Corpo, Percepção E Cultura De Movimento No Cinema

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Corpo, Percepção E Cultura De Movimento No Cinema UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO-SENSU EM EDUCAÇÃO FÍSICA CORPO, PERCEPÇÃO E CULTURA DE MOVIMENTO NO CINEMA Raphael Ramos de Oliveira Lopes NATAL–RN, 2015 CORPO, PERCEPÇÃO E CULTURA DE MOVIMENTO NO CINEMA RAPHAEL RAMOS DE OLIVEIRA LOPES Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física, no Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do grau de Mestre em Educação Física. ORIENTADOR(A): Prof.ª Dr.ª Terezinha Petrucia da Nóbrega NATAL–RN, 2015 RAPHAEL RAMOS DE OLIVEIRA LOPES CORPO, PERCEPÇÃO E CULTURA DE MOVIMENTO NO CINEMA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física, no Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Educação Física. Dissertação apresentada e qualificada em: ____/____/2015. BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________ Dr.ª Terezinha Petrucia da Nóbrega (Orientadora) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN ___________________________________________________________ Dr. Iraquitan de Oliveira Caminha (Titular Externo) Universidade Federal da Paraíba – UFPB ___________________________________________________________ Dr.ª Rosie Marie Nascimento de Medeiros (Titular Interno) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN ___________________________________________________________ Dr.º José Pereira de Melo (Suplente interno) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ___________________________________________________________ Dr.ª Elaine Melo de Brito de Costa Lemos (Suplente externo) Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) A minha querida avó Eva, por me ensinar que o amor é a maior de todas as forças existentes nessa vida. AGRADECIMENTOS A Deus, por ser tão bondoso e me guiar sempre pelos bons caminhos da vida, mesmo quando estive desatento. A minha querida amiga e orientadora Petrucia, por além de fazer com que eu reencontrasse o amor por esse trabalho, ajudou-me com que também pudesse reencontrar a beleza da vida. A minha querida Vó Eva, por me fazer sempre acreditar que não existe outro ser mais amado nesse universo do que o seu ”calango”, por quem dedicou boa parte de sua vida. Te amo! A minha amada Mãe, da qual eu e esse trabalho não teríamos sido os mesmos, se não fosse o seu empenho em querer me aproximar do universo da arte, como nas diversas vezes, ainda na infância, que me levou ao cinema e, numa dessas, ao incorporarmos os heróis da trama, a mim falou “juntos somos invencíveis”. E somos! Ao meu querido pai, por ser o meu maior exemplo de homem e me fazer ver que na vida mais do que qualquer bem material, de dinheiro, está a honestidade, a humildade e, acima de qualquer coisa, o amor que temos pela nossa família. Aos meus sobrinhos Beatriz, Raphaela e Felipe, por me ensinarem com cada sorriso, beijo e abraço apertado, que não vale a pena viver se não perto de quem amamos. A Diana, minha eterna “Nega”, por toda ajuda, palavras de apoio e todo amor que me fortaleceram e me fizeram acreditar mais em mim e superar muitas dificuldades ao longo dessa caminhada. As minhas queridas irmãs Cinthya e Brenda, por me fazerem sentir uma força especial em querer sempre o bem de alguém, e por colocarem no mundo as pequenas e grandes dádivas de minha vida: meus sobrinhos. A Sara e a Helena, minhas “cabritinhas do rabo cotó”, pelas muitas surras de beijos e abraços dadas para o seu “Tatael”, “Mamael”, e outros pseudônimos carinhosos que me deram com uma linguagem pueril e tão cheia de amor. Aos Surfbrothers, Allan, Diego e Gustavo, meus grandes irmãos de toda vida, que mesmo com toda distância e a correria do cotidiano, basta a presença, ou mesmo uma palavra para que eu possa me sentir com a energia renovada para uma vida mais alegre. Aos meus grandes amigos Jamal, Thulinson, Vini, Diogo, “Bituca”, “Fernandantônio”, “Pedrão”, Giovanni, Rodrigo, Teixeira, Júlio, Tulinho, Artur, Henrique, Pablo, Chico “Boa Ideia”, Urso, Tião e J.B, por me darem a certeza de que já vivi coisas boas nessa vida. Aos feios da minha turma da graduação, em especial “Stetenio”, Dudu, Reuel, “Pato”, Barretinho, Leandrinho, Marcos e Gleydson, por fazerem dos meus anos universitários uma experiência memorável. Ao grande mestre Arthur Cumming, o “Zumbi Cangaceiro”, por toda a disposição para me ajudar na organização desse trabalho e pela amizade sincera que criamos ao longo desses anos. Muito obrigado, irmão! Ao grande “Potência”, Christian, por toda a força dada e por me fazer descobrir que ganhei um grande amigo ao longo desses dois anos de mestrado. Aos professores Iraquitan Caminha e Rosie Marie, pela leitura atenta e pelas muitas contribuições dadas a esse trabalho. Aos amigos do grupo ESTESIA, pelas muitas vezes que criaram em mim questões importantes não só para a minha pesquisa, mas para a minha vida. A todos os meus mestres da graduação e da Pós-Graduação em Educação Física, por serem fundamentais nos meus projetos dentro de nossa área. Ao grande mestre Belchior, fonte de inspiração de muitas de minhas reflexões sobre um viver poético; um ídolo para toda a vida, que me fez, assim como ele, escolher a vida como “minha eterna namorada”. A CAPES, meus agradecimentos pelo apoio financeiro dado ao longo de toda essa trajetória. Muito obrigado a todos! Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba. Oswaldo Montenegro RESUMO O cinema influencia diretamente a vida dos sujeitos por aquilo que o visível e o invisível de suas imagens móveis evidenciam na sua apreciação estética. As relações entre o corpo, a percepção e o movimento na cinematografia apontam novos horizontes de significações para que possamos alargar o nosso olhar sobre a compreensão da corporeidade e da cultura de movimento, o que nos permite criar outros vínculos para ampliar o conhecimento sensível do corpo e do movimento para a área da Educação Física. Para tanto, partimos do ensejo de identificar e descrever as expressões do corpo e do movimento possibilitadas pela percepção cinestésica que temos das imagens fílmicas, relacionando-as com a compreensão de cultura de movimento, bem como apontar horizontes para o conhecimento estético da educação física, tendo em vista a íntima relação entre corpo, percepção e expressividade. O método de pesquisa utilizado parte do pensamento fenomenológico do filósofo francês Merleau-ponty, fundamentando-nos em três aspectos que se encontram interligados: a experiência vivida, a intencionalidade da consciência e a redução fenomenológica. Como técnica de pesquisa utilizamos nesse estudo a variação imaginativa como estratégia fenomenológica, reconhecendo que os processos corporais e mentais se fazem presentes no ato imaginativo. Assim, realizamos uma apreciação estética de algumas obras do cineasta Carlos Saura (Bodas de sangue, Ibéria, Tango, Fados), por meio de uma Ficha de filmes em que descrevemos alguns aspectos técnicos do cinema, relacionando-os com a compreensão de corpo e da cultura de movimento. Reconhecemos nos filmes em questão aspectos deveras significativos para que possamos pensar sobre o conhecimento sensível da Educação Física em face à experiência corpórea, ao esquema corporal, às fisionomias, às atitudes do corpo presentes no tempo e espaço, cujas imagens em movimento ampliam a nossa forma de ver e de perceber o corpo em movimento para além da vida comum. Nisso, os diversos temas da vida e dos próprios discursos da Educação Física encontra na experiência cinematográfica uma extensão do nosso olhar dada pela conivência do real com o imaginário, possibilitando outros modos de ver e pensar sobre o tema da corporeidade e da motricidade humana, por meio da experiência perceptiva que, no cinema, desperta a dimensão poética do corpo para fazer deste uma obra de arte. Palavras-Chave: Corpo. Percepção. Cultura de movimento. Fenomenologia. Cinema. ABSTRACT The film directly influences the lives of individuals by what the visible and the invisible of its moving images show in their aesthetic appreciation. The relationship between body, perception and movement in cinematography point new horizons of meaning for us to broaden our gaze on understanding the physicality and movement culture, which allows us to create other ties to enlarge the sensitive knowledge of the body and movement to the area of Physical Education. The starting point was the opportunity to identify and describe the expressions of body and movement enabled by kinesthetic perception we have of filmic images, relating them to the understanding of movement culture, as well as pointing horizons for aesthetic knowledge of physical education, given the close relationship between body, perception and expression. The research method of the phenomenological thinking of the French philosopher Merleau-Ponty, basing on three aspects which are interlinked: the lived experience, intentionality of consciousness and the phenomenological reduction. As a research technique used in this study imaginative variation as phenomenological strategy, recognizing that bodily and mental processes are present in the imaginative act. Thus, we conducted an aesthetic appreciation of some works of filmmaker Carlos Saura (Marriage of blood, Iberia, Tango, Fados), through a sheet of films I describe some technical aspects of cinema, relating them to the understanding of body and motion culture. We recognize the films in question truly significant aspects so we can think about the sensitive knowledge of physical education in the face of bodily experience, the scheme body, the faces, the attitudes of the body present in time and space, whose moving images extend the way we view and see the body moving beyond the ordinary life. In this, the various themes of life and own speeches of Physical Education is the cinematic experience an extension of our vision given by real connivance with the imaginary, enabling other ways of seeing and thinking on the subject of corporeality and human movement, by through the perceptual experience that in the cinema, awakens the poetic dimension of the body to make this a work of art.
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