Fundada Em 08.12.1940
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G.R.E.S.E. IMPÉRIO DA TIJUCA 1 Fundada em 08.12.1940 PRESIDENTE (ANTÔNIO MARCOS TELES) “Império do Café, o Vale da Esperança” 2 CARNAVALESCO Jorge Caribé “IMPÉRIO DO CAFÉ, O VALE DA ESPERANÇA G.R.E.S.E. IMPÉRIO DA TIJUCA ENREDO: “IMPÉRIO DO CAFÉ, O VALE DA ESPERANÇA” CARNAVALESCO (S): Jorge Caribé AUTOR (ES) DO ENREDO: Jorge Caribé e Fernando Portugal AUTOR(ES) DA SINOPSE DO ENREDO: Jorge Caribé e Fernando Portugal ELABORADOR(ES) DO ROTEIRO DO DESFILE: Jorge Caribé. 3 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA LIVROS Raposo, Inácio. “História de Vassouras”. (SEEC-RJ) Stulzer, Frei Aurélio. “Notas para a História da Vila de Paty do Alferes”. Dez 1944. H. Farias Braga, Greenhalgh. “De Vassouras, História, Fatos e Gente.” Braga, Gustavo Lisboa. “Vassouras e Vivências (1936-2007)” Medeiros, Maria Amália Montelavar. “Vassouras e a Educação: Marcas de um Tempo”. Machado, Lielza Lemos. “Recanto História do Brasil” SÍTIOS DA INTERNET https://www.vassouras.rj.gov.br/ https://new.voltaredonda.rj.gov.br/ https://www.portalvaledocafe.com.br/ OUTRAS INFORMAÇÕES JULGADAS NECESSÁRIAS: Como parte integrante de nossa pesquisa tivemos contato em inúmeras oportunidades com moradores locais, personalidades, empresários, fazendeiros e prefeituras. Buscamos retratar fielmente todos os ítens de nossa pesquisa. 4 HISTÓRICO - SINOPSE DO ENREDO (fonte: Times New Roman 16, CAIXA ALTA, Negrito) Após longa travessia pelos oceanos, centenas de milhares de Africanos desembarcam nos Portos do Rio de Janeiro, Paraty, Mangaratiba e Cabo Frio. Seu destino, o Vale do Café Sul Fluminense. A pé, enfrentando todas as intempéries climáticas, marcham sobre sol e chuva, pés descalços e com fome, rumo ao grande Vale de terras férteis, verdes matas, mas também de dor e escravidão; lar de seus lamentos, sua labuta e saudade. Assim o negro chega ao Vale do Paraíba, posteriormente conhecido como o Vale do Café. Esse plantado e colhido por mãos escravas. “O Nêgo tá cansado de trabaiá… Trabaia… Trabaia Nêgo…” Graças a sua chegada e ao ouro negro por eles cultivado, nasce uma áurea e aristocrática sociedade escravagista com toda pompa, luxo e alta cultura, como deveria ser uma próspera sociedade nobiliárquica rural. O Vale é tomado por arte em forma de concertos, óperas, poesias, festas, ourivesaria, valsas, polcas, saraus… Corte; oriundos do escorrer do sangue vermelho/negro a banhar cafezal. Mas, assim como esta sociedade branca escravocrata introduzia em seus costumes a cultura europeia, o negro africano miscigenava sua herança cultural com a da nova terra… “Foi na beira do rio, Aonde Oxum chorou… Chora iê iê ô, Chora os filhos seus…” (Ponto de Oxum) Assim brota a pluralidade que encontramos hoje em nosso Vale com ritmos sincopados em seus lundús, maxixes, jongos, figurinos multicores. Exú, Obaluaiyê, Ogum, Oxumarê, Iroko, Iansã, Xangô, Obá, Oxóssi, Logun Edé, Ossain, Oxalá, Oxum, Yemanjá, Nanã, Ybeji, coloridas e poderosas divindades da 5 natureza e a crença em ervas, rezas e benzedeiras, força da raça que não se deixou intimidar com a chibata algoz de seus senhores. “Na hora em que a terra dorme, enroladas em frios véus, eu ouço uma reza enorme enchendo o abismo dos céus…” (Castro Alves) O Vale se transformou… O cafezal virou cidade, a história e o turismo e a dor de outrora, poeira ao vento. A cultura se expande sobre a influência de imigrantes que vieram atrás do sonho dourado nas terras Sul Fluminense, pisando em chão negro e magicamente gerar filhos genuínos brasileiros, resultantes da mistura de raças. Nasce o novo dono do Vale… Sua arte é múltipla! Nela destacam-se o jongo, calango, maculelê, caninha verde, capoeira, sociedades musicais, Folias de Reis, viola sertaneja, choro, serestas, orquestras, balé, canto lírico, artes plásticas e o samba onde sua origem se dá nos Quilombos das Serras Fluminenses e cantado por sua filha maior, Clementina de Jesus. “Não cadeia Clementina… Fui feita pra vadiá…” (Clementina de Jesus) Também no Vale Cazuza passou sua infância, e sendo homenagiado com um Cento Cultural na praça principal de Vassouras. O artesanato e a culinária somados a todas essas manifestações artísticas e folclóricas atraem turistas do mundo inteiro, gerando renda e progresso. Na religiosidade encontramos as quermesses e novenas dedicadas aos Padroeiros de cada Altar Matriz com seus 6 belíssimos jardins aos pés. N. S. da Conceição, N. S. da Guia, N. S. da Glória, São Sebastião, N. S. da Piedade, Santa Teresa D’Ávila, Santana, N. S. da Soledade, São Pedro e São Paulo, Santo Antônio e Santa Cruz, formam a Ciranda de fé que cada cidade ostenta como seus protetores. No entorno desses altares em ouro com seus anjos barrocos, os terreiros de Umbanda e Candomblé com seus pés descalços e o ocultismo místico, curam, rezam e Benzem ao som de atabaques e pontos mágicos; herança negra com seu sincretismo cultural. “A Treze de Maio, Na Cova da Iria, No Céu Aparece, A Virgem Maria…” (Hino Católico) Hoje o Vale é pecuário, agronegócio. Festa de Peão e rodeio. Muito do que consumimos nas grandes cidades foram sementes e embriões enraizados em pastagens que outrora, foram antigos cafezais. A indústria de minério, têxtil, automobilística, o comércio em grande escala fazem do Vale hoje, uma máquina próspera e de grande renda que emprega seus filhos e cria oportunidades de crescimento sócio urbano. A educação é presente nas redes Municipais e Estaduais com ensino público de qualidade, assim como uma infinidade de escolas particulares com propostas educativas de grande relevância. Universidade e Faculdades são um capítulo à parte devido a infinidade de cursos oferecidos. No Vale encontramos o grande Hospital Escola Severino Sombra que atende toda a população não só da região como de vários municípios do Grande Rio. O Vale possui a sua rede de TV própria que reflete ao mundo a beleza do Vale do Café, gerando notícias e programas que mostram o seu povo com toda a sua diversidade cultural. A TV Rio Sul como grande agente divulgador da cultura do Vale do Paraíba Sul Fluminense e Sul do Estado do Rio de Janeiro. 7 Passando todos esses anos desde a chegada do negro em nossa região, a Império da Tijuca traz para a Avenida Marquês de Sapucaí esse lindo rosário de pérolas em que cada município do Vale do Café, colore sua conta com o que seu povo tem de mais puro e belo, o AMOR! Fernando A. Portugal – Diretor Cultural Jorge Caribé – Carnavalesco JUSTIFICATIVA DO ENREDO O G.R.E.S.E. Império da Tijuca sempre preocupada e voltada para temas culturais, decidiu para o carnaval 2019 enaltecer mais uma vez a tragetória do povo negro que tanto fez para o engrandecimento da nossa nação. Vamos contar a história do Vale do Café que serviu para o enriquecimento do país, deixando como legado uma rica cultura oriunda da miscigenação de hábitos e custumes dos barões do café e dos negros escravos. Por coincidência, o símbolo do nosso pavilhão, é constituido por ramos de café em homenagem aos antigos moradores do morro da formiga, pois ali funcionou, por muitos anos, uma próspera fazenda de café. Jorge Caribé - Carnavalesco 8 ROTEIRO DO DESFILE 1º SETOR – “O Nêgo tá cansado de trabaiá… trabaia… trabaia Nêgo…” COMISSÃO DE FRENTE – “CELEBRAÇÃO AOS DEUSES PELA COLHEITA DO CAFÉ.” O que representa: Danças ritualísticas, momentos de transe e uma cenografia tribal do negro africano louvando seus orixás e pedindo uma excelente colheita do fruto sagrado. Coreógrafo: Junior Scarpin 1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA Nome Mestre Sala: Renan Oliveira Nome Porta Bandeira: Gleice Simpatia Significado da Fantasia: “Omi Dundun – Tributo ao povo Africano”. O Café brota do suor do povo africano. ALA 1 – “A força do Negro” (Coreografada comunidade) ALA 2 – BAIANAS – “O fruto da Terra” MUSA – “Mariana Crioula” – Iona Galvão MUSA – “A Riqueza do Café” – Samanta Flores MUSO – “Manoel Congo” - Ednaldo 1º ALEGORIA – “O IMPÉRIO DO CAFÉ” Duas alegorias acopladas 9 2º SETOR – “Na hora em que a terra dorme, enroladas em frios véus, eu ouço uma reza enorme enchendo o abismo dos céus…” (Castro Alves) ALA 3 – “Sementes do Café” ALA 4 – “Mucamas” ALA 5 – “A Labuta da colheita” 2º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA – “Sra. Eufrásia e Sr. Nabuco” ALA 6 – “Os barões do café” ALA 7 – “O Requinte da corte” ALA 8 – “O Baile Imperial” MUSA – “O Luxo da Nobreza” – Daniele Mayworm 2º ALEGORIA – “A OSTENTAÇÃO E A FÉ” 3º SETOR – Não cadeia Clementina… Fui feita pra vadiá…” ( Clementina de Jesus) ALA 9 – “Festa do Divino” ALA 10 – PASSISTAS – “Anunciantes da Folia” RAINHA DE BATERIA – Laynara Teles – “O Diabo” 10 ALA 11 – BATERIA – “Os Foliões” ALA 12 – “O Jongo” (Grupo folclórico) ALA 13 – “Festa Junina” ALA 14 – “Artesanato” ALA 15 – “A Fé” 3ª MUSA – “Rainha do Folclore” – Johana Vizcarra 3º ALEGORIA – “DE FESTAS E LEMBRANÇAS, VIVE O VALE DO CAFÉ” 4º SETOR – “O legado deixado pelo Café.” ALA 16 – “Pecuária” ALA 17 – “Festa do Peão Boiadeiro” ALA 18 – “Cavalo Mangalarga” 3º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA – “Tributo ao Cazuza” ALA 19 – “Mineração” ALA 20 – “Indústria Automobilística” ALA 21 – “Universidade” 11 ALA 22 – “Escola de Cervejaria” MUSA – “A Rainha do Vale da Esperança” – Christiane Heintz 4º ALEGORIA – “O PROGRESSO DO VALE DO CAFÉ” ALA 23 – “Em Terras Tijucanas, o Império do Café” ALA 24 – “Ala dos compositores” 12 FICHA TÉCNICA Alegorias ABRE-ALAS (PRIMEIRA PARTE) “O Império do Café” Criador das Alegorias: Jorge Caribé O que representa: Uma grande aldeia africana inserida em terras do Vale do Paraíba dando início ao plantio do café. Destaques Principais: Robson Garrido – “Rei do Império do Café” Nedilson – “A alma do povo negro” Semi-Destaques: Selminha Sorriso – “O Ouro Negro na força de Oxum” Daniel – “O Feiticeiro” Composições: “ Negras Africanas na colheita do café” 13 Outras Informações julgadas necessárias: Usamos 17 mil búzios verdadeiros, 15 mil galhinhos de plantas, 8 mil bolinhas de isopor, 12 mil palhas de aço.