Textos-Finalistas-2016-Completo.Pdf
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textos finalistas textos finalistas 2016 2016 textos finalistas 2016 OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 1 15/12/16 12:54 PM Esta coletânea reúne os textos dos 152 alunos fi nalistas da edição 2016 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Resultado da parceria entre o Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social, sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro foi fundamentada na metodologia, nas estratégias de atuação e na experiência das três edições do Programa Escrevendo o Futuro. Com o objetivo de colaborar para a melhoria do ensino da leitura e da escrita, o Programa Escrevendo o Futuro desenvolveu, de 2002 a 2007, ações de formação continuada para professores das 4ª- e 5ª- séries da rede pública, a fi m de orientá-los para a produção de textos dos alunos. Em 2008, em sua primeira edição, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escre- vendo o Futuro ampliou a participação para seis anos escolares e, a partir 2010, passou a trabalhar com professores e alunos do 5º- ano do Ensino Fundamental ao 3º- ano do Ensino Médio, nas seguintes categor ias: • Poema (5º- e 6º- anos do Ensino Fundamental) • Memórias literárias (7º- e 8º- anos do Ensino Fundamental) • Crônica (9º- ano do Ensino Fundamental e 1º- ano do Ensino Médio) • Artigo de opinião (2º- e 3º- anos do Ensino Médio) OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 2 15/12/16 12:54 PM Para o ensino de cada gênero textual há um “Caderno do Professor”, acompa- nhado de Coletâneas de textos e de um CD-ROM que inclui a gravação de leituras em voz alta. Esse material compõe a “Coleção da Olimpíada”, enviada para as escolas públicas e disponível no Portal Escrevendo o Futuro <escrevendoofuturo.org.br>. Com o objetivo de aprimorar o processo de ensino da escrita dos alunos, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro oferece formação aos pro- fessores por meio de diversos recursos didáticos, de um ambiente virtual de aprendizagem (Portal), de cursos on-line e de encontros para a refl exão sobre as práticas educativas. Desse modo, pretende contribuir para uma prática pedagógica de melhor qualidade. Valorizando a interação de crianças e jovens com os seus meios, a Olimpíada adota o tema “O lugar onde vivo”. Para escrever os textos, os alunos resgatam histó- rias, estreitam vínculos com suas comunidades e aprofundam o conhecimento sobre seus territórios. E isso contribui para o desenvolvimento da cidadania de todos. Parabenizamos os novos escritores e seus professores, que tão bem os apoiaram no percurso de aprendizagem e os ajudaram a descobrir o poder da palavra escrita. A todos, desejamos uma ótima leitura! Nota: cada texto expressa a opinião de seu autor e não traduz a opinião dos realizadores da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 3 15/12/16 12:54 PM 6 66 OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 4 15/12/16 12:54 PM 146 224 OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 5 15/12/16 12:54 PM OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 6 15/12/16 12:54 PM s poemas que se encontram a seguir foram escritos por estudantes Ode 5º- e 6º- anos do Ensino Fundamental de diversos municípios do país, orientados por seus professores a se expressarem pela palavra escrita. Por semanas, em suas escolas, dedicaram-se a ler, ouvir e experimentar versos, encaixar rimas, criar ritmos, desenvolvendo atividades em que podiam analisar, selecionar e optar pelo som e sentido das palavras que queriam usar. Esses poemas ilustram sotaques, impressões, olhares e sensibilidades. Surgiram do gosto de brincar com as palavras e de construir textos que tinham por foco o lugar onde vivem. As crianças enfrentaram o desafio, transformando em linguagem poética o que vivem e observam. Por seu lado, os professores dedicaram-se ao estudo da Coleção da Olimpíada e, fundamentados em seus conhecimentos e experiência, encontraram os meios para incentivar e apoiar seus alunos nessa forma de escrever. Sinta-se, assim, leitor, convidado a imaginar cada rosto, cada voz e cada traço dos alunos-autores. Deixe-se encantar pelos textos! Essa será a melhor maneira de homenagear os jovens aprendizes e seus mestres. OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 7 15/12/16 12:54 PM Poema índice Rio é ouro, é prata, é bronze! Sovaco da cobra 10 22 Aluno: Marcos Antonio Pereira Júnior Aluno: Angelo Raphael Albuquerque Ferreira A triste canção da serra O gingado do Xixá 11 24 Aluna: Gabrielly Rocha Duarte Aluna: Gabrielle Lima e Silva Canavial imaculado História preservada, natureza devastada 12 26 Aluna: Marielli Amorim Lima Aluna: Ana Beatriz Vieira Batista Trinta e um dias de festa O mundo na terra das flores 14 28 Aluna: Mayra Maria Alves da Silva Aluna: Maria Clara da Silva Brito Tem gente que conta... Tico-tico, o cantador da minha terra 15 30 Aluna: Ana Paula Martins de Paula Aluna: Ana Caroline Bonatto Marcas de um tempo Um pedacinho do céu 16 32 Aluna: Mariele de Fatima Leszczynski Olenicz Aluna: Hellen Gomes Apolinário Minha casa azul e rosa A valentia de um rio 18 34 Aluna: Raquel Farias Glória Aluno: Bruno Kawã Correia dos Santos Dança sem fim Minha vila é assim 19 35 Aluna: Laís de Novaes Aluna: Elisa Alves Falcão Paraíso de verdade Cidade de Ana 20 36 Aluna: Giseli Silva Andrade Aluna: Ana Leticia Penha Gonçalves As mil funções da Jabuticaba-Sabará! 21 Aluna: Eduarda Duarte Viana OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 8 15/12/16 12:54 PM Trem da saudade 38 Rabiscos e encantos Aluna: Sandra Rosa dos Santos Pires 54 Aluna: Yasmin Nentwig Komochena Escravo da liberdade 40 A cidade mora em mim Aluno: Vitor Lima Talgatti 56 Aluno: Luiz Felipe Oliveira Salamargo Pitanga em versos 42 Da minha janela Aluna: Millena Dzoba de Andrade 57 Aluna: Natália Godinho Amaral No terreiro lá de casa 43 O Paraíso das águas Aluna: Ingrid Bezerra Bessa 58 Aluna: Beatriz Romám Gouveia Guamá, pobre cidade rica! 44 O lar do meu agrado Aluna: Ana Catarina Pinheiro Montão 59 Aluno: Keven Santos de Araújo Gameleira resistente 46 No ponto das casinhas Aluna: Diana de Souza Pereira dos Santos 60 Aluna: Nicolly Ferreira Santos Meu lugar no mundo 48 Eta, distrito bom! Aluno: Maykon Fernandes Spadari 62 Aluno: Anderson da Cruz de Souza Flor do Cariri 50 Um recanto de menino Aluna: Gabrielle Alves Barbosa 64 Aluno: Finelon Ferreira Figueiredo Neto Vida de pescador 51 Alma sertaneja Aluna: Jucimara Silva Contreira Santos 65 Aluna: Roseane de Brito Luz Um lugar encantado no calor do semiárido 52 Aluno: Gustavo Guerbet da Costa OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 9 15/12/16 12:54 PM Poema Rio é ouro, é prata, é bronze! Aluno: Marcos Antonio Pereira Júnior O lugar onde vivo No lugar onde vivo É abençoado por Deus, O bronze é cor a conquistar, E nas Olimpíadas Nas peles das pessoas Será também por Zeus. Através do sol e do mar. No lugar onde vivo O lugar onde vivo O morro do Corcovado É ouro, é prata, é bronze! É o Monte Olimpo. Nosso Rio é Olímpico, De lá, o Rio é mais bonito. E eu o amo por isso! No lugar onde vivo O lugar onde vivo Tem ouro a brilhar. Vou sempre admirar. O ouro é nosso Sol, Espero que todos sintam Que a essa cidade vem iluminar. A alegria que está no ar. Professora: Isis Costa de Oliveira No lugar onde vivo Escola: E. M. Tenente Góes Monteiro Tem a prata da Lua, Rio de Janeiro (RJ) Que se reflete no mar, E os cariocas vão admirar. 10 OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 10 15/12/16 12:54 PM A triste canção da serra Aluna: Gabrielly Rocha Duarte A alegria de ser criança é Jogar bete e carimbada, A fumaça já avisa a melhor coisa que há. soltar pipa lá no céu, que o cerrado está queimando! Chamo os primos e os amigos a fila fica formada Vrumm! Vrumm! pra brincar de piquear! pra gente passar anel. É a canção da serra elétrica desmatando! Brincando de amarelinha, O pneu vira um balanço, pulando sem parar. a garrafa, uma bola. Brincando, vi coisa triste: Oito, nove, dez! Cheguei ao céu! Brincamos de pega-pega, o cerrado acabar. É hora de voltar e ganhar. no caminho da escola. Por que querem desmatar e destruir nosso lugar? Brincando na minha rua, Lá vem um redemoinho junta tanta meninada! e nos transporta, como em Oz, Serraram o cerrado! Coisa de bairro calmo, pra mata dos pequizeiros Serraram o meu lugar! brincadeiras na calçada! que fica ao redor de nós! Não vejo o lobo-guará! Não vejo o tamanduá! Coisa de bairro novo As flores caem do ipê, que agora está crescendo! são nossa estrada amarela. “Serra, serra, serrador, E brincando é que se enturma Brincamos de índio e bicho quantas tábuas já serrou?” e vai se reconhecendo! e corremos muito nela! Serraram o cerrado e a brincadeira se encerrou! Brincamos de ouvir histórias Mas eu tenho observado Professora: Vânia Rodrigues Ribeiro e causos de assombração. a mata diminuindo, Escola: E. M. Nilda Margon Vaz Isso torna arrepiantes o fogo tomando conta Catalão(GO) as noites em Catalão. e os animais sumindo. 11 OLP2016_TextoFinalistas_Miolo_1dez2016.indd 11 15/12/16 12:54 PM Poema Canavial imaculado Aluna: Marielli Amorim Lima Sente aí, meu caro leitor! Tchap! Tchap! Tchap! Para os meus versos apreciar, Corta cana, tira cana, É a história do meu povoado, Muito suor ainda vão derramar, Perdido na capital do Piauí. Estes homens talvez não se importam, Começo com o som do facão, Precisam várias bocas alimentar. Que muito se ouve por aqui. Não é sempre que cortam cana, Tchap! Tchap! Tchap! Não é sempre que tiram cana, Corta cana, tira cana, São seis meses de fartura, Eita vida cansativa! E mais seis na amargura.