Noites Brancas De Luchino Visconti
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Ana Luiza Cavalcanti Carneiro UMA TRADUÇÃO CINEMATOGRÁFICA: Noites Brancas de Luchino Visconti Belo Horizonte Escola de Belas Artes da UFMG 2009 Ana Luiza Cavalcanti Carneiro UMA TRADUÇÃO CINEMATOGRÁFICA: Noites Brancas de Luchino Visconti Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Artes. Área de concentração: Arte e Tecnologia da Imagem Linha de pesquisa: Criação e Crítica da Imagem em Movimento Orientador: Prof. Dr. Luiz Nazário Belo Horizonte Escola de Belas Artes da UFMG 2009 2 Ao Ricardo, por tudo, sempre. 3 Agradecimentos A meu marido RICARDO, amoroso carinho eterno. A meu PAI e à minha MÃE, que me ensinaram o que é o amor. Aos meus amados irmãos, PEDRO, DUDU, JO e JU, queridos ao meu lado, sempre. A toda minha FAMÍLIA, pelos momentos de união e sabedoria. Aos meus SOGRINHOS, NEIDE e CHICO, tão queridos e presentes. Ao NAZARIO, pela constante e detalhista orientação. Aos queridos PROFESSORES DA FALE, que me ensinaram a viver com amor aos livros. Aos queridos PROFESSORES DE CINEMA DA EBA, que me ensinaram a amar ainda mais o cinema. A todos os COLEGAS DE MESTRADO e à ZINA, amigos de caminhada. À CAPES, pela bolsa de pesquisa. À MALU, MARI, MAÍRA, CAMILA, JORDANA, E A TODOS que contribuíram para a realização deste trabalho. 4 Onde começa o filme e termina a literatura? Glauber Rocha 5 Lista de imagens FIGURAS (FRAMES CAPTURADOS DO DVD DO FILME NOITES BRANCAS): Figura 1: Inquilino e Natália se abraçam: desvenda relação escusa entre os personagens. Figura 2: Mário e Natália dançam ao som de uma lenta música: seus lábios quase se tocam. Figura 3: Triângulo amoroso: Mário, Natália e prostituta. Figura 4: Natália conta a Mário como conheceu o Inquilino: mesmo espaço cenográfico do plano seguinte. Figura 5: Natália vê o Inquilino pela primeira vez: mesmo espaço cenográfico do plano anterior. Figura 6: Inquilino despede-se de Natália: refere-se ao flashback da moça. Figura 7: Natália conta para Mário sobre sua despedida com o Inquilino. Atualização da cena anterior, Mário ocupa o lugar do Inquilino. Figura 8: Triângulo amoroso, Natália, Inquilino e Mário. Figura 9: Mário caminha solitário pela Livorno reconstruída. Plano geral em plongeé. Figura 10: Na segunda noite, Natália foge de Mário. Reflexo do casal nas densas águas do canal que corta o quadro. Figura 11: Natália no quarto do Inquilino. Sua imagem está quadruplicada. Figura 12: Natália espera o Inquilino. As letras em neon estão invertidas, como se estivessem sendo vistas de um espelho. Figura 13: Natália começa a contar suas lembranças a Mário. Contraste entre a parte nova e a parte velha da cidade. Figura 14: No bar dançante, todos observam o dançarino (Dick Sanders) que se apresenta. Figura 15: Prostituta ao meio da Praça de Livorno. Neblina feita com véus de tule, técnica advinda do teatro. Figura 16: Letreiro inicial focos de luz direcionados como se estivessem num palco. Figura 17: Inquilino leva Natália, sua avó e Juliana ao Barbeiro de Sevilha. Somente observa-se o balcão e as vozes do espetáculo. 6 CROQUIS (RETIRADOS DO LIVRO LE NOTTI BIANCHE DE LUCHINO VISCONTI, DE RENZO RENZI)1: Croqui 1: Montagem de traquitana para criar efeito de céu. Croqui 2: Planta baixa – seqüência do início da segunda noite. Croqui 3:Planta baixa – seqüência final da segunda noite. 1 RENZI, Renzo. Le notti bianche di Luchino Visconti. Bologna: Cappelli, 1957. 7 Resumo O presente estudo investiga as soluções encontradas nos processos da tradução da literatura para o cinema efetuados por Luchino Visconti e seus colaboradores no filme Noites Brancas (Le Notti Bianche, Itália, 1957), através da aproximação entre o conto homônimo de Fiódor Dostoievski, o roteiro de Luchino Visconti e Suso Cecchi d’Amico e o longa-metragem realizado, com o intuito de realizar uma leitura das dobras entre as artes que se influenciaram. Noites Brancas é uma livre leitura para o cinema do conto de Dostoievski por Visconti, na qual são alterados consideravelmente muitos elementos do primeiro texto, como o país, a língua e o peso dos personagens. Seguimos um percurso ondulante entre as obras, tomando como foco principal o filme de Visconti. O fio condutor dos caminhos não se restringe às comparações que buscam semelhanças e diferenças entre os textos, mas visa, sobretudo, uma pontuação rica de sentidos, em que prevalecem os níveis simbólico, criativo, inspirador, mutante e transformador do conto ao roteiro e ao filme. Palavras-chaves: Roteiro, Cinema, Literatura, Noites Brancas, Luchino Visconti. 8 Riassunto Questo studio cerca le soluzione trovate per Luchino Visconti ed i suoi collaboratori nei proccessi di traduzione dalla literatura al cinema nel film Le Notti Bianche (1957), attraverso l'aproccio tra il racconto omonimo di Fiodor Dostoievski, la sceneggiatura di Luchino Visconti e Suso Cecchi d'Amico, e il lungometraggio, con la fine di dare un'altra interpretazione alle pieghe tra le arte, che lavorono insieme. Le Notti Bianche è una lettura libera dal cinema del racconto di Dostoievski fatta per Visconti ed i suoi colaboratori, nella quale vediamo la trasformazione di tantissimi aspetti del testo, come il paese, la lingua ed l'importanza dei personaggi. Andiamo per un percorso ondulante tra le opere, ma il principale fuoco è sul film di Visconti. Il filo condutore del lavoro non è costretto ai paragoni che cercano similitudine ed differenze tra i testi, però busca, sopratutto, frammenti pieni di sensi, nei quali rimangono i livelli simbolico, creativo, ispirato, mutante ed trasformatore del racconto alla sceneggiatura ed al film. Parole-chiave: Sceneggiatura; Cinema; Literatura, Le Notti Bianche; Luchino Visconti. 9 Abstract The present study it investigates the solutions found in the processes of the translation of literature for the cinema effected by Luchino Visconti and its collaborators in the film White Nights, (Le Notti Bianche, Italy, 1957), through the approach enters the story homonym of Fiodor Dostoievski, the script of Luchino Visconti and Suso Cecchi d’ Amico and the lengthy carried through, with intention to carry through a reading of the folds between the arts that had influenced. White Nights it’s a free reading for the cinema of the story of Dostoievski for Visconti, in which they are modified considerably many elements of the first text, as the country, the language and the weight of the personages. We follow a undulant between the work, taking as main focus in the film of Visconti. The conducting wire of the ways does not restrict the comparisons that search similarities and differences between the texts, but aims, over all, a rich punctuation of directions, where the levels prevail symbolic, creative, inspired, mutant and transforming of the story to the script and the film. Palavras-chaves: Screenplay, Cinema, Literature, White Nights, Luchino Visconti. 10 Resumen El presente estudio tiene como objetivo la investigación de las soluciones encontradas en los procesos de traducción de la literatura para el cine, efectuada por Luchino Visconti y sus colaboradores en el film Noches Blancas (Le Notti Bianche, Italia, 1957), a través del acercamiento entre el cuento homónimo de Fiódor Dostoievski, el guión de Luchino Visconti y Suso Cecchi d’Amico y el largometraje realizado, con el intuito de realizar una lectura de las doblas entre las artes que se influenciaran. Noches Blancas es una libre lectura para el cine del conto de Dostoievski por Visconti, en que se cambian considerablemente varios elementos del texto primero, como el país, la lengua, el peso de los personajes. Seguimos un ondeante trayecto entre las obras, tomando como principal enfoque, el film viscontiano. El hilo conductor de los caminos no se restringe comparaciones que buscan semejanzas o diferencias entre los textos, pero, sobretodo, visa una puntuación rica de sentidos, en que prevalezcan los niveles simbólicos, creativo, inspirador, cambiante del cuento al guión y al film. Palabras-claves: Guión, Cine, Literatura, Noches Blancas, Luchino Visconti. 11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................13 1. ANOITECER: O OLHAR VISCONTIANO .........................................................18 1.1. Traduções viscontianas 1.2. A história contada em Noites Brancas 1.3. Noites Brancas, um “filme menor”? 2. PRIMEIRA NOITE: O SUJEITO SONHADOR ..................................................38 2.1. Do Romantismo ao melodrama decadentista 2.2. Subjetividades de um sonhador romântico 2.3. Fragmentos de um discurso amoroso 3. SEGUNDA NOITE: NO TEMPO-ESPAÇO CINEMATOGRÁFICO ...............64 3.1. Na cadência das horas 3.2. Água e espelhos 3.3. Antítese espacial 3.4. Circularidade narrativa 4. TERCEIRA NOITE: VÁRIAS ARTES E MUITAS VOZES ..............................85 4.1. Articulação literatura e cinema 4.2. Espetáculo “total” viscontiano 5. AMANHECER ........................................................................................................100 5.1. Conclusão 6. FICHA TÉCNICA DE NOITES BRANCAS ........................................................103 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................105 8. ANEXO 1: TRADUÇÃO DAS CITAÇÕES EM LÍNGUA ESTRANGEIRA ..109 9. ANEXO 2: FILMOGRAFIA DE LUCHINO VISCONTI ..................................120 12 INTRODUÇÃO A noite terminou e não completei minha história, mas como posso culpar a noite por isso?