Por Uma Teoria De Fãs Da Ficção Televisiva Brasileira
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Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira Por uma teoria de fãs da fi cção televisiva brasileira Maria Immacolata Vassallo de Lopes (org.) Ana Paula Goulart Ribeiro João Carlos Massarolo Maria Aparecida Baccega Maria Carmem Jacob de Souza Maria Cristina Brandão de Faria Maria Cristina Palma Mungioli Maria Immacolata Vassallo de Lopes Nilda Jacks Renato Luiz Pucci Jr. Veneza Ronsini Yvana Fechine COLEÇÃO TELEDRAMATURGIA VOLUME 4 © Globo Comunicação e Participações S.A., 2015 Capa: Letícia Lampert Projeto gráfico e editoração: Niura Fernanda Souza Preparação de originais e revisão: Felícia Xavier Volkweis Editores: Luis Antônio Paim Gomes e Juan Manuel Guadelis Crisafulli Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária Responsável: Denise Mari de Andrade Souza – CRB 10/960 P832 Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira / organi- zado por Maria Immacolata Vassallo de Lopes. Porto Alegre: Sulina, 2015. 455 p.; (Coleção Teledramaturgia) ISNB: 978-85-205-0743-8 1. Televisão – Programas. 2. Meios de Informação. 3. Mídia. 4. Produção Televisiva. 5. Comunicação de Massa. I. Lopes, Maria Immacolata Vassallo de. CDD: 070.415 CDU: 316.774 654.19 659.3 Direitos desta edição adquiridos por Globo Comunicação e Participações S.A. Editora Meridional Ltda. Av. Osvaldo Aranha, 440 cj. 101 – Bom Fim Cep: 90035-190 – Porto Alegre/RS Fone: (0xx51) 3311.4082 Fax: (0xx51) 2364.4194 www.editorasulina.com.br e-mail: [email protected] Setembro/2015 Sumário APRESENTAÇÃO Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira ............................9 PRIMEIRA PARTE Elementos para uma teoria de fãs no Brasil A autoconstrução do fã: performances e estratégias de fãs de telenovela na internet ........................................17 Maria Immacolata Vassallo de Lopes, Maria Cristina Palma Mungioli, Claudia Freire, Ligia Maria Prezia Lemos, Luiza Lusvarghi, Sílvia Dantas, Rafaela Bernardazzi, Tomaz Penner Fãs de telenovelas: construindo memórias – das mídias tradicionais às digitais ......................................................65 Maria Aparecida Baccega, Marcia P. Tondato, Maria Isabel Orofino, Mônica Rebecca F. Nunes, Antonio Hélio Junqueira, Fernanda Elouise Budag, Maria Amélia P. Abrão, Rosilene M. A. Marcelino. Colaboradores: Bruna F. Bastos, Felipe C. C. de Mello, Lívia Cretaz, Pietro G. N. Coelho, Rosana G. Barreto Entre novelas e novelos: um estudo das fanfictions de telenovelas brasileiras (2010-2013) ..........................107 Maria Carmem Jacob de Souza, João Araújo, Renata Cerqueira, Rodrigo Lessa, Maíra Bianchini, Amanda Aouad, Marcelo Lima, Rodrigo de Souza Bulhões SEGUNDA PARTE Cultura de fãs e ficção televisiva Redes discursivas de fãs da série Sessão de Terapia .........................155 João Massarolo, Dario Mesquita, Naiá S. Câmara, Analú B. Arab, Giovana Milanetto, Ramon Q. Marlet, Gustavo Padovani, Lucas P. Caetano, Gabriela Trombeta Ativismo de fãs e disputas de sentidos de gênero nas interações da audiência de Em Família nas redes sociais ...............197 Veneza Ronsini, Liliane Brignol, Laura Storch, Camila Marques, Laura Roratto Foletto, Luiza Betat Corrêa O riso e a paródia na ficção televisiva transmídia: os vilões em memes da internet .........................................................239 Ana Paula Goulart Ribeiro, Igor Sacramento, Tatiana Oliveira Siciliano, Patrícia Cardoso D’Abreu, Douglas Ramos, Eduardo Frumento Telenovelas em redes sociais: enfoque longitudinal na recepção de três narrativas .....................................281 Nilda Jacks, Mônica Pieniz, Daniela Schmitz, Dulce Mazer, Erika Oikawa, Fabiane Sgorla, Lírian Sifuentes, Lourdes Ana Pereira Silva, Sara A. Feitosa, Valquíria Michela John, Wesley Pereira Grijó TERCEIRA PARTE Cultura participativa e ficção televisiva Governo da participação: uma discussão sobre processos interacionais em ações transmídias a partir da teledramaturgia da Globo ...............................................321 Yvana Fechine, Diego Gouveia, Cristina Teixeira, Cecília Almeida, Marcela Costa, Gêsa Cavalcanti Televisão brasileira frente à problemática da cultura participativa: os casos de A Teia e O Rebu .....................357 Renato Luiz Pucci Jr., Vicente Gosciola, Maria Ignês Carlos Magno, Rogério Ferraraz Ana Márcia Andrade. Colaboradores: Grazielli Ferracciolli, Vitor Hugo Galves Correa Cultura participativa na esfera ficcional de O Rebu ........................399 Maria Cristina Brandão de Faria, Gabriela Borges, Daiana Sigiliano, Francisco Machado Filho, Guilherme Moreira Fernandes, Marise Pimentel Mendes SOBRE OS AUTORES E COLABORADORES ..............................439 Apresentação A exemplo do que ocorreu com os três volumes anteriores da Cole- ção Teledramaturgia1, sentimos grande alegria em apresentar o livro Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira. A própria continuidade da coleção indica a importância da ficção televisiva brasileira no cenário comunicacional contemporâneo. Além disso, reafirma a consolidação da Rede Obitel Brasil, braço brasileiro de pesquisadores do Obitel (Obser- vatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva).2 1. Obitel Brasil – Rede Brasileira de Pesquisadores de Ficção Televisiva O Obitel Brasil foi fundado em 2007, em São Paulo, como uma rede brasileira de pesquisadores de ficção televisiva que reúne investigadores de renome sobre o tema e possui abrangência geográfica, uma vez que a rede é composta por mais de 80 investigadores que atuam em universida- des e centros de pesquisa espalhados por seis estados brasileiros (Pernam- buco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul). Em 2015, a rede é constituída por dez grupos de pesquisa e mantida através do apoio de universidades públicas e particulares, de agências regionais e nacionais de fomento à pesquisa e da parceria com a Globo. 1 Os três primeiros volumes da Coleção Teledramaturgia são: Ficção televisiva no Brasil: temas e perspectivas. Rio de Janeiro: Editora Globo/Globo Universidade, 2009; Ficção televisiva transmidiática no Brasil: platafor- mas, convergência, comunidades virtuais. Porto Alegre: Editora Sulina/Globo Universidade, 2011; Estratégias de Transmidiação na Ficção Televisiva Brasileira. Porto Alegre: Editora Sulina/Globo Universidade, 2013. 2 Criado em 2005, na cidade de Bogotá, o Observatório Ibero-Americano de Ficção Televisiva (Obitel) é um projeto que articula uma rede internacional de pesquisadores e tem por objetivo o estudo sistemático e comparativo das produções de ficção televisiva no âmbito geocultural ibero-americano. O foco está voltado para compreender e analisar os diversos aspectos envolvidos na produção, circulação e consumo de ficção televisiva nos países que participam do projeto. Atualmente, esses países são 12: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos (de língua hispânica), México, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela. O Obitel trabalha com base no monitoramento permanente da grade de programação, horas e títulos produzidos anualmente, conteúdos e audiência de ficção das redes nacionais de televisão aberta desses países. Os resultados são publicados em forma de anuário – o Anuário Obitel – e seminários internacionais em que debatem pesquisadores e produtores da área de teledramaturgia culminam este trabalho. A série de anuários teve início em 2007 e, em 2015, publicou-se o nono anuário consecutivo. 9 Uma rede de magnitude nacional dedicada ao estudo da ficção televisiva é fato inédito no campo da comunicação no Brasil e se caracteriza como um efetivo trabalho coletivo e colaborativo articulado pelos princípios da interdisciplinaridade. Trabalha sobre um projeto bienal de pesquisa, comum aos grupos, e publica a cada dois anos os resultados em livro da Coleção Teledramaturgia. Ainda, promove seminários nacionais que reúnem pesquisadores e produtores da área da ficção televisiva. Neste livro, a Rede busca responder aos desafios teóricos e meto- dológicos que têm caracterizado a investigação da ficção televisiva no contexto da cultura da convergência e da transmidiação (Jenkins, 2008). Trata-se de um contexto em que reverbera ainda mais fortemente a voz do receptor que, apesar de nunca ter sido passivo, agora possui ferramentas para interagir de maneira mais direta e imediata com produtores e outros espectadores, caracterizando a chamada cultura da participação (Shirky, 2011). Mais especificamente, procura entender não apenas as práticas dos fãs de ficção televisiva brasileira, mas também as motivações dessas práticas. De certa maneira, os capítulos deste livro buscam compreender desde como se constroem os repertórios a partir dos quais os fãs “pro- cedem a operações próprias” (Certeau, 2007, p. 93) até as práticas para que esses fãs se constituam eles próprios como propagadores de conte- údos por meio “da consolidação das relações sociais e pela construção de comunidades maiores através da circulação de mensagens de mídia” (Jenkins; Green; Ford, 2014, p. 91). Parte dessa busca poderá ser observada ao longo dos dez capítulos que compõem o presente livro, que, longe, porém, de se constituir como uma coletânea de textos sobre um determinado tema, tem como sua marca definidora o trabalho colaborativo. Como ocorreu com os três primeiros livros, a atual publicação da Rede apresenta o trabalho de dez equipes de pesquisa em busca de possíveis respostas a uma pergunta comum que emergiu de discussões sobre o planejamento do projeto bienal 2014- 2015: Como os processos de produção, circulação e recepção da ficção televisiva