39M527c Dissertação.Pdf

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39M527c Dissertação.Pdf 't mr.: •.'-•l ',C l i '»• '1 •. li::. , •I il, •Ni"' 1 ' I'. GLAUCIA BORATTO RODRIGUES DE MELLO K ... i CAETANO VELOSO: UM ESTUDO DE SÍMBOLOS E MITOS Dissertação para a obtenção do grau de Mestre com as orientações da proT» Dra. Danielle Perin Rocha Pitta e do prof. Dr. Sebastièn Joachim Mestrado em Antropologia Departamento de Ciências Sociais Centro de Filosofia e Ciências Humanas Universidade Federal de Pernambuco Reci fe junho de 1993 Unlvarsídads Faderal da PeraambuQ* BIBLIOTECA CENTRAL CIOADE L.mIVERSITÁRIA PE-ÜOOÜ24S7-5 60.739' Reolto • Parnambuoo • Bralll ********** CPD PE000024975 LOCAL 8C REG 93/00725BC •Ç' CHM 39/M527C/yTESE/8C OBS eMPR/PROlSlDO •$10 .0^ Ao final desses quase infindáveis meses de angústias, inquietações, mas também de satisfações e descobertas, tempo em que estive exclusivamente voltada para este estudo, eu o dedico a todas as pessoas que, de alguma forma, acompanharam este meu trabalho; especialmente ao meu companheiro das horas mais difíceis, Edmar Almeida; ao Sebastièn Joachim, cúmplice dos meus mais altos vôos; e ao Caetano Veloso que, apesar de não ter me concedido nenhuma entrevista, permitiu-me adentrar e gozar do seu universo mágico. Os meus sinceros agradecimentos: Ao CNPq, pelo financiamento de 30 meses desta pesquisa, compreendidos os tempos de curso das disciplinas e o da maior parte da redação desta dissertação; A FACEPE, pelo financiamento dos 6 meses restantes, necessários á finalização da mesma; Ao Mestrado em Antropologia da UFPe, bem como â amizade da secretária Beth e dos auxiliares da secretaria, Dora e Sôstenes; A Danielle, pela orientação segura, não me deixando sair dos trilhos antropológicos e durandianos; Ao Sebastièn, pela orientação na área da teoria literária, pela contribuição de todo o seu amplo conhecimento e porque todo o tempo acreditou e investiu nos meus devaneios; Ao Edmar, meu companheiro, pelo constante apoio, dando~me sempre forças e condições para continuar; Ao meu pai, que faleceu em Belo Horizonte, enquanto eu fazia as provas para o meu ingresso no curso; á minha mãe e aos meus 4 irmãos, orgulhosos do meu empreendimento, cientes de todas as dificuldades que eu teria; especialmente ao Vinícius porque, carinhosamente, gravou para mim um material precioso para esta pesquisa e á Lorenza, interessada e conhecedora dos assuntos caetânicos; As amigas Nágela Brandão e Simone Cunha, pela simpatia e gosto pela minha pesquisa, atentas á coleta do material de tudo o que a imprensa divulgava sobre o Caetano e que pudesse me ser util; As conversas amigas e elucidadoras de Rita Costa Mello, Santuza Ribeiro, Gisêlia Potengy e Odete Vasconcelos que muito me aj udaram; A amiga Kátia Araújo, pela cumplicidade das minhas angústias, pelas nossas eternas conversas e pela agradável hospedagem que me ofereceu em Recife; Ao Caetano que, alèm de tudo, inspirou-me, no inicio deste empreendimento, o poema abaixo: O leão voador junto á majestade a força do leão jogo os sonhos nas asas do leão e a intenção na mira Corre o meu leão para o alvo que è um buraco desconhecido pra alèm do rumo da seta pra alèm da borda do circulo o meu leão quer è voar RESUMO Estudo das canções de Caetano Veloso - de autoria exclusiva - em que se procurou, através da recorrência e da dinâmica das imagens e símbolos veiculados, identificar os mitos diretivos do texto cultural (entendido como a obra poètico- musical de Caetano), que estruturam a produção artística deste cantor e compositor de MPB. Para tal, recorreu-se á "mí=todologia" do filósofo e antropólogo francês Gilbert Durand, mais especificamente á sua mitocrítica, apontando para uma ampliação ao contexto histórico-cultural brasileiro, a partir dos anos 60. CAETANO VELÜSÜ: UM ESTUDO DE SÍMBOLOS E MITOS SUMARIO INTRODUÇÃO 1 Apresentação 2 Referencial teórico e metodológico 7 O contexto cultural dos anos óO 20 1. O HOMEM EO ARTISTA 28 1.1. O HOMEM 29 1.1.1. Dados biográficos 29 1.1.2. Os amigos e as influências 34 1.2. O ARTISTA 48 1.2.1. O perfil de Caetano 48 1.2.2. Os festivais 54 1.2.3. A Tropicália 61 1.2.4. A prisão e o exilio 69 1.2.5. Pra sempre cantar 74 2. ANALISE DA OBRA DO COMPOSITOR 76 2.1. CIRCULARIDADE CÓSMICA 81 2.1.1. Polaridades , 83 2.1.2. Ciclicidade 96 2.1.3. Harmonização 108 2.1.4. Dramatização 119 2.1.5. Complementaridade 128 2.1.5.1. O Andrógino 135 2.1.5.2. Ambigüidade e Complementaridade.. 144 2.2. PROGRESSÃO 152 2.2.1. O devir biológico 154 2.2.2. O mito da errância 161 2.3. reabilitação 173 3. APROXIMAÇÕES DA ANALISE 186 3.1. SUBSTRATO SIMBÓLICO 188 3.2. SUBSTRATO MÍTICO 204 3.2.1. O Mito de Ícaro 204 3.2.2. O Mito de Dioniso 206 3.2.3. O Mito de Narciso 210 CONCLUSÃO 213 ANEXOS 219 BIBLIOGRAFIA GERAL 226 "Tenras e flexíveis são as plantas Quando começam Arvores que parecem possantes Sempre se aproximam do fim" [Lao-Tse. Tao Te Kina1 "Cantar è mais do que lembrar È mais do que ter tido aquilo então Mais do que viver do que sonhar Ê ter o coração daquilo" [C. Veloso, Genipapo Absoluto] INTRODUÇ^ÍO "Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões Gosto de ser e de estar E quero me dedicar a criar confusões de prosódias E uma profusão de paródias Que encurtem dores e furtem cores como camaleões" [0. Veloso- Língua] Apresentação Esta dissertação tem por objetivo descrever e apresentar os procedimentos e resultados obtidos em relação ao estudo que empreendemos, no sentido de identificar os símbolos e os mitos que estruturam uma determinada expressão artística, entendida como um fenômeno cultural, apontando para a relação daqueles símbolos e mitos com um dado momento cultural. A expressão artística escolhida, tomada por um "texto cultural", foi, exatamente, a produção poètico-musical de um autêntico representante da MPB (Música Popular Brasileira), 1 inserido no universo urbano e brasileiro, o cantor, compositor e 2 músico Caetano Veloso; quanto ao "momento" cultural, recobre a "movimentada" década de 60 e os seus prolongamentos, época em que teve início e continuidade a produção artística de Caetano Veloso. Duas perguntas são esperadas de imediato, tendo em vista o estudo de um fenômeno cultural: por que a MPB como expressão? e por que Caetano Veloso como representante? Para a primeira pergunta podemos argumentar que, valendo-se dos mais eficientes meios de comunicação de massa (o rádio e a televisão), a MPB tem garantidas abrangência e efetividade, com alto poder de atualização cultural, gozando de ampla aceitação, como forma de 1. Compositor - o que compõe música, conhecendo as regras de arte e princípios preestabelecidos pelos grandes mestres [BORBA e GRAÇA, 1956, Dic. de Música 1. 2. Músico - o profissional, intérprete, compositor ou regente, o que trabalha na área da música. [ANDRADE, 1989, Dic. Musical B rasilei ro1. entretenimento e lazer. Para a segunda pergunta podemos informar que Caetano Veloso pesquisou e participou das discussões dos termos do que deveria ser uma "verdadeira" MPB. Enquanto 1 "ideólogo do tropicalismo" musical (movimento voltado para a atualização dos valores vigentes dos anos 60 e que incorporou tanto o primitivismo cultural brasileiro quanto as modernas técnicas musicais internacionais que influenciaram a música popular brasileira), apontou uma saida para o impasse em que esteve encerrada.a MPB naquele período. Acrescente-se que Caetano mantém-se há um quarto de século acima do regionalismo estrito e do modismo passageiro, com uma produção ininterrupta, sustentada por uma capacidade de mantê-la sempre atualizada, sendo reconhecido, nacional e internacionalmente, como um genuíno representante da MPB. A confirmação deste fato é atestada pelos prêmios que recebeu nos dois últimos concursos musicais no Brasil: o "5o Prêmio Sharp de Música", nas categorias: melhor cantor de MPB, melhor música de MPB e melhor projeto visual, realizado em maio/92; e, recentemente, o "6o Prêmio Sharp de Música", nas categorias: melhor cantor de MPB e melhor disco de MPB, realizado em maio/93. É preciso dizer que não tivemos aqui a intenção nem a 2 pretensão de esgotar os vários possíveis da vasta obra deste singular artista. Dela nos aproximamos por uma (entre outras) de 1. Cf. RIBEIRO, 1988:7. 2. O significado de "obra", aqui, recobre a acepção mais simples deste termo; ou seja, refere-se ao conjunto das canções compostas única e exclusivamente por este compositor e deve ser entendida como obra musical. 1 suas possíveis entradas: o sentido das imagens recorrentes e dinâmicas que compõem a obra deste artista, visando atingir o nosso objetivo. Alèm disso, não podemos ignorar que, em se tratando de uma produção artística, que envolve um constante movimento criador de idéias, è uma obra aberta, o que quer dizer que, como tal, não tem os seus limites últimos encerrados; pois, como já bem disse G. Durand, a obra, enquanto criação artística, é aberta em três sentidos: "aberta para o outro, que è o seu público fraterno, aberta para o tecido cultural que permite a comunicação com um povo e, enfim, aberta para o universo figurativo dos arquétipos, que permitem o câmbio universal do 2 sentido" . Estas três "aberturas" da obra concorrem para que ela tenha o seu sentido para sempre estendido ou prolongado. Outro esclarecimento faz-se necessário; diz respeito á utilização dos termos musicais. Para a acepção geral antropológica (e não-específica da área musical) que visamos, ao longo do nosso texto, evitamos as palavras: melodia e letra porque são mais restritivas, a primeira aos recursos sonoros e a última aos recursos textuais; e preferimos, indistintamente, as 3 palavras canção ou composição por darem conta, enquanto textos musicais, da nossa necessidade e satisfazerem, desta forma, a nossa exigência.
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