Embracing English As a Lingua Franca: Learning from Portuguese Users of English in Higher Education
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UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Letras EMBRACING ENGLISH AS A LINGUA FRANCA: LEARNING FROM PORTUGUESE USERS OF ENGLISH IN HIGHER EDUCATION Ricardo Jaime da Silva Pereira Tese especialmente elaborada para obtenção do grau de Doutor em Linguística Especialidade em Linguística Aplicada 2015 1 2 UNIVERSIDADE DE LISBOA Faculdade de Letras EMBRACING ENGLISH AS A LINGUA FRANCA: LEARNING FROM PORTUGUESE USERS OF ENGLISH IN HIGHER EDUCATION Ricardo Jaime da Silva Pereira Sob orientação da Professora Doutora Maria Luísa Fernandes Azuaga Júri: - Presidente: Doutora Isabel Maria da Cunha Rosa Fernandes, Professora Catedrática e Membro do Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Vogais: - Doutor Luís Sérgio Pinto Guerra, Professor Auxiliar da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora; - Doutora Maria Goreti da Silva Monteiro, Professora Adjunta da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria; - Doutora Maria Luísa Fernandes Azuaga, Professora Auxiliar Aposentada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, orientadora; - Doutora Maria Angélica Sousa Oliveira Varandas Azevedo Cansado, Professora Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; - Doutora Lili Lopes Cavalheiro, Leitora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tese especialmente elaborada para obtenção do grau de Doutor em Linguística Especialidade em Linguística Aplicada 2015 3 4 Acknowledgements In the course of this work, I have received invaluable help from many colleagues, friends, and family. Firstly, I would like to express my sincere gratitude to my supervisor, Professor Maria Luísa Fernandes Azuaga, for the continuous support of my PhD study, for her patience, motivation and immense knowledge. She was deeply engaged in every step of this road I travelled and always knew when to push and when to pull back. Her guidance helped me in all the time of research and writing of this thesis, and I will always be humbled by her trust and confidence in me. I have benefited greatly from being a member of the University of Lisbon Centre for English Studies (ULICES). Despite all the financial hardships, this research centre has provided instrumental support throughout my doctoral studies whenever I needed it. Many of my fellow researchers at ULICES have helped me with feedback and encouragement, yet I cannot help but mention Lili Cavalheiro. I would like to thank her for the stimulating discussions and her expert advice which was always provided generously. Above all, I thank her for sharing so much when she really did not have to. I am also grateful to all students who, in one way or another, shared their knowledge and opinions with me. I will not be able to mention any names here for purposes of anonymity but it was their participation that generated the resources for this project. I owe a special debt to the very able and helpful Susana Clemente, who provided exceptional assistance with the statistical analysis of questionnaires, a central part of this project. My friends and fellow teachers from around the country contributed greatly, whenever I contacted them, by offering insightful comments about English language teaching in Portuguese schools. I must thank them for their understanding and infinite patience. And finally, my family who has always been supportive and encouraging throughout this long and, at times, difficult journey. I am deeply grateful to my wife for patiently supporting me while looking after our three children, during my never-ending i absences downstairs. To my children, who continue to teach me more than I can ever teach them, you are reason enough for me to be thankful everyday of my life. ii Abstract The last sixty years have witnessed a vast spread of English language teaching (ELT), which has led to a historically unique position of English in the world, where native speakers of English are now outnumbered by non-native users of the language. As a result, a greater need for the lingua franca function of English is needed but, although English as Lingua Franca (ELF) is emerging as a legitimate alternative to Standard English or native speaker-based models in ELT, the truth is that the primacy of the latter is still upheld in most classrooms around the world. With this in mind, this thesis begins by examining the reasons for learning English and presents an outline of how English has come to be a global language. Due to the increasing use of English for intercultural communication, this study reviews the major developments in research into ELF and then outlines the position of ELF in the European Union, and surveys ELT practices in this specific setting. This thesis then examines the presence of English in the national context of Portugal and focuses on students of English at the School of Technology and Management (ESTG/IPL), in Leiria. The methods used in this study combine the analysis of questionnaires and answers to a placement test that incoming students are required to take. Despite having successfully undergone at least seven years of prior English learning, it has been observed that the majority of these undergraduates struggle with the demands of this language in its standard form. However, this study suggests they may be capable of communicating effectively in English if teaching approaches are adjusted to accommodate their communicative competence. The problem is that the focus on English Language teaching at ESTG/IPL is largely based on a student's ability to speak and write English as a native speaker does. Therefore, this study proposes a significant shift in ELT pedagogy and suggests a number of strategies meant to enhance the listening, speaking, reading and writing skills of students enrolled in the English course at this institution. Ultimately, the analysis here provided is an attempt to demonstrate that the ELT policy in Portugal is in need of serious re-evaluation, and hopefully it may be taken iii into account so as to guide educators and language policies towards ELF-informed teaching in Portuguese classrooms. Keywords: English as a Lingua Franca, English Language Teaching, Placement Tests, Higher Education, English Language Proficiency. iv Resumo A posição hegemónica actual do Inglês é incontestável, assim como o seu estatuto de língua franca global. Pela primeira vez na sua já longa história, verifica-se que o número de falantes não-nativos de Inglês ultrapassou o número de falantes como língua materna. Este facto, motivo de intenso debate no meio académico, torna- se particularmente relevante, quando centrado nas eventuais mudanças que toda esta realidade acarreta para o ensino da língua inglesa. Tradicionalmente encarada como língua estrangeira em diversos países, a base para a aprendizagem do Inglês tem sido considerada o modelo do falante nativo, e há décadas que este é o mais valorizado, sendo, inclusivamente, a meta a atingir pelo aprendente. No entanto, dada a sua disseminação global, é, cada vez mais, prática corrente encarar o Inglês como língua internacional ou, mais frequentemente, como língua franca. O fenómeno da globalização, que tem desempenhado um papel influente na forma como esta língua se dispersou pelo mundo, alterou a forma como comunicamos, e hoje é comum recorrer ao Inglês para estabelecer contactos nos mais variados domínios, desde o turismo à tecnologia, passando pelos negócios, as ciências e o Ensino Superior. A forma como as organizações estão estruturadas e os padrões de comunicação estabelecidos entre os seus funcionários também se viram afectados. Actualmente, assistimos a uma crescente dispersão, pelo mundo, de trabalhadores que se vêem obrigados a recorrer ao uso da língua inglesa para poder desempenhar, de forma produtiva, as suas funções. A própria União Europeia (UE), que defende a sua existência enquanto região multilingue, assiste, impotente, à utilização do Inglês como língua franca (ILF) enquanto ferramenta de comunicação, através do qual o seu comércio internacional se desenvolve. ILF reflecte, então, a necessidade que falantes não-nativos têm sentido em utilizar o Inglês como língua de contacto entre si, ao invés de o utilizarem somente com falantes nativos. Consequentemente, verifica-se uma colossal demanda por este Inglês singular, que é hoje uma língua sem dono, pertencendo, na realidade, a quem dela faz uso. v Apesar de ILF se afirmar, cada vez mais, como uma alternativa ao Inglês padrão ou a outros modelos que mantêm o falante nativo como referência, a situação nas salas de aula permanece, em grande medida, inalterada, e o ensino e aprendizagem do Inglês continua a estar dependente da normatividade centralizadora estabelecida por falantes nativos. Estas regras têm ditado que qualquer outra variedade ou uso de Inglês sejam considerados de qualidade inferior e, por essa razão, excluídos do processo de ensino e aprendizagem desta língua. Face a esta apatia que relega ILF para segundo plano, assiste-se a um movimento que advoga uma nova abordagem para o ensino do Inglês, de forma a conferir às variedades e usos não-padrão o reconhecimento e respeito que lhes é devido. Em primeiro lugar, para que tal aconteça, são necessárias a conceptualização e descrição adequadas do conceito de ILF. Isto permitirá aos professores colocar em prática novas estratégias de ensino que possam dar resposta cabal aos interesses e necessidades dos alunos. Há já um número considerável de estudos focados na descrição pormenorizada de ILF e os nomes de Jenkins (2007), Kirkpatrick (2010b), Seidlhofer (2011), Cogo e Dewey (2012), Mauranen (2012) e Björkman (2013) são alguns que merecem destaque. As suas pesquisas e análises possibilitaram, em diversas salas de aula, a inclusão de estratégias pedagógicas que contemplam os ideais de ILF, porém verifica-se ainda uma distância constrangedora entre os mais recentes avanços científicos na área e a prática pedagógica de docentes, que muitas vezes ignoram estes avanços. Em virtude desta lacuna, a presente tese toma como objecto de estudo o contexto do ensino e aprendizagem do Inglês em Portugal, com particular incidência nos níveis de proficiência linguística em língua inglesa de alunos que concluíram a escolaridade obrigatória.