QUALQUER COISA É SÓ CHAMAR A991q Azambuja, Raul Qualquer Coisa É Só Chamar: Crônicas Dos Bastidores De Um Transplante / Raul Azambuja; Ilustrações Tacho

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QUALQUER COISA É SÓ CHAMAR A991q Azambuja, Raul Qualquer Coisa É Só Chamar: Crônicas Dos Bastidores De Um Transplante / Raul Azambuja; Ilustrações Tacho QUALQUER COISA É SÓ CHAMAR A991q Azambuja, Raul Qualquer coisa é só chamar: crônicas dos bastidores de um transplante / Raul Azambuja; ilustrações Tacho. – Novo Hamburgo : Sinopsys, 2019. 16x23 ; 96p ISBN 978-85-9501-132-8 1. Transplante de pulmão – Crônicas. I. Tacho. II. Título. CDU 616-24:82-94 Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto – CRB 10/1023 QUALQUER COISA É SÓ CHAMAR CRÔNICAS DOS BASTIDORES DE UM TRANSPLANTE RAUL AZAMBUJA 2019 © Sinopsys Editora e Sistemas Ltda., 2019 Qualquer coisa é só chamar – Crônicas dos bastidores de um transplante Raul Azambuja Capa e ilustrações: Tacho Supervisão editorial: Mônica Ballejo Canto Editoração: Formato Artes Gráficas Todos os direitos reservados à Sinopsys Editora Fone: (51) 3066-3690 E-mail: [email protected] Site: www.sinopsyseditora.com.br Dedicatória Às três pessoas que sem as quais esse livro não existiria, Cristina, minha esposa, amor e salvadora, Augusto, meu filho, meu motivo de viver, e ao grande amigo Rodrigão (Rodrigo Steffen) pelo incentivo e persistência em fazer-me redigir as histórias e providenciar tudo para que essa obra fosse publicada. Agradecimentos Ninguém é uma ilha. Todos estamos conectados e precisamos uns dos ou tros, sempre. Agradeço, mui especialmente, a Cristina, amor da minha vida. Minha “Leoa”, que me protegeu e apoiou nessa jornada fantasticamente. Augusto (filho), que foi o maior motivo de eu me manter respirando. Rodrigo Steffen (Rodrigão), o amigo idealizador que persistiu em me motivar e providenciar a concretização deste livro (sem ele nada disso seria possível). Dr. Sadi Schio, o homem que teve minha vida (e meu destino) em suas mãos e, habilmente, soube me conduzir por esses tempos difíceis como mais ninguém o faria. E, finalmente, a todos aqueles que no maior momento de sofrimento de suas vidas têm a nobreza de um último ato de amor, o doador de órgãos. SUMÁRIO Prefácio ....................................................................................... 9 JJCamargo Apresentação ............................................................................... 13 A caipira no abacaxi .................................................................... 16 A garagenzinha ........................................................................... 20 A profecia do Dr. Oly ................................................................. 22 Bengalas ...................................................................................... 24 5 minutos .................................................................................... 26 Prazer, Sra. Dolantina ................................................................ 28 Quando cheguei em Floripa ....................................................... 30 A revelação .................................................................................. 32 Rumo a São Paulo ....................................................................... 35 Voltaire tinha razão ..................................................................... 37 Até o viciado mais egoísta do mundo merece perdão ................ 41 Café e Miles Davis ...................................................................... 44 Chama o Oswald......................................................................... 46 Chama o Oswald II ..................................................................... 48 Corrida maluca ........................................................................... 50 Mate seu guerreiro ...................................................................... 52 O dia que fui salvo por um barril ............................................... 54 O saco de gelo salvador .............................................................. 57 O tratorzinho morro acima ........................................................ 60 Quando virei traficante .............................................................. 62 Um batom diferente .................................................................... 64 A gincana das cicatrizes .............................................................. 66 A noite que fui abduzido ............................................................ 68 A pescaria que nunca aconteceu ................................................. 70 Doce vida .................................................................................... 72 Hermann, o louco ....................................................................... 74 O dia que perdi minha mão esquerda ........................................ 76 O troféu papagaio ....................................................................... 78 Meu amigo Léo ........................................................................... 81 Perdas e ganhos ........................................................................... 83 Reaprender a caminhar ............................................................... 85 Propósito de vida ........................................................................ 87 A cidade bípede ........................................................................... 89 O herói anônimo ........................................................................ 91 Quando parei a BR-116 ............................................................. 93 Segredos de cama ........................................................................ 95 PREFÁCIO Este livro é, antes de mais nada, uma apologia à vida, sacudida na sua essência em todo o percurso de uma doença crônica, com tantos vieses de sofrimento, ao longo do tempo, que se tem a sensação de que se está relatando uma maratona em que o prêmio final é continuar vivo, e o preço disso, a gente vê depois. A doença grave tem essa assombrosa capacidade de mudar comportamentos, de incrementar religiosidade nos fiéis e despertar uma fé insuspeitada em ateus até então convictos. O sentir-se doente se multiplica em sofrimento, na medida em que vamos enfrentando perdas, quaisquer perdas, e o contraponto disso é o valor que passamos a dar a todas as coisas que sabíamos gostar, mas não tínhamos ideia do quanto. A linda crônica que fala da expectativa de chegar a tempo de tomar a caipirinha de abacaxi afirma o valor das pequenas coisas. Sempre acreditei que se as pessoas portadoras de patologias graves soubessem no início da doença o tamanho da via crucis que viria, prova- velmente, enlouqueceriam, porque a fantástica adaptação humana ao so- frimento é um processo espinhoso, em que cada um, do seu jeito e com suas crenças e carências, constrói paulatinamente seu modelo pessoal de resiliência, às custas de forças que ignorava possuir antes de ser exigido. 10 Prefácio A descrição das limitações progressivas (o episódio da bengala é emble- mático) e o esforço para superá-las, expressa essa escalada de coragem e determinação, que é uma exclusividade dos bem-amados, e por isso, e frequentemente só por isso, decididos a viver no limite do possível. Claro que este tipo de jornada nunca estaria reservada a um solitário. Isso posto, tenho a convicção de que nada do que lerás, a seguir, te- ria ocorrido sem a presença doce, generosa e moderadora da Cristina, uma cúmplice perfeita, serena para ouvir, inteligente para relevar o que podia ter sido melhor e sensível para distensionar o clima, quando a irritação do Raul escapava de controle e ele se comportava como um comandante supremo, mesmo quando não conseguia comandar o próprio fôlego. O Raul sempre foi visto como um grande desafio do ponto de vista puramente técnico pela gravidade do quadro clínico, e um teste de pa-ciência quando externava toda sua revolta por estar doente, por ser obeso, por ter que emagrecer, por não conseguir, e por não ser aceito em lista de espera enquanto não conseguisse. A pressa de resolver tudo logo só aumentava a sua intolerância à posição do grupo médico, convicto de que o transplante só teria chance de sucesso se ele perdesse uns 30 quilos. Lembro de que em muitas con- versas ele tentava atribuir a dificuldade em perder peso a algum problema hormonal, e da cara que ele fez quando recomendei como terapia, ótima nesses casos, o uso de um “batom de superbonder”. Depois que ele foi incluído em lista de espera, mudou o inimi- go. Por alguma razão, a fibrose pulmonar, uma doença que enrijece os pulmões, teve o seu ritmo acelerado, e o grande pesadelo passou a ser o tempo. A necessidade crescente do uso de oxigênio era um indício indis- cutível de que o processo inflamatório estava efervescente. E então chegou o dia em que a musculatura respiratória entrou em fadiga e as alternativas minguaram: era respiração artificial ou morte. Como o uso de pressões muito altas no respirador, necessárias para ven- tilar um pulmão fibrótico, compromete o retorno de sangue ao coração, foi decidido como alternativa ideal o uso de um oxigenador, por onde Qualquer coisa é só chamar 11 circula, através de duas cânulas, colocadas em uma veia e uma artéria, o sangue que o pulmão não conseguia mais oxigenar. Medo, ansiedade, ambiente hostil, má oxigenação, medicamentos sedativos e hipnóticos, tudo contribui para as alucinações mais bizarras. A descrição do imaginá- rio saco de gelo colocado sobre o peito, para pretensamente aliviar a dor durante o procedimento, é um modelo de subversão do sensório. Algumas crônicas deste livro demonstram, sobejamente, as mais variadas formas de padecimento que assolam os pacientes em ambientes impessoais e, às vezes, francamente hostis, como são frequentemente as unidades de terapia intensiva, onde o ruído dos bips, a conversa des- comprometida dos funcionários, a perda
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