O Desenvolvimento da Região do Baixo Mondego a partir dos anos 60. A Cultura do Arroz

Naiara Soares , 2011

O Desenvolvimento da Região do Baixo Mondego a partir dos anos 60. A Cultura do Arroz Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Introdução Sociológica – Licenciatura em Sociologia Professor: Paulo Peixoto

Naiara Soares Coimbra, 2011

Ficha técnica

Título do trabalho: O Desenvolvimento da Região do Baixo Mondego a partir dos anos 60. A Cultura do Arroz

Unidade curricular: Fontes de Introdução Sociológica

Professor: Paulo Peixoto

Estudante: Naiara Teixeira Soares

Número de estudante: 2011155442

Imagem da capa: https://lh4.googleusercontent.com/‐ rvOw9ZvOObg/SreevAvAe_I/AAAAAAAABh0/btumMn22pz4/Arroz_para_semear.JPG

Índice 1. Introdução ...... ‐ 1 ‐ 2. O Estado das Artes ...... ‐ 2 ‐ 2.1 O Rio Mondego ...... ‐ 2 ‐ 2.2 Baixo Mondego ...... ‐ 3 ‐ 2.3 Plano Geral de Aproveitamento do Baixo Mondego ...... ‐ 4 ‐ 2.4 O Projecto Hidroagrícola e o Projecto Agrícola ...... ‐ 7 ‐ 2.5 O Cultivo do Arroz ...... ‐ 12 ‐ 3. Ficha de leitura ...... ‐ 15 ‐ 4. Pesquisa Detalhada ...... ‐ 19 ‐ 5. Avaliação de uma página da Internet...... ‐ 20 ‐ 6. Conclusão ...... ‐ 22 ‐ 7. Referências Bibliográfica ...... ‐ 23 ‐

Anexo A

Página da internet avaliada

1. Introdução

Este trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Introdução Sociológica, insere‐se no tema a) ‐ caraterização diacrónica das modalidades de expansão urbana e de localização de Coimbra em relação ao Rio Mondego. História do crescimento e do desenvolvimento da cidade e do território em relação ao Rio Mondego. Evidenciação das transformações ocorridas no domínio da relação cidade/rio ‐ proposto pelo professor da disciplina, Paulo Peixoto.

O Desenvolvimento da Região do Baixo Mondego a partir dos anos 60. A Cultura do Arroz é o tema deste trabalho. Portanto, nas páginas seguintes, focalizar‐me‐ei no desenvolvimento da Região do Baixo Mondego. Veremos que este desenvolvimento será proporcionado por um conjunto de programas de desenvolvimento elaborados pelo Estado português, tendo em vista o aproveitamento dos recursos hídricos que o Rio Mondego dispunha e poderia oferecer para a região.

Os programas de desenvolvimento na região ganham um certo destaque na década de 60, com a elaboração do Plano Geral de Aproveitamento do Baixo Mondego. Este que tem como alvo principal combater as cheias que assolam a região do Baixo Mondego, levando à destruição total do cultivo de algumas culturas de total importância para o crescimento local.

Sendo assim, são construidas barragens, há uma alteração do modo de cultivo das terras, há um aproveitamente dos solos que, por sua vez, provocará uma modificação no modo de como a população rural lida com esse novo modo de produção.

Logo, é dentro deste contexto que irei referir, em especial atenção, o cultivo de arroz. Pois, os projectos elaborados pelo Estado, tanto o Plano Geral de Aproveitamento do Baixo Mondego como o Programa Integrado de Desenvolvimento Regional do Baixo Mondego (PIDR – BM), fazem com que haja um novo modo de cultivo da orrizicultura proporcionando um crescimento para os rurais locais e para toda população da região.

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2. O Estado das Artes

O Rio Mondego, através dos seus inúmeros recursos hídricos, proporcionou a toda região que abrange, em especial destaque para a sub‐região do Baixo Mondego, uma diversificação de utilizações da àgua que serão importantes para o abastecimento de água e um grande fomento para a actividade agrícola e industrial da região.

É dentro deste contexto que começo por fazer uma breve descrição do Rio Mondego.

2.1 O Rio Mondego

O Rio Mondego, quinto maior rio de , “é o mais importante de todos os que têm o seu curso em território exclusivamente português” (Wikipédia, 2011). Nasce a 1425 metros de altitude, na Serra da Estrela e desagua no Oceâno Atlántico, na cidade de . O comprimento total do rio é de 234 quilómetros e abrange os concelhos de Gouveia, Guarda, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Mangualde, Seia, Nelas, Carregal do Sal, Santa Comba Dão, Mortágua, Oliveira do Hospital, Tábua, , Vila Nova de Poiares, Coimbra, Montemor‐o‐Velho e Figueira da Foz.

A Bacia Hidrográfica do Rio Mondego possui uma área de aproximadamente 6644 km2 e os seus principais afluentes são: o Rio Dão na margem direita e os rios Alva, Ceira, Arunca e Pranto na sua margem esquerda. Esta bacia tem uma enorme diversificação de utilizações da água que contribuem para o desenvolvimento de actividades agrícolas e industrais, etc. Os recursos hídricos pertencentes à bacia são de grande relevância, que exigiu, a nível judicial e constitucional, a criação de uma entidade gestora para o aproveitamento desses recursos na região. O armazenamento total dos recursos hídricos da bacia é de, aproximadamente, 540hm3.

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Imagem I – Os afluentes do Rio Mondego

Fonte – Programa Prof2000

Vimos que o Rio Mondego oferece, para a região em que tem o seu curso, um grande número de recursos hídricos. Dentre dessas regiões, analisaremos a região do Baixo‐ Mondego.

2.2 Baixo Mondego

O Baixo Mondego é uma sub‐região, abrangendo parte da Região Centro e do Distrito de Coimbra, que “ocupa uma área com cerca de 2425,1 km2, e inclui ainda os concelhos Catanhede, Coimbra, Condeixa‐a‐Nova, Figueira da Foz, Montemor‐o‐Velho, Mealhada, Mortágua, Penacova e Soure”(Câmara Municipal, 2010).

Esta sub‐região, apesar de corresponder a 19% da “globalidade da superfície da bacia hidrográfica deste nosso Rio, o certo é que ele é, a nosso ver, e dos pontos de vista geológico e hridrogeológico, a parcela mais rica e diversificada de toda esta área” (Veloso, 1992).

Coimbra e Figueira da Foz são os principais pólos da região, dotados de uma especializção no comércio e serviços, enquanto que nas restantes regiões predomina a actividade agrícola – cultura do arroz e do milho e a produção leiteira.

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Imagem II – A sub‐região do Baixo Mondego

Fonte – Google Imagens

Portanto, uma vez caracterizado o Rio Mondego e a sub‐região do Baixo Mondego, passaremos a analisar os Planos de desenvolvimento elaborados e executados nessa região, a partir da década de 60.

2.3 Plano Geral de Aproveitamento do Baixo Mondego

A sub‐região do Baixo Mondego, no início dos anos 60, foi marcada por um período de cheias que destruíram searas de milho e arroz, aproximadamente 5 000 hectares, de uma tal maneira que foi necessária a intervenção do Estado com o objectivo de minimizar as perdas sofridas pelos agricultores. É neste contexto, e tendo em vista a resolução do problema que assola a sub‐região do centro de Portugal, que é lançado o Plano Geral de Aproveitamento do Baixo Mondego, em 1962, uma vez que o problema da região é “visto como o de um regime hidráulico desordenado que vai causar graves prejuízos à cultura de uma vasta área de terrenos situados a jusante de Coimbra – os Campos do Mondego” (Hespanha & Reis, 1988).

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Logo, é fácil concluir que o problema é predominantemente agrícola, sendo causado pelo desornamento do regime hidráulico que provoca as cheias. Portanto, o objectivo principal do plano visa combater as cheias.

Lançado em 1962, as obras do Plano iniciaram‐se dez anos mais tarde devido a várias questões: a falta de participação e cooperação dos principais interessados no Plano, os agricultores da região, uma vez que estes “pareciam incapacitados de representarem os seus próprios interesses e já pareciam convencidos de que as obras não se realizariam” (Hespanha & Reis, 1988). Porém, quando esta iniciou‐se estes rurais ficaram receosos e esperaram a sua finalização para ficarem certos das condições favoráveis para a produção. Outros obstáculos ao Plano foram a indefinição do programa para a reconversão da agricultura da zona, devido à imperfeição dos estudos, a falta de decisão política e o custo da obra.

Para além dos obstáculos atrás referidos, a realização do Plano estava ligado com a estrutura social e económica da sub‐região, uma vez que o trabalho nos campos era resultado do esforço principal da reprodução económica dos famílias lá estabelecidas. Porém, cientes de que a “regularização da água no Baixo‐Mondego permitiria uma regularização das produções e esta a regularização dos rendimentos dos produtores” (Hespanha & Reis, 1988), o Plano foi posto em prática, já que conduziria ao progresso das culturas agrícolas aí dominantes, e em consequência disso o desenvolvimento da sub‐região.

Estava claro que para o projecto ir adiante era preciso um diálogo entre a população rural do Baixo Mondego e os executores do projecto, pois “se numerosos projectos hidráulicos fracassaram do ponto de vista social, isso deve‐se sobretudo ao facto de ter sido negligenciada a intervenção das populações no seu processo de planeamento” (Hespanha & Reis, 1988). Para isso são criadas as fórmulas participativas e, em 1985, é criado o Programa Integrado de Desenvolvimento Regional do Baixo Mondego que institucionalizou a participação indirecta dos interessados locais.

Como já referenciei, as obras do Plano iniciaram‐se dez anos mais tarde, em 1972, com a construção da Barragem de Aguieira, inaugurada no ano

‐ 5 ‐ de 1981, que ocupa os concelhos de Penacova e o Distrito de Coimbra. A Barragem de Aguieira é “composta por arcos múltiplos, três arcos contrafortes centrais, dos quais dois arcos são os responsáveis descarregadores de cheias” (Wikipédia, 2011).

Imagem III – Barragem da Aguieira

Fonte – Google Imagens

A Barragem alimenta‐se do Rio Mondego e é pertencente à bacia hidrográfica principal do Rio Mondego , porém, possui também uma bacia hidrográfica própria. O principal objecto da criação da Barragem “é a produção e fornecimento de energia hidroélectrica, irrigação agrícola, a regulação de caudais de cheia na região do Baixo Mondego e o abastecimento de água na mesma região” (Wikipédia, 2011).

Posteriormente, inaugurada em 1981, a Barragem da Raiva “situada a 10km de Penacova e esta é utilizada como fonte de energia e visa solucionar o problema das cheias do Rio Mondego”(Wikipédia, 2011). Já o açude‐ponte de Coimbra, inaugurado no mesmo ano da Barragem da Raiva, tem fins de valorização paisagística (espelho de água), rega, abastecimento de água e recreio. “Este açude é um espelho de água permanente em frente à cidade de Coimbra e criou uma travessia rodoviária urbana no extremo norte da cidade” (Wikipédia, 2011).

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Figura IV – Barragem da Raiva Figura V ‐ Açude‐ponte de Coimbra

Fonte – Google Imagens Fonte – Google Imagens

2.4 O Projecto Hidroagrícola e o Projecto Agrícola

Uma vez descrito o Plano Geral de Aproveitamento do Baixo Mondego, mais tarde designado por Programa Integrado de Desenvolvimento Regional do Baixo Mondego (PIDR‐BM), é importante realçar a acção deste programa para o desenvolvimento da actividade agrícola da região, realizado através do projecto hidroagrícola, elaborado entre 1973 e 1997.

Este projecto constitui a construção de infraestruturas básicas para a regularização de leitos, rega, drenagem, aspectos ligados ao saneamento urbano de Coimbra, uma vez que as suas obras primárias do “Aproveitamento hidráulico tiveram como objectivos essenciais, entre outros, o controlo dos caudais sólidos e líquidos do rio e seus afluentes, a defesa contra as cheias, a condução de água de rega derivada a partir de um açude no Mondego, junto a Coimbra” (Ministério da Agricultura, 2010)

Portanto, o Aproveitamento do Vale do Baixo Mondego, que é uma extensa planície de origem aluvial de, aproximadamente, 14 000 hectares, situado entre a cidade de Coimbra e Figueira da Foz, seria a área na qual incidiria o projecto hidráulico.

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Imagem VI – Aproveitamente do Vale Mondego

Fonte – Ministério da Agricultura

O Vale do Mondego correspondem duas áreas: o vale principal – uma faixa que se desenvolve ao longo do Rio Mondego, e os vales secundários – aos quais correspondem algumas ramificações laterais que constituem os seus afluentes, já referidos anteriormente.

Portanto, para combater a deficiência da agricultura na região, foram elaborados os seguintes projectos: a rede secundária de Rega que tinha como objectivo “distribuir água às parcelas de rega com eficiência” (Ministério da Agricultura, 2010). O processo da rede secundária de Rega era dividido em quatro etapas: a parcela de rega, os sistemas culturais predominante, os métodos de rega e, finalmente, o módulo de rega. A rede de drenagem também foi alterado, uma vez que era “formada por um conjunto de valasa céu aberto, não revestidas de secção trapezoidal” (Ministério da Agricultura, 2010). E “ visam a evacuação das águas em excesso e o controlo limitado dos níveis freáticos” (Ministério da Agricultura, 2010). Finalmente, a rede viária que tinha como objectivos: “possibilitar o acesso a todos os prédios ou parcelas, em cada Bloco (caminhos agrícolas ou secundários); fazer a ligação deste tipo de caminhos com os núcleos populacionais confiantes (caminhos rurais ou principais)” (Ministério da Agricultura, 2010).

Portanto, essas melhorias só foram eficazes devido ao desenvolvimento de vários projectos de restabelecimento de comunicações no Baixo Mondego, a construção do açude‐ponte de Coimbra e a drenagem da

‐ 8 ‐ zona baixa da cidade. Para além da regularização de leitos de rega, defesa e enxugo dos Campos do Mondego.

Para além do Aproveitamento do Vale do Mondego, o projecto assenta na construção de rede de rega, enxugo e viária; no redimensionamento das explorações minifundiárias/emparcelamento; investigação ágraria; melhoramento do Porto da Figueira da Foz; revisão da rede de equipamentos educativos; expansão rural; exploração de recursos piscícolas e fomento da aquacultura no estuário do Mondego e, finalmente, um gabinete coordenador – sendo possível verificar que algumas das obras pertencem a outro projecto inserido no Projecto Hidroagrícola, designado de Projecto de Desenvolvimento Agrícola.

Este Projecto de Desenvolvimento Agrícola tem como meta a “elevação da produtividade agrícola de 25% em pelo menos 80% da área beneficiada” (Hespanha & Reis, 1988). Portanto, para tal acontecer, é preciso dar especial atenção a realização de outros projectos aqui já referidos, como é o caso da execução da rede de rega e a drenagem.

Relativamente à rede de rega, primeiramente, houve uma definição de dois blocos hidroagrícolas para que fossem equipados com redes secundárias de rega, de drenagem e de caminhos adaptadas a um novo sistema. A rede de rega torna‐se indispensável, tal como o emparcelamento rural.

As novas redes de rega secundária eram constituídas por tubagem enterrada – as regadeiras ‐ que “ligavam as obras primárias às caixas de rega localizadas em cada parcela. Essas caixas de estrutura de betão, secção secular, que também debitam o caudal em maneio” (Ministério da Agricultura, 2010).

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Imagem VII – A Rede de Rega

Fonte: Ministério da Agricultura

Por sua vez, o emparcelamento rural, atrás citado, é uma nova reestruturação fundiária que tem exercido um grade impacto nas novas técnicas da agricultura. Este emparcelamento tem como objectivo a remodelação de novos prédios, lotes, submetidos a uma radical alteração geométrica e física, sendo assim, é um novo espaço remodelado e sustentado no espaço agrícola.

Este emparcelamento é feito em três fases: “1º ‐ Fixação das bases do projecto, com a delimitação do Perímetro, a determinação da situação jurídica dos prédios, a classificação e avaliação dos terrenos e benfeitorias, as condições de atribuição da reserva de terras, etc; 2º ‐ Traçados dos novos lotes; 3º ‐ Entrega dos novos prédios resultantes do plano de recomposição predial, a todos os proprietários, com a inerente titulação por auto” (Ministério da Agricultura, 2010).

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Imagem VIII – Emparcelamento Rural

Fonte: Ministério da Agricultura

Os benefícios provenientes do emparcelamento rural são variados e importantes para a exploração agrícola, uma vez que aumenta a dimensão da exploração agrícola, aumenta a produtividade do trabalho, diminui os custos de produção, promovendo uma utilização mais racional dos meios de mecanização e da mão‐de‐obra, resolução de alguns conflitos de ordem social, tais como: servidões, encraves, acesso às águas, etc.

Os trabalhos de adaptação ao regadio, complementares ao emparcelamento rural, consistem em preparar, regularizar, e nivelar os terrenos. O regadio e o emparcelamento tiveram um “impacto bastante positivo no rendimento dos agricultores, já que essas novas técnicas permitiram a recuperação e o melhoramento de solos irregulares e improdutivos” (Ministério da Agricultura, 2010).

A rede de drenagem e a rede viária também foram bastante benéficas neste Projecto Agrícola. Já que, como já referi, a rede de drenagem através de um “conjunto de valas a céu aberto de secção trapezoidal, possibilitou a evacuação de águas em excessos” (Ministério da Agricultura, 2010). Ennquanto que a rede viária estabeleceu ligações das populações à suas casas, às lavouras e às explorações agrícolas.

Portanto, foi através desses projectos que se alterou o modo de exploração da terra no Baixo Mondego para uma exploração muito mais rentável e lucrativa.

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2.5 O Cultivo do Arroz

Imagem IX – O cultivo do Arroz

Fonte ‐ Google Imagens

A cultura do Arroz foi introduzida na Região do Baixo Mondego, mais precisamente no concelho de Montemor‐o‐Velho, pelo Rei D.Dinis que desenvolveu a agricultura concedendo terras àqueles que tinham a intenção de cultivá‐las.

A Região do Baixo Mondego é extremamente fértil e, por isso, obteve um crescimento bastante significativo em um curtoperíodo de tempo, “ainda há meio século desconhecidas nos campos de Coimbra (a cultura do arroz) principiou a crescer e desenvolver‐se em tão rápida escala, que há 10 anos ocupava quasi a décima parte da vasta superficie sujeita às inundações do Mondego” (Vaquinhas, 1991).

Foi a partir de do século XIX que a orizicultura apresentou um progresso admirável, expandindo‐se para outros territórios e para outras culturas, embora tenha tido uma difusão tardia.

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A partir de 1960, a orizicultura apresenta uma fase de grande expansão. Esta deve‐se ao facto de todas as transformações, aqui já apresentadas, procedentes do Projecto Hidroagrícola e do Projecto Agrícola, e das modificações dos processos culturais, uma vez que aparecem novos agricultores à procura de terras e à venda de serviços de produtos ligados à actividade da orizicultura devido à sua rentabilidade económica.

Outro factor positivo para o aumento da activadade agrícola foi o subsídio estatal concedido a partir de 1974 e 1984.

Portanto, a produção da média anual nacional de arroz, entre 1965 e 1984, é aproximadamente de 145 000 toneladas, apresentando um aumento da importação e uma descida da exportação.

Devemos relacionar este crescimento com a área de cultivo do arroz. Esta área que, nos anos 70, correponde cerca de 8 600 hectáres, uma grande dimensão comparada com as outras áreas destinadas à cultura de grãos e cereais da região.

Imagem X – Campo de Arroz no Baixo Mondego

Fonte – Google Imagens

O crescimento da produção do cultivo do arroz relaciona‐se, também, com os novos processos de mecanização da área e o alargamento dessas mesmas áreas. Estas mudanças são vistas, sobretudo no concelho de

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Montemor‐o‐Velho, uma vez que na década de 70, os valores cercam os 3000ha, enquanto que em, nas décadas de 50, equivalia 2000ha.

Os processos de mecanização diferencia‐se em dois: a pouco mecanizada que consiste no trabalho manual e no uso da tracção animal, enquando que a outra mecanização corresponde ao uso da tracção mecânica, necessária para preparar o solo e na colheita. Esses processos fazem parte de um grau de intensificação da produção agrícola, onde “O Estado desempenhou aqui um papel decisivo por diversas vias: ao subsidiar os preços da produção, ao apoiar a mecanização, ao activar as infraestruturas de escoamento de produção” (Hespanha & Reis, 1988).

O aumento de produção está muito ligado com o aumento da procura, uma vez que houve um aumento do crescimento demográfico e alterações nos gostos alimentares das populações. Sem perder a referência na “progressiva utilização das máquinas a vapor, motores de rega, facilitando o abastecimento de água a zonas mais afastadas dos respectivos cursos” (Mendes, 1992).

Com vista em todos os procedimentos que foram efectuados desde o Plano Geral de Aproveitamento do Baixo Mondego que, posteriormente, com o PIDR‐BM, veio alterar e modificou o modelo agrícola que houve o desenvolvimento dos concelhos em que o cultivo do arroz é predominante.

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3. Ficha de leitura

Título da publicação: A Causa Verde. Uma sociologia das questões ecológicas.

Autor: Steven Yearley

Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Data de publicação: 1992

Edição: Primeira edição portuguesa

Local de edição e editora: Oeiras. Celta Editora.

Cota: 504 YEA

Número de páginas: 29 páginas ( 149 -178)

Assunto: Desenvolvimento e Ambiente.

Palavras-chave: Desenvolvimento, ambiente, industrialização, sub- desenvolvimento, Primeiro Mundo, Terceiro Mundo, ajuda económica.

Data da Leitura: Outubro 2011

Área Científica: Sociologia

Observações:

Resumo/Argumento:

Para a realização da seguinte Ficha de leitura que deve ter como enfoque principal os temas requeridos pelo Professor Paulo Peixoto para o trabalho final da disciplina “Águas e o Rio Mondego”, abordatei o capítulo quinto – “Desenvolvimento e Ambiente”, do livro “A causa verde” de Steven Yearley.

Abordarei aspectos importantes da diferenciação entre os países desenvolvidos e sub- desenvolvidos em que estes últimos são levados a adoptar uma política ambiental quase nula em prol do seu desenvolvimento económico. Veremos que os países desenvolvidos são, na maior parte, responsáveis pela destruição do ambiente nos países mais carenciados, uma vez que buscam esses países para a sua produção de bens pelo facto de as suas políticas ambientais serem mais estritas.

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Estrutura

Introdução : Desenvolvimento ou Dependência :

Neste capítulo, o autor faz uma abordagem das diferenças existentes entre os países desenvolvidos e os ditos sub-desenvolvidos, pois estes restringem ou esquecem as suas políticas ambientais em prol do seu desenvolvimento económico ou, por outras palavras, da tão almejada modernidade.

Logo, esta modernidade que espelha-se nos países desenvolvidos é difícil de ser alcançada devido a vários factores: a comparação histórica entre crescimento económico ao longo dos séculos dos países do “Norte” – grupo de países desenvolvidos, e dos do “Sul” – grupo de países sub-desenvolvidos; a dependência dos países sub-desenvolvivos em relação aos desenvolvidos; e pelas barreiras económicas, culturais e políticas existentes no seio dos países sub-desenvolvidos.

Os factores sociais da dependência:

A relação de dependência dos países do Sul em relação aos países do Norte já é muito antiga, uma vez que os mercados das colónias eram totalmente direccionados para a satisfação das necessidades dos “colonizadores”. Actualmente, são os mercados financeiros que ditam essa dependência através da fixação dos preços das matérias-primas dos países do Sul.

Outro factor que realça essa dependência são as multinacionais estrangeiras que através dos seus investimentos despertam um grande interesse nos países do Sul, que desejam incrementar as suas economia e assim comprometem a sua polítca comercial, industrial e ambiental. Essas multinacionais acentuam mais uma dependência dos países sub-desenvolvidos – dependência tecnológica.

As dívidas gigantescas dos países do Sul fortaleceram as suas relações de dependência em relação aos países do Norte.

Apesar da enorme dependência dos países do Sul em relação aos países do Norte, há países do Sul que conseguiram desenvolver-se através dos investimentos oriundos dos países do Norte.

Fábricas, Minas e Poluição no Terceiro Mundo:

O desenvolvimento económico implica danos ambientais. Ou seja, para despertar o interesse das multinacionais dos países do Norte, muitas vezes, os países do Sul cedem nas suas políticas ambientais fazendo com que o seu processo de industrialização seja altamente perigoso para o seu ambiente natural e para a sua população.

Desta maneira, as multinacionais se vêem livres de qualquer restrições a nível ambiental e ainda são favorecidas quanto aos custos da mãe-de-obra e dos preços das matérias-primas.

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O sector agro-alimentar e o ambiente:

O controle da agricultura dos países sub-desenvolvidos está nas mãos das grandes multinacionais, uma vez que os países do Sul são actrativos devido às suas boas condições climáticas e os seus solos ricos.

Portanto, a maior parte da produção agro-alimentar visa o mercado estrangeiro, uma vez que as multinacionais “cultivam” alimentos de luxo, ou seja, de alto valor no mercado impossibilitando a população local de usufruir desses alimentos nos quais são utilizados pesticidas e fertilizantes, esses que são extremamente danosos para o ambiente e para a população.

A dívida e a ajuda económica:

Os países do Sul sempre obtiveram ajuda financeira dos países do Norte. Primeiramente, quando eram colónias, posteriormente com as multinacionais e seguidamente dos fundos de financiamento (FMI e Banco Central) para os países mais carenciados. Porém, estes fundos de financiamento são uma ajuda económica (subsídios imediatos a juros reduzidos) usada na maioria dos casos para projectos de desenvolvimento.

Uma vez fornecida a ajuda económica, os países sub-desenvolvimentos, muitas vezes, não investiram devidamente levando com que muitos países fossem incapazes de pagar a ajuda financeira, levando a esses países terem uma dívida externa muito grande.

A dívida e o ambiente:

A ajuda financeira teve como destino principal projectos para o rápido desenvolvimento económico dos países sub-desenvolvidos. Esses projectos foram incrivelmente prejudicais ao ambiente.

Portanto, o ambiente é totalmente “esquecido” em prol do problema da dívida dos países sub-desenvolvido para com as instituições de ajuda financeira dos países desenvolvidos.

Ajuda económica, instituições internacionais e protecção do ambiente:

As instituições financeiras que, através das ajudas económicas aos países sub- desenvolvidos, incentivaram projectos onde a destruição do ambiente era de tal modo absurdo e visível foram fortemente criticadas que, actualmente, acabaram por adoptar políticas de preservação do ambiente ou incetivam projectos em que não envolva a destruição ou degradação do ambiente.

Pontos fortes e pontos fracos do argumento:

Pontos fortes: O autor deu relevância as implicações dos investimentos estrangeiros nos países sub-desenvolvidos, ou seja, realçou que a degradação do ambiente nos países é muitas vezes incentivada pelos países de Primeiro Mundo exercendo assim o seu poderio no mundo.

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Pontos fracos: Penso que o autor poderia evidenciar as necessidades das populações dos países sub-desenvolvidos, relativamente a fome, pobreza, etc, explicando assim as causas que as levam a destruirem o ambiente, ou a não dar tanta relevância as políticas ambientais.

Conclusão

Neste trabalho, fui capaz de verificar o quanto as políticas de industrialização são prejudiciais ao meio ambiente e o quanto todos nós somos responsáveis pela degradação do meio ambiente, uma vez que nos preocupamos com um crescimento económico sem dar relevância ao ambiente em que estamos inseridos.

O mais curioso é analisar o quanto os países ditos de Primeiro Mundo incentivam a degradação do ambiente em prol dos lucros das suas grandes multinacionais.

Deparei-me também com os problemas da Industrialização, uma vez que a industrialização acarreta uma dependência dos países sub-desenvolvimentos e fazem com que viva num ciclo vicioso com as ajudas económicas e mão-de-obra barata.

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4. Pesquisa Detalhada

Como já referi na Introdução, o título deste trabalho enquadra‐se no tema a) ‐ caraterização diacrónica das modalidades de expansão urbana e de localização de Coimbra em relação ao Rio Mondego. História do crescimento e do desenvolvimento da cidade e do território em relação ao Rio Mondego. Evidenciação das transformações ocorridas no domínio da relação cidade/rio.

Para a realização deste trabalho era obrigatório realizarmos uma pesquisa no Arquivo Municipal da Câmara Municipal de Coimbra, na qual estive duas vezes.

A primeira vez que lá estive, tive uma rápida conversa com a responsável pelo Arquivo Municipal que me sugeriu consultar o catálogo de uma exposição que tinha como tema: A evolução do espaço físico de Coimbra. Folhando este catálogo, consegui encontrar a ideia inicial para o meu trabalho.

Na segunda vez em que estive no Arquivo Municipal, a responsável do local falou‐me um pouco do desenvolvimento de Coimbra e da Região do Baixo Mondego. Referenciou a importância das barragens, a agricultura da região e de dos programas que já evidenciei ao longo do Estado das Artes. Porém, a minha pesquisa no Arquivo Municipal não passou de uma conversa informal, uma vez que lá, segundo a responsável, não possuiam livros e outros documentos precisos para o desenvolvimento do meu trabalho.

Desta maneira, pesquisei na biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Encontrei livros interessantes para o meu tema e tendo um desses livros como fio condutor, pesquisei bastante na internet.

Contudo, acho que o meu trabalho ainda precisa ser mais trabalho e as pesquisas mais profundas.

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5. Avaliação de uma página da Internet

http://www.rcaap.pt/

A página da Internet por mim avaliada foi a do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal.

Esta página, para mim, é bastante útil, uma vez que posso consultar muitos artigos interessantes e relavantes para os trabalhos que tenho escrito. Para além disso, é uma das páginas em que posso colocar em execução os conhecimentos obtidos da disciplina de Fontes de Introdução Sociológica em prática.

A página do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) é de acesso livro onde podemos encontrar um grande número de documentos científicos e acadêmicos de várias instituições ‐ teses, dissertações, comunicações em conferências ‐ a nível nacional e de outras organizações.

Esta página pode ser encontrada no Português de Portugal e no Português do Brasil e encontra‐se também disponível a sua versão em Inglês.

Portanto, os modos de pesquisa são bastante simples e na pesquisa avançada basta escrever as palavras‐passe necessárias para a minha pesquisa e encontro diversos artigos relativos à pesquisa que fiz. É possível também filtrar a minha pesquisa relativamente ao ano, ao tipo de documento que desejo, ou seja, teses, dissertações, artigos, entre outros, o idioma e é possível escolher o repositório do qual eu pretendo ter o documento. E, por fim, podemos ordernar os documentos encontrados, de acordo com a relevância ou data, etc.

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Nesta página podemos encontrar 427139 documentos indexados de 36 repositórios, uma vez que esta página reune documentos de vários repositórios que poderão ser encontramos no Directório da página.

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6. Conclusão

Este trabalho é bastante relevante para um conhecimento significativo a cerca da Região do Baixo Mondego e o seu desenvolvimento económico, num dado período de tempo.

Para este trabalho, foi essencial ressaltar a importância do Rio Mondego, uma vez que é a partir dos recursos hídricos provindos desse Rio que a Região do Baixo Mondego apresentará um crescimento económico bastante significativo.

Vimos que apesar de possuir solos férteis, foi necessário, na região do Baixo Mondego, uma grande intervenção por parte do Estado na elaboração de programas de desenvolvimentos para que a região pudesse desenvolver a sua agricultura sem problemas, ou seja, era necessário combater as cheias para que a população rural fizesse o cultivo das suas terras.

Portanto, foi, a partir da década de 60 até o início da década de 80, que a população rural do Baixo Mondego viveu um período oscilante, uma vez que não acreditavam na conclusão dos projectos e nos futuros proveitos do mesmo. Porém, uma vez concluídos, a população conheceu um novo modo de produção, um novo modo de cultivo da terra e novas actividades ligadas ao cultivo da mesma.

Logo, podemos concluir que a cultura do arroz regista um crescimento e a sua população é a maior beneficiada de tal crescimento. Sendo assim, a região conhece uma certa expansão que será de grande importância para toda a região.

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7. Referências Bibliográficas

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Hespanha, P., & Reis, J. (1988). O Desenvolvimento do Baixo Mondego: Economias Regionais e Intervenção do Estado. Coimbra: Baixo Mondego.

Mendes, J. M. (1992). Destaque de Arroz e Património Industrial no Baixo Mondego. Baixo Mondego Região e Património (pp. 187‐197). Coimbra: GAAC.

Ministério da Agricultura. (s.d). Projecto Hidroagrícola do Baixo Mondego. Obtido em 20 de Novembro de 2011, de Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e da Pesca: http://www.dgadr.pt/ar/a_hidroagricolas/projecto/mondego/index.htm

Vaquinhas, I. M. (1991). Um espaço em transformação: a extensão da cultura da arroz nos campos do Mondego, em 1856‐88. Análise Social , 689‐703.

Veloso, F. A. (1992). O Baixo Mondego ‐ o seu património hiídrico subterrâneo. Preservação e protecção dos seus aquíferos e da água subterrânea que neles circula. Baixo Mondego Região e Património (pp. 67‐98). Coimbra: GAAC.

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Ilustrações

Imagem I ‐ Afluentes do Rio Mondego

Fonte: Programa Prof 2000 – http://www.prof2000.pt/users/secjeste/mondego/Pg001200.htm

Imagem II – A sub‐região do Baixo Mondego

Fonte: Google Imagens ‐ http://www.google.com/imgres?um=1&hl=en&client=firefox‐ a&sa=N&rls=org.mozilla:pt‐ PT:official&biw=1366&bih=639&tbm=isch&tbnid=FtmkQBPdQTjhfM:&imgrefurl=http://www. dgadr.pt/ar/a_hidroagricolas/projecto/mondego/index.htm&docid=uIHhjh_kR2oAgM&imgurl =http://www.dgadr.pt/ar/a_hidroagricolas/projecto/mondego/images/mondego_zoom.jpg&w

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=550&h=370&ei=VdoWT92IJJPmggf5oOmiAw&zoom=1&iact=hc&vpx=416&vpy=348&dur=264 &hovh=132&hovw=197&tx=84&ty=60&sig=114812203545895204734&page=5&tbnh=126&tb nw=188&start=94&ndsp=24&ved=1t:429,r:1,s:94

Imagem III – Barragem da Aguieira

Fonte: Google Imagens ‐ http://www.google.com/imgres?um=1&hl=en&client=firefox‐ a&rls=org.mozilla:pt‐ PT:official&biw=1366&bih=639&tbm=isch&tbnid=3f9vfxK0i_IqxM:&imgrefurl=http://www.ace av.pt/blogs/cristinabrinco/CFQ/ELECTRICIDADE/Forms/DispForm.aspx%3FID%3D21&docid=d5 0dwAMm9uCemM&imgurl=http://www.aceav.pt/blogs/cristinabrinco/CFQ/ELECTRICIDADE/B ARRAGEM%252520DA%252520AGUIEIRA.jpg&w=600&h=397&ei=4NoWT7‐ 0JMvhggeQx_C6Aw&zoom=1&iact=hc&vpx=356&vpy=156&dur=240&hovh=183&hovw=276&t x=122&ty=95&sig=114812203545895204734&page=1&tbnh=137&tbnw=178&start=0&ndsp=1 8&ved=1t:429,r:1,s:0

Imagem IV – Barragem da Raiva

Fonte: Google Imagens ‐ http://www.google.com/imgres?um=1&hl=en&client=firefox‐ a&rls=org.mozilla:pt‐ PT:official&biw=1366&bih=639&tbm=isch&tbnid=UjsRzpLCghJSJM:&imgrefurl=http://cnpgb.in ag.pt/gr_barragens/gbportugal/Raiva.htm&docid=o7z2BbW5ad‐ I3M&imgurl=http://cnpgb.inag.pt/gr_barragens/gbportugal/images/Raiva.jpg&w=600&h=582 &ei=P9sWT7HFO9DBgAfryN2jAw&zoom=1&iact=hc&vpx=189&vpy=146&dur=336&hovh=202 &hovw=210&tx=151&ty=60&sig=114812203545895204734&page=1&tbnh=139&tbnw=150&s tart=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:0,s:0

Imagem V – Açude‐ponte de Coimbra

Fonte: Google Imagens ‐ http://www.google.com/imgres?um=1&hl=en&client=firefox‐ a&rls=org.mozilla:pt‐ PT:official&biw=1366&bih=639&tbm=isch&tbnid=sLsvypcpYUtoEM:&imgrefurl=http://cnpgb.i nag.pt/gr_barragens/gbportugal/Coimbra.htm&docid=hAc_u‐ 15koDFRM&imgurl=http://cnpgb.inag.pt/gr_barragens/gbportugal/images/Coimbra.jpg&w=60 0&h=389&ei=otsWT7CtLNHpggeWybXSAw&zoom=1&iact=hc&vpx=177&vpy=165&dur=953&h ovh=164&hovw=252&tx=117&ty=71&sig=114812203545895204734&page=1&tbnh=114&tbn w=176&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:0,s:0

Imagem VI – Aproveitamento do Vale Mondego

Fonte: Ministério da Agricultura ‐ http://www.dgadr.pt/ar/a_hidroagricolas/projecto/mondego/index.htm

Imagem VII – A rede de rega

Fonte: Ministério da Agricultura ‐ http://www.dgadr.pt/ar/a_hidroagricolas/projecto/mondego/index.htm

Imagem VIII – Emparcelamento Rural

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Fonte: Ministério da Agricultura ‐ http://www.dgadr.pt/ar/a_hidroagricolas/projecto/mondego/index.htm

Imagem IX – O cultivo do Arroz

Fonte: Google Imagens ‐ http://www.google.com/imgres?um=1&hl=en&client=firefox‐ a&rls=org.mozilla:pt‐ PT:official&biw=1366&bih=639&tbm=isch&tbnid=8ncPPatFex8sEM:&imgrefurl=http://bordad ocampo.com/2011/09/28/as‐historias‐da‐cegonha‐cici‐o‐cultivo‐do‐arroz‐no‐baixo‐ mondego/&docid=r2TAcfc8A3maUM&imgurl=https://lh4.googleusercontent.com/‐ rvOw9ZvOObg/SreevAvAe_I/AAAAAAAABh0/btumMn22pz4/Arroz_para_semear.JPG&w=1344 &h=1008&ei=s90WT4DxMYHpggeBmbHNAw&zoom=1&iact=hc&vpx=800&vpy=332&dur=154 &hovh=194&hovw=259&tx=155&ty=174&sig=114812203545895204734&page=4&tbnh=109& tbnw=147&start=80&ndsp=35&ved=1t:429,r:4,s:80

Imagem X – Os campos de arroz no Baixo Mondego

Fonte: Google Imagens ‐ http://www.google.com/imgres?um=1&hl=en&client=firefox‐ a&rls=org.mozilla:pt‐PT:official&biw=1366&bih=639&tbm=isch&tbnid=2DLi‐ 7UNNNa6EM:&imgrefurl=http://pormauscaminhos.blogspot.com/2011/08/imagens.html&doc id=8oWk6qnEtNVKfM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/‐ hV6iVWgNTI0/TkpNXKsxoCI/AAAAAAAAEfw/Nu9J3DamxsI/s400/SDC10982.jpg&w=400&h=30 0&ei=Yd4WT9bKGcqtgwfg58C5Aw&zoom=1&iact=hc&vpx=203&vpy=266&dur=30&hovh=194 &hovw=259&tx=161&ty=127&sig=114812203545895204734&page=2&tbnh=145&tbnw=225& start=18&ndsp=24&ved=1t:429,r:12,s:18

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