PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Índice

I – INTRODUÇÃO ...... 4 II – PLANO DE ATIVIDADES E AÇÕES ...... 7 1. MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ...... 7 1.1 ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICA ...... 8 1.1.1 Serviços de Secretaria ...... 8 1.1.1.1 Ações de Secretaria de Expediente e Arquivo ...... 8 1.1.2 Serviços de Assuntos Fiscais ...... 9 1.1.2.1 Ações dos Serviços de Assuntos Fiscais ...... 9 1.1.3 Informática ...... 9 2. RECURSOS HUMANOS ...... 10 2.1 Ações dos Recursos Humanos ...... 10 3. PATRIMÓNIO E CONTRATAÇÃO PÚBLICA ...... 11 3.1 Ações do Património ...... 12 4. EDUCAÇÃO ...... 15 4.1 Ações da Educação ...... 16 5. JUVENTUDE E ATIVIDADES LÚDICAS ...... 16 5.1 Ações da Juventude e Atividades Lúdicas ...... 18 6. CULTURA ...... 18 6.1 Ações da Cultura ...... 19 7. DESPORTO ...... 20 7.1 Ações do Desporto ...... 21 8. PLANEAMENTO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO ...... 22 8.1 Ações de Planeamento e Ordenamento do Território ...... 23 8.2 Ações de Acessibilidades ...... 24 9. TOPONÍMIA E GESTÃO DO TERRITÓRIO ...... 25 9.1 Ações da Toponímia e Gestão de Territorio ...... 25 10. CADASTRO PREDIAL ...... 26 10.1 Ações de Cadastro Predial ...... 26 11. FISCALIZAÇÃO / POLICIA MUNICIPAL ...... 27 11.1 Ações de Fiscalização ...... 28 12. OBRAS MUNICIPAIS, EDIFICAÇÃO E REABILITAÇÃO URBANA ...... 29 12.1 Ações de Obras, Edificação e Reabilitação Urbana ...... 29

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 1 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

13. AMBIENTE E SANEAMENTO ...... 30 13.1 Ações de Ambiente e Saneamento ...... 30 14.TRANSPORTES E EQUIPAMENTOS ...... 33 14.1 Ações de Transportes e Equipamentos ...... 34 15. ENERGIA ...... 34 15.1 Ações de Energia ...... 34 16. AÇÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL, EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, HABITAÇÃO E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, INFÂNCIA E PROTEÇÃO DE MENORES, SAÚDE E IGUALDADE DE GÉNERO ...... 35 16.1 Ações para as áreas de Formação Profissional e Emprego, Habitação, Ação Social e Desenvolvimento Local ...... 37 16.2 Ações de Saúde ...... 37 16.3 Ações para Infância e Proteção de Menores ...... 38 16.4 Ações da Equidade de Género ...... 39 17. PROTEÇÃO CIVIL E SEGURANÇA ...... 39 17.1. Bombeiros Municipais ...... 40 17.1.1 Ações dos Bombeiros Municipais ...... 41 18. ORDENAMENTO E SEGURANÇA RODOVIÁRIA ...... 41 18.1 Ações de Ordenamento e Segurança Rodoviária ...... 42 19. TURISMO ...... 42 19.1 Ações de Turismo ...... 43 20. ATIVIDADES DO MAR ...... 44 20.1 Ações de Atividades do Mar ...... 45 21. MERCADOS E FEIRAS ...... 45 21.1 Ações de Mercados e Feiras ...... 45 22. ATIVIDADES ECONOMICAS ...... 46 22.1 Ações de Atividades Económicas ...... 46 23. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E COMUNICAÇÃO ...... 47 23.1 Ações de Relações Institucionias e Comunicação ...... 48 24. GEMINAÇÕES ...... 48 24.1 Ações de Geminações...... 49 25. EMPREENDEDORISMO ...... 50 III. CONCLUSÃO DO PLANO DE ATIVIDADES ...... 51

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 2 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

IV. ORÇAMENTO Nota justificativa ------52 Relatório ------55 Articulado de Deliberações

Mapas Orçamentais Mapa I- Receitas Correntes e de Capital ------58 Mapa II – Despesas de Funcionamento e de Investimento segundo uma classificação económica------63 Mapa III- Despesas de Funcionamento e de Investimento segundo uma classificação funcional------67 Mapa VII – Orçamento consolidado das receitas correntes de capital e das despesas de funcionamento------69 Mapa VIII – Orçamento consolidado das receitas correntes de capital e das despesas de funcionamento e dos Serviços Autónomos Municipais------70 Mapa IX – Orçamento consolidado das despesas do Município e dos Serviços Autónomos Municipais ------71 Mapa X - Programa de Investimentos Públicos Municipais------72 Mapa XI – Resumo das operações fiscais do Municipio------74 Mapa Resumo da Dívida Pública Municipal ------76 Anexo 3.1------77 Anexo 3.2------79 Novo Modelo do Orçamento ------82 Mapa de Ativos e Passivos ------84

Anexos Informativos- Receitas: Mapa Resumo das Receitas e das Despesas------86 Mapa Comparativo das Receitas ------87 Gráfico Comparativo das Receitas------88 Mapa Evolutivo do Orçamento------89 Gráfico Evolutivo do Orçamento------90

Anexos Informativos- Despesas: Mapa Comparativo das Despesas ------90 Gráfico Comparativo das Despesas------92 Mapa Resumo das Despesas com o Pessoal ------93 Anexo e Informativos – Lista nominal de pessoal ------94 Programa - Outros Investimentos ------118

V. Fichas de Projetos

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 3 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

I – INTRODUÇÃO

A ressaca é um preço que se paga caro.

No cumprimento do imperativo legal e estatutário, cumpre-nos apresentar o Plano de Atividades e Orçamento de 2018 à Assembleia Municipal de S. Vicente. Fazemo-lo num contexto social, político e financeiro de grande expetativa, no qual o povo cabo-verdiano traçou um novo desígnio de competitividade, no contexto das nações, avaliando a sua participação cívica numa economia de responsabilidade social e num mundo demograficamente desequilibrado. A nossa cultura implica solidariedade. A nossa atitude implica vontade de servir. Este ano arriscamos num modelo inovador para atingir os preceitos. Prudência face à despesa pública, crescimento moderado das receitas e um plano de investimentos calculado. O grande desafio será continuar a manter o ritmo de redução dos défices operacionais em todas as áreas, definindo, para a área social um limite real. Esta sustentabilidade é decisiva para continuar a desenvolver o nosso trabalho.

Desenvolver e executar o Plano de Atividades é um ensejo singular, cujos desafios implicam coragem e resiliência. No momento em que este Plano é preparado, assistimos ao processo de um novo Governo cuja maioria parlamentar de suporte nos dá toda confiança em prosseguirmos com êxito o trabalho. O combate aos índices de pobreza, a melhoria da competitividade da economia e a luta contra o desemprego são tarefas que continuam a impor num quadro demográfico crítico e num crescimento lento.

Culto, Cultura e Caridade são, como sempre ao longo dos últimos anos a nossa carta de missão. Estamos convictos que o reforço do Estado Social será possível com a participação determinada da economia social e, com ela, de muita inovação social. A solidariedade entre gerações só será possível e compreendida se todos soubermos dar as mãos num processo de empenho cívico, cuja face visível queremos que seja o observatório do envelhecimento ativo, como uma resposta decisiva para as famílias.

A Constituição da República será o baluarte certo na continuação da defesa do bem-estar dos cidadãos. Compete ao Município saber estar à altura desse anseio.

O fundamento primeiro é a consolidação de todo o processo que permita continuar a assegurar a sustentabilidade económica, financeira, social e ambiental da ilha. O Orçamento exprime assim as opções do Plano, mantendo a cautela e prudência que os tempos recomendam, observando uma política de recursos humanos ainda mais exigente, procurando reforçar os quadros, e com uma política de admissão de pessoal assente nas suas áreas estratégicas.

É através do orçamento municipal que as prioridades escolhidas pelos cidadãos no momento do voto são transformadas em ações concretas do município na prestação dos serviços essenciais à população. São elaboradas metas que são seguidas continuamente pela administração municipal para que tenhamos uma cidade cada vez melhor.

O orçamento é dividido em peças de planeamento e nelas estão contidas as previsões de receita e fixação das despesas com cada uma das atividades do plano, sempre comprometidas com a ética e a eficiência na utilização dos recursos públicos. O Plano de Atividades e Orçamento é encaminhado para aprovação da Câmara e da Assembleia Municipal de S. Vicente. Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 4 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

O orçamento possui um caráter público não só por ser uma exigência legal, mas também por ser aprovado num espaço público, através de discussões e correções feitas. Na elaboração do orçamento, estão integrados três instrumentos que visam o planeamento das ações do poder público: a) o Plano Plurianual (PPA) que prevê as despesas com programas, obras e serviços decorrentes, que durem mais de um ano; b) a Lei de Diretrizes Orçamentais (LDO) que a partir do PPA, define as metas e prioridades para o ano seguinte e também as regras sobre mudanças nas leis de impostos, finanças e pessoal, além de estabelecer orientações de como elaborar o orçamento anual; c) a Lei Orçamental Anual que consiste no orçamento propriamente dito. Contém os programas, projetos e atividades que contemplam as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentais (LDO), juntamente com os recursos necessários para o seu cumprimento. Define as fontes de receita e autoriza as despesas públicas, expressas em valores.

Mais do que um compromisso, a transparência em todas estas ações é uma obrigação da Câmara Municipal. Ciente de que é um direito dos cidadãos e um dever do poder público, ela faz mais do que prestar contas e agir com transparência. A administração municipal chama a comunidade para participar na escolha sobre onde serão investidos os recursos públicos e prioriza as demandas elencadas pelos moradores da cidade.

Fazer com que , a capital da cultura, seja (re)conhecida como uma cidade inteligente, criativa e apostada na cultura. Também para que o nosso tecido urbano seja atrativo e esteja à altura desta mudança de paradigma, restauraremos vias urbanas como a rua da Praia, rua de Morguin ou a Avenida Marginal, sem esquecer o calcetamento artístico das ruas da cidade e o trabalho já feito de calçadas em todos os bairros. Num Município que colocou já à disposição da sua comunidade a generalidade dos equipamentos que traduzem qualidade de vida dos cidadãos e que trabalha o projeto de requalificação urbana, na sua orla costeira, é essencial garantir que a Câmara Municipal continue sob o signo do equilíbrio financeiro e que possa atender às crescentes exigências que a sua manutenção determina.

Numa conjuntura de “ressaca”, de especiais dificuldades económicas para os cidadãos, mas também de particular exigência financeira para os municípios, é imprescindível garantir que a Câmara Municipal de S. Vicente continue a assumir a responsabilidade social de estar próximo das pessoas, de apoiar os setores mais débeis da sociedade através de políticas inclusivas e solidárias que fomentem ativamente os cidadãos. A ação social tem sido uma grande aposta. A manutenção da ação social escolar é uma política determinante de solidariedade do município.

Um novo mandato tem de, obrigatoriamente, ser um compromisso com uma forma diferente de olhar em torno do universo autárquico. Sem embargo de satisfação por ter sido sufragada maioritariamente a ideia de Mindelo, não é menos verdade que muitos dos nossos concidadãos se alhearam dessa escolha e outros fizeram escolhas diversas e alternas. Por isso, cumpre-nos procurar os consensos possíveis. Em tempos novos é preciso ativar a cidadania, mobilizar as energias da comunidade para fazer a cidade rede, que garanta apoio aos alunos desfavorecidos, aos idosos, aos carenciados, aos que procuram habitação e aos portadores de deficiência. Ativar a cidadania para fazer a cidade ousada, a cidade impulso onde a vontade de investimento económico começa na autarquia e se traduz em vários setores. Ativar a cidadania para fazer a cidade criativa, a cidade harmonia, onde à cultura se alia a gastronomia para criar a cidade sabor, a cidade prazer. Ativar a cidadania, procurando Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 5 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

envolver os cidadãos em matéria social, de educação, cultura ou desporto na cidade partilha, a cidade entreajuda, sendo esse o vetor que explica o consenso das nossas políticas.

Se ao desporto somarmos o facto de termos incontáveis cidadãos que percorrem os passadiços na orla costeira, as ciclovias e que usufruem dos espaços verdes, percebemos que ativamos hoje uma comunidade que vive a cidade de lazer, a cidade tranquila. As perspetivas financeiras são animadoras, já que as principais receitas da Câmara Municipal tendem a aumentar e a distribuição das receitas do Estado tornou-se hoje uma realidade (taxa ecológica, fundo do ambiente, fundo do turismo, taxa rodoviária, etc.). Também, o escasso endividamento, a pontualidade dos pagamentos e a capacidade de encontrar fundos para investimento, permitem auspiciar um mandato onde possamos acrescentar qualidade de vida ao nosso território. Essencial é que consigamos tirar partido dos investimentos que estão a acontecer – públicos e privados – e que S. Vicente possa contribuir para que o país volte a ganhar confiança no futuro.

Um mandato que abre com enormes expetativas no que concerne aos principais eixos estratégicos em termos de economia: A Cultura, Turismo, Ciência e Criatividade continuarão a ser eixos essenciais que irão balizar o nosso projeto para construir o futuro, ao mesmo tempo que temos assegurados os pressupostos do sucesso: boas escolas, bom ambiente, sustentabilidade em todas as nossas ações. A nossa estratégia será sustentada, além do mais, por um crescente e dinâmico espírito de inovação e de proximidade aos cidadãos, enquanto asseguramos um urbanismo irrepreensível e qualificador.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 6 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

II – PLANO DE ATIVIDADES E AÇÕES

1. MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

A modernização administrativa é um processo continuo e necessário, sendo um dos pilares fundamentais para que Cabo Verde possa vencer os grandes desafios do desenvolvimento sustentável. Temos o desafio constante de melhorar cada vez mais a Administração Local com vista a prestação de um serviço de excelência pautado pela eficiência, eficácia e economicidade.

É premente que se coloca no cerne das prioridades da autarquia uma avaliação, por entidades credenciadas, dos procedimentos administrativos em curso para que paulatinamente se possa diminuir o peso da máquina burocrática, fundamental para a melhoria do ambiente de negócios na ilha, impulsionando, entre outros, a captação de investimentos privados nos mais variados setores, geradores de empregos sustentáveis.

A autarquia pela sua proximidade com os munícipes e pelas solicitações efetuadas aos vários serviços, não poderá medir esforços em criar mecanismos que permitam um diálogo mais profícuo com os munícipes, visando responder as solicitações e o reforço do exercício da cidadania. É o nosso desiderato, continuar a proceder a simplificação dos procedimentos, a otimização dos processos e centrar a autarquia numa gestão por resultados.

Ao longo dos últimos anos, foram materializadas ações no sentido da implementação de políticas de modernização expressa na organização funcional dos serviços, informatização e difusão de informações úteis ao munícipe.

Pretende-se dar continuidade:

A nível interno: a) Implementação do novo Regulamento Orgânico do Município de São Vicente, que irá introduzir melhorias e assegurar uma articulação continua entre os serviços e incorporar novos serviços que são fundamentais para responder aos desafios atuais, entre outras, a criação da Direção da Cultura e Turismo, Direção de Juventude e Desporto e Direção da Polícia Municipal; b) Reforço às ações de informatização dos serviços, com atualização do sistema informático em curso e adoção de novos sistemas que possibilitem a integração das informações inerentes aos vários serviços e um maior controlo das atividades desenvolvidas; c) Realização de um diagnóstico que visa a melhoria dos procedimentos administrativos com o propósito da implementação de sistemas, métodos e técnicas inovadores que permitam dar resposta, com celeridade, às solicitações legitimas dos utentes, disponibilizando, entre outras, informações on line sobre os serviços municipais que se revestem de importância assinalável para os cidadãos. Paulatinamente possibilitar ao cidadão a materialização de certos serviços on-line, como, por exemplo, o pagamento do imposto de circulação automóvel. d) Continuidade ao processo de melhoria das instalações físicas, que já se encontra em curso no edifício dos Paços do Concelho e que gradualmente abarcará outros serviços, proporcionando assim maior conforto ao cidadão durante o processo de atendimento; Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 7 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

e) Implementação de sistemas informáticos que permitam uma gestão mais rigorosa do parque automóvel municipal, no que concerne a utilização e controlo das viaturas municipais face às demandas dos vários serviços; f) Avaliação periódica da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos.

A nivel externo: a) Pretende-se reforçar as ações com o propósito de aumentar a proximidade dos serviços municipais ao cidadão, com deslocações periódicas dos serviços municipais as diversas localidades, principalmente as mais distantes, com vista a disponibilização de informações sobre a atividade municipal e auscultação das preocupações dos munícipes; b) Reforçar as relações com diversas instituições, entre outras, com a casa do cidadão, impulsionando assim respostas mais céleres as solicitações.

1.1 ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICA

1.1.1 Serviços de Secretaria

Os serviços da Secretaria de Expediente e Arquivo têm como propósito, dar continuidade a implementação da Lei da Modernização Administrativa, em termos organizacionais e dos recursos humanos afetos ao setor, com enfoque na sua valorização e capacitação profissional, para melhor servir os munícipes. Pretende-se reforçar as ações que visam impulsionar uma comunicacão eficiente com o cidadão e a sociedade em geral.

Para conseguir estes objetivos pretende-se, com a colaboração de outros serviços desenvolver, as seguintes ações.

1.1.1.1 Ações de Secretaria de Expediente e Arquivo

Trimestre AÇÕES Nº 1º 2º 3º 4º 1 Planeamento e organização Elaboração e implementação de um programa de vistorias de x x x x licenciamento comercial, em articulação com o Serviço de Fiscalização Municipal e, em parceria com entidades locais competentes 2 Ações de formação Formação na área de licenciamento comercial e Curso de x Inglês, para o pessoal da SEA 3 Formação para o pessoal auxiliar de Apoio Operacional, Nível I. 4 Fardamento para os funcionários de front-office e o pessoal x auxiliar de Apoio Operacional, Nível I 5 Equipamento informático x 1 impressora

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 8 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

1.1.2 Serviços de Assuntos Fiscais

A Direção dos Assuntos Fiscais pretende desempenhar um conjunto de ações definidas como prioritárias para o aumento da arrecadação de receitas, de modo a garantir os objetivos preconizados. Em articulação com os serviços de informática, ações serão canalizadas no sentido de conseguir uma maior integração de informações atinentes ao cidadão, permitindo uma cobrança mais efetiva dos impostos e taxas, aumentando assim os níveis de cidadania fiscal.

Dar-se-á, atenção especial, também ao diálogo profícuo com os munícipes visando a negociação das dívidas existentes para com o município. Para além do esforço que se pretende fazer para manter o equilíbrio financeiro do município, prevê-se a reestruturação e modernização necessárias nos serviços prestado no front-office e online.

Não obstante as dificuldades na arrecadação de receitas prevê-se a introdução de novas medidas por forma a melhorar o serviço e despertar os municipes para o pagamento dos impostos.

1.1.2.1 Ações dos Serviços de Assuntos Fiscais

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 COBRANÇA DE IMPOSTOS x x x x IUP Compra e venda Doações e partilhas Imposto Sucessório Aforamento Imposto Circulação 2 COBRANÇA DE TAXAS - Diversas x x x x Modernização dos serviços no front-office e online.

1.1.3 Informática

 Adequação da Sala do Data Center conforme as recomendações da última auditoria;  Desenvolvimento de um portal Web para pagamento online de Taxas/Impostos e pedido de serviços;  Formação para os técnicos da Divisão de Informática;  Renovação do Parque Informático, sendo uma das ações a substituição dos computadores com mais de 5 anos de utilização:  35 computadores;  1 impressora a cores;  5 UPs 1500 VA para proteção dos equipamentos de comunicação nos diferentes bastidores;

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 9 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

 Sistema de backup e storage.  Classificação dos documentos digitalizados do Arquivo da Direção do Urbanismo;  Desenvolvimento de Softwares.

2. RECURSOS HUMANOS

A Direção dos Serviços dos Recursos Humanos tem como missão a aplicação de um conjunto de conhecimentos e técnicas administrativas especializadas no gerenciamento das relações dos funcionários/trabalhadores com a Instituição.

Tem como propósito, também, adequar os objetivos organizacionais com os objetivos pessoais dos seus funcionários/trabalhadores, com a finalidade de proporcionar a satisfação e a realização dos agentes envolvidos, de forma a garantir uma boa qualidade de vida no trabalho.

Esta direção é composta basicamente pelas funções de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento e retenção (remuneração e benefícios) de recursos humanos, não descurando das expetativas e atitudes em relação ao trabalho, motivação, participação, liderança, comunicação, gestão de conflito, qualificação e produtividade.

Com as ações propostas, esta direção objetiva:  Atrair, recrutar e manter recursos humanos potencialmente qualificados;  Aumentar progressivamente a motivação dos seus funcionários/trabalhadores e consequentemente aumentar o desempenho dos mesmos, o que reflete na qualidade do serviço prestado;  Desenvolver e capacitar os recursos humanos deste Município;  Garantir uma boa qualidade de vida no trabalho.

2.1 Ações dos Recursos Humanos

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 PROVISÃO DE RECURSOS HUMANOS x x x x Recrutamento e Seleção de Pessoal Recrutamento Externo 2 Técnicos (Arquitetura) 2 Técnicos (Engenharia) 2 Técnicos (Serviço Social) 1 Técnico (Turismo) 1 Técnico (Informática) 1 Técnico (Direito) 3 Assistentes Técnico 10 Agentes de Polícia Municipal Recrutamento Interno 2 Apoios Operacionais (Operários qualificados) Reclassificação profissional 3 Apoios Operacionais (Condutores)

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 10 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

5 Técnicos 2 Assistentes Técnicos 2 DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS x x x x Promoção do pessoal Elaboração de um plano de formação e capacitação do pessoal do Município Ações de formação e capacitação para o pessoal (transversal a todos os setores) Ações de Informação, Educação e Comunicação (IEC), para a mudança de comportamentos, em diversas temáticas, dirigidas ao pessoal afeto aos setores de Limpeza Pública e Rede Viária 3 APOSENTAÇÃO DE PESSOAL x x x x Instrução de processos de aposentação dos funcionários e trabalhadores deste município 4 ENCARGOS COM A SAÚDE x x x x Inspeção médica ao pessoal da Corporação dos Bombeiros Municipais e Nadadores Salvadores Despiste Sanitário ao pessoal afeto à Direção dos Serviços de Ambiente, Abastecimento e Equipamento 5 DIVERSOS x x x x Fardamento do pessoal afeto aos distintos serviços municipais, em concertação com a Divisão de Gestão Patrimonial e com a Direção dos respetivos serviços Elaboração e distribuição de folhetos informativos (em suporte digital e papel) sobre diversas temáticas (Legislação relativa a Administração Pública, Código Laboral Cabo-verdiano, Comunicação e Relações Interpessoais)

3. PATRIMÓNIO E CONTRATAÇÃO PÚBLICA

No domínio do Património, esforços serão encetados no sentido da preservação, requalificação e valorização do nosso património histórico edificado. Na verdade, o diálogo aberto e profícuo entre o Governo e o Município de São Vicente, possibilitou a transferência de vários imóveis com o propósito de se equacionar a implementação de projetos em vários domínios e importantes para a ilha.

Convém dizer, que muitos destes edifícios, caso do edifício da Ex-Conservatória dos Registos Prediais de São Vicente e do antigo Albergue da Ribeirinha, possuem um valor histórico e cultural significativo, cuja reabilitação e valorização terá certamente efeitos positivos e multiplicadores na economia, ao reforçarem a harmonia arquitetónica da cidade, ao dinamizarem atividades sociais e culturais, fomentando, cada vez mais, a criação de ambientes dinâmicos, criativos e aprazíveis na ilha.Torna-se, assim, fundamental o reforço de parcerias com o Governo e entidades privadas no sentido de análise e implementação de projetos que de modo continuado possam contribuir para o desenvolvimento da nossa cidade.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 11 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Para além das atividades que visam assegurar o funcionamento normal dos diversos serviços, concernentes ao fornecimento de equipamentos e materiais, definimos as seguintes áreas prioritárias de intervenção:

 Continuar a encetar esforços para que, em articulação com o Instituto de Investigação e Património Cultural (IPC), se possa elaborar o Plano de Salvaguarda e Valorização do Centro Histórico da Cidade do Mindelo, fundamental para se promover a sustentabilidade ambiental, cultural, social e económica dos espaços urbanos e como forma de agregar valor ao turismo;  Atualizar o inventário do património edificado municipal mediante a implementação de um software de gestão patrimonial;  Implementar um software de gestão de stock, permitindo uma melhor gestão e controlo de todas as aquisições efetuadas para fazer face as necessidades dos diversos serviços;  Realizar obras de requalificação de praças e pracetas, tornando-as mais atrativas para a realização de atividades lúdicas e culturais;  Reforçar a articulação com os pelouros de Planeamento Territorial e Fiscalização, no sentido de se fazer cumprir o Código de Posturas Municipal no que concerne á realização de obras de manutenção dos edifícios, colocando a tónica no reboco e pintura das fachadas;  Apoiar as associações e universidades na materialização de projetos que visam o conhecimento e divulgação do nosso património material e imaterial.

No domínio da contratação pública continuaremos a fazer cumprir os processos internos inerentes ao Código de Contração Pública em todos os processos de empreitadas e obras públicas, locação e aquisição de bens móveis, aquisição de serviços, serviços de consultoria, concessão de obras públicas e de serviços públicos.

3.1 Ações do Património

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 MELHORIA CONTÍNUA DOS x x x x SERVIÇOS 2 AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS x x x x 2.1 Direção dos Recursos Humanos Fardamento de pessoal dos diversos 1500 serviços municipais 2.2 Serviços de Informática 4000 35 computadores 1 impressora a cores 5 UPs 1500 VA para proteção dos equipamentos de comunicação nos diferentes bastidores Sistema de backup e storage Equipamento informático para o 1000 serviço de Limpeza Publica, Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 12 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Saneamento, Cemitério e Serviço Administrativo da DSAAE 2.3 Serviços do Ambiente e Saneamento Equipamentos de Proteção 2500 Individual (EPI’s) para todos os Sectores da DSAAE - batas, fatos-de-macaco, botas, máscaras, luvas e EPI’s adequados para a recolha de cadáveres de animais em decomposição na via pública e dos resíduos hospitalares, entre outros Maquinaria 66031,5 147563 -Viatura cabine dupla para os Serviços PPA da DSAAE; -Máquina retroescavadora para os serviços de saneamento e limpeza pública; -Pá carregadora para os serviços de saneamento e limpeza pública; -Camião para varejamento e desobstruções de canalizações esgotos; -Camião basculante para obras de saneamento básico; -Camião de aberta e alta para recolha de lixo “monstro”; -Compactadores de valas; -Motorizadas (2) para Limpeza Pública; -Báscula para Lixeira Municipal; -Vassoura mecânica para o bob cat. Ferramentas e Instrumentos de trabalho para todos os Sectores 1000 DSAAE Mobiliários (cadeiras e cacifos para os Serviços de Saneamento, 500 Matadouro Municipal e Cemitério) Peças e acessórios para as Bombas de elevação de esgotos, 1 tripé para o 4000 levantamento das bombas e 200 tampas metálicas Equipamentos de recolha de RSU: Contentores (120L, 240L e 800L) e 4000 caçambas de 5m3; Carretas de apoio à varredura pública Equipamentos para laboratório: kits para espetofotometro spectroquant 60;

Consumíveis e detergentes, luvas, papel microfiltro e outros Equipamentos e materiais para os 1500 Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 13 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Espaços Verdes: Elevador de pequeno porte para poda de árvores, motosserras, catanas, tesouras de poda, sacos de plástico, entre outros Equipamentos e materiais para o Matadouro Municipal (extrator de ar 1000 e outros equipamentos) e Canil (materiais e produtos diversos) 2.4 Oficina Mecânica Municipal Pneus, máquinas, ferramentas, peças e acessórios para manutenção e 15000 otimização das máquinas e viaturas 2.5 Parque Auto Municipal GPS para 30 viaturas 500 Cacifos para o pessoal (condutores e 1000 ajudante) do Parque Auto 2.6 Serviços dos Bombeiros Equipamentos de proteção Individual 1500 Equipamentos de combate a incêndios 2000 Equipamentos do serviço de

ambulância Viatura de combate a incêndios 8000 Materiais de desencarceramento 2000 2.7 Cultura Biblioteca: Equipamentos e livros 500 Escola de Música: Equipamentos 500 2.8 Desporto Equipamentos para um novo parque 2000 de manutenção física 3 REQUALIFICAÇÃO E 15000 CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIOS Edifício dos Paços do Concelho Ex- (GTO) Assembleia Municipal Biblioteca Municipal Academia de Música ´Jotamont` Escola Municipal de Música Mercado Central Mercado de Ribeirinha Mercado de Monte Sossego Jardins Infantis Centros Sociais de Lameirão, Madeiral, Calhau, Norte de Baia e Canalona Centro de Acolhimento dos Doentes

Mentais Albergue na Ribeirinha

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 14 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Edificio da ex-Conservatória 4 MANUTENÇÕES DIVERSAS x x x x 20000 Praça Dr. António Aurélio Gonçalves-

Vedação do Parque Infantil Praça Dr. Baltazar Lopes da Silva Praça Dr. Regalla Praça José Lopes Praça Amílcar Cabral Praça Dom Luís Praças das zonas de Fernando Pó,

Fonte Francês e Chã de Alecrim Cemitérios Municipais Matadouro Municipal Sentinas e Fontenários Habitações Sociais Quartel dos Bombeiros Edífício da ETAR Estações de Bombagens Estádio Adérito Sena Placas Desportivas Campos relvados de Bela Vista, “Bitim” e arrelvamento do campo de Parques de Manutenção Física da

Laginha e Lazareto Manutenção da sinalização existente Manutenção dos relvados sintéticos x x x x Equipamentos para um novo parque x x x x

de manutenção física 5 ARQUIVO TÉCNICO E HISTÓRICO x x 1000 Continuação da desmaterialização do

Arquivo Técnico Organização do Arquivo histórico

4. EDUCAÇÃO

Hoje, mais do que nunca, é reconhecido o valor do ensino e da educação pelo contributo imprescindível que empresta aos restantes subsistemas. Sendo que a construção da sociedade passa, inequivocamente, pela capacidade de “relançar” o ensino, urge questionar as mudanças emergentes dos contextos de realização e sustentar uma atitude recetiva face a novas propostas e desafios.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 15 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Cabo Verde viu-se confrontado com necessidades de mudança, adaptação e reconversão face aos rápidos acontecimentos que têm marcado o mundo atual nos mais diversos níveis, entre os quais o da Educação, enquanto um dos setores decisivos para o desenvolvimento de um país.

Enquanto processo educativo, a educação para a cidadania visa contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conheçam e exerçam os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo. Subjacente a esta conceção educativa, está uma visão integradora das diversas áreas do saber que atravessa toda a prática educativa e que pressupõe, para além de uma dinâmica curricular, também uma vivência de escola, coerente e sistemática, alargada ao contexto em que esta se insere.

A abordagem curricular da educação para a cidadania pode assumir formas diversas, consoante as dinâmicas adotadas pelas escolas no âmbito da sua autonomia, nomeadamente através do desenvolvimento de projetos e atividades da sua iniciativa, em parceria com as famílias e entidades que intervêm neste campo, no quadro da relação entre a escola e a comunidade.

Neste sentido a Câmara Municipal de S. Vicente irá continuar a apoiar a Educação por forma a promover a inclusão e a qualidade, pois Cabo Verde enfrenta novos desafios ao nível da educação, tendo em conta que hoje os recursos humanos devem possuir todos os conhecimentos e competências necessários, que permitam uma melhor integração numa sociedade global.

4.1 Ações da Educação

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 Distinção através de prémios simbólicos aos melhores alunos x do ensino secundário 2 Comemoração do Dia Nacional do Professor x 3 Dinamização da organização de pequenas bibliotecas x x x x escolares nas comunidades rurais 4 Reforço de protocolos com instituições nacionais e x x x x estrangeiras 5 Organização de eventos de interesse académico, x x x x relacionados com ambiente, direitos humanos, direitos do consumidor, cultura, paz, etc. 6 Apoio a estudos e pesquisas que contribuem para melhorar o x x x x sistema de ensino aprendizagem

5. JUVENTUDE E ATIVIDADES LÚDICAS

Os jovens deverão ser os primeiros beneficiários da era que estamos construindo. O objetivo estratégico é oferecer aos jovens a oportunidade de começar a vida com

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 16 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal. Cabo Verde precisa muito da juventude, de profissionais qualificados, de mulheres e homens bem formados.

A educação afigura-se fundamental e imprescindível para a preparação das novas gerações. As dificuldades com que se debate o nosso sistema educativo convida-nos a meditar sobre: os determinantes sociais da evasão escolar; as competências exigidas pelo mercado de trabalho; o investimento na educação e qualidade de ensino. A ocupação salutar dos tempos livres que tem influência no desenvolvimento integrado e harmonioso das crianças, adolescentes e jovens é um domínio que continuará a clamar por soluções urgentes.

A crise de valores cívicos, éticos e morais que se tem traduzido em comportamentos repreensíveis, deve remeter-nos a uma reflexão integrada capaz de produzir contribuições para o amplo trabalho que se impõe realizar neste domínio.

Compreender a situação da juventude e reconhecer a sua dimensão, significa criar as condições para formar uma geração capaz de disputar e dar continuidade aos avanços políticos, sociais, económicos, culturais, científicos e ambientais de que o País necessita.

A população Cabo-verdiana é eminentemente jovem. Trata-se, portanto, da maior oportunidade para converter o bónus demográfico em fator para o desenvolvimento como questão estratégica.

Temos de assumir o sentido atual da juventude, impulsionando reformas democráticas que garantam a integração das novas gerações no processo democrático e no projeto de desenvolvimento sustentável, articulando ações que combatam o ingresso precoce e em condições precárias dos jovens no mundo do trabalho com políticas educacionais e programas de transferência e geração de renda, formação e qualificação profissional, promoção de reformas político-pedagógicas no ensino, fortalecendo as políticas de permanência nas instituições de ensino e de assistência estudantil; promoção de ações de cultura, saúde, moradia, desporto e lazer de forma integrada e articulada, contemplando a juventude e as diversidades regionais, de género e culturais.

A juventude é uma etapa caracterizada pela liberdade, descoberta, responsabilidade, alegria de viver, é também, um momento de transformação e de sonhos, daí, ser considerada o motor de transformação das sociedades.

A ilha de São Vicente é constituída por uma população maioritariamente jovem, o que significa que deverá estar no centro das atenções do poder Central e Local. Na verdade, a juventude é crucial no desenvolvimento sustentavel e equilibrado de uma sociedade. Assim sendo, a Câmara Municipal, através do pelouro da Juventude e Atividades Lúdicas, vem desenvolvendo ações centradas nos seguintes eixos: apoio a formação profissicional dos jovens; incentivo a prática do desporto e outras atividades que permitam uma vida saudável, incentivo ao exercico da cidadania e a participação ativa na sociedade e no processo de desenvolvimento.

São vários os problemas que afligem os jovens, de destacar o desemprego, que aumenta a sua vulnerabilidade e muitas vezes incitando comportamentos de desvio. Sendo assim, é necessário e de extrema importância a organização e realização de atividades que permitam uma melhor integração dos jovens na sociedade, desenvolvendo competências técnicas, Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 17 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

sociais e pessoais, fundamentais para que a juventude sanvicentina tenha, cada vez mais, uma atitude ativa e empreendedora.

Para tal, a Câmara Municipal continuará a praticar ações como a Semana Municipal da Juventude Mindelense, Baía Segura, Lazareto Games, estimulando o mérito e o talento dos jovens na vertente desportiva, cultural e social. Dar-se-á continuidade na realização de workshops, palestras, formações e incentivo ao associativismo. Trata-se de um pelouro transversal aos outros pelouros municipais, exigindo uma cooperação eficiente, reforço das parcerias publico/privada existentes e a busca de novas parcerias.

5.1 Ações da Juventude e Atividades Lúdicas

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 Atividade do Conselho Municipal da Juventude x x x x Criação de parcerias com as ONG’s que lidam com a temática 2 x juvenil 3 Apoio a ocupação dos tempos livres das associações de jovens x x x x 4 Apoio a divulgação das capacidades artísticas dos jovens x x x x 5 Palestras e formações direcionadas aos jovens x x x x Campanha de sensibilização/prevenção sobre infeções 6 sexualmente transmissíveis, o uso abusivo do álcoo e “Baía x x x x Segura” Incentivo às associações, os clubes e os grupos a trabalhar com 7 x x x projetos sobre de interesse para a sociedade 8 Articulação com os outros pelouros x x x x

6. CULTURA

S. Vicente constitui, hoje, um grande destino turístico situado na rota do mundo graças a sua localização geoestratégica, a sua cultura, o seu património histórico e grandes artistas como Cesária Évora, a Diva dos pés descalços, Adriano Gonçalves (Bana), Manuel de Novas, Luís Morais, e outros, que souberam encantar o mundo através de mornas e coladeiras, muitas delas escritas pelos nossos poetas, B. Leza e Jotamont.

Na verdade, a sua abertura ao mundo, através da Baía do Porto Grande, permitiu o contacto com diferentes culturas, desenvolvendo assim uma cultura rica, uma alma cultural forte e uma identidade própria. São Vicente é marcada pela existência de uma intensa atividade, considerada uma ilha cultural por excelência nos mais diversos domínios, como a musica, a literatura, a teatro, etc.

Um dos grandes objetivos do municipio no domínio da cultura, prende-se com a transformação da nossa cidade em “Mindelo Cidade de Eventos”. Dos eventos culturais Mindelenses de maior destaque temos o Festival Internacional de Música da Baía das

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 18 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Gatas, o Carnaval, o Fim de Ano, o Carnaval de Verão, o Kavala Fresk, o Festival de Jazz, o , Festas de Romaria, etc.

A pertinência do projeto autárquico demonstra-se pelo salto qualitativo verificado. As melhorias introduzidas na organização, qualidade, imagem e produção dos eventos, traduzem-se numa maior participação do público, não só na assistência, como também, na utilização de espaços e equipamentos disponibilizados. Estes eventos são mais que benigno à economia Mindelense, estimando-se a injeção de milhões de escudos na economia do país avaliada pela alta taxa de ocupação do sistema hoteleiro, pela movimentação dos transportes aereos, marítimos e terrestres, pela restauração, pelos emigrantes, turistas e visitantes. Importante papel desempenha a economia cultural no desenvolvimento da ilha do .

O esforço que a Câmara faz, para realizar eventos culturais de excelência, é coroado pela grande colaboração da população que, como sempre, tem demonstrado um alto civismo e cidadania. S. Vicente é uma ilha apelativa a começar pela morabeza da população.

Estas atividades, revestem-se de suma importância no fortalecimento e promoção da cultura mindelense e pelo seu papel impulcionador das atividades geradors de rendimento das famílias.

6.1 Ações da Cultura

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Comemoração do Dia do Município x 2 Festa do Rei Momo – Carnaval x 10000 10000 3 Apoios a projetos de carácter cultural da Sociedade Civil x x x x 4 Apoio a Festa do Teatro (Março) x 700 5 Festas de Romaria – participação na realização x x 1500 6 Atividades comemorativas do Dia da Independência Nacional x 7 Realização do Festival da Baía das Gatas 2018 x 15000 15000 8 Comparticipação no Festival Mindelact x 800 9 Debates, Encontros e Palestras sobre Temas Culturais x x x x 10 Apoio ao Festival da Salamansa 500 11 Apoio a atividades culturais nas zonas rurais x x x x 12 Subsídio de representação aos Grupos da Ilha em atividades fora do concelho x x x x 13 Manutenção de monumentos na cidade x x x x 14 Comemoração do Dia da Democracia (13 de Janeiro) x 15 Comemoração do Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria x

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 19 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

16 Apoio na realização do Festival da Cavala x 1500 17 Festividades de Natal e Fim de Ano x 5000 3000 18 Funcionamento da Escola Municipal de Música x x x x 1000 19 Apoio na realização de Feiras. x x x x 200 20 Apoio na Organização do Forum Nacional de 1000 Artesanato (URDI) 21 Recuperação dos covatos de destacados artistas da ilha x x x x 22 Semana Municipal da Juventude Mindelense – x 1000 2018 23 Atividades comemorativas do Dia da Cidade – x 1000 Semana da juventude 24 Organização e promoção do Carnaval de Verão x 3000 2000

7. DESPORTO

O desporto como escola de valores e de cidadania na formação de um cabo-verdiano, no nosso Município, vai contribuindo, para projeção de uma boa imagem nacional e internacional de São Vicente em particular e Cabo Verde no geral.

Na verdade, São Vicente sempre foi e continua a ser uma referência incontornável no desporto cabo-verdiano. Neste sentido, continuaremos a apoiar as diferentes modalidades desportivas e a dar continuidade a melhoria das infraestruturas para que possam encontrar as necessárias condições de consolidação e projeção. Convém dizer que o desporto constitui um importante vetor de inclusão social e formação pessoal pelo que muitas das atividades desportivas têm como pilar essencial a divulgação de informações e práticas importantes para o alicerçar de uma sociedade que se quer cada vez mais saudável.

Assim deve-se:  Continuar a incentivar a prática de atividade física pelas várias camadas da população, com um esforço constante de adequação da oferta as efetivas expectativas e necessidades dos Sanvicentinos;  Intensificar o esforço de divulgação das ações desenvolvidas por esta Câmara, no sentido de cativar um maior número de participantes ativos, sem descurar o apoio e o estabelecimento de parcerias, Câmara/Governo, Câmara/Sector Privado para à criação de ambientes e de atividades favoráveis à promoção da atividade física e de estilos de vida saudáveis;  Apresentar ofertas para crianças, jovens e sénior incluindo atividades em parceria com o movimento associativo local e de outras regiões, nacionais e na diáspora;  Melhorar a gestão das instalações desportivas Municipais, proporcionando oferta das mais diversas modalidades: ioga, capoeira, desportos de raquete, karaté, desportos náuticos, etc;  Reforçar os trabalhos de manutenção dos espaços desportivos de forma a atingir os objetivos desportivos focalizandos sempre em vitórias e satisfação desportiva para a nossa Ilha e o nosso País.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 20 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

As atividades desportivas constituem uma das prioridades da autarquia, com destacados e constantes investimentos em infraestruturas, realização de competições, participação em eventos desportivos, promovendo a qualidade desportiva na ilha.

7.1 Ações do Desporto

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Promoção e desenvolvimento de ações de formação a nível dos protocolos com Câmaras x x x x geminadas 2 Apoio e Incentivo às Escolas de Desporto x x x x 500 3 Promoção do Desporto para pessoas portadoras de deficiência e Toxicodependentes x x x x 4 Apoio às Associações Desportivas x x x x 6000 5 Promoção e Dinamização dos Desportos 800 Radicais x x x x 6 Acompanhamento dos Protocolos de Gestão dos Recintos Desportivos Municipais x x x x 7 Apoio na Realização da Taça S. Vicente x x 300 8 Promoção das Ginásticas de Manutenção x x x x 9 Promoção do “Lazareto Games”, no parque 300 desportivo de Lazareto x 10 Realização da Gala dos Campeões x 11 Iluminação artificial de Campo de Bitim de Bela Vista x x x x 12 Manutenção do Estádio Adérito Sena x x x x 13 Beneficiação do Parque de Manutenção Física da Laginha e Lazareto x x x x 14 Subsídios de Representação a Clubes e Grupos Desportivos em deslocações ao exterior x x x x 15 Comemoração do Dia do Desporto Caboverdiano x 16 Corrida de S. Silvestre - atletismo e ciclismo. x 500 17 Acompanhamento da Gestão do Estádio Adérito x x x x Sena 18 Manutenção dos relvados sintéticos x x x x 19 Equipamentos para um novo parque de x x x manutenção física 20 Acompanhamento da construção do x x x x Polidesportivo da Zona Norte 21 Acompanhamento da construção da Pista de x x x x Atletismo no Estádio Adérito Sena

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 21 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

8. PLANEAMENTO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Além de dar continuidade aos projetos anteriores, pretende-se, acima de tudo, construir bases fortes que possam contribuir para o desenvolvimento urbano e socioeconómico da ilha. O equacionamento constante de assuntos inerentes ao processo de planeamento territorial à luz de uma abordagem, cada vez mais participativa, constitui um pilar importante do desenvolvimento do Município de São Vicente. Neste âmbito, realiza-se exercicios de projeção do desenvolvimento da cidade do Mindelo, procurando sempre potencializar as suas valências nos mais diversos domínios, ao mesmo tempo que se procura soluções para os muitos problemas urbanos existentes, característicos de uma cidade em desenvolvimento urbano e com marcas do desenvolvimento espontâneo mormente na cintura da cidade.

No cerne do planeamento territorial da cidade do Mindelo, continuaremos a priorizar ações que impulsionam a criação de melhores infraestruturas, acessibilidades, espaços verdes e requalificação urbana nos diversos bairros, visando o desenvolvimento de um ambiente urbano mais harmonioso, saudável e sustentável, contribuindo, por conseguinte, para a diminuição das assimetrias locais e a integração urbana e a qualidade de vida.

Um dos fatores importantíssimos que contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, é ter regulamentos do ordenamento do território, para que legalmente tenhamos confiança nas ações que se desenvolvem sobre o solo.

Para tal pretende-se levar a cabo a ratificação do PMD (Plano Diretor Municipal), instrumento de grande importância e potencialidade para o crescimento equilibrado das cidades. Sabe-se que o PDM de São Vicente se encontra bloqueado desde 2011, por razões políticas, no entanto neste momento há uma abertura entre o Governo Local, o Central e a Empresa encarregada de proceder à sua correção, pelo que não se deve deixar passar essa oportunidade de, finalmente, ter o documento legal importante e necessário à ilha.

Propõe-se ainda a elaboração de PD’s (Planos Detalhados) das zonas de expansão urbana da cidade do Mindelo (Ribeira de Julião, Ribeira de Vinha e Ribeira de Passarão), por forma a minimizar as construções espontâneas que prejudicam a boa organização do território.

Para os restantes bairros periféricos, propõe-se a contínua infraestruturação, através do calcetamento e acessibilidades, ligação domiciliária à rede pública de esgoto e ainda a criação de equipamentos públicos necessários, melhorando assim a urbanização dessas zonas, tornando-as, cada vez mais, em locais privilegiados para a edificação sustentável e investimento privado.

Sendo o ordenamento do território um campo vasto e que anda de mãos dadas a outros pilares de desenvolvimento das cidades, pretende-se dar especial atenção ao Turismo. Dada a grande importância que se tem dedicado ao mesmo, tanto a nível municipal quanto nacional, propõe-se a requalificação de frentes-mar, relativamente as praias mais frequentadas da ilha, como Praia da Laginha e Baía das Gatas. Esta última porque tem sido muito clamada por toda a população sanvicentina, mas também dadas as necessidades que são reais.

Conjugando também com o Património histórico-cultural estabelecem-se projetos e ideias de reabilitação de alguns espaços, no sentido da sua conservação, nomeadamente Praça

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 22 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Amilcar Cabral (Praça Nova), Rua da Praia e o devido uso e conservação dos edifícios, com valor patrimonial, antes pertencentes ao Estado, recentemente transferidos para o Município.

Pertinente é ainda a reabilitação do Mercado de Peixe, promovendo a sua melhor organização, cuidados de higiene e segurança.

No respeitante às crianças, prevê-se a construção de mais um parque infantil, na zona sul, em Monte Sossego, na área contígua ao Polidesportivo Oeiras, integrando a reabilitação e ampliação deste, formando um espaço aprazível ao uso de várias faixas etárias, juntando a prática do desporto ao divertimento e aprendizagem.

8.1 Ações de Planeamento e Ordenamento do Território

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Instrumentos de gestão 3000 Ratificação do PDM Elaboração de PD’s (Norte Baía, Ribeira de Julião e Ribeira de Vinha) Elaboração de PD de Baía das gatas 2 Requalificação e Manutenção x x x x Requalificação da Praia da Laginha Requalificação da Praia da Galé Continuidade de urbanização dos bairros (calcetamento, esgotos e equipamentos públicos) Continuação de loteamentos nas áreas de expansão da cidade (Ribeira de Julião, São Pedro) Arranjo e calcetamento interno de todas as estações bombagens Manutenção de Mercados (Ribeirinha, M. Municipal e Monte Sossego) Obras de Requalificação da Praia da Baía 150000 das Gatas PPA Reabilitação do Mercado de Peixe 3 Construções diversas: x x x x Construção de parque infantil Finalização de equipamentos sociais 1500 (Calhau) Construção do Polidesportivo da Zona 30000 Norte Construção da Pista de Atletismo no Estádio Adérito Sena 4 Património Histórico x x x x

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 23 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Reabilitação da Praça Amílcar Cabral 4000 Requalificação Praia Bote e Praia de 6000 “Cachorro” 5 Construção e manutenção de x x x x 2000 equipamentos desportivos Manutenção das Placas desportivas 6 Construção de muros de suporte Ribeirinha, chã de Alecrim, Monte Sossego, Espia, Horta Seca, Pedra Rolada e Crus João Évora

8.2 Ações de Acessibilidades

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Rede Viaria x x x x Alargamento da estrada de São Pedro Obras de construção da estrada que liga as zonas de Espia, Ribeirinha e Salamansinha Obras de construção da estrada dentro da 6000 localidade de São Pedro e Salamansa Execução da estrada de Ribeira de

Passarão/ Chã Vital 1.1 Execução de Arruamentos em Calçada: Monte Sossego- Atrás Cemitério/ Alto São 3000 João Maderalzinho, Chã de Alecrim- Canalona / 2000 Fonte Mestre Cruz- João Évora 1000 Sul de Cemitério 2000 Espia 2000 Fonte Inês 1500 Alto Solarino 2000 Ribeirinha- Salamansinha 4000 Vila Nova-Lombo Tanque (Cruz d`Papa) 4000 Fonte Francês 1500 Bela Vista 3000 Pedra Rolada 3000 Ribeira de Craquinha 3000 Fernando Pó 2000 Lazareto 2000 Ribeira de Passarão 2000 Lombo Tanque 1500 Ribeira de Julião 6000

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 24 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Pedreira 3000 Continuidade de Arruamentos em Terra Batida- Chã de Alecrim (Canalona e Fonte Mestre), Pedra Rolada, Encosta de Horta 4000 Seca, Fernando Pó, Ribeira de Craquinha, Ribeirinha, Ribeira de Julião IIB e IV, Trás de Cemitério e Baia das Gatas 1.2 Centro da Cidade Continuação das Obras de Calcetamento 5000 Artístico no Centro Histórico da Cidade. Substituição dos passeios da cidade para

pavê Requalificação dos psseios da Rua da

Praia 1.3 Calcetamento de passeios 5000 Melhoramento dos passeios na Avenida

05 de Julho Ex- Edilter Chã de Alecrim Monte Sossego Espia-Cob’Ribera Monte Sossego (Alto S. João) 1.4 Outros trabalhos da rede viária Reabilitação de asfaltagem

9. TOPONÍMIA E GESTÃO DO TERRITÓRIO

A Toponímia permite uma melhor organização da cidade, através da identificação das casas e atribuição do nome de ruas, tendo em atenção a sua história e identidade. Pretende-se atribuir especial atenção na continuidade desse projeto, com vista a melhorar a qualidade de vida da população sanvicentina. Trata-se de uma atividade de grande valia para a Câmara Municipal, que atua sobre a propriedade e o espaço da cidade, porque melhora e facilita os trabalhos diários de identificação e comunicação.

O ano transato, com as exigências do projeto Cadastro Predial que permite esclarecer a titularidade das propriedades, optou-se por atribuir especial atenção ao referido cadastro tendo em conta que as informações daí advenientes servem de suporte e facilitam os trabalhos da toponímia. Pretende-se dar continuidade aos trabalhos já iniciados em algumas zonas da ilha.

9.1 Ações da Toponímia e Gestão de Territorio

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Identificação das ruas e atribuição de um x x x x 4000 número de polícia nas seguintes zonas: Monte Sossego – conclusão

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 25 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Campinho Dji Tsal Monte Cidade Chã Alecrim Madeiralzinho/ Fonte Meio Alto São Nicolau Atrás Escola Técnica/ Chê Guevara Ex Zona Militar Alto Morabeza Alto Mira Mar Montagem de placas com nomes de ruas

a partir do Centro da Cidade

10. CADASTRO PREDIAL

O Projeto Cadastro Predial, financiado pelo MCA – CV II, contemplando as zonas de Salamansa, Baía das Gatas, Lameirão, Mato Inglês, Pé de Verde, Norte Baía, Calhau, Madeiral, Ribeira de Vinha, Ribeira de Julião III e IV, Lazareto e São Pedro, finalizar-se-á em novembro de 2017 e, a partir dessa data, esse processo deverá ser da responsabilidade do Governo e da Câmara Municipal. Este projeto é de suma importância, na medida que permitirá ter um controlo e gestão territorial mais eficaz e sustentável, eliminando certos conflitos sobre o solo, que têm impedido de levar a cabo uma série de ações públicas e privadas. Outrossim, permitirá ainda com a vertente legal, clarificar direitos e contribuir para o desenvolvimento socioeconómico da ilha, através de investimentos turísticos e ainda salvaguardar os interesses do município e de toda a sua área de jurisdição, dos seus planos urbanísticos e a eliminação de duplicações de lotes. Desde 2014 que se iniciaram os trabalhos preparatórios, com a digitalização dos processos físicos do Arquivo do Serviço do Urbanismo e com o Projeto pré-Cadastro, que permitiu fazer o levantamento do existente. Sendo um processo de caráter obrigatório, a área não cadastrada, na cidade do Mindelo, com cerca de 32 mil propriedades, terá custos acrescidos e deverá ser concluído por fases.

10.1 Ações de Cadastro Predial

Trimestre Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º 1 Contratação de prestadores de serviço no Cadastro Predial x x x x 1ª Fase: Centro de Cidade Alto Mira mar Alto Santo António Fortinho/ Atrás Escola Técnica/ Chê Guevara Alto São Nicolau Chã de Alecrim/ Cheguevara Madeiralzinho/ Fonte Meio Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 26 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Alto Morabeza Ex Zona Militar Fonte Filipe/ Fonte Cónego Alto Solarino/ Forca Monte Campinho Dji D’Sal Chã Cemitério Chã Monte Sossego 2º Fase: Monte Sossego Fonte Frânces Fernando Pó Ribeira Craquinha Horte Seca Ribeira Julião I e II 3º Fase: Cruz João Evóra Fonte Inês/ Espia Ribeirinha Vila Nova Lombo Tanque Pedra Rolada Bela Vista Ribeira Passarão/ Chã Vital

11. FISCALIZAÇÃO / POLICIA MUNICIPAL

A fiscalização municipal tem um conjunto de atribuições e tem por missão fazer cumprir o Código de Posturas Municipal e demais legislações da República nas diversas áreas, a saber:  Saúde pública, promovendo medidas de fiscalização geral no propósito de evitar ou suprir situações de insalubridade pública;  Defesa e proteção da natureza e do ambiente vigiando jardins municipais e demais espaços públicos, sob tutela camarária;  Património municipal monitorizando os edifícios e equipamentos públicos municipais, ou outros temporariamente à sua disposição;  Desocupação dos fogos municipais ocupados clandestinamente, criando as condições de realojamento para a execução dos despejos deliberados pela Câmara;  Apoio as ações de realojamento em perfeita articulação com os outros serviços camarários; urbanismo e construção, fiscalizando a legalidade das obras;  Levantamento de autos de notícia correspondentes às contraordenações;  Execução e fiscalização das ordens de embargo;  Execução dos atos administrativos das autoridades municipais;  Elaboração de inquéritos e processos de contraordenação;  Comércio e abastecimento, com acompanhamentos das Inspeções Sanitárias aos estabelecimentos, promovidas pela Delegacia de Saúde;

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 27 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

 Fiscalização do cumprimento do horário de funcionamento dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços;  Fiscalização da ocupação da via pública pelo mobiliário urbano, pelos meios de publicidade e todas as atividades conexas (cargas e descargas, a ocupação de via pública com tapumes, andaimes, depósitos de materiais e equipamentos e contentores para realização de obras);  Fiscalização e acompanhamento das intervenções na via pública, designadamente obras e outras operações urbanísticas.

Perante as diversas atribuições da fiscalização municipal, a Assembleia Nacional decretou a constituição da Policia Municipal que tem por missão a fiscalização do cumprimento das leis, posturas e regulamentos, com vista à defesa e proteção da saúde pública e do meio ambiente, ao respeito às normas de gestão urbanística, de acordo com a Lei n.º 13/IX/2017, de 4 de julho.

Procurar-se-á materializar as seguintes ações:

 Efetivação e instalação da Polícia Municipal, um serviço municipal especialmente vocacionado para o exercício de funções de policia administrativa, com competências, nos termos da legislação vigente;  Controlo da proliferação das construções informais;  Controlo na edificação/demolição de casas de tambores clandestinas;  Em articulação com o Pelouro de Ambiente e a Delegacia de Saúde, encetar ações preventivas, pedagógicas e punitivas, relativamente a criação de animais em locais inadequados;  Continuação da fiscalização de colocação de entulhos na via pública;  Continuação das ações de esclarecimento e divulgação junto ao cidadão, dos regulamentos e posturas municipal, promovendo ações pedagógicas que conduzam a redução dos casos de infração, com recurso à ações programadas no terreno e aos meios de comunicação social;  Continuação das ações que permitem o cumprimento da Lei n. 34/VIII/2013 que estabelece o regime de prevenção e controlo da poluição sonora, visando a salvaguarda do repouso, tranquilidade e do bem-estar das populações;  Implementação gradual do serviço de fiscalização noturna;

11.1 Ações de Fiscalização

Trimestre Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º 1 Formação em temáticas de interesse para a corporação. x x x x 2 Celebração de protocolos com a Policia Nacional e as x x x x Forças Armadas.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 28 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

12. OBRAS MUNICIPAIS, EDIFICAÇÃO E REABILITAÇÃO URBANA

O serviço de obras municipais tem por função assegurar a requalificação e promoção das obras públicas, das quais se destacam arruamentos com pavimentação em calçadas, moradias, programa Esdób Compô Bô Casa.

Com a transferência de alguns edifícios de grande valor patrimonial e histórico, da parte do Governo para a gestão municipal, os desafios ficaram ainda maiores para os próximos anos.

No quadro das competências da Câmara Municipal, pretende-se reforçar as ações que visam a requalificação e valorização do património histórico edificado em estreita colaboração com os pelouros de Planeamento Territorial, Urbanismo, Património e Ambiente, com intervenções conjuntas, que possibilitam a manutenção dos edifícios e espaços envolventes, criando um ambiente mais harmonioso, aprazível e dinâmico, procurando estimular o surgimento, cada vez mais, de espaços lúdicos e culturais na nossa cidade. Continuaremos a priorizar a execução de arruamentos em calçada nos diversos bairros da cidade, contribuindo assim para o melhoramento do ambiente urbano e qualidade de vida dos munícipes.

Importa salientar a gestão das obras no espaço público municipal, tendo como base os princípios de transparência, rigor e profissionalismo.

12.1 Ações de Obras, Edificação e Reabilitação Urbana

Trimestre Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º 1 Requalificação e conservação de edificios x x x x Edifício da Câmara (Paços do Concelho) Edificio do Madeiral Assembleia Municipal Biblioteca Municipal Academia de Música “Jotamont”. Escola Municipal de Música Mercado Central Mercado da Ribeirinha Jardins Infantis Centros Sociais de Lameirão, Madeiral, Calhau e Norte de Baia Centro de Acolhimento dos Doentes Mentais Albergue da Ribeirinha Edificio da ex-Conservatória 2 Manutenções diversas x x x x Praça Dr. António Aurélio Gonçalves-Vedação do Parque Infantil Praça Dr. Baltazar Lopes da Silva Praça Dr. Regalla Requalificação da Praça Dom Luís Cemitérios Municipais

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 29 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Sentinas e fontenários Habitações Sociais Quartel de Bombeiros Placas Desportivas 3 Construções diversas x x x x Construção do Polidesportivo da Zona Norte Construção da Pista de Atletismo no Estádio Aderito Sena Construção de campo de futebol de São Pedro e Calhau

13. AMBIENTE E SANEAMENTO

Os padrões de produção e consumo têm dominado o mundo nas últimas décadas, perturbando o normal funcionamento do meio natural e São Vicente não foge a regra, tendo em conta que a quantidade de resíduos lançados na natureza tem sido superior a sua capacidade de assimilação.

Este plano vai dar continuidade a muitas ações constantes do plano anterior, trazendo reforço para os diferentes setores de intervenção, para darmos uma melhor resposta as demandas dos diferentes setores principalmente a limpeza urbana, ao saneamento e abastecimento, promovendo a extensão da rede pública de esgotos e água, bem como ligação domiciliária à rede.

Apesar de S. Vicente ser uma ilha extremamente árida e ventosa em grande parte do ano, com uma pluviosidade baixa comparada com as outras ilhas, é de realçar o esforço da edilidade no tocante a manutenção dos espaços verdes, assim como a criação de novas áreas, que para além das funções estéticas, criam microclimas específicas, reduz a poluição atmosférica, entre outos benefícios que traz a urbe.

Outro desafio, é reduzir a quantidade de cães vadios nas ruas que, para além de ser incompatível com o desenvolvimento do turismo, põe em causa a saúde pública e perturbam o sossego das pessoas. Serão introduzidas melhorias para uma melhor resposta e satisfação dos munícipes.

13.1 Ações de Ambiente e Saneamento

Trimestre AÇÕES Nº 1º 2º 3º 4º 1 Saúde no trabalho x x x x Despiste sanitário para controladores e trabalhadores afeto aos serviços de risco 2 Planeamento e organização x x x x Elaboração e execução de um programa de sensibilização e educação ambiental envolvendo várias camadas sociais Implementação da recolha ao domicílio de “monstros” (mobílias, colchões e eletrodomésticos velhos) mediante solicitação dos munícipes e com o pagamento de uma taxa Melhorar o Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 30 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Otimização das rotas de recolha domiciliária de resíduos sólidos urbanos Atualização dos planos de recolha das zonas rurais Levantamento Digital da Rede Pública dos Esgotos (continuação) 3 Ações de formação x x x x Técnicos da DSAAE Pessoal saneamento Encarregado, responsáveis e controladores 4 Programa de Comemoração x x x x Dia Mundial do Meio Ambiente Atividades diversas 5 Equipamentos de Proteção Individual para todos os x x x x Sectores DSAAE 6 Ferramentas e Instrumentos de trabalho para todos os x x x x Sectores DSAAE 7 Equipamentos informáticos x x x x Serviço de Limpeza Pública, Saneamento, Cemitério e Serviço Administrativo da DSAAE 8 Mobiliários x x x x Cadeiras, cacifos para o Parque Auto, Serviços de Saneamento, Matadouro Municipal, Cemitério 9 Equipamentos mecânicos x x x x  Viatura cabine dupla para os Serviços da DSAAE;  Máquina retroescavadora-saneamento e limpeza pública;  Pá carregadora-saneamento e limpeza pública;  Camião para varejamento e desobstruções de canalizações esgotos;  Camião basculante para obras saneamento básico;  Camião de caixa aberta e alta para recolha de lixo monstro.  Compactadores de valas;  Aquisição de 2 motorizadas-limpeza Pública;  Báscula para lixeira municipal;  Aquisição de uma vassoura mecânica para o bob cat. 10 Manutenção da Rede Pública de Esgotos x x x x Peças e acessórios para as Bombas de elevação de esgotos Tripé para o levantamento das bombas Tampas metálicas (200) 11 Obras de Saneamento x x x x Pintura das estações de bombagens Calcetamento interno de todas as estações de bombagens Obras de nivelamento e colocação de aros e tampas das caixas de visita Apoio a ligações de casas de famílias carenciadas à rede pública esgotos Extensão da rede pública de esgotos

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 31 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Ligações domiciliárias a rede pública dos esgotos 12 Gestão de Residuo Sólidos e Limpeza Urbana x x x x Contentores (120L, 240L e 800L) e caçambas de 5m3 Carretas de apoio à varredura pública. EPI para a recolha de cadáveres de animais em decomposição na via pública e dos resíduos hospitalares Construção de um parque de lavagem dos contentores e carros de lixo 13 ETAR x x x x Pintura do edifício Obras de manutenção Calcetamento à frente do Laboratório Obras manutenção dos taludes 14 Laboratório x x x x Kits para espetofotometro spectroquant 60, detergente Consumíveis e detergentes, luvas, papel microfiltro e outros 15 Espaços Verdes x x x x Manutenção das diversas praças, jardins e viveiro municipal Obras de reabilitação das praças Poeta José Lopes, Regala, Fernando Pó, Praça Nova, Fonte Francês e Chã de Alecrim Sacos de plástico para viveiros Motosserras, catanas, tesouras de poda e outros Um elevador de pequeno porte para poda de árvores 16 Sentinas e Fontenários x x x x Manutenção e Obras de reparações diversas Construção de uma Sentina em Fernando Pó/Rª Craquinha 17 Parque Auto Municipal x x x x Construção de um alpendre Instalação de GPS em 30 viaturas Implementação de um software de gestão para a frota municipal 18 Oficina Mecânica x x x x Manutenção da Oficina (obras de reparação e pintura) Trabalhos de Bate-chapas e pinturas de viaturas Pneus, máquinas, ferramentas, peças e acessórios para manutenção e otimização das máquinas e viaturas 19 Cemitérios x x x x Manutenção dos Cemitérios da Cidade e de Salamansa Obras de reabilitação diversas nos Cemitérios-construção de uma arrecadação, arranjo dos sanitários 20 Matadouro Municipal x x x x Ligação à rede pública de abastecimento de água Pré tratamento das águas usadas e posterior ligação à rede pública dos esgotos Obras de reabilitação: Abertura de fresta na zona de lavagem, prolongamento da calha para roldana, construção de uma

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 32 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

cisterna e pintura do edifício interior exterior Instalação de um extrator de ar e outros equipamentos 21 Canil Municipal x x x x Revisão das taxas do código de posturas municipal referente a apanha e coima de cães Identificação e registos de animais Materiais e produtos diversos para manutenção do canil

14.TRANSPORTES E EQUIPAMENTOS

No âmbito dos transportes dar-se-á prioridade a realização de atividades que visam a regularização/controlo das licenças emitidas respeitantes aos transportes de mercadorias e pessoas. Na verdade, a Câmara Municipal ao longo dos últimos anos tem pautado pelo controlo rigoroso na emissão de licenças de transportes, tendo como pano de fundo as reais necessidades do mercado, evitando assim, situações de estrangulamento e concorrência desleal.

Procurar-se-á, em articulação, com o pelouro das obras municipais, criar mais parques de estacionamento para as viaturas de transporte para que possam exercer da melhor forma a sua atividade.

No que concerne aos equipamentos, as prioridades na aquisição serão canalizadas para os setores do saneamento/limpeza pública e obras municipais. Como é de conhecimento geral, a expansão da cidade do Mindelo, conduziu a necessidade premente de se reforçar os Serviços de Saneamento e Limpeza Pública. Assim sendo, colocar-se-á acento tónico na aquisição de equipamentos pesados para o setor da limpeza pública e saneamento, nomeadamente, viaturas de recolha de lixo e desobstrução de esgotos. Proceder-se-á também a aquisição de peças e acessórios no âmbito da manutenção do parque-auto municipal.

Em relação aos espaços verdes, e sabendo da sua importância em termos de ordenamento territorial e desenvolvimento sustentável, proceder-se-á a aquisição de equipamentos que permitam melhorar as atividades desenvolvidas nos diferentes bairros.

Em articulação com outros pelouros, contatos serão acionados com as Câmaras Municipais geminadas, visando o fornecimento de equipamentos para os bombeiros municipais e proteção civil.

No que diz respeito às obras municipais, tendo em conta a dinâmica colocada na execução de arruamentos em calçada e passeios e para que se possa abarcar o maior número possível de localidades, pretende-se dotar o setor de mais equipamentos, fundamentais para se atingir o desiderato referenciado. Assim, esforços serão canalizados para a aquisição de mais dois camiões de transporte de inertes.

Convém dizer que em relação aos equipamentos, as aquisições exigem sempre um exercício prévio na definição das reais prioridades, porquanto como é sabido as necessidades são muitas e os recursos parcos.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 33 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

14.1 Ações de Transportes e Equipamentos

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º Regularização/controlo das licenças emitidas respeitantes aos 1 x x x x transportes de mercadorias e pessoas Em articulação, com o pelouro das obras municipais, criar mais 2 x x x x parques de estacionamento para as viaturas de transporte Reforço dos equipamentos dos Serviços de Saneamento e 3 x x x x Limpeza Pública Equipamentos para o setor de obras – dois camiões para o 4 x x x x transporte de inertes

15. ENERGIA

A dimensão energética da Ilha deve ser uma vertente de particular prioridade. Lembrando que se trata de um recurso cada dia mais escasso e mais caro é importante procurar meios alternativos de produção de energias e adoção de atitudes e medidas amigas do ambiente e de baixo consumo. O aumento dos custos associados ao consumo de energia e o seu impacto negativo no meio ambiente exige de toda a comunidade uma atenção especial ao uso eficiente deste bem.

Assim é importante a participação da Câmara em:  Incentivar, lá onde for possível, na investigação cientifica e tecnológica no domínio das energias eólica, solar, das ondas do mar, geotérmica, etc;  Continuar a política de incentivo a poupança de energia nomeadamente fornecendo lâmpadas de baixo consumo;  Apoiar famílias mais carenciadas no acesso a energia;  Reforçar a iluminação pública nomeadamente nos espaços públicos do município, bem como colaborar com os projetos em curso no setor da energia no município;  Acompanhar a política do Governo no sentido da materialização dos objetivos de garantir a cobertura de 100% em termos de fornecimento de energia e água em toda a Ilha.

15.1 Ações de Energia

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 Manutenção da iluminação pública Solar de Salamansa x x x x Ações de sensibilização dos munícipes para a redução do 2 consumo de energia como também no uso de energias x x x x renováveis Incentivo a investigação cientifica e tecnológica no domínio das 3 x x x x energias eólica, solar, das ondas do mar, geotérmica, etc.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 34 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

16. AÇÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL, EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, HABITAÇÃO E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, INFÂNCIA E PROTEÇÃO DE MENORES, SAÚDE E IGUALDADE DE GÉNERO

AÇÃO SOCIAL

O desafio da área social da Câmara Municipal de S. Vicente é dar continuidade aos projetos criados nos anos anteriores, reforçar as suas estruturas físicas e garantir melhorias nas condições de trabalho dos seus funcionários, no sentido de oferecer um serviço de melhor qualidade aos utentes.

Assim sendo, destacamos os seguintes projetos, já existentes:

Centro de Acolhimento para Crianças com Vulnerabilidades Especiais – Aberto pela Câmara Municipal de S. Vicente, em junho de 2015, com condições para proporcionar a essas crianças e suas famílias momentos felizes, de alegria e conforto. Além de dar continuidade as atividades, pretende-se adquirir uma viatura para transporte das crianças e trabalhar para conseguir um financiamento, junto dos parceiros internacionais, para construção de um parque infantil no centro.

Centro de Formação Profissional – Com a remodelação do espaço do centro de formação profissional, pretende-se criar um projeto de emprego e formação profissional em costura criativa, para jovens mulheres desempregadas e empreendedoras. Pretende-se ainda desenvolver mais dois cursos de capacitação em calcetamento artístico, dois cursos de Inglês, 1 curso de guia turístico e um curso de jardinagem. O espaço do centro de formação será dinamizado, através de uma parceria entre a Câmara Municipal e a Associação DAMATA, com um cyber para os jovens do madeiralzinho desenvolverem as suas atividades educativas.

Loja Social – dar continuidade ao projeto que beneficia famílias que vivem em situação de extrema pobreza, com cestas básicas, bens da primeira necessidade e angariação de novas parcerias para abranger o maior número possível, de famílias apoiadas.

Centro de Atenção Psicossocial, álcool e droga (CAPS-ad) – centro situado na zona de Ribeira Bote, que conta com os serviços de 4 psicólogos, no atendimento individual de jovens e adultos toxicodependentes, bem como em sessões de terapia de grupo. São desenvolvidas nessa instituição, várias atividades com os familiares dos pacientes e a nível das comunidades. Pretende-se fazer um trabalho articulado com a Delegacia de Saúde e a Delegação da Educação de S. Vicente, no âmbito da campanha da Presidência da República “Menos Álcool Mais Vida”.

Centro de Acolhimento dos Doentes Mentais de S. Vicente – pretende-se estabelecer, com o Ministério da Saúde de Cabo Verde, uma parceria com vista a restauração do Albergue da Ribeirinha (antigo Lar “Nhô Djunga”) para transferência dos internos da Centro de Acolhimento dos Doentes Mentais do Centro Social de Vila Nova e os internos/dia do Centro de Terrapia Ocupacional da Ribeira de Vinha. O Centro Social de Vila Nova irá albergar o projeto de acolhimento das crianças de rua.

Rede Social Saúde – projeto que conta com o apoio de um enfermeiro, um médico, um fisioterapeuta e uma técnica social da CMSV, que consiste no atendimento domiciliário a Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 35 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

doentes acamados e pessoas idosas, 3 vezes por semana, para a prestação de cuidados médicos básicos.

Apoios sociais  Apoio a 62 indivíduos, sero positivos, que vivem em situação de precaridade.  Atribuição de propinas escolares para alunos oriundos de famílias carenciadas, transporte escolar para alunos das zonas rurais e kites escolares também para os mais carenciados.  Continuação da parceria com as Universidades no sentido de ajudar os jovens mais carenciados a frequentarem o ensino superior.  Apoio a pessoas carenciadas para a realização de análises, ecografias, compra de medicamentos, e pagamento de propinas para a frequência de cursos de formação profissional.

Novos projetos:

 Construção de um centro de recuperação de toxico dependentes em parceria com o Ministério da Saúde;  Reabilitação e dinamização dos centros sociais das zonas rurais de Salamansa, Madeiral, Lameirão, Norte de Baía, Ribeira de Vinha e São Pedro,  Efetivação do projeto “Uma mão para as Mulheres Empreendedoras” – às mulheres empreendedoras em situação de dificuldade com os seus negócios, com falta de melhores condições em termos de equipamentos, espaços e materiais, dar-se-é uma atenção no sentido de as ajudar a manter os seus negócios, inovando e melhorando as suas condições de trabalho.  Abertura de um Centro de Acolhimento para crianças de rua, para minimizar a situação atual existente em S. Vicente, em relação a essa problemática;  Abertura de um centro de dia para idosos que vivem isolados e em situação de pobreza.

Habitação

 Continuidade do programa “Esdob compô bô casa”;  Promoção de uma campanha de pintura das habitações em vários bairros;  Construção de 88 habitações sociais no Bairro de Portelinha, para realojamento dos habitantes das casas de tambor, dessa localidade - projeto do Governo de Cabo Verde e Câmara Municipal de S. Vicente, financiado pelo Governo Chinês.  Atribuição de 80 habitações sociais de classe A do “Programa Casa para Todos”.  Atribuição de 51 habitações sociais financiadas pelo Governo de Cabo Verde, no âmbito do “Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades” (PRRA).

Saúde e Igualdade de Género

Desenvolvimento de atividades, no âmbito das parcerias com a VERDEFAM e Delegacia de Saúde e abertura de um gabinete de apoio à vitima, em parceria com o instituto de igualdade e equidade do género.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 36 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

As atividades ligadas ao pelouro de infância e de ação social serão desenvolvidas em parceria com o Ministério de Inclusão Social, estando previsto a passagem dos jardins de infância desse Ministério, para a gestão da Câmara Municipal bem como todo o serviço de atribuição de apoios sociais e os lares de idosos.

16.1 Ações para as áreas de Formação Profissional e Emprego, Habitação, Ação Social e Desenvolvimento Local

Trimestre Custo/Font.Finan Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Promoção de 8 cursos de capacitação x x x x 1500 profissional 2 Construção de habitação social x x x x 20000 3 Reabilitação de casas no âmbito do programa x x x x 10000 ´Esdób Compô Bô Casa 4 Ajuda através da loja social, cerca de 500 x x x x famílias carenciadas, com bens alimentícios, vestuários, materiais escolares, cadeiras de roda entre outros 5 Atribuição de kit’s escolares a 1000 alunos do x 400 ensino primário 6 Atribuição de propinas escolares a 1000 x x x x 2000 alunos do ensino secundário 7 Atribuição de transporte escolar a 500 alunos x x x x 2000 das zonas rurais 8 Atribuição de micro crédito a 50 mulheres x x x chefes de família 9 Atribuição de subsídos a estudantes x x x x 10000 universitários de famílias carenciadas 10 Intervenções nos centros sociais da zonas x x x x rurais 11 Atribuição de apoios para medicamentos, ecografias, análises, pagamento de propinas para formação profissional 12 Abertura de Centro de dia para idosos x x x x

16.2 Ações de Saúde

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 37 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Trimestre Custo/Font.Fina n Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Funcionamento do Centro de Acolhimento x x x x 4000 dos Doentes Mentais 2 Ações de formação e de sensibilização dos x x x x 1000 efeitos do uso abusivo do álcool e das drogas 3 Apoio aos diabéticos bem como ações de x x x x 600 sensibilização 4 Ações de prevenção contra o HIV, bem x x x x 2000 como subsídios aos portadores do HIV 5 Funcionamento do Centro de Apoio x x x x 2000 Psicosocial, álcool e droga - (CAPS-ad) 6 Rede Social de Saúde x x x x 600 7 Saúde Oral 300 8 Continuidade do projeto Promoção de x x x x Saúde nas Comunidades em todos os bairros com habitações sociais da CMSV 9 Funcionamento do Centro de Acolhimento x x x x 2500 de Crianças com Paralisia Cerebral 10 Comparticipação na campanha de Limpeza x x x x aos edifícios públicos abandonados 11 Palestras sobre saúde pública x x x x 12 Criação do Centro de Acolhimento para x x x x Toxico dependentes

16.3 Ações para Infância e Proteção de Menores

Trimestre Custo/Font.Finan Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Apoio aos alunos mais carenciados com x x x x subsídios para transporte, propinas e material escolar 2 Comemoração do Dia Internacional da x x x x

Crianças 3 Manutenção da rede dos jardins-de-infância x x x x

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 38 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

4 Assinaturas de protocolos com a FICASE e x x x x outras instituições com o objetivo de os jardins afetos a CMSV, serem contemplados com o fornecimento de géneros e outros kit´s escolares 5 Assinatura de protocolos com instituições x x x x nacionais e estrangeiras 6 Abertura do Centro de Acolhimento para x x x x crianças de rua 3000 7 Gestão dos Jardins do Ministério de Inclusão x x x x Social

16.4 Ações da Equidade de Género

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º Apoio as mulheres chefes de família para o desenvolvimento de 1 atividades geradoras de rendimento x x x x Apoio o gabinete de atendimento às vítimas de violência 2 doméstica x x x x Reforço do intercâmbio com as ONG’s na promoção e divulgação 3 dos direitos humanos x x x x Palestras sobre temas relacionadas com a vida em sociedade 4 (álcool, drogas, HIV Sida, prostituição, e outros) x x x x

5 Promoção de igualdade de Género em parceria com ONG’S x x x x 6 Formação profissional para vítimas de VBG x x x x 7 Criação de Gabinete de Apoio a Vítima de VBG

17. PROTEÇÃO CIVIL E SEGURANÇA

Com a entrada em vigor da Lei de Bases da Proteção Civil (Nº 12/VIII,2012 de 07 de março), legislação fundamental que regula o sistema de proteção civil e a gestão dos desastres em Cabo Verde, essa lei veio clarificar as funções do Serviço Nacional da Proteção Civil e as dos Serviços Municipais de Proteção Civil e Bombeiros. Este diploma impôs aos municípios a organização dos serviços municipais de proteção civil e identificação das competências do comandante operacional municipal, ao qual cabe desenvolver atividades de planeamento de operações, prevenção de riscos coletivos inerentes à situação de acidente grave ou catástrofe, de origem natural e/ou tecnológica, de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 39 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

A Proteção Civil é uma atividade que tem caráter permanente, multidisciplinar e plurissetorial, cabendo a todos os órgãos e departamentos da Administração Pública promover as condições indispensáveis à sua execução, de forma descentralizada, sem prejuízo do apoio mútuo entre organismos e entidades do mesmo nível ou de nível superior que tem por objetivo prevenir os riscos coletivos e a ocorrência de acidente ou de catástrofe deles resultantes, entre outros.

Procurar-se-á materializar as seguintes ações:  Dar continuidade ao estudo das situações de riscos grave coletivo no Concelho, tendo em vista a adoção de medidas de prevenção;  Continuar os encontros entre entidades e agentes locais da Proteção Civil, para o desenvolvimento das ações neste setor, que exigem ações coordenadas, com base nos Planos de Contingência Setoriais.  Manter a coordenação entre as entidades e agentes que integram a Proteção Civil Local (elaborar o circuito de comunicação de emergência e atualizar a lista telefónica dos agentes e empresas que fazem parte dos núcleos de emergência de Proteção Civil previstas no Plano de Emergência Municipal para situações de calamidades);  Manter atualizado o inventário dos meios e recursos existentes em maquinaria e equipamentos no Município de São Vicente, a serem requisitados em situações de emergência;  Informar e formar as populações, visando a sua sensibilização em matéria de autoproteção e de colaboração com as autoridades;  Criar programas para comemoração das datas ligadas a Proteção Civil e Bombeiros;  Aproveitar outras atividades municipais para sensibilização em matéria da proteção civil, nomeadamente dia internacional do ambiente, festivais, romaria e outros, com a distribuição de desdobráveis;  Estabelecer protocolos e definir medidas de atuação rápida com os serviços nomeadamente: Saúde, Polícia Nacional e Forças Armadas em situações de acidentes graves;

17.1. Bombeiros Municipais

Os bombeiros municipais têm por missão o socorro às populações em todos os acidentes e, a prevenção e o combate a incêndios em todo o território municipal. Especificamente, a sua missão consiste no socorro em todos os acidentes, catástrofes e calamidades, bem como a prevenção contra incêndios em edificações e recintos durante a realização de eventos públicos. Aos bombeiros compete a tarefa da emissão de pareceres técnicos, no que concerne a prevenção e segurança contra sinistros e riscos de incêndio. Poderão colaborar em funções com fins específicos no âmbito de ações para o exercício de atividades de formação cívica nos domínios da prevenção, e funções que se enquadrem nos seus fins específicos para as quais estejam tecnicamente preparados.

Tendo em conta essa missão e face a necessidade de reforço do corpo dos bombeiros a Câmara Municipal de S. Vicente pretende levar a cabo uma campanha de sensibilização para que os jovens possam integrar na corporação como voluntários.

Das ações a serem realizadas, destacam-se:

 Capacitação dos elementos afetos a corporação;

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 40 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

 Preparação do pessoal. (Treinos operativos, preparação física);  Dotaçao do serviço de uma viatura de Combate a Incêndios de tamanho médio com capacidade para 1.800 a 2.400 litros de água;  Continuação do desenvolvimento de parcerias com outros serviços por forma que possamos reforçar a corporação com equipamentos;

17.1.1 Ações dos Bombeiros Municipais

Trimestre Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º 1 Apoio na elaboração e implementação do Plano de x x x x Proteção Civil e do Plano de Emergência e Intervenção 2 Execução o programa em articulação com a Proteção x x x x Civil, Policia Nacional e outras entidades ligadas a segurança pública 3 Promoção de ações de prevenção e sensibilização com x x x x objetivo de minimizar riscos naturais e humanas 4 Capacitação dos efetivos da corporação. x x x x 5 Celebração de protocolos com a Policia Nacional e as x x Forças Armadas 6 Reforço do serviço de ambulância x x x x 7 Reforço dos equipamentos de combate a incêndio x x x x 8 Viatura de Combate a Incêndios de tamanho médio com x x x x capacidade para 1.800 a 2.400 litros de água

18. ORDENAMENTO E SEGURANÇA RODOVIÁRIA

A melhoria do ordenamento e segurança rodoviária estarão ligados a um plano integrado de sinalização e requalificação urbanística que irão asseguar o planeamento do desenvolvimento da rede de estradas do município, e consequente conservação.

No domínio do trânsito, pretende-se dar continuidade as ações de melhoria da sinalização rodoviária em articulação com o Instituto de Estradas, a Direção de Viação, Policia Nacional, Proteção Civil, Empresas de Transporte Publico, Escolas de Condução e Associações.

Um dos principais propósitos passa pela melhoria da sinalização rodoviária, mormente, nas zonas periféricas com a finalidade de garantir a segurança nas nossas estradas.

Procurar-se-á resolver, de acordo com os recursos disponíveis, as deficiências já identificadas no domínio da sinalização e que carecem de intervenção imediata e reforçar as ações de sensibilização dos munícipes para uma condução responsável e um bom uso das infraestruturas rodoviárias.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 41 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

18.1 Ações de Ordenamento e Segurança Rodoviária

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 Diagnóstico da sinalização rodoviária em S.Vicente x x x x 2 Melhoria da sinalização horizontal e vertical em diversas zonas x x x x 3 Manutenção da sinalização existente x x x x 4 Colocação de resguardos de passeios x x x x 5 Intervenções de melhoria da segurança rodoviária x x x x 6 Reforço da sinalização informativa/ turística x x x x Criação de mais parques de estacionamento no centro e 7 x x x x arredores da cidade Ações de sensibilização dos munícipes para uma condução 8 x x x x responsável e um bom uso das infraestruturas rodoviárias.

19. TURISMO

“A paisagem em uma cidade não existe simplesmente para ser vista, mas também para ser descoberta, explorada, analisada, percorrida pelo observador, a fim de buscar sua história, sua memória, ou seja, seus registros de passado e presente que, juntos, formam um atrativo turístico”

O turismo é uma atividade que abrange a valorização de uma localidade e que gere recursos graças aos seus efeitos multiplicadores nas economias locais. Partindo-se deste princípio o desenvolvimento do turismo passa pelo desenvolvimento de estratégias que colocam acento tónico numa oferta turística diferenciada e sustentável, pautada por uma integração dos visitantes com as comunidades locais num processo de aprendizagem e troca de experiências. Uma das questões que se encontra na ordem do dia da agenda governamental prende-se com a expansão e afirmação de Cabo Verde como destino turístico de qualidade. São muitas as questões que merecem reflexões profundas, a saber: que tipo de turismo escolher, como proceder a valorização do património construído e imaterial, como gerir os fluxos migratórios internos e vindos do exterior, entre outras.

Turismo se faz com produtos e serviços, tornando-se fundamental o desenvolvimento e aprofundamento de conhecimentos nos mais variados domínios do saber visando garantir a qualidade, qualificação e competitividade neste setor que é considerado a maior indústria do mundo pelas suas repercussões no volume de negócios e no emprego.

A sustentabilidade do turismo só é possível com a envolvência de atores dos vários domínios do conhecimento, tendo como pano de fundo as questões ambientais, culturais, politicas e económicas que se encontram intimamente relacionadas com o turismo. O Pelouro do Turismo é transversal a outras áreas de atuação do município, exigindo assim uma discussão profícua dos projetos a serem implementados e uma articulação constante visando a valorização e promoção da nossa cidade, consubstanciada, entre outras, nas intervenções de requalificação urbana e ambiental, saneamento e valorização do património histórico edificado e nos vários eventos culturais desenvolvidos ao longo do ano com potencialidades turísticas.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 42 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Em estreita articulação com o programa do Governo, esforços serão encetados para que São Vicente, paulatinamente, possa afirmar-se como destino turístico urbano, cultural e náutico.

Continuamos a ressaltar a importância do desenvolvimento do turismo em São Vicente no quadro da afirmação de parcerias público-privada, de diálogo aberto e profícuo e reforçando a finalidade social do turismo, ou seja, criando condições que permitem a melhoria da qualidade de vida da população, a sua finalidade económica, gerando recursos e dinamizando as atividades económicas e a sua finalidade cultural ao potencializar e difundir as nossas manifestações culturais.

Pretende-se:

 Em articulação com a Associação Amigos da Natureza, Centro de Estudos Rurais e Agrícolas internacionais (CERAI), apoiar o projeto em curso da Rede de Promoção do Turismo Solidário e Inclusivo, do desenvolvimento sustentável e valorização do território na ilha de São Vicente;  Proceder a implementação do projeto de Catalogação e Sinalização do Património Histórico e Cultural Edificado da cidade do Mindelo, fundamental para a criação de roteiros turísticos, tais como: o roteiro da presença dos ingleses em São Vicente;  Dar continuidade ao melhoramento da Sinalização turística em São Vicente;  Ser uma parceira estratégica na implementação de projetos privados que visam a dinamização do turismo em São Vicente;  Em articulação com diversas entidades proceder a organização do congresso internacional “Smart Island World Congress”, agendada para Fevereiro de 2018 em São Vicente;  Analisar com o Governo, através do Fundo do Turismo, vários projetos que visam potencializar a oferta turística diferenciada e sustentável de São Vicente, no âmbito da requalificação urbana, reabilitação das praias balneares, criação de zonas de lazer, aumento dos espaços verdes e projetos que visam aumentar a oferta de camas.

19.1 Ações de Turismo

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Desenvolvimento de projetos x x x x 106000 direcionados para a melhoria do destino PPA turismo 2 Continuidade do apoio ao projeto em x x 4000 curso da Rede de Promoção do Turismo Solidário e Inclusivo 3 Implementação do Projeto de x x 1000 Catalogação e Sinalização do Património Histórico edificado 4 Continuidade da melhoria da x x x x sinalização dos pontos turisticos em São Vicente 5 Organização com demais parceiros, do x Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 43 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Congresso internacional “ Smart Island Congress” 6 Apoio nas atividades que visam a x x x x promoção turística da ilha 7 Acompanhamento da implementação x x x x de projetos imobiliários visando a melhoria da oferta turística 8 Apoio as atividades, transversais a x x x x outros pelouros, que visam a melhoria das praias em São Vicente 9 Participação nas atividades x x x x desenvolvidas pela 3C (Comunidade Cabo-verdiana de Cruzeiros) 10 Desenvolvimento de ações no âmbito do Projeto ECOTUR-Azul

20. ATIVIDADES DO MAR

A par de causas nacionais tão importantes como a educação ou o aumento da produtividade e da competitividade da economia, deve-se tirar o pleno partido do mar, enquanto recurso natural e base de expansão da atividade económica.

A economia do mar é um tópico que ganha cada vez mais oportunidade e sentido. Necessitamos encontrar novas bases sustentáveis de crescimento económico, e que uma aposta nos nossos recursos naturais, na nossa geografia e na nossa ligação ao mar seja um passo importante para a criação dessas bases.

O ordenamento dos espaços marítimos e da orla costeira deve ser desenhado como um instrumento estratégico ao serviço do desenvolvimento do País, salvaguardando o ambiente, mas não utilizando esta restrição como uma escusa para impedir o crescimento económico das atividades marítimas.

Uma palavra de confiança, para toda uma cultura marítima que urge reavivar e estimular, quer enquanto substrato essencial ao desenvolvimento da economia do mar, quer enquanto elemento catalisador de uma nova dinâmica em torno de atividades como a náutica de recreio, o turismo ou os desportos marítimos.

As águas territoriais de Cabo Verde permitem a realização de atividades em campos diversificados, nomeadamente, pesca, indústrias navais, transporte marítimo, desportos náuticos e outros.

O mar é uma das riquezas do país, contribuindo para o sustento das famílias, através da atividade tradicional de pesca. Sempre foi considerado um setor estratégico para o desenvolvimento económico das ilhas, estando em curso vários projetos que visam a valorização das potencialidades da Cabo Verde no domínio do mar onde é de se destacar o projeto da Zona Económica Especial de Económica Marítima em São Vicente (ZEEEMSV).

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 44 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

20.1 Ações de Atividades do Mar

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º Estabelecimento de parcerias com as Instituições e 1 x x x x Associações ligadas ao mar Apoio às comunidades piscatórias dando formações aos 2 x x x x pescadores e as suas famílias Promoção dos desportos náuticos como o surf, body board, 3 x x x x windsurf, natação, mergulho, regata, passeios de barcos 4 Congregação de esforços na limpeza e segurança das praias x x x x 5 Apoio aos desportistas náuticos x x x x 6 Dinamização das “Casas de Pescadores” x x x x Transformação das comunidades onde se pratica a pesca artesanal num produto turístico, dando oportunidade aos 7 x x x pescadores de terem uma segunda opção de fonte de rendimento

21. MERCADOS E FEIRAS

A economia da ilha de São Vicente sempre foi baseada no comércio e na prestação de serviços. Para além do comércio, as atividades mais importantes e dominantes da ilha, são a pesca, a pecuária, entre outras, essencais para a criação de atividades geradoras de rendimento, impulsionando o auto-emprego.

Os mercados são pontos estratégicos de comércio e de vivências culturais importantes, locais de visita quase obrigatória daqueles que nos visitam, pelo que, esforços continuarão a ser canalizados na melhoria dos mercados da ilha, tornando-os mais apraziveis e salvaguardando sempre a saúde pública. Procurar-se-á reforçar as atividades que visam a realização de feiras de artesanato, gastronomia, entre outros, fundamentais para a economia local e a promoção da cultura.

21.1 Ações de Mercados e Feiras

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 Participação em feiras internas e externas x x x x 2 Apoio na realização de feiras x x x x Apoio na organização do Fórum Permanente de Artesanato e 3 x Design (URDI) Organização e promoção de feiras de artesanato nas ruas com 4 x x x x pavimentação artística Uniformização dos preços dos mercados de acordo com a tabela 5 x x x x em vigor (mercados de Ribeirinha e de Monte Sossego)

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 45 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

6 Abertura do Mercado de Peixes nos feriados x x x x Obras de reabilitação dos Mercados Central (bancas), Ribeirinha 7 x x x x e Monte Sossego 8 Obras de reabilitação da Praça Estrela (iluminação e barracas) x x x x

22. ATIVIDADES ECONÓMICAS

A dinamização da economia de São Vicente exige, cada vez mais, a articulação entre diversas entidades públicas e privadas, no quadro de um diálogo continuo e construtivo, visando melhorar o ambiente de negócios, estimulando o crescimento e consolidação das empresas existentes e a criação de novas empresas geradoras de emprego. Como é de conhecimento geral, urge fomentar a criação de postos de trabalho na ilha, fundamental para a diminuição das desigualdades sociais, o reforço da coesão social, vetores importantes para o desenvolvimento sustentável e equilibrado da ilha.

Neste sentido, os investimentos devem ser canalizados com o propósito de estimular o incremento de atividades no domínio do turismo, da industria e da prestação de serviços. Continuaremos a estar fortemente engajados com o Governo na melhoria das condições para atração do investimento externo e em especial na criação da Zona Económica Especial de Economia Marítima em São Vicente, e a implementação do Centro Internacional de Negócios.

O Município, continuará a reforçar o seu papel de facilitador, consubstanciado no diálogo constante com o governo, setor privado e demais entidades públicas e privadas, buscando assim as melhores soluções para a ilha e procurando afirmar, cada vez mais, como um parceiro estratégico na consolidação e atração do investimento interno e externo nos mais diversos setores da economia.

22.1 Ações de Atividades Económicas

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 Promoção de diálogo constante com as diversas instituições x x x x públicas com competências no domínio do desenvolvimento empresarial, entre outras, a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Barlavento, Câmara de Comércio de Barlavento, ADEI e a Agência de Turismo e Investimentos de Cabo Verde e com o setor privado, na busca de soluções conjuntas que possam melhorar o ambiente de negócios, potencializando a consolidação e crescimento do tecido empresarial 2 Acompanhamento das atividades em curso, em parceria com x x x x as várias entidades envolvidas, que visam a materialização do projeto de criação da zona económica especial de economia marítima em São Vicente (ZEEEMSV) 3 Incentivo ao investimento no setor das NTIC`S, através da x x x x implementação do Parque Tecnológico de São Vicente, estratégico para fomentar a criação de emprego em diversas Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 46 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

áreas associadas ao desenvolvimento tecnológico e a prestação de serviços 4 Dialogo com o Governo, no sentido da implementação de x x x x estratégias que visam dinamizar o Parque Industrial de Lazareto, atraindo possíveis investidores, evitando, assim, a aceleração do processo de declínio em que já se encontra 5 Fomento a investimentos de apoio ao setor das pescas e das x x x x industrias criativas, este último associados as diversas atividades culturais desenvolvidas na ilha 6 Apoio a criação de pequenos negócios geradoras de x x x x rendimento por parte das famílias 7 Em articulação com o pelouro do turismo promover a ilha x x x x como destino para implementação de projetos imobiliários e prestação de serviços associados ao setor turístico 8 Em parceria com as universidades, apoiar a realização de x x x x estudos centrados no desenvolvimento económico da ilha, mormente estimulando a implementação de pequenas empresas na área da prestação de serviços 9 Apoio na implementação de ideias inovadoras que possam x x x x estimular a criação do emprego jovem 10 Apoio as atividades desenvolvidas no âmbito do Agronegócio x x x x e Agroindústria, auxiliando na organização de feiras e outras atividades que possam promover os produtos locais 11 Acompanhamento do processo de reestruturação da x x x x Sociedade de Gestão da Zona Industrial de Lazareto (SGL)- Parque Industrial de Lazareto- visando a sua modernização, para que realmente possa desempenhar a sua função de atrair investimento externo, promover e incentivar iniciativa privada e investimento nacional, promover o desenvolvimento industrial, criar emprego e aumentar a exportação do país 12 Em articulação com o pelouro da Fiscalização, dar x x x x continuidade a revisão dos procedimentos inerentes a emissão de licenças de comércio a retalho, promovendo a igualdade de oportunidades, transparência e legalidade e salvaguardando a saúde pública

23. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E COMUNICAÇÃO

Os grandes desafios inerentes ao processo de desenvolvimento sustentável e equilibrado de São Vicente exigem o reforço do diálogo com diversos parceiros na definição conjunta de estratégias que possam impulsionar a economia da ilha e fazer face aos problemas que nos afligem, entre outros, o aumento do desemprego, a pobreza e a exclusão social.

Neste sentido, torna-se fundamental o estabelecimento de uma relação próxima com as diversas entidades e o cidadão, na apresentação e discussão das ações a levar a cabo e auscultação constante das opiniões e anseios da população. Reveste-se de capital importância o desenvolvimento de estratégias e processos de comunicação que possibilitem a ampliação da visibilidade do Município de São Vicente.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 47 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

Assim sendo, pretende-se reforçar as ações que visam a divulgação das atividades desenvolvidas pelo Município nas mais diversas áreas para que o cidadão residente e a diáspora possam contribuir de forma efetiva no processo de desenvolvimento local. Pretende-se, igualmente, reforçar a comunicação com os investidores, divulgando todas as atividades realizadas ao longo do ano, que se revestem de suma importância para a afirmação de São Vicente como destino turístico urbano, cultural e náutico.

23.1 Ações de Relações Institucionias e Comunicação

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Continuidade a edição da Revista “ x x x x 250 Soncent” 2 Publicação da agenda cultural de São x x x x 600 Vicente 3 Reforço da comunicação com x x x x investidores e demais parceiros visando a implementação de projetos em São Vicente 4 Colaboração com a comunicação social x x x x visando a divulgação das atividades municipais 5 Publicação da revista “ Vila Leopoldina” x x 6 Publicação em concertação com outros x x x x serviços municipais, de informações que permitem assegurar o cumprimento do direito à informação 7 Apoio a iniciativa privada no que toca a x x x x publicação de revistas/ livros sobre São Vicente 8 Desenvolvimento de programas da x x x x 200 CMSV para a rádio 9 Reedição dos Calendários com figuras x x x x 150 de São Vicente 10 Promoção de estudos e sondagens de x x x x 200 opinião sobre o funcionamento dos serviços da CMSV (Expetativas e Grau de Satisfação dos munícipes)

24. GEMINAÇÕES

No mundo global em que vivemos, a interação que as cidades desenvolvem com outros locais ocupa um lugar de destaque em relação as preocupações em torno da sua localização geográfica. Na verdade, para fazer face aos desafios cada vez mais exigentes e globais de desenvolvimento local, hoje as cidades promovem iniciativas de solidariedade estratégica, cooperação e troca de experiências com diferentes países e cidades. Tais

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 48 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

iniciativas constituem um vetor importante para a projeção das cidades não apenas a nível local, mas acima de tudo a nível global, ou seja, as cidades vivem e se projetam no âmbito de relações estabelecidas em rede.

Neste contexto, as geminações proporcionam uma ligação dinâmica entre as cidades, ao se encetar contatos livres e diretos, que dão corpo a um conjunto variado de iniciativas descentralizadas de intercâmbio e cooperação.

Como sublinha Xavier (2016:4) “as geminações, sendo um campo aberto ao marketing territorial, podem ser entendidas como espaços favoráveis à promoção da cidade a níveis que vão do turismo ao económico, politico e /ou cultural e que passam pela formação de parcerias, laços e contatos estratégicos suscetíveis de apoiarem e desenvolverem ações conjuntas de interesse local, numa partilha de objetivos e interesses das cidades face a globalização.”

A história do Município de São Vicente é marcada pela sua capacidade, ao longo dos tempos, de firmar geminações com diversas cidades, cujas relações e partilha de experiências permitiram dar resposta a muitos desafios atinentes ao desenvolvimento da ilha, nomeadamente na infraestruturação, na transferência de conhecimentos e saberes nos mais diversos campos e na disponibilização de equipamentos urbanos.

No referido contexto global, torna-se de importância assinalável que se reforça os mecanismos que possibilitam ao Município, cada vez mais, a captação de recursos financeiros, inovação e troca de experiências em diversas áreas, fundamental para que a ilha possa paulatinamente afirmar-se como um local apetecível para a materialização de investimentos impulsionadoras de uma nova dinâmica económica, social, cultural e ambiental.

Pretende-se reforçar os programas de geminações existentes com os diversos municípios portugueses e estabelecer novos programas com cidades de outros países.

24.1 Ações de Geminações

Trimestre Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º 1 Reforço da cooperação no domínio da formação x x x x técnica, dando continuidade a formação de jovens em diversas áreas do saber e na capacitação técnica dos recursos humanos da Câmara Municipal 2 Reforço da cooperação no domínio da troca de x x x x experiências culturais, que se revela de suma importância para a promoção cultural da ilha 3 Reforço da cooperação no sentido de permitir a x x x x aquisição e disponibilização de equipamentos urbanos e equipamentos para os Serviços dos Bombeiros e Saneamento básico 4 Reforço da cooperação visando a promoção da ilha, x x x x enquanto destino turístico urbano, cultural e náutico 5 Reforço da cooperação visando a troca de x x x x Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 49 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

experiências no domínio da implementação de projetos sociais 6 Reforço da cooperação no domínio do urbanismo e x x x x infraestruturação visando a materialização de projetos que permitam a requalificação e valorização da ilha 7 Reforço da cooperação, em estreita colaboração com a x x x x Câmara de Comércio e outras entidades, no sentido de fomentar a atração de investimentos estrageiros e da diáspora para a ilha 8 Reforço da cooperação descentralizada no sentido de x x x x permitir o contato das associações, ONG`s , agentes empresarias, universidades e agrupamentos locais com as cidades geminadas na promoção do mútuo intercâmbio e desenvolvimento de parcerias permanentes

25. EMPREENDEDORISMO

Sob a nova ótica de um mundo globalizado e sem fronteiras, a atividade empreendedora reveste-se de fundamental importância para o processo de desenvolvimento económico de uma comunidade e de uma nação, pois estimula o crescimento gerando novos empregos, novas tecnologias e novos produtos e serviços.

A visão tradicional do empreendedorismo é que os empreendedores ocupam nichos de mercado, visualizam onde há espaços a serem preenchidos, fazem algo de forma oportunista, diferenciada, criativa e revolucionária que atenda as necessidades, interesses ou desejos de uma clientela, fazendo esta combinação perfeita para o sucesso.

No entanto, a escassez de postos de trabalho e a sensação de futuro incerto podem exercer uma pressão no indivíduo, motivando-o a criar seu próprio negócio como forma de assegurar o seu sustento, ou seja, desenvolvendo uma atividade empreendedora.

No século XIX não se ouvia falar no termo empreendedorismo, em Cabo Verde, mesmo assim pode-se considerar que somos uma nação de grandes empreendedores. O empreendedor é o “motor da economia”, um agente de mudanças. Assim, o problema do empreendedorismo parece estar no desenvolvimento da cultura empreendedora.

Cabo Verde tem feito um percurso interessante em termos de consciência e importância do empreendedorismo, tanto para o Governo Nacional e Local, como para o sector privado, organizações e o próprio sistema de ensino, mas é preciso apostar ainda mais. É extremamente importante termos cada vez mais pessoas motivadas, qualificadas e preparadas para empreender, o que poderá trazer maior desenvolvimento local e regional, reduzindo índices de desemprego.

A Câmara Municipal de São Vicente tem vindo a apostar num leque diversificado de medidas/políticas para fazer face às vulnerabilidades, entre as quais o estímulo ao empreendedorismo jovem, visando incentivar a iniciativa privada/empresarial, com reforço da competitividade para o desenvolvimento socioeconómico.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 50 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2018

III. CONCLUSÃO DO PLANO DE ATIVIDADES

Numa fase em que o Município atravessa um melhor equilíbrio quer do ponto de vista da sustentabilidade dos serviços quer na vertente financeira, apresenta-se este Plano para 2018 que não deixa de ser ávido no domínio da modernização e requalificação do património edificado, mas também nas metas e desafios elegidos. Este processo corresponderá também à implementação de um novo Plano Estratégico Plurianual, delineado para orientar no futuro que se pretende construir, para a melhoria da qualidade de vida das famílias e para envolver os parceiros e as comunidades que sempre estiveram ao lado do Município.

A orientação estratégica deste Plano de Atividades, constituirá um passo em frente no sentido da consolidação e estruturação da rede de apoios e serviços, destinados a promover e assegurar a qualidade de vida das pessoas, a estabilização e aumento da satisfação do quadro de profissionais. Continuaremos a apostar claramente na melhoria dos desempenhos individuais e no reforço e cooperação das equipas, retomando uma cultura de entusiasmo, criatividade e dedicação ímpar e invejável, a requalificação dos espaços e da imagem da própria câmara, dotando-a de maiores níveis de qualidade externa e interna, de melhorias ao nível da mobilidade e acessibilidade para todos, e de melhores condições para o desenvolvimento das ações e dinâmicas de trabalho nas diversas áreas e a renovação adequada dos meios de transporte, para assegurar o cumprimento dos múltiplos serviços, internos e externos, de modo organizado, responsável e competente.

Os desafios lançados e as perspetivas de gestão que se propõe para o futuro, são as bases essenciais de um programa de trabalho realista, que se alvitra enfrentar o futuro com ousadia, renovação, segurança e criatividade.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2018 51