizados e facilitar a realocação das despesas militares do Governo de Angola para os sectores sociais e económicos.

Jan 27, 02:21 Fonte:Angop

Brasil: Governante reitera que Angola não financiou o "Mensalão" Angop

O ministro brasileiro da Fazenda, António Palocci, reiterou hoje que Angola não financiou o "Mensalão" nem o Partido dos Trabalhadores (PT, no poder) e advertiu que seja posto fim a tais "afirmações infundadas sob o risco de prejudicar as excelentes relações que mantemos com o Governo angolano".

Respondendo as perguntas dos senadores, integrantes da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) dos Bingos, onde foi convidado a depor a cerca das denúncias sobre alegadas irregularidades na sua administração como prefeito de Ribeirão Preto, em 1998, aquele governante brasileiro enfatizou que "não se deve falar de Caso Angola".

"Não vamos transformar um problema particular de uma empresa brasileira que exportou bens alimentares ou fez parceria com outra angolana num Caso Angola, pois isso mexe com o relacionamento que o Brasil tem com um Estado.

“ Angola é um país que nós respeitamos e que está a pagar a sua dívida para com o nosso país ”, frisou.

Esta é a terceira vez que António Palocci refuta afirmações que procuram estabelecer uma ligação entre o chamado escândalo do "Mensalão" (de compra de votos de deputados na Câmara), e o caixa dois do PT (fundos não autorizados para a campanha eleitoral do partido e do Presidente Luiz Inâcio Lula da Silva) e o Governo angolano.

A primeira ocorreu em Novembro do ano passado durante uma sessão com senadores sobre as mesmas razões a segunda em entrevista à imprensa.

Deste modo, o governante brasileiro aproveitou para esclarecer que o relacionamento inter-governamental entre Angola e o Brasil, não começou com o Governo do PT.

Para ele, "quando o PT chegou ao Governo, o Governo angolano, no relacionamento normal que estabelece com o nosso Estado, solicitou que fossem aumentadas as linhas de crédito anteriores de que já se beneficiava, e o nosso Governo disse que não se opunha, mas que primeiro dever-se-ia proceder ao escalonamento da dívida existente para com o Brasil", referiu.

Palocci acrescentou, tal foi feito e, em seguida, "reforçou-se o crédito e Angola está a pagar a sua dívida para com o Brasil. Agora, não devemos confundir nem transformar um problema de exportação de produtos de uma empresa, o que é absolutamente normal, num Caso Angola", concluiu.

Jan 27, 02:11 Fonte:Angop

Chevron anuncia produção de petróleo do projecto Benguela-Belize-Tomboco

Luanda, 26/01 - A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) e a Cabinda Gulf Oil Company ( Cabgoc), operadoras do Bloco 14, iniciaram a produção do campo Belize, parte do projecto Benguela-Belize e Lobito-Tomboco (BBLT), localizado na concessão do mesmo Bloco, na província de Cabinda.

Segundo um documento chegado hoje à Angop, o projecto BBLT, localizado a 80 quilómetros da costa, está a ser desenvolvido em duas fases. A fase I compreende o desenvolvimento dos campos Lobito e Tomboco através de ligações submarinas às instalações integradas de sondagem e produção do Benguela-Belize.

Prevê-se que o início de produção da fase II do Projecto BBLT, que compreende os campos Lobito e Tomboco, ocorra em 2007 e que a produção anual combinada do projecto atinja os 200 mil barris de petróleo por dia.

A Cabinda Gulf Oil Company ( Cabgoc) é a operadora do Bloco 14, com 31 por cento de participação, e tem como associadas a Sonangol Pesquisa e Produção, com 20%, Total E&P Angola (20%), ENI Angola Exploration B.V (20%) e a Galp- Exploration com 9%.

Galp duplica produção diária de petróleo com mais um campo em Angola Lusa

A entrada hoje em produção do campo "Belize", no Bloco 14, em Angola, vai permitir à Galp Energia duplicar a sua produção diária de 5.000 para 10.000 barris de petróleo, anunciou a petrolífera em comunicado.

O objectivo da empresa é atingir, a médio prazo, uma produção própria de 80 a 100 mil barris de petróleo por dia, correspondentes a 30 por cento da capacidade de refinação da Galp, refere em comunicado o presidente executivo, José Marques Gonçalves.

O reforço da área da exploração e produção de petróleo é uma das componentes principais da estratégia de crescimento que foi apresentada para a Galp por parte da actual comissão executiva.

O Campo "Belize", do complexo Benguela-Belize-Lobito- Tomboco (BBLT), que se situa nas águas profundas de Angola, faz parte do Bloco 14, onde desde Dezembro de 1999 se encontra em produção o Campo "Kuito".

A segunda fase do projecto, que compreende os Campos Lobito e Tomboco tem arranque previsto para Julho deste ano.

A Galp Energia estima que a produção anual combinada do complexo BBLT atinja os 200.000 barris de petróleo por dia em 2009, altura em que deverá passar a caber à Galp Energia uma fatia de cerca de 18.000 barris diários.

O complexo Benguela-Belize-Lobito-Tomboco faz parte do Bloco 14, o qual cobre uma área de 4.000 quilómetros quadrados de águas profundas e ultra-profundas (entre 180 e 1800 metros de profundidade).

Com uma altura total de 512 metros, a plataforma deste complexo é uma das estruturas mais altas do mundo.

A Galp Energia detém uma participação de nove por cento no Bloco 14, onde a operação está a cargo da Chevron com uma participação de 31 por cento, sendo as restantes associadas a Sonangol, a Total e a ENI, cada uma com 20 por cento.

Na exploração offshore (no mar), além do Bloco 14, a Galp Energia está presente também no Bloco 33 (cinco por cento) e no Bloco 32 (cinco por cento).

Ainda em Angola, em terra (onshore), a Galp Energia detém uma participação de 20 por cento no Bloco Cabinda Centro, cuja fase de pesquisa já se iniciou.

A estratégia de exploração e produção da Galp Energia assenta também no Brasil, onde a empresa detém um total de participações em 54 blocos, 30 dos quais adquiridos muito recentemente.

Dez blocos estão localizados em águas profundas e 44 em terra, cabendo à Galp Energia a responsabilidade da operação em 29 destes blocos terrestres, onde detém 50 por cento de participação.

Jan 25, 20:52 Fonte:Lusa PR Newswire US

January 24, 2006

Chevron Announces First Oil Production From Benguela-Belize Development, Deepwater Block 14, Offshore Angola

Chevron Corporation announced today that its subsidiary Cabinda Gulf Oil Co. Ltd. (CABGOC) commenced oil production from the Belize Field, in deepwater Block 14 offshore Angola.

The Benguela, Belize, Lobito and Tomboco fields form the BBLT Development, one of Chevron's "Big 5" projects. BBLT is the first of the Big 5 projects to reach this significant production milestone. In December 2005, the Benguela Belize drilling and production platform in Angola was awarded Project of the Year by the Offshore Energy Association.

"Chevron is proud to take a leading role in developing Angola's natural resources, particularly in the deepwater," said John Watson, president, Chevron International Exploration and Production Co. "The project team successfully managed the engineering challenges within budget, ahead of schedule and, most important, in a safe manner. Benguela Belize clearly demonstrates the company's ability to select and execute major capital projects."

The BBLT Development, located approximately 50 miles (80 kilometers) offshore in approximately 1,300 feet (396 meters) of water, is being developed in two phases. Phase 1 -- Benguela Belize -- combines an integrated drilling and production platform hub facility supported by a compliant piled tower. The compliant piled tower is the first application of this structural technology outside the U.S. Gulf of Mexico. Phase 2 -- Lobito Tomboco -- will produce via subsea wells tied into the central production hub.

"Production will continue to ramp up as additional planned wells and fields are brought into production over the next two years. The project's daily peak production is expected to reach about 200,000 barrels of oil per day," said Jim Blackwell, Chevron's managing director of the Southern Africa strategic business unit.

The BBLT facilities were constructed in Angola, Korea, Europe and the United States, and have been successfully installed and commissioned.

Cabinda Gulf Oil Co. Ltd. is the operator of the Block 14 contractor group, which is comprised of the following companies:

Cabinda Gulf Oil Co. Ltd. (31%)

Sonangol Pesquisa & Producao, SARL (20%)

ENI Angola Exploration BV (20%)

TotalFinaElf Exploration & Production, Angola (20%)

Galp-Exploracao e Producao Petrolifera, Ltd. (9%)

Chevron is one of the largest producers in Angola and the first to produce in deepwater. The company has an interest in four concessions adding up to 4,700 square miles (12,172 sq. km). Block 14 is situated within the Lower Congo Basin, offshore Angola. It covers approximately 1,500 square miles (4,000 square kilometers), in water depths extending from approximately 600 to 6,000 feet (180 to 1,800 meters).

Here are a few details about Benguela-Belize Lobito Tomboco (BBLT) delays. The last time my chap checked was a couple of weeks ago, so it is possible something new has happened, though I am pretty sure that this stuff covers what you are after and he would have heard if anything major had happened.

The problems are technical, and the delays are of the order of several weeks/few months, as well as the fact that the initial rate of rise of production is going to be somewhat slower than expected. We are talking about a four-oilfield complex in the farth north of Block 14, near to the (producing) Kuito oilfield, and starting up (separately from Kuito) in two parts: first, Benguela-Belize (using a compliant tower), and second Lobito-Tomboco, which will be hooked up to that several months later once production is underway from the first two. This was supposed to start up in December producing oil from 3 or 4 wells, now it looks as if it is going to start up instead this month (January) from a single well, with the other two or three wells being brought on stream in February or March; the overall delay is probably worth more than two or three months though because of the more gentle production ramp-up at start-up the effective delay in terms of lost oil barrels is a bit bigger than that. Part of the problem was related to the new rig – a compliant tower on Benguela- Belize which is a very new design – there was a problem with this topside (don’t know the details) and that has now apparenlty been solved. Then there was another problem related to the completion of a well – there was some equipment which was supposed to go down and do something underground (not sure exactly what) but there was a technical problem with that – he thought it missed its target or something like that. Some extra info – there is another field called Landana several miles to the south, also in Block 14, and they are currently trying to decide how to develop it. In a couple of months they are planning to test a well or two on Landana and flow it through the Lobito complex (part of the BBLT development we are talking about), though this plan has nothing to do with the delays. (But despite this linkage, it is pretty sure Landana will be developed through another complex, as BBLT doesn’t have the capacity to take all that separate oil.) If you’re interested, the oil from Benguela-Belize is of better quality than Kuito, which is total crap (e.g. $5/b discount.) Also if you;’re interested, definitive angolan production rates for 2005 aren’t yet published but were probably 1.25m last year on average, currently now at around 1.4m bpd, and will probably average 1.5m bpd + in 2006 overall.

That’s pretty much all I have for now. More details would require someone on the ground to go and talk properly to people and write a report. If a job comes along, I can get in touch with someone who should be able to do a proper investigation (not been able to get hold of them today, but I assume they are around).

Nerdy fact – exxonm is now angola’s largest operated producer with 550,000 +bpd from kizomba a b, each at 260,000 ish and xikomba.

Equatorial Guinea Presidentïs Envoy Arrives In Luanda AngolaPress - Jan 16, 2006 Luanda, 01/16 - Equatorial Guinea`s Minister of Home Security, Manuel Nguema Mba, arrived this morning in Luanda carrying a message from President Theodoro Nguema to his Angolan counterpart, Jose Eduardo dos Santos. ...

Luandenses convivem cada vez mais com as drogas A Capital

Nalguns bairros de Luanda, sobretudo, o Kinaxixi, a droga passou a ser adquirida com a mesma facilidade de quem compra o pão-nosso de cada dia.

O silêncio da rua apenas é interrompido com o roncar dos motores dos muitos carros que passam e pelo bater das águas do repuxo que se acha no antigo “Largo Dona Maria da Fonte” . Quase todos os dias, o Kinaxixi parece ser uma zona pacata, onde nada acontece, o que segundo o “A capital ”, é simplesmente uma mera aparência, sem falar das batalhas campais entre as gangs, o negócio tem sido um verdadeiro bico d` obra. A droga, é vendida a qualquer um, desde que a pessoa saiba pedir.

Reportes do semanário “A capital ”, fizeram-se passar por consumidores de drogas, com vista adquirirem toda informação sobre a quantidade e métodos de venda de droga por aquelas bandas.

Os memos foram convidados a acompanhar o processo de mediação da compra de tal produto. Segundo contou a fonte, o hábil vendedor retirou a parte traseira de um telemóvel, onde pode achar-se uma lâmina metálica. Tratava-se de uma balança em miniatura, onde a droga é pesada.

“ É uma invenção brasileira ”, disse. A mesma fonte indicou ainda, que três papelinhos enrolados custam 20 dólares norte-americanos.

O kinaxixi não é o único lugar onde as pessoas se perdem em viagens muitas vezes sem regresso, por força do consumo de drogas. Luanda inteira transformou-se, rapidamente, numa «Medellin» a céu aberto. Jovens há que consideram que tal atitude leva-lhes a evadir-se dos vários problemas, como a falta de emprego, dificuldades no acesso ao ensino e falta de incentivo governamental.

Jan 24, 22:31 Fonte:A Capital Angola Press Agency

January 23, 2006

Residents to Participate in Governmental Projects

The inhabitants of the Luanda Province, organised in tenants commissions and condominium assemblies, will participate in the choice of social projects to be implemented in the respective municipalities.

This was announced last Saturday, by the provincial governor Job Capapinha, at the third meeting with Tenants Commissions and Condominiums Assemblies.

He explained that this new methodology of the provincial government of Luanda comes due to the fact that many projects conceived before, in various municipalities, do not satisfy the population.

In the ambit of the Public Investments Programme, he informed, more than 20 per cent of the projects, conceived for 2005, will be concluded by the end of the first quarter of this year.

Jornal de Angola 24 de Janeiro de 2006 Angola Press Agency

January 23, 2006

Luanda Urban Growth to Be Discussed

The Luanda Urban Poverty Fight Programme (LUPP) together with the capital city's government will hold a talk on Tuesday here to discuss the growth of the city, aiming at new urban development proposals.

The event that is part of the celebrations of Luanda's day, on 25 January, will be attended by representatives of district, communal administrations, civil society and professional organisations linked to the social and urban development of the capital city.

According to a LUPP release that reached Angop today, the meeting will seek mechanisms for the community participation and outline Luanda's urban growth.

LUPP, whose implementation started in 1999, through the Non-Governmental Organisations "Care International", "Development Workshop", "Save the Children UK" and "One Action", works with Luanda Government on sectoral projects of development and assistance to the local communities.

Jornal de Angola

24 de Janeiro

Dos Santos felicita Cavaco Silva

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, felicitou ontem o professor Aníbal Cavaco Silva, pela vitória obtida domingo, nas presidenciais em Portugal.

Uma nota de imprensa dos Serviços de Apoio ao Presidente da República dá a conhecer que, na sua mensagem, o Presidente José Eduardo dos Santos refere que, ao eleger Cavaco Silva, o povo português exprimiu, de modo inequívoco, a sua confiança e a sua adesão ao projecto político do professor.

José Eduardo dos Santos manifesta, também, o desejo de que o Presidente eleito de Portugal cumpra, com êxito, o seu mandato e que nesse período se estreitem mais as relações de amizade e cooperação entre os dois países.

De 67 anos de idade, primeiro-ministro de dois governos (de 1985 a 1995) de direita, Aníbal Cavaco Silva, um economista de renome, venceu as eleições presidenciais de domingo com 50,6 por cento dos votos. Para trás deixou os candidatos da esquerda Manuel Alegre (o segundo mais votado, com 20,7 por cento) e Mário Soares (14,3 por cento).

O novo presidente português é empossado no dia 9 de Março de 2006, para um mandato de cinco anos.

Nos termos da Constituição Portuguesa, o Presidente eleito toma posse perante a Assembleia da República e a cerimónia efectua-se no último dia do mandato do Chefe de Estado cessante, Jorge Sampaio.

ANGOP

22 de Janeiro

Angola To Have Over 1000 Km Of Roads Repaired

The deputy minister of Public Works, Jose Ferreira, has announced in Malanje Province that over 1000 kilometres of roads, in the coming times, will be repaired in the ambit of the reconstruction programme of roads infrastructures, in progress in the country.

The government official gave this information during the ceremony that served to lay the first stone for the construction of the road sections that connect Malanje/Saurimo/Dundo and Saurimo/Lwena, whose works will start this month.

Jose Ferreira stated that the initiative is part of the central government`s programme of repairing socio-economic infrastructures throughout the country.

He explained that the project is aimed at connecting several localities of the country, so as to enable better flow of people and goods, thus, boosting the nation`s development, adding that similar works are taking place in different parts of the country.

On the other hand, Jose Ferreira stressed that another challenge of the government is to successfully carry out the demining programme of the main roads and fields. "We can only fulfil the roads programme if the sections are demined, reason why everyone has to collaborate in this domain, mainly those organisations and entities linked to demining", he said.

Rehabilitation work in the mentioned sections is being carried out by Chinese contractors under the supervision of Angolan technicians and will take 14 months.

Agence France Presse

January 23, 2006

Denmark to cancel debts of eight African countries

The Danish government said Monday it would cancel the debts of eight of Africa's poorest countries, worth 3.5 billion kroner (470 million euros, 576 million dollars).

International Development Aid Minister Ulla Toernaes announced the debt relief during talks in Copenhagen with Irish U2 rocker Bono, known for his fight to eliminate poverty worldwide.

The eight countries are Nigeria (2.42 billion kroner), Sudan (512 million), Kenya (209 million), Angola (190 million) , Liberia (157 million), Swaziland (41 million), Congo (12 million) and Somalia (7 million).

Toernaes told Danish television DR2 that Denmark wanted to "respect the commitment made by the eight richest countries in the world", the G8, at their summit in Gleneagles, Scotland in July, when they announced similar debt relief plans.

Bono, who in 2002 founded the debt relief organisation Data (Debt, Aid, Trade for Africa), was also expected to hold a speech for Danish business leaders and politicians at the Boersen Executive Club during his visit to Copenhagen.

Denmark has long had one of the world's most generous aid policies, though foreign aid has been reduced somewhat in recent years following the arrival in power of the Conservative-Liberal government in November 2001.

In 2001, the Scandinavian country gave 1.02 percent of its gross domestic product to development aid. For 2006, it is expected to give 0.80 percent.

Xinhua China News Agency

January 23, 2006 Monday

Angolan ambassador says China "true friend" of Africa

Beijing -- China's African Policy Paper is a real trustworthy document giving "strength" and "courage" to the African people, Angolan ambassador Joao Bernardo to China told Xinhua in a recent interview.

"The African people should believe that China is a true friend of Africa," Bernardo said, "Africa can develop by its own effort with China's help."

He noted that the document highlighted China's aid to Africa is "without any political conditions" which has the very reason for China to win trust from African countries.

After 27 years of civil war, Angola is in urgent need of rebuilding its national economy.

China and Angola signed an export buyer's credit agreement in 2003, which offered sufficient funding for the reconstruction of Angola's economy, the ambassador acknowledged.

China's investment in Angola is not as what Western media have trumpeted that China is pursuing so-called new colonial activities in Africa, Bernardo said.

In resources cooperation with Angola, China brought benefits to the Angolan people, Bernardo said, adding that the cooperation is mutually beneficial.

Chinese enterprises have engaged in Angolan economic reconstruction and especially made investment in infrastructure construction in Angola. "China's investment may not make much profits but it provided timely help for Angolan people who have suffered from warfare for many years," he said.

"China's development does not spell a threat to the world but rather serve as a role model for us to see that Africa also has the opportunity to achieve development and prosperity," Ambassador Bernardo said.

“Temos os EUA como um parceiro incontornável”

De Maio de 2004,altura em que o Presidente José Eduardo dos Santos admitiu em Washington que as eleições aconteceriam não para além de 2006,aconteceram muitas coisas em Angola e segundo o entendimento da embaixadora de Angola nos EUA, Josefina Pitra Diakité,nem tudo correu como se esperava,e alguns desfasamentos,e apenas isso podem justificar arranjos no programa para as eleições.

Entrevista com Luis Costa

JÁ: Senhora embaixadora, retenho o pronunciamento que o presidente José Eduardo dos Santos fez há dois anos em Washington, segundo o qual, as eleições teriam lugar não para além de 2006. O que foi que mudou em Angola que leva a que as eleições não possam te

Josefina Pitra Diakité: Nada mudou, se calhar foi tão somente possível analisar mais profundamente alguns aspectos que não tinham sido devidamente ponderados naquela altura, como por exemplo a questão desminagem que é uma componente muito importante para a circulação de pessoas e de bens, bem como a questão da reparação de infra-estruturas, sobretudo rodoviárias. É possível que esta situação eventualmente venha a ditar uma reprogramação da data das eleições ou do período eleitoral para além de 2006. Mas eu gostaria de dizer que se calhar o alarido que faz à volta da data das eleições, se calhar é um bocado inusitado. E é um bocado inusitado, desde logo pelos factores que já enumerei, e que requerem que o governo se empenhe no sentido de os ultrapassar; segundo porque Angola é um país de direito, e que se rege por uma legislação. Foi aprovado um pacote eleitoral, e estão a ser criadas outras condições logísticas e psicológicas para que as eleições possam ter lugar. É importante reter também o seguinte: a lei eleitoral confere ao chefe de Estado a possibilidade de convocar as eleições até 3 meses antes da data da sua realização. Portanto estamos dentro da lei, estamos exactamente no início de 2006, logo o PR ainda tem muito tempo para convocar as eleições dentro segundo aquilo que a lei prescreve.Se calhar precisamos sim de fazer uma maior divulgação daquilo que a lei prescreve,lei esta aprovada por um parlamento de que fazem parte o partido no poder e a oposição.

JA: Por outras palavras, podemos admitir que o pronunciamento que o Presidente José Eduardo dos Santos fez em Washington continua de pé?

JPD: Absolutamente. Eu acho que ainda não temos razões para entrar em pânico ou para dizer que as eleições não se vão realizar em 2006. Acompanhamos as declarações que o ministro da Administração do Território fez por altura da reunião com os governadores provinciais nas quais falava tão somente de uma reprogramação, e esta reprogramação não nos transfere necessariamente para lá de 2006.Acho que é prematura falar de eleições para além de 2006.

JA: O pacote eleitoral terá sido depois dos acordos de paz, o primeiro grande empecilho. Governo e oposição ultrapassaram isso. Agora põem-se duas novas questões: o timming do registo eleitoral e a desminagem. Não teria sido prever antes a questão da desmin

JPD: Teria sido possível se tivéssemos tido a frieza de analisar os aspectos decorrentes de todo este processo. Mas é preciso termos em conta que precisamos de trabalhar com muita frieza, e sem pressões de qualquer natureza, sejam internas sejam externas. Colocar-se-á também a necessidade de resolver todos os problemas de ordem logística que têm a ver com eleições para não termos problemas de maior. Podemos até darmo-nos por felizes, por estarmos no início de 2006, e já estarmos a dar conta de carências que nos permitirão fazer correcções e realizarmos as eleições com e tranquilidade, para que não haja descontentamentos de maior, nem incidentes. Uma coisa é perder gente, vidas humanas, quando estamos em guerra, outra coisa é registarmos isso numa situação absoluta de paz, numa altura em que nos preparamos para darmos um salto qualitativo do ponto de vista da vida política nacional e da democracia.Isto pode acontecer se não acautelarmos determinadas situações.

JA: Isto remete-me para uma declaração que Jardo Muekália publicou após uma audiência que teve no Departamento de Estado com Jendayi Frazer, subsecretária de Estado Adjunta para os Assuntos Africanos, segundo a qual, em determinados aspectos sente-se falta d

JPD: Diria duas coisa...que a oposição tem que fazer o seu trabalho, diria que pode ser ..diria também que volvidos quase 4 anos , com toda a gente a fazer uma apreciação absolutamente positiva do processo em Angola, dizer que não acontece mais por falta de vontade política não corresponde à verdade. Pode corresponder à falta de conhecimento da dimensão do problema do ponto de vista de quem está de dentro. Definitivamente, vontade política não falta, tanto que o processo tem estado a correr sem grandes atropelos, sem tumultos também. Diria por fim que a democracia é um processo e não um simples acto . Não podemos democratizar de um dia para o outro um país que esteve em guerra durante 27 anos . Aliás, o caso de Angola já vem sendo apresentado de alguma forma como um milagre, por estarmos a fazer muito em pouco tempo. Mas não é caso de falta de vontade política. Temos que ter a coragem de discutir os problemas com a profundidade necessária, mas chamando as coisas pelo seu próprio nome. É fundamental podermos realizar eleições , livres, justas e inclusivas da qual todos saiam satisfeitos, e que consigamos nos livrar das pressões que nos levaram aos problemas de 1992. Por conseguinte, os atrasos são de alguma forma aceitáveis, prova disso é que países com democracias maduras cada vez mais vêm conhecendo algumas dificuldades próprias do processo de convivência.

JA: Há 4, 5 anos, a ocorrência de uma audiência de Jardo Muekália no Departamento de Estado era capaz de provocar mossa nas relações entre Angola e os EUA, era capaz de irritar o Governo de Angola. Como é que o Governo de Angola reage hoje a isso?

JPD: Eu diria que não é normal. Os EUA qualificam Angola como um país prioritário e não acho normal que receba um representante da oposição, sobretudo de um único partido político. Quando entidades visitam Angola, o Governo é suficientemente maduro e aberto para permitir que estas entidades possam contactar outras sensibilidades. Agora, receber representantes da oposição, tendo Angola um parlamento com 12 partidos representados, fico sem saber se é só uma deferência que se faz à UNITA ou se há a intenção de se agora se ir recebendo os dirigentes da oposição. Diria que do ponto de vista diplomático não é um gesto que tenhamos necessariamente que apreciar. Também devemos dizer que, efectivamente, os tempos mudaram, estamos em democracia, e as autoridades norte-americanas também são livres de realizar os actos que bem entenderem. Em conclusão diria que nós em Angola não fazemos isto. Quando temos que auscultar os nossos parceiros bilaterais..fazemos pelos canais adequados.

JA: Isto remete-nos para a relação entre Angola e os Estados Unidos. A Comissão Conjunta Bilateral foi destituída há cerca de 4 anos; não houve até aqui a conferência de doadores de que os EUA seguramente fariam parte, e tendo o Governo de Angola decidido pro

JPD: Nós temos efectivamente os EUA como um parceiro incontornável. As relações estão boas, mas embora os EUA sejam a única super potência são tão somente um país no contexto de um conjunto bastante variado de países. Portanto sendo parceiros dos EUA, não podemos por isso precludir relações com outros países do mundo. Por outro lado, e como as nossas entidades têm estado a dizer, com o nível de problemas que temos em Angola, temos que ir buscar soluções, e neste contexto podemos dar-nos por felizes de que batendo outras portas da comunidade internacional estas portas se abrem e Angola vai podendo por assim dizer, resolver os seus problemas. Mas digamos que as relações entre Angola e os EUA , ou entre Angola e outros com outros países não se esgotam por ai. Temos muitas oportunidades de por uma lado incrementar a cooperação bilateral e as relações económicas com os EUA, e por outro também temos a possibilidade de participar com os EUA e com a comunidade internacional num contexto variado de iniciativas bilaterais para bem de todo universo, por conseguinte continuam abertas as portas para o crescimento das relações com os EUA, ao mesmo tempo que também vamos consolidando outras parcerias e as relações com outras instituições do mundo.

JA: É só por mero acaso que nenhum alto funcionário do executivo norte- americano visitou Angola nos últimos 12 meses?

JPD: Eu diria que sim. Em todo o caso a Doutora Jendayi Frazer, subsecretária de estado Adjunta para África esteve para ir a Angola em Outubro por altura da inauguração da embaixada norte-americana em Angola. Mas nós estamos também a trabalhar no sentido de poder levar outras entidades americanas a Angola. Acontece que houve pelo meio a questão das eleições aqui nos EUA, que criaram algumas incertezas, a questão da nomeação do novo Governo. Tudo isto leva tempo, e uma vez colocadas as peças, e agora com maior estabilidade, podemos efectivamente trabalhar neste sentido. Gostaria de dizer ainda que nos Estados Unidos o puzzle também é composto por membros do poder legislativo que é muito forte. E nesta base estivemos a trabalhar para que uma delegação de congressistas fosse a Angola. Esta viagem não se concretizou por problemas de última hora que nos levaram a adiar e a reprogramá-la. Mas em todo o caso tem havido visitas de empresários e de representantes de universidades norte-americanas a Angola. Acho que daqui para frente as coisas vão tomar outro rumo nos dois sentidos.

Alemanha: “Angolagate ” retratado em obra de ficção

Ulrich Wickert, a conhecida “ estrela “ do primeiro Canal de televisão alemã ARD, lançou recentemente a obra literária denominada “Die Wüstenkönigin - Der Richter in Angola ”, em português “A Raínha do Deserto - O Juíz em Angola ”, cujo retrato descreve a corrupcção, aliciamentos e traição nos círculos mais altos e restrictos dos regimes em Paris e Luanda.

Utilizando personagens fícticias, mas que na realidade incorporam personalidades como Pierre Falcone, Arkadi Gaidamak, o influente politico e antigo Primeiro Ministro françês Alain Jupé, o juíz Devaud entre outros, Ulrich Wickert descreve o papel e intervenção de politicos de ponta, bem como altos funcionários dos Serviços Secretos franceses em transações e negócios duvidosos, envolvendo contas bancárias ilícitas, lavagem de dinheiro bem como trafico de armas.

O livro de Ulrich Wickert, começa aparentemente de forma banal, pois relata os excessos ocorridos durante uma festa de jovens, e que devido ao carácter violento que ganhou ao amanhecer, foi urgente a intervenção da Polícia, entrando mais tarde em cena um juíz de nome Jacques Ricou, conhecido nos romances e drama do autor como sendo “o juíz carrasco de políticos ”. Entretanto, o cenário começa a ganhar contornos perigosos, quando num dos esconderijos do local da festa, se descobre enormes quantidades de notas em Euro, facto que chamou a atenção do experimentado juíz- instructor, Ricou.

Quanto mais Ricou penetrava no caso, mais resistência encontrava na mais alta herarquia policial, judicial, bem como ao nível mais alto do Governo, visto que cada vez era mais evidente sinais de negócios envolvendo diamantes e petróleo. Ao constatar que por detrás de tudo isso estava o conhecido negociador e traficante de armas Sotto Calvi [aliás associado a Pierre Falcone], já este se encontrava em fuga algures em Angola.

Lê-se na obra que “Sotto Calvi, depois de uma longa ausência em Angola, regressa á Paris via Tel Aviv e Lisboa. Esperado por uma comitiva da Polícia de Investigação Criminal francesa munidos de um mandato de captura, Sotto Calvi de forma amigável e sorridente exibe um passaporte diplomático angolano, que ao mesmo tempo o concedia imunidade diplomática, como Conselheiro junto da Missão de Angola junto da UNESCO em Paris ”.

No final da obra, Ulrich Wickert anuncia: “O caso ainda não terminou, pois o mesmo sómente em Angola poderei terminar ”.

Apresentação da obra

Para o público a apresentação desta obra esteve a cargo do politólogo e analista político angolano Orlando Ferraz, que decorreu recentemente nos estúdios da maior cadeia radiofónica alemã WDR (Westdeutscher Rundfunk), em Colónia.

Para Orlando Ferraz o livro, pese embora ter surgido num outro contexto politico-histórico da realidade angolana, não deixa de ser actual, pois ajuda a entender os contornos do conhecido “Angolagate ” e o autor prova que investigou o suficiente e conhece o labirinto da política e dos negócios principalmente entre a França e Angola, apresentando factos” . Em entrevista á jornalista Cristina Krippahl do programa “ Lusomania ” desta mesma cadeia radiofónica, aquele especialista em Ciências Políticas esclareceu que “ muitas das transações e negociatas feitas e que o livro muito bem espelha, foram feitas justamente para contornar o embargo que pesava sobre ambas as partes da guerra angolana, nomedamente sobre o Governo e a Unita […] E nelas estão patentes a cumplicidade da comunidade internacional no prolongamento da guerra em Angola ”.

O Autor

De 64 anos de idade, Ulrich Wickert nasceu em Tóquio, onde o seu pai era funcionário diplomático alemão e formou-se em Ciências Políticas e Direito pela Universidade de Bona (Alemanha). Foi chefe- correspondente da ARD em Paris, Washington e New York, e desde 1991 apresenta o principal Jornal da noite da ARD denominado "Tagesthemen".

Pelo seu engaijamento na promoção das relações culturais entre Alemanha e a França, foi brindado com vários prémios, destacando-se o “Adenauer-de-Gaulle- Preis ” e o de oficial de "Légion d'Honneur ” , atribuídos respectivamente pelos Governos alemão e françês.

Jan 24, 04:44 Fonte: AngoNotícias

RESEARCH ALERT-Lisbon Brokers ups BPI to "buy" from "hold" 84 words 13 January 2006 14:20 Reuters News English (c) 2006 Reuters Limited LISBON, Jan 13 (Reuters) - Lisbon Brokers raised its rating for Portuguese bank Banco BPI to "buy" from "hold" on Friday and its price target to 4.50 euros from 3.65 euros.

In a research report, Lisbon Brokers said the valuation took into consideration BPI's "recent trend on the operating front and estimates for Portugal and Angola's economy by independent organisations".

FINANCIAL-BPI-RESEARCH-LISBON|LANGEN|ABN|E|RBN

Document LBA0000020060113e21d00150

China attaches no strings to Africa aid, Xinhua says 359 words 27 December 2005 10:04 Reuters News English (c) 2005 Reuters Limited BEIJING, Dec 27 (Reuters) - China's increasing presence and investment in Africa are motivated by nothing more than goodwill towards Africans, Chinese state media said on Tuesday, though the West might say otherwise.

China was determined to deepen ties with African nations and increase already unprecedented investment "in an effort to improve African people's living standards", the Xinhua news agency reported.

"China has never attached any political conditions to its aid in Africa," it said.

Foreign governments, however, are wary of China's methods and motives in its Africa drive.

China supported African revolutionary movements struggling for independence in the 1960s and 70s, and today, with its expanding economy ever more thirsty for oil and raw materials, is working to turn that history of cooperation into concrete energy and investment deals.

By focusing on Africa, China has gained allies for its claim to self-ruled Taiwan and support on the world stage from a corner of the globe where the influence of the United States and former European colonial powers is on the wane.

But Western governments have criticised Beijing for failing to attach demands for transparency, good governance and accountability to offers of aid, trade and investment extended to some African governments, particularly Sudan and Angola.

In Sudan, which is under international scrutiny for what Washington calls "genocide" in Darfur, Chinese state firms have taken a major stake in the oil sector, building a refinery in Khartoum and heavily involving themselves in production.

In Angola, where some international lenders have balked at putting up funds, China has weighed in with a $2 billion infrastructure loan programme linked to oil deals in what Chinese diplomats call "a model of cooperation".

"Western nations have been extracting oil from Africa for years without building any refineries there," Professor He Wenping, from the African Studies Office of the Chinese Academy of Social Sciences, was quoted as saying by Xinhua.

"This provides a sharp contrast with China."

CHINA- AFRICA|LANGEN|AFA|CSA|LBY|RWSA|RWS|REULB|GNS|G|RBN|RNA|ABN|O|OI L|Z|AFN|RNP|DNP|PGE|PEN|SXNA

Document LBA0000020051227e1cr000e1

Angola – Africa Mining Intelligence

N° 124 18/01/2006

ANGOLA Miguel Paulino

Miguel Paulino, an engineer by training, was promoted to the post of geology and mining development director at Endiama on Jan. 10 as the state-owned diamond company proceeded with a number of top-line appointments. Endiama is banking on increasing its output in 2006 with the start-up of work on its Camafuca and Caquele 1 and 2 projects. Another appointment concerned Antonio Hespanhol as manager of the Fucauma project (reserves of 800,000 carats with an estimated value of $170 million) in which Endiama holds a 38% stake, the rest being owned by Trans Hex (32%) and private Angolan investors. Elsewhere, Firmino Valeriano was named director of the Luangue project, a 3,000 sq.km. property in the Lucapa region in which the British junior, Xceldiam, holds an exploration permit. Other promotions included the appointment of Pasco Verissimo as chairman of the board of the firm that operates the Zovua project while Fernando Domingos was put in charge of the Xamacuco project. Endiama’s board, which was set up in 2001 and is chaired by Manuel Calados, remains virtually unchanged. Just one director, Francisco Bernardo Campos, was replaced by Domingos Manuel Tiago Dias when the board was handed a fresh mandate on Dec. 22.

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Angola – Africa Energy Intelligence

N° 408 11/01/2006

ANGOLA The Local Oil Barons

Unlike Nigeria, Angola had long lacked local oil companies despite its position as Sub- Saharan Africa’s second-ranking petroleum producer. But in the wake of new oil legislation in late 2004 that called for greater Angolan participation in the oil industry, a host of small local companies have set up operations.

Grupo Gema, the President’s Friends. Set up last year, the Grupo Gema conglomerate operates in several areas of the Angolan economy at the moment, particularly retailing, food and drink and security. For some months, however, the company has been turning its attention to oil, and specially to Sonangol’s project to build a refinery at Lobito under a program involving all the majors that work in the country. Grupo Gemo’s senior executives are all former advisers to Angolan president Jose Eduardo Dos Santos. Africa Energy Intelligence understands the group is headed by Jose Leitao, who served for years as secretary-general in the president’s office.

The others in charge of Grupo Gema are retired general Antonio Pitra Neto, former civil service minister and vice president of the ruling MPLA party since last year, and Carlos Feijo. The latter was chief of the Angolan president’s civil office until 2004 and, in that capacity, served as a key middle-man between Luanda and Paris regarding Angolagate, the arms trafficking case that will soon come up before a court in France. Feijo is also the main architect of a bill concerning the ownership of land and the sub-soil in Angola which has had a major impact on the oil and mining sectors. In late December, Grupo Gema figured among eight Angolan companies pre-qualified to take part in the latest licensing round in Angola’s offshore.

Initial Oil, a Diplomat’s Baby. Another local oil group selected by Sonangol to buy stakes in the offshore is Initial Oil, a firm close to Herminio Escorcio who was Sonangol’s managing director in the 1980s. Over the past 20 years, Escorcio served as a high-level diplomat, first in Germany and then in Egypt where he was equally in charge of Luanda’s relations with all Arab countries and the Gulf nations, particularly Qatar and Iran, with which Angola established diplomatic relations last May. Last July, Escorcio was replaced as Angolan ambassador to Cairo by Pedro Hendrick Vaal Neto, and has since switched his interest to oil.

Six Firms Waiting for Acreage. Six other firms were pre-qualified by Sonangol to acquire minority stakes in licenses put out to tender at the end of last year. The six are ACR, in which Carlos Amaral, a former Sonangol executive has teamed up with the Portuguese bank Banco Efisa and the British seismics and oil services firm Terra Energy Services; Prodoil, headed by Pedro Godinho Domingos, another ex-Sonangol man; Falcon Oil, a firm owned by Antonio “Mosquito” Mbakassi that is already present on Exxon-Mobil’s block 33; Force Petroleum, a firm run by Norwegian oil men in partnership with the welfare fund Fundanga chaired by Angolan oil minister Desiderio da Costa (the company fell out of favor in 2004 and was forced to sell its stakes in Cabinda to Roc Oil); and two new concerns, O.C.P. and Orca.

Somoil Covets Kwanza. Another private firm, Somoil, which is run by ex-Sonangol executives Alberto Sousa and Mario Caetano and has the backing of oil minister da Costa and of Sonangol chief Manuel Vicente, isn’t taking part in the bidding round in the offshore.

It is already present on two concessions off Angola’s coast: it holds a 15% stake in block 4 operated by Norsk Hydro, and 10% on the 3/80 license that was withdrawn from Total and handed over to a consortium led by China-Angola Oil, a joint venture between Sinopec and Sonangol.

Still, oil circles widely expect Somoil to join the bidding later this year when Sonangol puts stakes in the offshore Kwanza basin on the auction block.

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N° 408 11/01/2006

ANGOLA Sonangol Buys Into Galp

After trying for a number of years, Sonangol has finally acquired a piece of Portugal’s national oil company.

Angola’s state-controlled Sonangol made its breakthrough in seeking a stake in Galp after years of fruitless talks with the Portuguese authorities by teaming up last month with a Portuguese businessman Americo Amorin. The tandem offered to buy out the 14.27% holding in Galp that had been owned by Energias de Portugal (EDP).

At the end of December, the Portuguese government negotiated an agreement with other stakeholders in Galp. Under the accord, Amorim Energia, a joint venture between Sonangol (45%) and Inversiones Ibericas (55%), a group controlled by Amorin and the Spanish bank Caixas Galicia, is to end up owning 32.5% of Galp. This is because the state-controlled gas transportation and power firm Rede Electrica has agreed to sell its 18.3% stake in Galp to Amorium Energia in the coming 18 months, adding to the 14.27% now owned by the JV.

The Angolan-Portuguese consortium’s buy-in will help the Lisbon authorities block Italy’s ENI which has held a 33.34% stake in Galp since 2000 and was threatening to exercise an option that would have allowed it to increase the holding to 47%. From the Angolan standpoint, the deal will enable Sonangol to make its debut on the European oil market. In addition, Galp has a number of assets in Angola itself: it owns 10% of block 1 operated by ENI, 9% of Chevron’s block 14 and 5% of the ultra deep 32 and 33 licenses respectively operated by Total and ExxonMobil.

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N° 408 11/01/2006

ANGOLA Tullow Powers Ahead

Seeking for years to build up a portfolio in Angola’s offshore, Ireland’s Tullow Oil has debuted on block 24.

Like its rivals Marathon, Amerada Hess and others, Ireland’s Tullow Oil has been impatiently awaiting an opportunity to break into Angola. In 2004 it teamed up with Sonangol Pesquisa e Pruducao (Sonangol P&P), the E&P arm of Angola’s Sonangol, by offering the Angolans 10% of its Kiarsseny Marin field in Gabon.

In return, Tullow has become a stakeholder in two concessions in Angola’s offshore. At the end of 2005 it was awarded 15% of block 10 operated by Devon in the country’s shallow offshore. Last week it landed a further 15% of block 24 in the Kwanza basin, again alongside Devon. Meanwhile, the two drilled a well on block 10 which turned up dry.

Tullow also figures among the 27 companies pre-qualified by Sonangol to submit bids to become operator on the licenses 1 and 5 as well to obtain acreage on parts of blocks 15, 17 and 18 relinquished by Total, Exxon and BP. Bids for parts of blocks 17 and 18 will be conditional on the companies agreeing to invest in Sonangol’s refinery project at Lobito dubbed Sonaref. The deadline for bids is March 31.

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N° 408 11/01/2006

ANGOLA Pride Beefs Up Presence

The drilling group Pride International has increased its stake in Sonamer, a joint venture with Angola’s Sonangol, from 51 to 91%. Sonangol earned $175 million from the operation but in view of the price of drilling platforms at present Pride can count on making a lot of money out of the deal. Apart from Pride, numerous other oil services companies have linked up with Sonangol through the formation of joint ventures. Examples are Technip Angola and Angloflex (Technip), Petromar (Saipem, formerly Bouygues Offshore), Sonamet (Stolt Offshore), Sonamet (Stolt Offshore), Sonansurf (Groupe Bourbon) and Sonasing (Single Buoy Moorings).

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N° 408 11/01/2006

ANGOLA Cabinda North Up for Grabs?

Sonangol is currently pegging out Cabinda North and Central again following the lifting of force majeur last June. The concessions, controlled respectively by Occidental and Devon, could be cut up into smaller blocks and put on sale. According to La Lettre du Continent (Indigo Publications), a sister newsletter of Africa Energy Intelligence, Britain’s Soco is interested in Cabinda North. The group, as AEI reported in its previous issue (AEI 407), has just been awarded a license in Congo-K in the area known as the coastal basin, which lies close to Cabinda.

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N° 408 11/01/2006

ANGOLA A Second Brazilian Power Plant?

Brazil appears keen on building a second power plant in Angola after constructing a first station at Capanda.

A Brazilian consortium made up of Electrobras, Odebrecht and Engevix Engenharia has offered to build a 560 MW hydro electric dam for Angola and Namibia. Lying on the Kunene river on the border between the two countries, the plant would cost an estimated $600 million.

The Brazilians have chosen Baynes in Angola, which lies 40 km downstream from Epupa Falls, as the ideal site for the power plant. That also appears to be the opinion of Nampower, the state-controlled Namibian utility. Nampower and ENE conducted a study on a project for a 360 MW plant in 1997 and chose Baynes as the best site.

However, the involvement of Electrobras in Angola could only take place if current legislation in Brazil that confines the company to domestic projects is modified, allowing it to operate abroad. Odebrecht has already worked in Angola. It built the Capanda dam that draws its power from the Cuanza rapids, supplying a 130 MW plant. For its part, Brazil’s Agencia Nacional de Energia Electrica (ANEEL) signed a cooperation pact last year with Angola’s Instituto Regulador do Sector Electrico (IRSE).

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N° 407 21/12/2005

ANGOLA List of Bidders for Acreage

Twenty two companies have been pre-qualified to bid for seven licenses that were put up for grabs early this month by Sonangol.

The groups selected by Sonangol were divided into two groups, namely those which can bid to operate acreage and others that can only be stakeholders on the licenses. Companies are bidding for shallow water blocks 1, 5 and 6 as well as parts of blocks 15, 17, and 18 relinquished by France’s Total, Exxon and BP.

The first group consisted almost entirely of independents and majors: Addax, Amerada Hess, BP, Centurion, Cepsa, Chevron, Devon, ENI, ExxonMobil, Inpex, Kerr McGee, Lundin, Maersk, Marathon, Norsk Hydro, ONGC-Videsh, Occidental, Partex, Petrobras, Petronas, Premier, Repsol, Roc, Santos, Statoil, Total, and Tullow. Only two juniors figured on that list: the U.S. firm Vaalco and Britain’s Equator, which is present in Nigeria and in the Joint Development Zone between Nigeria and Sao Tome but isn’t producing at the moment.

Those bidding for minority shares included a lot of juniors (Exile Resources, Soco); Angolan groups (Falcon Oil, ACR, Force Petroleum, Grupo Gema, Prodoil); a handful of independents (Anadarko, Noble); and Japanese groups (Impex, Mitsubishi, Taiyo Oil). The state-controlled South African group PetroSA was chosen, as was Australia’s InterOil, which recently hired Gerry Gilbert, former executive in charge of international affairs at Transworld, a company owned by trader John Deuss. Also chosen to bid for minority stakes were Russia’s NIS-Naftagas, China’s Sinopec and the Swedish concern Svenska Petroleum.

Sonangol also published the terms of the bids for each block. For the pieces of blocks 17 and 18, the bidders must agree to invest in Sonangol’s project to construct a refinery named Sonaref in Lobito. India’s state-owned ONGC Videsh has already told Sonangol it is ready to invest in the plant. The facility will have a capacity of 200,000 bpd.

Angola

ROC to raise A$76 million in UK share placement 154 words 18 January 2006 22:14 Reuters News English (c) 2006 Reuters Limited SYDNEY, Jan 19 (Reuters) - Roc Oil Co. Ltd. said on Thursday it intends to raise A$75.9 million ($57 million) by placing 28 million shares with British institutional investors to fund wider oil exploration in Angola.

The issue, representing 14.9 percent of the company's share capital, is priced at A$2.71, a discount of 6.9 percent to Wednesday's closing price of A$2.91.

"In addition to allowing ROC to greatly accelerate its exploration operations onshore Angola, the placement delivers a significant shareholder base and a liquid market for ROC shares in London," said ROC's chief executive John Doran.

The shares are expected to start trading on London's Alternative Investment Market on Jan. 25.

($1=A$1.33)

SAfrica's Vodacom says could bid for Angola licence 389 words 12 January 2006 14:23 Reuters News English (c) 2006 Reuters Limited JOHANNESBURG, Jan 12 (Reuters) - South African cell phone operator Vodacom will consider bidding for a possible third mobile phone licence in Angola, the company said on Thursday.

Vodacom, which is owned by South Africa's fixed-line operator Telkom and British cellular giant Vodafone , said in a statement it would consider investment opportunities in Angola if they arise.

Vodacom was responding to reports that Angola, recovering from a 27-year civil war which ended in 2002, could license a third mobile phone operator to expand telecom services in sub-Saharan Africa's second biggest oil producer.

"As part of its future expansion drive, Vodacom will consider investment opportunities in Angola and will carefully monitor developments in the Angolan government's plans in this regard," a Vodacom spokesman said.

Vodacom is South Africa's leading cell phone operator but rival MTN has overtaken it in terms of sales and subscribers, to become the biggest mobile phone company on the continent thanks to a string of recent acquisitions.

Chief Executive Alan Knott-Craig told Reuters in November that Vodacom, which already runs networks in Lesotho, Tanzania, Mozambique and the Democratic Republic of Congo, was poised to break into two new African markets.

Angola could make sense for Vodacom since its parent company Telkom has repeatedly said it aims to enter the southern African country, which has a population of 13 million and is fighting high levels of poverty despite booming oil revenues.

The two companies often expand in tandem.

Angola has rapidly opened its telecoms sector since the end of civil war, licensing four new fixed line operators in 2003 and two cellular operators. The government has said there is room for at least two more mobile operators.

Vodacom rival MTN has expanded aggressively into sub-Saharan Africa over the past year as it seeks to become the leading cell phone operator in developing markets, snapping up assets in Ivory Coast, Zambia and Botswana.

MTN told Reuters in December it would continue to look at new opportunities on the continent although some analysts say it is looking overstretched after signing a major deal in Iran and hope it will refrain from too many acquisitions in 2006.

TELECOMS-VODACOM- ANGOLA|LANGEN|ABN|E|RBN|AFN|SF|UKI|RNP|DNP|PCO

Document LBA0000020060112e21c0018h

Total confirms potential of Angola's offshore well 100 words 11 January 2006 08:27 Reuters News English (c) 2006 Reuters Limited PARIS, Jan 11 (Reuters) - Sociedade Nacional de Combustiveis de Angola (Sonangol) and Total said on Wednesday that the Gengibre-2 appraisal well confirmed the potential of the early 2005 Gengibre-1 discovery well in Block 21 in the Angolan ultra-deep offshore.

During two tests, the well flowed at 4,540 barrels of oil per day from a miocene reservoir and 5,100 barrels of oil per day from an oligocene reservoir, the statement said.

ENERGY-TOTAL-ANGOLA|LANGEN|ABN|E|RBN|AFN|O|OIL|RNP|DNP|PCO|PEN

Document LBA0000020060111e21b000g4

© 2006 Dow Jones Reuters Business Interactive LLC (trading as Factiva). All rights reserved.

Silva wins Portugal presidency By Peter Wise in Lisbon Published: January 22 2006 18:31 | Last updated: January 23 2006 07:53

Aníbal Cavaco Silva, a former centre-right prime minister, appeared almost certain to become Portugal’s next president on Sunday, after winning 50.59 per cent of votes in the first round of the country’s presidential election.

Manuel Alegre, a 70-year-old poet running as an independent Socialist, was in second place with 20.72 per cent, strongly ahead of Mário Soares, the veteran Socialist leader, with only 11-14 per cent.

Three other leftwing candidates polled between 1 and 8 per cent each. Turnout was above 60 per cent.

Mr Cavaco Silva, 66, prime minister from 1985 to 1995, will be Portugal’s first right-of-centre president since the Salazar-Caetano regime fell in 1974.

His overwhelming lead is a setback for the centre-left government of José Sócrates, whose Socialist party backed Mr Soares, the former prime minister and president who steered Portugal to democracy. Mr Soares, 81, fought a lively campaign but failed to turn the election into a two-man race between himself and Mr Cavaco Silva.

His resounding defeat is a further blow to Mr Sócrates, who controversially passed over Mr Alegre to back Mr Soares as the official Socialist party candidate.

Mr Alegre chose to run as an independent and unexpectedly pulled strongly ahead of Mr Soares, a life-long friend, by appealing to leftwing voters disenchanted with tough government measures to discipline public finances.

Mr Cavaco Silva, a hard-headed economist who studied at Britain’s York University, focused his campaign on reversing Portugal’s economic decline, as the country struggles to control a soaring budget deficit and restore economic growth after years of stagnation.

An austere figure respected for his far-reaching reforms, including privatisations, as prime minister, Mr Cavaco Silva has promised to use the president’s powers to the full to promote economic recovery.

Many voters are clearly hoping his election will help to restore the confidence and strong growth Portugal enjoyed during much of his premiership. But opponents accuse him of creating false expectations by promising more than a presidential can legitimately deliver.

Under Portugal’s semi-presidential system, the head of state can veto laws, dissolve parliament and call elections, but has no executive powers.

One government minister said an overreaching of the president’s powers by Mr Cavaco Silva could result in a constitutional clash with the government.

However, business analysts say Mr Cavaco Silva’s support for fiscal rigour could prove helpful to the government in pushing through unpopular reforms to cut the deficit.

The new president will succeed Jorge Sampaio, a Socialist who has served two five-year terms.

Tribunal de Contas absolve ex-ministro das Obras Públicas Angop

O Tribunal de Contas absolveu o ex-ministro das Obras Públicas, António Henriques da Silva, do processo de reintegração financeira, em consequência do caso da degradação prematura da pista do Kuito, como vinha sido acusado pelo Ministério Público.

Segundo o acórdão a que Angop teve hoje acesso, o prejuízo causado com as obras foram de três milhões e 125 mil dólares, na reabilitação que teve início em Junho de 2001 e termo em Setembro de 2002.

No termo das obras, explica o documento, foi efectivado o voo inaugural da TAAG, tendo-se verificado na aterragem a degradação parcial do piso, continuando no segundo voo, a pista a degradar-se cada vez mais, o que levou o comandante de segurança de operações da transportadora nacional a recomendar o cancelamento das operações em avião B737-200 até que as condições fossem melhoradas.

Em face disso, lê-se no acórdão, instaurou-se um inquérito ordenado pelo Governo central, onde constatou-se a má concepção do projecto executivo da obra pelo empreiteiro Tecno-Angola, Lda, cuja escolha foi pouco criteriosa, devido à falta de capacidade técnica do mesmo na especialidade e ineficiente fiscalização da quantidade e qualidade dos trabalhos pelo Laboratório de Engenharia de Angola, fiscal da obra.

Constatou-se igualmente como causas de deterioração da pista a excessiva frequência diária de operações de aterragem e descolagem de aeronaves pesadas, em contravenção às restrições oportunamente impostas.

Pelo exposto, o Tribunal de Contas dá como improcedente e não provada a acusação do Ministério Público no processo de reintegração financeira, do ex-ministro da Obras Públicas e do seu director nacional de infra- estrutura públicas, José André, uma vez que o seu ministério era apenas o dono da obra e não uma das partes no contrato, sendo a ENANA que conduziu todo processo negocial.

O documento judicial estabelece ainda que a verdadeira causa da deterioração da pista foi a excessiva frequência diária por aeronaves de grande tonelagem, quando na ocasião decorriam obras de reparação.

Jan 20, 19:56 Fonte:Angop

«Questão eleitoral» por Filomeno Vieira Lopes Angolense

1. COMO ENCARA O FACTO DE ATÉ A PRESENTE DATA NÃO EXISTIR UM POSICIONAMENTO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SOBRE A DATA DAS ELEIÇÕES.

O Presidente da República não tem compromisso com o processo democrático. O seu compromisso é simplesmente com o poder. Nos cálculos deste as eleições só interessam quando estiverem criadas as condições para a sua manutenção. Quer dizer que o Presidente ainda não vê esta possibilidade. Mas significa mais profundamente que o regime que o PR personifica não está submetido à constituição. O mais grave não é não existir uma data. O mais grave é que em Angola não se sabe qual é o período eleitoral. De quanto em quanto tempo se deve fazer eleições? A data só deve encaixar-se nesse período.

O que se passa é que já se caiu na ideia que eleições em angola fazem-se quando o Presidente quiser. É preocupante, mesmo depois da guerra ter acabada há mais de 4 anos (e sendo que a constituição refere que são 4 anos o tempo para renovação de mandatos) não se afirme com clareza, rigor e certeza de que 2006 é o ano para as eleições e não se trabalhe nesse sentido. Fica hoje claro para a opinião pública que a falta de condições é um mero pretexto. As condições que se pretendem são aquelas que viabilizem pura e simplesmente a vitória do partido da situação. Infelizmente a grande luta em Angola é ainda para estabelecer o estado de direito democrático, sempre negado pelo senhor PR.

2. QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS PARA O PAÍS DE TANTO ADIAMENTO

Em primeiro lugar o povo está a perder a consciência que está num país democrático, em que ele é quem mais ordena, é a força soberana, e é forçado a aceitar um estado de ditadura encapotado. Em segundo lugar, não se regista a normalização da vida política do país. Governo, Presidente e deputados estão no poder pela força e não devido ao seu mandato. Não estão lá mandatados pelo povo, mas porque são “incapazes ” de organizarem eleições mantendo a política do “ arrastão ” no poder. Fixa-se a concepção de que o poder se justifica a si próprio e não é algo transmitido pelo povo. Por um lado, temos uma classe política envergonhada, que não pode falar em nome do povo, mas apenas em seu próprio nome. Isto trás consequências no que tange ao élan nacional para o desenvolvimento, como não responsabiliza os governantes pelos seus actos, estimulando-os à corrupção, a não terem um estado sob controlo e não se esforçarem por darem o máximo pois estão lá devido à força e não à preferência do eleitorado. Internacionalmente pode criar problemas. Qualquer país pode advogar que Angola não é um país democrático e por consequência não usufruir de certos direitos na comunidade das nações. No entanto este efeito no momento encontra-se neutralizado por dois factores. Primeiro, porque Angola beneficia do estatuto moral do “coitadinho ” que saiu da guerra e ainda “não está em condições de realizar eleições ”; por outro, Angola cimenta secretamente este pretexto fazendo concessões na economia à Oriente e a Ocidente para comprar a integridade desses países que deixaram de falar na democratização de Angola. Mas há sempre riscos, Angola está nesse sentido fragilizada.

3. ACHA QUE TECNICAMENTE AINDA É POSSIVEL REALIZAR AS ELEIÇÕES EM 2006 E SE TAL ACONTECER AINDA ESTE ANO, CORREMO O RISCO DE TER ELEIÇÕES MAL PREPARADAS.

É preciso explicar à opinião pública, uma vez mais e pacientemente, que em Angola os pretextos “técnicos ”, ou a dita “falta de condições” tem sido um pretexto que esconde a falta de vontade política. Essa é que a verdadeira culpada da não existência das eleições. Quando não existe vontade política a “técnica política ” consiste em forçar a situação até atingir os limites técnicos que inviabilizam o que se pretende fazer. Então argumentar a questão técnica é mera falácia. Aqueles que viveram a crise que conduziu à guerra de 1992 sabem como foi explorada até ao tutano a expressão “problemas técnicos” sempre que um conflito surgisse entre ambas as partes para fugir as culpas do descarrilamento do processo. Por isso, afirmamos agora em Janeiro de 2006, que há condições técnicas sim, mas já pecámos porque não se determina claramente que as eleições serão em 2006 para em caso de realização se apanhar a oposição com as calças na mão e haver pouco tempo de ambiente pré-eleitoral. Governo tem tudo na mão e foi “tecnicamente ” chumbado pelo CNE (Comissão nacional Eleitoral). Afinal aquilo que justificava ficar o Governo com o registo – a operacionalidade – foi reprovada por um órgão recentemente criado sem a capacidade de estar em tudo que é sítio e nem deter a informação que o Governa certamente armazena. É incrível que a diferença seja a “desminagem ” para a qual se precisa de mais tempo? E que os prazos adiantados pelo Governo não são razoáveis? Foram preciso 4 meses para se dizer isto. Não se vê que está- se propositadamente a empolar a questão?

A preparação das eleições também não é uma questão meramente técnica. É sobretudo política e decorre da vontade política de democratizar acima da vontade de qualquer força ganhar. O Governo quer preparar eleições para renovar o mandato, não propriamente para realizar a democracia. Este é que é o grande problema.

4. E QUE MAIS...

De certeza que nestas condições vamos ver que parte do eleitorado, aquele que se encontra no exterior não vai poder votar. Ou se altera a vontade política para realizar eleições, ou o povo pressiona, ou então os nossos compatriotas do exterior que querem partilhar o direito de votar não o vão fazer. Para mim isto é preocupante. Não se pode pedir as pessoas para regressarem, que contribuam para o desenvolvimento deste país, sem lhes dar o direito que têm de decidir o poder. Cabo Verde sem petróleo, mas com vontade política democrática, registou os seus cidadãos aqui em Angola. Angola corre a vergonha de não registar para as eleições os seus cidadãos que se encontram em Cabo Verde ou em outro lado qualquer do mundo. As eleições continuam ainda a ser um bicho de sete cabeças para o actual regime!

Artigo de Opinião, assinado por Filomeno Vieira Lopes e publicado no Jornal Angolense Secretário para os Assuntos Parlamentares e Cívicos da FpD – Frente para a Democracia

Jan 20, 19:29 Fonte:Angolense

Bank Millennium Angola nasce em Fevereiro Jornal de Angola

As sucursais que o Bank Millennium tem em Angola vão-se transformar em banco de direito angolano, já em Fevereiro próximo, com três agências inicialmente e um plano de expansão em perspectiva. A garantia foi dada pelo presidente do Millennium BCP, Paulo Teixeira Pinto, para quem “O processo formal estará concluído em Fevereiro ”.

Com um capital inicial que será a conversão dos actuais activos, o banco será detido inicialmente na totalidade pelo Millennium BCP que, “num segundo momento, abrirá o capital a investidores locais ”, adiantou o presidente do maior banco privado português.

O plano de expansão do Bank Millennium Angola também será traçado futuramente, mas, para já, é nos três mercados “core” - Portugal, Polónia e Grécia - que continua focada a maior atenção do grupo.

“ O Millennium não é um banco português com operações no estrangeiro, mas sim um grupo europeu (...) e a nossa estratégia é crescer e crescer muito organicamente nos mercados “core ”, frisou Paulo Teixeira Pinto, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do polaco Bank Millennium.

Quanto a outras vias para crescer, e depois de ter perdido a compra do romeno BCR, Paulo Teixeira Pinto diz que “é cedo ” falar da hipótese, colocada por alguns analistas, de lançar um banco de raiz na Roménia e mantém que o BCR era “uma oportunidade única ” Em Outubro último, Paulo Teixeira Pinto chegou a afirmar, em Luanda, que o processo de constituição do banco estava já concluído.

“ O processo está concluído, está tudo em ordem, vamos passar para uma nova fase da nossa presença em Angola, de uma sucursal para um banco de direito angolano ”, afirmou, acrescentando: “Não queremos que o Millennium Angola seja apenas um banco de direito angolano, queremos que seja um banco angolano, com um comportamento e uma atitude a pensar em Angola ”, salientou.

Paulo Teixeira Pinto adiantou ainda que os objectivos do Millennium Angola passam por atingir “a liderança do mercado ”, apesar de admitir que essa meta não será alcançada a curto prazo.

“ A nossa vocação é oferecer a melhor qualidade de serviços e atingir a liderança do mercado. Não queremos ser apenas mais um banco em Angola, queremos ser o maior banco de Angola ”, afirmou, acrescentando que o Millennium Angola vai actuar no sector dos particulares e das empresas.

Nesse sentido, revelou que está prevista a abertura de seis balcões em Luanda durante este ano, além de três agências em Benguela, Lobito e Cabinda.

Jan 21, 16:34 Fonte:Jornal de Angola

Semanario060121-27

O ano de 2006 vislumbra-se neste mês de Janeiro incerto para vários executivos do sistema bancário, tal como leva a concluir uma multiplicidade de cenários que se começaram a formar em Dezembro último, quando o Banco Nacional de Angola (Bna) autorizou a constituição de um novo banco comercial e o Presidente da República anunciou a criação do um Banco de Desenvolvimento de Angola.

Informações disponíveis no Semanário Angolense dão conta que o Bna autorizou em Dezembro a constituição do Banco de Negócios Internacionais (Bni), uma instituição que fontes não oficiais atribuíram a Mário Palhares, recentemente afastado das funções executivas que exercia na qualidade de presidente do Conselho de Administração do Banco Africano de Investimentos (Bai). As funções executivas foram transferidas para uma comissão liderada por Massano Júnior, que saiu expressamente do Bpc para este efeito.

Fontes dos serviços de Supervisão Bancária do Bna confirmaram, em declarações prestadas ao Semanário Angolense, que realmente tinha sido concedida, em Dezembro último, uma licença para a constituição de um banco designado pelas iniciais Bni, mas não quiseram pronunciar-se sobre a estrutura accionista e o capital da nova instituição.

Parece, aliás, que os autores da ideia da constituição do novo banco ainda não decidiram totalmente, ou não entregaram ainda ao Bna a matéria relacionada com a estrutura accionista do Bni, algo que é exigido pela própria Lei das Instituições Financeiras.

Essa Lei estabelece os processos de criação de bancos em três fases, a primeira das quais é a formalização da autorização para a constituição de novas instituições, o que no caso do Bni ficou completado em Dezembro.

Um segundo passo processa-se até ao fim dos três meses que se seguirem à data da concessão de licença, um período no qual os solicitantes devem entregar ao Bna os elementos que conformam a estrutura accionista do banco, algo que os criadores do Bni podem fazer até ao fim do próximo mês de Fevereiro.

Fontes não oficiais disseram ao Semanário Angolense que um dos donos da ideia do Bni seria Mário Palhares, que abandonou o Bai num período que se seguiu a uma reunião solicitada pelo Presidente José Eduardo dos Santos para clarificar a estrutura accionista deste último banco.

Embora maioritariamente detido pela Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), o Bai é participado por capitais de pelo menos quatro accionistas privados, todos eles detentores de cargos políticos.

Ao longo do tempo, não estiveram definidas as participações desse grupo de accionistas, o que terá gerado mal-entendidos agora atribuídos a Mário Palhares, originando em grande medida o seu afastamento do posto de presidente do Conselho de Administração do Bai. Um segundo motivo terá sido a sua intenção de formar o Bni.

Este acontecimento vem juntar-se a outros já previstos e motivados pela intenção de Amadeu Maurício sair do posto de governador do Bna, o que levaria a que o actual presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito (Bpc), Paixão Júnior, fosse ocupar o posto que vagaria no Bna.

Afirma-se que em consequência disso, o presidente do Conselho de Administração do Banco de Comércio e Indústria (Bci), Generoso de Almeida, transitaria com a mesma função para o Bpc e que Coutinho Miguel, vice- presidente do Conselho de Administração do Banco Sol, fosse para o Bci.

Mas esse seria apenas o cenário mais provável, porquanto Coutinho também estaria em vias de ser indicado para o posto de governador provincial de Malanje numa hipotética remodelação governamental, com o que a movimentação de quadros bancários envolveria muitas mais pessoas.

Informações obtidas por este jornal em Dezembro já diziam que Mário Palhares sairia do Bai, mas concluíam que o faria para concorrer ao assento do governador do Bna juntamente com quatro administradores do banco central, nomeadamente Marinela Ribas, Rui Mingueis, Alberto Silva e Celestino Kanda.

Por outro lado, mais recentemente, as factos dizem que Coutinho Miguel estaria a ser o nome mais cogitado para presidir o Banco de Desenvolvimento de Angola anunciado pelo Presidente da República na sua mensagem de ano novo.

Na actual conjuntura angolana, a formação de um banco de desenvolvimento é encarada como promissora para a economia, uma vez que, pelas suas especificações, dedicar-se-ia a conceder empréstimos de médio e longo prazos a taxas de juro mais baixas do que aquelas actualmente solicitadas pela banca comercial.

Os acenos do governo a Coutinho Miguel, um executivo do Banco Sol, não são casuais. Embora constituído como um banco privado, esse banco especializado no micro- crédito é em certa medida participado por capitais estatais, os quais estariam a ser representados por esse gestor.

Nos últimos tempos, no quadro do seu interesse de enviar professores e enfermeiros para as zonas mais recônditas do país, o Governo chegou a destinar dez milhões de dólares para que o Banco Sol os intermediasse, concedendo micro-crédito a profissionais dessas duas classes que quisessem fixar-se fora das áreas urbanas.

Mas o Banco Sol passou a limitar muita da sua vocação, sobretudo depois de Sebastião Lavrador, o antigo governador do Bna que fundou e preside aquele banco, se ter juntado a Fernando Teles, Isabel dos Santos e ao investidor português Américo Amorím no Banco Internacional de Crédito (Bic).

Sebastião Lavrador abrandou as suas responsabilidades no Banco Sol, passando-as ao filho Paulo Sérgio Lavrador. Com isso, ele passou a dedicar-se quase exclusivamente ao Bic, um banco em que os números cresceram a uma rapidez impressionante entre Junho e Setembro, nos seus primeiros quatro meses de funcionamento.

Naquele período, os activos deste banco cresceram de 39.5 milhões de dólares, para 110.2 milhões, enquanto que os depósitos aumentaram de 27.6 milhões para 103.6 milhões.

Embora as discussões sobre as supostas «mexidas» nas administrações dos bancos públicos ou para-públicos ocorram num ambiente de alto sigilo, chegando mesmo a passar despercebida aos ouvidos dos interessados, a verdade é que um clima de nervosismo se instalou em face das incertezas que muitos deles vislumbram para as suas carreiras profissionais.

No Bna, por exemplo, onde Amadeu Maurício estaria a aguardar que um hipotético pedido de demissão fosse atendido, uma corrida ao posto de governador empreendida por colaboradores que lhe são próximos poderia estar a crispar o relacionamento entre os administradores do banco central. Mário Palhares não estará sozinho

Há indicações de participação de Tchizé dos Santos no Bni

Embora ainda não sejam conhecidos outros accionistas do Bni, o surgimento do nome de Mário Palhares isoladamente associado à ideia da constituição desse projecto levanta sérias dúvidas nos círculos bancários.

Nesses meios, não se acredita que Mário Palhares pudesse, sozinho, «tocar p’ra frente» um projecto do género, sobretudo pelas relações crispadas que mantém com alguns membros da Equipa Económica do Governo, mas mais ainda com o ministro-adjunto do primeiro-ministro (ver texto ao lado), Aguinaldo Jaime, tal como disseram presumir fontes deste jornal.

Suspeita-se que dificilmente Mário Palhares fosse conseguir licença para constituição de um banco, donde surge a associação de outros nomes ao projecto em que, por enquanto, apenas o presidente do Conselho de Administração do Banco Africano de Investimentos (Bai) dá a cara.

E um desses nomes é o de Welwitchia dos Santos, «Tchizé», filha do Presidente José Eduardo dos Santos. Supostamente, foi a sua ligação que viabilizou a autorização da constituição do Bni em tempo considerado expedito para a burocracia do Bna.

«Tchizé» dos Santos tem liderado ou simplesmente detém participação bastante dispersa em projectos económicos, onde se incluem empreendimentos editoriais, do ramo da construção automóvel, como é o falhado projecto da Ancar Automóveis de Angola para a montagem de viaturas Volkswagen e Skoda no nosso país.

Embora este último projecto seja presentemente dado como abortado, ele já envolveu gastos consideráveis, sobretudo com a realização do capital da sociedade conformada pela Ancar, em que cada um dos accionistas entrou com um capital de 600 mil dólares.

Segundo afirmam fontes deste jornal, a filha do Presidente não está, neste momento, em condições de declarar a sua associação a um projecto bancário, pelas implicações políticas nefastas que tal teria sobre a imagem do seu pai.

José Eduardo dos Santos tem estado a pronunciar-se publicamente por um sistema equitativo de distribuição da riqueza e dos rendimentos em Angola, como o fez na sua mensagem de ano novo, no que não é ajudado pela vocação de negociantes favorecidos que é atribuída a alguns dos seus descendentes.

Enquanto a sua primogénita, Isabel, empreende altos voos com a sua participação financeira em endinheiradas empresas como a Unitel, Nova Cimangola e o Banco Internacional de Crédito (Bic), Ascorp e outros empreendimentos, Zenu, o primeiro filho varão do Presidente, é apontado como provável aquisitor de parte do capital que uma subsidiária da Sonangol encara passar proximamente para o capital privado.

Mas embora a alienação do capital da seguradora Aaa, que fontes deste jornal disseram que teria em Zenu um dos licitadores, tivesse sido desmentida por fontes da empresa, parece provável que tal venha a acontecer, conforme quiseram deixar claro as fontes que se disseram conhecedoras do processo.

Segundo se alega, o estado teria a intenção de passar parte do capital da seguradora, para investidores privados, estando o filho varão do Presidente interessado em disputar uma participação nessa empresa.

Pelo que parece, são contingências políticas que conduzem ao encobrimento dos supostos associados de Mário Palhares, como «Tchizé» dos Santos, nesse eventual negócio.

Washington Post

19 January 2006

Diplomats Will Be Shifted to Hot Spots

Rice Also Plans to Elevate USAID Chief

Secretary of State Condoleezza Rice said yesterday that she will shift hundreds of Foreign Service positions from Europe and Washington to difficult assignments in the Middle East, Asia and elsewhere as part of a broad restructuring of the diplomatic corps that she has dubbed "transformational diplomacy."

The State Department's culture of deployment and ideas about career advancement must alter now that the Cold War is over and the United States is battling transnational threats of terrorism, drug smuggling and disease, Rice said in a speech at Georgetown University. "The greatest threats now emerge more within states than between them," she said. "The fundamental character of regimes now matters more than the international distribution of power."

As part of the change in priorities, Rice announced that diplomats will not be promoted into the senior ranks unless they accept assignments in dangerous posts, gain expertise in at least two regions and are fluent in two foreign languages, citing Chinese, Urdu and Arabic as a few preferred examples.

Rice noted that the United States has nearly as many State Department personnel in Germany -- which has 82 million people -- as in India, with 1 billion people. As a first step, 100 jobs in Europe and Washington will be immediately shifted to expanded embassies in countries such as India, China and Lebanon. Many of these diplomats had been scheduled to rotate into coveted posts in European capitals this summer, and the sudden change in assignment has caused some distress, State Department officials said.

Officials said that ultimately as many as one-third of the 6,400 Foreign Service positions could be affected in the coming years.

Separately, today Rice plans to unveil a restructuring of U.S. foreign assistance, including announcing the nomination of Randall L. Tobias as the new administrator of the U.S. Agency for International Development. Officials said Rice plans to elevate the USAID post, giving Tobias -- a former Eli Lilly chief executive who now heads the administration's global AIDS relief program -- an office and a planning staff in the State Department. Rice will designate Tobias as having a rank equivalent of deputy secretary of state.

Although the move stops short of merging USAID with State, it is intended to draw the agency closer into the department's fold, the officials said. Additionally, the new director will be given broader authority over a range of foreign assistance accounts now managed by separate entities. "Effectively, this will allow a single person to have visibility into these various accounts," a State official said.

Anticipating such a change, some outside the government have warned that it could result in a greater politicization of foreign assistance. "We're concerned that the same priority won't be given to long-term development as resources are siphoned to support shorter-term diplomatic or military objectives," said Jim Bishop, a senior officer of InterAction, the largest coalition of non-governmental U.S. aid groups.

But State Department officials described the restructuring as necessary to reverse a growing fragmentation of foreign assistance programs in recent years and to ensure more effective and focused spending overseas.

The two announcements -- combined with changes announced Tuesday to streamline the movement of people and goods across U.S. borders -- are intended to fill in the details of Rice's promise to make what she calls transformational diplomacy the hallmark of her tenure as secretary of state.

"These proposals are part of the secretary's continuing strategy to dramatically increase America's engagement and dialogue with the world," said Jim Wilkinson, senior adviser to Rice.

Rice has described the notion of transformational diplomacy as a shift from merely reporting on events to influencing them to foster the growth of democratic states worldwide.

Under the plan outlined yesterday, Rice will expand the U.S. presence by encouraging the spread of new one-person diplomatic outposts, now located in a few cities such as Alexandria, Egypt, and Medan, Indonesia. "There are nearly 200 cities worldwide with over 1 million people in which the United States has no formal diplomatic presence," Rice said. "This is where the action is today."

The move is intended to bring U.S. diplomats -- now often barricaded in fortified embassies -- closer to the mood in the streets.

The State Department will also expand the use of interactive Web sites maintained by diplomats to communicate with foreign citizens, promote the creation of rapid-reaction forces to deal with regional problems and seek to work more closely with military officers to promote the stability of nations after conflicts, Rice said. Jornal de Angola

19 de Janeiro

Mais 5 mil podem entrar na Função Pública

O ministro da Administração Pública Emprego e Segurança Social, Pitra Neto, anunciou ontem, em Luanda, a possibilidade de enquadramento de novos funcionários no sector público nos próximos tempos, estimando-se em três ou cinco mil o número de trabalhadores a inserir.

Entretanto, advertiu noutra passagem da sua alocução que a admissão de funcionários nos serviços públicos será cada vez mais reduzido, em relação ao número de postos de trabalho que a economia vai criar. “As nossas estimativas são que o Estado irá admitir cada vez menos, em razão da geração de postos de trabalho que a economia vai criando”, referiu o governante em entrevista ao programa Manhã Informativa da Rádio Nacional de Angola.

Pitra Neto, que se referia à admissão de pessoal na administração pública, acredita que o número de vagas hoje deve estar em linha de conta com as necessidades e possibilidades de investigação de novos estabelecimentos públicos.

Neste âmbito, sublinhou, o ministério vai organizar proximamente um colóquio sobre o emprego em Angola-perspectivas e soluções, onde será dada a conhecer as oportunidades de novas vagas nos serviços públicos.

Neste colóquio, segundo disse, o mais importante será conhecer as áreas do país, os ramos da economia e as especialidades que serão necessárias para os vários projectos de reconstrução nacional.

UN Integrated Regional Information Networks

January 18, 2006

Angola; Resettlement, Land Reform Boost Agricultural Production

Angola's ongoing agricultural recovery is being driven by the successful return and resettlement of displaced people and refugees, and a land reform programme granting property rights to rural farming communities.

According to official figures, agriculture accounted for 12 percent of GDP last year, up from eight percent the year before. Angola has experienced three consecutive years of improved harvests, but pockets of food insecurity remain due to regional disparities in crop production and the difficulty of moving food from surplus areas to deficit areas.

The primary land reform objective has been to promote the agricultural sector and so far almost four million people have benefited from the reform programme, according to a report by researcher Antonio David.

Government support for returnees, ex-combatants and formerly internally displaced persons (IDPs), with the help of UN agencies and NGOs, has resulted in a "great contribution from these groups to their communities, because the majority produce their own food to feed their families and gain an income", David noted.

Improved harvests and a steady reduction in the number of people in need of food aid showed that the "land reform process and resettlement programme of returnees ... can have an impact on food security if the government brings enough support to these groups", he added.

Jean-Francois Dontaine, of the UN Food and Agriculture Organisation (FAO) in Luanda, told IRIN that "with the support of the international community, government's efforts to support agriculture [have led to] better production every year". However, "the problem at the moment is there's less and less support from the international community", although the government continued to prioritise the sector in terms of resource allocations.

"This is an agricultural country - the major part of the population depends on agriculture for their livelihoods - we have to improve the sector and support new technologies for production," Dontaine pointed out. "I think the sector is on the right track, but we must continue to improve services linked to agriculture, and if the government continues to invest in agriculture through their extension services etc., then things will continue to improve year after year."

In terms of the impact positive resettlement of returnees has had on agricultural production, Dontaine noted that "many of the IDPs that were resettled in 2002/03 are into their second or third [harvest] cycle". He said "there was a huge effort from the international community to support the distribution of agricultural inputs" and beneficiaries had received inputs at the right time.

Rehabilitation of the transport infrastructure has also been stressed. "It's very important - if they [farmers] have no access to markets, it's a problem. We need access to isolated areas and to improve production there but, also, we have to support the commercialisation of that production," Dontaine commented.

A new land law, passed in November last year, could improve Angola's agricultural prospects, said FAO official Odilio Fernandes. "One of the main problems before was access to land. The new law is addressing that issue and allowing communities to access land and register it, so they will have legal rights to the land," Fernandes noted.

Although the new law would not entirely eliminate the possibility of conflict over land, it was a step in the right direction. "Some conflict may arise but we are training communities to prepare their own land delimitation, so they can take it to the ministry for registration," Fernandes said. "In [the central] Huila province we've helped three communities to register their land and they now have the documents to prove they are the owners of the land."

Angola Press Agency

January 19, 2006

Angola; Sale of Treasury Bills Earns USD 750 Million

The sale of Angola's Reserve Bank (BNA) Treasury Bills earned USD 750 million last year, against the USD 389 million of the previous year, said Finance deputy minister, Severim de Morais.

The deputy minister was addressing the opening of the seminar on "Alternative sources of financing", jointly sponsored by the Finance Ministry and the Embassy of Sweden in Luanda. He said on the occasion that in its quest to attract more internal savings in 2003, when the Treasury Bills were first launched, the State earned USD 150 million.

According to Severim de Morais, the Government's intention in launching the T- Bills was to shift the sources of financing that in 2004 recorded external loans of about USD 1.8 billion, on guarantees based on supply of oil.

The deputy minister said that with the new macro-economic scenario prevailing in the country, the Angolan State estimates to reach internal savings of five billion USD this year. The relaunch of the economy and control of inflation, he said, enabled Angolan State to get financings out of the oil guarantee in 2005.

The Government, he noted, is using lines of financing with commercial characteristics, as the negotiations with the International Monetary Fund (IMF), intended to attract concessionary credits, are still to be complete.

The official added that the loans obtained from other international financial institutions are insufficient to meet the country's reconstruction tasks, hence the need for an accord with the IMF for concessionary credits.

Although the external debt, estimated at eight billion US Dollars, is sustainable, Saverim de Morais said the debit corresponds to 35 percent of the Gross Domestic Product, with 50 percent of its value being related with the arrears.

In view of the standstill in the talks with the IMF, Severim de Morais said, the Government signed accords with countries that showed readiness to negotiate its debt, followed by the opening of credit lines.

As to the State Budget for 2006, Severim de Morais said the diploma recorded substantial improvements as the expenditures in capitals and investments correspond to 42 percent of the value, against the 20 percent of 2005.

This year's State Budget, he stressed, places more relevance on the programmes of rehabilitation of roads, bridges, schools, hospitals and construction of infrastructures in the rural areas, with a view to reaching food self- sufficiency, which witnesses the Government's commitment to rebuilding the country.

The seminar on "Alternative sources of financing" closing on Friday, is aimed at the expanding cooperation between Angola and Sweden and transmit to the authorities dealing with resources coming from external sources the necessary management skills.

The meeting is being attended by representatives of various ministries and State- run Savings and Credit Bank (BPC) officials.

U.S. Department of Energy

Energy Information Administration

January 19, 2006

ANALYSIS BRIEF ON ANGOLA

Angola's economy has grown rapidly over the last few years, which is attributed to the ongoing oil boom in the sub-Saharan African country. Approximately 90 percent of Angola's government revenues come from the sale of oil, while earnings from diamond exports make up around seven percent. In 2005, Angola's real gross domestic product (GDP) growth rate was 14.4 percent, and the forecast GDP growth rate for 2006 is 14.6 percent. Although economic growth is strong, Angola remains one of the poorest countries on the African continent. Agriculture sustains two-thirds of Angola's population, who continue to live on $1 per day.

The Angolan government has sought international aid in efforts to rebuild the country's infrastructure, which was damaged in 27 years of civil war. As part of this effort, the Angolan Government and the International Monetary Fund (IMF) were engaged in dialogue over a future lending program in 2005. The IMF has asked that Angola disclose information pertaining to foreign debt, provide timely macroeconomic statistics, have a single government account at the Central Bank and increase dialogue on oil revenue management. Meanwhile, the World Bank has approved two investment projects; (1) a credit facility of $24.9 million for post-conflict and rehabilitation program, and (2) a grant worth $25.8 million.

In 1980, Angola, in collaboration with eight African nations, founded the Southern African Development Community (SADC). At its core, SADC is working to create peace and security while promoting development and economic growth in southern Africa. In addition to SADC, Angola is a member of the Common Market for Eastern and Southern Africa (COMESA), a 20-member organization working to liberalize trade and promote regional integration. Angola is also a member of the African Union (AU), which works towards sustainable development.

World Markets Analysis

January 19, 2006

Agricultural Production in Angola Improves Through Resettlement and Land Reform

Agricultural production in Angola continues to expand as the country recorded its third year of improved harvest output. The sector now accounts for 12% of GDP from around 8% in 2004. The ongoing recovery is driven primarily by the successful return and resettlement of internally displaced people (IDP) and refugees, a joint effort between the Angolan government, UN agencies and non- governmental organisations (NGOs). A huge effort was launched by international agencies to support the distribution of agricultural inputs to newly resettled farmers on time. Although the Angolan government is continuing with agricultural support programmes, less assistance is being received from the international community. The government further introduced a new land law in November 2005, allowing communities to access land and register it so that an individual legally owns the property - another factor boosting agricultural output in recent years.

Significance : The majority of Angola depends on agricultural output for its livelihood. The improvement in the sector's performance has therefore enhanced the country's food security, with less locals dependent on emergency food assistance. However, some parts of the country remain vulnerable to food insecurity due to regional disparities in crop production and the difficulty of moving food from surplus areas to deficit areas. The rehabilitation of the country's transport infrastructure needs urgent attention to overcome this problem.

Secil investe USD 100 milhões em cimento Jornal de Angola

A cimenteira portuguesa SECIL vai investir mais de 100 milhões de dólares na construção de uma fábrica de cimento no Lobito, Angola, que representará cerca de um quinto da actual capacidade de produção da empresa.

“ Actualmente, a SECIL tem uma capacidade de produção instalada de cerca de 5,5 milhões de toneladas de cimento por ano. A nova fábrica representará um quinto dessa capacidade ”, afirmou Carlos Alves, presidente da SECIL.

Carlos Alves, que falava à margem da cerimónia que assinalou o início oficial da actividade da SECIL Lobito, uma parceria entre a SECIL e o Estado angolano, salientou que a nova fábrica “ vai desempenhar um papel muito importante ” no contexto da cimenteira portuguesa, que também possui unidades de produção no Líbano e na Tunísia. “Esta é uma aposta em Angola, acreditamos no desenvolvimento do país ”, afirmou Carlos Alves.

Na mesma perspectiva, o embaixador de Portugal em Angola, Francisco Xavier Esteves, destacou o facto de a nova fábrica de cimento representar “o maior investimento estrangeiro em Angola, fora de Luanda ”, excluindo os sectores do petróleo e dos diamantes.

“ É mais uma demonstração do interesse das empresas portuguesas investirem em Angola ”, frisou, acrescentando que, neste caso concreto, trata-se de “ um investimento num sector estruturante da economia, fundamental na actual fase de reconstrução do país ”.

A importância da nova fábrica de cimento que a SECIL vai construir no Lobito foi também destacada pelo vice- ministro angolano das Obras Públicas, José Ferreira, salientando que as duas fábricas de cimento actualmente existentes no país “não chegam para as necessidades ”. “ O preço do cimento ainda é muito alto no mercado, o que encarece o custo das obras” , frisou.

Segundo o vice-ministro, a actual produção nacional de cimento é de cerca de 1,7 milhões de toneladas por ano, mas acrescentou que a “meta do Governo é atingir uma produção anual de sete milhões de toneladas em 2009 ”.

A nova fábrica de cimento que a SECIL vai construir no Lobito já tem o projecto concluído, devendo as obras começar em meados deste ano. O investimento previsto ultrapassa 100 milhões de dólares, prevendo-se que a nova unidade esteja pronta no final de 2008 ou princípios de 2009, com uma capacidade de produção inicial de 600 mil toneladas por ano.

“ Em função das necessidades do mercado, poderemos aumentar a produção até cerca de 1,5 milhões de toneladas por ano ”, revelou José Gaspar, director da actual fábrica da SECIL no Lobito.

A unidade actualmente a funcionar, onde foram investidos, nos últimos cinco anos, cerca de 16 milhões de dólares para a reabilitar e modernizar, produz actualmente 12 mil toneladas por mês.

“ Devemos chegar às 20 mil toneladas por mês até Junho, mas nesta fábrica já não há muito mais a fazer ”, afirmou José Gaspar, em declarações à Lusa, justificando a necessidade de ser construída uma nova unidade de raiz.

A SECIL Lobito, cujo início de actividade foi, quinta- feira, formalmente assinalado, resulta de uma parceria entre a SECIL, que detém 51 por cento do capital, e o Governo angolano, que assume os restantes 49 por cento.

Jan 21, 16:32 Fonte:Jornal de Angola

Jornal de Angola

20 de Janeiro

Cimento Angola quer chegar às sete milhões de toneladas

O Governo angolano pretende aumentar, até 2009, a produção de cimento do país para sete milhões de toneladas/ano. Este dado foi prestado ontem, no Lobito, pelo vice-ministro das Obras Públicas e Urbanismo, José Ferreira, durante a inauguração da fábrica de cimento da Secil Marítima.

De acordo com aquele dirigente, este número irá representar um passo chave no desenvolvimento e na reestruturação do país, porém acresceu que só será alcançado em parceria com empresas privadas do ramo cimenteiro interessadas em investir em Angola.

Para José Ferreira, as duas únicas fábricas de cimento existentes no país não conseguem ainda satisfazer a demanda do mercado e o facto do seu nível de produção ter baixado mais em relação aos anos anteriores é um facto que prejudica bastante a celeridade das obras de reabilitação das infra-estruturas.

“O preço do cimento ainda é muito alto e isto torna também elevado o valor das obras. A indústria cimenteira assume assim um papel importante no desenvolvimento e recuperação das infra-estruturas daí a necessidade de haver mais fábricas do género no país”, disse.

O aumento dos níveis de produção passa a ser, na opinião do vice-ministro, a saída ideal para a actual fase, pois com este aumento poder-se-á baixar significativamente os custos de produção e consequentemente reduzir o valor de compra deste produto.

A finalização das obras de reabilitação do Caminho-de-Ferro de Benguela foi apontada como sendo outra mais-valia, principalmente para a nova cimenteira do Lobito, porque permitirá a esta empresa escoar com mais celeridade os seus produtos para as regiões do centro e sul do país, por sinal as que mais necessitam de uma reabilitação urgente.

A nova fábrica, denominada Secil Lobito–Compa-nhia de cimentos do Lobito, SA, é resultado de uma parceria entre o Governo angolano e português, que irá permitir, segundo o seu director fabril, José Gaspar, colocar no mercado cerca de 38 toneladas de cimento hora e têm igualmente a capacidade de disponibilizar 250 mil toneladas ano.

Segundo o presidente da comissão executiva da Secil Portugal, Carlos Alves, este cálculo foi efectuado com base nesta fase inicial, porque após a sua reparação completa, orçada em mais de 100 mil dólares, a Secil Lobito poderá colocar no mercado uma quantidade muito maior de cimento.

RTP Internacional (Lisboa)

December 1, 2005

PORTUGUESE MINISTER PROMISES END TO VISA PROBLEMS FOR ANGOLANS

[Presenter] Today in Luanda the foreign minister reaffirmed the Portuguese government's intention to normalize the concession of visas for entry into Portugal to Angolan citizens. This is the first day of [Diogo] Freitas do Amaral's visit to Angola.

[Reporter] Freitas do Amaral has noted the work carried out on the consulate general of Portugal in Luanda. There is no longer the despair of hundreds of Angolans, who faced a series of barriers to get simple visas to enter Portugal.

[Freitas do Amaral, RTPINT, 13:35:57] First. There were grounds for the complaints that the foreign minister of Angola, Joao Miranda, put to me in September in New York.

Not because there had been any bad will on the part of Portugal, or any change in the visa policy but there was a staff shortage. Second. I reacted and the same week, on the telephone, from New York to Lisbon, I ordered three specialized staff to be sent here. [13:36:22]

[Reporter] Freitas do Amaral said he would make the consulate general in Luanda into a model for the whole Portuguese consular network. He has announced a new plan for the issue of visas in the Christmas period.

[Freitas do Amaral, RTPINT, 13:36:34] The first phase is the most urgent, immediate, measures even before Christmas, to deal with the great demand which there is around Christmas. The second phase will last three or four months, to complete what remains to be done. I hope we are going to achieve this and the modernization of the consular network, promised for so many years and always postponed, is going to begin with the consulate general in Luanda. [13:36:55]

[Reporter] The story of visas is over at least for now, a situation which has seriously inconvenienced hundreds of Angolans who tried to enter Portugal in the summer months. It remains now to be seen if during the Christmas period, a period in which there is also peak demand for visas to enter Portugal, the sad situation of the recent past will not repeat itself.

Financial Times (London)

December 1, 2005

Angola aims to redistribute its oil wealth The majors are being squeezed out as Luanda seeks smaller companies to tap into its undiscovered resources

Big international energy companies are being forced to loosen their grip on one of the world's most important oil provinces as Angola relaunches bidding for several of its most promising potential oil fields.

Senior officials of Sonangol, the central African country's state oil company, this week travelled to London to drum up interest for exploration in areas that until recently were key assets in the portfolios of companies such as Total of France, BP of the UK and ExxonMobil of the US.

"We want to have a mixture of companies in Angola. Big majors, independents, but also small companies," Carlos Saturnino, director of negotiations, said in an interview, giving one explanation for why Angola chose not to extend contracts with oil majors when they expired in 2002 and 2003.

Major oil companies from the US and Europe control 72.5 per cent of the Dollars 40bn (Euros 34bn, Pounds 23bn) worth of Angola's oil assets that are already under development, according to Catriona O'Rourke, of Wood Mackenzie, the consulting group.

"For the Angolans it would be healthier to have more competition," she said, adding that the big international oil companies on the other hand would be unhappy to lose territory in Angola. "Angola is probably in the top five of their most important places to invest."

The redistribution of what could prove to be as many as 10bn barrels of yet undiscovered oil is not only a blow to major international energy groups struggling to compete against Chinese and Indian national oil companies and independent western companies. It is also a potential setback to Washington's drive to develop Africa as an alternative supplier to the Middle East.

Angola, sub-Saharan Africa's second largest oil producer after Nigeria, provides 4 per cent of US oil imports, and aims almost to double its production to 2m barrels a day. High oil prices and a lack of alternatives make Angola all the more attractive to companies and consuming countries - especially the US and China - seeking new reserves.

Mr Saturnino said: "The Chinese are fighting to have access to different sources of energy. All the major Chinese oil companies are competing in Angola." He added that the Chinese brought other benefits, such as financial support, even though they might not have the technical expertise of the big international oil companies.

Companies from India, Thailand, South Korea, Brazil and a host of independent and smaller players are also interested. Some will compete with the big companies, while others will bid for smaller fields that are of less interest to the larger players.

People close to Sonangol said signing bonuses payable to Angola for each block could exceed Dollars 100m. Sonangol has also been able to make other demands. The company has drummed up more than enough interest from foreigners in its otherwise unattractive refining business by linking it to the bidding for the exploration blocks, said Syanga Abilio, vice-president at Sonangol.

Angola's ability to call the shots today starkly contrasts with the early-to-mid- 1990s when it was entrenched in war and most of the negotiating power rested with major international oil companies. It was then that Exxon, BP and Total signed their original contracts for blocks. But the unexplored areas of those blocks are now being reoffered.

Angola's relationship with the major oil companies had become strained, oil executives said, offering a second potential explanation. Many analysts attribute Total's loss of its block to the row between Luanda and Paris over the extradition of Pierre Falcone, a French businessman who was given Angolan diplomatic immunity while being investigated by the French authorities for illegal arms trafficking to Angola.

But international oil companies are likely to remain important players in the country. Both sides still need each other, even if the balance of power is swinging towards Luanda. Just what that means for international oil companies' fortunes will become apparent in mid-February when the bid envelopes are opened.

Energy Compass December 2, 2005

Angola Press Agency

December 1, 2005 Thursday

U.S. Plane Manufacturer Opens Office in Luanda

US airplane manufacturer "Boeing" opened an office in Luanda intended to provide technical and operational assistance to the Angolan airline (TAAG).

The office has been working since October this year and has at its head engineer David Beberfall, says a press note delivered Thursday to Angop.

Under the assistance, Boeing will train TAAG staff at higher and basic in the process of integration of the new fleet of six planes, as part of the Working Together accord, signed in October.

Títulos do Tesouro arrecadam 750 milhões de dólares em 2005

A venda dos Bilhetes do Tesouro do Banco Nacional de Angola (BNA) atingiu em 2005 o valor de 750 milhões de dólares, contra os 389 milhões arrecadados em 2004, disse hoje, em Luanda, o vice-ministro das Finanças, Severim de Morais.

Ao falar na abertura do seminário sobre "fontes alternativas de financiamento", numa promoção entre o Ministério das Finanças e a embaixada da Suécia no país, o governante disse que, na perspectiva de captar mais poupança interna, em 2003, altura em que se fez o lançamento dos títulos do tesouro, o Estado arrecadou 150 milhões de dólares.

De acordo com Severim de Morais, a intenção do Governo em lançar os títulos do tesouro visou mudar as fontes de financiamento que em 2004 registou empréstimos externos na ordem de um bilião e 800 milhões de dólares e cuja garantia real foi o petróleo.

Segundo o governante, com o novo cenário macroeconómico reinante no país, para o ano em curso há previsões do Estado conseguir poupança interna no valor de cinco biliões de dólares.

O relançamento da economia e a desaceleração da inflação, esclareceu, permitiram ao Estado obter, em 2005, financiamento sem garantias com o petróleo.

O Governo, notou, está a utilizar linhas de financiamento com características comerciais, porque as negociações com Fundo Monetário Internacional (FMI), que permitirão a obtenção de créditos concessionais, ainda não foram concluidas.

O responsável acrescentou que os empréstimos contraídos noutras instituições financeiras internacionais são insuficientes para fazer face à tarefa da reconstrução do país, razão pela qual disse ser necessário assinar um acordo com o FMI para obtenção de créditos concessionais.

Apesar da dívida externa, avaliada em oito biliões de dólares, ser sustentável, Severim de Morais disse que o débito corresponde a 35 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), sendo 50 por cento do seu valor relacionado com os atrasados.

Face ao impasse nas negociações com o FMI, salientou, o Governo rubricou acordos com países dispostos a negociar a sua dívida e a consequente abertura das linhas de crédito.

No tocante ao Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2006, Severim de Morais disse que o diploma registou melhorias substanciais, pelo facto das despesas de capitais e investimentos corresponderem a 42 por cento do valor, contra os 20 por cento de 2005.

O OGE para este ano, acentuou, presta maior relevância aos programas de reabilitação de estradas, pontes, escolas, hospitais, assim como a construção de infra- estruturas para o meio rural a fim de se atingir a autosuficiência alimentar, facto que demonstra os esforços do executivo em reconstruir o país.

O seminário sobre "fontes alternativas de financiamento", com termo previsto para sexta-feira, tem por objectivo alargar a cooperação entre Angola e a Suécia, bem como transmitir conhecimentos às entidades que lidam directamente com recursos provenientes de créditos externos.

Participam na reunião representantes de vários ministérios e do Banco de Poupança e Crédito (BPC).

Jan 19, 20:38 Fonte:Angop

ANGOLA: Resettlement, land reform boost agricultural production 18 Jan 2006 17:38:14 GMT Source: IRIN

JOHANNESBURG, 18 January (IRIN) - Angola's ongoing agricultural recovery is being driven by the successful return and resettlement of displaced people and refugees, and a land reform programme granting property rights to rural farming communities.

According to official figures, agriculture accounted for 12 percent of GDP last year, up from eight percent the year before. Angola has experienced three consecutive years of improved harvests, but pockets of food insecurity remain due to regional disparities in crop production and the difficulty of moving food from surplus areas to deficit areas.

The primary land reform objective has been to promote the agricultural sector and so far almost four million people have benefited from the reform programme, according to a report by researcher Antonio David.

Government support for returnees, ex-combatants and formerly internally displaced persons (IDPs), with the help of UN agencies and NGOs, has resulted in a "great contribution from these groups to their communities, because the majority produce their own food to feed their families and gain an income", David noted.

Improved harvests and a steady reduction in the number of people in need of food aid showed that the "land reform process and resettlement programme of returnees ... can have an impact on food security if the government brings enough support to these groups", he added.

Jean-Francois Dontaine, of the UN Food and Agriculture Organisation (FAO) in Luanda, told IRIN that "with the support of the international community, government's efforts to support agriculture [have led to] better production every year". However, "the problem at the moment is there's less and less support from the international community", although the government continued to prioritise the sector in terms of resource allocations.

"This is an agricultural country - the major part of the population depends on agriculture for their livelihoods - we have to improve the sector and support new technologies for production," Dontaine pointed out. "I think the sector is on the right track, but we must continue to improve services linked to agriculture, and if the government continues to invest in agriculture through their extension services etc., then things will continue to improve year after year."

In terms of the impact positive resettlement of returnees has had on agricultural production, Dontaine noted that "many of the IDPs that were resettled in 2002/03 are into their second or third [harvest] cycle". He said "there was a huge effort from the international community to support the distribution of agricultural inputs" and beneficiaries had received inputs at the right time.

Rehabilitation of the transport infrastructure has also been stressed. "It's very important - if they [farmers] have no access to markets, it's a problem. We need access to isolated areas and to improve production there but, also, we have to support the commercialisation of that production," Dontaine commented.

A new land law, passed in November last year, could improve Angola's agricultural prospects, said FAO official Odilio Fernandes.

"One of the main problems before was access to land. The new law is addressing that issue and allowing communities to access land and register it, so they will have legal rights to the land," Fernandes noted.

Although the new law would not entirely eliminate the possibility of conflict over land, it was a step in the right direction.

"Some conflict may arise but we are training communities to prepare their own land delimitation, so they can take it to the ministry for registration," Fernandes said. "In [the central] Huila province we've helped three communities to register their land and they now have the documents to prove they are the owners of the land."

Regularização da bancada parlamentar da UNITA gera polémica

Dezasseis deputados da UNITA deverão, com toda probabilidade, ser substituídos no Parlamento, no quadro do processo de regularização da sua bancada, solicitada pela direcção do partido, admitiu hoje o presidente da Comissão de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar, Domingos Moisés Kassesa.

Segundo o deputado, a solicitação é consequência de uma recomendação do plenário da Assembleia Nacional saída da sessão de 16 de Maio de 2005, face a uma primeira solicitação semelhante da direcção da UNITA desconforme com as normas regimentais, já que privilegiava deputados suplentes em detrimento de efectivos.

Entretanto, o porta-voz dos 16 deputados, Mwanza Wa Mwanza Simão, considera que a medida viola as disposições constitucionais e regimentais pertinentes, acusando a Comissão de Madato, Ética e Decoro Parlamentar de silenciar os argumentos aduzidos numa carta que para si fora dirigida.

Armindo Kassessa diz não ter recebido nenhuma correspondência, mas adianta ter tomado nota de uma carta endereçada ao presidente da Assembleia Nacional, com conhecimento à sua Comissão, pelo que aguarda o despacho daquela entidade.

Segundo ainda este interlocutor, desde os acordos de Luena, em 2002, o figurino do grupo parlamentar da UNITA apresenta-se com um maior número de deputados suplentes ou não abrangidos pelo apuramento eleitoral de 1992, situação excepcional a qual urge pôr cobro, a favor dos titulares dos respectivos assentos.

Para o jurista e secretário da Comissão, deputado Leão Chimin, a solicitação da direcção da UNITA de proceder a movimentação de alguns dos seus deputados é legitima, por ser um direito que lhe assiste, uma vez que esses deputados foram eleitos pela lista apresentada pelo partido e depositada no Tribunal Supremo.

Segundo o deputado, o que está na base da saída dos 16 deputados é principalmente a observância do princípio da precedência, segundo o qual só devem tomar assento os deputados que estiverem posicionados na lista geral depositada no Tribunal Supremo, e segundo a ordem nela prevista.

"Por conseguinte, não poderá tomar assento na Assembleia Nacional representantes que não constam da lista geral depositada no Tribunal Supremo, nem em posições posteriores àqueles que se encontram em lugares precedentes", explicou, acrescentando que os deputados suplentes em causa tomaram os respectivos lugares no quadro de uma situação excepcional (conflito).

Quanto a alegada carta dirigida a Oitava Comissão, pelos 16 deputados, disse que enquanto ela não for despachada pelo presidente da Assembleia Nacional, não pode ser objecto de discussão.

Questionado se os argumentos dos deputados visados têm ou não fundamento, respondeu: é evidente que, se o princípio da precedência privilegia os deputados efectivos, naturalmente os suplentes, quando confrontados com uma situação destas, têm de necessariamente abandonar os assentos em favor dos seus respectivos titulares.

Jan 18, 15:35 Fonte:Angop

Porto do Lobito movimenta 1,15 milhão de toneladas

O Porto Comercial do Lobito, em Benguela, movimentou, durante o ano de 2005, um milhão, 15 mil e 264 toneladas de mercadorias diversas, contra as 800 mil toneladas manuseadas em 2004.

Segundo o director-geral da unidade portuária, Carlos Gomes, no período em referência, a empresa movimentou 40 mil e 700 viaturas ligeiras e 400 pesadas. Ao falar segunda-feira durante a abertura do primeiro encontro de técnicos da associação dos gestores de portos da África do Oeste e Centro, Carlos Gomes explicou que o Porto do Lobito registou em 2005 um movimento de 706 navios de grande porte, contra os 573 verificados em 2004.

O gestor considerou ter havido um ligeiro aumento na movimentação de navios, devido à consolidação do processo de paz em curso no país e ao surgimento de várias empresas comerciais na região.

Carlos Gomes espera ver aumentado o fluxo de navios no porto, assim que os Caminhos-de-ferro de Benguela (CFB) e as principais estradas estejam reabilitadas.

Enquanto se espera pela recuperação do CFB e das estradas, disse, a aposta da empresa passa pela modernização dos meios, a superação académica e profissional dos funcionários.

A primeira reunião de técnicos da associação dos gestores de Portos da África do Oeste e Centro terminou ontem.

Jan 18, 15:33 Fonte:Jornal de Angola

Angola Press Agency

January 17, 2006

Exercise of Radio, Television Broadcasting Governed By Public Tender

The exercise of radio and television broadcasting will be governed by public tender as a privileged mechanism for licensing of its activity, says the Press Draft Law Tuesday in Luanda approved by the concerned Commission of the National Assembly (Angolan parliament).

This was announced by the Social Communication minister, Manuel Rabelais, while speaking to the 6th commission of the National Assembly about the Press Draft Law.

The minister on the occasion mentioned a set of innovating aspects contained in the draft that substantially beat the law currently in force in the country.

According to the minister, the draft sets a set of guarantees for the exercise of press freedom, namely concerning the prohibition to sensorship, access to sources, a number of rights for journalists and correspondents, duties and access to the National Social Communication Council as the organ that secures impartiality, objectivity and pluralism in reporting.

The project also sets mechanisms of self-regulation of journalists through a Statute and a Code of Ethics and Deontology, clearly defines the competent authority to issue the Professional Card and prohibits the monopoly as a form of preventing information manipulation.

According to the minister, the State's monopoly in the running of television and news agencies has been revoked.

Minister Rabelais said that concerning responsibility, the most heated chapter of the law currently in force, there has been a deep reform, remitting press infringements to the common penal law, with preference to pecuniary punishments rather than to jailing.

He said the draft comprises the three forms of responsibility, namely the civil, disciplinary and criminal, with privilege to the first, as a balanced guarantee of the exercise of the press freedom in harmony with the respect for other rights.

"Freedom yes, but with responsibility," stressed the minister, who added that the project comprises, concerning radio and television broadcasting, a "modern, transparent and objective regime", however with the exceptions he considered as necessary.

As to the exceptions, he mentioned the chapter on short waves (that permits a radio coverage of the whole national territory) as a frequency that is not open to public tender as it is normally run by the public service operator.

However, in their interventions, the Mps asked for clarifications about the criteria for nomination of directors for State media organs, the prevalence of the state's monopoly over the short waves and the political control of the state's information companies.

To MP Fernando Heitor, with opposition UNITA, the liberalisation of the short waves would enable the Social Communication to substantially contribute to the education, training, patriotic mobilisation of the citizens, reaching the most remotest areas of the country.

Angola Press Agency

January 17, 2006 Tuesday

Parliament Plenary Session to Discuss Press Draft Law On 31 January

The report/submission of the new Press Draft Law was unanimously approved Tuesday by the Commission on Science and Technology, Education and Culture, Sports and Social Communication of the National Assembly (Angolan parliament), ahead of a thorough and final discussion at a plenary session on 31 January.

The information was released by the chairwoman of the said commission, Cândida Narciso, who said the text received the support of 22 Mps present at the meeting, which she considered as something unusual in report/submission discussions.

"For the first time in the commission we managed to approve a report/submission unanimously," said the Mp visibly satisfied.

Before submission to Parliament this year, the Government released the draft for public discussion, resulting in significant contributions to its content, particularly concerning the State's monopoly over television broadcasting At Tuesday's session, the Mps received clarifications about the 90-article draft from the Social Communication minister, Manuel Rabelais.

According to the minister, the new proposal sets a set of guarantees for the exercise of press freedom, namely concerning the prohibition to sensorship, access to sources, a number of rights for journalists and correspondents, duties and access to the National Social Communication Council as the organ that secures impartiality, objectivity and pluralism in reporting.

The project also sets mechanisms of self-regulation of journalists through a Statute and a Code of Ethics and Deontology, clearly defines the competent authority to issue the Professional Card and prohibits the monopoly as a form of preventing information manipulation.

According to the minister, the State's monopoly in the running of television and news agencies has been revoked, establishing public tender as the privileged procedure for the exercise of radio and television broadcasting activity.

Minister Rabelais said that concerning responsibility, the most heated chapter of the law currently in force, there has been a deep reform, remitting press infringements to the common penal law, with preference to pecuniary punishments rather than to jailing.

To him, the draft comprises for radio and television broadcasting a "modern, transparent and objective regime", however with the necessary exceptions that include the dispensing with the public tenders for short waves, as such frequencies are generally authorised by the public service operator.

The Press Law is part and parcel of the Electoral Legislative Package added to the laws on Electoral Process, Political Parties, Electoral Registration, Nationality and Electoral Conduct Code, already passed by the National Assembly.

Prensa Latina

17 January

Weird Disease Strikes in Angola

A strange disease, which manifests through nose and skin bleeding, high fever, and rapid weight loss, has already killed three people in Bie, Angola.

Health Minister Sebastiao Veloso said this is not the deadly Marbourg Fever that killed 450 people in several provinces, but they have been unable to ID it and people are being rushed to hospitals in Kuito.The Health Ministry called for avoiding direct contact with the infected and continuing sanitary measures.

Angola revealed the existence of this ailment on July 27 in Malanje, after it killed 16 people.

A spokesman for the UN Humanitarian Coordination Office for Angola (OCHA), said the outbreak in Cambundi Catembo began with paralysis of lower limbs, fever, cough and convulsions.

The World Health Organization has been unable to reach the area because of the important volume of anti-personnel mines planted there.

Full text: China's African Policy http://english.people.com.cn/200601/12/eng20060112_2348 94.html The Chinese government issued Thursday in Beijing an official paper of "China's African Policy." The full text reads as follows:

China's African Policy

January 2006

Foreword

The first few years of the new century witness a continuation of complex and profound changes in the international situation and further advance of globalization. Peace and development remain the main themes of our times. Safeguarding peace, promoting development and enhancing cooperation, which are the common desire of all peoples, represent the irresistible historical trend. On the other hand, destabilizing factors and uncertainties in the international situation are on the rise. Security issues of various kinds are interwoven. Peace remains evasive and development more pressing.

China, the largest developing country in the world, follows the path of peaceful development and pursues an independent foreign policy of peace. China stands ready to develop friendly relations and cooperation with all countries on the basis of the Five Principles of Peaceful Coexistence so as to contribute to peace, stability and common prosperity around the world.

The African continent, which encompasses the largest number of developing countries, is an important force for world peace and development. China-Africa traditional friendly relations face fresh opportunities under the new circumstances. With this African Policy Paper, the Chinese Government wishes to present to the world the objectives of China's policy toward Africa and the measures to achieve them, and its proposals for cooperation in various fields in the coming years, with a view of promoting the steady growth of China-Africa relations in the long term and bringing the mutually- beneficial cooperation to a new stage.

Part I: Africa's Position and Role

Africa has a long history, vast expanse of land, rich natural resources and huge potential for development. After long years of struggle, the African people freed themselves from colonial rule, wiped out apartheid, won independence and emancipation, thus making significant contribution to the progress of civilization.

Following their independence, countries in Africa have been conscientiously exploring a road to development suited to their national conditions and seeking peace, stability and development by joint efforts. Thanks to the concerted efforts of African countries and the Organization of African Unity (OAU)/the African Union (AU), the political situation in Africa has been stable on the whole, regional conflicts are being gradually resolved and economy has been growing for years. The New Partnership for Africa's Development (NEPAD) has drawn up an encouraging picture of African rejuvenation and development. African countries have actively participated in the South-South cooperation and worked for the North-South dialogue. They are playing an increasingly important role in international affairs.

Africa still faces many challenges on its road of development. However, with the persistent efforts of African countries and the continuous support of the international community, Africa will surely surmount difficulties and achieve rejuvenation in the new century.

Part II: China's Relations with Africa

China-Africa friendship is embedded in the long history of interchange. Sharing similar historical experience, China and Africa have all along sympathized with and supported each other in the struggle for national liberation and forged a profound friendship.

The founding of the People's Republic of China and the independence of African countries ushered in a new era in China-Africa relations. For over half a century, the two sides have enjoyed close political ties and frequent exchanges of high-level visits and people-to- people contacts. Bilateral trade and economic cooperation have grown rapidly; cooperation in other fields has yielded good results; and consultation and coordination in international affairs have been intensified. China has provided assistance to the best of its ability to African countries, while African countries have also rendered strong support to China on many occasions.

Sincerity, equality and mutual benefit, solidarity and common development - these are the principles guiding China-Africa exchanges and cooperation and the driving force to lasting China-Africa relations.

Part III: China's African Policy

Enhancing solidarity and cooperation with African countries has always been an important component of China's independent foreign policy of peace. China will unswervingly carry forward the tradition of China- Africa friendship. Proceeding from the fundamental interests of both the Chinese and African peoples, China will establish and develop a new type of strategic partnership with Africa which features political equality and mutual trust, economic win-win cooperation and cultural exchange. The general principles and objectives of China's African policy are as follows:

-- Sincerity, friendship and equality. China adheres to the Five Principles of Peaceful Coexistence, respects African countries' independent choice of the road of development and supports African countries' efforts to grow stronger through unity.

-- Mutual benefit, reciprocity and common prosperity. China supports African countries' endeavor for economic development and nation building, carries out cooperation in various forms in the economic and social development, and promotes common prosperity of China and Africa.

-- Mutual support and close coordination. China will strengthen cooperation with Africa in the United Nations and other multilateral systems by supporting each other's just demand and reasonable propositions and continue to appeal to the international community to give more attention to questions concerning peace and development in Africa.

-- Learning from each other and seeking common development. China and Africa will learn from and draw upon each other's experience in governance and development, strengthen exchanges and cooperation in education, science, culture and health. Supporting African countries' efforts to enhance capacity building, China will work together with Africa in the exploration of the road of sustainable development.

The one-China principle is the political foundation for the establishment and development of China's relations with African countries and regional organizations. The Chinese Government appreciates the fact that the overwhelming majority of African countries abide by the one-China principle, refuse to have official relations and contacts with Taiwan and support China's great cause of reunification. China stands ready to establish and develop state-to-state relations with countries that have not yet established diplomatic ties with China on the basis of the one-China principle.

Part IV: Enhancing All-round Cooperation Between China and Africa

1. The political field

(1) High-level visits

China will maintain the momentum of mutual visits and dialogues between Chinese and African leaders, with a view of facilitating communication, deepening friendship and promoting mutual understanding and trust.

(2) Exchanges between legislative bodies

China favors increased multi-level and multi-channel friendly exchanges on the basis of mutual respect between China's National People's Congress (NPC) and parliaments of African countries and the Pan-African Parliament of the AU, for the purpose of deepening understanding and cooperation.

(3) Exchanges between political parties

The Communist Party of China (CPC) develops exchanges of various forms with friendly political parties and organizations of African countries on the basis of the principles of independence, equality, mutual respect and non-interference in each other's internal affairs. The purpose of such exchanges is to increase understanding and friendship and seek trust and cooperation.

(4) Consultation mechanisms

Mechanisms such as national bilateral committees between China and African countries, political consultation between foreign ministries, joint(mixed) committees on trade and economic cooperation and mixed committees on science and technology should be established and improved, so as to institutionalize dialogue and consultation in a flexible and pragmatic manner.

(5) Cooperation in international affairs

China will continue to strengthen solidarity and cooperation with African countries in the international arena, conduct regular exchange of views, coordinate positions on major international and regional issues and stand for mutual support on major issues concerning state sovereignty, territorial integrity, national dignity and human rights. China supports African nations' desire to be an equal partner in international affairs. China is devoted, as are African nations, to making the United Nations play a greater role, defending the purposes and principles of the UN Charter, establishing a new international political and economic order featuring justice, rationality, equality and mutual benefit, promoting more democratic international relationship and rule of law in international affairs and safeguarding the legitimate rights and interests of developing countries.

(6) Exchanges between local governments

China's Central Government attaches importance to the exchanges between local governments of China and African countries, vigorously supports twin province/state and twin city relationship aimed at facilitating bilateral exchanges and cooperation in local development and administration.

2. The economic field

(1) Trade

The Chinese Government will adopt more effective measures to facilitate African commodities' access to Chinese market and fulfill its promise to grant duty- free treatment to some goods from the least developed African countries, with a view of expanding and balancing bilateral trade and optimizing trade structure. It intends to settle trade disputes and frictions properly through bilateral or multilateral friendly consultation, mutual understanding and mutual accommodation. Efforts will be made to encourage business communities on both sides to set up China- Africa Joint Chamber of Commerce and Industry. When conditions are ripe, China is willing to negotiate Free Trade Agreement (FTA) with African countries and African regional organizations.

(2) Investment

The Chinese Government encourages and supports Chinese enterprises' investment and business in Africa, and will continue to provide preferential loans and buyer credits to this end. The Chinese Government is ready to explore new channels and new ways for promoting investment cooperation with African countries, and will continue to formulate and improve relevant policies, provide guidance and service and offer convenience. African countries are welcome to make investment in China. The Chinese Government will continue to negotiate, conclude and implement the Agreement on Bilateral Facilitation and Protection of Investment and the Agreement on Avoidance of Double Taxation with African Countries. The two sides should work together to create a favorable environment for investment and cooperation and protect the legitimate rights and interests of investors from both sides.

(3) Financial cooperation

To further develop China-Africa cooperation in the area of finance, the Chinese Government will support the effort of Chinese financial institutions to increase exchanges and cooperation with their counterparts in African countries as well as regional financial institutions in Africa.

(4) Agricultural cooperation

China intends to further promote its agricultural cooperation and exchanges with African nations at various levels, through multiple channels and in various forms. Focus will be laid on the cooperation in land development, agricultural plantation, breeding technologies, food security, agricultural machinery and the processing of agricultural and side-line products. China will intensify cooperation in agricultural technology, organize training courses of practical agricultural technologies, carry out experimental and demonstrative agricultural technology projects in Africa and speed up the formulation of China-Africa Agricultural Cooperation Program.

(5) Infrastructure

The Chinese Government will step up China-Africa cooperation in transportation, telecommunications, water conservancy, electricity and other types of infrastructure. It will vigorously encourage Chinese enterprises to participate in the building of infrastructure in African countries, scale up their contracts, and gradually establish multilateral and bilateral mechanisms on contractual projects. Efforts will be made to strengthen technology and management cooperation, focusing on the capacity-building of African nations.

(6) Resources cooperation

The Chinese Government facilitates information sharing and cooperation with Africa in resources areas. It encourages and supports competent Chinese enterprises to cooperate with African nations in various ways on the basis of the principle of mutual benefit and common development, to develop and exploit rationally their resources, with a view of helping African countries to translate their advantages in resources to competitive strength, and realize sustainable development in their own countries and the continent as a whole.

(7) Tourism cooperation

China will implement the program of Chinese citizens' group tour to some African nations and, grant more African countries, as they wish and as far as feasible, Approved Destination Status for out-bound Chinese tourist groups. China welcomes citizens from African nations for a tour of the country.

(8) Debt reduction and relief

China is ready to continue friendly consultation with some African countries to seek solution to, or reduction of, the debts they owe to China. It will urge the international community, developed countries in particular, to take more substantial action on the issue of debt reduction and relief for African nations.

(9) Economic assistance

In light of its own financial capacity and economic situation, China will do its best to provide and gradually increase assistance to African nations with no political strings attached.

(10) Multilateral cooperation

China is ready to enhance consultation and coordination with Africa within multilateral trade systems and financial institutions and work together to urge the United Nations and other international organizations to pay more attention to the question of economic development, promote South-South cooperation, push forward the establishment of a just and rational multilateral trade system and make the voices of developing countries heard in the decision-making of international financial affairs. It will step up cooperation with other countries and international organizations to support the development of Africa and help realize Millennium Development Goals in Africa.

3. Education, science, culture, health and social aspects

(1) Cooperation in human resources development and education

The Chinese Government will give full play to the role of its "African Human Resources Development Foundation" in training African personnel. It will identify priority areas, expand areas of cooperation and provide more input according to the needs of African countries so as to achieve greater results.

Exchange of students between China and Africa will continue. China will increase the number of government scholarships as it sees fit, continue to send teachers to help African countries in Chinese language teaching and carry out educational assistance project to help develop Africa's weak disciplines. It intends to strengthen cooperation in such fields as vocational education and distance learning while encouraging exchanges and cooperation between educational and academic institutions of both sides.

(2) Science and technology cooperation

Following the principles of mutual respect, complementarity and sharing benefits, China will promote its cooperation with Africa in the fields of applied research, technological development and transfer, speed up scientific and technological cooperation in the fields of common interest, such as bio-agriculture, solar energy utilization, geological survey, mining and the R&D of new medicines. It will continue its training programs in applied technologies for African countries, carry out demonstration programs of technical assistance, and actively help disseminate and utilize Chinese scientific and technological achievements and advanced technologies applicable in Africa.

(3) Cultural exchanges

China will implement agreements of cultural cooperation and relevant implementation plans reached with African countries, maintain regular contacts with their cultural departments and increase exchanges of artists and athletes. It will guide and promote cultural exchanges in diverse forms between people's organizations and institutions in line with bilateral cultural exchange programs and market demand.

(4) Medical and health cooperation

China is ready to enhance medical personnel and information exchanges with Africa. It will continue to send medical teams and provide medicines and medical materials to African countries, and help them establish and improve medical facilities and train medical personnel. China will increase its exchanges and cooperation with African countries in the prevention and treatment of infectious diseases including HIV/AIDS and malaria and other diseases, research and application of traditional medicine and experience concerning mechanism for public health emergencies.

(5) Media cooperation

China wishes to encourage multi-tiered and multi-formed exchanges and cooperation between the media on both sides, so as to enhance mutual understanding and enable objective and balanced media coverage of each other. It will facilitate the communication and contacts between relevant government departments for the purpose of sharing experiences on ways to handle the relations with media both domestic and foreign, and guiding and facilitating media exchanges.

(6) Administrative cooperation

China will carry out exchanges and cooperation with African countries in civil service system building, public administration reform and training of government personnel. The two sides may study the feasibility of setting up a mechanism for personnel and administrative cooperation.

(7) Consular cooperation

China will hold regular/irregular consular consultations with African countries during which the two sides may have amicable discussions on urgent problems or questions of common interest in bilateral or multilateral consular relations in order to improve understanding and expand cooperation. The Chinese side will work with Africa to facilitate personnel flow and ensure the safety of their nationals.

(8) People-to-people exchanges

China will encourage and facilitate the exchanges between people's organizations of China and Africa, especially the youth and women, with a view of increasing the understanding, trust and cooperation of people on both sides. It will encourage and guide Chinese volunteers to serve in African countries.

(9) Environmental cooperation

China will actively promote China-Africa cooperation in climate change, water resources conservation, anti- desertification, bio-diversity and other areas of environmental protection by facilitating technological exchanges.

(10) Disaster reduction, relief and humanitarian assistance

China will actively carry out personnel exchange, training and technological cooperation in the fields of disaster reduction and relief. It will respond quickly to African countries' request for urgent humanitarian aid, encourage and support exchanges and cooperation between the Red Cross Society of China and other NGOs on the one side and their African counterparts on the other side.

4. Peace and security

(1) Military cooperation

China will promote high-level military exchanges between the two sides and actively carry out military- related technological exchanges and cooperation. It will continue to help train African military personnel and support defense and army building of African countries for their own security.

(2) Conflict settlement and peacekeeping operations

China supports the positive efforts by the AU and other African regional organizations and African countries concerned to settle regional conflicts and will provide assistance within our own capacity. It will urge the UN Security Council to pay attention to and help resolve regional conflicts in Africa. It will continue its support to and participation in UN peacekeeping operations in Africa.

(3) Judicial and police cooperation

China is prepared to promote the exchanges and cooperation between Chinese and African judicial and law enforcement departments. The two sides may learn from each other in legal system building and judicial reform so as to be better able to prevent, investigate and crack down on crimes. China will work together with African countries to combat transnational organized crimes and corruption, and intensify cooperation on matters concerning judicial assistance, extradition and repatriation of criminal suspects.

China will cooperate closely with immigration departments of African countries in tackling the problem of illegal migration, improve exchange of immigration control information and set up an unimpeded and efficient channel for intelligence and information exchange.

(4) Non-traditional security areas

In order to enhance the ability of both sides to address non-traditional security threats, it is necessary to increase intelligence exchange, explore more effective ways and means for closer cooperation in combating terrorism, small arms smuggling, drug trafficking, transnational economic crimes, etc.

Part V: Forum on China-Africa Cooperation And Its Follow-up Actions

Launched in 2000, the Forum on China-Africa Cooperation has become an effective mechanism for the collective dialogue and multilateral cooperation between China and Africa and put in place an important framework and platform for a new type of China-Africa partnership featuring long-term stability, equality and mutual benefit.

China attaches importance to the positive role of the Forum on China-Africa Cooperation in strengthening political consultation and pragmatic cooperation between China and Africa, and stands ready to work with African countries to conscientiously implement the Beijing Declaration of the Forum on China-Africa Cooperation, the Program for China-Africa Cooperation in Economic and Social Development and the Forum on China-Africa Cooperation-Addis Ababa Action Plan (2004- 2006) and its follow-up action plans. China will work with African countries within the framework of the Forum to explore new ways to enhance mutual political trust, promote the comprehensive development of pragmatic cooperation, further improve the mechanism of the forum, and try to find the best way for furthering cooperation between the Forum and the NEPAD.

Part VI: China's Relations with African Regional Organizations

China appreciates the significant role of the AU in safeguarding peace and stability in the region and promoting African solidarity and development. China values its friendly cooperation with the AU in all fields, supports its positive role in regional and international affairs and stands ready to provide the AU assistance to the best of its capacity.

China appreciates and supports the positive role of Africa's sub-regional organizations in promoting political stability, economic development and integration in their own regions and stands ready to enhance its amicable cooperation with those organizations.

Ministro do Território admite reprogramação do calendário eleitoral

O ministro da Administração do Território, Virgílio de Fontes Pereira, admitiu segunda-feira, em Luanda, a hipótese de uma reprogramação do calendário eleitoral que apontava duas mil brigadas, 1.200 fixas e 800 móveis e 14 mil agentes.

O também coordenador da Comissão Interministerial para o Processo Eleitoral (CIPE) avançou esta hipótese quando falava à imprensa, no termo de um encontro que manteve com os vice-governadores provinciais, de quem recebeu informações sobre o desenrolar do processo de desminagem em cada uma das 18 províncias do país e outros pormenores técnicos ligados às futuras eleições.

Fontes Pereira mencionou, a título de exemplo, a província do Moxico onde o quadro demográfico alterou- se substancialmente, nos últimos meses, devido o fluxo de refugiados, o que obrigará alguma reprogramação dos vários elementos constantes no processo preparatório do pleito.

Segundo o governante, o encontro advogou um maior entrosamento entre as Comissões Nacional e Executiva de Desminagem e a Interministerial para o Processo Eleitoral (CIPE), para acelerar a campanha de remoção de engenhos explosivos.

Recordou que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) havia solicitado, no último trimestre de 2005, a introdução da problemática da desminagem no programa do registo eleitoral para permitir uma maior mobilidade dos brigadistas no acto de inscrição dos votantes, daí a razão da realização desse encontro.

De acordo com Fontes Pereira, das várias acções previstas no programa destaca-se a formação dos futuros agentes, em matéria de desminagem, a luz da educação cívica para o registo eleitoral, para terem um maior domínio do problema e acautelar os incidentes com as minas.

O governante anunciou que o próximo passo será dado ao nível da CIPE, fazendo combinar os elementos técnicos disponíveis e propor a reacção oficial do Governo, que a remeterá à CNE para uma decisão definitiva.

A identificação dos sítios onde serão localizadas as brigadas previstas no programa inicial foi outro dos assuntos analisado na reunião. A localização das zonas será entregue igualmente à CNE nos próximos dias, para facilitar a supervisão e a fiscalização do processo.

Participaram da reunião os ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, dos Correios e Telecomunicações, Licino Tavares, e representantes do Ministério do Interior, do Instituto Nacional de Desminagem (IND) e do Centro de Estudos Estratégicos de Angola (CEEA).

Jan 17, 02:38 Fonte:Angop

Vaticano socorre Ecclésia

Os principais serviços noticiosos da Rádio Ecclésia, estão a ser retransmitidos pela Rádio Vaticano para o país em Ondas Curtas, desde Novembro do ano passado.

Segundo noticiou, o Semanário Cruzeiro do Sul, a transmissão de noticiários da RE pelas antenas da Rádio Vaticano, é uma solidariedade da sede da hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana, face ao desejo dos cristãos católicos angolanos em ouvirem aquela estação emissora por todo país. “Posso dizer que esse é o desejo dos cristãos de todo país, eles querem ouvir a Ecclésia como os outros daqui de Luanda, disse o Coordenador do Projecto de Extensão do Sinal da Rádio Ecclésia, o padre Maurício Camuto.

Camuto reforça: “Passamos pelas antenas da Rádio Vaticano porque o Vaticano sabe das dificuldades que a Ecclésia está a viver em Angola ”.

O sacerdote indicou ainda, que a emissão dos noticiários da Ecclésia pelas antenas da Rádio Vaticano, não esgota a insistência na autorização da extensão do sinal da RE a todo o território nacional.

Para Maurício Camuto, aprovação da nova lei de imprensa que no entanto poderá acontecer no final deste mês, dificilmente vai alterar o actual quadro de impasse. “ Não vou muito por ai, uma lei num país deve ser feita para satisfazer ou para tornar os cidadãos mais livres e a vontade ”, notou.

O Coordenador do Projecto de Expansão da RE, disse por conseguinte, estar consciente de que a sua emissora é útil à sociedade e que não vê razões para se esperar por uma futura lei que venha a favorecer a sua situação. “O que queremos é que se reconheça o papel e a importância da Ecclésia na democratização da sociedade e na divulgação de informações isentas ”, referiu Camuto.

Entretanto, o Jurista Raúl Araújo, em declarações aquele Semanário, disse que a jurisprudência de Angola só é aplicada dentro do território nacional, pelo que é difícil definir se está perante uma ilegalidade. “ Trata-se de um emissora estrangeira e não há nada a fazer ”, salientou o ex-bastionario da Ordem dos Advogados de Angola.

Recorde-se que o vice-ministro da Comunicação Social, Miguel de Carvalho “Wndijimbi” , disse recentemente a àquele semanário, que a lei angolana não permite a extensão do sinal da RE via repetidores.

Jan 16, 20:49 Fonte:Cruzeiro do Sul

PCA do Grupo VW pode estar envolvido na fraude internacional que vitimou Ancar Angola

O Presidente do Conselho de Administração do Grupo VW, Bernd Pischetsrieder(na foto) já tinha informações, mais cedo do que se sabia, sobre acções suspeitas do ex Chefe do Recursos Humanos da Skoda, o senhor Helmut Schuster.

A informação é avançada pela revista Focus, que se baseia num relatório confidencial da empresa KPMG, igualmente confirmado por um porta-voz da VW no passado fim-de-semana.

Bernd Pischetsrieder recebeu em Outubro de 2004 um relatório da sua Auditoria Interna, em que era informado de que o senhor Schsuter poderia estar a desviar muitos milhões pertencentes a empresa.

Porem, informa o porta-voz da VW, como “somente se tratava de uma peça dentro de um quebra-cabeças. Tão logo se apresentou um quadro completo, o senhor Pischetsrieder agiu ”, demitiu Schuster, passados oito meses.

Segundo o relatório dos auditores, a VW recebeu uma “ dica ” do Deutsche Bank, que informou que, um conhecido agente financeiro, que já esteve envolvido em irregularidades anteriormente, tentou aplicar mais de 100 milhões de Euros, dinheiro este, pertencente ao fundo de pensões da VW, administrado pelo senhor Schuster.

Os auditores investigaram se Schuster planeava usar as economias dos funcionários para negócios especulativos, o que culminou com a decisão da VW em suspender o negócio e a encostar Schuster à “parede ”. Este afirmou ser inocente, publicou a FOCUS, tendo sido repreendido por Bernd Pischetsrieder, que igualmente mandou parar a investigação. “ Naquela altura não havia indícios de que Schuster estava usando a sua posição para fins duvidosos ” afirmou o porta-voz da VW, que justifica a decisão.

Recorde-se que a polémica em torno da VW, surgiu com as denúncias de empresas fantasmas, criadas por Schuster e outros altos funcionários do Grupo, para a angariar encomendas da VW e suas filiais, o que deu origem a novas investigações e a suspensão da criação da unidade de produção de veículos na Índia e da unidade de montagem em Angola.

Jan 17, 18:21 Fonte:Jornal Alemão Wolfsburger Nachrichten

Americanos querem a data das eleições em Angola

Os Estados Unidos da América querem que o presidente angolano anuncie a data para a realização das eleições ainda este ano. A sua embaixadora em Angola, Cinthya Efird, expressou este voto, que conforta várias vozes angolanas, em entrevista exclusiva à Voz da América divulgada em Luanda.

«Também tenho noção de que os angolanos querem que as eleições sejam livres, transparentes e abertas e que sejam aceites, sobretudo, pelo povo angolano Como todos os outros amigos de Angola nós também esperamos que o Presidente Eduardo dos Santos anuncie a data para que as eleições se realizem», declarou a diplomata, que completou salientando a sua crença na possibilidade de o pleito ter lugar este ano ainda se houver vontade.

«Consegui entender o quão efectivo o povo angolano é e se porventura os angolanos quiserem as eleições podem ter lugar em 2006», acrescentou.

Apoio financeiro

Garantiu, ainda, o apoio financeiro do governo do seu país ao processo eleitoral em preparação desde que as autoridades angolanas o solicitem.

Especificou que este apoio financeiro seria posto à disposição das Nações Unidas ou outro organismo internacional que se encarregaria da sua gestão. Refutando as críticas muitas vezes feitas ao seu país por causa dos seus avultados interesses no petróleo angolano, frisou: «esperamos que as pessoas coloquem em mente de que a realização das eleições não é um favor que os angolanos estão a fazer aos Estados Unidos e à comunidade internacional. A realização de eleições é importante para o povo angolano, para processo de democratização de Angola e não é tão importante, como se pensa, para a comunidade internacional».

A seu ver, «é importante que todos os agentes ligados ao processo eleitoral trabalhem no sentido de se movimentarem de forma célere para as eleições. Há um ditado que diz que a democracia é uma má maneira de governação, mas as outras maneiras são piores. Nós queremos que Angola aceite a sua responsabilidade de criar um processo democrático. Nós e a comunidade internacional estamos aqui como recurso para ajudar na criação deste processo»

A diplomata vincou que a criação e consolidação da democracia em Angola é uma responsabilidade dos próprios angolanos, que devem abrir espaços em que as mais distintas vozes se possam fazer ouvir. Reconheceu que em Luanda há já este espaço plural de expressão de ideias, mas observou que uma democracia vital e funcional requer a mesma liberdade em todo o país.

Rádios independentes fora de Luanda

Continuando, explicou: «isso implica dizer que será necessário que rádios independentes transmitam fora de Luanda».

Prosseguiu, focando: «Deve-se «ter um processo aberto e livre para que se licenciem rádios no sentido de transmitirem para todo o país e estou aqui a falar da rádio porque ele é muito importante num país com alto nível de analfabetismo. É importante que as atenções estejam centradas no licenciamento de mais rádios, porque para mim é muito mais importante que se dê atenção às licenças para as rádios do que outros assuntos». As autoridades angolanas «devem ter a capacidade de transpôr receios alimentados pelas práticas do seu passado e permitir a construção deste espaço aberto, porque funciona como uma válvula de escape», aconselhou.

Cinthya Efird lembrou mesmo palavras de Thomas Jefferson segundo as quais: «Eu prefiro ter um pais com uma lei e uma imprensa boa, porque a imprensa pode melhorar a lei deste país».

Jan 17, 18:36 Fonte:Apostolado

Exploração de Rádio e Televisão obedecerá a regra do concurso público na futura Lei de Imprensa

O projecto de Lei de Imprensa actualmente em apreciação nas comissões competentes da Assembleia Nacional estabelece a abertura do concurso público como mecanismo privilegiado para o licenciamento da actividade de radiodifusão e televisão, disse hoje, em Luanda, o ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais(na foto).

O governante, que foi convocado pela sexta comissão para prestar esclarecimentos aos deputados sobre a proposta de diploma, apontou um conjunto de aspectos inovadores nela inseridos que superam substancialmente a Lei de Imprensa actualmente em vigor.

Segundo o ministro, a nova proposta estabelece um conjunto de garantias ao exercício da liberdade de imprensa, nomeadamente a proibição da censura, o acesso às fontes de informação, um rol de direitos dos jornalistas e correspondentes deveres e o acesso ao Conselho Nacional de Comunicação Social como órgão que assegura a isenção, a objectividade e o pluralismo da informação.

O projecto fixa também mecanismos de auto-regulação da profissão de jornalistas através de um Estatuto e de um Código de Ética e Deontologia, define com clareza a entidade competente para atribuição da carteira profissional e proíbe o monopólio como forma de prevenir a manipulação da informação.

Segundo o ministro, foi abolido o monopólio do Estado sobre o exercício da televisão e das agências de notícias, estabelecendo-se, relativamente à radiodifusão sonora e televisiva, o concurso público como o modo privilegiado para o licenciamento da actividade.

De acordo com o titular da pasta da Comunicação Social, o capítulo da responsabilidade, o mais polémico na Lei actual, sofreu uma profunda reforma, remetendo-se as condutas criminosas cometidas através da imprensa para a Lei Penal comum e preferindo-se as penas pecuniárias em detrimento das privativas de liberdade.

O projecto prevê as três formas de responsabilidade, designadamente a civil, a disciplinar e a criminal, mas privilegia-se esta última, conciliando-se assim, de modo equilibrado, a garantia do exercício da liberdade de imprensa com o respeito por outros direitos, frisou.

"Liberdade sim, mas com responsabilidade", sublinhou o governante, para quem o projecto contempla, em relação à radiodifusão sonora e televisiva, "um regime moderno, transparente e objectivo", com as necessárias excepções.

Quanto a estas, destacou o capítulo das ondas curtas (que permite a emissão radiofónica a todo o país), referindo que estas frequências geralmente só são autorizadas pelo operador do serviço público, pelo que fica dispensada a sua submissão a concurso.

Nas suas intervenções, os deputados pediram esclarecimentos sobre os critérios de nomeação dos directores dos órgãos de comunicação do Estado, a persistência do monopólio das ondas curtas e ainda sobre alegados controlos do poder público sobre as empresa de informação estatais.

Para o deputado Fernando Heitor, da Unita, a liberalização das ondas curtas levaria a Comunicação Social a contribuir substancialmente para a educação, formação e mobilização patriótica dos cidadãos até ao mais recôndito lugar do país.

"Porquê que não distribuamos essa tarefa a outros operadores, ainda que com a fiscalização das suas linhas editoriais", interrogou-se o deputado.

Fernando Heitor disse ainda que discordava da existência do Ministério da Comunicação Social, por desnecessária, tendo sido respondido pelo deputado Paulo Mateta (MPLA), para quem o actual estado emergente da democracia impõe a permanência de um órgão de tutela que defina as políticas para o desenvolvimento da Comunicação Social.

Jan 17, 18:40 Fonte:Angop

PSD quer marcação da data do início do registo eleitoral

O secretário para a Informação do Partido Social Democrata (PSD), José Pedro, declarou, recentemente, em Luanda, ser importante que as estruturas indicadas para a preparação e a realização das eleições no país se pronunciem sobre a data do início do registo eleitoral.

José Pedro, que teceu estas considerações durante uma conferência de imprensa para falar da situação que atravessa o seu partido, disse ainda que só com a marcação da data das eleições é que outros passos serão dados.

“ Nós estamos de acordo com o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, quando afirmou ser necessário que se criem mecanismos para o início do registo eleitoral. Agora, é preciso que, a par disso, outros passos sejam dados “, indicou José Pedro.

José Pedro afirma que o seu partido defende 2006 como o ano para a preparação das eleições e o de 2007 para a sua realização.

O secretário para informação do PSD disse que as atenções desta formação política continuam a estar viradas para a justiça social, acrescentando que o seu partido caminha com aqueles que comungam com eles a defesa dos interesses da nação e dos direitos do homem.

Ele disse que o PSD não apoia aqueles que optam pela violência para atingirem o poder político e é pelo diálogo permanente, apoiando ideias justas e acções encorajadoras, que visem resolver os problemas do povo.

Jan 16, 14:32 Fonte:Jornal de Angola (César André)

16 deputados da UNITA insurgem-se contra a sua substituição no Parlamento

Dezasseis deputados da bancada parlamentar da UNITA insurgiram-se sexta-feira última, em Luanda, contra a medida tomada pela direcção do seu partido de pretender substituí-los na Assembleia Nacional.

De acordo com Mwanza Wa Mwanza Simão, integrante e porta-voz do grupo de dezasseis parlamentares abrangidos pela medida, a ideia de retirá-los da bancada surgiu em Junho do ano passado e a direcção do seu partido justifica a medida com a “normalização da bancada respeitando a ordem de precedência das listas de 1992 ”.

Em declarações ao Jornal de Angola, aquele parlamentar disse que o grupo indignado com tal intenção escreveu uma carta ao presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, que remeteu o assunto para as 1ª e 8ª comissões do Parlamento. A 1ª comissão é a dos Assuntos Constitucionais e Jurídicos, enquanto a 8ª comissão trata da Ética e do Mandato e Decoro Parlamentares. Ele referiu que até à presente data estas comissões ainda não se pronunciaram, porque, segundo Mwanza Simão, “ nunca encontraram respaldo da lei, pelo que nunca consideraram tal pedido ”.

Indicou que a medida da direcção do seu partido “ contraria o estipulado na Lei Constitucional, no Regimento Interno do Parlamento e outros diplomas que comandam a vida da Nação e da Assembleia Nacional ”.

Mwanza Ya Mwanza Simão esclareceu que não existe nenhum artigo na Lei Constitucional, no Regimento Interno que diga que, a pedido da direcção de um partido, um deputado, em efectividade de funções, pode perder o seu mandato. Segundo afirmou, “todos esses que pretendem dizer hoje que estão à frente de A ou de B não quiseram vir, alegando falta de segurança em Luanda, e disseram que só vinham à capital com o “ mais velho ”, em alusão a Jonas Savimbi, então presidente da UNITA.

Mwanza Simão fez, contudo, saber, que todos os que agora pretendem entrar para o Parlamento já perderam o seu mandato porque não tomaram posse em tempo útil, e nem sequer se dignaram mandar suspender os mandatos, como exprimem os regulamentos.

Aquele parlamentar não exclui, entretanto, a possibilidade de cada um desses 16 deputados deixar a Assembleia Nacional. Ele pede apenas que sejam respeitadas as suas imunidades.

Esclareceu ainda que “nenhum dos 16 deputados afectados pela medida tem processo disciplinar no partido, nem na Assembleia Nacional ”. O parlamentar da UNITA deixou, entretanto, claro, que os dezasseis deputados da bancada parlamentar afectados pela medida vão fazer um “ finca-pé ” à medida da direcção do seu partido até que a questão seja tratada com base na lei.

Adalberto Costa Júnior considera legítima a medida

O secretário para a Informação da UNITA, Adalberto Costa Júnior, considerou de “ absolutamente normal, legal e legítimo ” a medida tomada pela direcção do seu partido de substituir os dezasseis deputados da sua bancada parlamentar. “Aquilo que se está a fazer é absolutamente normal e foi decidido em termos de plenária da Comissão Política (da UNITA) da qual, certamente, muitos desses deputados fazem parte ”, afirmou Adalberto da Costa Júnior.

Em declarações exclusivas ao Jornal de Angola, o responsável da UNITA fez saber que a direcção do seu partido “goza de legitimidade para poder mexer nos quadros que entender, de acordo com os objectivos que possui ”.

Segundo referiu, a movimentação de deputados que se pretende na bancada parlamentar da UNITA “não é mais do que uma regra absolutamente normal ”. “ A direcção da UNITA está a fazer aquilo em que tem absoluta legitimidade. Tendo direitos próprios como partido, dentro de um regulamento que respeitamos, solicitou algumas mexidas e mudanças que estão em acção” , disse.

O responsável da UNITA apelou ao “sentido de missão ” por parte dos deputados daquele partido que podem vir a ser retirados do Parlamento. Segundo ele, “um deputado tem que ter um sentido de missão e o mandato que lhe é concedido deve estar associado a valores ”.

Ao reagir ainda à reivindicação do grupo dos 16 deputados da bancada parlamentar do seu partido, ele afirmou que “a UNITA não pode em circunstância alguma estar muito sensível a chantagens ou a pressões ”.

Bastante tranquilo, o secretário para a Informação da UNITA disse que a solicitação feita pela direcção do seu partido para movimentação dos referidos deputados está no Parlamento há já algum tempo e está a correr os trâmites normais.

Reagindo às declarações do deputado Mwanza Simão, sobretudo sobre o finca-pé que os deputados pretendem fazer, caso sejam convidados a deixar a Assembleia Nacional, afirmou que “estes episódios ” só deixarão de ocorrer quando o país atingir estabilidade sócio- económica efectiva. “Aqui o que está em causa é um pouco da nossa realidade efectiva, da Angola instável em que nós estamos ”, declarou Adalberto Costa Júnior tranquilizou, entretanto, os 16 deputados, afirmando que , caso deixem o Parlamento, não serão abandonados à sua sorte. Segundo ainda Adalberto Costa Júnior, “não podemos dar a dimensão de que só podemos servir quando estamos em determinados lugares. Temos que ter humildade ”.

Ele indicou que “um partido como a UNITA, que vem com um projecto de alternância, não pode em circunstância alguma não se obrigar a estar dentro de um quadro de valores muito rigoroso a este nível ”.

Jan 16, 14:29 Fonte:Jornal de Angola (Garrido Fragoso)

DNIC detém homem com cerca de 20 mil pedras de diamantes

A Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), apreendeu recentemente cerca de 19 mil e 558 pedras de diamantes numa só assentada pertencente a uma só pessoa, no exacto momento em que se prestavam ser comercializadas a um grupo de cidadãos estrangeiros.

A apreensão das gemas em casa de Daniel Diba, um cidadão angolano de 42 anos de idade, no bairro do Mártires de Kifangondo, só foi possível graças à informação segundo a qual Luanda estaria a ser alvo de uma injecção desmesurada de diamantes, cujos «proprietários prejudicavam os cofres do Estado».

Foi nesta perspectiva, segundo o Jornal “A capital ”, que a DNIC decidiu pôr termo ao fenómeno. No dia 16 de Dezembro último, depois de um intenso trabalho de recolha de informações levada a cabo no referido bairro, todo como o principal centro de contrabando, que culminou com a apreensão de consideráveis quantidades de diamantes. Foram apreendidos em sua posse seis lotes de diamantes.

Diba que já esfregava as mãos de contente, talvez a pensar nos fabulosos lucros resultante de uma possível venda das pedras de diamantes, vê agora de acordo ainda com aquele semanário da Capital, o sol aos quadradinhos.

A mesma fonte indicou que Diba não estava sozinho na negociata. Os seus companheiros, talvez mais avisados, colocaram-se ao fresco, mas a Polícia garante estar no encalço dos mesmos, pelo que têm os dias contados.

Jan 16, 20:58 Fonte:A Capital

Empresa sul-africana de telefonia celular interessada no mercado angolano

O operadora sul-africana de telefonia celular, Vodacom, está a considerar a possibilidade de entrar no mercado das telecomunicações tornando-se assim a terceira companhia a prestar este tipo de serviços em Angola.

Segundo o jornal “A capital ”citando uma fonte da empresa, a Vodacom, uma empresa sul-africana que resultou de uma joint-venture entre o operador local de linhas fixas, Telkom, e a gigante britânica Vodafone, garante estar disposta a considerar tais oportunidades de investimento em Angola se elas, de facto, surgirem.

A empresa respondeu assim o interesse de Angola, que recupera de cerca de 27 anos de guerra civil, em pretender licenciar um terceiro operador de telefonia celular para a expansão dos serviços telefónicos, nesta que é o segundo maior produtor de petróleo de África a sul do Sahara. “ Como parte dos seus futuros movimentos e expansão, a Vodacom vai considerar e está interessada em investir em Angola e vai calmamente monitorar os desenvolvimentos dos planos do Governo de Angola sobre este aspecto ” disse um porta-voz da empresa.

A mesma fonte indicou entretanto, que na África do Sul, a Vodacom lidera os serviços de telefonia celular, mas a sua rival, a MTN, consegui sobrepor-se em termos de vendas e subscritores e pode tornar-se a maior companhia de telefones móveis no continente graças a um conjunto de aquisições recentes.

Recorde-se que o chefe executivo, Alan Knott-Craig, disse à agência de notícias inglesa Reuters, em Novembro último, que a Vodacom, que já detém redes no Lesotho, Tanzânia, Moçambique e na vizinha República Democrática do Congo, pretende expandir-se para dois novos mercados, uma vez que a Tlkom, detentora de acções nessa empresa, garantiu varias vezes em pretender entrar no mercado angolano, que tem uma população de 13 milhões de habitantes.

Angola desenvolveu rapidamente o seu sector de telecomunicações desde o fim da guerra civil, licenciando quatro novos operadores fixos, em 2003 e dois operadores celulares.

Jan 16, 22:22 Fonte:A Capital

ANGOLA: Needs are dropping, but aid dropping faster, WFP

[ This report does not necessarily reflect the views of the United Nations]

© Karen Iley/IRIN

WFP aims to reach 300,000 children through school- feeding by the end of 2006

JOHANNESBURG, 16 Jan 2006 (IRIN) - Despite encouraging growth in Angola's agricultural production and declining numbers of people in need, food insecurity remains a problem in many parts of the country, says the World Food Programme (WFP).

In its latest regional food security bulletin the Famine Early Warning Systems Network (FEWS NET) said official figures indicated that agricultural production had increased significantly in the 2004/05 season.

The production of maize, a staple food, rose 33 percent from 600,000 mt in 2003/04 to 800,000 mt in 2004/05, and agriculture contributed 12 percent to Angola's GDP, up from eight percent the previous year.

However, "despite these improvements, production in 2004/05 still fell short of national requirements and pockets of food insecurity and high levels of malnutrition have been identified," FEWS NET noted. Coupled with the scaling-down of humanitarian activities in Angola, particularly WFP operations, there were "growing concerns that food insecurity and malnutrition may rise".

WFP country director Rick Corsino told IRIN, "There is certainly an important and general improvement in agricultural production. However, there are still large areas throughout the [central] Planalto region and back to eastern Moxico and Kuando Kubango provinces [in the southeast of the country] where food security remains very much an issue. Since 2003 there have been three consecutive years of increasingly better harvests, but the deficit at national level is still there, and - equally if not more important - there's disparity between areas."

"The question is how much can people afford to consume? The accessibility of food is certainly in question here," Corsino added. "In a country like Angola, with serious transport constraints, parts of the country will produce a food surplus but the costs of moving this to deficit areas is extremely high."

In the next agricultural marketing year the Angolan government aims to achieve self-sufficiency in cereal and cassava production and stop all maize imports, but Corsino said this was "highly optimistic and would require a leap in agricultural production".

WFP plans to end its general food distributions in the next few months and focus on targeted interventions, such as its school-feeding programme, for the remainder of 2006 but donor support remains sluggish. "In 2004 we received $85 million, and about $20 million in 2005 - I would be surprised if 2006 is significantly better than 2005," Corsino said.

Although needs continued to drop due to improved agricultural production and the successful resettlement of returning refugees, "donor contributions [to aid programmes] are dropping faster", he concluded.

[ENDS]

Semanario 060114-21Taag reagiu ao SA antes de saber da comissão de inquérito

Depois do Semanário Angolense ter anunciado em primeira mão a constituição de uma comissão de inquérito para averiguar o desvio de 22 milhões de dólares dos cofres da Taag (ver edição relativa à semana de sete a 13 de Janeiro), a companhia fez passar numa outra publicação um pretenso desmentido em que afirma estarem as suas contas em situação regular.

A companhia aérea angolana fez notar que oportunamente fez presente ao Tribunal de Contas os relatórios de contas e do desempenho de gestão, tal como tinha feito passar pelo «apertado crivo» do Eximbank da América o seu plano já concluído de recuperação da contabilidade, declarando ser falsa da notícia do desvio de 22 milhões de dólares que fontes dignas de fé disseram com anterioridade a este jornal ser verdadeira.

Contraditoriamente, porém, a Taag não desmentiu o decurso do inquérito de que se fala naquela notícia, um facto que além de verdadeiro, tem subjacentes intricadas questões do foro da gestão, das finanças e até da instabilidade emocional que está instalada no cerne do relacionamento entre a administração da companhia e a hierarquia do Estado angolano, onde o inquérito foi ordenado. O imponderado «desmentido» pode, na verdade, ser considerado um exercício naïve de branqueamento de factos menos claros e de obscurecimento da verdade.

Tal como no decurso da semana que hoje termina uma fonte autorizada da Taag confirmou ao Semanário Angolense, está efectivamente em curso um inquérito contra a administração da companhia, uma diligência que de facto foi ordenada ao mais alto nível da hierarquia do Estado. Esse inquérito persegue reunir provas sobre denúncias que foram presentes aos representantes do poder institucional implicando a administração da empresa em práticas pouco ortodoxas, mas a existência da comissão de que se fala naquela notícia não era conhecida nem mesmo pelo Conselho de Administração, até que o Semanário Angolense anunciou o facto. Acontece que os integrantes da comissão de inquérito não tinham, ainda, informado os inquiridos sobre o mandato que tinham, da missão de que estavam incumbidos e dos deveres a que o Conselho de Administração da Taag ter- se-ia que sujeitar.

Foi nessas condições obscuras que a companhia produziu um desmentido para uma verdade irrefutável. Em adição a isso, o comunicado produzido pela Taag contém afirmações que pretendem ser apresentadas como verdades absolutas, como é a declaração de que as contas da companhia estão em situação regular por terem sido auditadas ou terem passado pelo «apertado crivo» do Eximbank da América. Manda o bom senso dizer que deve ser considerado preponderante o entendimento que as autoridades angolanas tiverem sobre esta questão, e não o que as entidades estrangeiras como aquela que é citada no comunicado da Taag, apresenta como facto, por sinal, não provado, até por não terem aplainado as dúvidas que a comissão de inquérito deve fazer desvanecer.

O que é necessário agora, que no seio das instituições reina a dúvida sobre a gestão da Taag, não é alardear factos nem sempre provados, mas esperar que a comissão de inquérito termine o seu trabalho e estirpe a verdade, que essa sim, prevalecerá. Há uma terceira questão: o comunicado em que se pretende desmentir o Semanário Angolense é totalmente omisso em relação às dúvidas que neste momento pairam em relação à recondução do actual Conselho de Administração da Taag para um novo mandato, algo também aflorado na matéria que motivou a reacção da companhia.

A verdade é que essa atitude é resultado da situação prevalecente, em que o que existe em relação a isso é tudo incertezas. Ao contrário do que em privado foi sugerido, o Semanário Angolense, não embarca nos tristes jogos de bastidores em que a clientela da situação se digladia para ocupar posições e conquistar poder e dinheiro.

Este jornal tão-pouco põe em causa a competência e a seriedade do Conselho de Administração da Taag, dedicando-se apenas a apurar a verdade e a transmiti-la para o seu público, algo que teria sido feito na sua plenitude se ao preparar a matéria que provocou a reacção da Taag, os seus representantes tivessem reagido com prontidão.

Lamentavelmente, quando contactado a propósito o porta- voz da companhia, Anastácio Fernandes, mostrou ignorância completa a respeito das demarches em curso que, como o SA disse em edição anterior, foram pessoalmente autorizadas pelo Presidente da República.

Semanario 060114-21 Cláudio Silva, representante da Unita na Cne, à Voz da América Composição desequilibrada desse órgão anula à partida a sua própria isenção

A lei que cria a CNE é anti-democrática porque ofende o princípio do Estado democrático Luís Costa Ao certo ninguém sabe quando serão as próximas eleições, mas uma coisa parece certa: seja em 2006, sejam em 2007, o processo que vai resultar na sua realização, sobretudo os «timmings» do registo eleitoral, poderá ser tão controverso quanto tem sido a discussão sobre a melhor oportunidade de convocar os cidadãos para o voto.

A Comissão Nacional Eleitoral e o Governo já mostraram quão distanciados estão um do outro em relação a isso; o Mpla e oposição, embora agrupados na Cne, têm posições diferentes em relação à natureza da sua composição «política».

Enquanto que a solução deste diferendo repousa nos tribunais, a questão do registo poderá requerer mais concertação e, se calhar, mais engenho. Foi sobre estes e outros assuntos que Cláudio Silva, membro da Comissão Nacional Eleitoral indicado pela Unita, falou à Voz da América.

Pergunta – Parece haver impasse e dúvida em relação ao «timming» do registo eleitoral, o que acaba por resultar também em dúvidas em relação às próprias eleições. Na verdade, até onde vai o mandato da Comissão Nacional Eleitoral no que toca à realização de eleições, seja em 2006, seja em 2007?

Resposta – Para entendermos bem o mandato da Cne precisamos compreender primeiro porquê que Angola precisa realizar eleições. A Lei Constitucional consagra a República de Angola como um Estado democrático, de direito e pluripartidário em que a soberania reside no povo angolano, a quem cabe o exercício do poder político através do sufrágio universal e periódico para escolha dos seus representantes. Isto quer dizer que a vontade do povo é a base da autoridade do poder público, e essa vontade deverá ser expressa mediante eleições autênticas que deverão realizar-se periodicamente. Ora, a autoridade dos poderes públicos actuais – quer da Assembleia Nacional, quer da Presidência da República – não assenta na vontade popular e, por isso, ofende os princípios fundamentais do poder constitucional. Angola precisa realizar eleições para restaurar a normalidade constitucional e encerrar este período de transição muito prolongado que vive desde 1992, em que as autoridades públicas exercem o poder político sem um mandato conferido por sufrágio periódico e igual. Portanto, o mandato da Cne é restabelecer o mais urgentemente possível a normalidade constitucional através da organização de eleições livres e imparciais.

P – Diante do que se vive hoje em Angola em relação ao registo eleitoral parece haver um desacordo entre aquilo que pensa a Cne e aquilo que pensa o Governo. Por outras palavras, há condição para haver eleições em 2006, ou vamos partir para já da ideia de que eleições só em 2007?

R – Acho que vamos ter como data de referência 2006. Tem que haver um calendário de referência. O presidente da Cne, por exemplo, afirmou em Setembro último que a data de referência para o nosso trabalho é 2006. Creio que outras entidades do Estado, como o Conselho da República, o Presidente da Assembleia Nacional, e até mesmo o próprio Chefe de Estado, já se pronunciaram a favor da data de referência de 2006.

Recordo-me que numa das nossas reuniões de Dezembro discutimos também a necessidade da Cne ter ela própria o seu calendário de execução de várias tarefas preparatórias do pleito universal. Portanto, nada impede que este calendário indicativo que vamos discutir seja elaborado, discutido e divulgado. Vou propor aos meus colegas para que nós tenhamos um calendário de referência de todas as acções que nos conduzam ao pleito eleitoral. Recordo-me também que em 1992 o Conselho tomou posse em Abril e já se sabia que as eleições seriam em Setembro e quando o registo começou, em Maio, já se sabia que as eleições seriam em Setembro. Já havia datas preestabelecidas para cada tarefa e todas aquelas datas subordinavam-se a uma data mãe que era uma data de referência institucional estabelecida de antemão pelas autoridades públicas. O mesmo pode ser feito hoje.

P – Por outras palavras está a dizer que não tem que ser feito necessariamente ao contrário, isto é, primeiro o registo, e depois a marcação da data das eleições?

R – Não! Em 1992 Angola fez o contrário. Primeiro há uma data de referência que espelha a vontade política das autoridades públicas em normalizarem o funcionamento das principais instituições do Estado e toda a gente trabalha com base naquela data. Quando tomamos posse o ambiente institucional era esse. Tomamos posse no entendimento de que vamos trabalhar tendo como referência 2006.

P – Disse há pouco que o Presidente da República também tinha apontado 2006 como referência…

R – Lembro-me disso, e creio que o fez exactamente em Washington. O Conselho da República de 2004 também se pronunciou a favor de 2006.

P – Está a dizer que não se põe sequer a questão de ser a Comissão Nacional Eleitoral a recomendar a data das eleições?

R – Nos termos da lei poderá ser solicitado o parecer da Cne para marcação da data exacta, mas eu estou a referir-me a uma data de referência. Sentimos desde o princípio que a data de referência nacional é 2006. Quando a calendarização de todas as tarefas estiver no papel, já com o plano de realizações, nesta altura teremos o dia e o mês precisos. Aí estaremos a falar então de uma data exacta, mais precisa.

P – Voltemos então ao registo eleitoral. A Cne vai esperar que o registo eleitoral termine para recomendar a data das eleições ou vai esperar pela data de referência, o que parece ser um ponto incontornável, mesmo antes do registo eleitoral começar?

R – A minha opinião é que devemos ter esta data de referência antes do registo começar. Ainda não discutimos isto com profundidade, apenas ventilamos o assunto numa das reuniões de Novembro. Penso que depois de vermos o programa de execução do registo eleitoral que a administração pública terá que nos apresentar para ser aprovado, penso que a partir daí a Cne estará em condições de apresentar à Nação o calendário eleitoral

P – Não há, para já, uma data para o início do registo. Se, entretanto, o registo levar seis meses, continua a acreditar na possibilidade da realização de eleições ainda este ano?

R – Só vendo o plano do registo. Não me queria pronunciar sobre isto, mas note que a questão central não é a duração do registo, mas sim todos os planos organizacionais, técnicos e logísticos para sua realização e fiscalização nos termos da lei e dos princípios democráticos consagrados na Constituição. Não basta apenas falarmos de 2,3, 6 ou 4 meses. Temos que ter o plano integral, toda logística, o que é que será feito, quando e por quem. Depois de termos tudo isto alinhavado a Cne, com a responsabilidade que esta tarefa exige, há-de chegar cá fora e fará a sua recomendação sobre a data das eleições. Há que lembrar uma coisa: em 1992 fizemos o registo eleitoral em 4 meses e foi bom.

Noto que nessa altura não tínhamos as tecnologias de informação que temos hoje, não tínhamos os quadros treinados que temos, e não tínhamos o barril de petróleo a 60 dólares. Hoje temos mais recursos humanos, tecnológicos e financeiros. Eu e os meus colegas temos mantido contactos com várias entidades experimentadas na organização de eleições democráticas, temos algumas propostas de colaboração e ajuda de entidades nacionais e internacionais, temos alguns planos operacionais que se forem implementados com rigor e profissionalismo, estou convencido que poderemos organizar em tempo útil uma das melhores eleições da nossa história.

P – Afinal o que é mais premente hoje: o arranque do registo, ou a indicação de uma data de referência?

R – As duas coisas estão interligadas. O próprio estabelecimento de uma data de referência institucional é um factor de motivação e de engajamento de toda Nação para um processo irreversível.

P – A Comissão Nacional Eleitoral é composta por 11 membros de diferentes origens e sensibilidades políticas. Afinal como é que coabitam, e que formato ou fórum é observado para tomada de decisões?

R – Quanto a sua natureza a Cne é um órgão independente, participado e colegial, o que significa que ela não está subordinada a nenhum poder. Ela mesma constitui um dos poderes do Estado de direito, devendo obediência apenas à Constituição e à lei. Portanto, os seus membros, tal como os magistrados são inamovíveis. Ser ela participada significa que integra os vários órgãos de soberania do Estado, mas é preciso notar que a Cne é colegial, ou seja, os comissários representam a pluralidade política nacional em termos de representatividade como tal e à semelhança dos deputados têm liberdade política e igualdade jurídica.

Respeitamos as opiniões uns dos outros, convergimos, divergimos, e as nossas decisões são tomadas por consenso ou por maioria. Agora, todas as competências que a lei reserva à Cne são exercidas colegialmente, o que quer dizer a Cne não tem chefe; tem um presidente cujas funções estão determinadas também no regulamento. Ele apenas preside às reuniões e executa as decisões do plenário.

P – Quer me parecer que apesar do retrato que fez, nem todos estão de acordo com os equilíbrios ou desequilíbrios que emanam da sua composição…

R – Na verdade, embora a Cne se reja pelos princípios do Estado democrático e de direito, pelos princípios da isenção partidária, consensualidade e da cooperação, temos um problema nacional: a isenção da Cne não pode ser garantida pela sua composição desequilibrada.

P – O desequilíbrio decorre da representatividade?

R – Exactamente, e este desequilíbrio decorre da própria lei. A lei que cria a Cne é anti-democrática porque ofende o princípio do Estado democrático e de direito e não representa com o devido equilíbrio a pluralidade política nacional.

P – Conhece algum outro formato que fosse capaz de responder a sua preocupação?

R – Temos o formato da Cne de Portugal, temos o formato da África do Sul, temos o formato da própria Cne de 1992 em que as forças políticas estavam representadas de maneira equilibrada. Esta composição desequilibrada anula à partida a isenção da Cne. Mas esta não é uma questão para a Cne resolver. É para um outro órgão do Estado resolver, neste caso o Tribunal Supremo, nas vestes de Tribunal Constitucional.

P – Julgo saber que a constitucionalidade desta lei foi posta em causa pela Unita que requereu um parecer ao Tribunal…

R – Eu acho que várias entidades públicas também se pronunciaram sobre a constitucionalidade desta lei.

P – Põe-se aqui uma outra questão: o presidente da Cne é juiz do Tribunal que vai deliberar sobre o caso. Como é que vai passar isto?

R – Acho que no caso concreto desta lei, e tratando-se de um conflito de interesses, o vice-presidente do Supremo vai se abster de se pronunciar porque a mesma entidade é membro da Cne. Esta é a minha presunção.

Semanario 060114-21 Crescimento económico num oceano de miséria

A economia continuaria a crescer a níveis impressionantes quando vistos no quadro mundial, influenciada sobretudo pelos investimentos na industria extractiva, ou seja nos sectores dos petróleos e dos diamantes. O governador do Banco Nacional de Angola (Bna) perspectiva em 2006 um crescimento de quase 28 por cento, um dos mais elevados no mercado mundial.

Porém, as condições de vida da maioria dos angolanos continuariam difíceis e no limiar da pobreza. Segundo a «Estratégia de Combate à Pobreza» aprovada pelo Governo em Fevereiro de 2004 e baseada nos dados do Inquérito dos Agregados Familiares sobre Despesas e Receitas realizado em 2000/01, a maioria dos angolanos vive na indigência, sendo 68 por cento com aproximadamente US$ 1,7 por dia, enquanto que 28 por cento com menos de US$ 0,7.

Dentro da estratégia anunciada pelo ministro dos Petróleos, Desidério Costa, no Soyo, em Julho de 2003, numa reunião alargada de quadros do sector, continuaríamos a observar a emergência de grupos económicos angolanos na aérea dos petróleos e de prestação de serviços depois da entrada em cena e em grande da Somoil no Bloco 3, no ano passado.

A decisão da Sonangol sobre a escolha das companhias que fariam parte dos grupos empreiteiros dos novos blocos na fase final do processo de adjudicação dos mesmos poderia ser influenciada pelas manobras para o controlo do sector dos petróleos por parte de grupos empresariais já influentes em outras áreas da economia angolana, nomeadamente a banca, seguros, diamantes, telecomunicações entre outras.

Uma verdadeira «privatização do sector privado angolano»! A presença chinesa em Angola passaria a ser mais visível e espalhada pelo país como resultado da implementação do programa de reabilitação de infra- estruturas no quadro do empréstimo de 2 mil milhões de dólares disponibilizados pela China em 2004.

Poucos empregos seriam criados para angolanos com este investimento e as empresas nacionais contempladas com contratos poderiam pertencer quase exclusivamente aos grupos económicos de referência. O combate à pobreza ou a distribuição da riqueza a uma maior camada da população pouco contributo poderia receber deste investimento suportado com carregamentos de petróleo. O tratamento do excedente das receitas do petróleo decorrente da alta de preços do crude no mercado internacional poderia continuar a levantar questões de transparência. Apesar do Governo ter anunciado a criação de um fundo para a gestão desta bonança, a verdade é que a falta de informação sobre o mesmo poderia continuar a criar dúvidas sobre a sua real existência, mesmo das autoridades do Fundo Monetário Internacional (Fmi).

O recente anúncio da criação do Banco de Desenvolvimento de Angola (Bda), a ser capitalizado com uma parte das receitas do petróleo, poderia ser visto como um primeiro passo na utilização dos recursos naturais a pensar no bem-estar das gerações vindouras.

Possíveis mudanças políticas dentro da estratégica da imprevisibilidade Certos líderes carismáticos fazem deliberadamente com que as suas acções não sejam previsíveis. O seu comportamento, que parece não ter consistência ou propósito, mantém assim os seus adversários numa atitude de constante apreensão e de interrogação, tentando decifrar as suas próximas movimentações. Nunca estão apressados nas suas tomadas de decisão, manifestam-se pacientes no seu dia a dia e só actuam quando consideram que a altura é certa. Pregam mudança mas nunca fazem reformas profundas por considerarem que as pessoas são criaturas de hábitos.

Por isso doseiam a inovação para evitarem possíveis reacções traumáticas e as suas medidas nunca correspondem totalmente às expectativas. Tal parece ser o estilo de liderança do presidente José Eduardo dos Santos, principalmente depois da mudança do regime nos anos 90 com a introdução do multipartidarismo. Torna- se, por isso, profundamente especulativo prever qual poderia ser a sua agenda política em 2006, o que não impede, no entanto, que se apresentem alguns possíveis cenários.

O Presidente José Eduardo dos Santos poderia proceder a mudanças pontuais no governo para fazer face às exigências e desafios do processo eleitoral. Uma das áreas afectadas poderia ser a diplomacia para permitir o seu redireccionamento e redimensionamento na forma como gerir a reacção negativa dos Estados Unidos da América e da União Europeia em relação ao adiamento das eleições em Angola.

Depois da República Democrática do Congo ter conseguido realizar com sucesso o referendo constitucional vencendo desafios logísticos de longe superiores aos de Angola, incluindo o facto de envolver 25 milhões de eleitores, poderia ser um exercício de relações internacionais complexo e difícil para Luanda convencer Washington e Bruxelas da justeza da sua causa. Assim, o governo angolano poderia mudar o ênfase da sua estratégia internacional, passando da diplomacia económica defendida (mas não claramente definida) pelo actual ministro das Relações Exteriores, João Miranda, para acções a favor da reabilitação da reputação e imagem de Angola, afectada no últimos anos por acusações de corrupção aos níveis mais altos da liderança política e económica do país. Neste processo, João Miranda poderia ser afastado e nomeado representante de Angola junto das Nações Unidas em Nova Iorque – tal como aconteceu com Afonso Van-Dúnem «Mbinda» em 1991 – com a missão de mobilizar apoios para as ambições de Angola naquela organização internacional, particularmente no quadro das possíveis reformas do Conselho de Segurança.

Para dirigir o Ministério das Relações Exteriores o presidente angolano poderia nomear Irene Neto, correntemente vice-ministra para a Cooperação, passando assim Angola a ser o terceiro país da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (Sadc), depois da África do Sul (Nkosazana Zuma) e Moçambique (Alcina Abreu), a ter a sua diplomacia em mãos femininas. Para assessorar a «Nkosazana Zuma angolana» – tal como a ministra dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, Irene Neto também é médica de formação – o embaixador de Angola em Marrocos, Luís de Almeida, poderia ser finalmente elevado a categoria de vice-ministro. Este diplomata, cuja carreira começou como representante do Mpla nos anos 60, teria também como responsabilidade apoiar o Governo no diálogo com o corpo diplomático acreditado em Luanda e organizações internacionais em relação ao processo eleitoral, tal como fizera em 1992.

George Chicoti poderia ser mantido como vice-ministro das Relações Exteriores, seguindo assim as pegadas de Venâncio de Moura que permaneceu nessa posição mais de uma década, enquanto se sucediam mudanças de ministros. Com esta nova equipa, o Ministério das Relações Exteriores teria como objectivo estratégico mudar a reputação e imagem de Angola na arena internacional beliscadas pelos atrasos no processo eleitoral e manchadas pela percepção do país ser um dos mais corruptos do mundo. Esta percepção seria exacerbada por uma certa inabilidade do governo de adoptar uma estratégia concertada que envolvesse a defesa diplomática das suas realizações mais recentes em termos de transparência e gestão de receitas nos fóruns internacionais.

Já dentro da perspectiva das eleições, o ministro da Defesa, , seria chamado para dirigir mais uma vez a campanha do Mpla, tal como fizera em 1992. Os seus dotes de oratória, o seu conhecimento do ambiente urbano e da «Angola profunda» fazem dele uma peça chave na estratégia eleitoral do partido maioritário. Para ministro da Defesa poderia ser nomeado Pedro Sebastião, actual governador provincial do Zaire, um conhecedor da casa e que no passado já ocupou essa posição no governo.

Voltaria refinado pelos vários anos como embaixador em Espanha e Itália, podendo criar no ministério uma nova tónica no tratamento da participação de Angola no conflito dos Grandes Lagos. Para o seu lugar, poderia ser indigitado Aníbal Rocha, que deixaria assim a governação de Cabinda.

Fruto da sua experiência no diálogo com as companhias petrolíferas, nomeadamente a Chevron e no reordenamento urbano como antigo governador de Luanda, Aníbal Rocha estaria em condições de gerir «com peito» o programa de desenvolvimento da província do Zaire, particularmente a região do Soyo e as implicações económicas e sociais do projecto do gás cujos trabalhos preliminares no terreno começariam a ser implementados este ano. Por outro lado, Aníbal Rocha teria domínio e seria sensível aos vários interesses que começam a posicionar-se nesta província e conhecimento de como evitar que os mesmos pudessem alimentar tensões sociais e o sentimento de hostilidade dos locais em relação aos «tentáculos» de Luanda no controlo das oportunidades económicas no Soyo. Cabinda poderia voltar a ter um governador da terra na pessoa de Marcos Barrica, o actual Ministro da Juventude e Desportos. Depois do sucesso de Angola nas competições continentais e internacionais, a sua nomeação à frente de uma das províncias mais estratégicas de Angola seria a consagração da sua carreira política. Barrica poderia ser substituído pelo seu adjunto responsável pela juventude, Gonçalves Muandumba, antigo líder nacional da Organização do Pioneiro Angolano (Opa), e um dos quadros do Mpla há anos considerado uma das apostas pessoais do Presidente José Eduardo dos Santos e com influência nos círculos juvenis. Atendendo que a maioria do eleitorado angolano não se revê na geração da luta anti-colonial, o papel de Muandumba seria importante ao complementar as iniciativas organizadas do «Movimento Espontâneo» susceptíveis de garantirem a vitória do partido maioritário nas próximas eleições. Oliveira Gonçalves, o técnico nacional da selecção de futebol, poderia ver a sua contribuição para o prestígio de Angola compensada com a sua nomeação para vice-ministro da Juventude e Desportos. As mudanças poderiam também incluir outros governos provinciais. José Amaro Tati, governador provincial do Bié, poderia voltar a Luanda como ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, em substituição de Gilberto Lutukuta que dada a sua idade, passaria a dedicar-se mais a questões parlamentares e partidárias. O novo homem forte do Kuito poderia ser Isaac do Anjos, recém regressado da África do Sul como embaixador, que como agrónomo de experiência comprovada daria continuidade ao programa de desenvolvimento agrícola iniciado por Tati e dinamizar a campanha do Mpla nesta antiga área de influência da Unita.

Por ter traído o «padrinho» Higino Carneiro aquando da visita do primeiro-ministro Fernando da Piedade Dias dos Santos «Nandó» ao Sumbe em 2004, o governador provincial do Kuanza Sul, Serafim do Prado, poderia ver o seu castigo chegar com a sua exoneração. Sinal de que apesar de tudo o que se comenta Higino Carneiro ainda permanece influente junto do Chefe, o seu antigo «protegido» seria substituído por Fátima Jardim, a primeira mulher a dirigir uma província. Não se concretizaria a ida para Benguela da ex-ministra das Pescas como há anos se vinha cogitando. Paradoxalmente Dumilde Rangel poderia permanecer de pedra e cal no seu posto, desafiando tudo e todos.

Os mesmos poderiam ser os casos de André Luís Brandão e António Burity da Silva, respectivamente ministro dos Transportes e da Educação, há muito sendo apontados como estando na lista dos possíveis futuros «caídos» do governo.

«Endividamento é para aumentar a capacidade produtiva», garante Aguinaldo Jaime

O Ministro-adjunto do Primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime, disse recentemente à Rádio Nacional de Angola (RNA), que o Governo vai continuar a dar grande prioridade ao combate a inflação, rejeitando igualmente, as criticas sobre uma alegada obsessão do Governo, no combate a mesma, explicando que esse é o caminho para garantir um quadro de confiança para atrair investimentos.

Segundo ainda, o Ministro Ajunto do Primeiro-ministro, esses investimentos, só aumentarão a oferta de bens e serviços à população.

Na sua explanação, a inflação é um imposto encapotado que retira rendimentos às pessoas e penaliza sobretudo, não só aqueles de menor capacidade financeira, mas também os que têm um rendimento mais ou menos fixo.

O governante, acrescentou porem, que quando o Governo estabiliza o nível geral de preços, ao mesmo tempo está a proteger a qualidade de vida das pessoas fundamentalmente àquelas que auferem menores recursos.

Para ele, inflação baixa, é maior confiança no mercado, significa dizer também, taxas de juros mais baixas. Quando isto acontece, disse, as expectativas inflacionistas das pessoas e dos agentes económicos estão por baixo. “Isto quer dizer que passa haver mais dinheiro para financiar investimentos ”.

Aguinaldo Jaime, garantiu ainda que, o Governo tem afinado os mecanismos de fiscalização para controlar a boa execução das obras que constam do Orçamento Geral do Estado (OGE) para este ano. Segundo este, a fiscalização é uma componente incontornável. “ Não pode haver nenhuma obra sem que haja uma entidade independente daquela que implementa o projecto a fiscalizá-lo e a reportar eventuais anomalias que se possam verificar ”, assegurou, realçando que se assim for, os recursos serão aplicados de maneira mais eficiente.

Quanto ao endividamento de Angola, Aguinaldo, fez saber que o mesmo é de 8 biliões de dólares norte-americanos e que não é excessivo nem insustentável para um país pobre como o caso de Angola. O ex-homem forte do Banco Nacional de Angola (BNA), fez saber entretanto, que Angola começou a ser capaz de se endividar no mercado em condições normais agora em relação aos anos anteriores. “Antigamente o endividamento só era possível pela garantia real do fornecimento principalmente do petróleo ”, disse.

Neste momento, realçou, as coisas são diferentes e muitas das linhas de crédito agenciadas pelo Governo já são sem garantias reais, como acontece com qualquer país, o que significa um grande capital de confiança que a economia angolana começa a ganhar não só apenas no país, mas também no estrangeiro. "Nós não estamos a endividar-nos para financiar o consumo, não estamos a endividar-nos para financiar despesas correntes, nós estamos a endividar-nos para o aumento da nossa capacidade produtiva ”-concluiu Aguinaldo Jaime.

Jan 12, 23:18 Fonte:RNA

Estrangeiros com vistos de permanência obtidos de forma irregular serão indiciados por crime de corrupção

A polícia nacional começou já a deter alguns estrangeiros que obterão vistos de permanência de forma irregular em Angola. As autorizações de permanência foram passadas por altos funcionários dos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME), detidos em Dezembro do ano passado.

Em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), o Procurador da República junto da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), José Machado, revelou que, os cidadãos estrangeiros serão indiciados por corrupção activa e uso de documentos supostamente falsos. “Temos a obrigação de ouvi-los todos para sabermos como obtiveram os vistos e quais os favores que prestaram ” , disse, realçando que tal processo levará algum tempo, sem no entanto estabelecer prazos.

Quanto ao processo judicial contra os cinco altos responsáveis do SME, o procurador fez saber, que a situação continua a ser averiguada. “Eles continuam detidos, a mesma foi confirmada pelo Ministério Público e está neste momento à decorrer a investigação do processo ”, afirmou.

Para o Procurador, numa primeira fase, todo trabalho está a ser feito no sentido de se apurar as provas e submete-las a exames.

Jan 13, 23:12 Fonte:RNA

Assassinatos no bairro do Sambizanga em Luanda são assustadores

São assustadores os assassinatos no município do Sambizanga em Luanda. As mortes constantes, deixam a zona insegura sobretudo pela pouca presença policial no local, permitindo deste modo as manobras dos marginais.

Segundo à Emissora Católica de Angola, normalmente quatro a seis jovens perdem à vida numa noite. Entretanto, alguns populares, realçaram que muitas vezes tudo acontece quando jovens delinquentes fazem das suas. “Quando eles tentam assaltar e não conseguem, então fazem disparos ”, referiram.

“ A polícia também. Se por acaso te encontrar fora de hora sem documentos, então é um motivo para seres morto ”, acrescentaram.

Para muitos, a morte não é o caminho ideal, o mais correcto seria encaminhar os mesmos a uma esquadra da polícia. Apesar do município fazer fronteira com o comando da segunda divisão da polícia nacional, a insegurança ainda marca o dia-a-dia daqueles que ali residem.

“ O bairro não tem mesmo segurança, passamos mal, não estamos seguros, você a qualquer hora do dia pode ser assaltado ou mesmo morto ”, argumentam.

Por sua vez, o comando da polícia naquele município, fez saber que as mortes efectuadas algumas vezes pelos seus efectivos são por resposta aos meliantes. Entretanto, Manuel Gonçalves, segundo homem forte da polícia do Sambizanga, pede calma aos munícipes e promete redobrar a segurança nos próximos tempos.

Jan 12, 23:19 Fonte:Rádio Ecclésia

Preços dos livros condiciona compra para muitas familias

Em vésperas de mais um ano lectivo, os preços dos livros continuam caros em Luanda. As poucas livrarias espalhadas pela capital, culpabilizam a EDMEL que alegam que pratica preços exorbitantes na venda e distribuição dos livros.

Para muitos encarregados de educação que a esta altura, ainda se encontram com os bolsos vazios, confrontando- se com a necessidade de obtenção de livros para os seus educandos, alertam que é necessário rever a questão dos preços dos livros.

De acordo com uma Reportagem da Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), mais de 500 kwanzas, é quanto custa um livro para os alunos do 1º nível. Da iniciação a 3ª classe, são precisos, segundo a fonte, mais de 1.500 kwanzas para adquirir três livros, nomeadamente das disciplinas de português, ciências e matemática, ao passo que da 3ª à 4 classe, são necessários 4 livros.

Entretanto, Manuel Fonseca proprietário de uma das livrarias da capital, diz que a carência na venda dos livros por parte da EDMEL, é o principal responsável pelos preços exorbitantes em muitos estabelecimentos de venda de livros espalhados por Luanda.

O mesmo responsável, fez saber que existe um grande sistema burocrático na EDMEL que só vende uma caixa de livros de cada disciplina e os 40 mil kwanzas cobrados por caixa “é muito caro ”, alega.

Por sua vez, os vendedores ambulantes alegam melhor clientela, tudo porque são sensíveis aos preços e a maior parte das pessoas que a eles recorrem são de baixa renda.

Jan 12, 23:20 Fonte:LAC

Cidadãos pagam 4 a 5 mil Kz para tratar do bilhete de identidade em Luanda

Tratar um bilhete de identidade pela via oficial em Luanda, está cada vez mais difícil, muitos cidadãos dizem mesmo que o caminho mais fácil é o mercado negro, montado à porta dos centros de registos.

Para ter um bilhete de identidade em Luanda, o emolumento oficial está orçado em 250 kwanzas, mas o mercado negro é um pouco mais do que o triplo oficial.

Para muitos cidadãos ouvidos quinta-feira última pela Rádio Ecclésia, comparecer a àquelas instituições somente com 250 kwanzas, é complicado. “Você fica aqui, muito tempo depois da entrega dos documentos e mesmo assim não te atendem, não têm outra solução se não fazer bisno (negócio) ”, explicou um dos entrevistados pela Ecclésia.

“ Eu por exemplo paguei 5 mil kwanzas, tudo porque necessito do bilhete com urgência. Não tive que outra solução ”, disse o outro, acrescentando ser a via mais rápida.

Entretanto para o Secretário do Ministério da Justiça, Gidião Cantumbela, as práticas em causa prejudicam o cidadão, apelando os mesmos a denunciarem os autores das mesmas.

“ Nós temos apelado aos nossos funcionários, para que deixem tais práticas, porque não dão boa imagem à eles próprios e nem dos seus serviços ”, disse, dando conta que os funcionários que forem acusados de tais práticas poderão mesmo ser despedidos.

Jan 13, 23:13 Fonte:Rádio Ecclésia

«Sondagem encomendada pelo Folha 8 revela que MPLA perderá maioria absoluta», destaca a VOA em Revista de Imprensa

Eleições em 2006, «MPLA perderá maioria absoluta» desta ca em letras garrafais o Folha 8 que assim conclui, tendo como base um «documento exclusivo».

Na verdade, o jornal encomendou uma sondagem que permitiu chegar a esta conclusão. O MPLA está numa situação desgaste, mas também a acção política de outros partidos tem retirado apoiantes à sua causa, como é o caso das Lundas e mesmo Huambo e Bié, onde terá de trabalhar muito para se recuperar.

O Independente destaca uma entrevista com Sediangani Mbimbi, presidente do PDP-ANA, que afirma «O MPLA já não tem nada para dar a este povo». Na entrevista, o político fala de aspectos políticos, económicos e sociais, reflecte sobre as eleições e critica fortemente o governo, particularmente, o Presidente da República por não definir o calendário eleitoral, concluindo q ue «O país continua a viver de falsas promessas».

O governador de Luanda, Job Capapinha, foi chamado ao parlamento para se explicar acerca das demolições que o seu governo tem protagonizado e saiu de lá dizendo «Demolições de casas em Luanda vão continuar».

A Capital destaca como título principal «Bem aventurados os novos corruptos» e sublinha que a corrupção já faz parte das nossas vidas. Este é um artigo relacionado com o caso dos Serviços de Migração e Estrangeiros que está agora sob investigação da Polícia.

Jardo Muekalia marca pontos em Washington é o ante- título de um artigo relacionado com a visita deste dirigente da UNITA aos EUA, onde foi recebido pela secretária adjunta para os assuntos africanos do Departamento de Estado. O jornal destaca «UNITA busca apoios para pressionar Eduardo dos Santos».

Ciúmes de Aníbal Rocha agitam Cabinda e, como consequencia, «Governador e vice não se entendem», «Vodafone quer ser terceira operadora de telemóveis» e «Um assassino à solta em Luanda chamado malária» fecham a capa deste semanário.

O Angolense abre com uma entrevista de Laís Eduardo, porta-voz de uma das alas FNLA, que afirma «Holden Roberto é uma pessoa frustrada», sendo esta a causa do problema que grassa neste partido histórico.

Laís Eduardo diz mesmo que Holden Roberto é avesso a crítica, autoritário e pretende instalar como que uma monarquia na direcção do partido.

A favor das petrolíferas estrangeiras, «Governo despreza nac ionais». Esta matéria está relacionada com o facto de funcionários sindicalistas da Chevron que lideraram um processo reivindicativo estarem a ser despedidos sem justa causa e o executivo angolano apadrinha estas medidas arbitrarias.

Assustador, «Quarenta por cento dos angolanos estão no desemprego» o jornal respiga uma entrevista concedida à Radio Nacional de Angola pelo ministro das Finanças, José Pedro de Morais, onde avança este dado.

Em destaque no Cruzeiro do Sul está: Caminho de Ferro de Benguela «Para o Luau em chinês». A matéria é relacionada com a reabilitação desta linha ferroviária que será feita com capital e pessoal da China. Os sócios da cooperativa Lar do Patriota estão zangados com Dinguanza, o arquitecto mentor do projecto, que alegadament e não está a honrar o compromisso de entrega pontual das casas aos associados.

Em dossier, «O ano deles», o jornal destaca aquelas figuras que estarão na mó de cima este ano, entre as quais se conta o ministro da Administração do Território, Virgílio de Fontes Pereira, que é também o coordenador da Comissão Interministeral para o Processo Eleitoral.

O Semanário Angolense traz dois títulos apenas e um deles tem a ver com um desfalque de 16 milhões de dólares americanos no Ministério das Relações Exteriores protagonizados pelo embaixador Alves Primo e o director da Direcção de Administração e Gestão do Orçamento, Pedro Miguel de Oliveira. «Cofres da casa aliviados em cerca de 16 milhões de dólares» é o titulo desta matéria.

O título principal diz «2006 o a no das grandes indecisões ?decisões?» matéria em que se fazem projecções que podem implicar pequenas remodelações no executivo, visando melhorar a reputação e a imagem de Angola lá fora e, internamente, sacudir a letargia que caracteriza o desempenho de alguns governantes.

O Agora noticia que pode ser criada a província do Kuanza-Centro, cuja capital seria a localidade de Wako- Kungo.

Também destaca «Os cavalos de Kope» um artigo relacionado com o facto de que o general Hélder Vieira Dias "Kopelipa" estar a vender cavalos, bois e semente de batata.

«Anarquia nos cemitérios, nem os mortos descansam», «Capapinha apertado no parlamento» e «Governador nomeia irmão para director do hospital de Camama» são outros destaques do semanário Agora.

Jan 14, 16:55 Fonte:VOA (Eugénio Mateus)

Candonga de bancadas no Congolenses?

Mercado original encerrou para obras. Concessionários preteridos acusam funcionários da administração de estarem a vender espaços a preços que chegam aos 150 dólares. O administrador diz que não sabe de nada

Quinhentos e onze dos dois mil concessionários do antigo mercado dos Congolenses ficaram de fora, após a transferência efectuada para um centro de vendas provisório construído no largo Demósthenes de Almeida, mesmo à sua frente, destinado a albergá-los até que se concluam as obras de reabilitação que aí serão efectuadas, soube o Semanário Angolense. Estes dados foram obtidos com algum custo, na última quinta-feira, junto da administração do mercado, que é liderada por António de Jesus Pereira Bravo, por ele se ter recusado antes a fornecê-los de forma oficial a este jornal, sob a alegação de que carecia de autorização superior.

A autorização...

Segundo ele, por estar submetido à dupla subordinação, só podia fornecer os dados solicitados após autorização ou da Administração Municipal do Rangel ou da Direcção dos Serviços Comunitários do Governo Provincial de Luanda. «Eu já forneci os dados que o senhor pretende a estas duas entidades, de quem dependo hierarquicamente. Por isso, se quiser obtê-los, terá de lá ir», dissera Pereira Bravo, na quarta-feira, via telefone, depois de o jornalista ter tentado contactá-lo ao vivo no local sem sucesso. António de Jesus Pereira Bravo só se predisporia a falar após o jornalista lhe ter feito ver que não carecia de qualquer «autorização superior» para responder, por exemplo, às acusações de que funcionários da sua administração estariam a vender ilegalmente espaços no «novo» Congolenses a preços que chegavam aos 150 dólares, numa altura em que a luta por eles era ainda bastante acentuada. «Por favor, não lance nada disso no ar, antes de falar comigo», lá o homem cedeu, finalmente, em debitar algo sobre o processo de transferência dos vendedores.

Já sem «autorização superior»...

Posto isto, começou por negar que tivesse havido qualquer venda de espaços no mercado provisório, argumentando que o processo de transferência fora efectuado com toda a transparência e lisura. No entanto, considerou que era normal que existissem pessoas descontentes porque as infra-estruturas construídas para albergá-las são manifestamente insuficientes para absorver todos os vendedores e quitandeiras que trabalhavam oficialmente no «velho» Congolenses. António de Jesus Pereira Bravo garantiu ter criado uma comissão para proceder ao registo dos 511 concessionários que ficaram de fora, a fim de serem transferidas para outros mercados. No entanto, esta medida parece não ter consistência, já que os tais «outros mercados» de que fala, a exemplo do mercado do São Paulo, também estarão com o mesmo problema de espaço.

Interrogado sobre isso, a nossa fonte explicou que eles serão transferidos em função das suas zonas de residência, porque, como disse, ao contrário do que se possa pensar, há bairros onde existem mercados que se encontram praticamente às moscas, como o dos Cajueiros e do Neves Bendinha.

Luta terrível

Segundo apurou o Semanário Angolense, a luta pelos espaços disponíveis nos Congolenses, zona que garante boas vendas, foi terrível. «Chegou a haver chapadas e pontapés, porque cada um queria o melhor para si», disse à nossa reportagem uma quitandeira que conseguiu o seu cantinho a muito custo. «Outros tiveram que fazer esquemas, senão nada viam», sublinhou.

Segundo ela, nestes esquemas, além de certos funcionários da administração do mercado, englobavam também vendedores seus amigos. «Muitos dos nossos próprios colegas são cúmplices dos funcionários e também estão a comer disso», disse.

Como confirmou o próprio administrador do mercado, no novo espaço apenas couberam mil e 504 vendedores e quitandeiras, quando as necessidades eram acima de duas mil bancadas, até porque, somados, os comerciantes oficiais e os que vendem informalmente nas redondezas dos Congolenses chegam aos três mil.

Em face da demanda ter sido muito superior à oferta, só os mais felizardos ou esquemáticos conseguiram espaços. Outros, incluindo quitandeiras já com muitos anos de casa, ficaram sem lugar para continuarem a trabalhar de forma oficial.

É o caso de uma quitandeira kwanza-nortenha, cuja identificação preferimos omitir, que, embora tenha todos os papéis em dia e já lá estivesse oficialmente há seis anos, acabou por ficar de fora na hora da distribuição dos lugares, se calhar, por falta de esquema, quando tinha todo o direito a um lugar. Desesperos Mãe de nove filhos e com o marido desempregado, ela está desesperada. Por isso, decidiu tomar de assalto um «bequito» no novo espaço, na esperança de que a administração do local a deixe fazer pela vida. Talvez seja obrigada a negociar com algum fiscal. Como ela, são às dezenas as pessoas na sua situação, isto é, que vendem dentro do «novo» mercado em meio a alguma clandestinidade a que foram obrigadas. Com financiamento e tecnologia chineses, o «novo» mercado dos Congolenses, um aglomerado de 11 naves sem paredes e cobertas de chapas de zinco, foi construído em cinco meses. Não tem ainda qualquer sistema de eliminação de resíduos, possuindo apenas um quarto-de- banho para mais de mil e tal pessoas. Carece também de um edifício para funcionamento da própria direcção do mercado, bem como de um armazém para acondicionamento de mercadorias de parte dos concessionários. Propostas para solucionar estes quesitos foram já apresentadas às entidades competentes por António de Jesus Pereira Bravo, que nada pode fazer por livre iniciativa por não ter verbas cabimentadas para tanto.

Não há informações oficiais sobre o tempo de duração das obras de reabilitação do «velho» Congolenses. Fala- se que durarão seis meses, mas, paradoxalmente, nem sequer se sabe quando iniciarão. Pelo menos, o próprio administrador do mercado nada sabe já.

Jan 14, 16:26 Fonte:Semanário Angolense (Salas Neto )

EUA vão financiar eleições em Angola

A embaixadora dos Estados Unidos da América, Cinthya Efird, garantiu, em entrevista à Voz da América, o apoio financeiro do governo do seu país ao processo eleitoral em preparação em Angola desde que as autoridades angolanas o solicitem.

Este apoio financeiro, segundo a diplomata, seria posto à disposição das Nações Unidas ou outro organismo internacional que se encarregaria da sua gestão consoante as necessidades do processo eleitoral. A diplomata disse que tem acompanhado o evoluir do processo preparatório e acredita que as eleições podem ter lugar ainda este ano se houver vontade para tal.

«Já consegui entender o quão efectivo o povo angolano é e se porventura os angolanos quiserem as eleições podem ter lugar em 2006. Também tenho noção de que os angolanos querem que as eleições sejam livres, transparentes e abertas e que sejam aceites, sobretudo, pelo povo angolano. E como todos os outros amigos de Angola nós também esperamos que o Presidente Eduardo dos Santos anuncie a data para que as eleições se realizem».

Neste momento, o governo americano já está a prestar assistência a algumas organizações não governamentais e também a partidos políticos.

Nesta entrevista, Cinthya Efird desmistifcou a ideia segundo a qual o seu país não tem exercido a pressão política desejável para que as autoridades angolanas encarem com mais seriedade o processo eleitoral, alegadamente devido aos avultados negocios que detem em Angola.

«Esperamos que as pessoas coloquem em mente de que a realização das eleições não é um favor que os angolanos estão a fazer aos Estados Unidos e à comunidade internacional. A realização de eleições é importante para o povo angolano, para processo de democratização de Angola e não é tão importante, como se pensa, para a comunidade internacional. É importante que todos os agentes ligados ao processo eleitoral trabalhem no sentido de se movimentarem de forma célere para as eleições. Há um ditado que diz que a democracia é uma má maneira de governação, mas as outras maneiras são piores. Nós queremos que Angola aceite a sua responsabilidade de criar um processo democrático. Nós e a comunidade internacional estamos aqui como recurso para ajudar na criação deste processo».

A diplomata deixou mesmo claro que a criação e consolidação da democracia em Angola é uma responsabilidade dos próprios angolanos, que devem abrir espaços em que as mais distintas vozes se possam fazer ouvir.

A embaixadora reconheceu que em Luanda há já este espaço plural de expressão de ideias, mas observou que uma democracia vital e funcional requer a mesma liberdade em todo o país.

«Isso implica dizer que será necessário que rádios independentes transmitam fora de Luanda. Deve-se ter um processo aberto e livre para que se licenciem rádios no sentido de transmitirem para todo o país e estou aqui a falar da rádio porque ele é muito importante num país com alto nível de analfabetismo. É importante que as atenções estejam centradas no licenciamento de mais rádios, porque para mim é muito mais importante que se dê atenção às licenças para as rádios do que outros assuntos».

As autoridades angolanas devem ter a capacidade de transpôr receios alimentados pelas práticas do seu passado e permitir a construção deste espaço aberto, porque funciona como uma válvula de escape.

Cinthya Efird lembrou mesmo palavras de Thomas Jefferson segundo as quais: «Eu prefiro ter um pais com uma lei e uma imprensa boa, porque a imprensa pode melhorar a lei deste país».

Jan 14, 16:52 Fonte:VOA (Eugénio Mateus)

Endiama Celebrates 25th Anniversary AngolaPress, Angola - 21 hours ago Luanda, 01/15 - Angola`s National Diamond Company (Endiama-EP), is celebrating on Sunday its 25 years of existence with a conference under the motto "Cutting To Grow".

Defendida padronização do diamante angolano

A criação de uma marca para os diamantes angolanos foi defendida hoje, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da Fabrica de lapidação de diamante "Angola Polishing Diamonds, SA", Eugénio Bravo da Rosa, como uma das premissas indispensáveis para a afirmação e crescimento gradual da economia nacional a nível mundial.

Eugénio Bravo da Rosa avançou esta tese numa palestra sobre "Sodiam e os desafios da lapidação, enquadrada na jornada Científica da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), realizada no âmbito do 25º aniversário da empresa, que hoje se assinala.

Segundo Bravo da Rosa, a formação de lapidadores nacionais com base sólida vai permitir o aumento da produção de diamantes de qualidade de acordo com os padrões internacionais, criando uma estrutura de custos competitiva que garanta a rentabilidade do negócio face a concorrência internacional.

A criação de um canal eficiente para a venda de diamantes lapidados em Angola e a definição correcta das produções foram outros requisitos apresentados pelo palestrante, para uma maior contribuição do sub-sector diamantífero no Produto Interno Bruto (PIB).

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração do Projecto Catoca, Ganga Júnior, falou sobre "O produtor face à lapidação", tendo sublinhado a necessidade de Angola se tornar no mair centro de lapidação de diamantes no continente africano devido as suas potencilidades no ramo.

Segundo ele, a definição de uma política nacional de comercialização de diamantes vai desenvolver estratégias que permitam utilizar a actividade como garante de fontes de financiamentos para o desenvolvimento da economia angolana.

As Jornadas Técnico-Científicas da Endiama encerram ainda hoje na Cidadela Desportiva, com uma partida de basquetebol entre uma equipa mista da Endiama e o 1º de Agosto.

Jan 15, 15:01 Fonte:Angop

Knight Ridder Washington Bureau

January 12, 2006 Thursday

Wars are on the wane worldwide

Here are some war stories from 2005 that you might have missed:

Shiite Muslim rebels in northern Yemen are giving up. Islamic extremists in Algeria are, too. In Burundi, peaceful elections ended 20 years of bloody civil war. Rebels in Sumatra disarmed after 29 years to participate in elections.

It seems that armed combat is falling out of fashion. According to war historians, the number of conflicts worldwide declined sharply in the last decade, and their overall lethality is the lowest since the 1950s.

Some war historians think the lull is temporary. Others, such as John Mueller of the Ohio State University, think that war has become, at least in developed countries, as obsolete as slavery or dueling. He deems this shift "one of the most important developments in the history of the world."

Terrorism is up, to be sure, but so far it's been killing far fewer people than major clashes between industrialized states did in the past. By Mueller's tally, only in one year, 2001, did terrorism kill more people in a year than World War II did every hour, on average - 1,200 combatants and civilians.

The current toll from terrorism, however, doesn't count the victims of Iraqi and Afghan suicide bombings and other insurgent attacks, which are considered combat deaths. Moreover, a major terrorist attack with chemical, biological, radiological or nuclear weapons could change the picture in an instant, and so could another major war, say between India and Pakistan.

Nevertheless, at least four academic centers that track world conflicts report the same downward trend in global warfare and lesser conflicts: the Stockholm International Peace Research Institute; the International Peace Research Institute in Oslo, Norway; the Center for International Development and Conflict Management at the University of Maryland in College Park and the Human Security Centre at the University of British Columbia in Vancouver.

The biggest change, experts agree, is the virtual end of wars among industrialized states, mainly Europe's. The 60-years since their last clash in World War II is the longest period of peace in Europe since the Romans ruled much of the continent.

Worldwide, the deadliest conflicts - those with 1,000 or more battle deaths a year - are down 80 percent since 1992, according to the Human Security Centre's latest tally. That mainly reflects two shifts: a decline in wars between countries and a decline in civil wars, which is attributable, in large measure, to effective international peacekeeping.

Globally, here's what's been happening:

- The number of conflicts rose steadily from the early 1950s until about 1992, then dropped sharply. Today, 20 to 30 armed conflicts are under way worldwide, depending on the definition. That's down from 50 to 60 in 1992. None pits highly developed countries against one another, although several are "asymmetric" conflicts between industrialized countries and relatively primitive enemies.

- Combat deaths worldwide haven't topped a half-million since the end of the Korean War in 1953. Before that, they ran 1 million to 3 million a year in World War I and 3 million to 4 million a year in World War II. In recent years, the numbers have been between 20,000 and 30,000. The reason: Asymmetric conflicts such as the war in Iraq and simmering low-intensity ones don't kill as many people.

- The decline in combat lethality is even more dramatic when adjusted for population growth. In the 1970s, combat-related deaths killed about 1.2 people out of every 1,000. Today the number is less than 0.4. (Note that combat deaths don't include deaths from war-related starvation and disease, deaths in ethnic conflicts that don't involve states or unopposed massacres.)

What's causing the declines, aside from peace in Europe?

- The Cold War, which ended in 1992, also ended proxy wars that pitted U.S.- and Soviet-backed forces against each other. Superpower support helped fuel conflicts in, for example, Vietnam, Central America, Afghanistan, Ethiopia and Angola. Experts estimate that while it lasted, the Cold War fueled a third of all international armed conflicts.

- Wars to liberate colonies, often followed by civil wars over who'd govern them next, were another staple of global conflict in the 1950s and 1960s. Today, most of those are over.

- The most lethal conflicts today are in Iraq, Afghanistan and Russia, and they pit Islamic militants, terrorists and other lightly armed foes against highly industrialized forces. While the numbers killed are small compared with clashes of the past century, conflicts involving Islamic terrorism are growing in number and deadliness, said Monty Marshall, a scholar at Maryland's Center for International Development and Conflict Management.

If war is falling out of fashion, Americans may be among the last to notice it. The United States has fought 16 armed conflicts since 1946. Only the United Kingdom, with 21, and France, with 19, have fought more, according to the University of British Columbia's 2005 Human Security Report, which analyzes trends in political violence worldwide.

Although the United States remains embroiled in conflicts in Iraq and Afghanistan, tolerance of U.S. casualties may be falling sharply. Polls in 2005 reported that a plurality of Americans turned against the war in Iraq after roughly 1,500 U.S. combat deaths. The turning point in Vietnam came after 28,000.

For optimists worldwide, here are some hopeful signs for the future:

- The number of international crises - defined as situations that leaders consider imminently threatening to their countries' security - has declined by more than two-thirds since 1981, according to the Human Security Report.

- Instances of genocide and mass killings of ideological foes are also down from 10 a year in the early 1990s to one in 2004, according to Barbara Harff, a conflict historian at Clark University in Worcester, Mass. That one is grave, however: It's in Darfur, Sudan, where Arab militias have killed at least 70,000 black Africans.

- In 1946, 20 nations in the world were democracies, according to the Maryland institute's Peace and Conflict 2005 report. Today, 88 countries are. Many scholars contend that democracies go to war more slowly and rarely fight one another.

- The number of United Nations peacekeeping operations more than doubled from 1988 to 2005, from seven to 17.

"Until the 1990s, the international community did little to stop wars. Now it does lots," said Andrew Mack, the director of the University of British Columbia's Human Security Centre. And it's working, Mack added, citing a report by the Rand Corp., a U.S. research center, that two-thirds of U.N. peacekeeping efforts succeed.

Financial Times (London)

January 13, 2006

China and India forge alliance on oil Agreement to end the 'mindless rivalry' that characterised many bids and pushed asset prices higher

China and India, the world's two fastest growing energy consumers, yesterday set aside long-standing rivalries and agreed to co-operate in securing crude oil resources overseas.

The agreement, aimed at preventing the two nations' competition for oil assets pushing up prices, symbolises their increasingly assertive role in global energy politics.

In an age of growing energy insecurity "it makes sense for India and China to co- operate (rather) than compete . . . the time of access to easy oil is in the past", said Jim Steenhagen, managing director at PFC Energy, the US consulting firm.

The agreement came as fears over a serious threat to oil supplies from Iran began to rattle the market yesterday. Prices rose above Dollars 65 a barrel on the New York Mercantile Exchange as Tehran's nuclear ambitions threatened instability at the centre of the world's main oil-producing region.

The Sino-Indian agreement was signed in Beijing by Mani Shankar Aiyar, India's petroleum minister, and Ma Kai, the head of the National Reform and Development Commission, China's chief economic planning and energy ministry.

Many in the industry are sceptical about the effect of the agreement. But Mr Aiyar said it would help end the "mindless rivalry" that characterised many competitive bids."Unbridled rivalry only benefits those who are selling assets, no matter which country wins," he said.

The agreement comes after India's Oil and Natural Gas Corp lost to Chinese rivals in acquiring fields in Angola, Nigeria, Kazakhstan and Ecuador.

But a recent joint purchase of a stake in a Syrian oilfield by ONGC and the state- owned China National Petroleum Corp could set a pattern for future deals. Mr Aiyar hailed this as a model.

Oil executives said co-operation between China and India could benefit international energy companies by reducing the ferocity of the bidding.

Under their agreement, Chinese and Indian oil companies will establish a formal procedure to exchange information about a possible bid target, before agreeing to co-operate formally. Their memorandum of understanding also covers possible co-operation across the energy industry, from exploration to marketing.

But India and China's national oil companies could still compete in third countries.

Sceptics say Chinese companies are unlikely to share their real business plans with Indian rivals, especially as they have mostly been able to outbid them.

World Markets Analysis

January 12, 2006

Governor Defends Urban Demolitions in Angolan Capital

Job Capapinha, the provincial of the capital, Luanda , has appeared in the National Assembly to defend the authorities' programme of home demolitions in residential areas of Luanda. The programme - which saw the demolition of some 8,000 houses in the municipalities of Viana, Samba and Kilamba Kiaxi in November 2005 - has attracted vocal criticism from local residents and non- governmental organisations (NGOs). In his meeting with parliamentarians, Capapinha insisted that the demolitions were in accordance with the law, including recently introduced land-tenure legislation - and that the majority of homes had been built illegally in an 'anarchic' fashion. Local residents groups and their representatives in the legislature have voiced particular anger at the apparent failure of the authorities to explain the reasons for each demolition and the apparent allocation of cleared lands to members of provincial government. Capapinha acknowledged that some officials within his department were 'less than good' and could have been involved in the corrupt allocation of lots; he committed to establishing an investigation into such grants. However, he insisted that clearances of the kind witnessed in November would continue and that they were a vital aspect of the government's plans to rehabilitate the capital.

Significance : Luanda's residential bairros ('slum' areas) expanded at a remarkable rate during the 1990s as the capital became the principal refuge for internally displaced people fleeing conflict between the government and the National Union for the Total Independence of Angola (UNITA) rebel group. Most house construction was indeed chaotic and unregulated, and the administration has made some efforts to improve living conditions in the bairros, particularly through the installation of concrete (if still open) sewers. However, in the wake of Zimbabwean President Robert Mugabe's recent 'Operation Murambatsvina', slum clearances have become a particularly controversial issue in southern Africa - perhaps explaining Capapinha's evident willingness to address the National Assembly on the issue. The controversy in Angola highlights the weaknesses of the regime's current urban redevelopment programme - heavy on legislation, weak on human development programmes, and cut through with corruption.

S.Africa's Vodacom says could bid for Angola mobile licence Thu Jan 12, 2006 4:26 PM GMT173

JOHANNESBURG (Reuters) - South African cell phone operator Vodacom will consider bidding for a possible third mobile phone licence in Angola, the company said on Thursday.

Vodacom, which is owned by South Africa's fixed-line operator Telkom and British cellular giant Vodafone, said in a statement it would consider investment opportunities in Angola if they arise.

Vodacom was responding to reports that Angola, recovering from a 27-year civil war which ended in 2002, could license a third mobile phone operator to expand telecom services in sub-Saharan Africa's second biggest oil producer.

"As part of its future expansion drive, Vodacom will consider investment opportunities in Angola and will carefully monitor developments in the Angolan government's plans in this regard," a Vodacom spokesman said.

Vodacom is South Africa's leading cell phone operator but rival MTN has overtaken it in terms of sales and subscribers, to become the biggest mobile phone company on the continent thanks to a string of recent acquisitions.

Chief Executive Alan Knott-Craig told Reuters in November that Vodacom, which already runs networks in Lesotho, Tanzania, Mozambique and the Democratic Republic of Congo, was poised to break into two new African markets.

Angola could make sense for Vodacom since its parent company Telkom has repeatedly said it aims to enter the southern African country, which has a population of 13 million and is fighting high levels of poverty despite booming oil revenues.

The two companies often expand in tandem.

Angola has rapidly opened its telecoms sector since the end of civil war, licensing four new fixed line operators in 2003 and two cellular operators. The government has said there is room for at least two more mobile operators.

Vodacom rival MTN has expanded aggressively into sub- Saharan Africa over the past year as it seeks to become the leading cell phone operator in developing markets, snapping up assets in Ivory Coast, Zambia and Botswana.

MTN told Reuters in December it would continue to look at new opportunities on the continent although some analysts say it is looking overstretched after signing a major deal in Iran and hope it will refrain from too many acquisitions in 2006.

Fri, 13 Jan 2006 Vodacom eyes Angola

Thu, 12 Jan 2006

South African mobile services operator Vodacom confirmed on Thursday it might bid for a possible third cell phone licence in Angola.

Angola recently disclosed that it might licence a third mobile operator in the country.

"Just as it would in any other country, Vodacom would consider any investment opportunities in Angola," a spokesperson for the group told I-Net Bridge.

Apart from South Africa, Vodacom has operations in Tanzania, the Democratic Republic of Congo, Lesotho and Mozambique and has indicated in recent months that it wants to expand to other African states.

The group is owned by fixed-line operator Telkom and UK cellular giant Vodafone Group plc, which is seeking to increase its stake in the South African operator to 50 percent from 35 percent through the acquisition of local investment group VenFin in a deal that will cost it just short of R16-billion — constituting the second biggest ever foreign direct investment in South Africa after Barclays' recent acquisition of Absa.

I-Net Bridge

Ja060113 A inflação mais baixa de sempre

A taxa de inflação do país, no ano passado, foi a mais baixa de sempre, 18,53 por cento, caindo mais de 12 pontos percentuais face aos 31,02 por cento de 2004, revelou ontem o Instituto Nacional de Estatística. De acordo com os dados da mesma fonte, o índice de preços no consumidor em Luanda aumentou 1,93 por cento em Dezembro. Apesar de manter a tendência de descida que tem vindo a ser registada nos últimos anos, a taxa da inflação ultrapassou a meta definida pelo Governo para o ano passado, que era de 15 por cento. A taxa da inflação acumulada em 2005 ultrapassou também a previsão avançada no início de Novembro pelo primeiro-ministro angolano, Fernando Dias dos Santos, que, numa intervenção proferida no Parlamento, admitiu uma taxa de 17,7 por cento no final do ano. No princípio do ano, o Governo previa uma meta de inflação de 15 por cento, uma diferença de 3 pontos. Contudo, o ministro-adjunto do primeiro ministro, Aguinaldo Jaime, considera a diferença muito ténue, a julgar pelos níveis de inflação dos anos anteriores, que chegaram a uma acumulação de mais de 3 mil por cento em meado da década de 90. Em relação ao mês de Dezembro, os dados divulgados pelo INE referem que o maior aumento foi registado na rubrica de vestuário e calçado, com uma subida de 4,36 por cento, seguindo-se as rubricas de bebidas alcoólicas e tabaco (2,85), lazer, recreação e cultura (2,70) e alimentação e bebidas não alcoólicas (2,43). Por outro lado, a variação homóloga da inflação fixou- se em 18,53 por cento em Dezembro, o que representa uma descida de 0,45 por cento em relação ao valor registado no mês anterior, numa tendência de desagravamento que se vem registando construtivamente desde meados de 2000. O índice de preços no consumidor elaborado pelo INE resulta de um cabaz constituído por 24 produtos, sendo mensalmente analisados cerca de 14.700 preços em vários mercados e lojas comerciais da capital angolana. A taxa de inflação tem vindo a descer de forma acentuada, nos últimos anos, especialmente desde 2001, ano em que se fixou em 116 por cento, baixando depois para 105 por cento em 2002. Em 2003, este indicador económico fixou-se pela primeira vez nos dois dígitos, atingindo 76,5 por cento, sofrendo uma nova descida acentuada no ano seguinte, com 31,02 por cento. Para o ministro-adjunto do primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime, o combate à inflação continua a ser “ um dos vectores mais importantes da política económica do Governo ”, atribuindo a esta matéria uma “forte importância ”. “ Esta ênfase que o Governo põe na taxa de inflação não é um menosprezo pela economia real e pela condição de vida dos traba-lhadores angolanos, pelo contrário. A inflação é um imposto encapotado, que retira rendimentos às pessoas e penaliza sobretudo as pessoas de menores rendimentos e as que auferem rendimentos fixos ”, afirmou Aguinaldo Jaime, numa entrevista que concedeu à emissora estatal angolana. Nessa perspectiva, defendeu que a estabilização dos preços é uma forma de “proteger o nível de vida das pessoas, fundamentalmente as de menores recursos ”. “ Por outro lado, estamos a criar um quadro de confiança que permite ao capital nacional e estrangeiro apostar no mercado angolano, investir em Angola, criando condições para o aumento da oferta de bens e serviços, que é a forma de melhorar o nível de vida das populações ”, acrescentou.

060113 JA Parlamentar demarca-se de debate paralelo sobre projecto de Lei de Imprensa

O vice-presidente da VI Comissão da Assembleia Nacional, Rui Falcão Pinto de Andrade, disse ontem, em Luanda, que a sua Comissão trabalha actualmente em torno do projecto de Lei de Imprensa, pelo que discorda da realização do debate paralelo sobre a matéria, pretendido por uma ONG estrangeira. O responsável manifestou este ponto de vista à Angop, ao reagir à anunciada realização hoje, em Luanda, de uma mesa redonda sobre “Garantias da proposta de Lei de Imprensa ”, a ser promovida pela ONG “Search for Common Ground (SFCG) ”. Argumentou que o texto em causa continua a merecer o devido tratamento, dentro dos trâmites legislativos, até à sua aprovação em plenário, pelo que não vê necessidade de debate paralelo sobre a matéria. Opinou ser descabida a iniciativa, porquanto a citada proposta de Lei, antes de ser submetida ao Parlamento, em finais do ano findo, pelo Governo, foi amplamente discutida em diversos fóruns, e, ainda assim, a VI Comissão continua a receber propostas e sugestões de entidades colectivas e singulares. Ele anunciou que, no quadro da abordagem do ante- projecto, haverá um encontro nos próximos dias entre a VI Comissão e o Ministério da Comunicação Social, ao qual se seguirá o debate em plenário no Parlamento para aprovação final da Lei de Imprensa, diploma que faz parte do pacote legislativo eleitoral. Depois do texto inicial ter sido levado à discussão pública, em 2004, um ante-projecto de Lei de Imprensa voltou a ser submetido a debate, no ano findo, permitindo os organismos que ficaram de fora, na primeira abordagem, contribuírem também para o enriquecimento da Lei. Este último exercício ocorreu depois da comissão criada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, ter terminado o seu trabalho, que consistiu no tratamento de todas as contribuições recolhidas aquando da divulgação do primeiro ante-projecto. Entretanto, na nota da SFCG, a que a Angop teve acesso, na passada quarta-feira, refere-se que o encontro aprazado para hoje, numa das salas da AN, decorre das recomendações saídas do segundo Fórum da Sociedade Civil sobre a “transformação de conflitos ”, realizado de 21 a 25 de Novembro de 2005, na província da Huíla. Com escritórios em Washington (EUA) e em Bruxelas (Bélgica), os responsáveis do SFCG dizem trabalhar em Angola, desde 1996, no domínio da consolidação da paz e no processo de reconciliação nacional, promovendo a realização de encontros afins com elementos de todos os estratos da sociedade.

Mercado ganha confiança na moeda nacional

O dólar norte-americano foi, até recentemente, a moeda de eleição para quem entendesse fazer algumas economias. Um habito, porém, que começa a ser abandonado desde que, há cerca de dois meses, o kwanza ganhou força em relação a moeda estrangeira americana.

De acordo com a “A Capital ” ouvindo um funcionário sénior do Banco Poupança e Crédito (BPC), que sem avançar mais estatísticas mais precisas, constata haver hoje “um número cada vez mais crescente de contas em kwanzas, ao contrário de tempos recentes em que as pessoas se socorriam ao dólar para verem as suas poupanças protegidas da inflação e da permanente depreciação da moeda nacional.

A recuperação em cerca de seis por cento do peso do kwanza face ao dólar reforçou nos últimos 60 dias a confiança que se tinha perdido na moeda angolana. Desde que caiu da fasquia dos 90 kwanzas, o dólar norte- americano estagnou na casa dos 80,ou seja, abaixo da taxa de câmbio média de referência que se previa para 2005. Quando elaborou o Orçamento Geral do Estado para 2005, o Governo fê-lo com expectativa de terminar o ano com uma taxa de câmbio médio de 86,9 por cento, um indicador que, entretanto, não ficou muito longe da taxa de cambia real ”.

Para o Bancário ouvido pelo Jornal, “isso é um bom indicar ”, na medida em que estimula as pessoas a fazerem as suas economias na moeda nacional, assim como permite “conservar o poder de compra dos salários daqueles que auferem em kwanzas ”.

Garantias do Banco Nacional de Angola (BNA), prometem manter o relativo peso que o kwanza conseguiu ganhar perante o dólar em este ano, servindo-se de mecanismo leilões de divisas para assegurar a estabilidade do mercado de câmbio.

Jan 11, 18:27 Fonte:A Capital

Angola pagou dívida a empresa que penhorou avião da TAAG

O Estado angolano pagou os 1,8 milhões de euros que devia há 14 anos a uma empresa de Torres Vedras, deixando de existir a penhora sobre um avião da companhia aérea estatal daquele país, informou a empresa credora.

Um dos advogados da Pomobel, Sociedade de Frutos do Oeste, disse hoje à agência Lusa que "foi depositado o dinheiro em substituição da penhora" e "o processo está em vias de se resolver".

De acordo com a mesma fonte, "a dívida vai ficar saldada dentro de dias".

O Tribunal de Torres Vedras penhorou dia 20 de Dezembro um avião da companhia angolana TAAG (um Boeing 747) na sequência de uma acção judicial contra o Estado de Angola devido a uma dívida à empresa de exportação de frutas.

Um dia depois, o mesmo tribunal proferiu um despacho que restituía o avião penhorado a uma empresa que reclamou ser a proprietária do aparelho, e que o terá alugado à companhia angolana TAAG.

A Pomobel equacionou recorrer da decisão mas segundo disse hoje o defensor, "apesar de estar no prazo para interpor o recurso e como já existe a garantia de que o dinheiro está depositado, não há interesse em prosseguir" com a contestação.

O dinheiro foi depositado à ordem do Tribunal de Torres Vedras e, segundo a mesma fonte, "o avião está agora completamente livre".

Os advogados defendiam que apesar do avião ter sido libertado a penhora se mantinha.

Em declarações à Lusa, um dos proprietários da empresa contou que desde 1981 que exportava produtos frescos produzidos em Portugal, Espanha e Holanda para Angola, mas uma década depois aquele país deixou de pagar os fornecimentos.

"A empresa teve que parar a actividade em 1992, suspender os funcionários, foi alvo de muitos processos de bancos e privados, tendo até perdido as instalações (em Carvoeira, Torres Vedras) a favor de uma empresa espanhola", relatou Rui Pinheiro.

O empresário disse ainda que "o cliente da Pomobel em Angola - Angloship - depositou o dinheiro e deu ordem ao Banco Nacional de Angola para pagar e este nunca o pagou".

Jan 12, 22:13 Fonte:Lusa

Agence France Presse

January 11, 2006

Chinese Foreign Minister kicks off 6-Nation African tour

Chinese Foreign Minister Li Zhaoxing arrived Wednesday in Cape Verde on the first leg of a six-nation Africa tour expected to focus on feeding the Asian giant's growing energy needs and balancing US influence.

In keeping with a more than decade-old tradition of showing solidarity with developing nations, the tour is the first on China's diplomatic schedule this year.

After Cape Verde the Chinese foreign minister will visit Senegal, Mali, Liberia, Nigeria and Libya , before returning to China on January 19.

China has in recent years increasingly looked to Africa -- from where it draws a third of its oil -- as a source of energy and resources including timber, as it tries to broaden the supply base feeding its booming economy.

"We stand ready to work with the African nations through bilateral channels and through the China-Africa Forum... to enhance our cooperation in various fields, including the field of energy exploration," Li said in Beijing before his departure.

In the latest of a series of energy deals between Beijing and African countries, China's largest gas and oil producer, China National Overseas Oil Corp, said Monday it had agreed to buy a 45-percent stake in an oil block off Nigeria's coast for almost 2.3 billion dollars.

Nigeria is Africa's biggest source of oil, producing 2.6 million barrels per day last year, and the world's sixth biggest exporter of crude. Li is scheduled to meet President Olusegun Obasanjo when he visits Nigeria on January 16-17.

China has recently ventured into Angola, Gabon, Egypt and Algeria for petroleum.

In Cape Verde, Li is due to hold talks with Prime Minister Jose Maria Neves, Foreign Affairs Minister Victor Borges and speaker of parliament Aristides Lima, according to officials. "China can become a stragetic partner of Cape Verde, with whose assistance we can turn into a commercial and service hub in West Africa," Borges told a news conference.

Cape Verde, whose economy largely relies on agriculture, fishing and tourism, would like more Chinese investment in the construction and fishing industries. Relations between China and the impoverished former Portuguese colony date back to 1976.

Barry Sautman, political scientist at the University of Science and Technology of Hong Kong, said Li's trip was as much about seeking broader strategic influence and cooperation in Africa, as China's energy quest. "(It's) to make some progress on economic connections but more importantly it is to shore up political and cultural connections," Sautman told AFP.

Strategically, China needs as many political alliances worldwide as it can get to help challenge US dominance, Sautman said, and it has successfully fostered friendships with various African countries over recent years. "China needs to create a kind of loose united front with lots of countries around the world to counterbalance the influence of the United States, and particularly to disabuse large sections of the world population from the idea that China represents a threat," he said.

A US study sponsored by the Council on Foreign Relations last month warned undemocratic China was challenging US interests and values in Africa. It said China was shielding "rogue states", harming the environment, competing with the United States for oil and thwarting anti-corruption drives.

But China argues that its interest in Africa benefits the continent, covering areas such as the training of thousands of local professionals each year, as well as providing technology to the continent's agricultural sector.

PTI news agency (New Delhi)

January 11, 2006

Indian energy minister arrives in China; to sign cooperation pact

Enhancing cooperation in the hydrocarbon sector for energy security of the two fastest growing economies will be high on the agenda of talks Indian Petroleum Minister Mani Shankar Aiyar will hold with Chinese leaders.

Aiyar, who arrived here Wednesday [11 January] for a two-day official visit to China, will meet his host, Chairman of the National Development Reform Commission (NDRC), Ma Kai Thursday.

A Memorandum of Understanding [MoU] on hydrocarbon cooperation is expected to be signed by the two sides which will provide for cooperation across the hydrocarbon value chain, sources said. The MoU provides for the setting up of a joint working group on hydrocarbon cooperation at officials' level that will meet alternately in the two countries.

Besides this, at least five other MoUs will be signed during the visit between Indian and Chinese petroleum organizations.

The minister will also address a select gathering of senior government officials, corporate leaders and members of China's think-tanks.

He will also be visiting the Da-Gang onshore oil field, which is about 90 km from Beijing.

Aiyar's visit takes place in the background of the fact that both countries have emerged as significant consumers of hydrocarbon resources over the last few years, official sources said.

Over the past one year, there have been a number of occasions when Indian and Chinese companies have publicly competed for the same assets such as in Angola, Kazakhstan and Ecuador. These instances of competition have frequently clouded strong Chinese interest in cooperating with India.

Official sources said the two sides have agreed to cooperate in the field of energy security and conservation, such as encouraging relevant departments and units of the two countries to engage in the survey and exploration of petroleum and natural gas resources in third countries.

AngoNotícias 12 de Janeiro

«Eleições só mesmo em 2007» diz O Independente

Parece estar definitivamente decidido que as eleições não terão lugar durante este ano, embora ainda não tenha sido oficialmente admitido, escreve o Independente na sua ultima edição. “O tempo demasiado apertado, ao que se juntam interesses do MPLA, não possibilitará a realização de eleições em 2006”, afirmou uma fonte idónea ao semanário O Independente.

De acordo com o semanário, referindo fonte ligada ao partido no poder, apenas se está a jogar com o tempo, juntando evidências, para que se anuncie oficialmente o seu adiamento para o próximo ano.

Além do tempo demasiado apertado, numa altura em que ainda não está sequer definido o começo do registo eleitoral, “também não convém ao MPLA que as eleições se realizem neste ano de 2006”, sustentou a mesma fonte.

Embora a fonte não tenha entrado em pormenores, a sua versão coincide com a de alguns observadores políticos, que sustentam que é dada a conveniência do partido no poder a apresentação do maior número possível de obras, e respectivas inaugurações, em todo o país – algo que necessita de pelo menos todo o ano de 2006.

É assim que, visando a reabilitação da sua imagem, para benefícios eleitorais, o Governo comandado pelo MPLA vai dar este ano um enorme sopro à reconstrução das infra-estruturas destruídas, à reposição dos principais equipamentos sociais e à construção de habitações, como disse o Presidente da República no seu discurso de fim de ano. De salientar que, no seu discurso, o Presidente José Eduardo dos Santos mais uma vez evitou assegurar que as eleições se realizariam este ano. Dos Santos apenas disse que as eleições seriam convocadas “em tempo oportuno”, depois de concluído o registo eleitoral e ouvido o parecer da Comissão Nacional Eleitoral e do Conselho da República.

O Presidente da República também afirmou que desejava que o registo eleitoral se realizasse “o mais depressa possível”, mas até ao momento (e já estamos no mês de Janeiro) ainda não se vislumbra o seu início. Ora, essa enorme tarefa vai consumir, no mínimo, seis meses (meio ano), pelo facto de se realizar em tempo chuvoso, conforme reconheceu o porta-voz da CNE, Adão de Almeida.

Porém, ainda se desconhece em que mês iniciará esta árdua tarefa, tendo em conta que, segundo ainda Adão de Almeida, a aprovação final do programa de registo eleitoral carece de “um conjunto de informações”, entre as quais sobre o processo de desminagem de cerca de 2500 campos minados existentes no país. Um processo de desminagem cuja conclusão está programada (coincidentemente) para 2007.

Adão de Almeida foi muito preciso nas suas palavras quando disse taxativamente: “não havendo ainda elementos suficientes nesta altura para se definir a data das eleições, parece-nos prematuro que se calendarize e que se agende essa acção que é a actualização do registo eleitoral”. Por outro lado, o início do registo eleitoral deverá passar ainda pela fase de extensão dos planos de distribuição das brigadas de registo até ao nível municipal e de treinamento dos brigadistas. Todas essas (pretensas?) dificuldades e lentidão levam a crer que já está forjada a crença na inevitabilidade do adiamento das eleições para o ano de 2007...

Jornal de Angola

12 de Janeiro

Fórum quer combater marginalização de África

Vinte e quatro antigos Presidentes e chefes de Governo africanos criaram ontem em Maputo um fórum, através do qual os antigos líderes do continente pretendem contribuir para o fim da “marginalização económica e política de África”.

Ao enunciar os objectivos do fórum, o ex-Presidente moçambicano Joaquim Chissano, mentor da ideia, afirmou que a iniciativa é uma plataforma para a “participação dos antigos líderes africanos no desenvolvimento político, económico e social de África”. “Após uma reflexão, tornou-se evidente que a nossa experiência e perícias poderiam contribuir melhor para o desenvolvimento do nosso continente”, sublinhou Chissano.

O fórum quer também unir-se ao desafio de “assumir as iniciativas concebidas e financiadas em primeiro lugar pelo continente africano, numa altura em que a África está a experimentar um sentimento de fadiga no que respeita às iniciativas externas”, acrescentou o antigo Chefe de Estado moçambicano.

Joaquim Chissano sublinhou que os ex-presidentes e chefes de Governo africanos têm a obrigação de “colocar a África em primeiro lugar, posicionando o continente como sua primeira prioridade”.

Chissano indicou que irão integrar o Fórum antigos chefes de Estado e de Governo com credenciais democráticas e um passado na promoção e sustentação da governação democrática nos seus próprios países, sub-região e no continente.

Por seu turno, o actual Presidente moçambicano, Armando Guebuza, elogiou a ideia, destacando que vai permitir o aproveitamento das “ricas experiências que os antigos líderes africanos possuem na luta contra os actuais desafios com que o continente se debate”. “Cada um deles (ex-chefes de Estado) têm ricas experiências de luta por uma ordem internacional mais justa, equitativa e democrática e com este gesto pretendem dizer que nunca se diz missão cumprida, quando se tem de servir o povo”, sublinhou Guebuza.

O ex-Chefe de Estado sul-africano Nelson Mandela afirmou na ocasião que os antigos líderes do continente não pretendem criar polémicas com os actuais governos africanos, mas colocar à disposição das comunidades africanas a “sua sabedoria e experiência na resolução dos problemas que enfrentam”. “Os antigos chefes de Estado, como os anciãos nas culturas africanas, têm autoridade moral para sugerir caminhos na busca de melhores condições de vida para África”, enfatizou o primeiro Presidente negro da África do Sul.

Dos 24 ex-estadistas que aderiram ao fórum, apenas 16 participaram ontem na reunião constitutiva do Fórum dos Antigos Presidentes e chefes de Governo africanos.

Entre os antigos líderes presentes no encontro, estão Henrique Rosa (Guiné- Bissau), Aristides Pereira e António Mascarenhas Monteiro (Cabo Verde), Miguel Trovoada (São Tomé e Príncipe), Kenneth Kaunda (Zâmbia), Yakubo Guwon

Angola Press Agency

January 11, 2006

President Dos Santos Extends Mandate of Humanitarian Aid Unit

President Jose Eduardo dos Santos extends the mandate of the humanitarian aid unit for two years

A decree promulgated by the President of the Republic, Jose Eduardo dos Santos, announces the extension of the mandate of the Technical Unit of Coordination of Humanitarian Aid (UTCAH), for a two-year period.

Included in the edition 131 of the State Gazette, made available to ANGOP on Wednesday, the move took into consideration the existence, in the country, of inaccessible areas, due to destroyed bridges and impassable roads, seen as critical needs of humanitarian ambit.

The source adds that the step aimed at granting the existential legality of UTCAH, as the initial mandate foreseen for four years, was set from September 1998 to the same month of 2002.

«Eleições só mesmo em 2007» diz O Independente

Parece estar definitivamente decidido que as eleições não terão lugar durante este ano, embora ainda não tenha sido oficialmente admitido, escreve o Independente na sua ultima edição. “O tempo demasiado apertado, ao que se juntam interesses do MPLA, não possibilitará a realização de eleições em 2006 ”, afirmou uma fonte idónea ao semanário O Independente.

De acordo com o semanário, referindo fonte ligada ao partido no poder, apenas se está a jogar com o tempo, juntando evidências, para que se anuncie oficialmente o seu adiamento para o próximo ano.

Além do tempo demasiado apertado, numa altura em que ainda não está sequer definido o começo do registo eleitoral, “também não convém ao MPLA que as eleições se realizem neste ano de 2006” , sustentou a mesma fonte.

Embora a fonte não tenha entrado em pormenores, a sua versão coincide com a de alguns observadores políticos, que sustentam que é dada a conveniência do partido no poder a apresentação do maior número possível de obras, e respectivas inaugurações, em todo o país – algo que necessita de pelo menos todo o ano de 2006.

É assim que, visando a reabilitação da sua imagem, para benefícios eleitorais, o Governo comandado pelo MPLA vai dar este ano um enorme sopro à reconstrução das infra-estruturas destruídas, à reposição dos principais equipamentos sociais e à construção de habitações, como disse o Presidente da República no seu discurso de fim de ano. De salientar que, no seu discurso, o Presidente José Eduardo dos Santos mais uma vez evitou assegurar que as eleições se realizariam este ano. Dos Santos apenas disse que as eleições seriam convocadas “em tempo oportuno” , depois de concluído o registo eleitoral e ouvido o parecer da Comissão Nacional Eleitoral e do Conselho da República.

O Presidente da República também afirmou que desejava que o registo eleitoral se realizasse “o mais depressa possível ”, mas até ao momento (e já estamos no mês de Janeiro) ainda não se vislumbra o seu início. Ora, essa enorme tarefa vai consumir, no mínimo, seis meses (meio ano), pelo facto de se realizar em tempo chuvoso, conforme reconheceu o porta-voz da CNE, Adão de Almeida.

Porém, ainda se desconhece em que mês iniciará esta árdua tarefa, tendo em conta que, segundo ainda Adão de Almeida, a aprovação final do programa de registo eleitoral carece de “um conjunto de informações ”, entre as quais sobre o processo de desminagem de cerca de 2500 campos minados existentes no país. Um processo de desminagem cuja conclusão está programada (coincidentemente) para 2007.

Adão de Almeida foi muito preciso nas suas palavras quando disse taxativamente: “ não havendo ainda elementos suficientes nesta altura para se definir a data das eleições, parece-nos prematuro que se calendarize e que se agende essa acção que é a actualização do registo eleitoral ”. Por outro lado, o início do registo eleitoral deverá passar ainda pela fase de extensão dos planos de distribuição das brigadas de registo até ao nível municipal e de treinamento dos brigadistas. Todas essas (pretensas?) dificuldades e lentidão levam a crer que já está forjada a crença na inevitabilidade do adiamento das eleições para o ano de 2007...

Jan 10, 21:00 Fonte:O Independente

Jan. 11, 2006, 3:00PM (PRN) VAALCO Energy Updates Gabon Activity and Status of New Ventures

PRNewswire-FirstCall

HOUSTON, Jan. 11 /PRNewswire-FirstCall/ -- VAALCO Energy, Inc. (Amex: EGY),

VAALCO Extends Etame Block and Enters into New Crude Oil Sales Agreement

VAALCO Energy, Inc. (the "Company") announced that it has reached an agreement with the Government of Gabon for a five-year extension of the Etame Marine Permit. The extension, which will go into effect July 2006, is divided into a three-year first term and an optional two-year second term. An exploration well is required during each term.

Separately, the Company also announced that it will now sell its Etame crude oil to Trafigura Beheer B.V. Trafigura was the high bidder for the contract which is based on Rabi Light. At current market prices, the Company would expect to receive a price of approximately Dated Brent less $1.25. This represents a significant improvement over the beginning of 2004, when due to weakness in the Rabi price, the Company was receiving Dated Brent less approximately $5.00. The first lifting under the new contract of approximately 720,000 barrels is ongoing. VAALCO Opens Aberdeen Office

To support future drilling activity and planned exploration activity in the U.K. sector of the North Sea, VAALCO has opened an office in Aberdeen, Scotland. The company plans to enter into two partnerships to perform studies of the blocks upcoming in the 24th Licensing round expected to occur in June 2006. One will focus on the Central North Sea area, and one will be focused on the Southern Gas Basin and Fallow Discoveries. The Company has budgeted approximately $2.0 million to support these North Sea Activities in 2006.

VAALCO Pre-Qualified by Sonangol as Operator for Angolan Licensing Round

In another new venture area, VAALCO has successfully qualified as an Operator for bidding in the upcoming Angolan Licensing Round. Seven blocks are up for bid, with three of them being shallow water blocks of interest to the Company. VAALCO was one of twenty-nine companies qualified and one of only a handful of independents successfully able to qualify. Bids are due March 31, 2006.

Mr. Robert Gerry stated, "We have begun the diversification process for VAALCO as promised. The award of the Mutamba Iroru block in Gabon has strengthened our position within Gabon where our core assets lie. The Avouma platform is expected to be fully constructed by April 2006, with installation in Gabon over the summer. We still anticipate first production from Avouma in the fourth quarter of 2006. We are analyzing the seismic data obtained over Ebouri with hopes to file a development plan with the government in the near future. The opening of an office in Aberdeen commences our North Sea initiative and we continue to pursue other potential projects in West Africa through such activities as the Angolan bid round and discussions with other operators."

This press release includes "forward-looking statements" as defined by the U.S. securities laws.

The Wall Street Journal

January 10, 2006

In Angola, charity is political issue for Exxon

SOYO - Angola Donations from an oil consortium led by Exxon Mobil Corp. recently doubled the size of Miguel Alves Antonio's one-story high school here. He thanked Exxon, and then he asked for more: an electricity generator, a bus, and laboratory supplies including microscopes and a centrifuge.

Exxon, says Mr. Alves Antonio, is "like a father: A father who likes to give is a father we're going to ask a lot."

The world's largest publicly traded oil company submitted to the school director's request, but it drew one line: He would have to supply his own diesel fuel for the generator and bus. At some point, says William Cummings, Exxon's public-affairs manager in Angola, the company wants "an exit strategy."

The money Exxon and its partners are spending on the Soyo school is part of the price of entry in a country that holds some of the juiciest new oil fields on the planet. But as oil giants flock here, they're confronting a dilemma that executives didn't learn about in engineering school: how to fulfill their social duty in a nation that is rich in fossil fuels but poor in almost everything else.

Exxon's problem isn't primarily about money: It earned $33.8 billion in the 12 months ended Sept. 30. It's more an issue of politics and managerial focus. Oil companies must juggle the often-conflicting expectations of African governments with those of Western governments and antipoverty groups. They also struggle to apply the financial discipline of their core business to philanthropy in the developing world.

Oil companies often fear working too closely with governments of new oil powers such as Angola that ask for help in addressing social ills. Many of these nations, including Angola, have been criticized by Western nongovernmental organizations and international lending institutions for failing to explain sufficiently how they spend the billions of dollars they receive each year in oil revenue. Being seen as an arm of these governments, even in building hospitals or schools, invites criticism that an oil company is enabling financial mismanagement and the long-term dependency it creates.

Executives who are accustomed to building rigs and drilling fields within tight budgets say their goal is to help oil-rich developing countries learn to help themselves. "We are an oil company. We are not the Red Cross," says Andre Madec, who oversees Exxon's global community relations from the company's Irving, Texas, headquarters. "We don't want to be seen as the de facto administration."

Exxon isn't the only oil giant confronting this predicament in Angola, one of the planet's hottest new oil plays as fields elsewhere decline or remain shut to Western oil companies. BP PLC and the British government recently spent a total of about $250,000 installing a solar-energy system in a rural village north of Luanda that lacked electricity. Villagers rushed to buy television sets and blew out the system then asked BP to fix it.

Chevron Corp. for years sent a $100,000 annual check to the public pediatric hospital in Luanda, the Angolan capital. Recently Chevron started asking the hospital to apply for funding for specific projects. "Our worry was they were just getting used to a $100,000 check from the company. There wasn't any end in sight," says Dennis Flemming, the California-based company's manager for corporate responsibility in Angola.

Exxon's biggest philanthropic beneficiaries traditionally have been blue-chip institutions in the U.S., a legacy of the days when the U.S. provided most of Exxon's oil and natural gas. Of the $107 million in cash, goods and services that Exxon and the Exxon Mobil Foundation donated in 2004, two-thirds went to activities in the U.S. Yet the U.S. no longer provides anywhere near the majority of Exxon's fossil fuel. By 2010, the company expects Africa will provide in excess of 30 percent of Exxon's oil, more than any other region in the world. Exxon plans to increase donations in developing countries without cutting U.S. giving, Mr. Madec says.

Some Western advocacy groups and local activists say oil companies are shirking a broader responsibility when they sprinkle a few million dollars a year in donations to a developing country. If the companies really wanted to improve lives in places like Angola, these critics say, they would use their clout to push governments to prove that they're spending oil money primarily on public needs.

Building classrooms or hospital labs is just "part of the propaganda of the oil companies," says Belmiro Cuica Chissengueti, a Catholic priest in Luanda who works with Western organizations critical of Angola's government. Given the amount of oil money flowing into Angolan government coffers, he says, "the government has the money to do these kinds of things."

Angolan officials say their country is managing its oil wealth prudently and point to new disclosure steps. On a trip to Washington in May 2004, President Jose Eduardo dos Santos disclosed how much Chevron had paid as a "signing bonus" to get access to an offshore oil-producing area, the type of number the government used to keep secret. "There is a lot of improvement in my country with transparency," says Syanga Abilio, a vice president at Sonangol, the state oil company.

Exxon officials and Western diplomats also say transparency in Angola is improving. Pushing the government further isn't Exxon's role, says Terry McPhail, Exxon's top official in Angola. "It's not up to us to go into a sovereign country and tell them how they ought to be governing their people," he says. "We obviously want to be a good corporate citizen. But we're a guest in this country, and as a guest we've got to show respect."

Even small spending decisions can be fraught with political risk for Western oil companies in Angola. Last year, several companies were invited to buy seats at a gala dinner of the Lwini Fund, an organization that helps victims of land mines in Angola. The group is headed by the wife of Angola's president. Seats at the head table cost $10,000 apiece.

Exxon declined the invitation. A person familiar with Exxon's thinking says the company wasn't comfortable giving money to the group given the prominent role of the president's wife.

Other Western oil companies did attend the dinner. Chevron sent representatives, although their seats were paid for by other companies, Chevron's Mr. Flemming says. Chevron regularly donates wheelchairs that Lwini distributes. "They do good work, and that's why we continue to work with them," he says.

A Lwini Fund official says by email that the fund hasn't heard of any oil company declining to attend the dinner because of concerns about the fund's ties to the president's family. The official says any concerns about the fund's financial controls are baseless.

Exxon has been wrestling with such dilemmas in Africa for more than a decade. In the mid-1990s, an Exxon-led consortium of oil companies wanted to build a pipeline from a massive oil field in landlocked Chad to the African coast in neighboring Cameroon. The consortium and Chad agreed to bring in the World Bank, a main lender to Chad, to help manage the project's revenue. The bank demanded that the consortium make environmental and social improvements along the pipeline's route, and it required Chad to agree to put the majority of the revenue from the oil project into poverty-reduction programs like schools, medicine and roads.

At one point along the pipeline route, Exxon built a health clinic in Kome, Chad. But the government demanded that Exxon also provide a nurse and medicine and equipment. Exxon refused, saying it was the government's responsibility to operate the clinic. The company kept the clinic padlocked more than a year, until the government hired its own health-care workers to run the facility.

Late last month, Chad's national legislature passed an amendment to its oil- revenue law that would allow the government to spend more of the oil money as it sees fit. In response, the World Bank announced last Friday that it is suspending $124 million in loans to Chad. Exxon's Mr. Madec doesn't criticize Chad but says, "We like the format we had."

Angola was known for political instability long before it was known for oil. A Portuguese colony for most of the 20th century, Angola won independence in 1975 but a civil war lasted until 2002. In the mid-1990s, as the fighting continued on land, Exxon and other Western oil giants began to discover vast stores of oil in underwater fields far off Angola's coast.

Over the past few years, the deep-water wells have begun pumping hard. From 100,000 barrels per day in the early 1970s, Angola's production has shot up to 1.2 million barrels per day today, making the country the No. 2 producer among nations along Africa's western coast behind Nigeria. PFC Energy, a consultant based in Washington, predicts deep-water West Africa will provide more new oil over the next decade than any other region outside the Organization of Petroleum Exporting Countries.

In November, officials of Sonangol, the national oil company, held a road show at an upscale Houston hotel to solicit oil-company bids for licenses to explore additional offshore areas. Representatives of about 40 oil companies, including Exxon, packed the room. As Alexandre Pessoa Vaz, head of Sonangol's hydrocarbon-concessions department, ticked off the elements Sonangol expected oil companies to include in their bids, he noted that philanthropic contributions "are something that Sonangol also appreciates that the companies offer."

In talks with oil executives, Sonangol has been more specific, says Gerald McElvy, president of the Exxon Mobil Foundation. Over the past year, he says, Sonangol has told Exxon it expects the company to spend $1 million per year on social projects for every 100,000 barrels of oil per day the company pumps out of Angolan fields. Currently Exxon's share of oil from two consortiums in Angola is about 270,000 barrels a day.

Mr. Abilio, the Sonangol vice president, denied in an interview that Sonangol laid out such a specific number. But he said it does make clear to oil companies operating in Angola that it expects them to invest in social projects. "The country really needs development," he said. "The money is never sufficient in terms of the needs of the country."

Exxon officials say the company will spend about $2.7 million this year on social projects in Angola in its effort to meet Sonangol's expectations. Its partners also make donations. The money is considered a "recoverable" expense under an agreement between the Exxon-led consortium and Sonangol. Though Exxon officials won't discuss the details, typically such arrangements mean the national oil company repays the Western firm's spending in the form of oil from the fields. Exxon also spends about $4 million annually on philanthropy in Angola for which it isn't reimbursed, mainly for a program fighting malaria.

Fearing cash will be misspent, Exxon donates mostly material goods, like new buildings or medicine, in Angola. But even that brings complications. Last year Exxon considered paying for the $10 million renovation of a landmark high school near the company's Angolan headquarters in Luanda. But Angolan officials said they couldn't guarantee money to keep up the school after Exxon fixed it. The company ended up declining to take on the project.

Not far from the school sits Luanda's public pediatric hospital, where wall plaques commemorate years of oil-company donations. Most of the children treated at the hospital have maladies pervasive in Africa, including malaria and malnutrition.

In 2004, the Exxon-led consortium constructed a $200,000 building to house a pathology laboratory and a CT-scan machine. The machine itself was donated by Chevron. It hasn't been used yet because the hospital's doctors don't have training on it, says Luis Bernardino, the hospital's director. One doctor is expected to start administering a couple of CT scans a week starting this month. But the hospital still needs training for more, he says.

A few steps away is the Exxon-led group's latest gift to the hospital: a $300,000 center to treat patients with sickle-cell anemia. Though the hospital dedicated the building last month, the center still lacks one of its key pieces of equipment: an echocardiography machine. Dr. Bernardino hopes Exxon or another oil company will buy it. Mr. Cummings, the Exxon public-affairs manager in Angola, says the company might consider it.

Exxon faces a similar pattern in Soyo, a coastal outpost on Angola's northern border that's connected to the capital by a dirt road. Exxon has a sprawling base there from which it serves its offshore oil operations.

Over the past three years, the Exxon-led group of oil companies has spent about $300,000 at Soyo's high school, adding four classrooms, the chemistry lab and a library. But on a recent day, the lab was empty. The school hadn't been able to put the lab to full use because it was short of equipment, explained Mr. Alves Antonio, the school director. That's why he gave Exxon officials the list of the supplies he wanted. In addition, because power outages are a common problem, he had asked Exxon a few months earlier to donate a generator. While he was at it, he asked for a bus too.

In recent weeks, Exxon gave the school the generator and the bus, both used. Mr. Alves Antonio says finding his own fuel will be "very difficult, but what can we do?" Mr. Cummings thinks the director may end up asking Exxon for the fuel. "If he does," Mr. Cummings mused, "we're going to have to put on our thinking caps."

Parceiros internacionais acreditam na estabilidade da economia - diz Aguinaldo Jaime

Foto Angop Ministro-adjunto do Primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime

Luanda, 11/01 - Os parceiros internacionais já acreditam na estabilidade da economia nacional, porquanto os empréstimos contraídos pelo Governo angolano estão agora a ser realizados sem o pré- financiamento com o petróleo, considerou hoje, em Luanda, o ministro-adjunto do Primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime.

Em entrevista a Rádio Nacional de Angola (RNA), o governante disse que os esforços de reconstrução, o processo de reconciliação nacional em curso no país e a valorização da moeda estão a convencer os mais cépticos a acreditar no relançamento da economia e a debitar os seus investimentos em Angola.

A estabilidade da economia, suportada pela valorização da moeda nacional (Kwanza), esclareceu, é apenas um meio que Angola está a utilizar por forma a atrair mais investimentos, criar mais crescimento e aumentar o nível de vida das populações.

Segundo enfatizou, a perspectiva do aumento da produção petrolífera no país e os esforços de diversificar a base produtiva não mineral, para o reforço do peso da economia, estão a criar confiança aos investidores, facto que permite aos parceiros internacionais emprestar dinheiro a Angola.

O governante disse que no passado o endividamento apenas era feito com garantias reais, através de pré- financiamento com o petróleo, mas agora os empréstimos começam a ser realizados com garantias soberanas, como qualquer outro país faz.

De acordo com o ministro, a dívida externa angolana, estimada em cerca de oito biliões de dólares, jamais é excessiva e insustentável, pois o país está a contrair empréstimos em condições normais que facilitam o seu pagamento.

Para Aguinaldo Jaime, o endividamento actual não é ruinoso, porquanto não se está a contrair empréstimos para financiar o consumo, muito menos despesas correntes, mas tem sido feito para criar riqueza e incrementar os investimentos, através do aumento da capacidade produtiva nacional.

O aumento da produção em sectores não petrolíferos, notou, vai aumentar a riqueza nacional, facto que possibilitará no futuro reembolsar os empréstimos.

Quanto à contribuição dos bancos comerciais no desenvolvimento do empresariado nacional, Aguinaldo Jaime disse que, apesar de concederem empréstimos em volumes apreciáveis, o sector bancário ainda oferece poucas facilidades, tendo em conta as necessidades do país.

Por esta razão, acrescentou, o governo está a estudar a possibilidade de, a curto prazo, criar um banco de desenvolvimento, que financiará projectos em áreas não atractivas para o sector bancário ou onde o retorno de capital não é tão rápido.

Os esforços de diversificação do sector financeiro nacional, referiu, vai continuar nos próximos tempos com a criação das sociedades de capital de risco, entre outras modalidades.

Sobre a intervenção do sector privado em projectos cujo financiamento é proveniente da China, explicou que o governo estabeleceu o princípio da sub-contratação obrigatória de empresas angolanas para que as mesmas possam ser capitalizadas.

Aguinaldo Jaime disse que o governo pretende estender este princípio de sub-contratação as demais linhas de crédito, pois se o financiamento está a ser reembolsado com dinheiro angolano é legítimo que o mesmo possa beneficiar as empresas nacionais.

No tocante ao crescimento previsto para este ano do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 27,9 por cento, disse que os sectores não petrolíferos da economia também terão uma contribuição importante, porque os investimentos feitos permitirão colher resultados satisfatórios.

JA060111 Clientes usam apenas 6% do dinheiro multicaixa

Graciete Mayer

Os usuários de cartões multicaixa utilizaram apenas cerca de seis por cento do dinheiro disponibilizado pelos bancos comerciais. Em Dezembro do ano passado, os bancos disponibilizaram, através da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), 34 milhões de dólares para as caixas automáticas, mas foram apenas transaccionados 2 milhões de dólares Segundo o presidente do conselho de administração da Emis, Pedro Puna, que falava ontem durante uma conferência de imprensa, os cortes constantes de energia, a limitação na rede de comunicação e a falta de hábito por parte dos utentes de multicaixa constituem uma das razões do pouco uso. Para Pedro Puna, o serviço de pagamento automático, vulgo TPA, não tem o mesmo desenvolvimento em relação as caixas automáticas. Com efeito, durante o ano passado, a empresa registou 3 milhões 693 mil transacções em ATM e 168 mil 233 transacções em serviços de pagamento automático, vulgo Terminais de Pagamento Automático (TPA’s), o que corresponde a um crescimento de 189 por cento em relação a 2004. Em 2003, estavam instaladas cerca de 43 caixas automáticas em Luanda, tendo crescido para 165, em 2005. Os pagamentos de serviços automáticos, até 2003, situavam-se na ordem dos 29, em 2005 contam com 235. A Emis, em 2003, emitiu 4 mil 316 cartões, tendo crescido para 81 mil cartões activos em 2005, apesar de terem emitidos 170 mil cartões no mesmo ano. Pedro Puna sublinhou ainda que, anteriormente, os multicaixas tinham apenas quarto serviços, nomeadamente, levantamento de notas, consultas de saldos e movimentos, pedido de livro de cheques e alterações do pin. Durante o ano passado, aumentaram para cinco, designadamente, compra de recarga telefónica, transferência bancária, consulta de IBA, 2.ª Via do Talão multicaixa e pagamento de facturas da AT. Segundo o director, o crescimento médio mensal é de 8 por cento. Por isso, refere que a empresa está apostada na massificação do pagamento electrónico nas instituições comerciais. A realização de encontros com empresários para disporem destes serviços nos seus estabelecimentos é um dos propósitos A Emis pretende ainda expandir os seus serviços em todo o país. Actualmente, está nas cidades de Luanda, Benguela, Catumbela, Lobito, Namibe, Ndalatando, Malanje, Huambo e Lubango, com o objectivo de ultrapassar, até final deste ano, a meta mensal de um milhão de transacções. Outro objectivo da empresa é criar condições técnicas e tecnológicas, em sintonia com o BNA, Ministério das Finanças e Mapess, para que a rede de multicaixa venha a ser utilizada como meio privilegiado no pagamento de salários da função pública e pensões, até final deste ano. A empresa quer também negociar com a Direcção Nacional de Impostos, para a realização de um estudo, que permitirá aos contribuintes aceder às facilidades da rede multicaixa para o pagamento fácil e rápido de alguns impostos mais correntes, facilitando assim a vida do contribuinte. Outra aposta reside na internacionalização da rede multicaixa, no decorrer deste ano, a rede local de pagamentos, de modo que possa aceitar cartões bancários de marcas internacionais, nomeadamente, o VISA e Mastercard.

JA060111 oaquim David, ministro da Indústria, diz que a actual produção de cimento não atende a procura. “Prova disso é que há no mercado muito cimento importado e a ser vendido a preço mais baixo”, argumenta o governante, que anuncia investimentos de duas fábricas de cimento David fala ainda da dinamização dos pólos de desenvolvimento industrial, em Viana (Luanda), Catumbela (Benguela) e Fútila (Cabinda).

Investimentos:Angola vai ter mais duas fábricas de cimento

Alberto CafussaJornal de Angola – A reactivação da Siderurgia Nacional é apresentada como uma das acções mais marcantes do seu sector no ano passado. O que tem a dizer a respeito ? Joaquim David - Um dos grandes saltos foi, efectivamente, o arranque da siderurgia nacional, em Novembro do ano passado. Anteriormente, pouco depois da independência, nunca tínhamos produzido mais de 15 toneladas. Nesta altura, estamos a produzir um mínimo de 45 e um máximo de 60 toneladas por dia, a trabalhar 12 horas. São índices que nos encorajam.A produção acumulada, neste momento, é superior a mil e 400 toneladas de aço. Este material será utilizado a partir de Janeiro, quando a laminagem começar a funcionar na fabricação dos valores da construção civil. A capacidade da laminagem será superior a 100 toneladas por dia, o que vai permitir a redução da importação do produto. As estimativas revelam que o consumo do aço no mercado angolano seja superior a 400 toneladas por dia. A siderurgia, ainda que produza 100 toneladas, ocupará 25 por cento do mercado e dará espaço para incrementos adicionais.J A - Qual será a capacidade total da Siderurgia Nacional quando estiver a funcionar na sua totalidade, já que falamos apenas de uma primeira fase?J.D- O equipamento útil vai ter uma capacidade superior a 100 toneladas por dia. Isso quer dizer vai ser possível produzir 100, 120 toneladas de aço por dia, e na medida da resposta do mercado. Estamos a falar de numa primeira fase. Portanto, na segunda, fase será desenhada ou redesenhada, na medida em que registarmos sucessos nesta primeira fase. Estamos a dizer que, com estes exemplos, verificamos já sinais de recuperação, de efervescência da actividade produtiva. A par disso, esperamos por mais neste ano. Aguardamos que, no próximo ano, o contrato que acabamos de assinar no final do ano para relançamento do Dombe Grande, na província de Benguela, possa se traduzir-se em arranque seguinte na produção de açúcar.J A- A Açucararia do Dombe Grande (Benguela) foi no passado um dos grandes pólos de produção e sabe-se que há um projecto que visa a sua reabilitação. Sendo assim, quando a produção de açúcar vai arrancar ?J.D-O arrancar é relativo. Como disse, iniciamos a produção em Novembro da Siderurgia, mas eles já estão a trabalhar lá há vários meses. Foi substituído todo o equipamento antigo. Portanto, a questão de saber quando será o arranque é subjectivo, em termos de açucareira. Queremos que, no primeiro trimestre, sejam iniciados os trabalhos que vão visar a produção. Agora, temos de ter consciência que, além do trabalho de vistoria, de reparação e recuperação da fábrica, há um trabalho de agricultura significativo a ser efectuado. Estamos absolutamente convencidos de que, em termos de mão-de-obra, é uma actividade significativa. J.A - Qual é o número de postos de trabalho que o Dombe Grande vai proporcionar? J.D- Não queria ser especulativo, porque numa actividade destas há empregos directos e indirectos. Estou convencido de que os empregos a nível da agricultura podem atingir mais de mil pessoas. Falo, no caso, de empregos directos. Na fábrica, podemos falar facilmente de 300 pessoas ou mais. Além destes empregos na agricultura, na fábrica há uma série de outros empregos, que podem ser multiplicados. Mais ainda: o Dombe Grande vai produzir cerca de 100 mil toneladas de açúcar por ano. Nesta momento, estamos convencidos de que o consumo anual de açúcar em Angola é de cerca de 250 mil toneladas. Quer dizer que ainda, este ano, não vamos ficar com Dombe Grande. Vamos ter de encontrar outras saídas para estimular e catalisar outras saídas, no sentido de que outras unidades de produção surjam no próximo ano. Já estamos a trabalhar nisso. J.A- Quer dizer que, nos próximos anos, poderemos ter mais produtores de açúcar?J.D.- Em cinco anos, podemos pensar na auto-suficiência de açúcar, porque o nosso mercado, estimado agora em 250 a 300 mil toneladas por ano, vai crescer de tal forma que o mercado atinja mais de 20%. Cinco anos, em termos de preparação agrícola, não é muito tempo, mas podemos estar muito próximo da auto-suficiência.J A- O Dombe Grande deu muito que falar sobre a privatização. Deixou de se falar no assunto sem qualquer esclarecimento e o ministro anuncia negociações para o seu arranque... J.D- Não queria ser muito preciso sobre esta questão, porque ultrapassa o próprio Ministério da Indústria. Mas, para ser minimamente esclarecedor, pode-se dizer que o processo de privatização não foi concluído porque as respostas e as soluções, que foram dadas no Dombe Grande, ficaram aquém das expectativas do projecto. Portanto, nós não ficamos satisfeitos com as ofertas do Dombe Grande em termos de privatização. Daí que não se tenha efectuado a privatização. O que vai ser feito é um acordo de parceria entre uma entidade privada africana (uma empresa que já opera na indústria do açúcar no Uganda) e o Estado angolano. No princípio deste ano, uma delegação do Ministério da Indústria e do Governo Provincial de Benguela vai deslocar-se àquele país para verificar melhor as condições em que eles operam. Vamos verificar melhor este aspecto de funcionamento para podermos gerir melhor a actividade aqui no país. O complexo vai continuar a ser estatal, há de haver uma parceria com esta empresa que tem um conhecimento na forma de operar num ambiente africano semelhante ao nosso. Vamos constatar as características da sua operação. E esperamos que, no início do próximo trimestre, comecemos a mostrar acções concretas no terreno, que nos levem ao início da produção mais rápida.JA- Qual é o montante do investimento no Dombe Grande?J.D- O investimento necessário para atingir 50 mil toneladas por ano está estipulado na ordem dos 30 milhões de dólares. Estas são perspectivas que estamos a ver para este ano, mas a grande perspectiva em termos institucionais é a criação de um espaço de desenvolvimento industrial, locais onde empresários nacionais ou estrangeiros possam estabelecer-se e fazer as suas indústrias e encontrarem as infra-estruturas necessárias. Não foi possível, até ao momento, canalizar os investimentos do Estado para estas realizações. Neste momento, estamos convencidos que, no próximo ano, podemos pelo menos iniciar com os trabalhos preliminares. Contudo, o Dombe Grande são investimentos significativos. Não tenho presente, mas posso falar que é da ordem de grandeza. É evidente que nós vamos falar de fases. O número não é categórico, mas será na ordem de grandeza. J.A. Senhor ministro, como é que está o projecto dos pólos industriais? É um assunto que parece ser remetido ao esquecimento.... J.D- Vamos reactivar o projecto com acções concretas, ainda este ano. Os investimentos estão avaliados na ordem dos 30 a 40 milhões para iniciar os pólos de Viana e eventualmente dos 20 milhões para o de Catumbela (Benguela) e de Fútila (Cabinda). Portanto, temos por realizar acções concretas em 2006, para estes pólos e será talvez a actividade em termos institucionais mais significativos. Vamos também iniciar actividades na área das madeiras. Em Cabinda, estamos a pensar no histórico complexo de Catumbela que antigamente serviu para o país com o papel. É evidente que não vamos começar com a pasta de papel no próximo ano. Devido a problemas técnicos que se opõe à utilização de eucaliptos com mais de 20 a 25 anos de idade, será necessária implementação de soluções que serão conjugadas com a agricultura, instituições agrárias para a paulatina substituição dos eucaliptos por outros que possam ser utilizados com melhor eficiência na indústria da pasta de papel. Mas os eucaliptos existentes não poderão ser dotados e esgotados. Terão de ser de uma operação com mais valia para que nós possamos vender madeira em bruto. Portanto, estão a ser executados os trabalhos e os turnos, estamos convencidos que este ano iniciaremos os trabalhos que irão começar com a utilização e a transformação com mais valia para os eucaliptos existentes em colaboração com agricultura e a replantação dos eucaliptos que, num espaço de 30 anos, poderão ser a matéria-prima mais propícia para a indústria de pasta de papel. Para além destas actividades de grande vulto, estamos a trabalhar com instituições financeiras e, no decorrer deste mês, foi discutida, a nível da comissão permanente, a criação do Banco de Desenvolvimento. Este banco vai trazer uma luz, uma grande oportunidade e possibilidade grande a nível da Agricultura e Indústria. Então na base da operação deste banco, estamos convencidos de que, no próximo ano, vai ser possível o abastecimento de pequenas e médias empresas em todas as províncias do país. Não são empresas estatais mas sim privadas, serão indústrias voltadas para a solução do problema de cada uma das províncias, mas que terão o apoio institucional do Estado que vai criar, brevemente este, banco que servirá para ajudar os angolanos nos aspectos financeiros para se estabelecerem na agricultura. Assim, as soluções estarão voltadas para as características de cada uma província. J.A. Além do Dombe Grande e dos pólos de desenvolvimento industrial, há projectos na área de construção civil? Hoje, o mercado imobiliário do país parece dos mais onerosos do mundo...J.D. Temos mais de duas intenções de implantação de fábricas de cimento no país, uma área que tem grandes lacunas. Grande parte da informalização do nosso comércio prende-se com os altos custos de construção. Senão vejamos, como é que um empresário, que trabalha com 80 mil ou mesmo 100 mil dólares, vai arrendar ou fazer uma casa para pôr a sua mercadoria? A casa vai custar mais do que o capital em sua posse. A acrescer a isso, há jovens que se casam e vivem em casa dos pais. Por isso, uma das grandes prioridades é a fabricação de cimento. Temos acordo com mais uma entidade, porque a necessidade permite a construção de mais de uma fábrica de cimento. As negociações já estão avançadas e estou convencido de que algum salto vai-se dar no próximo ano. J.A. A Cimangola, fábrica que funciona em Luanda, diz ter capacidade para cobrir o mercado.J.D- Não, não ! Visitámos recentemente a fábrica e eles têm consciência de que não podem satisfazer a procura. Prova disso é que há no mercado muito cimento importado e a ser vendido a preço mais baixo. A maior parte do cimento consumido no país é importada. Não há mais construção por não haver cimento. Há províncias que, muitas vezes, não têm cimento para construir. Por isso, as novas fábricas serão erguidas em Luanda e noutras províncias. Numa primeira fase, teremos duas fábricas. Os investimentos poderão ultrapassar os 150 milhões de dólares por cada empreendimento. Uma fábrica emprega mais de 200 pessoas. JA. Hoje o problema que se põe é que os angolanos estão a perder o mercado a favor dos estrangeiros, que vem com financiamento dos seus países, quando em Angola não há apoio ao empresariado nacional...JD- Este é um problema sério. As dificuldades dos angolanos na obtenção de crédito para investirem no sector produtivo. Estamos há cerca de 2 anos a accionar os mecanismos para que os angolanos possam competir pelo menos a nível de pequenas e médias empresas a par e passo com os investidores estrangeiros que são necessários. Hoje, não há país nenhum que tenha política de protecção contra investimento estrangeiro, porque esta sempre em crescimento, dá mais impostos e postos de trabalho. Nós temos estado a tentar assinar e encontrar melhorias para darmos melhores condições aos angolanos para dar garantia aos mesmos. Esta garantia vem para que possam ter acesso ao mercado financeiro. Mas estamos convencidos de que, com a criação do Banco de Desenvolvimento, esses problemas serão ultrapassados. Estamos a nível de vários sectores a analisar as características do banco. Encontramos algumas áreas cinzentas, em que a actividade coincide com outras actividades já existentes. No entanto, vai ser preciso definir melhor estes contornos. Mas, na verdade, o objectivo é criar um instrumento que possa permitir um financiamento, que fomente o surgimento de empresariado nacional que possa par e passo competir com o mercado estrangeiro e que possa com mais sensibilidade tratar das questões de emprego digno para as nossas populações, tendo em conta o nosso potencial, as nossas características, aquilo que nós podemos ter vantagens competitivas. Portanto, uma prioridade para o país são a agricultura e indústria. É evidente que não podemos planear alguma iniciativa privada que não seja dentro destes domínios apesar de ser este o problema do Estado. O que podemos fazer é dar incentivos diferentes a zonas da Agricultura, em províncias que sejam mais vocacionadas para este sector.J.A. Mas a Lei de Incentivos publicada há mais de dois anos, parece não ter resultados palpáveis, senhor ministro...J.D- Apesar dos incentivos, a resposta está ainda a aquém das nossas expectativas. Temos de esperar. A lei tem um ano e, como se sabe, na actividade industrial não é praticamente possível montar uma fábrica, em termos de empresariado médio, em menos de um ano e meio. De maneira que, talvez seja ainda necessário aguardar mais um pouco de tempo para, na sua plenitude, vermos o resultado desta lei. Mas também há outros factores, que impedem que vejamos já o resultado desta lei. Um dos factores são as comunicações, estradas água e energia. Com os trabalhos que estão a ser efectuados, e este ano será bastante agressivo em termos de electricidade e água, este problema será já resolvido. Os incentivos deverão ser complementados com estradas, água e luz. Embora tenhamos já verificado melhorias significativas, como é o caso do arranque da barragem de Capanda, precisamos de trabalhar nos transportes para a distribuição, de alguns complexos de água a nível de Luanda , de Benguela e Huambo, principalmente. Estão a ser preparadas as melhorias de distribuição de água na cidade de Ndalatando (no Kwanza Norte). J.D– Há um plano de recuperação do sector têxtil, cuja inactividade colocou no desemprego milhares de pessoas? J.D- O sector têxtil não é preocupante. Não quero ser precipitado. Estamos a trabalhar no sentido de encontrar soluções para o sector têxtil. Não queria, nesta fase preliminar, delinear as soluções que estamos a resolver. Mais deixa falar um pouco sobre a grande luta têxtil que neste momento é uma grande luta mundial, entre os europeus e americanos, indianos e chineses. A sua capacidade a nível do oriente suplanta as capacidade europeias e dos Estados Unidos. As subvenções, os apoios que a Europa e, principalmente, os Estados Unidos dão aos seus sectores de algodão, por exemplo, tornam o arranque da nossa actividade praticamente desnecessário. Mesmo assim, não conseguem competir com a China e outros países onde aparentemente não há subvenção. De forma que para qualquer início das nossas actividade, vai-se exigir análise deste contexto e parcerias de alguns dos jogadores neste contexto. Se nós surgimos sem parceiros neste quadro, vamos ter dificuldades em explorar o nosso sector têxtil e são nessas parcerias que estamos a trabalhar. Nas últimas negociações mundial do comércio, o ponto mais quente foi a agricultura e o problema fundamental é o desemprego para alguns países, que até acaba por ameaçar a própria soberania, na medida em que países, com pouco mais do que plantação de algodão, existem países (não quero aqui mencionar) que só dependem da indústria têxtil. Este equilíbrio no mercado internacional provoca a sua inviabilidade. Como esta a ver, não é um problema simples e não é só nacional, estamos a trabalhar para ter um espaço. J.A- Fala-se hoje na integração regional e a nossa parece ainda menos competitiva. Senhor ministro, há projectos específicos nesse sentido?J.D- Como não tínhamos produção, transformamo-nos em importadores de quase todos os produtos industriais. Neste momento, a questão mais preocupante não é a integração, para permitir que os outros países ponham apenas produtos no nosso mercado. O que queremos é que haja um equilíbrio e ver, dentro das nossas instituições, qual são as nossas potencialidades e o que podemos colocar nos outros países, em contrapartida. O que precisamos é importar os produtos de que necessitamos dos países da região, mas, em contrapartida, temos de ter capacidade de exportar os nossos produtos para outros países da região. Nós, no fundo, já temos as fronteiras abertas. Só não importamos dos países da região, porque eles não produzem o que precisamos. J.A- Já que a integração regional proporciona economias de escala, qual é a área que Angola dominaria no âmbito da SADC?J.D- Os produtos derivados dos petróleos são áreas que podemos dominar. Pretendemos entrar com mais acções na área de refinação. Já sabemos que não devemos vender petróleo e diamante brutos. Temos ainda potencial para o gás. Em decorrência disso, temos a possibilidade de entrar na indústria petroquímica, com produtos como plástico. Não queremos ser precipitados, para não sermos mal entendidos, porque entre a intenção de fazer um poço de petróleo e a de produzir petróleo, por exemplo, em cinco anos não é possível. Na indústria transformadora, talvez o tempo não seja assim tão longo, mas também não devemos fazer afirmações tão bombásticas para não virmos a ser considerados incumpridores de promessas. Há um sentimento de intenção frustrada se um ano depois, não forem apresentados os resultados. Mas nós temos as potencialidades suficientes nesse sentido. J.A- Em quantos por cento vai crescer a indústria transformadora no próximo ano?J.D - A indústria tem potencial para crescer em dois dígitos. A indústria não vai crescer como resultado do investimento directo do Estado. Conta com investimento privado.J.A. Quanto é que o Estado vai investir?J.D- É prematuro dizer. Mesmo os investimentos que temos no orçamento ou as intenções que temos são dependentes da nossa capacidade de captação de financiamento. A nível da indústria, sentimos que temos capacidade para identificar fontes de financiamento dos nossos investimentos. Agora temos de priorizar a capacidade de endividamento do Estado. Apesar da capacidade que temos de buscar financiamento lá fora, temos de pensar que tem de ser pago depois pelo Estado, como um todo. Estamos a trabalhar com o Ministério das Finanças para encontrar financiamento para os projectos que temos, como são os casos dos pólos de desenvolvimento, que serão investimentos do Estado. Nós já localizamos potenciais financiamentos que podem ser do Estado e serem passados para privados. É evidente que isso tem influência na dívida externa do Estado e também tem limite. O limite vai ser a gestão da dívida externa do Estado. Podemos buscar o financiamento para o investimento privado, mas o Estado não pode captar tudo o que encontrar, de maneira que não quero falar de números, nem dos limites.J.A. Qual é a actual participação da indústria transformadora no Produto Interno Bruto (PIB)?J.D- Não tenho presente. E esse número é ilusório para nós, porque a maior participação do PIB vem do sector dos petróleos, onde há grande volatilidade dos preços. Nós podemos ter uma participação de 10 por cento, por exemplo, no ano passado e, neste ano, crescermos mais, mas virmos a ter uma participação diminuta no PIB, porque o preço do barril subiu de 30 para 60 dólares. Por isso, não gosto falar da participação da indústria transformadora no PIB.J.A. Até ao momento, há mais investimento na área de bebida e de alimentos. Há mais incentivos nesses sectores?J.D. Não há dúvida que haja mais investimento nesses sectores, sobretudo na área de bebidas, devido à disponibilidade de matéria-prima, como é o caso da água que aqui abunda. Há, portanto, uma poupança rápida nos transportes, já que os custos de transportação com a água são elevados. É, portanto, do interesse do próprio investidor estrangeiro produzir aqui, já que importar seria mais oneroso. Contudo, o que se verifica é o ocupar de espaço, às vezes, fora das nossas prioridades.J.A. Há colisões de interesses entre prioridades do Estado e intenções de investidores ?J.D- Não há colisão, porque os espaços são reais. Colisão será, por exemplo, quando um investidor precisar de estar num sector cujo produto já não precisamos. Por exemplo, nessa altura, embora o sabão em pó não seja prioritário para nós, quem quiser investir nessa área, poderá fazê-lo. E isso não constitui colisão. Agora se nos perguntarem sobre o que queremos primeiro, poderemos mostrar a área prioritária como alimentação, vestuário e calçado.

ANGOLA: Parliament Wants Luanda Government`s Clarification

Wednesday, 11 January 2006, 30 minutes and 14 seconds ago.

By Mapitsi Phukubje

Angola`s National Assembly (parliament) appealed to the Luanda Government (GPL) for a major publicity on the procedures of access to construction plots in order to avoid conflicts among citizens.

First and Ninth commissions of the National Assembly, under speaker Roberto de Almeida, gathered today with Luanda governor, Job Capapinha and his office staff, following citizens` complaints that reached the parliament, about the demolition of their homes by the GPL.

After the session that lasted less than two hours, Job Capapinha told journalists he informed the National Assembly on the Government`s procedures against the unruly occupation of plots and the consequent demolition of houses.

"We advised ourselves mutually on the need for a major publicity of the procedures for access to these plots, either on the radio, newspaper and television, so every one acts accordingly," he explained.

Job Capapinha explained that the demolitions of houses disorderly built will continue, within the responsibilities of management of the province entrusted to the Government within the terms of the law.

"What we told the deputies here is that at no time the GPL will stand aloof from its responsibilities", he said, stressing that his office will continue penalising the citizens who insist in operating out of the law.

As to the alleged involvement of Government officials in illegally dealing in plots of land and excessive bureaucracy of the province`s government, he said the authorities have taken their part of fault.

"Indeed there are in the GPL, some less good officials," he said, adding that a fact finding commission has been appointed to probe into eventual tips from members of the public.

The enquiry ordered two weeks ago for a 30 days term, into the government`s services, will focus on two districts, aiming at clarifying the involvement of officials who, out of law, cause damage to the citizens, he added.

According to Job Capapinha, should such involvement be proved, the GPL will be implacable toward the infringements. He also admitted there has been some bureaucracy in clearing the plots for construction.

"We admit in fact that the GPL administrative services, from commune to district, are not yet well tuned (...), there is still some excess of bureaucracy in processing the documents," he said.

Job Capapinha pledged that his Office will improve the Government`s administrative mechanisms for the citizens to obtain a response in due time.

The governor mentioned the districts of Kilamba-Kiaxi, Samba, Viana and Cacuaco as the most critical.

Meanwhile, MP Anália de Victória Preira, who was at the meeting, said the GPL should do a great job to sensitise people in order for them to know their rights and duties and clarify their responsibilities.

Source: Angola Press

Sonangol processada nos EUA

A Sonangol, e uma série de companhias petrolíferas internacionais foram processadas nos Estados Unidos da América por uma associação de consumidores.

A queixa apresentada num tribunal da Flórida, no dia 30 de Dezembro alega que a SONANGOL em associação com a Statoil e Norsk Hydro da Noruega, Pemex do México e uma companhia de Oman conspiraram com a OPEC para restringirem a produção de petróleo e provocarem o aumento do preço no mercado.

Conhecida pela designação inglesa de "class action law suit", acção judicial movida por um grupo, a queixa reza a propósito da SONANGOL, que nos últimos anos o estado angolano, proprietário da empresa participou em reuniões da OPEC, Organização dos Países Exportadores de Petróleo, tendo-se empenhado pelo menos uma vez, em reduzir a produção de petróleo.

Juristas norte-americanos disseram que esta acção judicial poderá não chegar a julgamento na medida em que carece de argumentos capazes de anularem as imunidades de que gozam companhias estrangeiras nos EUA. Fontes contactadas pela Voz da América recusaram- se a comentar o caso.

Jan 12, 16:30 Fonte:VOA (Luís Costa)

Política chinesa para países africanos lusófonos "mutuamente benéfica"- Governo

A política chinesa para os países africanos de língua portuguesa é "mutuamente benéfica", disse hoje o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros chinês durante a primeira apresentação pública da política da China para África.

"A cooperação com os países africanos de língua portuguesa tem seguido uma fórmula muito positiva", disse Lu Guozeng, adiantando que se trata de uma relação "mutuamente benéfica".

Lu referiu que a cooperação entre Pequim e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) passa pelo fornecimento de financiamento em troca de recursos naturais, e deu como exemplo Angola, o segundo maior parceiro comercial da China em África.

A China importa petróleo de Angola, um bem essencial para sustentar o seu crescimento económico, que o governo prevê que se situe entre os 8,5 e os nove por cento em 2006.

"Angola quer desenvolver as infra-estruturas, mas tem falta de fundos. Por outro lado, o país tem abundantes recursos naturais, incluindo petróleo, que têm que ser desenvolvidos e do lado chinês, a economia necessita desses recursos e as nossas empresas têm alguma capacidade financeira," disse Lu.

"Temos por isso pacotes de projectos de cooperação nos quais as nossas companhias oferecem apoio financeiro e desenvolvimento de infra-estruturas, e Angola, por sua parte, compensa esse apoio através dos seus recursos naturais", adiantou.

Angola é o segundo maior parceiro comercial da China em África e, nos primeiros sete meses de 2005, exportou para a China bens no valor de cerca de 3,5 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), tendo importado 196 milhões de dólares.

Lu considerou também como "muito promissor" o futuro do Fórum Macau, uma iniciativa do governo central da China para reforçar a cooperação económica com os países de língua portuguesa e que tem como designação oficial Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau).

Lu adiantou que os participantes no fórum estão já em processo de discussão de processos específicos de cooperação, estando a próxima reunião ministerial prevista para Macau, em Setembro de 2006.

O fórum, que realizou primeira reunião ministerial em Abril de 2003, engloba a China e todos os países de língua portuguesa à excepção de S. Tomé e Príncipe, que não tem relações diplomáticas com Pequim, desde que se aproximou de Taiwan.

A China apresentou hoje pela primeira vez a sua política oficial para África, baseada no que Pequim considera os cinco princípios fundamentais: sinceridade, igualdade, benefício mútuo, solidariedade e desenvolvimento comum.

Jan 12, 16:21 Fonte:Lusa [Comentar]

Huambo: Tribunal condena motoqueiros por condução ilegal

Sete motoqueiros, com idades entre 22 e 32 anos, foram condenados hoje, na cidade do Huambo, pelo tribunal provincial, por crimes de condução ilegal e sedição (tumulto).

Trata-se dos réus, Eduardo Jamba, Francisco Pedro, Alexandre Vasco, Paulo Augusto e Pedro Victor, condenados a três meses de prisão, pelos crimes de sedição e condução ilegal, nos termos do Código Penal (crime de sedição) e da lei 231/79 de 16 de Julho do Conselho de Ministros (crime de condução ilegal).

Os réus Daniel Felix e Felisberto foram absolvidos do acto do tumulto (sedição), mas condenados na pena de um mês e 15 dias de prisão, pelo crime de condução ilegal.

A cada réu foi igualmente sentenciado pagar a multa de cinco mil kwanzas e mil de imposto de justiça.

Os cidadãos angolanos condenados fizerem parte do manifestantes desordeiros de motociclos, que decorreu no dia 30 de Dezembro de 2005, em protesto à apreensão dos seus meios rolantes com e sem documentos.

Os réus foram detidos, depois de terem invadido o Comando de Viação e Trânsito da cidade do Huambo, onde se encontravam os seus meios.

O Comando Provincial de Viação e Trânsito, no âmbito da prevenção rodoviária, continua a inspeccionar as motorizadas apreendidas, no decorrer da quadra festiva, com vista a se apurar a sua legalidade.

Jan 12, 22:08 Fonte:Angop

«Travar as demolições Humanas!», por Filomeno Vieira Lopes

A abertura do ano político foi marcada com a presença de Job Capapinha (JoC), Governador da Província de Luanda (GPL), no Parlamento afim de informar sobre a sua política de “camartelo ” sobre os moradores pobres de Luanda, principalmente, os dos bairros Cabamba 1 e 2 e 28 de Agosto que passaram o natal e o ano novo ao relento, viram algumas das suas crianças morrer.

Milhares de famílias são obrigadas a resistir heroicamente tal como os trabalhadores da Angonave, na mior vigília do mundo. Ao recordarmos o 4 de Janeiro, na Baixa de Cassanje, não podemos deixar de fazer o paralelismo histórico segundo o qual são estes grupos de cidadãos os verdadeiros herdeiros do espírito de resistência dos nossos antepassados, enquanto JoC e as forças de repressão se comportam com o mesmo espírito, a mesma determinação, a mesma arrogância e até com o mesmo argumento ideológico de “ agente civilizador ” do então regime colonial-fascista. Como disse um ouvinte à rádio LAC é só ir a Cambamba e ver “claramente visto ” (diria Camões) o Apocalipse. A imagem da devastação, com cidadãos entre os destroços defendendo-se de ventos e chuvas como podem, parece um filme surrealista de Hollywood.

Maturidade da opinião pública

A opinião pública começa a amadurecer. Quando há um espaço de liberdade na rádio ou na imprensa os cidadãos, com raras excepções, pronunciam-se contra as demolições, denunciam a repressão desumana e as práticas dos sangue-sugas vendedores de terreno. Solidarizam-se com aqueles que voltando da guerra constróem as suas casas para enfim poderem ter uma família, denunciam a falta de política de urbanização e dão sugestões úteis que qualquer governo com o mínimo de sensibilidade ao génio do seu povo aproveitaria para normalizar a situação de habitação. Não é um punhado de intelectuais “ que escrevem nos jornais ” (JoC) os únicos defensores desses cidadãos. Esse tempo do “dedo do Filomeno ” (Jornal de Angola, Junho de 2001, depois das demolições na Boavista) já passou. Não são, igualmente, apenas a SOS Habitat, a AJPD, as Mãos Livres ( “pessoas ” não identificadas no dizer do Sr GPL), enquanto associações de direitos humanos que têm uma compreensão combativa e justa sobre o assunto.

Também à opinião pública não se circunscreve a própria auto-organização das populações, que em Associações de Moradores no terreno, cujos líderes, como o caso do Quentim, têm sido presos nos vários conflitos. Hoje, Sr. Governador, a esmagadora maioria do povo de Luanda, incluindo bastonários de ordens, analistas, não concorda com as demolições humanas e deplora o facto do Governo não ter uma política urbana em que os pobres sejam contemplados exacerbando assim a pobreza que serve de pretexto no Exterior para o Governo ir buscar empréstimos e doações. Sectores importantes da sociedade civil estrangeira têm igualmente prestado verdadeira solidariedade aos moradores pobres. A saudosa Cristine Messiant, a cientista política francesa que mais se dedicou a estudar Angola nos últimos tempos e por honestidade intelectual ligou-se a causa dos mais desfavorecidos, que a 3 de Janeiro desse ano nos deixou, do seu leito hospitalar, endereçou mensagem de solidariedade, em Dezembro, aos moradores sob repressão. O Presidente de Angola tem recebido muitas mensagens de protesto de várias associações e individualidades internacionais. Fotografias sobre as casas arrasadas, mostrando a polícia em acção repressiva e até uma cidadão residente a protestar nua contra as demolições percorrem o mundo. Notícia do roubo dos parcos haveres dos cidadãos por parte das “ autoridades ” ” e da destruição da sua identificação circulam o globo. A opinião pública é vasta e JoC, já figura na lista dos demolidores, dos agentes da desgraça e da pobreza humanas.

Os cidadãos interrogam-se

Há questões de palmatória para qualquer Administração Urbana que constitui matéria de interrogação dos cidadãos. Porque é que (sendo previsível) não se urbanizaram zonas para acolher o fluxo de pessoas que migraram para Luanda por razões da guerra, ou por razões económicas, ou por falta de vida nas outras províncias? Porque é que durante 30 anos ao invés de se requalificar os musseques dando melhor vida aos cidadãos, constatou-se o crescimento dos mesmos? Porque razão é que havendo sido constituída, por decreto, ainda no tempo do Ministro Loy, uma Comissão para acabar com os musseques, nada foi feito? Porque razão o estado, através do primeiro Presidente da República, estimulou em discurso público a auto-construção “tunga ngo ” (construam só) mas nunca criou condições de acolhimento para essas construções? E também prometeu resolver o problema da habitação com a aplicação da “ Lei de Engels” (construção de casas em altitude) para os pobres e nada foi feito? Porque razão pessoas vivendo quase 30 anos num terreno dentro da cidade, havendo já pago aos funcionários o seu terreno não o têm legalizado? E mais... porque é que não se regulamenta a Lei de Terras? Porque razão não se cumpre com a Lei 1/2000 da Assembleia Nacional que obriga o Governo a dialogar com os cidadãos e não promover o deslocamento de pessoas sem criação de condições prévias? Porque é que o direito sagrado à habitação, plasmado na Constituição da República, não é cumprido?

Maturidade política

JoC foi à Assembleia Nacional face a pressão social e política que o escândalo das demolições vem constituindo. Alguns parlamentares e partidos têm-se interessado pelo problema, em particular, a FpD – Frente ara a Democracia – reuniu em Assembleia com os cidadãos de Cambamba 1 e 2 em Dezembro, os moradores estão organizados e têm sólidas lideranças locais e a SOS Habitat tem-se notabilizado na defesa intransigente dos direitos dos moradores. Essa Associação, juntamente com as lideranças locais, foi recebida pelo Presidente da Assembleia Nacional, em Dezembro, que, na sequência, tomou a iniciativa de “chamar” o Governador de Luanda. Pesa naturalmente na iniciativa parlamentar a capacidade da opinião pública identificar as demolições com a política de rapina por parte de certos agentes do estado e dos sectores superiores do partido no poder interessados nos negócios dos terrenos, a incapacidade de resposta da governação aos problemas reais e básicos da população, a política de promoção duma elite contra os mais desfavorecidos, a descoberta da falsidade do programa de luta contra a pobreza e da máxima de que “ toda a prioridade da governação é para a criança ” e o incumprimento da Lei pelo GPL. Por isso, a maioria dos luandenses está desiludida com a política do poder, cujos argumentos segundo os quais os citadinos não cumprem a Lei e, por isso, devem ser castigados só colhe os extremistas dos sectores minoritários pró- governamentais, os distraídos, gente de má fé e gente insensível.

Decisão política

A política das demolições deixa assim visível a inexistência de alma para combater a pobreza em Angola, como mostra a banalidade da Lei que torna a criança como prioridade no país. Mostra ainda que esta governação usa os cidadãos a seu belo prazer. Fazem promessas vãs, vendem terrenos falsamente, não legalizam para mais tarde poderem “eles ” próprios comprar. JoC que fez um “flirt ” político criando uma Comissão para averiguar a raia miúda que vendeu terrenos ilegalmente (outros usados), deveria começar por mandar fazer uma auditoria externa ao seu próprio Executivo do Kilamba Kiaxi para aferir quem vendeu terreno de facto aí e se nessa empreitada não lhe pesa a consciência. Aliás, é um detalhe – o poder de venda de terreno pelas autoridades municipais - “definido ” pelo “sistema ” para também os Administradores constituírem o seu pecúlio, para não perderem terreno na acumulação primitiva face a outros vilões. Não foi, assim, uma prática isolada do Executivo de Viana, cuja “ admoestação ” o “sistema ” assegurou recolocando o seu responsável em outro Município. Mas a brutalidade da acção e a persistência de JoC em manter a sua postura repressiva mesmo depois do encontro com os parlamentares, numa altura pré-eleitoral, mostra muito mais. Mostra que em caso do partido da situação vencer as eleições não haverá qualquer tipo de contemplação. Tudo o que atrapalha os interesses da minoria elitista e predadora será varrido. Esta compreensão é cada vez maior entre os cidadãos. Por isso, a decisão política do voto contra essa política anti-popular ganha cada vez mais o povo que compreende que tem aí uma arma, uma oportunidade única, para evitar maior desastre à Nação. Até lá o caminho continuará a ser a resistência contra as ilegalidades e arbitrariedades do Governo de Luanda e as forças repressivas do Ministério do Interior, na certeza de que 2006 será o ano da decisão.

Artigo de Opinião, assinado por Filomeno Vieira Lopes (Secretário para os Assuntos Parlamentares e Cívicos da FpD) publicado na ultima edição do Agora

Jan 12, 21:53 Fonte:Agora

Decreto Presidencial prorroga mandato da UTCAH

Foto Angop/Arquivo Presidente da República promulga decreto para prorrogação do mandato da UTCAH

Luanda, 11/01 - Um decreto, promulgado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, anuncia a prorrogação do mandato da Unidade Técnica de Coordenação da Ajuda Humanitária (UTCAH), para um período de dois anos.

Inserto no Diário da República nº131, a que teve hoje acesso a Angop, a medida teve em consideração a existência ainda, no país, de áreas inacessíveis, devido à pontes destruídas e estradas intransitáveis, com necessidades críticas de âmbito humanitário.

Salienta a fonte que o acto visou conferir legalidade existencial da UTCAH, já que o mandato, inicialmente previsto para quatro anos, compreendeu o período de Setembro de 1998 ao mesmo mês de 2002.

O órgão colegial baseou-se igualmente no facto de a citada Unidade Técnica constituir o órgão do Governo angolano vocacionado para coordenar, acompanhar e controlar os programas e projectos de assitência humanitária, posto que este prolongamento vai assegurar o desenvolvimento de acções residuais até a sua normalização.

Parlamento exige ao GPL maior divulgação dos critérios de ocupação de terrenos

Foto Angop Deputados da 1ª e 9ª comissões da AN durante a reunião com o governador de Luanda

Luanda, 11/01 - A Assembleia Nacional pediu terça-feira ao Governo da Província de Luanda (GPL) uma maior divulgação dos procedimentos legais para a obtenção de terrenos destinados à habitação, por forma a evitar-se permanentes conflitos com os cidadãos.

Deputados da primeira e nona comissões, sob orientação do presidente da AN, Roberto de Almeida, reuniram-se terça-feira com o governador Job Capapinha e o pessoal do seu gabinete, na sequência de reclamações de cidadãos chegadas ao Parlamento relativamente a demolições de casas levadas a cabo pelo GPL.

À saída do encontro, que durou pouco menos de duas horas, Job Capapinha disse à imprensa ter informado os deputados sobre os procedimentos do Governo em relação à ocupação anárquica de terrenos e consequentes demolições de residências aí construídas.

"Aconselhamo-nos mutuamente para a necessidade de haver uma maior divulgação dos procedimentos para a obtenção desses terrenos, quer por via da rádio, do jornal, quer da televisão, para que toda a população proceda em conformidade", explicou.

Job Capapinha deixou claro que as demolições de residências construídas anarquicamente irão continuar, no quadro das responsabilidades de gestão da província que incumbem ao Governo, nos marcos da Lei.

"O que nós dissemos aqui aos deputados é que em momento nenhum o GPL vai pôr-se à margem das suas responsabilidades", disse, indicando que o seu executivo vai continuar a penalizar os cidadãos que temem em trabalhar à margem da Lei.

Relativamente ao alegado envolvimento de funcionários do governo na concessão de terrenos e ao excesso de burocracia da máquina administrativa da província, o governador assumiu "mea culpa".

"Há sim, no GPL, alguns funcionários menos bons", disse, adiantando que, a propósito, foi criada uma comissão de inquérito, cuja missão é apurar eventuais implicações.

O inquérito, determinado há já duas semanas, para um prazo de 30 dias, vai incidir, em todos os municípios, sobre os serviços do governo,visando apurar eventuais envolvimentos de funcionários que também à margem da Lei vão prejudicando o bolso do cidadão, acrescentou.

Segundo Job Capapinha, a dar-se como provada esssa implicação, o GPL será implacável na sanção aos prevaricadores. O governador reconheceu ainda existir algum excesso de burocracia na tramitação para a concessão de terrenos.

"Reconhecemos, de facto, que os serviços administrativos do GPL, desde a comuna ao município, não estão ainda afinados (...), há ainda realmente algum excesso de burocracia no tratamento da documentação", indicou.

Job Capapinha frisou que o seu executivo irá afinar os mecanismos administrativos do governo para que o cidadão consiga ter resposta em tempo oportuno.

Nesta problemática, segundo o governador, os municípios mais afectados são os do Kilamba Kiaxi, Samba, Viana e Cacuaco.

Para a deputada Anália de Victória Preira, que participou do encontro, o GPL deve desenvolver um grande trabalho de sensibilização para que as pessoas conheçam os seus direitos e deveres, bem como clarificar melhor as suas responsabilidades.

Muitas destas pessoas ocupam esses terrenos há muitos anos, sem que sejam beneficiárias de um projecto habitacional, lamentou, indicando a necessidade de o GPL responsabilizar os funcionários culpados e ter maior respeito pelo cidadão, no quadro do Estado de Direito.

Jan. 11, 2006, 7:40AM (PRN) Marathon Announces Deepwater Appraisal Results in Angola; Gengibre-2 Appraisal Well Defines Additional Hydrocarbon Resource in Block 32

PRNewswire-FirstCall

HOUSTON, Jan. 11 /PRNewswire-FirstCall/ -- Marathon Oil Corporation (NYSE: MRO) announced today that its subsidiary, Marathon International Petroleum Angola Block 32 Limited, has participated in a successful deepwater delineation well adjacent to the Gengibre-1 discovery on Block 32 offshore Angola. With the success of the Gengibre-2 appraisal well, along with the nearby Gindungo, Canela and Gengibre-1 discoveries, Angola Block 32 moves closer towards establishing a commercial development.

"We continue to be very pleased by the exploration success we have achieved at Blocks 31 and 32 offshore Angola. Marathon will continue to work closely with our partners on drilling plans to further evaluate the resource potential of Block 32," said Philip Behrman, Marathon's senior vice president of Worldwide Exploration.

The Gengibre-2 appraisal well is located approximately 162 kilometers (100 miles) off the Angolan coast in 1,696 meters (5,564 feet) of water. The well was drilled to a total depth of 4,342 meters (14,245 feet) and successfully tested at restricted rates of 5,226 barrels of oil per day from one horizon and 4,969 barrels of oil per day from another interval. Gengibre- 2 is located 2 kilometers (1.3 miles) northwest of the previously announced Gengibre-1, located 12 kilometers (8 miles) west from the Canela discovery, and 17 kilometers (9 miles) southwest of the Gindungo discovery.

The concessionaire of Block 32 is Sonangol, Angola's state-owned oil company. Marathon and TOTAL Exploration (the operator of the block) each hold a 30 percent interest in Block 32, while Sonangol P&P holds a 20 percent interest, Esso Exploration and Production Angola (Block 32) has a 15 percent interest, and Petrogal has a 5 percent interest in the block.

Marathon Oil Corporation is engaged in the worldwide exploration, production and transportation of crude oil and natural gas. The company also is a leading refiner, marketer and transporter of petroleum products in the United States.

This news release contains forward-looking statements c

Angola confirms new oil discovery www.chinaview.cn 2006-01-11 23:25:50

LUANDA, Jan. 11 (Xinhuanet) -- Angolan state-owned oil company SONANGOL and Total of France have confirmed a new oil discovery in Angola's offshore block 32.

In a statement released on Wednesday in Luanda, SONANGOL and Total said appraisal drilling in the Gengibre-2 well to 4,342 meters had tested to 5,100 barrels per day.

Gengibre is the third discovery in block 32, operated by Total Angola with a 30 percent stake in partnership with Marathon Oil (30 percent), SONANGOL (20 percent), Esso Angola (15 percent) and Petrogal (5 percent).

Angola is the second oil producer in Sub-Saharan Africa after Nigeria and now produces 1.3 million barrels of oil daily. Enditem

Ja060111 Sonangol confirma potencial do poço “Gengibre”

A Sociedade Nacional de Combustível de Angola (Sonangol) e a Total E&P Angola confirmaram ontem o potencial da descoberta efectuada no poço Gengibre-1, no Bloco 32 do offshore ultra-profundo angolano. Situado a cerca de dois quilómetros do Gengibre-1 e perfurado a 1.697 metros de profundidade de água, o Gengibre–2 permitiu o reconhecimento de várias estruturas geológicas antes de atingir a profundidade final de 4.342 metros. Aquando dos dois testes efectuados, produziu 4.540 barris de petróleo por dia, a partir do Miocénio e 5.100 barris de petróleo por dia, a partir do Oligocénio. A Sonangol é a concessionária do Bloco 32. A Total E&P, operadora do Bloco 32, detém uma participação de 30 por cento e está associada a outras companhias, entre elas a Sonangol E.P (20%).

Governo deve explicar as verdadeiras causas das demolições

O bastonário da Ordem dos Arquitectos de Angola, António Gameiro, disse hoje, que a solução dos problemas que Luanda atravessa passa por esclarecimentos de quem de direito para a obtenção de terrenos.

Na sua explanação, o Governo de Luanda, deve e tem obrigação de explicar aos cidadãos visados os verdadeiros motivos das demolições feitas, “ eu acho que a divulgação, deverá estar na base daquilo que o Governo pretende e tem em carteira como projecto para ser implementado ”, apelou, acrescentando, que o Governo não pode simplesmente demolir as residências. “ É necessário que diga: estamos a demolir porque temos este tipo de projecto a ser implementado, é isso que se deve fazer ”, advertiu.

Pelo facto de ainda não haver divulgação de um plano director, disse, que a ocupação dos espaços ainda existentes para expansão da cidade, continuarão a ser uma constante.

No entanto, o arquitecto justificou a atitude do Governo de Luanda em demolir certas residências, alegando a existência de um plano de ordenamento urbanístico da capital. “Todos nós sabemos que a nível urbano a situação é preocupante, isto fruto da pressão demográfica que a cidade teve nos últimos anos. O que se deve agora fazer, é divulgar o que se tem em carteira ”-concluiu.

Jan 11, 22:56 Fonte:LAC

Ja 060111 Distribuição de terrenos leva Capapinha ao Parlamento

A Assembleia Nacional (AN) pediu ontem ao Governo da Província de Luanda (GPL) uma maior divulgação dos procedimentos legais para a obtenção de terrenos destinados à habitação, por forma a se evitarem permanentes conflitos com os cidadãos. Deputados da primeira e nona comissões, sob orientação do presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, reuniram-se ontem com o governador de Luanda, Job Castelo Capapinha, e com o pessoal do seu gabinete, na sequência de reclamações de cidadãos dirigidas ao Parlamento, relativamente a demolições de casas levadas a cabo pelo GPL. À saída do encontro, que durou cerca de duas horas, Job Capapinha disse à imprensa ter informado os deputados sobre os procedimentos do Governo em relação à ocupação anárquica de terrenos e consequentes demolições de residências aí construídas. “ Aconselhamo-nos mutuamente para a necessidade de haver uma maior divulgação dos procedimentos, para a obtenção desses terrenos, por via da rádio, do jornal e da televisão, para que toda a população proceda em conformidade ”, explicou. Job Capapinha deixou claro que as demolições de residências construídas anarquicamente irão continuar, no quadro das responsabilidades de gestão da província que incumbem ao Governo, nos marcos da lei. “ O que nós dissemos aqui aos deputados é que em momento algum o GPL vai pôr-se à margem das suas responsabilidades ”, disse, indicando que o seu executivo vai continuar a penalizar os cidadãos que teimem em agir à margem da lei. Relativamente ao alegado envolvimento de funcionários do Governo na concessão de terrenos e ao excesso de burocracia da máquina administrativa da província, o governador assumiu a “mea culpa ”. “ Há sim, no GPL, alguns funcionários menos bons ”, disse, adiantando que foi criada uma comissão de inquérito, cuja missão é apurar eventuais implicações. O inquérito, instaurado há já duas semanas, e que deverá durar 30 dias, vai incidir, em todos os municípios, sobre os serviços do governo provincial, visando apurar eventuais envolvimentos de funcionários que também vão prejudicando, à margem da lei, o bolso do cidadão. Segundo Job Capapinha, a dar-se como provados esses envolvimentos, o GPL “será implacável na sanção aos prevaricadores” . O governador reconheceu ainda existir algum excesso de burocracia na tramitação para a concessão de terrenos. “ Reconhecemos, de facto, que os serviços administrativos do GPL, desde a comuna ao município, não estão ainda afinados (...). Há ainda realmente algum excesso de burocracia no tratamento da documentação ”, indicou. Job Capapinha prometeu que o seu executivo irá afinar os mecanismos administrativos do governo para que o cidadão consiga ter resposta em tempo oportuno. Segundo o governador, os municípios mais afectados, nesta problemática, são os do Kilamba Kiaxi, Samba, Viana e Cacuaco. Para a deputada Anália de Victória Preira, que participou do encontro, o GPL deve desenvolver um grande trabalho de sensibilização para que as pessoas conheçam os seus direitos e deveres, bem como clarificar melhor as suas responsabilidades. Ela disse ainda que muitas destas pessoas ocupam esses terrenos há muitos anos, sem que sejam beneficiárias de um projecto habitacional.

Capapinha explica-se acerca das demolições

O governador de Luanda, Job Capapinha, foi esta terça- feira ao parlamento explicar aos deputados as razões que estão na base das demolições de casas e atribuição de terrenos.

Capapinha foi convocado pelo facto de existiram na Assembleia Nacional muitas reclamações de cidadãos que viram as suas casas serem demolidas depois de ter sido autorizada a sua construção e o desalojamento de outros.

Os deputados quiseram saber quais são as políticas urbanísticas tendo em conta o crescimento que se verifica e qual tem sido o tratamento dado às populações desalojadas, já que a Assembleia pretende contribuír na resolução de problemas ligados à ocupação ilegal de terrenos.

Um trabalho possível já que as leis existem, há a lei da terra recentemente aprovada e regulamentada e a do procedimento administrativo e também as políticas gerais que visam a protecção dos cidadãos.O que está a faltar, segundo os deputados, é a reciprocidade de informações entre a governação e os cidadãos o que permite uma maior compreensão e ajuda a colocar ponto final a estas situações desagradáveis apontadas ao governo de Luanda.

O governador de Luanda já havia manifestado esta preocupação na conferência de imprensa realizada nesta segunda-feira como sendo uma aposta para 2006.

«Um outro campo em que estamos apostados a mergulhar e aquí com alguma norma é o da construção e ocupação anárquica de terrenos, isto hoje, sabe Deus como é que ainda não construíram uma casa no meio da Mutamba. Há já uma tendência de se afrontar o poder, em qualquer parte do mundo o poder exerce-se, os trinta anos de liberalismo não podem ser tomados como lei, temos de ter todos consciência que esta situação que o país viveu não pode ser tomada como lei».

Capapinha defendeu que o que não é dado não pode ser considerado nosso, ou seja o que não se consegue de forma legal não nos pertence e criticou a actuação das associações que defendem os direitos humanos.

«Como é que se pode aceitar que casas no Zango foram passadas, elas que foram feitas a favor de gente pobre que vivia naquelas barracas da Boavista, hoje vai-se ao Zango encontram-se mercedes parados, ar condicionado, as pessoas podem ou não podem,têm ou não têm? E quando a gente quer pôr ordem aparecem os defensores dos direitos humanos que eu também não sei onde moram, porque também não se identificam, uns vivem melhor do que nós e querem aguçar a confusão em nome dos direitos humanos».

Job Capapinha entende que o defensor dos direitos humanos deve ensinar o cidadão a viver em civilização, a viver em ordem e quando vir que estão a ser atropeladas ele deve apelar aos direitos humanos e não incita a desordem. O governador de Luanda, reconheceu aquilo que muitos já criticam há algum tempo, a construção de novos bairros, em Luanda, sem nenhum tipo de serviços.

«A cidade cresceu mas não cresceram os serviços, quem vive hoje ao Nova Vida usa os mesmos serviços da parte baixa da cidade, porque não tem uma padaria, não tem o selo, não tem nada. Aumentamos a habitação mas não aumentamos os serviços».

A qualidade das obras que têm sido feitas na capital angolana também foi questionada e Job Capapinha disse que a fiscalização tem de ser mais actuante.

Jan 10, 20:44 Fonte:VOA (Amélia Mendes)

Washington File

9 January 2006

U.S. Disagrees with EU's "Cash Only" Food Assistance Policy

Since the European Commission and its member states moved to a “cash only” approach for providing food aid in 1996, overall aid levels have seen a steep decline, according to the Office of the U.S. Trade Representative.

The United States and international relief experts say that the European Union’s “cash- only” plan to purchase food locally is less effective than shipping humanitarian relief to places in need and leaves fewer options for getting food aid to the world’s 850 million people living with hunger.

One of the most vocal critics of cash-only food aid has been the United Nations World Food Program (WFP) -- the world's largest humanitarian organization. The WFP has called for all countries to leave in-kind food donations in place.

According to WFP statistics, food aid contributions remain woefully inadequate, even for emergency needs. In 2005, the WFP expects to experience a $1 billion shortfall in food aid contributions.

In 1995, the United States and what is today the European Union provided the same amount of food assistance around the world -- roughly 4 million tons of food a year. Currently, the European Union provides less than 1.5 million tons a year of overall food assistance while the United States has remained consistent at 4 million tons of food a year.

According to the WFP, the United States provided 4.127 million metric tons or roughly 56 percent of all global food aid in 2004 while all European Union nations combined provided 1.487 million metric tons or about 20 percent of the global total.

“Global donations of food aid declined sharply from 2003 to 2004 from 10.2 million mt [metric tons] to 7.5 million mt [metric tons] and the decline occurred in all categories" of food aid, according to the WFP’s November 2005 report titled "Funding for Effectiveness."

“One reason for this was a sharp rise in both commodity and fuel costs, which ultimately resulted in a decline in the amount of food aid available, in part because most donors budget in cash rather than committing to providing fixed tonnages,” the report said.

While the European Union has called for new World Trade Organization (WTO) rules that would restrict all food aid to a “cash only” basis, the United States continues to support solid disciplines to prevent in-kind food aid from being diverted to commercial sale.

The administrator for the U.S. Agency for International Development (USAID), Andrew Natsios, says that different hunger and famine situations around the world call for different types of aid.

“The principal cause of famine in the last several decades has been a collapse of production, usually caused by war or drought or some kind of locust infestation, where the crop collapses. If you go in and do local purchase on regional markets, you drive food prices up,” he said December 14, 2005, in Hong Kong on the second day of a WTO ministerial meeting. (See related article and transcript on USAID Web site.)

“During the Somali famine of 1992, where 300,000 people died and there was military intervention to stop it … the cost of food, went up 700 percent to 1200 percent over a four-month period. That was the principal cause of the famine,” Natsios said.

“If we had gone in and bought food locally, we would have killed more people doing that,” he said. “It is in fact a very dangerous intervention in a famine to go in and buy food in the middle of an emergency, which is caused by a collapse of supply.”

The heart of the EU's complaint is that the food aid is sometimes diverted for sale - lowering market prices. However, U.S. Trade Representative Rob Portman says the Europeans are blowing this practice out of proportion as U.S. aid only amounts to about one percent of global food trade.

During a WTO Ministerial meeting in Hong Kong on December 13-18, 2005, WTO members reached an agreement to develop disciplines limiting the commercial displacement of food aid around the world.

I sense a sort of European obsession right now with cash-only in food aid," Portman said December 13 in Hong Kong. "Does the United States think we should deal with the commercial displacement issue? Absolutely. But this sort of obsession with 'how do we stop food aid' seems to me to be a little bit misplaced," he said.

According to the USTR, the average value of global food aid between 2002 and 2004 was about $2.5 billion a year. This means that food aid only accounted for about 0.7 percent of total agricultural trade in 2004 with a total trade value of about $360 billion.

“We provide nearly half of all emergency food aid donations in all emergencies around the world. This is about three times the level of food assistance provided by the European Union and all European aid agencies, donor aid agencies bilaterally. So we are three times larger than all of Europe put together,” said Portman. “So I think we should not be debating this issue divorced from the realities,” he said. “The fact is, we know what happened to the European participation in the food system once they went to local purchase. It declined precipitously.”

DEMOLIÇÕES LEVAM GOVERNADOR DE LUANDA AO PARLAMENTO {ts '2006-01-10 00:00:00'}

Para o governador, Job Capapinha, não passam de «agitadores» os grupos de Direitos Humanos que se têm solidarizado com as vitimas das demolições levadas a cabo em certas zonas da capital.

Acrescentou que desconhecia tais defensores dos Direitos Humanos, alegando, contudo, que os mesmos «vivem melhor que muitos governantes».

Capapinha fez estas declarações ao comentar, em conferência de imprensa hoje, o balanço do seu executivo no ano transacto e as perspectivas de 2006.

A polémica das demolições dominou o encontro realizado na véspera da audição do governador na Assembleia Nacional, para explicar a situação que tem sido muito mediatizada nos últimos dias. Uma fonte da Ecclesia avançou que Capapinha se faria acompanhar de toda a sua equipa para aclarar o assunto.

Visado pelas declarações do governador, o presidente da “SOS Habitat ”, Luís Araújo, reagiu dizendo que «o chefe do governo de Luanda não está a acompanhar o ritmo do momento». Para Araújo, a desordem que se verifica na construção e destruição de residências populares tem a ver com a «falta uma administração eficaz».

SUBSÍDIO DE ALOJAMENTO DOS DEPUTADOS ACTUALIZADO {ts '2006-01-10 00:00:00'}

A actualização do valor da ajuda mensal para despesas com a renda de casa foi recentemente publicada no Diário da República, depois do parlamento angolano ter aprovado uma resolução que fixou o seu valor em 225 mil Kuanzas (Kz).

Os deputados decidiram actualizar esta verba por considerarem "irrealista" face aos actuais valores do mercado em Luanda. O valor de 127.500 Kuanzas, tinha sido aprovado há cerca de um ano.

A resolução determina ainda que os deputados que não forem reeleitos nas próximas legislativas, ainda sem data marcada, têm direito a receber esta ajuda nos seis meses seguintes ao fim do mandato.

A atribuição de uma ajuda fixa mensal para as rendas de casa, que abrange todos os parlamentares - incluindo os que foram eleitos pelo círculo de Luanda - surgiu na sequência das medidas adoptadas pelo parlamento para reduzir os custos com o alojamento dos deputados. Com a atribuição deste subsídio, os deputados foram obrigados a sair dos hotéis onde se encontravam alojados e alugar residências particulares.

Uma parte dos 220 deputados foi alojada em unidades hoteleiras de Luanda na sequência das eleições de 1992 devido às dificuldades que então existiam para encontrar habitações condignas, um problema que afectava especialmente os deputados provenientes das províncias. Os custos com o alojamento dos deputados tornaram-se, no entanto, demasiado elevados para o orçamento da Assembleia Nacional que, face à nova realidade do mercado habitacional de Luanda, decidiu criar condições para que cada deputado pudesse alugar a sua casa.

Com esse objectivo, foi decidido que cada deputado receberia um subsídio mediante a apresentação de uma declaração assinada pelo senhorio comprovando a existência de um aluguer. Esta medida foi acatada pela generalidade dos deputados angolanos, mas um pequeno grupo de parlamentares recusou-se inicialmente a aceitar as novas regras. O diferendo acabou por ser ultrapassado depois da Assembleia Nacional ter determinado que não pagaria as despesas nos hotéis a partir de Setembro de 2005.

«Angola – O paradeiro do povo», por Rafael Marques

Nos últimos anos, enquanto a classe dirigente se tem atarefado na sua própria transformação em classe burguesa, pela via do assalto às riquezas do país, a maioria dos angolanos tem vindo a renovar as suas esperanças no vazio.

Esse vazio tem sido apresentado ou gerido como uma espécie de pacto de estabilidade. Um pacto similar ao que se estabelece entre um ladrão que aponta uma arma a um cidadão, em plena via pública, despoja-o dos seus bens e, de forma civil, pede compreensão, silêncio e quietude à vítima. Esta, por sua vez, agradece o bom- senso do ladrão que lhe poupa a vida. Os angolanos agradecem a paz.

A paz, alcançada em 2002, já tem quatro anos, tempo em que se cumpre mais um mandato legislativo sem, no entanto, que os reais soberanos da pátria, os angolanos – o povo – tenham sido convocados a exercer o seu poder, o direito de voto e de escolha.

Quanto às eleições, o discurso presidencial, de fim de ano, remeteu as esperanças, depositadas no ano 2006, para 2007. A astúcia política, previsível e estafada, patente na prática e no discurso, mais promove a frustração colectiva do que o adiamento.

O discurso de Dos Santos à Nação, para além das eleições, teve mais duas notas de realce, o Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA) e a construção de habitações.

Primeiro, o BDA, apresentado como impulsionador da reconstrução, pode ser mais um expediente para a distribuição dos fundos do petróleo entre os dirigentes, suas famílias e interesses particulares. Iniciativas anteriores do género, como a então Caixa Agro-Pecuária (CAP), têm demonstrado esse padrão. Os fundos em questão resultam da alta de preços no mercado internacional e que ultrapassaram as previsões oficiais

Segundo, quanto à construção de habitações, cabe ao Estado promover a criação de empregos, garantir pagamento de salários condignos e fomentar políticas de desenvolvimento habitacional para que os privados construam e os cidadãos comprem as casas com o seu próprio dinheiro ou recurso ao crédito.

Patriotismo eleitoralista

Retomando a questão da necessidade de legitimação do poder pelo povo, a sociedade tem tomado nota dos esforços públicos de mobilização eleitoral do MPLA. Também tem estado atenta à eventualidade das eleições serem convocadas à última hora, com três de antecedência (dentro dos prazos legais), para impossibilitar a oposição e a opinião pública de causarem quaisquer arrepios à continuação do regime no poder.

Uma questão fundamental emerge desse cenário de dúvida. Qual é o interesse do regime em adiar as eleições tantas vezes quanto forem necessárias? Tem à sua disposição o controlo absoluto das riquezas do país, dos meios de informação com audiência nacional e da administração pública. Ademais, usa, como bem entende e como meios para atingir quaisquer fins, o Exército e a Polícia Nacional. Como se não bastasse, tem a comunidade internacional, o ocidente sobretudo, a massajar-lhe os pés a troco de uma substancial fatia de Angola. Os chineses já massajam um pouco mais acima.

De forma silenciosa, se tem conspirado contra a eliminação do povo como factor fundamental de pressão e de mudança. Aqui reside a resposta aos receios do regime em realizar eleições. Não tem a certeza de controlar as emoções, a raiva e as frustrações do povo. Tem medo da sua reacção em período de abertura, como as eleições, por certo, o exigirão.

Uma reacção popular pode sempre expor o regime como um sector minoritário da sociedade, parasitário e nefasto para a sua honra e dignidade, para o seu sentido de pátria e de respeito pela vida humana. Assim sucedeu a Revolução Francesa.

Essa mesma reacção pode fazer emergir, das suas entranhas, novas lideranças, uma nova filosofia ou um impulso de ordenamento da sociedade e de justiça um tanto imprevisíveis. Quem sabe, ao certo, o que boa parte dos angolanos anda a matutar, como pensamento comum, sobre a realidade e os destinos do país?

Outrossim, o MPLA tem um grande problema de carácter ideológico. Findo o socialismo, o regime, que desfralda a bandeira do MPLA, decidiu importar o consumismo ocidental, no lugar de um conjunto de valores, certos ou errados, capazes de regular as dinâmicas da sociedade.

Assim, a referência ao patriotismo, no discurso presidencial, cai em saco roto porque ele próprio não dá exemplo. O patriotismo deve ser a partilha de um conjunto de valores morais e nacionais, que unifiquem os cidadãos na defesa do interesse comum, a pátria, a dignidade e a igualdade que esta reserva a todos os seus cidadãos.

Para tal, é imperativo definir a relação entre a Sociedade e o Estado, entre o Governo e o Estado e entre a Sociedade e o Governo. De momento, o Estado circunscreve-se aos ditames do palácio presidencial e a aparência de um aparelho administrativo que lhe confere soberania.

Um dos grandes males que tem destruído as pontes para as relações acima mencionadas é a corrupção. O regime, com a pele de Governo, ancora a sua acção no lamaçal da corrupção por ausência de uma verdadeira política de Estado, uma ideologia e um projecto comum de construção da Nação angolana.

Ora, a corrupção, porque ultrapassa os limites da contenção, ganhou vida própria e, como uma espécie de álcool que comanda a acção do ébrio, tanto serve para destruir quaisquer sinais de oposição, de vozes ou lideranças alternativas, como serve para sabotar quaisquer acções do Governo tendentes a servir a população.

A ausência de moral e a eliminação gradual da referência ao povo, nos discursos e nas acções do regime, concede a paz de espírito necessária para que o executor de uma obra ou orçamento governamental – o governante – se aposse do que é público, causando prejuízos incalculáveis à sociedade. O Ministro das Finanças, José Pedro de Morais, e o Governador do Banco Nacional, Amadeu Maurício, são apenas os últimos dirigentes a servirem, nos últimos meses, o Estado com escândalos financeiros de dimensão internacional (o mensalão brasileiro), que atentam contra a segurança nacional e impedem o bem-estar das populações.

Afilhados da China

O caminho escolhido pelo Governo, mais uma vez, em chamar os estrangeiros, no caso os chineses, para que estes concedam crédito, apadrinhamento, protecção política, competência e mão-de-obra aos milhares poderá ter consequências muito graves para o país e para a afirmação do patriotismo angolano.

As causas da crescente onda de xenofobia, no país, devem começar a ser levadas a sério por quem de direito.

Só por evitar o seu próprio povo, os seus críticos e adversários internos, o regime precisa constantemente de uma capa protectora internacional. Foi assim com os soviéticos e cubanos, passou a ser assim com os norte- americanos e outros ocidentais, e agora com os chineses.

As consequências dessa dependência extrema em forças estrangeiras, para a legitimação do poder, podem ser contabilizadas pelos anos de guerra, pelo morticínio dos angolanos e pelo saque imparável das suas riquezas. De igual modo graves, são a perda, pelo povo, da sua dignidade e respeito em sua casa – Angola – onde são humilhados e desprezados pelos amigos do poder. O caso das Lundas é paradigmático.

Há muito que essas forças, sobretudo hábeis forasteiros que aportam a título individual, exploram as fragilidades políticas, económicas, sociais e intelectuais da classe dirigente e a sua trafulha em querer transformar-se em burguesia e distinguir-se como assimilados – a elite.

Como consequência, o MPLA está descaracterizado, o Governo não tem força junto da Presidência. O Presidente manda sozinho, sob influência dos interesses estrangeiros. Essa é a sua fortaleza na manutenção do poder e a sua maior fraqueza no relacionamento com a sociedade.

É assim que, hoje, em Angola, a Odebrecht, o Pierre Falcone, o Gaidamak, o Lev Leviev, as multinacionais petrolíferas, a Dar Al-Handasah, os lobbies americanos, alguns interesses portugueses por junto e atacado, os chineses, etc. etc. exercem, através da sua influência, mais poder em Angola, a nível do Governo, do que os próprios governantes.

Há um vazio de poder. O Governo, sobretudo o Presidente da República, está refém desses interesses estranhos aos da sociedade angolana. Os dirigentes pensam, de um modo geral, que estão cada vez mais ricos e ostentam tanto quanto podem em competição com as montras do ocidente.

Os parceiros ocidentais do Governo, nessas empreitadas de saque, depois concertam entre si e só fingem exigir transparência, democracia e respeito pelos direitos humanos quando os negócios com o regime correm mal ou as comadres se zangam. Assim os denunciam na arena internacional como corruptos, incompetentes e desprezíveis, por abandonarem o seu próprio povo à miséria. Enquanto os seus países acolhem, sem reservas, os depósitos, investimentos e lucros resultantes do roubo levado a cabo em Angola.

O regime, representado pelo MPLA, deve reduzir os seus esforços de propaganda e de operações de charme, com construções de qualidade duvidosa e de curta duração. Deve faze-lo a favor de uma política de aproximação à sociedade e aos seus problemas. Deve substituir a propaganda pelo exercício da liberdade de imprensa nos órgãos de informação do Estado, assim como da liberdade de expressão junto dos seus ouvidos, para que o debate público floresça, aponte soluções e a sociedade seja fiscalizadora.

Só assim, será possível combater a corrupção, sancionar os corruptos, adiar as eleições, sem provocar tormentas, e construir um elemento de unidade da qual possa resultar uma democracia verdadeiramente angolana, em harmonia com os seus valores universais.

Por essa via, Dos Santos poderá encontrar a paz e o sossego que tanto procura para a sua dourada reforma e o MPLA poderá reencontrar-se no seu ideal de movimento popular.

Na senda do patriotismo, o regime deve saber defender os angolanos perante muitos dos seus parceiros internacionais, que em Angola encontram terreno fértil e protecção oficial, como entidades empregadoras e da intriga, para tratar os angolanos como descartáveis e desmerecedores de dignidade e condições afins. A lógica é simples. Se o Governo não respeita e dignifica os seus próprios cidadãos quem o fará?

Com os interesses, a dignidade e o respeito do povo angolano salvaguardados, Angola poderá ser um mercado limpo e seguro para o investimento estrangeiro, um destino hospitaleiro para turistas, de todo o mundo, e uma segunda pátria acolhedora para aqueles que a escolhem em busca de sol e prosperidade.

Doutro modo, o confronto entre o povo e o poder (como domínio de uma minoria e de interesses alheios), numa versão de luta de classes entre ricos e pobres, será apenas uma questão de tempo, por falta de estruturas intermédias. E todos perderíamos.

Que 2006 seja o ano do bom-senso, da aproximação entre os angolanos no sentido da redefinição do conceito de patriotismo, de serviço à pátria e de governo do povo para o povo. De igual modo, seja este o ano de resgate do Governo dos interesses estrangeiros que o amordaçam, o mantém sob chantagem e o impedem de ver o sofrimento e a súplica do seu próprio povo.

Que 2006 seja o ano de preparação da mudança, como um processo pacífico e natural de evolução social e política.

O MPLA, nos seus tempos genuínos gritava: Viva o poder popular! Muitos se recordam desse poder e o conservam dentro de si para benefício da maioria.

Jan 09, 15:47 Fonte: AngoNotícias

TAAG desmente suposto desvio de 22 milhões de dólares

As contas da TAAG, Linhas Aéreas de Angola, são auditadas por organismos internacionais e nacionais de renome, daí estarem em dia, ao contrário da notícia veiculada pelo Semanário Angolense, em Luanda, segundo a qual a sua direcção estaria envolvida num suposto desvio de 22 milhões de dólares.

De acordo com um comunicado de imprensa, a contabilidade e fecho de contas da TAAG foram auditadas por organismos nacionais e internacionais de renome, como suficientemente divulgado, em Abril de 2005, no decurso das segundas Jornadas Técnicas de Contabilidade e finanças. Aliás, os relatórios de contas e do desempenho da gestão da TAAG foram em tempo, presentes ao Tribunal de Contas e a outros competentes organismos do Estado.

Por outro aldo, o plano de viabilidade da TAAG para os próximos três (3) anos, assim como o plano de conclusão da recuperação da sua contabilidade e contas, passaram pelo “apertado crivo ” do EXIMBANK da América, uma das mais credenciadas e conceituadas instituições financeiras dos Estados Unidos e do Mundo, no mês de Setembro do ano findo.

Recentemente, o Ministério das Finanças e o Sindicato de Bancos Comerciais Angolanos assinaram um acordo de financiamento de 200 milhões de dólares para a compra de novos aviões para a renovação da frota da Transportadora Aérea nacional (TAAG).

Liderado pelo Banco Africano de Investimento (BAI), integrando o BFA e o Banco Espírito Santo de Angola, o sindicato vai avançar com 75 por cento do montante total de financiamento, deixando os restantes 25 por cento na modalidade de subscrição particular a outros bancos.

Esta operação financeira, em que intervêm o BAI, BFA e o BESA, é considerada a maior já mais feita por instituições bancárias angolanas no país, com a particularidade de pela primeira vez negociar livremente títulos de tesouro público em moeda externa.

Os três bancos e o Sindicato assumiram o compromisso de investirem, em partes iguais, recursos que vão chegar até 150 milhões de dólares, o que representa 75 por cento de um montante total de emissão. Os restantes 25 por cento, que completam a soma de 200 milhões, ficaram reservados aos restantes bancos que operam no mercado angolano e que estejam interessados em participar no negócio.

Jan 09, 15:41 Fonte:Jornal de Angola

Subsídios de renda de casa para deputados somam 6,6 milhões dólares

A Assembleia Nacional de Angola vai gastar em 2006 mais de 6,6 milhões de dólares em ajudas para despesas com rendas de casa dos deputados, recebendo cada um dos 220 parlamentares cerca de 2.500 dólares mensais.

A actualização do valor da ajuda mensal para despesas com a renda de casa foi recentemente publicada no Diário da República, depois do parlamento angolano ter aprovado uma resolução que fixou o seu valor em 225 mil Kuanzas (cerca de 2.500 dólares).

Os deputados angolanos decidiram actualizar esta verba por considerarem "irrealista" face aos actuais valores do mercado em Luanda o valor de 127.500 Kuanzas que tinham aprovado há cerca de um ano.

A resolução determina ainda que os deputados que não forem reeleitos nas próximas legislativas, ainda sem data marcada, têm direito a receber esta ajuda nos seis meses seguintes ao final do mandato.

A atribuição de uma ajuda fixa mensal para as rendas de casa, que abrange todos os parlamentares - incluindo os que foram eleitos pelo círculo de Luanda - surgiu na sequência das medidas adoptadas pelo parlamento angolano para reduzir os custos com o alojamento dos deputados.

"É muito dispendioso para a Assembleia Nacional continuar a pagar a estada dos deputados em hotéis, que chegam a atingir 5.000 dólares por mês em alguns casos", afirmou, em Setembro, Aires do Rosário, director dos Serviços de Apoio aos Parlamentares, em declarações à Agência Lusa.

Com a atribuição deste subsídio os deputados foram obrigados a sair dos hotéis onde se encontravam alojados e arrendar habitações próprias.

Uma parte dos 220 deputados da Assembleia Nacional foi alojada em unidades hoteleiras de Luanda na sequência das eleições de 1992 devido às dificuldades que então existiam para encontrar habitações condignas, um problema que afectava especialmente os deputados provenientes das províncias.

Os custos com o alojamento dos deputados tornaram-se, no entanto, demasiado elevados para o orçamento da Assembleia Nacional que, face à nova realidade do mercado habitacional de Luanda, decidiu criar condições para que cada deputado pudesse arrendar a sua casa.

Com esse objectivo, foi decidido que cada deputado receberia um subsídio mediante a apresentação de uma declaração assinada pelo senhorio comprovando a existência de um arrendamento.

Esta medida foi acatada pela generalidade dos deputados angolanos, mas um pequeno grupo de parlamentares recusou-se inicialmente a aceitar as novas regras.

O diferendo acabou por ser ultrapassado depois da Assembleia Nacional ter determinado que não pagaria as despesas nos hotéis a partir de Setembro de 2005.

No âmbito das medidas de contenção de custos, o parlamento angolano tinha anteriormente posto em prática um sistema idêntico para o pagamento da manutenção das viaturas atribuídas aos deputados.

Até à entrada em vigor das novas medidas de contenção de custos, o parlamento assegurava o pagamento de todas as despesas relacionadas com a manutenção das viaturas dos 220 deputados, o que implicava um gasto substancial.

Para reduzir as despesas, o parlamento angolano aprovou a atribuição de um subsídio mensal de 1.000 dólares a cada deputado destinado às despesas de manutenção dos veículos.

Cada deputado angolano recebeu na altura em que assumiu o cargo um subsídio de instalação de 35 mil dólares, além de uma viatura de gama alta.

A Assembleia Nacional de Angola tem 220 deputados, sendo 129 do MPLA, 70 da UNITA, seis do PRS, cinco da FNLA e três do PLD.

O PDP-ANA, PAJOCA, AD, PRD, PSD, FDA e PNDA possuem um deputado cada.

Jan 09, 16:08 Fonte:Lusa

Parlamentar angolano diz que a futura lei de imprensa será muito inovadora

O deputado Paulo Mateta acha que a futura lei de imprensa ,que proximamente será submetida a debate parlamentar. será bastante inovadora e vai abrir caminho para um maior aprofundamento da democracia.

Coordenador da sub-comissão dos Desportos e Comunicação Social da Assembleia Nacional, Paulo Mateta diz que há uma maior despenalização dos delitos de opinião, «salvaguardando-se, assim, os agentes da comunicação social de uma certa responsabilização criminal que é palpável na actual lei de imprensa».

O parlamentar angolano lembrou também que o referido texto já não trás o polémico artigo que proíbe ao Presidente da República a apresentação de provas em caso de responsabilidade criminal.

«Há, digamos, uma eliminação total deste artigo, o que por si só vem atender algumas preocupações manifestadas pelos jornalistas durante o debate».

Paulo Mateta não concorda com as opiniões que defendem a extinção do Conselho Nacional de Comunicação Social, alegamente por não estar a execer o seu papel de fiscalizador da isenção da imprensa, embora questione a sua composição baseada em cores políticas. «Quanto a sua utilidade, penso que será bom porque é bom que exista um órgão independente que fiscalize o cumprimento da lei de imprensa. Não pode ser o governo, porque a lei é do governo. A própria lei prevê regras para o serviço público, a própia lei prevê regras para o desempenho éticos dos jornalistas, é preciso que exista um órgão que fiscalize tudo isso».

O debate parlamentar sobre a lei de imprensa será antecedido de um encontro entre jornalistas e deputados da Assembleia Nacional, marcado para a próxima quinta- feira.

Numa declaração divulgada recentemente, em Luanda, os bispos católicos de Angola qualificam a futura lei de imprensa como bastante contraditória e conflituosa.

Foto: Jornalistas angolanos

Jan 09, 20:45 Fonte:VOA

Cursar nas universidades privadas pode custar mais de 15 mil dólares

Mais de dez mil dólares, é o valor base de uma formação superior durante quatro anos numa instituição privada de ensino superior no país. Para já, nenhuma das universidades cobra menos de 200 dólares de propina mensal. Os que auferem o salário mínimo nacional teriam de trabalhar cerca de 25 anos para conseguir uma formação numas das universidades.

Segundo o Jornal “Agora ” na sua edição deste fim-de- semana, os valores praticados variam entre os 250 e 300 dólares. Na Universidade Católica de Angola (UCAN), por exemplo, de acordo com o mesmo periódico, paga-se mensalmente 250 dólares para todos os cursos e classes. Já na Lusíadas, os preços são mais elevados, chegando mesmo aos 300 dólares. Fazendo os cálculos, só um mês de propina equivale a cinco ou seis salários mínimos da função pública.

Ainda de acordo com o "Agora", não são apenas as propinas que têm de ser pagas nessas universidades, as matrículas, os exames, os transportes e outros serviços adicionais são pagos à parte. E, quando não se cumprem os prazos para liquidar as mensalidades, os estudantes são obrigados a pagarem uma multa que varia entre 15 a 30 por cento do valor das propinas, dependendo de cada instituição. Calculando tudo, uma formação numa das universidades em questão pode atingir 15 mil dólares norte-americanos.

“ Acho que os preços nas universidades privadas estão um pouco caros. Nem todos têm condições financeiras para suportar os gastos da formação. Mas penso que o mais grave ainda é não ter acesso ao emprego depois de se ter investido tanto na formação, pois é sabido que o nosso país tem problemas sérios no que toca a postos de emprego ”, disse o estudante de direito, Elson Matias, da Universidade Lusíadas.

“ O dinheiro que pagamos é muito, que já não dá para lembrar: para além das propinas ainda pagamos outras coisas adicionais como exames. É muito dinheiro ”, frisou Mário Neto também estudante da Universidade Lusíadas.

Em relação aos preços praticados não só no ensino superior como também no médio e básico todos eles privados, a maioria dos estudantes, defenderam a necessidade do Governo, através do Ministério da Educação (MED), e do Ministério das Finanças, intervir no sentido de acautelar os gastos, facilitando a vida dos estudantes. O país, argumentaram, ganharia com isto, tendo em conta que precisa cada vez mais de quadros.

Entretanto, para António Campos, assessor do Ministério da Educação, a sua instituição não tem competência para intervir nos valores cobrados pelas escolas particulares. “ O mercado é livre, as escolas privadas podem praticar os preços que quiserem, em função dos gastos que fazem, declarou.

O país está numa fase de reconstrução e precisa, certamente de muito mais homens formados em todas as áreas e níveis. Nesta ordem de ideias, alguns encarregados de educação, entrevistados pelos Agora, salientaram ser da mesma opinião dos estudantes que defendem uma intervenção do Governo no sentido de baixar os custos das propinas nos estabelecimentos privados.

Jan 09, 22:17 Fonte:Agora

China invests in Angola’s railway project 01/10/2006 -- 22:12(GMT+7)

Pretoria, Jan. 10 (VNA) – China has decided to invest more than 300 million USD in a railway reconstruction project in war-torn Angola, the South Africa Press Association (SAPA) reported on Jan. 10.

According to the SAPA, the 1,300-km railway, which stretches from Angola’s western Benguela port to its eastern border with the Democratic Republic of Congo via Luanda capital, was built by British colonialists in early 20th century and heavily damaged by the 27- year civil war that ended in 2002. The major railway, with only 50km currently in operation, links Angola to its neighbouring countries, including Zambia and the Democratic Republic of Congo.

The project will start in January 2006 and be completed in August 2007.

China has so far invested more than 3 billion USD in infrastructure and oil projects in Angola.-Enditem

CHINESES ENTREGAM O CAMINHO-DE-FERRO DE BENGUELA PRONTO EM AGOSTO/2007 {ts '2006-01-09 00:00:00'}

O anúncio foi feito sexta-feira última em Benguela durante a cerimónia de consignação da empreitada de reabilitação, orçada em mais de 300 milhões de dólares, a cargo de um consórcio chinês.

"Vamos trabalhar com passos firmes para que, em Agosto de 2007, os angolanos possam percorrer de forma rápida e confortável a linha ferroviária desde Benguela até ao Luau (no leste de Angola)", afirmou Ju Li Hao, representante do consórcio China International Found Limited.

A empreitada de reabilitação e modernização do CFB, que inclui também a recuperação das estações ferroviárias ao longo da linha, tem um prazo de 20 meses. As autoridades angolanas estimam que o CFB venha a ter em circulação cerca de meia centena de composições por dia, a uma velocidade média de 80 quilómetros por hora, o que permitirá transportar anualmente quatro milhões de passageiros e vinte milhões de toneladas de mercadorias.

No discurso que proferiu na cerimónia de consignação da obra, o ministro angolano dos Transportes, André Luís Brandão, salientou a importância do CFB para o desenvolvimento desta região da África Austral, já que permitirá uma ligação mais rápida de vários países ao Oceano Atlântico.

"Este é um grande contributo que o governo angolano dá para o desenvolvimento de África. Estamos a dar um passo importante para reabrir a linha mais curta para o mar em relação a países como a Zâmbia ou a República Democrática do Congo", afirmou.

Adormecido O Caminho-de-Ferro de Benguela, que foi um dos principais factores de desenvolvimento de Angola, tem uma extensão total de 1.303 quilómetros, do Lobito (Benguela) ao Luau (Moxico), mas ficou praticamente desactivado desde a independência do país, em 1975.

A falta de segurança devido ao conflito militar e o perigo das minas não permitiram que os vários projectos de reabilitação da linha lançados nos últimos anos fossem concretizados. A excepção era um pequeno troço, na parte inicial da linha, entre Lobito e Benguela, junto à costa atlântica, que permitia o transporte de pessoas e carga entre as duas principais cidades da província de Benguela.

Depois do fim do conflito armado, as autoridades voltaram a investir na reabilitação do CFB, que tem actualmente em exploração um troço de 190 quilómetros entre Lobito e Cubal, localidade do interior da província de Benguela, e outro, com 34 quilómetros, desde o Huambo até à Caala, no planalto central angolano.

História O Caminho-de-Ferro de Benguela, que constituiu um dos principais factores de desenvolvimento de Angola, teve origem numa lei do governo português, datada de Agosto de 1899. Essa lei autorizava a construção de uma linha ferroviária entre a costa atlântica de Angola e a fronteira leste do país, atravessando todo o território angolano. A obra foi adjudicada a 28 de Novembro de 1902, mas os trabalhos de construção apenas tiveram início a 03 de Março de 1903, prolongando-se por 26 anos, até 01 de Fevereiro de 1929.

A linha ferroviária chegou ao Cubal em 1906 e seis anos mais tarde a primeira composição entrou no Huambo, capital do planalto central de Angola. As obras estiveram interrompidas durante a I Guerra Mundial (1914/18) e só depois do final deste conflito a linha férrea voltou a ser progressivamente estendida, até chegar ao Luau, na província do Moxico, junto à fronteira com o Zaire, actual R.D. Congo.

A inauguração desta importante ligação ferroviária, ocorrida a 10 de Julho de 1929, permitiu que a cidade de Benguela, na costa atlântica de Angola, ficasse a 382 quilómetros de distância do Huambo, a 584 quilómetros do Cuito, capital da província do Bié, e a 992 quilómetros do Luena, capital provincial do Moxico.

ANGOLA: Top athlete appeals as WFP ops face closure 03 Jan 2006 17:38:07 GMT Source: IRIN

LUANDA, 3 January (IRIN) - World marathon record holder Paul Tergat has appealed to the international community to support the World Food Programme's (WFP) school feeding projects in Angola after the UN food agency said a cash shortage could force it to pull out of the country entirely by March.

Tergat, a double Olympic medallist and WFP ambassador, was a beneficiary of a similar school-feeding programme in the remote Kenyan village of Baringo when he was just seven years old. Speaking from experience, he said a hearty meal would entice kids back into the classroom and was vital to individual success and for the development of Angola as a whole.

"The Angolan programme has almost come to a standstill because of lack of funding. It is important that the international community comes out with support to get this programme to move. If not, kids will end up on the street again, and this is not good," the Kenyan, now 36, told IRIN.

"The critical thing is to support these children, to get them into school. This is a generation that we don't want to lose. Knowing how to read and write will give these children so many things - it is the key to life," he added.

But WFP's Deputy Country Director Sonsoles Ruedas said that the agency, which has drastically pruned its operations in the face of funding shortages in the past, could be forced to pull out of Angola entirely.

"We are very worried about the future of WFP in Angola. Unless we get further donations we might have to close shop - that means everything - in March," she said.

In 2005 around 170,000 children in five provinces received a nutritious meal of blended corn and soya when they turned up for school. WFP hopes to extend this to 350,000 children in seven provinces if it can cobble together the US $12.4 million needed to fund the programme.

Unless more cash is forthcoming, this project, as well as WFP food aid to around half a million hungry Angolans and its air service, which ferries more than 1,000 humanitarian workers to remote areas of the country every month, are at risk.

The agency has only received 45 percent of the $161 million it requested for its two-year programme and needs $10 million or 15,000 tonnes of food to keep its operations running until March. But donors have been reluctant to plough more money into oil-rich Angola, arguing that almost four years of peace since the 27- year civil war ended should be time enough for the country to learn to fend for itself.

"We have made a lot of effort to focus our programmes on those who need it most, but still there is this perception that Angola is a rich country - which it is - and that Angola should manage by itself - which it cannot, yet," Ruedas said.

IRIN news

JANUARY 9, 2006 - 07:00 ET

Total Amends FMC Technologies Contract for the Rosa Project, Offshore West Africa

HOUSTON--(CCNMatthews - Jan 9, 2006) -

FMC Technologies, Inc. (NYSE:FTI) announced today that Total (NYSE:TOT) has increased its contract for the Rosa project to include an additional five subsea trees including well jumpers. This amendment has an approximate value of $27 million in revenue to FMC Technologies.

FMC Technologies' original scope of supply for the Rosa project included 18 subsea trees, manifolds, production controls and associated systems. Delivery of the additional equipment is scheduled for the first quarter of 2007.

"Increased capacity at our Angola facility is enabling us to better serve our customers' needs," said Peter D. Kinnear, Executive Vice President - FMC Technologies. "Our initial contract with Total for the Rosa project and this amendment, increasing scope, reaffirms our commitment to offshore West Africa."

The Rosa field is located in offshore Angola Block 17, in water depths ranging from approximately 4,200 to 4,900 feet (1,300 to 1,500 meters) and is about 9 miles (15 kilometers) from the Girassol Floating Production, Storage and Offloading (FPSO) system to which the development will be tied back. The field is scheduled to come on stream in the first half of 2007, and it will raise and prolong the peak production of the FPSO. Six new modules (5,300 tons) will be added to upgrade the existing FPSO installations. FMC Technologies also supplied the subsea production systems for Total's Girassol FPSO project.

Sociedade Nacional de Combustiveis de Angola (Sonangol) is the Block 17 Concessionaire. Total E&P Angola is the Operator in the Block. In addition, other participants in the Block are Esso Exploration Angola (Block 17) Ltd., BP Exploration (Angola) Ltd., Statoil Angola Block 17 AS and Norsk Hydro Dezassete AS.

For more information on the Rosa project, please visit www.fmctechnologies.com/Rosa.

FMC Technologies, Inc. (www.fmctechnologies.com) is a global leader providing mission-critical technology solutions for the energy, food processing and air transportation industries. FMC Technologies designs, manufactures and services technologically sophisticated systems and products for its customers through its Energy Systems (comprising Energy Production Systems and Energy Processing Systems), FoodTech and Airport Systems businesses. FMC Technologies employs approximately 9,000 people and operates 31 manufacturing facilities in 16 countries.

Rosa field off Angola due more subsea trees

By OGJ editors HOUSTON, Jan. 10 -- FMC Technologies Inc. has received a contract amendment worth $27 million to provide an additional five subsea trees and well jumpers for Rosa oil field on Block 17 in 4,200-4,900 ft of water off Angola (see map, OGJ, Mar. 18, 2002, p. 53).

Initially, FMC was committed to supplying 18 subsea trees, manifolds, production controls, and associated systems for the Rosa project. Delivery of the additional equipment is scheduled for the first quarter of 2007.

Rosa field, scheduled to come on stream in the first half of 2007, will be tied back to the Girassol floating production, storage, and offloading (FPSO) facility about 9 miles away. The field will raise and prolong the peak production of the FPSO, which will be upgraded with six new 5,300-ton modules.

Total E&P Angola is the block operator with 40% interest. Other participants are Esso Exploration Angola (Block 17) Ltd., 20%; BP Exploration (Angola) Ltd., 16.7%; Statoil Angola Block 17 AS, 13.33%; and Norsk Hydro Dezassete AS, 10%.

Ja Parlamentar considera inovadora futura Lei de Imprensa

O deputado Paulo Mateta acha que a futura lei de imprensa, que proximamente será submetida a debate parlamentar, será bastante inovadora, e vai abrir caminho para um maior aprofundamento da democracia. Coordenador da Sub-Comissão dos Desportos e Comunicação Social da Assembleia Nacional, Paulo Mateta, deputado pela bancada parlamentar do MPLA, diz que há uma maior despenalização dos delitos de opinião, “ salvaguardando-se, assim, os agentes da comunicação social de uma certa responsabilização criminal, que é palpável na actual lei de imprensa ”. Paulo Mateta não concorda com as opiniões que defendem a extinção do Conselho Nacional de Comunicação Social, alegadamente por não estar a exercer o seu papel de fiscalizador da isenção da imprensa, embora questione a sua composição baseada em cores políticas. “ Quanto à sua utilidade, penso que será bom que exista um órgão independente que fiscalize o cumprimento da Lei de Imprensa. Não pode ser o Governo. A própria lei prevê regras para o serviço público, para o desempenho ético dos jornalistas. É preciso que exista um órgão que fiscalize tudo isso ”, afirmou. O debate parlamentar sobre a lei de imprensa será antecedido de um encontro entre jornalistas e deputados da Assembleia Nacional, marcado para a próxima quinta- feira. The Washington Post

January 7, 2006

Mr. Abramoff's Web of Money and Influence

Letter to the Editor

"The Rise and Steep Fall of Jack Abramoff" [front-page, Dec. 29] ended with former Republican representative Mickey Edwards commenting, "This is at a scale that is really shocking. . . . There is a certain kind of arrogance that in the past you might not have had. They were so supremely confident that there didn't seem to be any kind of moral compass here."

Mr. Abramoff's arrogance and absence of moral compass were evident more than a decade ago when he promoted Angolan rebel leader Jonas Savimbi and worked with South Africa's apartheid government. While proof of Mr. Abramoff's financial connections with the regime was not officially released until the Truth and Reconciliation Commission revealed it, those active in the anti-apartheid movement suspected such a relationship given South Africa's financial support for Mr. Savimbi and the occupation of Namibia, where Mr. Abramoff filmed "Red Scorpion."

IMANI COUNTESS

Coordinator, Africa Program

American Friends Service Committee

Philadelphia

ANGOP

9 de Janeiro

President Creates Logistical Restoration Group

The Angolan Head of State, José Eduardo dos Santos, has determined the creation of a group to coordinate the implementation of the restructuring process of the logistical system and of distribution of essential goods to the population, indicates a official note made available to Angop on Sunday, in Luanda.

The presidential dispatch published in one of the editions of the State Gazette reads that the Finance Minister, Jose Pedro de Morais, has been indicated to coordinate the commission.

The group includes Manuel Viera Dias Júnior, the Head of the Military House, Augusto Archer Mangueira, the Presidential Adviser for Economic Affairs, Manuel da Cruz Neto, Deputy Minister of Commerce, António Gomes Furtado, Prime Ministers`s Economic Adviser, Gomes Cardoso, National Director for Domestic Trade, as well as representatives from the ministries of Territory Administration, Transports and Social Communication.

The Coordination Group is tasked with preparing and submitting to the Council of Ministers the documents which will allow the approval of the legal and financial basis of organisation of the entities to be created, namely the Fund of Guarantee and the Society of Capital at Risk, and work out the basis and the procedures ruling the creation, access and management of the financial products suitable for the modernisation and expansion of the commercial network. ther attributions of the group are to prepare the document which guides the rules and procedures to observe in the re-qualification process of municipal markets at national level and the construction of organised markets and evaluate, with the officials of the different tutelages of the productive sector, the optimal conditions for the implantation of trade infrastructures supporting the national productive sector.

Other necessary entities invited by the group coordinator can also join the assignment, according to the presidential dispatch.

Jornal de Angola

9 de Janeiro

TAAG afina gestão das contas

As contas da TAAG, Linhas Aéreas de Angola, são auditadas por organismos internacionais e nacionais de renome, daí estarem em dia, ao contrário da notícia veiculada por um semanário, em Luanda, segundo a qual a sua direcção estaria envolvida num suposto desvio de 22 milhões de dólares.

De acordo com um comunicado de imprensa, a contabilidade e fecho de contas da TAAG foram auditadas por organismos nacionais e internacionais de renome, como suficientemente divulgado, em Abril de 2005, no decurso das segundas Jornadas Técnicas de Contabilidade e finanças. Aliás, os relatórios de contas e do desempenho da gestão da TAAG foram em tempo, presentes ao Tribunal de Contas e a outros competentes organismos do Estado.

Por outro aldo, o plano de viabilidade da TAAG para os próximos três (3) anos, assim como o plano de conclusão da recuperação da sua contabilidade e contas, passaram pelo “apertado crivo” do EXIMBANK da América, uma das mais credenciadas e conceituadas instituições financeiras dos Estados Unidos e do Mundo, no mês de Setembro do ano findo.

Recentemente, o Ministério das Finanças e o Sindicato de Bancos Comerciais Angolanos assinaram um acordo de financiamento de 200 milhões de dólares para a compra de novos aviões para a renovação da frota da Transportadora Aérea nacional (TAAG).

Liderado pelo Banco Africano de Investimento (BAI), integrando o BFA e o Banco Espírito Santo de Angola, o sindicato vai avançar com 75 por cento do montante total de financiamento, deixando os restantes 25 por cento na modalidade de subscrição particular a outros bancos.

Esta operação financeira, em que intervêm o BAI, BFA e o BESA, é considerada a maior já mais feita por instituições bancárias angolanas no país, com a particularidade de pela primeira vez negociar livremente títulos de tesouro público em moeda externa.

Os três bancos e o Sindicato assumiram o compromisso de investirem, em partes iguais, recursos que vão chegar até 150 milhões de dólares, o que representa 75 por cento de um montante total de emissão. Os restantes 25 por cento, que completam a soma de 200 milhões, ficaram reservados aos restantes bancos que operam no mercado angolano e que estejam interessados em participar no negócio.

[POSTED January 5, 2006

Export-Import Bank to provide US$31.4 million to Angola (Courtesy of Angola Press Agency)

The Export-Import Bank of Korea, South Korea's state- run lender, said Wednesday it will provide US$ 31.4 million in soft loans to help Angola build an irrigation facility. The loan from the Economic Development Cooperation Fund is also to be used to assist the development of Angola's agricultural technology. The loan provision is the second of its kind to the African country.

[POSTED January 5, 2006

Families of killed Angolan farmers call for compensation from Portugal (Courtesy of Angola Press Agency)

Survivors and the families of workers killed in a cotton farmers' rebellion in Angola in 1961 announced Wednesday they would claim compensation from former colonial ruler Portugal. "We request that Portugal pay reparations to the families of the victims," Kambamba Kulaxingu, head of the community of Baixa de Kassanje in the northern province of Malanje, told Radio Angola. He was speaking on the 45th anniversary of the rebellion on January 4, 1961, when cotton farmers in the north rose up in a bid to obtain better prices for their crop. The Portuguese air force responded by bombing the workers' dwellings and plantations around Baixa de Kassanje and attacking villages. Survivors and political observers claim 10,000 people were killed, although historians have been unable to establish a precise death toll because of a lack of archival information. In 2004, a group of survivors launched a legal battle for reparations before the European Court of Justice in Luxembourg without claiming a specific amount. Jose Fufuta, head of the Support Group for the Development of Baixa de Kassaje, said he was optimistic that the families had a strong case. Fufuta, quoted in the daily State Jornal of Angola, compared their claim to the successful bid by European Jews who obtained reparations from Germany following World War II. "In addition to material compensation, the Portuguese authorities must recognize their responsibility because [the massacre] was an affront to human dignity," he told the newspaper. Baixa de Kassanje, located in the agricultural and mining province of Malanje more than 300 kilometres (187 miles) north of Luanda, was principal site of cotton crops, one of Angola's most important export products during colonial rule by Portugal. Following Angola's independence in 1975, January 4 became a public holiday named the "National Day of the Martyrs of Colonial Repression".

Portugal cria plataforma de distribuição de produtos e triplicar a linha de financiamento para Angola

O Governo portugues vai criar em Angola uma plataforma para distribuição de produtos portugueses e triplicar a linha de financiamento, de 100 para 300 milhões de dólares, a fim de apoiar a exportações portuguesas para Angola. Simultaneamente, será criado um crédito de cem milhões de dólares para as empresas portuguesas que queiram investir em Angola.

A criação de uma estrutura de recepção e comercialização de produtos era há muito reivindicada por empresários, como forma de garantir um eficaz escoamento das exportações portuguesas.

Estas são três das dez medidas anunciadas ontem à tarde aos empresários que se reuniram com o primeiro- ministro, José Sócrates(na foto), e com os ministros da Economia e dos Negócios Estrangeiros, Manuel Pinho e Freitas do Amaral, respectivamente.

O encontro, contou com a presença de representantes do BCP, BES, BPI, Unicer, Centralcer, Visabeira, Mota e Companhia e Portucel, entre outras.

Além daquelas decisões, o Executivo anunciou que irá definir as regras para a criação de uma empresa financeira de apoio às operações de exportação e diversas acções diplomáticas de promoção de marcas portuguesas. Posteriormente, serão criados programas de apoio às exportações para Espanha, Magrebe e China. Além das acções por países haverá ainda programas sectoriais, sendo o turismo e o têxtil os primeiros beneficiados.

Jan 07, 21:02 Fonte:Expresso

JA 060110USD 400 milhões para apoio às exportações

O Governo português vai criar em Angola uma plataforma para distribuição de seus produtos e triplicar a linha de financiamento, de 100 para 300 milhões de dólares, a fim de apoiar exportações para Angola. Simultaneamente, será criado um crédito de cem milhões de dólares para as empresas que queiram investir na antiga colónia. A criação de uma estrutura de recepção e comercialização de produtos era há muito reivindicada por empresários, como forma de garantir um eficaz escoamento das exportações nacionais. Estas são três das dez medidas anunciadas ontem à tarde aos empresários que se reuniram com o primeiro- ministro, José Sócrates, e com os ministros da Economia e dos Negócios Estrangeiros, Manuel Pinho e Freitas do Amaral, respectivamente. O encontro, que decorreu no CCB, contou com a presença de representantes do BCP, BES, BPI, Unicer, Centralcer, Visabeira, Mota e Companhia e Portucel, entre outras. Além daquelas decisões, o Executivo anunciou que irá definir as regras para a criação de uma empresa financeira de apoio às operações de exportação e diversas acções diplomáticas de promoção de marcas nacionais. Posteriormente, serão criados programas de apoio às exportações para Espanha, Magrebe e China. Além das acções por países haverá ainda programas sectoriais, sendo o turismo e o têxtil os primeiros beneficiados.

Crianças da primeira classe começam a aprender línguas nacionais em Fevereiro de 2006

O próximo ano lectivo do ensino geral, a iniciar-se a um de Fevereiro de 2006, será marcado pela introdução no currículo escolar, a título experimental, da aprendizagem de línguas nacionais uma inovação que vai abranger cerca de quatro milhões de crianças da 1ª classe.

Com vista a melhor implementar o projecto, o Ministério da Educação (Med) assinou um acordo com duas empresas sul-africanas que estão encarregues de desenvolver o programa, que inclui a elaboração de materiais pedagógicas para professores e alunos, formar docentes, ensaiar e assegurar a supervisão de aplicação da metodologia de ensino de línguas nacionais.

Neste sentido, responsáveis das empresas, "Maskew Miller Longman" e a "EBA", orientaram em 2005 um encontro de 10 dias, durante o qual 35 professores (cinco para cada língua), trabalharam na adaptação dos materiais pedagógicos, nomeadamente, vocabulário de base, livro do aluno, cartazes fónicos, manual do professor e 10 livros de leitura para a 1ª classe nas línguas Cokwe, Kimbundu, Kikongo, Nganguela, Oshikwanyama e Umbundu.

Durante o encontro, os docentes trabalharam igualmente na adaptação de material feito em português para as línguas nacionais, na digitação e revisão dos livros de vocabulário de base e fizeram a prova dos primeiros quatro livros.

Esta primeira fase, em que foram seleccionados 35 coordenadores, inclui a formação de 105 professores do ensino primário, previsto para Janeiro de 2006, para ensinarem os 4.500 alunos, que estarão distribuídos em grupos de 750 em 15 turmas por cada uma das seis línguas.

Nas escolas abrangidas, o ensino da língua portuguesa será adaptado à mesma metodologia que será privilegiada no ensino das seis línguas nacionais, que foram eleitas pelo facto de ter alguns escritos e o alfabeto já desenvolvido pelo Instituto de Línguas Nacionais, instituição que tem a responsabilidade, enquanto órgão do Ministério da Cultura, da implementação da política línguistica nacional.

Neste contexto, o ministro da Educação, Burity da Silva, é de opinião que as línguas nacionais no ensino são assumidas como um imperativo de ordem cultural, sociológica e antropológica, pois reforçam a identidade cultural dos angolanos, tendo em conta que o processo de aprendizagem da língua materna desenvolve-se sempre em condições de maior fluidez pedagógica.

A utilização das línguas nacionais no sistema educativo, mantendo-se o desenvolvimento do português, responde a uma das obrigações da Lei de Base do Sistema Educativo, aprovado pelo governo em Dezembro de 2001.

Esperemos que esta inovação ajude a melhorar o desempenho dos alunos, sobretudo ao ingressar na escola pela primeira, criando as bases do seu aprendizado para os outros níveis de ensino, bem como sirva de incentivo à identificação, conservação, valorização e ao desenvolvimento das línguas nacionais.

Jan 06, 21:04 Fonte:Angop (Patrícia de Almeida)

Subsídio pré-eleitoral provoca mudança de atitude dos Partidos Extra-parlamentares

Partidos políticos sem representação parlamentar recuaram na sua decisão de realizar manifestações de rua, por verem quase resolvida a questão relacionada com o pagamento do subsídio pré-eleitoral.

Segundo apurou a Voz da América, nesta sexta-feita, os partidos políticos estiveram reunidos com a comissão criada para dialogar com o Ministério das Finanças, tendo-lhes sido informados sobre as garantias dadas pelo governo. O secretário executivo dos Poc,s, Manuel Fernandes, acredita que até a segunda quinzena deste mês, o assunto poderá estar definitivamente resolvido.

«Neste preciso momento os partidos políticos desmobilizaram todas as acções que visavam a realização de manifestações de rua, na medida em que o assunto está a ser visto. Pelas indicações que temos, provavelmente até a segunda quinzena de Janeiro haverá uma solução positiva do assunto».

O dirigente dos POCs espera que haja seriedade por parte do governo no tratamento do assunto.

«Temos garantias que o governo está a trabalhar nisso e esperamos que haja seriedade por parte dos governantes deste país, na medida em que esta resolução foi eleborada em Agosto e até à presente data já devia ser executada».

Uma resolução aprovada pela Assembleia Nacional e publicada em Diário da República, em Setembro último, recomendava o governo no sentido de fazer, até ao final do ano passado, um estudo para atribuição de um subsídio pontual aos partidos políticos sem assento no Parlamento, mas os atrasos verificados na sua implementação levaram as formações políticas a ameaçarem com manifestações de rua, como vigílias e greve de fome defronte aos edifícios de órgãos de soberania.

Jan 06, 20:53 Fonte:VOA

Financiamento dos partidos políticos sem assento parlamentar na ordem do dia

O Jurista Raul Araújo, considerou que os partidos políticos sem assento parlamentar só têm direito ao financiamento do Governo por altura da campanha eleitoral.

Falando hoje à Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), o também membro da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), admitiu ter conhecimento de uma lei, que de forma clara está a ser cumprida, que diz que os partidos com assento parlamentar recebem um subsídio do Estado de acordo com o numero de deputados que têm no parlamento.

O Jurista refere igualmente que outra lei, do seu conhecimento, fala somente do financiamento em campanha eleitoral. “Fora da campanha eleitoral não sei se existe uma resolução da Assembleia Nacional sobre a matéria ”, acrescentou.

Entretanto para o Jornalista Victor Aleixo, a reclamação dos partidos sem acento parlamentar não têm razão de ser, até porque não está ainda definido o xadrez para o próximo pleito eleitoral no país. “Se eu bem me recordo, eles teriam direito, caso já estivesse definido o xadrez para as próximas eleições ” , disse, realçando que tal exigência não tem lógica.

O Jornalista salientou ainda estar convencido que tal resolução será materializada, mas quando estiver concluído o cenário das eleições, que no seu entender, não se realizarão este ano.

Jan 05, 22:14 Fonte:LAC

«Estabilidade económica foi consolidada», considera Aguinaldo Jaime

O desempenho da economia angolana foi positivo, segundo avaliação do Governo. De acordo com Aguinaldo Jaime,Ministro-adjunto do Primeiro-ministro, a estabilidade macro-económica foi consolidada apesar dos constrangimentos próprios de um país recém saído de uma guerra.

Em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA),Aguinaldo Jaime, disse prever que a taxa de inflação acumulada de 2005 venha a situar-se à volta dos 17 por cento, acrescentado que a mesma representa um ganho considerável em relação aos anos anteriores.

Na sua explanação, o governante disse, que existem países com uma economia mais estruturadas e que nem sempre conseguem atingir as suas previsões. No entanto, considera que obviamente no caso de Angola, é de saudar o alcance desta meta, uma vez que o país apresenta um sector produtivo ainda em fase de reconstrução e acabado de sair de uma guerra devastadora.

Aguinaldo Jaime salientou ainda, que o Governo continua envidar esforços, no sentido de obter recursos financeiros para a reconstrução das infra-estruturas do país.

Quanto aos empréstimos contraídos para financiar o esforço de investimento, Aguinaldo, disse que os mesmos representam enormes avanços, tudo porque têm servido para resolver os problemas que o país ainda enfrenta. No dizer do ex-responsável máximo do Banco Nacional de Angola (BNA), a opção por empréstimos bilaterais, é uma alternativa que o Governo teve de adoptar fase a indisponibilidade de outros apoios.

No que toca ao desemprego, o Ministro-adjunto do Primeiro-ministro, sublinhou que o Governo está a criar condições para que os mais variados sectores da economia não petrolífera, cresçam e possam gerar emprego. “O governo tem estado a esforçar-se no sentido de diversificar a nosso economia para que ela deixa de ser refém do sector mineral e que se assista ao ressurgimento dos sectores não petrolíferos da nossa economia ”-concluiu.

Jan 07, 19:11 Fonte:RNA

Angola's oil production continues increasing in 2005 www.chinaview.cn 2006-01-09 02:45:08

LUANDA, Jan. 8 (Xinhua) -- Angola, the second biggest oil producer after Nigeria in sub-Saharan Africa, continued to boast of a high crude oil production in 2005, representing 90 percent of the country's exports, 50 percent of the Gross Domestic Product (GDP) and 80 percent of its tax revenues.

According to Angolan Petroleum Minister recently, the country produces over 1.3 million barrels per day, agrowth reached since August 2005, thanks to the oil exploration onthe "Kizomba B" Platform in offshore block 15, and on the Bloc Zero.

He said 22 new wells were drilled in 2005 and Kizomba-B is now pumping 200,000 barrels per day.

Of five new wells being developed, four lie in ultra-deepwater Block 31, operated by British Petroleum with a 26.6 percent stake.Esso Exploration and Production Angola (25 percent), Sonangol (20 percent) and Statoil (13 percent) are the other main stakeholders in the venture.

Oil production in the southern African country has been increasing since 1980 and the production exceeds 700,000 barrels per day every year since 1998. The reserves of Angolan oil are estimated at 12.4 billion barrels.

In the implementation of projects for 2005, the Angolan oil sector was progressing with the projects of "Sanha Condensed" (Block Zero) and Benguela-Belize (Block 14), which have already passed from developing stage to production phase.

Mainly linked to offshore, the production of the Angolan oil has currently 35 blocs on the Atlantic ocean in three areas, namely less deep waters, deep and ultra deep waters.

ECONOMIC ENGINE

In 2005, the Angolan oil sector entered into an important stage,as the oil has reached 65 U.S. dollars per barrel in the international market, bringing about favorable results for the country's economy.

One of the results is that the dynamic of the oil price in the world market did not allow a deficit in the State Budget which was foreseen at the beginning of the year to happen, bringing the country, for the first time in 30 years, a budget surplus.

Angola plans to increase its crude oil production by around 50 percent by 2008. Production will be increased to 2 million barrels per day from 1.3 million, according to an official of the Angolan ministry's Licensing and Exploration Department recently.

Although Angola pumps about 1.3 million barrels of oil per day,Angola currently only has one obsolete refinery near the capital Luanda with a capacity of 40,000 barrels daily.

Therefore, the southern African country is also undertaking efforts to build refinery with its second oil refinery project in the port city of Lobito expected to be completed by 2010 as new investors have pledged to fund the delayed project from next year.

The new refinery is being built by Samsung of South Korea undera deal signed in 2000 and will produce enough fuel to satisfy Angola's domestic demand.

Now, Angola holds the current chairmanship of the African Petroleum Producers Association (APPA), and it will host a ministerial summit of APPA in March 2006, according to government officials. Enditem

Reflexões sobre a Mensagem de Ano Novo do Presidente da República Sem descobrir a pólvora, Jes reconheceu verdades já impossíveis de esconder

O Presidente José Eduardo dos Santos não fez nenhuma descoberta quando na sua mensagem de ano novo declarou que «os angolanos, embora tenham as mesmas oportunidades nos termos da Lei, continuam a viver realidades diversas».

Essa declaração do Presidente da República não é, insistimos, a descoberta da pólvora, mas tão só o reconhecimento de uma verdade que já não pode ser escondida. Uma verdade incómoda para quem como ele tem tido a responsabilidade de delinear as opções políticas do Estado e insuportável para os milhões de angolanos que assistem impotentes ao desfile ostensivo de um minúsculo clã de indivíduos conluiados para tomar para si as riquezas do país.

Já antes do discurso do Presidente José Eduardo dos Santos, é certo, os angolanos lamentaram a sua amarga sorte nos seus pobres lares ou no interior dos táxis em que andam entulhados como sardinha enlatada. Um debate que embora tenha estado a ocupar a mídia, ainda não foi adoptado pelas instituições com a determinação que se impõe.

É aí que reside o provável mérito do reconhecimento implícito que o Presidente da República fez do hiato de pobreza que divide a imensa maioria dos angolanos, de um reduzido e selectivo grupo de endinheirados que se enriquece à custa dos privilégios que obtém das instituições em que todos os angolanos se deveriam rever.

Cioso das suas responsabilidades públicas, o Semanário Angolense anunciou ao longo do ano passado os contornos dos processos de acumulação bruta de capital feita pelos representantes de certos grupos económicos, através da apropriação indevida de empresas estatais, da obtenção licenças de exploração e créditos bancários por meio do favoritismo, ou do domínio de informação privilegiada.

Este jornal demonstrou, sem nunca ter sido desmentido, como representantes da «nomenklatura» estavam a abocanhar muito rapidamente para si posições empresariais nos sectores de actividade económica mais susceptíveis de gerar riqueza, cruzando negócios entre eles.

Tais negócios abarcam o sector da construção civil, temporariamente beneficiado por um processo de obras públicas contado em várias centenas de empreitadas e concebido não no quadro de qualquer projecto patriótico, mas na base de um conluio político- partidário destinado a obter a reeleição do MPLA e a legitimação do poder do seu candidato presidencial.

Incidem sobre o sector das pescas, onde durante anos a fio, uma ex-titular andou a distribuir licenças com base em critérios administrativos, que habilitavam os beneficiários em função dos laços de parentesco e da preponderância política no seio das instituições governamentais e castrenses. A competência e a vocação eram postas de lado.

O sector diamantífero é outro dos que atraem a «nomenklatura» na sua propensão para «tomar de assalto» a economia angolana. Os critérios que orientaram esse processo foram igualmente selectivos e perversos como se explica no parágrafo anterior.

Mais recentemente, o sector petrolífero tornou-se no alvo dos vorazes apetites de enriquecimento dessa mesma elite.

Embora o concessionário nacional de hidrocarbonedos, SONANGOL, acabasse por legitimar a actividade das empresas detidas por representantes do poder governamental ou seus associados por intermédio de um concurso público internacional de que o apuramento foi conhecido em meados de Dezembro, muitas delas estavam constituídas e tinham operações em curso muito antes de observarem os procedimentos legais previstos para o efeito.

As telecomunicações receberam também a sua quota parte da cobiça dos tubarões, dos políticos que hoje se tornaram nos representantes do capital privado angolano, mas parece que a complexidade desse negócio tem-nos dissuadido de aprofundar a sua participação em tal sector.

Este último aspecto pode explicar a natureza parasitária da nossa classe de novos ricos. Os seus «investimentos» são projectados através dos conceitos do lucro fácil, evitando ou negligenciando os ganhos colectivos mais gerais que o povo angolano pudesse obter em resultado de investimentos sérios.

Com características rudes e perniciosas como essas, os representantes do capital privado angolano adoptaram uma actuação que os solidifica como classe. Eles cruzam negócios em vários sectores de actividade, podendo os nomes de dignitários respeitados do passado terem-se tornado vulgares no mundo dos negócios, exactamente por serem apontados na sua relação com várias empresas, em diferentes sectores.

Uma lista disso nunca seria, entretanto, exaustiva: é comum serem citados nomes dos generais França Ndalu, João de Matos e irmãos Faceira, ou ainda de políticos associados à situação como Maria Mambu Café, Noé Saúde, Desidério Costa, Pitra Neto, José Leitão, Higino Carneiro, José Pedro de Morais, Kundi Paihama, Afonso Van-Dúnem «Mbinda» e tantos outros.

A própria família do Presidente da República tem sido publicamente associada a esses processos de acumulação de riqueza, sendo notados os nomes de seus filhos, Isabel, Zenu e «Tchizé» dos Santos, assim como o de sua irmã, Marta. O clã de endinheirados envolve outras pessoas, mas não em proporções muito maiores do que aquelas que são aqui fornecidas. No entanto, 68 por cento dos angolanos vive com menos um dólar e 70 cêntimos por dia, e outros 28 por cento vivem com menos de um dólar por dia, segundo estatísticas do próprio Governo de Angola.

Se a declaração de José Eduardo dos Santos no seu discurso de fim de ano é o reconhecimento dessas diferenças, torna-se necessário solicitar-lhe que não se exceda nas conclusões a que chega, para que possa delinear um programa exequível para inverter a forma como estão disponíveis a oportunidades de obtenção de prosperidade no nosso país.

É que, nesse mesmo discurso, o Presidente voltou a fazer um reconhecimento, aquele de que «passamos todos por muitas vicissitudes (e) consentimos enormes sacrifícios para chegar onde estamos e em paz».

Nada mais trivial poderia ter sido dito hoje. Mas o Presidente pode ter-se excedido quando afirmou que «com o advento da paz, começamos a concretizar os sonhos que temos para nós e para os nossos filhos».

Na verdade, essa é uma frase que se aplica como verídica àquela minoria que é descrita ao longo deste texto, mas nunca àqueles 96 por cento dos angolanos que vivem no limiar ou abaixo da linha de pobreza.

Quer dizer: a trivialidade não é suficiente para formar o discurso de Estado. É necessária originalidade no pensamento político transmitido pelo PR, para que ele possa inspirar as opções estratégicas acertadas.

Futuros magnatas preparam primeiro assalto ao petróleo

Dia 31 de Março é a data-limite estabelecida pela Sonangol para recepção de propostas para um conjunto de blocos colocados no mercado em meados de Dezembro, após dois «road show» que funcionários da companhia fizeram em Londres e em Houston.

Dois meses depois, se tanto, saber-se-á quem ficará com quê. Nessa altura saber-se-á, também, se as companhias privadas angolanas que passarem pelo teste da Sonangol conseguirão, ou não, chegar à segunda fase, onde serão obrigadas a desembolsar largos milhões de dólares.

Foram admitidas pela Sonangol o Grupo Gema, SA, que reúne o vice-presidente do Mpla, António Pitra Neto, os juristas, Carlos Feijó e José Leitão, e também Simão Júnior, até há um ano patrão do grupo. A lista divulgada a 20 de Dezembro pela Sonangol inclui, ainda, a Acr, Angola Consulting Resources (liderada por Carlos Amaral, antigo vice-ministro dos Petróleos), Falcon Oil (de António Mosquito Mbakassy), O.C.P. Lda., Wodege - Sociedade Angolana de Petróleos e Minas Lda., e a ProdOil, SA (de José Godinho e Marta dos Santos, irmã do Presidente da República).

Destas seis empresas, apenas a ProdOil tem experiência em prestação de serviços, pois está ligada à Paragon num projecto para exploração de gás em Cabinda e somente a Falcon Oil tem experiência em matéria de exploração de petróleo.

Com efeito, a Falcon Oil Holding Panama, uma subsidiária do grupo Mosquito, obteve, a 29 de Maio de 1999, 10 por cento do bloco 33, de que também fazem parte a Esso- operadora e detentora de 45 por cento, a Sonangol (20 por cento) a Total (15), a Nir Angola e a Petrogal, cada uma com 5 por cento.

A Falcon Oil, como se sabe, não tem sido bem-sucedida. Nenhum dos furos exigidos por contrato produziu petróleo comerciável. Em contrapartida, os custos de participação na empreitada teriam chegado já a cerca de 30 milhões de dólares. Os termos da participação da Falcon Oil na nova licitação serão decididos pela Sonangol após 31 de Março. Em situação idêntica encontram-se todas as outras companhias angolanas e estrangeiras que se fizeram ao concurso lançado pela petrolífera angolana.

Além destas cinco companhias angolanas, todas não operadoras, vão a concurso 45 outras empresas, entre sul-africanas, brasileiras, chinesas, espanholas, norte-americanas, italianas, argelinas, norueguesas etc. etc.

Estas companhias concorrem aos blocos 1, 5, 6, localizados no baixo Congo e na bacia do Kwanza, e aos blocos 15, 17 e a parte por explorar do bloco 18, este em águas profundas. Fonte petrolífera disse ao Semanário Angolense que os blocos lançados ao mercado poderão gerar, só em bónus, qualquer coisa como um bilião de dólares. «Se tomarmos em conta que pela prorrogação do contrato do bloco 0, a Chevron pagou 300 milhões de dólares, e que pelo bloco 31, a BP desembolsou 210 milhões, teremos que admitir que se possa chegar à casa do bilião».

Concorrem para estas estimativas o facto de haver indicação geológica de que as partes por explorar dos blocos 15, 17 e 18, ora atirados à liça, serem comercialmente viáveis. «Se as partes iniciais destes blocos geraram cada uma cerca de 200 milhões de dólares, o que agora vai ao mercado valerá muito mais. Afinal, há mais concorrentes e o petróleo está duas vezes mais caro», disse a nossa fonte.

O valor das apostas e a carteira de negócios das companhias angolanas - convenhamos muito pequenas para encomendas petrolíferas - prometem fazer desta operação a mais politizada de todas as licitações. De acordo com um analista, desta vez pesam aspectos como o interesse do Estado acentuar a angolanização do negócio do petróleo e a limitação daquilo que os angolanos podem oferecer num concurso onde entrarão os maiores produtores mundiais de petróleo.

A solução, disse a nossa fonte, será o estabelecimento de «joint ventures» entre grupos angolanos e companhias estrangeiras. De resto, o grupo Gema, SA, estava em consultas adiantadas com o grupo chinês Ken Fat. Mas o facto de a Sonangol ter sido instruída a favorecer joint-ventures de que façam parte grupos angolanos seguramente que elevará a cotação das companhias angolanas. «Todo o mundo quererá fazer parceira com os angolanos. Logo, ninguém terá pressa em fechar negócio».

A lista aprovada pela Sonangol não inclui a Poliedro, de que fazem parte Roberto de Almeida, Bornito de Sousa, Ismael Martins, Desidério Costa, Celestino Dias, Noé Saúde, Ruth Neto, Pedro Filipe, Generoso de Almeida, Sousa Santos e Maria Mambo Café. De fora ficou, também, a Majofas que tem à testa Afonso Van- Dúnem «Mbinda», Brito Sozinho, Sílvio de Almeida, Silva Neto e Octávio dos Santos, sobrinho do Presidente José Eduardo dos Santos.

De fora ficou ainda a Somoil, SA, liderada por Desidério Costa e Alberto David. Esta empresa é detentora de 10 por cento do bloco 3/05 até então sob controlo da Totalfinaelf.

Actual política petrolífera inviabiliza bem-estar no porvir Angolanização dos petróleos tem que ser muito mais do que admitir umas quantas companhias angolanas na produção: angolanização tem que ir para além dos clientes de costume, aqueles que usufruem de todas as oportunidades

As oito empresas angolanas que se candidataram a desenvolver operações petrolíferas em Angola no quadro de um concurso público internacional promovido pela Sonangol, do qual se conheceram os resultados em Dezembro, ficaram apuradas para a fase seguinte. Elas terão que dar mostras da sua capacidade técnica e financeira até ao mês de Março.

Está aí a correr a todo o vapor um processo chamado de «angolanização» da indústria petrolífera em Angola, que já antes tinha feito com que o quadro de pessoal das petrolíferas estrangeiras fosse em grande medida coberto por técnicos nacionais. Agora é a vez da produção, com a abertura da indústria a empresas nacionais.

Provavelmente seja este um dos aspectos que fez com que o PR considerasse, com algum excesso, na sua mensagem de ano novo, que com a paz, os angolanos começaram a concretizar os sonhos que têm para si e para os seus filhos.

Mas analistas versados nos assuntos angolanos duvidam que com as empresas que tiveram aparente capacidade para se habilitarem nesse concurso sejam atingidos os intentos do Governo, por mais nobres que sejam. A sua relutância tem em conta o carácter parasitário de tais companhias.

«Angolanização dos petróleos tem que ser muito mais do que admitir umas quantas companhias angolanas na produção: angolanização tem que ir para além dos clientes de costume, aqueles que usufruem de todas as oportunidades» disse um desses analistas que acrescentou temer que como efeito perverso disso, «Angola passe a ser uma República cheia de dinastias».

Essa fonte denunciou o facto de algumas dessas companhias estarem a entrar para o mercado «à boleia» e «com custo zero», o que é proporcionado pela facilidade com que os seus titulares obtêm créditos preferenciais no sistema bancário, muitas vezes sob ordens de poderosos gabinetes governamentais do país.

Mais do que isso, a manter-se o carácter parasitário dos negócios dessa forma constituídos raramente oferecerá garantias de que num futuro próximo ou distante, quando as reservas petrolíferas angolanas estiverem esgotadas, as gerações vindouras venham a beneficiar do facto de Angola algum dia ter possuído tal recurso.

Segundo as fontes, «não se nota na política do Governo nenhum cuidado em deixar algumas reservas para as gerações vindouras. Pelo contrário, aqui, como noutras áreas, a política parece ser: quando o petróleo acabar, já não cá estarei, logo, não será problema meu».

«Se chegarmos lá nessas condições», prognosticam as fontes, «que ninguém tenha ilusões em como Angola será um país sem recursos de ponta». Mais: a perspectiva da existência de petróleo em águas ultra ultra-profundas, bem como nas bacias de Okavango (Kuando-Kubango) e Kassanje (Malanje), está a servir de argumento para uma aceleração «descuidada» da produção.

A fonte que chegou à conclusão de que Angola pode tornar-se num país sem recursos de ponta explicou que o Estado deveria impor às companhias petrolíferas angolanas a obrigatoriedade de, uma vez recuperados os investimentos, fazerem outros fora do sector petrolífero: três ou cinco por cento que fossem fariam a diferença e ajudariam a diversificar a economia.

Por agora coloca-se o problema das empresas angolanas que operam «à boleia» ou «a custo zero», poderem, por isso mesmo, tornar-se mais competitivas que as suas congéneres estrangeiras, pelo que estas últimas recusar-se-ão certamente a acatar uma decisão de tal índole.

Estas afirmações, recolhidas propositadamente pelo Semanário Angolense podem conduzir à conclusão de que nem só agora, no curto prazo, os filhos dos angolanos deixarão de ver os seus sonhos concretizados: os sonhos e aspirações das gerações vindouras a mui longo prazo também já estão a ser inviabilizados agora, pelas actuais políticas do Governo presidido por José Eduardo dos Santos.

Horóscopo para 2006

Pode parecer bizarro, pode parecer até um lugar comum, mas a agenda para 2006 será em parte dominada por factos que nasceram ou tiveram continuidade em 2005. E nem por isso, porém, se pode dizer que não haja qualquer interesse em rebuscar factos. Vejamos, por exemplo, como serão as relações entre o Presidente da República e o Presidente da Assembleia Nacional, ou como evoluirão as carreiras de José Pedro de Morais e de Amadeu Maurício. Oliveira Gonçalves, por exemplo, está a gozar de um estado de graça, que se espera não venha a sofrer sobressaltos. Mas já o mesmo não se pode dizer da dupla Samakuva-Chivukuvuku, ou Holden-Ngonda. Enquanto prevalecer o mistério em torno de Chivukuvuku, e o impasse na Fnla nenhum dos quatro terá sossego. Aqui, pois caro leitor, o horóscopo político para 2006.

JES vs Roberto de Almeida

O mais omitido e, se calhar, o mais subestimado de todos os pronunciamentos políticos do ano de 2005 pode esconder muita coisa. Pode marcar a cadência para a escolha do candidato do Mpla às próximas eleições. Pode, também, indiciar um desalinhamento entre o Presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, e um núcleo do Mpla de que faz parte o seu presidente. Explicamos: vão para aí 2 meses desde que o Jornal de Angola deu à estampa declarações de Roberto de Almeida dizendo que defenderia no Conselho da República o princípio de que as eleições presidenciais e legislativas deveriam decorrer em simultâneo e que ambas deveriam ter lugar em 2006. Este, como se sabe, não é o pensamento de José Eduardo dos Santos e de uns quantos que o rodeiam. De resto, JES tem sido reservado, empurrando, sempre que pode, a bola para a Comissão Nacional Eleitoral. Seja como for, o pronunciamento discreto de Roberto de Almeida pode significar muito mais. A haver eleições em 2006, este pronunciamento poderia «acelerar» a escolha de um candidato pelo Mpla. Logo, Jes seria forçado a abrir o jogo, seria forçado a acabar com o tabu e a provar que a declaração que fez há 4 anos e meio segundo a qual a geração dele «cumpriu o seu papel» ainda não caducou. Esta é a chaves de muitos problemas. Interessante é que Roberto de Almeida não voltou a tocar no assunto, acabando com uma visita médica a Londres e com isso tornou-se no grande ausente na cerimónia de condecorações. Não foi condecorado, nem condecorou o Presidente da República, como recomendava uma resolução da Assembleia Nacional. Interessante saber como será o próximo Conselho da República.

José Pedro de Morais vs Amadeu Maurício

Poucos ministros se podem gabar de terem tido desempenhos tão notáveis como tiveram os membros da equipa económica. A economia, de que depende tudo o resto, cresceu e ainda que não sintamos isso nos bolsos é bom notar que até o Fundo Monetário Internacional concorda connosco em como alguma coisa avançou. Porém, também é verdade que nenhum ministro trocaria de lugares com José Pedro de Morais e Amadeu Maurício. Ou seja, mais sucesso, mas mais problemas. Tantas acontecerem que Jpm já pode mesmo dizer que é um ministro «cacimbado», que já está ao nível de Flávio Fernandes, isto é, imune, impermeável, vacinado...Vejamos: o Mpla não saiu em sua defesa, mas Jpm «encaixou» sozinho as críticas por causa do escândalo que foram os preços dos carros do Primeiro- Ministro, do Presidente do Supremo e do Procurador- Geral da República. Antes disso ficou com a fama – e com o proveito, convenhamos – de que ele e «os seus», nomeadamente a prima Maria do Carmo tinham privatizado o pagamento da dívida pública. Repartiu com Amadeu Maurício a «patente» da conexão Angola do escândalo do «mensalão». Voltou a estar novamente sozinho quando a bancada do Mpla o forçou a um recuo por causa do Orçamento Geral do Estado. E estamos a falar de um ministro que conseguiu ver aprovados três Oge´s. José Pedro de Morais sobreviveu a tudo isso. Com a economia no estado em que está, ou seja no bom caminho, é pouco provável que José Eduardo dos Santos o venha a sacudir. De resto, Jes detesta a pressão, detesta que lhe digam o que deve fazer, mesmo quando tem todos contra ele. Jpm pode estar tranquilo que não será por aí que sairá do Governo. Mas também é verdade que neste país ninguém, com a óbvia excepção de Jes, pode garantir que Jpm sobreviva a um novo escândalo. E sendo um homem avisado, o ministro das Finanças deve ter em mente que crises desta natureza normalmente tendem a piorar uma vez mais, antes de melhorarem de vez...Veja-se os casos de Isalino Mendes, Flávio Fernandes, João Lourenço etc. etc. O «haraquiri» pode estar na «quinta coluna» que o seu próprio ministério ameaça pôr cá fora se ele levar adiante os propalados testes de avaliação. O filme segue dentro de momentos. Já o seu «compagnon de route», Amadeu Maurício, vive uma situação mais delicada. Não tem, pelo menos não aparenta, «estaleca» e «estofo» para aguentar grandes temporais. Por outro lado tem contra si o facto de o seu mandato como governador do Bna estar a chegar ao fim. Se José Eduardo dos Santos resistiu às pressões que se seguiram ao escândalo das contas depositadas em paraísos fiscais no decurso do qual o governador admitiu que não paga impostos, é pouco provável que o PR venha a condescender com a ideia de dar a Amadeu Maurício mais um mandato. É que a fazê-lo estaria a dar uma machadada na moralização da actividade dos governantes. 2006 pode ser o último ano de Amadeu Maurício no governo do Bna. Até porque ele próprio tem reiterado em círculos privados que está «farto» do cargo.

Oliveira Gonçalves

O treinador da selecção nacional ficou com as honras do sucesso do futebol em 2005. Mas como qualquer treinador sabe que o futebol vive de resultados, sobretudo quando o supervisor da selecção atende pelo nome de …José Eduardo dos Santos. Não se lhe exige que ganhe o Can e muito menos o Mundial, mas espera-se que em relação ao campeonato africano consiga o selo de «autenticação» que o nosso futebol precisa. Depois disso, os nigerianos poderão calar-se de vez...

Caetano de Sousa

Aqueles que, na oposição e no partido no poder, tomaram, outra vez, o juiz António Caetano de Sousa como um «yes man» podem ter tido a sua primeira decepção quando Adão de Almeida tornou público o chumbo da Cne à proposta do Governo para a realização do registo eleitoral em 3 meses. Apresentada pela primeira vez em privado, em Outubro, a divulgação pública das reservas da Cne pode, por um lado, dar a ideia de que as eleições não são para já, e por outro, acaba também e sobretudo por confirmar o conceito de personalidade própria que se espera da Cne. Esta pode ter sido a primeira contradição, mas outras mais seguir-se-ão certamente.

Samakuva vs Chivukuvuku

Já pareceu, até para a liderança da Unita, que quanto mais quieto Abel Chivukuvuku ficasse melhor seria para o próprio partido. O seu sumiço, em oposição à sua movimentação, representava um ganho, pelo menos assim pensava o núcleo duro do galo negro. A verdade é que ao invés de ajudar a amainar as coisas, o «black out» de Abel Chivukuvuku acabou por dar mais oxigénio a uma dúvida que nunca esmoreceu: ele vai ou não vai ao jogo? Como ele não se dispõe a responder , o seu silêncio vai entretendo os que gostariam de ver a coisa dirimida num congresso. Pois bem: aqueles que assim querem podem ver o seu desejo materializado. É que com as eleições gerais praticamente «empurradas» para 2007, a Unita antes de escolher o candidato, vai ter que escolher uma nova direcção, pois esta termina o mandato em meados do próximo ano. Aí Abel já não terá como se «esconder». Muita coisa poderá ficar alinhavada já este ano. Esperemos.

Holden Roberto vs Lucas Ngonda

Até há 2 meses acreditávamos que a Fnla não poderia ficar pior do que estava. O congresso não saía, o partido não tinha dinheiro, enfim a Fnla tinha batido no fundo. Mas depois de sabermos que o mais velho Holden Roberto tinha «levado no focinho» já nada nos surpreende. Se for inteligente, e porque já sabemos que do ponto de vista moral, político e físico Holden não aguenta Lucas Ngonda, o melhor que o líder histórico tem a fazer é iniciar um processo de reconciliação e poupar o outro lado da face. Quanto a Lucas Ngonda, tendo chegado onde chegou, deveria evitar a tentação de ganhar tudo de uma vez. Isto é, o título de presidente, a autoridade do cargo e o respeito dos que se lhe opõem. Por outras palavras: não tente humilhar o mais velho.

Mário Soares

Nada, absolutamente nada, na carreira de Mário Soares faria prever que um dia fosse dar o dito pelo não dito, isto é, voltar a concorrer às eleições presidenciais, depois de ter dito que não o faria. Afinal, deu, durante anos, a imagem de um homem animado mais pela política e pelo debate do que pelo exercício do poder. Batalhou pela democracia no seu país, empenhou-se na independência das ex-colónias, lutou pela europeização de Portugal, enfim, fez tudo o que se lhe pedia no seu tempo. Pelos vistos Mário Soares tinha uma outra noção de tempo. Aos 80 anos, e mais de 10 anos depois de ter deixado a política activa, volta a concorrer sob o pretexto de que o faz «pela mesma razão de sempre: Portugal». Mas as sondagens para as eleições do próximo dia 22 provam que nos últimos 10 anos Portugal sobreviveu sem Mário Soares e que o Mário Soares passou bem sem a política activa. É pouco provável que as coisas mudem.

Manuel Vicente

Ninguém neste país ignora que as grandes questões relativas ao petróleo - sejam contratos com as multinacionais, seja a atribuição de concessões a angolanos - são dossiers exclusivos do Presidente da República. O petróleo é, como foram antes os diamantes, os cargos no governo e nas embaixadas, o novo instrumento predilecto de José Eduardo dos Santos na gestão de interesses e de personalidades. Ainda assim, o Presidente do Conselho de Admnistração da Sonangol não vai conseguir evitar a pressão de todos quantos se julgam habilitados a um poço. À velocidade com que se formam «empresas petrolíferas» angolanas deixa antever um corrupio na sede da Sonangol...Haja paciência.

Movicel termina ano 2005 com presença em 15 provincias

Foto Divulgação

Luanda, 02/01 - A operadora de telefonia móvel da rede 912, Movicel, terminou o ano de 2005 com a instalação do seu sinal na província do Bié, perfazendo a 15ª província a beneficiar da tecnologia CDMA-2000-1x, restando apenas o Uige, Lunda-Norte e Cunene.

A Movicel afirma que o primeiro semestre de 2006 será a última etapa para a expansão dos seus serviços e para a cobertura total do país já que o grande objectivo dos últimos 12 meses - expansão do serviço para todo o território nacional - não foi cumprido dentro daquele horizonte temporal.

Das três metas eleitas como prioritárias, apenas duas foram materializadas: o aumento do número de clientes activos, tendo passado, em três anos, de 72 mil para mais de 400 mil e o aumento da cifra de lojas para 100. O novo plano de instalação do sinal prevê chegar a 42 municípios e atingir os 500 mil clientes dentro dos primeiros seis meses do próximo ano.

Entretanto, tendo Luanda como base do todo o sistema, a Movicel chegou já às províncias do Bengo, Cabinda, Zaire, Malanje, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Benguela, Lunda Sul, Namibe, Huíla, Moxico, Huambo, Zaire e Bié, onde foram instaladas estações rádio base, investimentos avaliados em mais de um milhão de dólares em cada destas regiões.

À medida que se instalava em cada província, a direcção da Movicel teve sempre uma preocupação com a situação social local, deixando ofertas em valores monetários para instituições sócio-culturais ou obras sociais de interesse para a população.

Em três anos de funcionamento, a operadora de telefonia Movicel investiu mais de 180 milhões de dólares norte- americanos na instalação de plataformas de rede e de serviços, em função da aposta na tecnologia CDMA-2000- 1x, que permite oferecer serviços de dados, voz e multimédia em todo o país.

Em função disso, o director-executivo da operadora, Francisco Basílio, perspectivou este ano, aquando do terceiro aniversário da Movicel, um balanço financeiro calculado em 150 milhões de dólares, mais 59 do que o período anterior.

A preocupação com a universalização dos serviços de comunicação tornando-os mais acessíveis, também esteve contido no esforço de redução de mais de 60 por cento do custo médio de telefones, promovendo a melhoria da qualidade dos equipamentos e a garantia de assistência pós-venda, por meio da dinamização dos canais oficiais de importação e distribuição a nível nacional.

Este esforço reflectiu-se nas diversas campanhas e promoções realizadas pela Movicel ao longo de todo o ano, tendo chegado o preço do telemóvel a menos de 60 dólares, contribuindo no acesso à comunicação móvel a um grande número de pessoas e a redução do índice de roubo de telemóveis.

Para isso, a Movicel lançou inovações no mercado, designadamente o número de borla, "Pacote kilapi" (venda de telefones a prestações), tarifa única (permite se comunicar para qualquer rede ao mesmo preço), telefone universal (engloba as tecnologias CDMA e GSM) e o serviço Movinet, que permite acessar à Internet através de um telemóvel.

Internamente, a estratégia de modernização dos recursos humanos resultou no crescimento de 120 efectivos, em 2003, para 350, em 2005, assim como no crescimento, em 300 por cento, do investimento na formação e qualificação do seu pessoal.

Segundo Francisco Basílio, a evolução dos recursos humanos na Movicel demonstra a aposta estratégica nos serviços de apoio ao cliente, (...) tendo contribuído para a criação de quatro mil empregos indirectos, através da sua rede de agentes e pontos de venda.

De acordo com a sua avaliação, o ano de 2005 foi positivo em função do crescimento que a empresa atingiu nos últimos três anos.

Nova Cimangola lança super cimento a partir do primeiro trimestre deste ano

Luanda, 07/01 - A empresa Nova Cimangola lança, a partir do primeiro trimestre deste ano, o super cimento, matéria-prima que será utilizada em obras de execução rápida e especiais como barragens hidroeléctrica e pontes.

A produção desta classe de cimento no país é fruto da entrada em funcionamento, em Setembro do ano transacto, do quinto moinho - maquinaria que permitiu já duplicar a produção da empresa.

De acordo com os gestores da empresa, o quinto moinho permitiu obter já cimento com uma resistência de 55 MPA.

Segundo os responsáveis, para corresponder às necessidades do país em termos de consumo de cimento, a empresa deve ter à disposição esta classe de cimento, porque surgirão obras que deverão ser executadas no mais curto espaço de tempo.

No quadro da modernização da fábrica, a Nova Cimangola adquiriu este moinho - de origem francesa, com a capacidade de produzir três mil toneladas por dia, facto que permitiu aumentar a capacidade de oferta de produtos ao mercado nacional. Os quatro antigos moinhos produzem apenas duas mil toneladas/dia.

Fruto do início da produção do quinto moinho, a Nova Cimangola duplicou a sua produção anual passando de 680 mil toneladas para um milhão e 400 toneladas, correspondendo a um aumento de 120 por cento.

Ainda na senda do programa de desenvolvimento da firma, nos próximos três anos, a companhia vai construir um novo forno de cimento, com capacidade de quatro mil toneladas por dia, por forma a diminuir a importação do "clinker"- matéria-prima fundamental para a produção de cimento.

Mensalmente a empresa necessita de 60 mil toneladas de clinker para a produção de cimento, mas os três fornos em funcionamento produzem apenas 30 mil toneladas, razão pela qual a Nova Cimangola tem feito recurso ao mercado externo, onde tem adquirido as restantes quantidades para suprir as necessidades.

Para a construção deste novo forno, a Nova Cimangola espera realizar investimentos avaliados em 200 milhões de dólares.

Ao contrário dos fornos actuais, que trabalham a via húmida (matéria-prima misturada com a água), o quarto forno será por via seca, facto que permitirá a empresa poupar 300 metros cúbicos de combustível por hora.

A primeira fase de implementação do processo de modernização da fábrica começou com a instalação do quinto moinho de clinker, maquinaria cujos custos orçaram em 27 milhões de dólares americanos. Este moinho está a produzir 120 toneladas de cimento por hora.

Actualmente, a Nova Cimangola produz apenas o cimento Portland da classe 42.5 MPA e o Filer da classe 32.5 MPA.

Realização da primeira reunião anual da APPA - destaque da semana

Luanda, 07/01 - O anúncio sobre a realização este ano, em Luanda, da primeira reunião anual da Associação dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPA) constitui o destaque da semana que hoje finda.

Segundo o ministro dos Petróleos, Desidério Costa, que falava na cerimónia de cumprimentos de ano novo aos directores das empresas petrolíferas, o evento será realizado no país por Angola ter assumido a presidência da organização continental dos estados produtores do crude e gás.

A reunião realizar-se-á em Março no Centro de Convenções de Talatona, que se encontra em construção na zona sul de Luanda.

Noutra vertente, o titular da pasta dos petróleos disse esperar em 2006 um total empenho da Sociedade Nacional de Combustíveis (Sonangol) e das suas associadas, tendo em vista uma maior interacção no sector, por forma a responder aos desafios de crescimento económico do país.

A recente aprovação, pelo Conselho de Ministros, do Protocolo de Cooperação Económica e Técnica entre os governos de Angola e da China é outro assunto de realce.

O protocolo, segundo uma das recentes edições do Diário da República, serve como meio de estreitamento e reforço dos laços de amizade e de cooperação entre os dois estados.

No sector de transportes, constituiu destaque a notícia sobre o início do processo de formação do pessoal da Transportadora Aérea de Angola (TAAG), que irá operar com as novas aeronaves de marca Boieng.

De acordo com o director do Gabinete de Comunicação e Imagem da Taag, Anastácio Fernandes, a introdução de novos equipamentos exige também uma preparação, requalificação e um aumento dos conhecimentos e dos quadros.

O processo de renovação da frota constitui o grande projecto da Taag para o ano de 2006 e, para o efeito, está prevista a entrega de duas aeronaves, designadamente um Boieng 777/200 e um outro 737/800, no princípio do segundo semestre do corrente ano.

«Jornais analisam Mensagem de Fim de Ano do PR», destaca a VOA em Revista de Imprensa

Grande parte dos semanários publicados na capital angolana analisaram as linhas principais da mensagem de fim de ano do Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos, extraindo dele várias leituras.

O Semanário Angolense, por exemplo, captou a preocupação manifestada por dos Santos em relação à distribuição do bolo, destacando por isso a pergunta manchete «A riqueza está mal distribuída? È obvio senhor Presidente!». Na sua capa com sete destaques ainda se pode ler o que por aqui se vai chamando a angolanização do ouro negro que mais não é do que o assalto que os eleitos estão a preparar ao petróleo. Depois, «Por obra e graça de Rui Neto e máfia, vistos e cartões de residente falsos já chegam aos 250.

«Melo "arruaceiro Xavier" privatiza Mussulo», «Ninguém consegue explicar onde foram parar os 22 milhões de dolares : direcção da TAAG está sob inquérito» e o «Vôo fatídico da gaivota negra», entenda-se a morte de Lurdes Van-Dunem encerram os destaques desta edição.

Ainda na senda do desbravar do discurso do Presidente da República, o semanário A Capital destaca «A nação continua à espera da definição do calendário das eleições» e sublinha no ante-titulo «O valioso presente que escondeu do povo».

A situação por que passam os Serviços de Migração e Estrangeiros também é destaque nesta edição d´A Capital com o título «O céu desabou sobre o tecto dos SME», sublinhado o ante-titulo «Chove muito dinheiro no reino de Quina da Silva», a directora destes serviços.

Analisada a geografia eleitoral da SADC, o jornal constatou que Angola e a República Democrática do Congo são os únicos países que não realizam regularmente pleitos eleitorais. Angola mais parece um tigre de papel.

O Independente tem mesmo uma certeza:«Eleições só mesmo em 2007». Lê-se no jornal que embora se não admita isso oficialmente, o conjunto de tarefas a executar para se fazerem as eleições, e a necessidade que o governo do MPLA tem de obras de impacto social e outras razões, levam a esta conclusão.

A saga da população da Baixa de Kassanje começou há 45 anos quando as autoridades coloniais arrasaram aquela localidade, não se verificando hoje, passado esse tempo todo sinais de qualquer desenvolvimento.

Os únicos operadores de telefonia móvel enlouqueceram: «Movicel e UNITEL "bandeirosos", falha no sinal esta a provocar transtornos aos seus clientes». No Kuanza- Norte há muito que se não consegue falar e em Luanda são muitos os problemas.

Segundo comandante da Polícia de Intervenção Rápida desaloja família no bairro da Precol, em Luanda, e o litígio já chegou às barras do tribunal. A corrida de fim de ano São Silvestre conheceu momentos de muita desorganização devido ao desrespeito de algumas normas da Federação Internacional de Atletismo.

No Folha 8 lê-se em grande destaque «Em 2006 Dos Santos quer superar Jonas», diz o jornal que o presidente angolano pretende fazer coisas boas no sul do país para eliminar mesmo o fantasma de Savimbi.

Em «O desperfil de um traidor» o jornal responde a Lucas Ngonda que atacou o Folha8 alegadamente porque este publicou artigos falsos sobre a sua figura. Na verdade tratou-se de uma lista de membros do ELNA, antigo braço armado da FNLA, em que ele e membros da sua família aparecem como candidatos ao grau de generais, esquecendo-se mesmo de Holden Roberto.«Eu sou do MPLA na FNLA», ironiza o jornal.

Um inquérito aos anseios da população angolana que outrora estava mais preocupada em encontrar segurança, levaram a conclusão e hoje mudaram de atitude e querem casa, escola e emprego. A morte de um agente policial na cadeia de São Paulo fecha os destaques do Folha 8.

Jan 06, 20:58 Fonte:VOA

Subsídeo pré-eleitoral provoca mudança de atitude dos Partidos Extra-parlamentares

Partidos políticos sem representação parlamentar recuaram na sua decisão de realizar manifestações de rua, por verem quase resolvida a questão relacionada com o pagamento do subsídio pré-eleitoral.

Segundo apurou a Voz da América, nesta sexta-feita, os partidos políticos estiveram reunidos com a comissão criada para dialogar com o Ministério das Finanças, tendo-lhes sido informados sobre as garantias dadas pelo governo. O secretário executivo dos Poc,s, Manuel Fernandes, acredita que até a segunda quinzena deste mês, o assunto poderá estar definitivamente resolvido.

«Neste preciso momento os partidos políticos desmobilizaram todas as acções que visavam a realização de manifestações de rua, na medida em que o assunto está a ser visto. Pelas indicações que temos, provavelmente até a segunda quinzena de Janeiro haverá uma solução positiva do assunto».

O dirigente dos POCs espera que haja seriedade por parte do governo no tratamento do assunto.

«Temos garantias que o governo está a trabalhar nisso e esperamos que haja seriedade por parte dos governantes deste país, na medida em que esta resolução foi eleborada em Agosto e até à presente data já devia ser executada».

Uma resolução aprovada pela Assembleia Nacional e publicada em Diário da República, em Setembro último, recomendava o governo no sentido de fazer, até ao final do ano passado, um estudo para atribuição de um subsídio pontual aos partidos políticos sem assento no Parlamento, mas os atrasos verificados na sua implementação levaram as formações políticas a ameaçarem com manifestações de rua, como vigílias e greve de fome defronte aos edifícios de órgãos de soberania.

Jan 06, 20:53 Fonte:VOA

Angola's oil production hits 1.3 million barrels daily in 2005

Angola's petroleum minister has disclosed that the country's oil production in 2005 reached 1.3 million barrels daily with the coming on stream of the Kizomba- B development in offshore block 15, local media reported on Friday.

Desiderio Costa, giving an appraisal of oil sector developments in 2005 to representatives from energy companies operating in Angola, said 22 new wells were drilled in 2005.

Kizomba-B is now pumping 200,000 barrels per day, the minister was quoted as saying.

Of five new wells being developed, four lie in ultra- deepwater block 31, operated by British Petroleum with a 26.6 percent stake. Esso Exploration and Production Angola (25 percent), Sonangol (20 percent) and Statoil (13 percent) are the other main stakeholders in the venture.

Desiderio Costa underscored to oil company executives the importance of the onset of gas production from oil platforms in block 0, which reduces pollution caused by burn-off and prevents wastage of an "important resource."

Angola is the second-biggest oil producer after Nigeria in sub- Saharan Africa.

Source: Xinhua

AFX News Limited Tullow Oil says Kabetula-1 well in Angola to be plugged, abandoned 01.06.2006, 03:20 AM

LONDON (AFX) - Tullow Oil PLC said drilling started on the Kabetula-1 prospect in Block 10, offshore Angola, on Dec 22 but that the well will be plugged and abandoned after no hydrocarbons were found.

The company also said it concluded a farm-in agreement with Ocean Angola Corp, a unit of Devon Energy Corp, to assume a 15 pct interest in Block 24, also offshore Angola.

Block 24, which is operated by Devon Energy, is situated immediately to the west of Block 10, where Tullow also has a 15 pct interest.

'The recent exploration wells on Blocks 10 and 24 demonstrate the high risk nature of exploration in the Southern Kwanza Basin,' said chief executive Aidan Heavey.

'However, the entry into these large blocks, which are likely to yield further high impact prospects, is part of a long-term commitment by Tullow to building a business in Angola,' he said.

Tullow gets farmout in block off Angola

By OGJ editors HOUSTON, Jan. 9 -- Tullow Oil PLC has completed a farmout agreement with Devon Energy Corp. subsidiary Ocean Angola Corp. to take a 15% interest in Block 24 in the Southern Kwanza basin off Angola.

The 4,763 sq km block, operated by Devon, is covered by good quality 3D seismic data. It lies in 750-1,600 m of water west of the adjacent Block 10, in which Tullow recently participated in two wells, having acquired a 15% interest in a farmout from Sonangol P & P.

In the northeastern area of Block 24, the Kabetula-1 well, drilled to test a Lower Miocene objective, reached 1,818 m TD on Dec. 30, 2005, but did not discover hydrocarbons. It is being plugged and abandoned.

Deputados vão ouvir jornalistas sobre a nova Lei de Imprensa

Parlamentares angolanos vão reunir-se proximamente com as diferentes associações de jornalistas para ouvir as suas opiniões sobre o projecto da nova lei de imprensa.

Segundo apurou a Voz da América, o encontro está agendado para o dia 12 deste mês, antecedendo assim o debate parlamentar sobre o mesmo assunto, que poderá ocorrer antes do final de Janeiro.

Entre a classe de jornalistas e não só, existe uma enorme apreensão sobre a nova lei de imprensa, havendo mesmo quem considere o diploma como bastante penalizante.

O jornalista Siona Casimiro, do Instituto de Comunicação da África Austral-MISA Angola, diz que o documento contém muitas armadilhas e mantém uma abordagem crimonogénia da informação.

"Este projecto está cheio de dispositivos penalizantes, porque algumas pessoas entendem que a informação tem muito carácter de crime. Isto acontece numa altura em que no mundo inteiro há uma grande campanha para descriminilizar os pecados de imprensa e tratá-los ao nível do cível."

Uma outra preocupação manifestada por Siona Casimiro prende-se com a carteira profissional. O projecto da nova lei de imprensa estabelece uma dependência estrutural da comissão da carteira e ética ao Conselho Nacional de Comunicação Social.

"O Conselho Nacional de Comunicação Social é uma entidade com missão própria e a Comissão de Carteira e Ética é o órgão responsável pela nossa identidade. Porque deverá ser incluído no CNCS que é um órgão hiperpartidário e como sabemos todos que quase não funciona?"

Siona Casimiro receia ainda que se o projecto de lei de imprensa for aprovado como está, a extensão do sinal da Rádio Ecclesia a todo país não estará resolvida, tendo em conta a introdução no diploma de um clásula que proíbe a utilização de emissores repetidores de frequência modelada.

"A nova lei de imprensa submete a uma série de procedimentos onde o poder administrativo poderá utilizar, como tem utilizado até aqui, a sua arbitrariedade".

Esta preocupação foi manifestada igualmente pelos bispos católicos de Angola, numa declaração divulgada recentemente em Luanda.

No documento, os bispos consideram a nova lei de imprensa conflituosa e contraditória.

Jan 04, 23:58 Fonte:VOA

Mensagem do Presidente do FCD para o Povo de Cabinda

Estimados compatriotas e irmãos cabindas: Decorridos um ano e meio desde a unificação da Flec e a instituição do Fórum Cabindês para o Diálogo, as ocorrências que tiveram lugar dentro desse espaço de tempo e o findar do ano que se anuncia constituem uma oportunidade para, com grande prazer, dirigir-vos essa mensagem, desejando antecipadamente a todos um feliz Natal e votos de um Ano Novo de concórdia, de diálogo, de paz e de prosperidade para todos.

2005 foi mais um ano de grandes tribulações que abalaram os ânimos de muitos mas esperamos que 2006 traga garantias de paz, consolação e tranquilidade para todos. Estamos cientes do sofrimento e da miséria que continuam a assolar o povo. A nudez, a fome, o desemprego, a falta da assistência médica, a falta de água potável, e todas as condições precárias da vida em geral. Estamos cientes da situação dos detidos e encarcerados por razões políticas.

Garantimos a todos que o actual panorama político, social e económico de Cabinda nos preocupa pelo que, nos empenharemos sem relaxe na busca de soluções para o fim do conflito que será também o início do fim destes males. Apelamos a todos para mais coragem, mais confiança e mais serenidade.

Conseguimos unificar a Flec na cidade Holandesa de Helvoirt em 2004 e instituímos o Fórum Cabindês para o Diálogo com Angola, pelo qual fui indigitado como presidente. Os participantes da cimeira de Helvoirt instituíram o Fórum Cabindês para o diálogo como instrumento de negociações políticas, diplomáticas e militares com Angola, a fim de se alcançar a paz para Cabinda. A sua missão e responsabilidades são de carácter congregacional e reconciliatório, e é só nessa condição que poderemos tirar desse Fórum os dividendos da paz, por meio de negociações bem preparadas serenas e sérias.

É nesse quadro de preparação que desejava inscrever os esforços do Fórum, ao dirigir-me em Junho de 2005 na Europa, juntos das autoridades políticas dos países amantes da paz e da justiça em busca de apoios políticos e diplomáticos para a abertura das negociações. Esperava obter o envolvimento político e diplomático de tais autoridades para que as negociações com o governo fossem abertas no mais curto espaço de tempo. Infelizmente ocorreu a minha detenção e a minha agenda deixou assim de ser cumprida.

Fiquei um pouco apavorado mas a mobilização interna e internacional que a minha detenção moveu, deixou-me confiante perante a justiça holandesa que, com objectividade e imparcialidade soube acolher positivamente essa mobilização como factor concorrente à minha absorção e soltura. Senti o amor, a confiança e a solidariedade que beneficiei do povo em geral, das igrejas, padres e pastores e dos amigos de Cabinda. Senti e sinto-me até agora feliz por este facto e mais motivado em não poupar nenhum esforço para o cumprimento dos objectivos do Fórum, em benefício exclusivo do povo de Cabinda.

Não me desloquei para Europa por razões ligadas ao meu interesse pessoal e não fui lá detido por motivos também pessoais. A minha deslocação e detenção ocorreram no âmbito do exercício das minhas funções e responsabilidades políticas, como presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo com Angola.

Manipulações de múltiplas espécies ligadas à relações obscuras entre vários protagonistas estiveram na base do incidente. Mas, de tudo o que teria acontecido só considero o apoio que beneficiei do povo e o desfecho que o assunto teve. Fui absolvido da justiça pelo tribunal para prosseguir com os trabalhos do Fórum. Tudo o que fiz, faço e terei que fazer será só e somente dentro deste contexto.

Evoluímos no exílio há mais de 30 anos, desde o início da nossa luta armada em 1975 sempre junto do povo e dos combatentes. Temos sido testemunhas das vicissitudes, dos vitupérios e vilipêndios que fomos sendo vítimas, por falta de uma leitura política objectiva e de um aproveitamento diplomático responsável das oportunidades conjunturais favoráveis que tivemos no passado.

Forjamos a história da nossa luta desde a primeira hora e nela continuamos até agora. Investimos nela toda a nossa mocidade na esperança de um futuro melhor para nós e para os nossos filhos. Não nos interessará hoje fechar as portas ao diálogo pois nem a actual direcção que o mundo toma e nem as opções políticas dos actuais estados e governos da nossa região nos dariam razão.

A paz é imprescindível para o nosso povo e é só com o diálogo que a poderemos conseguir. Consideramos que o momento já não é mais para intrigas nem discrepâncias entre nós. Temos grandes desafios a fazer face e para o efeito a unidade é imperiosa. No passado vivemos suspeições, críticas infundadas e acusações injustificadas. Cremos que, tivemos todos a oportunidade de constatar que tais práticas só atrasaram a luta e os seus objectivos. Ninguém tirou benefício disso pois contrariamente Helvoirt teria sido uma mera ficção. Alcançamos a unidade por meio de grandes e pesados sacrifícios, por isso ela é sagrada, veio para ficar e ficará. Não devemos permitir nem aceitar mais que alguém nos distraia ou nos meta de novo na confusão. Estejamos vigilantes e determinados em defender a unidade e o diálogo. Ela constitui a melhor opção pois corrobora com a opção política actual defendida pela Comunidade Internacional para o fim dos conflitos tanto na nossa Região como noutras partes do mundo. Os nossos esforços devem convergir para o diálogo.

Sabemos que o Povo deposita-nos confiança e é por causa disso que sempre desprezamos e desprezaremos tudo o que tender para os nossos interesses individuais para nos debruçar exclusivamente na promoção e na defesa dos seus interesses. Essa foi e será sempre a nossa posição pois ela constitui a nossa visão e a nossa filosofia política quanto à gestão da Coisa Pública. O nosso combate à corrupção, à traição e a todos os anti- valores é legendária, uma aposta e um autêntico desafio contra o actual estado caduco de coisas que conduz os nossos estados e nações ao desmoronamento, à pobreza e à miséria indescritíveis.

Unidos e confiantes uns com os outros saberemos melhor defender os nossos direitos e liberdades e melhor poderemos preservar e garantir os nossos interesses.

Que o novo ano de 2006 seja para todos um ano de paz e de início de tranquilidade para cada um de nós.

Que o Bom Deus Nosso Pai e Senhor e Cristo nosso Redentor assegure a todos maior serenidade nos desafios que se apontam no horizonte e que nos concedam mais lucidez, ponderância e compenetração em volta dos penosos assuntos que nos esperam.

Viva o Povo de Cabinda Viva a Paz

António Bento Bembe Presidente

Jan 05, 14:40 Fonte: AngoNotícias

Luanda vai albergar reunião de produtores petrolíferos africanos

O Centro de Convenções de Talatona, em construção na zona sul de Luanda, vai albergar em Março do ano em curso, a primeira reunião anual do Conselho de Ministros da Associação dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPA), anunciou hoje, na capital angolana, o ministro do sector, Desidério Costa (na foto).

O Governante, que falava na cerimónia de cumprimentos de ano novo aos directores das empresas petrolíferas, realçou que a realização do evento acontece no país, por Angola ter assumido a presidência da organização continental dos estados produtores do crude e gás.

Igualmente para o ano de 2006, o titular da pasta dos petróleos disse esperar um total empenho da Sociedade Nacional de Combustíveis (Sonangol) e das suas associadas, tendo em vista maior interacção no sector, por forma a responder aos desafios de crescimento econômico do país.

Das realizações do ano transacto, o ministro destacou, entre outras, o inicio de produção do ``Kizomba B`` (Bloco 15), com 200 mil barris/dia, ``o que permitiu um aumento de produção acima de um milhão e 300 mil (1 300 000) barris diários.

Outra tarefa que mereceu realce de Desiderio Costa foi a transferência das operações do Bloco 3/80 para a Sonangol P&P, no âmbito do crescimento dessa empresa, de capitais públicos, como operadora.

Em 2005, o sector petrolífero em Angola efectou um total de vinte e duas perfurações em poços, sendo 12 de pesquisa e dez de avaliação. Dos poços de pesquisa, foram realizadas cinco descobertas comerciais, sendo quatro delas no bloco 31.

Jan 05, 21:30 Fonte:Angop

Why Brazil and friends want the world to listen By Mohamed El-Erian Published: January 4 2006 21:08 | Last updated: January 4 2006 21:08

Brazil flagBrazil’s decision to pre-pay its outstanding debt to the International Monetary Fund and the governments of the Group of Seven industrial nations says a lot about the country’s improving circumstances. But it also points to the more confident fashion in which emerging countries are evolving in the world economy. This presents a challenge to more traditional international economic players, such as the G7 and the IMF, in adapting to the new structural realities of the global system.

Less than a year before a presidential election, Brazil has chosen to use part of its foreign exchange holdings to repay all its liabilities to the IMF and members of the “Paris club ” of country creditors. The decision reflects the rapid improvement in Brazil’s international reserve position, driven by a large trade surplus, growing influx of foreign direct investment and high portfolio flows.

It is also the result of prudent financial management which, consistent with the country’s growing wealth, now emphasises more sophisticated asset-liability management techniques.

Underlying Brazil’s decision is its growing economic self-confidence. Sound macroeconomic management, anchored by a cautious fiscal regime and responsive monetary policy, is increasingly hard-wired into the socio-political framework. The need for external financial support is lessened by the country’s growing ability to “self insure ” – through large reserve holdings and a declining and less volatile stock of debt.

This phenomenon is not limited to Brazil. It is also evident in a number of other emerging economies and will likely spread further. As a result, several countries will probably join the “Brics ” (Brazil, Russia, India and China) in having greater influence on global economic and financial flows. This is particularly true for oil exporters and, to a lesser extent, for Argentina, which is also pre-paying the IMF.

The growing self-confidence among an expanding group of emerging countries raises interesting challenges for the traditional international economic order. This is most apparent in the case of the IMF. By eliminating long-standing creditor-debtor relations, which anchored frequent policy reviews, the pre-payments are affecting the conventional mechanism by which the institution has interacted with emerging countries. As a result, the IMF is working hard to establish itself as a “ trusted adviser ” for these countries. This centres the more voluntary policy discussions on the economic challenges that the countries face rather than just being part of the “exceptional provision ” of financing by the IMF.

The pre-payments also affect the IMF’s internal budget: the smaller the stock of outstanding claims on emerging economies, the lower the institution’s ability to generate net interest earnings to fund its range of activities. To the extent that the reduction in emerging economies’ reliance on IMF financing is structural in nature, and I believe it is, the greater the need for the Fund to find more sustainable sources of revenue. This will require spreading the net over a larger base of activities, with all the political manoeuvring that inevitably accompanies significant modifications in the international distribution of funding burdens.

The growing self-confidence of emerging countries is also reflected in their greater assertiveness in international economic deliberations. In addition, they are more vocal in questioning global governance structures, including their under-representation on the boards of multilateral institutions and limited access to the periodic deliberations of the G7 on global policy matters. Some industrial countries may view this as disruptive stubbornness while some emerging economies may see it as correcting long-standing inequalities. Fundamentally, it is a reflection of structural forces that are influencing the global system, and which require national policy changes.

For industrial countries, this involves greater responsiveness to the legitimate aspirations of emerging economies. For emerging economies, it involves being patient in agreeing to a gradual (as opposed to a “ big bang ”) adjustment in the distribution of international economic entitlements.

All countries need to adjust gradually to the new structural realities of the global system. In so doing, they will contribute to high global growth, a correction in international imbalances and an orderly realignment of trade volumes and prices. If they fail to do so, the global economy will be more vulnerable to a disorderly adjustment that involves a decline in living standards overall and disruptions in certain financial markets.

The writer is a managing director at Pimco, the investment management firm Latin America News Digest

January 3, 2006

Brazilian Eletrobras To Invest $600 million in Hydroelectric Plant in Africa

Brazilian federal electricity holding company Centrais Eletricas Brasileiras (Eletrobras) plans to invest some $600 million (513 million euro) in the construction of a 560 MW hydroelectric plant between Angola and Namibia, the company reported on December 29, 2005.

The plant will be built in cooperation with Brazilian construction company Odebrecht and engineering company Enegevix Engenharia.

Eletrobras also plans to build a 240 MW hydroelectric plant on the Lampa River in El Salvador in 2006. The company did not disclose any financial details of the project.

Eletrobras, through its subsidiaries Furnas and Eletrosul, won tenders for the construction of four power plants in Brazil on December 16, 2005. The company projects 5.0 bln reais ($2.24 bln/1.915 bln euro) investments in the four plants, in transmission lines maintenance and in the modernisation of its plants in 2006.

Brazilian National Social and Economic Development Bank (BNDES) is expected to extend financing for Eletrobras projects, upon receiving the country's National Monetary Council (CMN) authorisation.

Jornal de Angola

4 de Janeiro

BNA quer crédito mais baixo

O Banco Nacional de Angola vai afinar os seus instrumentos no sentido de influenciar os bancos comerciais a reduzirem os custos do crédito este ano. Actualmente as taxas praticadas variam entre os 8 e 12 por cento (salvo algumas excepções), o que tem causado reclamações de empresários que buscam empréstimos para desenvolverem os seus negócios.

Segundo o governador do BNA, Amadeu Maurício, uma das saídas poderá ser a taxação das margens de lucros dos bancos comerciais, como método indirecto de penalização. A ideia é estabelecer regras no mercado no sentido de influenciar a taxa de juro (o preço do dinheiro).

Numa economia liberalizada, como é o caso de Angola, não é fácil agir nesta situação, de acordo com o governador. Por isso, até hoje, a autoridade monetária influenciou muito pouco nas taxas de juro, uma situação que vai mudar este ano.

Pretende-se, com isso, que haja uma taxa indicativa de mercado, mais regulável e ajustável pelo Banco Central, que passa a ser um agente activo da negociação. Assim, os bancos comerciais estarão orientados para uma taxa definida na negociação entre eles e o Banco Central.

Para Coutinho Miguel, do Banco Sol, as taxas praticadas pela maioria dos bancos comerciais, que vai dos 8 aos 12 por cento, ainda é muito alta, o que cria receios aos investidores. O economista acredita, por isso, que a aplicação de taxas de juros mais baixas e competitivas podem servir de elemento catalisador para a economia nacional.

Já Fernando Teles, do Banco Internacional de Crédito, afirma que actualmente os empresários já não se podem queixar do custo do crédito. No caso do BIC, por exemplo, a taxa mínima está fixada em 5 por cento (três pontos abaixo da mínima do mercado).

MOYDOW MINES INTERNATIONAL INC. TSX: MOY AIM: MOY INDUSTRY: Mining

Moydow Acquires Kimberlite Licence on Dala Project in Angola

TORONTO, ONTARIO--(CCNMatthews - Jan. 3, 2006) - Brian Kiernan, President and CEO of Moydow Mines International Inc., (TSX:MOY)(AIM:MOY) announced today that Moydow has signed an agreement with the Angolan state diamond company, Endiama, to explore for kimberlitic or primary diamonds on the Dala Licence in Angola.

The Dala Licence comprises some 3000 square kilometres and is located in the Lunda Sul province of Angola, bordered to the north by the town of Saurimo. The project is also bordered to the west and east by the BHP/Petra Diamonds' Alto Cuilo and Muriege diamond properties, respectively and is 40 kilometres south of the Catoca Mine, the world's fourth largest diamondiferous kimberlite pipe.

Moydow has been active in Angola since 2004 when it obtained the rights to exploit alluvial diamonds on the Dala Licence. During the course of the alluvial exploration on the property, mounting evidence pointed to the existence of kimberlitic bodies within the licence area. In September 2005 the Company flew an aeromagnetic survey of the licence area which identified several anomalies which are considered prospective. It is in these areas that Moydow will concentrate its exploration efforts in the coming months.

Mr Kiernan said " We are extremely excited about this new phase of our work in Angola. The Dala Licence is probably one of the most prospective areas for kimberlitic diamonds in the whole country, and we are exploring aggressively on the property. We have already prioritised several targets for ground based follow up work and we expect that we will be drilling in the next several months. Already the indications are that there is the potential for some very significant kimberlitic bodies on the property."

Under the terms of the agreement, Moydow and its strategic partner, Concord Minerals LLC will hold a combined 40% interest in the kimberlite licence. Endiama will have a 51% interest and the balance will be held by the local Angolan partner.

Moydow Mines is engaged in the acquisition, exploration and development of mineral properties worldwide. Corporate information is available on the Company's website www.moydow.com. Moydow Mines International Inc is listed on the Toronto Stock Exchange and the Alternative Investment Market in London under the symbol "MOY".

A MANIFESTAÇÃO DOS CUPAPATAS NA VERSÃO DA POLÍCIA {ts '2006-01-03 00:00:00'}

O director da Unidade Operativa na região, subintendente Fernando Maçon, referiu esta versão hoje ao correspondente de imprensa, desmentindo os rumores.

Negou que as suas forças tivessem morto um dos tais taxistas (motoqueiros ou cupapatas) provocando, depois o protesto generalizado dos companheiros.

A sua corporação lançou, sim, uma operação de apreensão das motorizadas para instaurar a ordem na sua exploração comercial. Quer a devida legalização destes veículos e os respectivos donos passarem a ter a documentação e a ferrammenta necessárias como livrete, carta de condução, capacete de protecção, etc.

«Nós também vamos conversar com eles para que se crie uma associação de motoqueiros, dos cupapatas. Eles vão ter que se filiar nessa associação», acrescentou o oficial, ao defender a necessidade de interlocutor regular dos exploradores das motorizadas junto da sua corporação.

Os motoqueiros assediaram a unidade da policia de transito no Huambo a semana passada, em protesto às apreensões dos seus meios. A operação somou 267 motos detidas pela Polícia, a qual prometeu devolve-las aos proprietários regulares a partir de hoje. De acordo com os motoqueiros, a gota de água que fez transbordar o vaso foi a morte de um companheiro seu durante a operação.

Na verdade, o referido elemento, de nome Alexandre Cassoma, não morreu e nem era motoqueiro, É, sim, conforme se identificou perante a imprensa hoje, «um funcionário público» cujo organismo não discriminou. Ele contou que circulava com a sua moto que nem fazia táxi quando foi interpelado pela Polícia,. A interpelação assustou-o e caiu na altura da sua moto, incidente que degenerou em alguma confusão no local.

AUTÓCTONES RECLAMAM UMA PROVÍNCIA DA BAIXA DE CASSANGE {ts '2006-01-03 00:00:00'}

«É chegado o momento da dotação financeira do Orçamento Geral do Estado (OGE) ser aumentada para aquela região», defendeu o presidente da Associação de Desenvolvimento da Baixa de Cassange, José Lundu Fufuta, ao reforçar a reivindicação de se instituir uma província própria.

Salientou a extensão do seu perímetro, a cavalo actualmente entre as províncias de Malange e da Lunda Norte, além de que, frisou ainda Fufuta, a política de desenvolvimento tem sido pouco sentida pelas comunidades da mesma região.

«Em vários municípios faltam escolas, hospitais e outras infra estruturas básicas de apoio as populações locais. São milhares de pessoas, que apesar do esforço, estão a viver mal», acentuou ainda.

Na Baixa Cassange, a 4 de Janeiro de 1961, milhares de pessoas foram assassinadas pelo regime colonial português, ao reprimir o protesto dos camponeses nativos, produtores de algodão, contra o baixo preço do seu produto.

O governo instituiu a data como um feriado nacional sob a designação de "Dia dos Mártires da Repressão Colonial". Programou celebrar amanhã o acto central da efeméride no município de Quela , 110 km a Nordeste de Malange. A tutela política do movimento continua controversa, pois dividida entre o MPLA, o actual partido no poder, a UPA (formação predecessora da FNLA, na altura deveras a força mais activa no terreno) e os colonialistas que alegaram ter sido algo de espontâneo e apenas sócio-económico.

Xinhua News Agency

January 2, 2006

Opposition leader calls on Angolans to "insist" on holding elections in 2006

The leader of the main opposition the National Union for the Total Independence of Angola, Isaias Samakuva, has called on Angolans to "insist" on the holding of post-civil war legislative and presidential elections in 2006.

Local media on Monday quoted Samakuva in his New Year's speech as saying "let us insist and mobilize for elections of change to take place in 2006 in a respectful, peaceful and democratic manner. "

Samakuva said that "the government's reluctance to define a temporal horizon of reference for the elections must bow to the will of the people who have already set 2006 as the year of the elections."

He said he believed it was still possible "to create all the conditions" for "just and impartial" polls this year.

Angolan President Jose Eduardo dos Santos, in his own New Year’s address to the nation, urged electoral authorities to move ahead with voter registration as "quickly as possible," promising he would set elections dates "in timely fashion" once that process was concluded and he had consulted his Council of the Republic.

Kwanza vai manter-se forte em 2006

A moeda nacional, o Kwanza, vai manter-se forte durante o ano de 2006, segundo o Governador do Banco Nacional de Angola Amadeu Maurício, para quem “nada indica que a valorização vá alterar a estabilidade económica alcançada ”.

Nos últimos 60 dias de 2005, houve uma apreciação na ordem dos seis por cento e o dólar manteve-se no patamar dos 80 kwanzas. Para Amadeu Maurício existem condições para o Kwanza manter a paridade. “ Como é nosso objectivo preservar o valor, temos de encontrar mecanismos para alternativa aos métodos que temos aplicado até agora ”.

A economia angolana é sustentada, principalmente, por um sistema de arrecadação de cambias. Na sua receita global, uma componente elevada vem da importação de capitais. Ela é feita pela importação de capitais para aquisição de moeda local e pagamento de impostos pelas companhias petrolíferas. O dinheiro é canalizado para o Banco Central e constitui depósito para o Tesouro executar o orçamento.

Através de leilões, o BNA vende as divisas para constituir fundo em moeda local que são os meios que o Tesouro tem para o orçamento. Se antes estes valores eram inferiores às necessidades da economia angolana, o cenário hoje é diferente: existe uma oferta significativa de recursos em cambiais que pressionam o preço da divisa. Quer dizer que há maior oferta de moeda estrangeira (dólar), logo uma apreciação da moeda nacional.

Para o governador do BNA, a economia angolana não tem dimensão suficiente para absorver todos os cambiais colocados à disposição. Pois, a partir do momento em que aumentaram as quantidades de petróleo e com a escalada do preço, existe maior disponibilidade de divisas.

Mas a valorização de uma moeda também pode ser prejudicial para a economia. Segundo Amadeu Maurício, o BNA está a trabalhar para que as mudanças não produzam efeitos negativos à economia.

“ Num determinado país, se há uma apreciação da moeda, há prejuízo para a indústria deste país, porque vai penalizar a indústria local a favor da importação. A importação fica mais barata e concorre deslealmente com os bens produzidos internamente ”, sublinha.

Mas este não é o caso de Angola, segundo o governador. “ Angola não tem o sector industrial suficientemente desenvolvido. Por isso, a valorização da moeda nacional pode ser benéfica na medida em que as importações são, fundamentalmente, em bens de equipamentos e matérias primas. Pelo efeito da redução da taxa de câmbios, beneficiam de menores custos nessa altura, o que acaba por ser positivo ”.

Amadeu Maurício chama a atenção para a necessidade de se alterar o processo num período curto de tempo. “Num horizonte mais dilatado, temos de olhar com mais cuidado e ver outras formas. Vamos certamente ter de alterar a forma como procedemos no mercado de câmbios e vamos ter de alterar muita coisa a nível da gestão, em termos da política monetária e a sua ligação com a política fiscal” , frisou.

Jan 03, 13:25 Fonte:Jornal de Angola (Cândido Bessa )

Partidos Extra Parlamentares ameaçam com manifestações de rua

A não atribuição dos subsídios prometidos aos partidos políticos poderá dar motivo para as primeiras manifestações políticas de rua deste ano, a fazer fé nas advertências feitas pelos partidos da oposição sem assento no parlamento nos últimos dias de 2005.

Depois da Plataforma Extra-parlamentar que se havia pronunciado nos mesmos termos, os POC igualmente entendem ter terminado a moratória dada ao governo pelo que não restará outra alternativa senão avançar para manifestações de protesto.

O líder da coligação, Manuel Fernandes, diz mesmo que serão manifestações de grande envergadura. «Vamos apresentar esta inquietação de indignação e vai ser um processo de manifestações. Não vai ser só um acto mas vários. Vamos ter vários actos. Se formos para uma manifestação em forma de vigílias não sabemos que proporções elas terão». Nesta entrevista à Voz da América deu para perceber que os POC´s e a Plataforma Extra-parlamentar que há bem pouco tempo pareciam distanciadas uma da outra, passaram a defender os mesmos propósitos.

Manuel Fernandes revelou a este respeito que as duas coligações estão agora de acordo em como devem integrar a CNE como observadores. Segundo a fonte os POC´s vão indicar nos próximos dias o seu membro para se juntar aos quatro representantes já eleitos pela Plataforma Extra-Parlamentar.

Jan 03, 13:46 Fonte:VOA (Venâncio Rodrigues)

China aumentou comércio com países de língua portuguesa em 25,9% até Julho

As trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa cresceram 25,9 por cento nos primeiros sete meses de 2005 com Angola e Brasil a assumirem a responsabilidade de 93,5 por cento da compra e venda de produtos.

Dados estatísticos hoje divulgados pela Rádio Macau indicam que entre a China e os Países de Língua Portuguesa, exceptuando São Tomé e Príncipe, o valor das trocas comerciais atingiu os 12.146 milhões de dólares americanos referentes a 3.366 milhões de dólares de vendas chinesas e 8.780 milhões de dólares em exportações dos países de língua portuguesa.

O Brasil, que viu as suas trocas comerciais com a China aumentarem 9,6 por cento, vendeu produtos no valor de 4.986 milhões dólares (mais 1,7 por cento) e efectuou compras no valor global de 2.597 milhões de dólares (mais 28,9 por cento).

Angola, o segundo maior parceiro comercial da China no seio da lusofonia, vendeu produtos no valor de 3.581 milhões de dólares (mais 72,2 por cento) e compras de 196 milhões de dólares (mais 90,2 por cento).

Já no que se refere a Portugal, o único dos países da lista a diminuir as suas exportações para a China - baixaram 3,6 por cento para 174,1 milhões de dólares -, comprou à República Popular produtos no valor de 508,5 milhões de dólares ,ou seja, mais 60,5 por cento do que no mesmo período de 2004 e num quadro de evolução das trocas em 37,2 por cento.

Moçambique fecha o leque dos principais países de língua portuguesa com trocas comerciais com a China tendo efectuado vendas de 38,5 milhões de dólares (mais 116,2 por cento) e vendas de 58,5 milhões de dólares (mais 104,5 por cento).

No ano de 2004, as trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa totalizaram os 18.000 milhões de dólares americanos.

A China designou Macau como o elo de ligação aos países de língua portuguesa tendo criado o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa que reuniu pela primeira vez em Macau em Outubro de 2003 estando prevista para este ano o segundo encontro ministerial.

Foto: Trabalhadores chineses em Angola

Jan 03, 13:42 Fonte:Lusa

Comentários daterra Chineses sao um povo com mentalidade revolucionaria... sao autenticos robots e acabam sempre o que comecam por constrtuir... nao vejo nada de mal os chineses ficarem em Angola e se misturarem com o nosso povo... talvez assim o povo angolano esqueca a preguica e a boa vida.... e as nossas angolanas acabarao por ficarem mais sexys e exoticas.

POC VAI INTERPELAR COMISSÃO ELEITORAL {ts '2005-12-31 00:00:00'}

O secretário executivo desta coligação, Manuel Fernandes, anunciou-o ontem em entrevista exclusiva à Voz da América, justificando-se com a contínua não aprovação definitiva do calendário das próximas eleições no país.

«As nossas inquietações têm a ver com o início do processo eleitoral e tem também a ver com alguns aspectos que nos preocupam nomeadamente o problema da criação das infra-estruturas e a desminagem que para nós pensamos devem ser um processo possível que não deve condicionar a realização das eleições», disse o político.

Acrescentou que «a ideia da interpelação à CNE visa igualmente convencer aquele órgão a promover um fórum nacional com todos os partidos políticos que permita a troca de opiniões com todos os líderes políticos sobre a matéria eleitoral».

Focou ainda que «não podemos falar em nome do povo sem ele decidir sobre nós o que não é democrático. Precisamos de credibilizar as instituições.».

Luanda terá uma segunda linha de distribuição de energia eléctrica JA

Helma Reis

Cinco biliões de dólares serão gastos na construção de uma central hidroeléctrica, no sul da República Democrática do Congo, e na construção de uma linha de alta tensão, de que vão beneficiar, para além de Angola, a República Democrática do Congo, Namíbia, África do Sul e Botswana. A informação foi prestada pelo presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Energia (ENE), Eduardo Nelumba, que perspectivou melhorias no abastecimento de energia eléctrica à capital angolana, Luanda. Segundo Eduardo Nelumba, em 2006 inicia-se a construção da segunda li-nha de distribuição de energia, que vai ligar Cambembe a Luanda e Capanda a Cambambe. Fazem ainda parte de tal projecto, a extensão das subestações do Cazenga e Viana e a construção de uma nova subestação a sul de Luanda. Eduardo Nelumba assegurou que a produção de energia em 2005 foi maior em relação à dos anos anteriores. A procura de electricidade em Luanda não tem estado a crescer. Por isso, segundo Eduardo Nelumba, a maior dificuldade que a ENE enfrenta está no escoamento de todas as potências disponíveis em Capanda, para alimentar Luanda. Explicou que 2006 será um ano de continuidade dos trabalhos ocorridos nos anos anteriores, para que se atinja o objectivo traçado: um fornecimento de energia sem interrupção, quer na capital, quer em todo o todo país. Eduardo Nelumba, afirmou ainda que 2005 foi frutífero em termos de contactos entre a ENE e a EDEL, visando a concertação de posições em benefício do consumidor. Quanto à infra-estruturas ligadas à área de produção, foram reabilitados seis grupos Diesel MTU da Central Térmica do Lobito, que resultou no aumento da potência disponível na Direcção Regional Centro, com cerca de 7,2 MW adicionais. Foi ainda concluída a primeira fase do projecto de reabilitação da rede MT e BT da cidade do Lubango, cujos trabalhos serão concluídos no primeiro trimestre de 2006.

Angola increases export of black granite in 2005 font size ZoomIn ZoomOut

Angolan Minister of Geology and Mining Manuel Africano has said the country exported 35,677 cubic meters of black granite, about 94 percent of its total output in 2005 and earned about 1.4 million U.S. dollars.

Addressing the traditional ceremony of yearend compliments, Africano was quoted by local media as saying on Monday that Angola 's sub-sector of ornamental rocks, comprising a pool of 11 firms, produced 38,000 cubic meters of black granite in 2005.

He said the export increased by 137 percent in 2005 compared with 2004, having the gross revenue recorded an increment of 89.5 percent and the fiscal income reached 178 percent.

He contributed the increment to four new firms that are part of the sub-sector launching program.

Angola is rich in black granite, also a major African country to export black granite.

Source: Xinhua

Conflitos dos Gambos com os dias contados

Os conflitos de terras nos Gambos na província da Huíla, originaram já a morte de dezenas de agricultores. Nos últimos meses, a população local e a Polícia Nacional montaram cordões de segurança por formas a denunciarem e prenderem os ladrões de gado na região.

Segundo o Semanário O independente, o Governo local deverá submeter, brevemente ao Conselho de Ministros, o Programa de Ordenamento e Desenvolvimento Pecuário dos Gambos, com vista a sua revisão e apreciação para posterior implementação.

A mesma fonte indica ainda, que o documento já foi analisado pelas autoridades governamentais locais. Com este projecto, o Governo de Ramos da Cruz, pretende guiar as acções de desenvolvimento agro-pecuário do município e prevenir conflitos. O programa prevê também a instalação de sistemas de captação de água, construção de escolas e hospitais. O real objectivo, segundo ainda aquele semanário, é o desenvolvimento do município e da própria população.

Os Gambos, é uma área de certo modo conflituosa, com problemas sociais graves, razão pela qual se chegou a conclusão de que se deve prestar maior atenção.

Jan 02, 17:22 Fonte:O Independente

Angola: 2006 o ano do «grande salto em frente»?

2006 poderá ser o ano do «grande salto em frente» para Angola, com ou sem eleições. Admite-se agora como hipótese mais provável um novo adiamento da ida às urnas, prevista para o próximo ano, por alguns meses e por razões técnicas.

Mas poucos angolanos parecem sinceramente preocupados. As previsões macro-económicas não poderiam ser mais optimistas, o país está transformado num estaleiro e até no desporto os «Palancas Negras» puseram «a malta» a sonhar com voos mais altos.

O Presidente José Eduardo dos Santos sabe que o melhor maratonista é o que prepara bem o fim da corrida e já provou ser impermeável a pressões. A incerteza acerca da sua eventual candidatura à Presidência obriga os potenciais rivais no seio do MPLA a uma desgastante espera, enquanto a oposição se desfaz em lutas intestinas.

O tempo ganho poderá servir para repor ordem na casa. O tema que apaixona a imprensa privada é a «limpeza» em curso em vários Ministérios, que atingiu esta semana o Ministério do Interior, com a prisão de sete funcionários do Serviço de Estrangeiros, acusados de corrupção. Há rumores de mudança no topo das Forças Armadas, que deverão desmobilizar mais 100 mil homens no próximo ano.

Jan 02, 21:35 Fonte:Expresso

Kuito e Bíe contemplados pelas realizações de vulto promovidas pelo Ministério das Obras Públicas

A conclusão da primeira fase do Programa Especial Mínimo de Reconstrução do Kuito (PERMIK), no Bié, a construção do Monumento "4 de Fevereiro", símbolo do início da Luta Armada, em 1961, em Luanda, e o início da primeira fase do Projecto Aldeia Nova, no município do Waku Kungo, no Kwanza-Sul, marcaram o ano transacto, 2005, como o de realizações de grande vulto para o Ministério das Obras Públicas.

O pelouro de Francisco Higino Lopes Carneiro(na foto) teve como um dos maiores desafios do ano transacto a recuperação das principais infra-estruturas sociais e administrativas do Kuito. Sobre esta tarefa divergiam opiniões segundo as quais a construção de novos edifícios de raiz seria melhor opção, em contraposição à reabilitação dos mesmos destruídos há uma década.

A aposta na reconstrução foi de risco, mas devolveu uma nova imagem ao Kuito desde Novembro último. As vantagens são imensas, uma delas é económica: gastou-se menos. A outra é histórica: conservou-se o estilo arquitectónico dos antigos edifícios, numa aliança com o moderno.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, prestigiou a cerimónia de devolução à população das principais infra-estruturas sociais e administrativas.

No Bié, na primeira fase do PERMIK recuperou-se o palácio do governo provincial, o edifício da administração municipal do Kuito, a sede do Banco Nacional de Angola, o Tribunal Provincial e mais duas escolas do ensino geral. Foram gastos mais de 10 milhões de dólares.

A segunda fase, cuja conclusão deve ocorre ainda no primeiro semestre de 2006, já está em curso e compreende a recuperação do pavilhão gimnodesportivo do Sporting do Bié, a reconstrução do edifício da emissora provincial da Rádio Nacional de Angola, da biblioteca municipal e da regedoria da Embala Silva Porto (primeiro capitão português residente).

Jan 02, 22:07 Fonte:Jornal de Angola (Santos Vilola)