2018-09-03 FINAL Gentes E Terras De Soure E Ega (1508) Estudo De
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Universidade Autónoma de Lisboa «Luís de Camões» Departamento de História, Artes e Humanidades Mestrado em História, Arqueologia e Património Gentes e Terras de Soure e Ega (1508). Estudo de antroponímia e toponímia Dissertação para obtenção do grau de Mestre em História, Arqueologia e Património Autor : Carlos Manuel Simões Varelas Orientadora: Professora Doutora Maria Isabel Miguéns de Carvalho Homem Número do candidato: 20150052 Lisboa Julho de 2018 Agradecimentos Tendo consciência plena de todos os auxílios obtidos, cuja importância basilar se revelou imprescindível. É agora oportuno agradecer… À minha orientadora, Professora Doutora Maria Isabel Miguéns de Carvalho Homem, professora de grande saber, dona de uma infindável paciência e depositária de excepcional mestria na “arte” de bem ensinar. A todo o corpo docente do Departamento de História, Artes e Humanidades, cuja contribuição foi essencial para o meu desenvolvimento académico e pessoal. À Universidade Autónoma de Lisboa que possibilitou todo o meu percurso universitário. Ao Pedro Pires, amigo de longa data, fiel ouvinte das minhas teorias e ideias no percurso deste trabalho. Por fim à minha família… À Anabela Varelas minha mulher, sempre fonte de incentivo, convicta de que mesmo nos piores momentos o “caminho” é seguir em frente, observando com satisfação palpável a minha evolução académica. Aos meus filhos, Maria e Raúl que sempre foram compreendendo as minhas ausências. À minha Mãe. O autor não segue as normas do “acordo ortográfico” de 1990. 2 Resumo Procedemos ao estudo das comendas de Ega e de Soure através da análise antroponímica e toponímica dos respectivos tombos da visitação manuelinos datados de 1508. Os nomes pessoais são um importante testemunho da época e da sociedade, revelando relações familiares, cargos, ofícios e particularidades de cada indivíduo nomeado; no mesmo sentido acrescenta-se a utilização de indicações toponímicas que fornecem informação variada sobre aglomerados populacionais, culturas, relevo e recursos hídricos. Ega e Soure foram pontos-chave na defesa de Coimbra no período da Reconquista que gradualmente perderam a sua importância militar em favor do crescimento económico. Soure possuía algumas características urbanas remanescentes do século XII, derivadas da sua importância defensiva e do facto de ter assumido a dignidade de sede da Ordem do Templo; Ega, de cariz mais rural, apresentava os seus bens de forma dispersa. A produção agrícola incidia maioritariamente no cultivo do cereal, sendo acompanhada pela vinha e a oliveira. Devido à sua importância económica e ao afrouxamento dos votos de pobreza e castidade impostos pela Ordem, a dignidade de Comendador oferecia a possibilidade de enriquecimento, de manter status social ou mesmo de ascender nessa hierarquia, sendo à época cargo (sem deixar de ser um encargo) cobiçado pela nobreza. As propriedades de Ega e de Soure situavam-se essencialmente no Vale do Mondego a sul de Coimbra, beneficiando desta posição, da fertilidade das suas terras e da abundante rede fluvial para o incremento da sua economia. Palavras chave Antroponímia, toponímia, Ordem de Cristo, comendas, Ega, Soure. 3 Abstract This study concernes the tenancies of Ega and Soure through the anthroponymic and toponymic analysis of the respective visitation records dating from 1508 during the reign of D. Manuel I. Personal names are an important testimony of the time and society, revealing family relationships, positions, professions and particularities of each nominated individual; to achieve this aim, the study analysed the use of toponymic indications that provide varied information on population clusters, cultures, relief and water resources. Ega and Soure were bastions in the defence of Coimbra in the period of the Reconquest that gradually lost their military importance in favour of economic growth. Soure possessed some remnant urban features of the twelfth century, derived from its defensive importance and the fact that it became the headquarters for the Order of the Temple; Ega, more rural in nature, had more scattered properties. Agricultural production focused mainly on the cultivation of cereals, alongside vineyards and olive trees. Due to his economic importance and the loosening of the vows of poverty and chastity imposed by the Order, the social standing of Commander offered the possibility of enrichment, maintaining social status or even of ascending in that hierarchy, as the position at the time (without ceasing to be a financial burden) was coveted by the nobility. The properties of Ega and Soure were essentially in the Mondego Valley south of Coimbra, benefiting from the fertility of the lands and the abundant river network for the increase of their economy. Key words Anthroponymy, toponymy, Order of Christ, tenancies, Ega, Soure. 4 Índice Agradecimentos .......................................................................................................................... 2 Resumo ....................................................................................................................................... 3 Abstract ...................................................................................................................................... 4 Índice de figuras ......................................................................................................................... 6 Índice de gráficos ....................................................................................................................... 6 Índice de Mapas ......................................................................................................................... 7 Índice de quadros ....................................................................................................................... 7 Introdução. .................................................................................................................................. 9 1. A Ordem de Cristo e as comendas do Vale do Mondego. ................................................ 12 1.1 A governança da Ordem de Cristo, dos finais do século XV aos princípios do século XVI. ..... 15 1.2 As Comendas do Vale do Mondego, da estratégia geográfica à exploração económica. ........... 23 2. As vilas e termos de Ega e de Soure segundo os Tombos das Comendas de 1508. ............ 35 2.1. Perspectiva do espaço urbano (Soure). ....................................................................................... 35 2.2. A composição do espaço rural. ................................................................................................... 41 3. As gentes de Soure e de Ega. Percurso pela antroponímia. ................................................. 44 3.1. Soure: Antroponímia masculina. ................................................................................................ 48 3.2. Soure: Antroponímia feminina. .................................................................................................. 91 3.3. Ega: Antroponímia masculina. ................................................................................................... 96 3.4. Ega: Antroponímia feminina. ................................................................................................... 136 4. Os dados da toponímia ....................................................................................................... 139 4.1. Caracterização geográfica do espaço das comendas de Ega e de Soure em 1508. ................... 139 4.2. Dinâmica agrícola das comendas de Ega e de Soure. .............................................................. 141 4.3. A hidrografia da região e a sua importância na economia local. .............................................. 146 Conclusão. .............................................................................................................................. 151 Bibliografia ............................................................................................................................. 156 Anexos .................................................................................................................................... 168 5 Índice de figuras Figura 1 – Vista parcial da vila de Soure. ................................................................................ 36 Figura 2 Localização de Soure, Coimbra, Montemor-o-Velho e Leiria. ................................. 38 Figura 3 - Moinho situado a cerca de 25 metros a noroeste do castelo. .................................. 39 Figura 4 - Casa de moinhos de 5 mós. .................................................................................... 39 Figura 5 – Localizações referidas em 1508 identificadas na actualidade. ............................... 40 Figura 6 - Fragmento de documento ...................................................................................... 136 Índice de gráficos Gráfico 1 – Nomes próprios de Ega e Soure, os dez mais frequentes ...................................... 46 Gráfico 2 – Ega. Os dez nomes próprios masculinos mais frequentes .................................... 47 Gráfico 3 – Soure. Os dez nomes próprios masculinos mais frequentes ................................. 47 Gráfico 4 – Soure. Os cinco nomes próprios mais frequentes ................................................. 49 Gráfico 5 – Soure. Etimologia de nomes próprios por número total de indivíduos ................. 50 Gráfico 6 – Soure. Etimologia dos nomes próprios por número total de nomes ..................... 51 Gráfico